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Traumatologia

Limites da atuação:
• Osso Hioide até região de glabela 

Epidemiologia:
• Fatore:
◦ Geográfico 
◦ socioeconomicos e culturais 

• Mudanças de padrão epidemiológico


◦ Acidentes automobilístico 
◦ agressões
◦ praticas esportivas
◦ acidentes domésticos e de trabalho
◦ FAF - ferida por arma de fogo 

Código de Ética:
• Compete ao CD internar e assistir  paciente em hospitais públicos e privados, com
ou sem caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das
instituições 

• infração - ética: intervenção fora do âmbito legal da odontologia e afastar-se de


suas atividades profissionais, mesmo temporariamente sem deixar outro CD
encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave. 

Avaliação inicial do paciente traumatizado 

LESAO GRAVE/ EMERGENCIA - risco de morte


LESAO URGENTE -necessitam de cirurgia mas tem sinais vitais estáveis
LESAO NAO URGENTE - não constituem ameaça a vida do paciente

Principios da Avaliação 
1. Preparo/ Suporte SBV e transporte 
1. Mínimo exigido - garantir a ventilação pulmonar e a circulação ate que possa
receber cuidados médicos intensivos. 
2. Obtenção de vias aéreas livres.
3. Permite execução de ventilação e agencia circulatória artificial 
4. A - AIRWAY; B - BREATHING; C - CIRCULACAO 
1. 5 min para tecido nervoso a falta de oxigênio 
5. O adequado SBV vai determinar as chances de sobrevivência da vitima. 
1. Sucesso nas paradas cardíacas fora do ambiente hospitalar é de
aproximadamente 40%
2. Avaliação primaria e reanimação, incluindo monitoração do paciente
3. Avaliação secundaria, incluem RX, TC, RM 
4. Reavaliação continua
5. Tratamento definitivo 
ATLS - suporte avançado de ida no trauma 
• Programa de treinamento par ao manejo de casos de trauma físico agudo,
desenvolvido pelo colégio americano de cirurgiões

• ABCDE

◦ A - AIRWAY:

▪ Levantar a mandíbula do paciente para facilitar a passagem de ar


pelas vias aéreas. Vias aéreas e controle da coluna cervical. 
Checar se o paciente esta com as vias aéreas desobstruídas, verificar
se não ha corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face
ou qualquer lesão na coluna cervical.
▪ A obstruct das Vias aéreas é a principal causa de óbito no paciente
traumatizado 
▪ Imobilização cervical. 
▪ Inspect das cavidades bucal e nasal/ remoção de corpos estranhos
▪ Aspiração de secreções 
▪ Levantamento do meto da mandíbula. Lembrar da possibilidade de
lesão cervical
▪ Intubação orotraqueal ou nasotraqueal 
▪ Cricotiroidostomia/ Traqueostomia
▪ Paciente pode ter Apneia
▪ Feito quando não é possível manter vias aéreas permeável por
outros métodos
▪ proteção das vias aéreas inferiores contra aspiração 
▪ Comprometimento iminente das vias aéreas (lesão por
inalação, fraturas faciais, convulsões)
▪ TCE
▪ quando não é possível manter a adequada ventialação 
▪ Sonda orotraqueal
▪ Sonda nasotraqueal 

◦ B - BREATHING:

▪ Respiração e ventilação, depois de garantir a permeabilidade das vias


respiratórias
▪ Permeabilidade das vias aéreas não indicam necessariamente
ventilação adequada
▪ Paciente traumatizado com lesões em tórax e face necessita de
oxigênio complementar. 
▪ Expor o tórax do paciente e observar a expansão do tórax nos
movimentos respiratórios
▪ Ausculta - verifica o fluxo de ar 
▪ Pneumotórax 
▪ pulmão não tem mais espaço por entrada de ar 
▪ Hemotórax 
▪ pulmão não tem mais espaço pela entrada de sangue 
▪ Trauma toracico direto (fraturas de costela ex)
▪ dor ao respirar
▪ ventilação rapida e superficial 
▪ Hipoxemia
▪ Lesão intra-craniana:
▪ Padrões respiratórios anormais
▪ comprometimento da ventilação 
▪ Lesão de medula cervical:
▪ Respiração diafragmática
▪ Dificuldade na resposta a demanda crescente de oxigênio
▪ Secção completa da medula cervical:
▪ Respiração abdominal cessa e paralisia dos músculos
interpostas 
▪ C4 para de respirar
▪ C5 tetraplégico
▪ C6 paraplégico 

◦ C - CIRCULATION 

▪ Circulação com controle de hemorragia. Impedir que a vitima entre


em quadros como hipovolemia (dim, de volume do sangue), que
podem trazer consequência o choque hemorrágico.
▪ Hemorragia é a principal causa de óbito pós-trauma
▪ controle de sangramento significa hemostasia
▪ Hipovolemia - Hipotensão 
▪ Choque-hemorrágico
▪ Alteração no nivel de consciencia
▪ Ciaose, palidz facial 
▪ Pulso periférico rápido 
▪ Pulso irregular - comprometimento cardiaco 
▪ Ausencia de pulsos - falencia cardíaca 
▪ Conduta:
▪ Compressão local: resolve a maioria das situações
▪ Pode ser necessário a exploração cirurgia sob anestesia geral
e tamponamento do ferimento. 
▪ Lesões que comprometem vasos maiores:
▪ Artérias maxilar interna, facial, temporal, lingual,
carótida externa - abordagem direta e ligadura
▪ Artérias esfenopalatina e maxilar - tamponamento
posterior 
▪ Cuidar com estruturas nobres. 
▪ A maior parte dos sangramentos originários de fraturas de face sao
geralmente controlados através de redução e alinhamento das
fraturas de modo provisório ou definitivo. 
▪ Punção venosa
▪ Soro 2 a 3 litros (de preferencia aquecido)
▪ transfusão sanguínea - Caso a administração de cristalóides não
resolva. 

◦ D - DISABILITY

▪ Exame neurológico sumário. Uma avaliação primaria do nível de


consciência da vitima deve ser determinada no momento primeiro
atendimento para que, depois, seja encaminhado. 
▪ AVDI - ALERTA, RESPOSA VERBAL, SÓ RESPONDE A DOR, IN-
CONCIENTE 
▪ Observação da marcha
▪ questionar se lembra do ocorrido
▪ Desmaio, vomito, tontura...
▪ Examina o paciente em posição neutra, sem movimentar a coluna
cervical
▪ Não promove flexão, extensão
▪ providencial colar cervical. 

▪ Escala de Gasglow - Escala neurológica para avaliar nível de


consciência de uma pessoa que tenha sofrido um traumatismo
craniano.

◦ E - EXPOSURE 

▪ Exposição co controle da hipotermia. Para identificar fraturas e


hemorragias, a vitima deve ser despida. Para facilitar o trabalho e
impedir novos traumas, corta-se a roupa.
▪ Golden Hour - A primeira hora de atendimento ao paciente
traumatizado é o que determina as chances de sobrevida e sequelas. 

Ferimentos faciais:
• Comprometimento estetico
• funcional
• aspectos psicológicos
• cicatriz desconfiguração facial 
Tratamento reconstrutivo precoce
• Tecidos moles +  fratura óssea 
• Menor numero de etapas possíveis

Perda tecidual extensa


Hemorragias:
• Ligar vasos, cautério, compressão, sutura.
• Evitar clampeamento indiscriminado dentro da ferida -> Danos a estruturas
anatômicas importantes: nervo facial, ducto de stenon
• Escalpo - pode exigir clampeamento, ligaduras ou a utilização de eletrocautério. 

Lesões maxilofaciais x ventilação 


• Presença de sangue e secreção na boca
• fratura mandibular
• lesão do terço medio da face 
• presença de materiais estranhos na boca 

Exame físico:
• avaliar e suturar as lesões de tecido mole
• palpebras: observar danos oculares e neurológicos
• assimetria da face (edema e hematomas)
• Sinais de crepitação, degraus ou irregularidades no contorno
• Parestesias do nervo trigêmeo ou paralisia do facial 

URGENCIA:
• Tratamento imediato, reanimação ou emergências: lesões faciais que apresentam
risco de morte (hemorragias, vias aéreas, protese, dentes, corpo estranho).
• Lesões faciais muito contaminadas
• tratamento de fraturas dentro de 24 horas
• tratamentos postergados para mais de 24 horas até 7 dias, após o trauma. 

Atendimento inicial ao paciente com trauma facial e que não apresenta risco iminente
de vida.

Sequência de atendimento:
• Anamnese e história do trauma 
• examinar o paciente 
• Medicação, se necessario 
• Exames complementares (radiográficos e laboratoriais)
• Procedimentos específicos, de acordo com o caso. 
◦ reduzir fratura, colocar dente no lugar… 

Perguntar:
• Você tem dor? onde?
◦ Queixa de dor, principalmente quando da movimentação mandibular 
• Pode informar alterações sensitivas na região do nervo alveolar inferior 
• Queixa de mobilidade anormal 
• Queixa de alteração na posição dos dentes
• Queixa de dificuldade na abertura da boca 
• Buscar dados relacionados com a etiologia do trauma (Próprio paciente ou algum
outro informante) 

Exame do paciente:
• Má-oclusao dentaria, distopia
• Disfunção - “não consigo abrir a boca, ou fechar a boca"
• Edema ou equimose
• Trismo
• Hematomas e lacerações em mucosa julgal
• Desníveis constatados a palpação intra ou extraoral 
• Aumento de salivação (siolorréia) 
• sangramento ativo
• Desvios durante os movimentos mandibulares
• Halitose
• Alteração na excursão dos côndilos 
• Mobilidade anormal
• Eventualmente creptação
• lesões associadas

Fratura de mandíbula:
Exames complementares:
• Radiografia póstero-anterior de mandibula - PA DE FACE
• lateral oblíqua (D e E)
• Towne
• Panoramica
• Periapical
• Oclusal
• TAC - Tomografia computadorizada 
◦ 3 tipos de cortes e reconstrução 3D
▪ Axial 
▪ Coronal 
▪ Sagital 
▪ Juntam todos e fazem o 3D

Procedimentos específicos:
• Fratura instável com ou sem sangramento ativo
◦ Anestesia, reduz, fixação provisória com fio ou com barra de erich e Fio
(Preferível) . Posteriormente a cirurgia poderá ser agendada de modo
eletivo. 
◦ Fratura estável - Agendar cirurgia
◦ Passar a amarria com pelo menos uma ente estável da fratura. 

Fratura do complexo órbita-zigomatico-maxilar 


Anamnese e História do Trauma 
• Questionar a respeito da etiologia do trauma (Paciente ou algum informante)
• Alterações sensitivas no território de distribuição do nervo infra-orbitário?
• Diplopia? - enxerga dois. 
• Acuidade visual preservada? paciente vê embaçado? 
• Dificuldade na abertura de boca? 

Exame do paciente:
• Edema, equimose, hematoma 
• afundamento local com deformidade visível
• epistaxe
• restrição de abertura de boca
• equimose subconjutival 
• restrição a movimentação ocular
• desníveis constatados a palpação intra e ou extraoral 

Exames complementares:
• Walters e Hitz
• Tomo
• Ressonância 

Procedimentos específicos: 
• Agendamento da cirurgia
• Importancia do exame oftalmológico 

Fratura Nasal
Anamnese/ Historia do Trauma:
• Questionar a respeito etiologia do trauma 
• Dificuldade respiração?
• Obstrução nasal prévia?
◦ desvio de septo prévio?
◦ O nariz do paciente ja era torto antes?
◦ Desvio de septo? Muco/ alergia? Conchas nasais inchadas?
• Trauma anterior?
◦ calo? 
• Deformidade pré-existente?
• Há quanto tempo ocorreu o trauma?
◦ A cicatrização é rápida, ou seja, não da pra esperar muito tempo para fazer
a cirurgia. Esperar no máximo 10 dias para regredir o edema para poder ter
melhor visualização. 
◦ O paciente volta em 1 semana e resolve, então, a necessidade de cirurgia 

Após o trauma quando não consegue respirar: Afrim 2 gotas a cada 12 horas por 5 dias
+ soro fisiológica. 
• Se o paciente continuar sem respirar direito mesmo depois dos 5 dias, pode
desconfiar de outros motivos pela obstrução, então deve-se operar. 
• ou coagulo, sangue, etc OU pode ser apenas muco ou as conchas nasais que
estão mais inchadas, desvio de septo, alergia..

Exame:
• Tem afundamento ou desvios?
• Edema ou hematoma?
◦ lanterna e olhar dentro do nariz para observar se tem sangramento/ desvio
de septo/ hematoma do septo. É necessário a drenagem para que nao haja
necrose ou infecção do nariz 
• Epistaxe?
• Equimose e edema periorbitário 
• Equimose subconjutival 
• Lesões de septo, lacerações 
◦ cartilagem não pode ficar exporta. Tem que suturar a membrana do septo.
• Hematoma de septo (DRENAR IMEDIATO) 
• Telecanto (fraturas naso-etmoidais)
◦ podem involver a parede medial da orbita, onde se insere o ligamento cantal
medial, o olho é tracionado para lateral. 
• Desníveis, creptação 
◦ Creptação: apalpação e sente estalidos. 
• Enfizema 
◦ Pra enfizema entrar, tem fratura. 
◦ Pressão negativa ao assoar. 

