Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trauma torácico
Imagem: se o paciente não troca bem o ar → pouco
ROTEIRO
oxigênio nos tecidos → hipóxia → anaerobiose →
Objetivo: discutir os conceitos iniciais sobre trauma acidose metabólica → acúmulo de Co2 → acidose
torácico passando pelo atendimento inicial, respiratória. Lembrar que acidose é uma possível
reforçando o que já foi dito; compreender quais as causa de parada cardiorrespiratória (PCR).
lesões que serão tratadas no “A” (abordagem da via
aérea), quais serão tratadas no “B” (pleuro- ATENDIMENTO INICIAL
pulmonares) e quais serão tratadas no “C”
(basicamente o tamponamento cardíaco).
• Introdução.
• Atendimento inicial.
• Via aérea.
• Lesões torácicas (Pneumotórax, hemotórax,
tórax instável, tamponamento cardíaco).
INTRODUÇÃO
LESÕES TORÁCICAS
• Pneumotórax hipertensivo.
• Pneumotórax aberto.
• Hemotórax.
• Tórax instável*.
• Tamponamento cardíaco.
PLEURA
B – APARELHO RESPIRATÓRIO
Anatomia: é interessante entender que o espaço
• Hemotórax e pneumotórax. pleural, em geral, é um espaço virtual, preenchido
Lembrando que o tórax instável era uma lesão por uma quantidade mínima de líquido, onde existe
considerada potencialmente grave, que devia ser uma lâmina que recobre a superfície pulmonar
tratada no B, mas, com a mudança do ATLS, o tórax (pleura visceral) e uma lâmina mais externa (pleura
potencialmente letal, passando a ser tratada mais O líquido presente no espaço pleural permite o
adiante junto com as lesões secundárias. deslizamento do pulmão durante movimentos
inspiratórios e expiratórios. Quando ocorre acúmulo
Beatriz Machado de Almeida
Emergências cirúrgicas – Aula 4 4
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Quando há acúmulo de ar no espaço pleural e esse Outra mudança entre edições do ATLS é acerca do
ar aumenta de uma forma a preencher essa espaço intercostal em que deve ser feita a punção. Na
cavidade, gera compressão das estruturas 9ª edição, o paciente era submetido à toracocentese
mediastinais do lado contralateral, comprimindo através de punção no 2° espaço intercostal na
veia cava inferior e impedindo o retorno venoso, o direção da linha hemiclavicular. Na 10ª, o local de
que leva o paciente a um colapso pulmonar. punção é o 5° espaço intercostal na direção da linha
média axilar.
A compressão da veia cava, pressão sob as câmaras
cardíacas podem levar o paciente a um estado de Observou-se que a taxa de insucesso das punções
choque com desfecho final desfavorável que é o em segundo espaço era muito alta comparando com
óbito. Por isso é importante entender que o as punções em quinto espaço intercostal na linha
diagnóstico de um pneumotórax hipertensivo axilar média (local em que já era feita a drenagem
precisa ser rápido e cirúrgico, tratando o paciente torácica), além de possibilitar a toracostomia digital
de forma rápida e efetiva. caso a punção de alívio não obtivesse sucesso.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
TORACOSTOMIA DIGITAL
• Dor torácica: Decorrente do trauma. Incisar com a lâmina e acessar o espaço pleural com
• Dispneia, desconforto respiratório: Pelo pulmão o dedo, fazendo uma descompressão, melhorando o
completamente colabado. retorno venoso do paciente de forma a ganhar tempo
Beatriz Machado de Almeida
Emergências cirúrgicas – Aula 4 5
até que fosse feito o tratamento definitivo, a e deixar 1 aberta, para que durante a inspiração,
drenagem pleural. esse papel colabe, e durante a expiração permita a
A punção é feita com o jelco e o ar é drenado para saída parcial desse ar. Lembrando que o tratamento
definitivo, assim como no pneumotórax hipertensivo,
que, posteriormente, esse paciente seja submetido
é a drenagem pleural ou drenagem torácica.
a uma drenagem pleural.
aumento do pneumotórax, podendo convertê-lo em Esse diâmetro do dreno foi reduzido para 32 ou
TRATAMENTO
CURATIVO EM 3 PONTAS
Analgesia + O2 + hidratação.
HEMOTÓRAX
TAMPONAMENTO CARDÍACO
B → C: observar sinais de sangramento associado a
disfunção respiratória.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Em analogia ao hemotórax, vai observar a presença
• Sinais de choque.
de sangue entre os espaços pericárdicos.
• Sinais de submacicez: Vai diferenciar do
pneumotórax pela percussão. Paciente que passou no B, e está com expansibilidade
❖ Paciente com pneumotóx hipertensivo → tórax normal, ausculta normal, mas tem sinais de choque
hipertimpânico, timpânico. → suspeitar de tamponamento cardíaco.
❖ Hemotórax → tórax maciço ou submaciço.
Beatriz Machado de Almeida
Emergências cirúrgicas – Aula 4 7
• Clínica:
• Tríade de Beck: hipofonese de bulhas,
turgência jugular e hipotensão, associado a
outros sinais, que também são decorrentes da
alteração do retorno venoso, como: Dificilmente estrão presentes os sintomas
• Sinal de Kussmaul: pulsação associada a clássicos, por isso, sempre será necessário a USG
turgência de jugular durante a inspiração FAST (mais usado no trauma) ou
profunda; ECOCARDIOGRAMA (mais atípico).
• Pulso paradoxal;
• PCR - AESP: Outra coisa que é importante
TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO
entender é que normalmente essas lesões levam Toracotomia de reanimação → massagem cardíaca
a PCR em AESP. Esse dado vai ser relevante direta:
porque vai precisar identificar esse ritmo de
• Trauma penetrante em AESP.
parada para indicar ou não um determinado
• Presença de sinais vitais: pupilas
tratamento.
fotorreagentes, atividade eletrocardiográfica.
Trauma torácico: