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TRAUMA CRANIOENCEFALICO

Perfil epidemiológico neurotrauma: masculino e jovem

Escala de coma de Glasgow

ABCDE

Equimose periorbitoaria, rinorreia, otorreia (sem indicio indireto de trauma)

TOT – resposta verbal não testada – tubo orotraqueal (o tamanho repercute na eficácia da ventilação)

Toque retal com hipotonia e priapismo

- Cinemática do trauma?? R:

- Manejo do caso: tomografia, radiografia

* Edema traumático – rebaixa o nível de consciência (brain swelling) – o cérebro elimina liquor para
atingir a homeostasia

Choque neurogenico

- Estabilização da hipotensão do paciente -> droga vasoativa

- Disautonomia

- AC – droga anticonvulsivante??

- Corticoide?? Qual??

- Exames complementares após exame físico???

PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS NA EMERGENCIA


SUTURAS:
Contraindicações de sutura:
 Lesão infectada
 Mordida de animal – risco de infecção
 Debris que não podem ser completamente removidos – leva ao cc para debridar
 Suturas que demandam muita tensão do tecido – pode arrebentar o fio (avaliação do cplastica)
 Feridas com sangramento ativo não controlado – identificar a fonte do sangramento
 Feridas superficiais – escoriações e erosões
Tipos de sutura

1. Ponto simples
2. Donatti ou U vertical
a. Traz mais fixação – melhor para áreas de dobras
b. Melhor hemostasia
c. Resultado estético não é o melhor
3. Ponto em X
a. Excelente para hemostasia – trauma de couro cabeludo
b. Excelente para hemostasia – trauma de couro cabeludo
c. Clorexitina

Anestesia
- Xilocaína com ou sem vasoconstritor

DRENAGEM DE ABCESSO
1. Resposta do corpo a infecção
2. Maioria no subcutâneo
3. Abaulamento com sinais flogisticos – dor, calor, rubor, edema
4. Ponto de flutuação

Indicacoes:

- abcessos de tecidos moles: tto conservador com compressa morna e atb oral e reavaliar em 24-48
horas

- abcesso perianal: sempre drenar – risco de sd de fournier

Contraindicacoes relativas

- Infecção de extremidades – osteomielite?

- drenagem no centro cirúrgico

- Pode ser celulite focal

-> Avaliar o pcte antes da drenagem – se necessita internar com atb terapia

PROCEDIMENTO

1. Antissepsia com lodopovidona ou clorexidine


2. Injetar anestésico local com agulha fina ao longo da linha de incisão
3. Fazer incisão linear ao longo de todo comprimento com bisturi no 11
4. Comprimir para espremer o pus
5. Inserir pinca ao redor da cavidade para romper as loculacoes (kelly)
6. Curativo

CUIDADOS APÓS DRENAGEM

1. Avaliacao do estado geral – sepse?

2. Avaliação de internação

3. Atb terapia

- qual atb?

4. Orientações

ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO:


PREPARAÇAO
1 – Ambiente pré-hospitalar
 Manutenção das vias aéreas, controle de hemorragia, imobilizar o paciente, comunicar
o hospital e transporte rápido
 Preparo para o recebimento – sala, material, equipe
o Local da ressuscitação preparado
o Dispositivos de monitoramento – monitor, oximetro
o Equipamentos de via aérea – tubo, laringo (preparado e testado)
o Cristaloides aquecidos (39º)
o Laboratorio, banco de sangue e equipe de imagem avisados

ABCDE :

EXAME PRIMÁRIO:

A. Manutenção da via aérea com proteção da coluna cervical


B. Respiração e ventilação
C. Circulação com controle de hemorragia
D. Disability – avaliação do estado neurológico
E. Exposição e controle do meio ambiente
 Identificando A, B, C, D em 10 segundos: Qual seu nome? O que aconteceu?
o Possibilita uma triagem inicial mais rápida (múltiplas vítimas, triagem rápida)
o A: via aérea pervea (consegue falar), consegue respirar (falou o nome), C – estabilidade
hemodinamicamente (consciência de dizer), D consegue responder neurologicamente –
nome, idade, o que houve.