Exames complementares:
• Radiografia de waters
• Perfil
• Tomografia computadorizada 

Quanto a fratura vem de baixo pra cima, é perigoso ocorrer fratura da crista gali, na
lamina cribriforme. Neste caso, é necessário fazer tampão só na região anterior do
nariz. 
Paciente pode sofrer lesão do nervo oftálmico e ficar com anosmia 

Procedimentos específicos-fraturas simples:


6. Anestesia, as vezes local, porém não é bom não RS. 
7. Redução da fratura 
1. incruenta - sem corte. 
2. cruenta - com corte 

8. Tamponamento nasal anterior


1. Pode ficar uns 3 dias o tampão caso fique instável. 
2. O tampão vai com uma pomada 

9. Contenção - gesso, plaquinha.. para não descolar. 

Procedimentos especificas- fratura complexa:


10. Aguardar a regressão do edema 
11. programar a cirurgia (max. 7 dias)
12. pode necessitar tamponamento em casos de sangramento ativo 

Fratura de maxila 
Anamnese/ historia do trauma
• Etiologia do trauma 
• alteração na oclusão 
• alterações sensitivas
• diplopia
• dificuldade respiratoria

Exame do paciente:
• Edema e equimose periorbitário bilateral
• Alongamento do terco odio da face - “cara de cavalo”
• Mordida aberta anterior, com consequente contato prematuro posterior
• Mobilidade do terço médio da face
• epistaxe(?) bilateral 
• Licorinorréia pode estar
presente 
◦ Líquido do cérebro que
sai pelo nariz e chamar a
neuro para acompanhar
o paciente. 

Classificação das fraturas de Maxila


(René Le Fort 19010
• Le Fort I: Só maxila - fratura de
ortognática 

• Le Fort II: Piramide - orbita e nariz e placa pterigóidea 

• Le Fort III: disjunção da face do crânio. 

• Associações: Existem variações das fraturas clássicas de maxila. Muitas vezes ha


uma combinação de fraturas com extensão para a região caso-etmoidal e orbital. 
 
Exames Complementares:
13. Waters 
14. Hirtz
15. PA e Perfil de face
16. Perfil de Nariz - ossos próprios de nariz 
17. Tomografia computadorizadas 
18. Ressonância 

Procedimentos específicos:
• Pode necessitar tamponamento nasal anterior (sangramento)
• Tratamento das lesões associadas
• Verificar TCE (trauma carinho encefálico) associado 
• Agendar tratamento cirúrgico 

Em casos de licorinorréira o tamponamento nasal esta contra-indicado  

Fratura fronto-naso-órbito-etmoidal
Anamnese/ Historia do trauma 
• Etiologia 
• Acuidade Visual 
• Amaurose 
◦ Perda total da visão 
◦ compressão do nervo ótico, fratura de orbita… 
• Diplopia 
• Anosmia 
◦ Perda sensitiva do olfato 
• Alterações sensitivas 
Exame:
• Restrição do movimento ocular 
• Exoftálmia
• Rinorréia - liquido pelo nariz
• Equimose e/ou hematoma palmeirais 
• Epistaxe 
• Ptose palpebral 
• telecanto traumático 

• Deformidade local 
• Desníveis contatados a palpação 
• Outros achados relacionado com eventuais fraturas associados 
• Distopia ocular 
◦ Desnivelamento ocular. 
◦ Alteração da posição do globo ocular

Exames complementares:
• Todos os tipos de exames de imagem 

Pneumo encéfalo - enfisema no cerebro 

Fratura de Mandíbula
Pupila dilatada e outra não - anisocoria 
• pode ter lesão intra craniana.
É a quarta parte do esqueleto facial que fratura, é bem comum presente em 13% dos
casos graves.

Etiologia:
• Agressão (fratura isolada), acidente automobilístico (associada a 1/3 media da
face), esportes, acidente de trabalho, queda  
• Baixo impacto: mandíbula atrófica, patologia, siso, dentes com raízes longas  
• Alto impacto: mais de uma fratura associada.  

Classificação: 
• meio: aberto ou fechada ?  
• mecanismo de ação: direta ou indireta? 
• padrão 
• localização 
• estabilidade: favorável x desfavorável  
• Fratura simples: não há comunicação com o exterior 
• traço único de fratura  
• fratura ramo, ou condilo 
• porção edêntula com periósteo integro. 
• Fratura compostas ou expostas: há comunicação com o meio intra ou extra oral 
• Fratura em galho verde: quando tem uma cortical fraturada e a outra dobrada  
• não completou a fratura inteira , distorção sem secção completa 
• sem mobilidade entre os fragmentos  
• Faturas patológicas: ocorre a partir da função normal ou trauma mínimo 
• estrutura óssea enfraquecida por patologia  
• patologia localizada em sitio fratura  
• ou desordem óssea generalizada tipo osteoporose  
• Fraturas cominutivas: fragmentos múltiplos em um sítio de fratura
• geralmente resultado de forças maiores  
• Fratura telescopada ou impactada: principalmente em maxila  
• um fragmento forçado para dentro do outro. 
• Fratura completa- basilar + alveolar  
• fratura incompleta – basilar ou alveolar
  
De acordo com a localização anatômica: 
• Fratura de sínfese: região alveolar de
incisivos  
• Fratura de parasínfise: região de caninos  
• Fratura de corpo: entre distal do canino até
o dital do 2 molar  
• Fratura de ângulo 
• Fratura de ramo ascendentes  
• Fratura de côndilo: entre a incisura do sigmoide
e o aspecto superior do bordo posterior do
ramo 
• extracapsular ou intracapsular  
• deslocada ou alinhada 
•  
 

Fratura de mandíbula classifica ção – meio  

• fratura direta: adjacente ao sítio do trauma primário  


• fratura indireta: local distante do sitio/trauma primário  

Fratura de mandíbula – regiões  


• Ramo, ângulo, corpo, côndilo, região alveolar, coronoide, sínfise  

• Pilares de sustentação:
• Mandíbula – estrutura óssea reforçada  
• permite resistência as forças mastigatórias  
• áreas de fragilidade estrutural : 
• processo condilar, ângulo, principalmente quando da presença de um
terceiro molar incluso, região de corpo que se relaciona com raiz de canino
inferior.  
• normalmente as zonas de fragilidade são perpendiculares a zona de
resistência 

Na hora do trauma: quando  esta  com a boca aberta: fraturas tendem a


ocorrer mais no colo do  côndilo  ou cabeça da mandíbula   
-com  a boca fechada: vai pra área  subcondilar  ou região dos dentes. 

Classificação estabilidade  
• Favorável x desfavorável  
• O que determina é o traço da fratura e o músculo  

Sinais e sintomas de fratura de mand íbula: 


• Deformidade facial, alteração da oclusão dentária, restrição de função – abertura
de boca, mastigação  , edema e equimose, alteração neurossensorial (parestesia
(n. sensorial) x paralisia (n. motor))  
• Extraoral : edema, equimose, feridas, deformidades faciais  
• Intraoral: equimose, alteração oclusal, neurossensorial, laceração de tecido,
fratura dentaria, mobilidade, crepitação, desvio ao abrir a boca, restrição de
abertura bucal 
• Radiografias: PA de mandíbula, laterias obliquas, towne para condilo,  
Cinta pterigomassetérica: cinta da união com o masseter e o pterigoideo medial (bem
entre a transição de corpo de mandíbula para o ângulo) 

Objetivos do tratamento de fratura de mandíbula: 


• restaurar a função e a oclusão  
• mastigação e deglutição, fonação, movimentos  

Redução fechada x redução aberta:  


• Unir segmentos fraturados, reestabelecimento da resistência pre trauma,
restauração de qualquer defeito de contorno, prevenção infecção  
• Fixação interna não rígida: fios de aço, que não ficam totalmente rígidos  
• estabilidade : qualquer forma de fixação óssea não rígida o suficiente para
prevenir a movimentação entre os fragmentos ao longo da fratura, porém
não é capaz de neutralizar as forças de torção e/ou cisalhamento  
ex: fio/ barra de erich  
• Fixação interna rígida : não movimenta de jeito nenhum  
• ex: placa, placa e parafuso, somente parafuso.

Princípios básicos de cirurgia óssea: 


Redução, fixação com placa e parafuso, imobilização, terapia de suporte  

Planejamento: 
• Redução cruenta ou incruenta 
• Acesso intra ou extraoral  
• Anestesia local ou geral  

Principios biomecânicos de fraturas: 
• Exposição das fraturas, acurácia na redução anatômica, técnica atraumatica,
preservando vitalidade óssea e de tecidos moles, fixação rígida/fixação funcional
estável, movimentos precoces, ativos e livres de dor   

• Redução incruenta: sem cortes  


• mantém bloqueio maxilomandibular  
• dificulta higienização, na nutrição  
• possibilidade de remoção dos elásticos  
• Contra indicação: pacientes epiléticos, crianças, grávidas,  
• atrofia musculatura mastigatória  
• fibrose nos tecidos periarticulares, alterações degenerativas à nível de
ATM (anquilose) 
• Redução cruenta: risco de lesão a estruturas nobres e cicatriz  

Tipos de fixação: 
Cruenta:
• Fios de osteossíntese 
• placas
• parafusos

Incruenta 
• Fixação intermaxilar 
• Placa de Erich
 
Quando tratar a fratura?
• Redução e fixação precoces 
• Redução dos índices de infecção de 4% para 1% 
• tratamento até 12 horas após o trauma - menores índices de infecção 
• 50 casos de fraturas de angulo da mandíbula - tratamento em média 4 dias após o
trauma - 1 caso de infecção 

 
Regeneração óssea 

• Regeneração: Restituição por meio do tecido especializado (tecido ósseo)


◦ Requer imobilização absoluta entre os fragmentos 
▪ caso contrario vai formar fibrose 
◦ Distancia entre os fragmentos mínima 
▪ colocar enxerto em alguns casos 
◦ Sem formação de calo ósseo. 

Estrutura do osso:
•  Osteoblastos, osteoclastos e osteócitos 
• Regeneração primaria x regeneração secundária 
◦ A primaria vai direto para o calo duro, a secundaria vai passar pelo
hematoma e calo mole até a formação de calo duro e então a regeneração
óssea 
◦ Secundaria endocondral 

Osso primário: 
• tecido de granulação, remodelado em fibrocartilagem, calcificando, começa o
processo de reabsorção e remodelação do osso. 
• Osteonecrose bifosfonato - tratamento para osteoporose. Impede a osteoclasto
gênese, a reabsorção de osso. Se não ocorre a reabsorção, não ocorre a formação
óssea. 
• formação de osso laminar. 6 meses depois, ja existe osso novo. 

Osso secundario:
• Fraturas maiores, mais espaçosas. Ossos moles e enviáveis, tira. 
• Hematoma - tecido de granulação na parte de reabsorção de osso - formação do
calo ósseo - formação de fibrocartilagem, calcificação e formação de osso. 

Tipos de fixação: 
Champy - Demonstrou a presença de forcas de torção rotacional na região anterior da
mandibula 
• Recomendação da instalacao de placas nas bordas inferior e superior para melhor
controle das forcas de torção 
• Fixação dos parafusos 5mm pra baixo das raizes dos dentes na região de sínfise,
para evitar reabsorção externa ou necrose. 
• Fixação com a placa de pelo menos 2 parafusos em cada lado, 2 placas. 

Região de angulo - 1 ou 2 placas


• Champy - placa na borda superior
◦ Desde que a redução seja possível, e se institua restrição da função
mastigatória
◦ Reversão das zonas normais de tensão-compressão, movimento da fratura,
aumento do processo de infecção

Região de condilo:
• Desde que a redução seja possível e se institua restrição da função mastigatoria
• 2 furos no condilo e 2 no ramo 

Seleção do sistema de fixação - considerar:


• Tamanho e número de dispositivos de fixação 
• Localização
• Acesso cirúrgico
• Trauma necessário para a exposição da fratura e para a instalação dos dispositivos
de fixação 
• Estudos em laboratorios ou modelos em computador;
◦  Duas placas sao mais estáveis que uma
◦ Fraturas angulo - resultados melhores com 1 placa

Tipos de fixação: 
Diametros de parafuso:
Sistema 1.5 - orbita e maxila. Nao usa-se em ortográfica 
Sistema 2.0 - mandíbula 
Sistema 2.4 - mandibula
Sistema 2.7 

Cabeça do parafuso - comprime a placa de encontro ao osso 


Quantidade de parafusos 
Tipo e dimensão da placa 
• Estresse do córtex ósseo adjacente a placa: 
◦ Reabsorção superficial 

Monocortical: 
• Passa onde não tem nervo ou raizes de dente

Bicortical
• base da mandibula

Técnica Laf Screw (pelo menos 2 parafusos)


• Compressão fragmentos fraturados
• Busca-se fixação rigida
• Micromovimentação - dissolução área ao redor do parafuso. Perda estabilidade
• Verificar se ha estrutura óssea para instalação de pelo menos 2 parafusos. 
• Instalação parafusos perpendicular a linha de fratura - melhor técnicas para tratar
fraturas obliquas 
• Máxima compressão - parafusos 90 graus com relação a superfície óssea 
Vantagens:
• custo 
• rigidez 
• técnica rápida, facil
• redução mais precisa. 