A: vias aéreas e estabilização da coluna cervical


- Inspeção facial: traumas de face

- Conversar com o paciente – via aérea pervia

- Manter colar cervical – ou colocar se ainda não tiver

 Só pode ser retirado – na avaliação secundária


o Pacientes alertas
o Sem dor cervical
o Sem abuso de álcool ou drogas
o Exame neurológico dentro da normalidade
o Após manobras específicas da coluna cervical

 Necessidade de VA definitiva
o Proteção de via aérea – broncoaspiração, vomito
 Trauma facial, região maxilar
 Trauma no pescoço, hematoma de pescoço, estridor e rouquidão
 Vítimas de queimadura, inalação de fumaça
 Paciente que chega inconsciente – risco de broncoaspirar
o Necessidade de oxigenação
 Esforço respiratório grande – taquipneia, cianose
 Uso de musculatura acessoria, respiração abdominal
 Cansaço de respirar
 Piora do estado de consciência – deterioração neurológica

B: respiração e ventilação

1. Inspeção do tórax do paciente


a. Retira a roupa e visualiza diretamente o tórax (avalia ventilação dos hemitórax, simetria,
uso de musculatura acessória
b. Presença de fratura de arcos costais?
c. Enfisema
d. Assimetria
2. Palpação
a. Procura de fratura, desnível de costelas
b. Enfisema subcutâneo – bolhas de ar no tecido subcutâneo
3. Percussão
a. Avaliação de timpanismo – indicativo de pneumotórax e hemotórax
4. Ausculta
a. Presença de murmúrio vesicular – bilateral, simétrico

OBS: ao mesmo tempo que faz o exame do paciente, solicita a equipe o2 suplementar , monitorização
de oxímetro de pulso

TODO PACIENTE TRAUMATIZADO FAZ O2 SUPLEMENTAR

 Mascara/cânula de gedel

Armadilhas do B:

- Pneumotórax hipertensivo: escape de ar entre a pleura.


 Ausculta diminuída ou ausente (MV abolido), timpanismo a percussão, sinais de choque
(taquicárdico, hipotenso, confuso)
 TTO IMEDIATO: descompressão no 5º EIC / LAM
 TTO DEFINITIVO: Drenagem pleural em selo d’agua
o Local de descompressão – ESPACO ACIMA DA COSTELA INFERIOR (feixe vasculonervoso)

- PNEUMOTORAX ABERTO –

 MV diminuído ou ausente
 Ferimento aberto na parede torácico <2/3 do tamanho da traqueia
 TTO imediato: curativo de 3 pontas (não necessita descompressão pois não tem hipertensão
 TTO definitivo: drenagem pleural em selo d’agua

- HEMOTORAX MACIÇO

 Lesão de algum vaso com acumulo de sangue na cavidade pleural


 >1500ml de sangue
 Macicez a percussão – dd de pneumotórax e hemotórax
 Sinais de choque (taquicardia, hipotensão, confusão mental)
 TTO IMEDIATO e definitivo: drenagem pleural em selo d’agua
o Dreno calibroso – saída de sangue e coágulos
o Não faz descompressão

TORAX INSTAVEL

- fratura de 2 ou mais costelas em 2 PONTOS DIFERENTES

 Respiração paradoxal
o Tórax colaba na inspiração
o Palpação de fraturas de costela – crepitações
 TTO: ANALGESIA com opioide
o Não tem conduta para as costelas
o Devido a dor o paciente não consegue inspirar – leva a ATELECTASIAS
o A analgesia vai permitir que o paciente volte a respirar
o Internação e observação – não da alta
o RX seriado para avaliar a evolução para pneumotórax, contusão pulmonar

C: circulação e controle de hemorragia:

- Avaliação hemodinâmica

 Hemorragia – principal causa de morte evitável no trauma

Avaliação rápida em segundos:

1. Nível de consciência (menor perfusão cerebral – pcte confuso)


2. Cor da pele (cianose – perda de 30% da volemia)
3. Pulso (taquicardia, filiforme - fraco, ausente)

SINAIS DE CHOQUE HIPOVOLEMICO: pulso, cor da pele, nível de consciência.