Load Sharing x Load Bearing:


Load Bearing: Dispositivos sao fortes e
rígidos o suficiente para dissipar toda
forca que possa ser aplicada a
mandibula durante atividade funcionais.
• Fraturas cominutivas
• Mandibular atróficas 
• Perda óssea
• Minimo 3 parafusos de cada lado
/ estabilidade temporária - falha
com o tempo (meses a anos) 
Load Shering: Fixação interna que não
é capaz de neutralizar todas as forças
funcionais aplicadas através da fratura
pelo sistema mastigatório  
• requer fragmentos ósseos... (são fraturas mais tranquilas)  
Placa compressiva:
• Aumenta o contato ósseo 
• Promove estabilização rígida 
• Promove união óssea primária sem formacao de calo 
• Buracos externos-compressão da borda
inferior
• Buracos internos-movimento em direção
inferior da fratura - neutraliza a forca de
tensão da borda superior
• Pelo menos uma perfuração é feita
excentricamente 

Fratura simples ou corpo - 2 fixações. 2.0mm


bordo inferior + barra 

Fraturas simples de angulo:


uma placa 2.0mm bordo superior- fratura estável 
duas placas 2.0mm se a fratura estiver instável 

Fraturas multiplas:
• Tendencia ao deslocamento 
• perda de suporte bilateral
• Considerar uma forma + rigida de fixação
em pelo menos uma das fraturas 

Duas fraturas:
Corpo e condilo: Duas miniplacas 2.0mm ou placa reforçada bordo inferior + barra
• Duas miniplacas em cada fratura 

Condilo sínfise:
• Tendencia a deslocamento posterior e abertura tipo um “livro” 

Condilo e angulo:
• Fixacao + estável região angulo ( duas placas 2.0mm ou outra fixação rígida) 

Lesão tecido mole  


Recebemos o paciente, primeiro checar se não existe hemorragia, depois faz a limpeza
do paciente. 
Região de sutura é aonde mais pode ocorrer fratura, forame infraorbital (menos osso no
local)  
Em mandíbula o local que mais fratura é no ângulo, pelo fato de termos o siso e tem
menos osso. Depende muito do tipo de pancada, pode ser côndilo, pode ser ângulo e
ramo.  

Sequência de atendimento: 
• Avaliar o paciente: fratura, laceração, hemorragia, perda de tecido, corpo estranho,
diagnosticar fratura  
• histórico de trauma
• limpar o ferimento (soro);
• degermar; 
• anestesiar; 
• remover tecido inviável, regularizar o tecido, remover
sujeira/corpo estranho; 
• sutura por planos de acordo com a região.  
• para degermar não pode usar colocar em ferida aberta álcool (clorexidina as
vezes, dilui com soro a clorexidina ou PVPI tbm diluído, caso a ferida esteja
aberta) 
• Identificar o que está envolvido: 
• epitélio, 
• nervo, 
• tecido conjuntivo, 
• osso, 
• musculo, 
• vasos sanguíneos, 
• tendão, 
• glândulas salivares
cuidar com os olhos (veia oftálmica pode levar infecção pro cérebro e dar meningite) 

Traumatismos superficiais
1. abertos: (feridas) 
2. fechados: 
• Classificação de tecido mole – segundo etiologia  
• Classificação médico- legal das lesões traumáticas  
Feridas punctóricas: causadas por instrumentos de haste cilíndrica ou cônica  

Escoriações: apenas camada superficial da pele é atingida (perda da camada


superficial, ralado)
• Não pode tomar sol, se não fica manchado 

Feridas corto-contusas (FCC): impacto do tecido contra o instrumento agressor, são a


maioria das lesões, pele e os tecidos adjacentes: distensão brusca além do limite da
elasticidade do tecido) -> ruptura dos tecidos. 

Ferida lácero contusas: há perda de substâncias ou formação de retalhos (arrancou um


pedaço) 

Ferida pérfuro contundentes (FAF- ferida por arma de fogo)


• Sempre tem orifício de entrada.
• Causadas por projéteis de arma de fogo ; 
• O orifício de saída pode ou não estar presente , geralmente aumentado em relação
ao de entrada (ENTRADA: menor. SAÍDA: maior)
• É uma ferida extremamente contaminada, sempre tem que limpar muito bem  
• Nem sempre necessita tirar o corpo estranho ( a bala), só quando tem infecção,
se esta afetando alguma função, por questão estética . 

Ferida pérfuro incisa: causadas por instrumentos que atuam por pressão e cortes


• Facas, punahis, etc (maquita) 

Feridas incisas: causadas por instrumentos cortantes por arestas finas, na maioria da


vezes são lineares 

Contusões: derramamento de sangue nos tecidos e edema local; podem ser equimoses


e hematomas. – principalmente em idosos e quem toma anticoagulante. 
• edema: aumento de volume  
• equimose: tecido reto, espalha o sangue ; 
• hematoma: quando forma uma bolota de sangue (acúmulo de sangue) -> paciente
não pode ficar indo no sol (pode manchar) 
• se o hematoma está muito grande e não regredir, tem que drenar , pois
pode infeccionar e formar fibrose . – 
• fazer curativo com compressão para o hematoma não voltar  
• pode esperar uma semana, faz antibiótico, faz massagens, faz compressa de água
morna, hirudoide .  

Enfisema: introdução de ar nos espaços subcutâneos da face e pescoço.


• pode atingir as áreas retrofaríngeas, cerebral, mediastinal . Não pode
drenar enfisema . 
• da para sentir como se fosse um plástico bolha . 
• não assoar o nariz, não usar canudinho, receitar antibiótico e bastante compressa
morna que o próprio corpo absorve.  

Grau de contaminação:  feridas limpas, potencialmente contaminadas, feridas sujas ou


poluídas, feridas infectadas.  
• feridas limpas: mínimo de contaminação bacteriana, as defesas do organismo são
geralmente efetivas. -avaliar agente causador do trauma (limpo ou não) 
• feridas potencialmente contaminadas: a contaminação bacteriana ocorre em
grau mínimo.
• trauma ocorreu em região contaminado (boca, intestino)  
• feridas sujas o poluídas: são feridas muito contaminadas . existe uma probabilidade
muito grande destas feridas tornarem-se infectadas. 
• a maioria das feridas produzidas por acidentes de trabalho e por acidentes
de transito são sujas ou poluídas.  
• feridas infectadas: quando tem a proliferação de microorganismos começando
uma infecção .  
 
Objetivos do tratamento : 
• Reestabelecer a integridade anatômica e funcional dos tecidos. 
• Visar um resultado o mais estético possível  

Avaliar trauma fechado x aberto  


• Trauma fechado: mesmo no traumatismo superficial fechado, o paciente deverá ser
minuciosamente examinado.  
• a integridade da pele e da mucosa não descarta a presença de lesões mais
profundas.  
• é comum pacientes com fraturas sem cortes (pele integra). 

Equimose: difusão de sangue nos tecidos 


Hematoma: acumulo de sangue nos tecidos  
Edema: exsudato de proteínas plasmáticas e hemorragia disseminada.  
Seroma: exsudato seroso localizado  

Tratamento do trauma fechado:


• Gelo por 48 horas  
• Analgésico; 
• Antiinflamatório ( por 48 horas ou mais) ; 
• ATB ( depende, se tiver enfisema e hematoma, sim. ) ; 
• Drenagem? (esperar uma semana mais ou menos) ; 
• Após 48 horas – compressa morna; 
• Não tomar sol  
Trauma aberto:
• Com corte  
• Objetivo principal é fechar a ferida mais breve possível . 
• CUIDADOS INICIAIS:
• inspeção da ferida, sempre com cuidados de assepsia (evitar o aumento da
contaminação); 
• coleta de dados sobre a etiologia; 
• dados sobre o tipo de agende vulnerante.  
• Avaliar: tempo decorrido até a procura do tratamento; 
• estado de imunidade do paciente contra o tétano; 
• tentativas frustradas de tratamento; 
• alergias medicamentosas; 
• existência de moléstia crônica debilitante; 
• viabilidade do tecido (necrosado , irregular) . 
• faremos em pronto socorro ou centro cirúrgico? Devemos avaliar bastante  
 
Fechamento primário do trauma aberto :
"Cortei e vou suturar na hora." 
• Quando a ferida esta limpa e com pouco risco de infecção.  
• Empregado rotineiramente nas feridas cirúrgicas 
• Seu sucesso nas feridas traumáticas depende de limpeza  
• contra indicação de fechamentos primários:
• Intervalo maior que seis a oito horas entre o traumatismo e o inicio do
tratamento -> critério relativo  
• Sempre tentar devolver estética para paciente.  
• Impossibilidade de bordas, perda de pele e de tecidos (fazer enxerto ou
segundo intenção) 
• Feridas por mordeduras humanas e de gatos (contaminadas) 
• Fechamento primário retardado do trauma aberto (não foi suturado no momento do
corte): quando fazer? 
• Ferida que esta contaminada, com maior risco de infecção, pelo alto grau de
contaminação ou pelo tempo que passou.  
• O que se pode fazer: limpeza, desbriamento, hemostasia. Todo dia tem que
avaliar e fazer limpeza da região.  

Tratamento  aberto do trauma aberto:  


• Quando iremos fazer ?  
• quando há contraindicação para fechamento primário, quando tem muita
infecção e deixa drenando.  

Tratamento  aberto com fechamento secundário: deixei aberto para poder fechar depois.  
• Mordidas animal e humana : + comum em crianças, - terço médio da face é o mais
envolvido.  
• Mordidas de gatos infeccionam 2x mais que feridas de cachorros.  
• Tratamento : irrigação, limpeza, fechamento primário e medicação (amoxicilina +
ácido clavulânico->Clavulin) 
• Pode ser feito profilaxia da raiva, seja com cães domésticos, ou com animais
de ruas , e tbm animais selvagens .  

Sequência de tratamentos:  
19. Controle do sangramento (hemostasia temporária, digital, gaze, compressas) pode
jorrar sangue (artéria) ou pode escorrer (veia)  
20. Verificar a extensão da ferida: relação com o  osso adjacente, passagem de nervos
e grandes vasos.  
21. Considerar se é ou não capaz: de realizar o ato ou chamar um especialista
(plástico, neuro, ortopedia) *considerar sempre o aspecto estético  
22. Tricotomia 
23. Anestesia local: pode ser feita por dentro da ferida 
24. Limpeza: muito muito muito soro fisiológico. Utilização de solução salina isotônica
sob pressão em uma seringa . -evitar uso de sabão neutro ou PVPI degermante,
tem que ser tudo tópico  
25. Peróxido de hidrogênio: prejudicial ao reparo tecidual; tóxico para fibroblastos;
atividade bactericida pobre . 
26. Regra: evitar irrigar os ferimentos com soluções que não podem ser utilizadas para
irrigar os olhos.  
27. Adaptação de campos esterelizáveis e luvas. – colocação de campos 
28. Fazer hemostasia com fios finos, cautérios..  
29. Verificar a vitabilidade das bordas: e realizar desbridamento quando necessário,
remover tecidos não viáveis, manter as bordas adapatadas bem coaptadas, - evitar
tensões nos pontos.  
30. Curativo com gaze em feridas limpas, simples  
31. Retirada de pontos em 4 a 14 dias na região facial (reforço com micropore) 
32. Indicação especial: suturas por mordeduras devem ser feitas em face. 

Curativos: 
• Deve ser evitado 
• Devido a riqueza de glândulas sudoríparas e a proximidade de orifícios naturais , o
curativo tende a se umedecer, favorecendo a infecção.  
• A exposição é o mais indicado 
• Permite que o paciente lave constantemente a face  
• Evita formação de crostas  
• Caso o curativo seja  

Redução fechada das fraturas Mandibulares

• Fraturas com cominução importante: 
• Como regra geral são melhor tratadas de modo fechado  
• A redução aberta pode comprometer suprimento vascular de pequenos
fragmentos, aumentando os índices de infecção  
• Sempre que possível tratar ferimentos por projétil de arma de fogo de modo
fechado  
• Fraturas em pacientes edêntulos com atrofia severa: 
• Potencial osteogênico limitado  
• Maior parte do suprimento vascular a partir do periósteo  
• Fraturas mandibulares em crianças : 
• Dentição mista  
• Possibilidade danos aos germes dentários ou dentes
parcialmente erupcionados  
• Redução fechada através BMM (bloqueio maxilo-mandibular) ou apenas
mandíbula  
• Incidência menor que em adultos  
• Raro em menores 5 anos (grande elasticidade.... 
• Excelente resultados com o emprego de redução fechada  
• Presença dentes decíduos com mobilidade  
• Dificuldades retenção de fios em decíduos (barra de erich)  
lembrar que crianças podem não tolerar bem BMM 
• Consolidação mais rápida  
• Ma oclusão leve pode ser compensada pelo crescimento  
• 45% das fraturas são de côndilo ( isoladas ou em associação )  
• Tempo de BMM: 
• Geralmente 6 a 8 semanas em adultos  (crianças 2 a 4 semanas) 
• BMM: causa perda de peso, falta no trabalho, alterações histológicas 
na ATM 
• Tecido retrodiscal: local onde mais sangra na atm  
• Períodos maiores de BMM:  
• Fraturas cominutivas 
• Alcoolistas, principalmente com problemas nutricionais  (alcoolistas tem
dificuldades em coagulação, pela falta de vitamina K) 
• Fraturas tratadas em tempo tardio  
• Dente removido da linha de fratura  
• Técnicas de BMM: 
• barras, amarrias, parafusos, elásticos , tec de ivy, escada, splints, próteses  
• Utilização dos elásticos: para redução da fratura e para BMM 
• Aplicação de pressão constante, que pode levar a espasmo muscular e dor,
principalmente no músculo masseter  
• Dificuldade higienização  
• Splint: moldagem, modelo de gesso, secção modelo no sitio fratura,
utilização modelo superior como guia, confecção splints  
• Pacientes edêntulos: gunning splints  
Evitar  de deixar com BMM: crianças, PNE, grávidas, pacientes epiléticos   