 Taquicardia – primeiro a aparecer


 Cianose
 Sudorese
 Perfusão periférica diminuída
 Pulso fino
 Alterações do nível de consciência
 Hipotensão

CONTROLE DA HEMORRAGIA

1. Sangramento externo
a. Compressão externa da ferida – gaze, compressa, atadura
b. Torniquete – quando não é possível a compressão e risco de óbito
i. Pode comprometer a inervação
ii. Segundo o ATLS o torniquete deve ser usado com cautela – apenas se não
consegue comprimir e o pcte esta em risco de morte
2. Sangramento interno – principais origens:
a. Tórax – já foi avaliado no B (hemotórax maciço por ex foi tratado no B)
b. Abdome
c. Pelve
d. Ossos longos
 Palpação abdominal – sinais de peritonite? Dor?
o Sugerir sangramento no abdome
 Exame da pelve – instável ou estável? Estabilização
o Fratura em livro aberto
o Causa de hipovolemia
o IMOBILZIAR A PELVE
 Fratura de osso longo – fêmur por exemplo
o Avaliação da equipe de ortopedia

USG FAST

LPD

# ter em mente que quando acabar o abcde haverá necessidade de fazer usg para avaliar sangramento
interno

REPOSICAO VOLEMICA – 2 acessos venosos periféricos calibrosos


 1L de cristaloide aquecido
o Estudos mostram que acima de 1,5L tem piores desfechos
 HEMODERIVADOS (1:1:1: ou 2:1:1)
o Concentrado de hemácias
o Plaquetas
o Plasma fresco
 Acido tranexâmico
o Até 3 horas do trauma
o FC > 120
o PA Diastolica < 90
o Recomendado para todo politraumatizado com FC > 120 e PAD < 90

D: avaliação neurológica

 Exame neurológico rápido


 ESCALA DE COMA DE GLASGOW – lembrar:
o < ou = 8: VA definitiva
o Tamanho/simetria das pupilas
 Indica sangramento
o Movimentação das extremidades
 Trauma raquimedular?
 Hipoxemia, uso de drogas e hipotensão podem levar ao rebaixamento do nível de consciência
o Excluídas essas causas, alterações do exame neuro devem ser atribuídas ao trauma no
SNC até que se prove o contrário

REVISAR A NOVA ESCALA DE COMA DE GLASGOW #


E: exposição e controle do meio ambiente

 Despir a vitima e examinar da cabeça aos pés


o Estar atento as lesões da região dorsal ainda não vistas
 Após esta avaliação, COBRIR o paciente com cobertor térmico
o Manter temperatura adequada da sala
o PREVENCAO DA HIPOTERMIA – motivo evitável de óbito no trauma
 Hemorragia leva a hipotermia
 Fluidos aquecidos

EXAME SECUNDARIO
 Após o ABCDE
 Somente pacientes que após o protocolo, tenham normalização das funções vitais
→ EXAME COMPLETO
→ TOQUE RETAL
o Verificar lesão neurológica – trauma raquimedular que leva a choque neurogênico
 Tonus do esfíncter – se há lesão ele não contrai
o Sangramento interno, lesão de reto
o Feito no 2º momento, na avaliação secundária
→ SONDAS – vesical, gastrica
→ EXAMES COMPLEMENTARES

ABDOME AGUDO
CONCEITO:
→ Dor abdominal de inicio súbito, não traumático
→ Oriundo de patologia intra-abdominal, torácico ou sistêmico
→ Menos de 1 SEMANA de evolução (geralmente horas ou dias)
→ Necessita intervenção IMEDIATA, cirúrgica ou não