Obesidade: maior problema de saúde pública  


• Relação direta com aumento morbidade e mortalidade  
• Fixação intermaxilar no tratamento das fraturas mandibulares – perda de peso  
• BMM: diminui as forças musculares, dificuldade de abertura bucal após retirada do
bloqueio  
• Dor logo após  
• Dentes: pode provocar movimentações dentárias – mudanças oclusais
(principalemte má oclusões prévias) 

Redução aberta das fraturas mandibulares:

Indicações: 
• Fraturas desfavoráveis ou instáveis. 
• Tratamento tardio com interposição de tecidos moles. 
• Condições médicas específicas  
• Fraturas de côndilo + outras fraturas mandibulares  
** desejo do paciente  

Particularidades da região parasinfisária: 
• Maior parte não podem ser tratadas de modo satisfatório de modo fechado  
• Fraturas que tendem a abrir no bordo inferior e ao longo da superfície
lingual 
• Aspectos superiores dos segmentos tendem a rodas medialmente quando
do emprego redução fechada e FIM  

Condições médicas específicas:
• Comprometimento função pulmonar  
• Desordens gastrointestinais – dieta liquida a base de leite  
-doenças neurológicas nas quais o BMM pode comprometer a permeabilidade das
vias aéreas  
Pacientes edêntulos: 
• Reabsorção osso alveolar  
• Enfraquecimento mandíbula  
• Área cross seccional menor  
• Maior parte suprimento vascular a partir do periósteo e não da artéria alveolar
inferior  
• Problemas tipo osteoporose, diabetes, terapia com esteroides, -> podem afetar
diretamente o reparo  
• Fraturas bilaterais ficam muito sujeitas a ação da musculatura supra hioidea  
 
Utilização de antimicrobianos no tratamento das fraturas mandibulares: 
• Fraturas da parte dentada da mandíbula  
• Metade dos pacientes receberam profilaxia  
• Se não tem contato com o meio externo (côndilo, por ex, não precisa de ATB) 

Cirurgia de Mandíbula
Acessos mandibulares:
• Submandibular: corpo, angulo e mandibular (ACESSO DE RISDOM)
◦ Acidentes anatômicos:
▪ Artéria e veia facial
▪ Nervo marginal mandibular - 12% dos pacientes, este nervo esta até
1cm abaixo da borda da mandíbula
▪ 1,5cm a baixo da borda mandibular
▪ Pele -> subcutâneo -> musculo platisma  ( separa o musculo fa facia)
-> glándula submandibular ( separar), linfonodo -nódulo de sthar
(artéria facial ao lado) -> dissecar pterigomasstéria
▪ Passos da incisão:
▪ 1. Marcar a incisão em alguma ruga que o paciente ja tenha ou
1,5cm abaixo da borda da mandíbula em alguma marca que o
paciente ja tenha.
▪ 2. Infiltração de anestésico
▪ 3. Incisão
▪ 4. Dissecação da fáscia do músculo platisma
▪ 5. Dissecando com a pinça kelly para separar os acidentes
anatômicos para encontrar a base da mandíbula. Nervo facial
e nódulo de sthar (artéria facial logo atras do nódulo)
▪ 6. Incisão na cinta ptérigomassetérica
▪ Acesso ao corpo da mandíbula, uma parte de ramo ou de todo corpo
mandibular.
▪ Sutura
◦ Variações da incisão:
▪ Em forma de raio

• Retromandibular: angulo, ramo e condilo


◦ Acidentes anatômicos:
▪ Nervo facial (2cm profundamente a pele)
▪ Meato acústico - 1,5cm abaixo do meato acústico e 3,5 anterior ao
meato acústico

◦ Acesso transparotídeo - acesso de Hinds - fixação em ramo e côndilo.


▪ Acesso a pele -> musculoaponeorótico superficial -> parótida ->
dissecação romba (com kelly) antero-medial através da glândula ->
incisão cinta pterigomassetérica. -> dissecação submassetérica ->
sutura.
▪ Sutura: Cinta pterigomassetérica - fechar a capsula parotídea - SMAS
- subcutaneo e pele
▪ Importante suturar a parótida para não causar fístula e
infecção.
▪ Todas com Vicryl 4x0 e Nylon para pele.

◦ Complicações:
▪ Paralisia facial (do marginal
mandibular)
▪ Fístula parotídea

• pré-auricular: condilo e ATM


◦ Pele- subcutaneo -> fascias
temporoparietal  (temporalsuperficial) ->
fascia temporal (superficial e profunda ao
redor do zigomático) -> Nervo facial ->
veia e artéria temporal superficial ->
Fáscia temporal -> articulação
◦ Entre as duas fáscias estão o nervo
facial e a artéria e veia.
◦ Extensão de Al-Kayat: lesões ou
anquiloses mais para cima
Intraoral (sínfise
◦ Fundo de sulco: mais comum
▪ Incisionar sobre a crista
▪ Sobre a crista: não utilizado em
pacientes com dentes, para evitar
retração gengival

Musculatura importante para suturar:


• Orbicular da boca
• Mentoniano
• Abaixador do angulo e do lábio inferior.

Se não suturado direito, o paciente não consegue


fechar a boca:
• Periósteo
• Músculo
• Mucosa.

Tratamento de Corpo e Angulo:


• Tipos de fixação:
◦ Fratura estável:
▪ ▪ Técnica de Champy no
angulo mandibular
▪ 1 placa na zona neutra
▪ Região de fratura em extração
dentaria
▪ Fixação no ramo onde
existe osso, com pelo
menos 3 parafusos em
cada lado
◦ Fratura instável
▪ 2 placas
▪ Região de forame mentoniano
▪ parafuso bicortical
▪ entrar com a broquinha, produndimetro - mede a profundidade
de uma parede do osso a outra, para que o parafuso fique a
1mm aquém do osso.
▪ Fratura cominuta - placa de reconstrução - se precisar mais placas e
barra.

QUANDO PASSAR BARRA?


• Em quase 90% dos casos, vai passar a barra em primeiro lugar.
• Qualquer alteração oclusal feita pela fratura, encaixa depois de colocar a barra. A
barra
• Quando o paciente tem uma fratura simples, sem alteração oclusal, apenas fica na
dieta liquida e acompanhamento.
• Pós operatório de fraturas instáveis e de côndilo
• Fio de aço é apenas no trans-operatorio -> estabilização fica melhor, mais estável
para não mexer durante a cirurgia e não mexer na oclusão.
• Para o pós operatório é com elástico para o paciente remover em caso de alguma
urgência/emergencia.

Após a cirurgia, remove o bloqueio, radiografia, vitalidade pulpar, manter espaço


dentário, remoção da barra ou na hora ou 45 dias depois.
Paciente edêntulo: Operar no dia, a não ser que a fratura esteja sem deslocamento e o
paciente consiga se alimentar com dieta liquida.

Fratura de corpo: Respeitar 0,5mm acima e abaixo do nervo alveolar inferior


(mentoniano) para colocar a placa.

Fratura de angulo:
Tratamento de fratura com trocarter:
• Fazer uma leve abertura com um bisturi, desloca até a base, e com esse
instrumento com ponta ativa ele passa tudo a broca e o parafuso.

Tratamento de Fratura de Sínfise:


• Dissecação da área:
◦ Puxo o lábio e fazer a incisão em fundo de vestíbulo para
ter tecido para suturar, circular acompanhando o contorno
da mandibula.  0,5mm acima do nervo.
◦ A incisão até o músculo em uma direção e muda de direção
perpendicular para alcançar o osso.
◦ suturar: 3 pontos no periósteo, simples em todo músculo e
contínuo na mucosa.
▪ Vicryl 4x0.

• Principios da AO: 2 Placas, 1 placa e barra de erich, dois parafuso


• SEMPRE curativo compressivo com micropório pós cirurgico 2/3 dias para ajudar a
colar os tecidos do mento.
• Fratura cominuta:
◦ Passar a barra para estabelecer oclusão e
◦ Juntar os ossos, enxertos se necessário, placa e parafuso
◦ Cerclagem:
▪ Quando não tem dente para apoiar a barra para não perder a
referência.
▪ Para dar maior sustentação pra barra.
▪ Usado em dentes moles ou regiões edêntulas.

Tratamento de Condilo:
• Classificação de conduta de fratura Subcondilares (Peterson):

Este sistema utiliza duas indicações comprovadas,


altura do encurtamento do ramo e deslocamento
condilar (coronal ou sagital plano), por redução
aberta e fixação interna (RAFI) e tentativas de
fornecer diretrizes de tratamento correspondentes:

• Fraturas Classe 1: Fraturas com


deslocamentos mínimos tendem à redução
fechada; o encurtamento da altura do ramo
é inferior a 2mm; o grau de deslocamento
da fratura deve ser menos que 10 graus.
• Fraturas Classe 2: Fraturas com
deslocamentos moderados tendem à RAFI;
o encurtamento da altura do ramo varia de 2 a 15mm; o grau de
deslocamento da fratura varia de 10 a 45 graus.
• Fraturas Classe 3: Fraturas com
deslocamentos graves tendem à RAFI; o
encurtamento da altura do ramo é maior que
15mm; o grau de deslocamento de fratura é
superior a 45 graus.

Indicações absolutas:
• Deslocamento condilar para a fossa craniana média
• Invasão por corpo estranho
• Deslocamento extracapsular lateral ao côndilo
• Maloclusão não passível de redução fechada
(redução funcional da altura do ramo)

Forte evidência a redução aberta:


• Fraturas condilares bilaterais
• Deslocamento condilar grosseiro > 45 graus
(severamente deslocado)
• Redução anatômica da altura do ramo maior ou igual
a 2mm
• Fratura condilar com uma base instável (associado a
fraturas do terço médio da face)
• Oclusão instável (ex.: doença periodontal, menos de 3
dentes por quadrante)
• Fratura condilar na
qual a fisioterapia
adequada é impossível.

Evidência mista a redução aberta:


• Deslocamento condilar moderado (10 a 45 graus)

Quando tratar redução fechada:


• Fraturas não deslocadas ou incompletas
• Fraturas intracapsulares isoladas
• Fraturas condilares em crianças (com exceção de indicações absolutas)
• Oclusão reproduzível sem deslocamento posterior ou com deslocamento que
retorne a linha média na liberação de força posterior
• Doença médica ou lesão que inibe a capacidade de receber anestesia geral
prolongada.

Tratamento de Mandibula Atrófica:


• Placa de reconstrução

Fratura de mandíbula por exodontia:


• Causas:
◦ Aplicação de forca excessiva
◦ Dente incluso: posição muito profunda osteotomia maior
◦ Osteoporose ou desordem metabólica
◦ Lesões como cistos ou tumores
◦ Mandíbula severamente atrofica
◦ Processo infeccioso
◦ Idade
• Prevenção:
◦ Seccionar o dente
◦ Dieta leve por 2 semanas

Complicações de cirurgias de fratura de mandíbula:


• Infecção pós operatória
• Hemorragia
• Pseudoartrose - fibrose entre os cotos ósseos e na2o forma osso
◦ Fixação insuficiente, má-higiene, dieta.
• Lesão neurológica
◦ Remover fixação
◦ Acompanhamento dente - vitalidade pulpar - sensibilidade

• Fratura da placa
• Deiscência de sutura
• Má-oclusao
◦ Redução inadequada
◦ Redução adequada posterior deslocado
◦ Técnica inadequada
◦ Falha do paciente com dieta ou higiene
◦ Tratamento: re-operação
• Problemas com relação ao acesso externo
• Aumento do tempo cirúrgico
• Riscos de danos ao nervo facial
• Possibilidade de cicatriz hipertrófica
Osteomielite:
◦ Exploração da fratura
◦ Excisão material necrótico
◦ Remoção fragmentos ósseos inviáveis
◦ Remoção dentes traço de fratura
◦ Remoção de placas e parafusos
◦ Reestabelecimento oclusão e fixação intramaxilar
◦ Fixação sistêmica 2.4
◦ Pode necessitar enxerto ósseo imediato ou em tempo posterior.
◦ Causas:
▪ Trauma
▪ Broca sem irrigação gera trauma.
▪ Imunidade baixa
▪ Tabagismo
▪ Alcoolismo
▪ Iatrogenia
◦ Tratamento:
▪ Antibiótico por meses: Clindamicina (melhor opção pela melhor
penetração óssea) ou Clavulin.
▪ Cirurgia

Quando eu removo um dente na linha de fratura?


• Quando a presença do dente dificulta a redução da fratura
• Na presença de fratura radicular
• Terceiro molar inferior semi incluso  e com pericoronarite
• Dente com comprometimento importante periodontal
• Dente com lesão apical

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