ANATOMIA ABDOMINAL:
→ Exemplo: dor abdominal no HD: avaliar os órgãos da região que causem a dor do paciente
o Fígado
o Vesícula
→ Divisão do abdome em 4 quadrantes
o Superior
 Direito: lobo direito do fígado, vesícula, piloro, duodeno, cabeça do pancreas
 Esquerdo:
o Inferior
 Direito
 Esquerdo: colon sigmoide (diverticulite)
HISTÓRIA CLINICA
→ Início da dor – quanto tempo faz
→ Localização da dor
→ Intensidade
→ Irradiação
→ Duração
→ Fatores associados
→ Fatores de alivio/agravo
→ Patologias de base – nem tudo que causa sintomas de abdome agudo é abdominal
→ Ciclo menstrual

EXAME FISICO
→ Sinais vitais: analisar o estado de gravidade do abdome agudo
o Hipotensão
o Taquicardia
→ EXAME ABDOMINAL
1. INSPEÇÃO:
a. Geral: posição antálgica (tenta encontrar posição de alivio) -> sinal de irritação
peritoneal
b. Abdominal: cicatriz, distensão, abaulamento, hernias da parede abdominal, pulsação
abdominal

PRINCIPAIS ACHADOS NO ABDOME:

2. AUSCULTA:
a. RHA:
i. Ruidos metálicos – ruídos de luta: obstrução intestinal
ii. Ausentes: íleo

# SINAL DE CLAYBROOK: transmissão do Mv respiratório e/ou bulhas cardíacas através da parede


abdominal #

 SINAL INDIRETO DE LIQUIDO LIVRE NA CAVIDADE ABDOMINAL (ascite?) – propagação dos sons
através do liquido
3. PERCUSSAO:
a. Avaliação de timpanismo e macicez
 Maciço:
o QSD – fígado – órgão maciço
o QSE – estômago – órgão oco
 Analise de presença de liquido no abdome
o Macicez móvel ou fixa

# SINAL DE JOBERT: perda da macicez hepática a percussão do HCD – PERFURACAO DE VISCERA OCA

 Pneumoperitoneo
4. PALPAÇÃO:
a. Superficial

- Dor na palpação superficial: peritonite

b. Profunda

- visceromegalia

- Massa abdominal

-> DOR A DESCOMPRESSAO SUBITA

-> Exame da região inguinal, retal e urogenital

 Conforme suspeita diagnostica


 Hérnias
 Toque retal – tumor de reto é causa de abd agudo obstrutivo

# SINAIS SEMIOLOGICOS #

EXAMES LABORATORIAIS – rotina do abdome agudo:


 Rotina básica de investigação inicial: obrigatórios
o HEMOGRAMA COMPLETO
o EXAME QUALITATIVO DE URINA
o AMILASE
o BETA-HCG para mulheres em idade fértil
 Investigação secundaria:
o PCR e vhs
o Ureia
o Creatinina
o Na, K
o Transaminases
o Coagulograma
o BB, fa, ggt
o Lipase

RADIOGRAFIA
 Rx de tórax em PA
 Rx de abdome em AP em ortostase e decúbito (em pé e deitado)
# Achados anormais em apenas 10 a 20% dos pctes em abdome agudo #
→ Perfuração de víscera oca: pneumoperitôneo
o Paciente em pé: ar na cúpula diafragmática – indicação de LAPAROTOMIA
EXPLORADORA
→ Sinal do empilhamento de moedas
→ Acumulo de gases/líquido – NIVEIS HIDROAEREOS
USG DO ABDOME
→ Exame de triagem em COLECISTITE AGUDA
→ Mulheres gravidas ou crianças – exposição a radiação não é indicada
→ Ruim para ver alça intestinal – insensível para gás.
→ Operador dependente.

TOMOGRAFIA DE ABDOME
→ Melhor exame para abdome agudo em pcte ESTÁVEL (PA, FC, FR, drogas vasoativas,
risco de PCR)
→ Sensibilidade diagnóstica – 90%

# Apendicite aguda #
# Pancreatite aguda #

CAUSAS CIRURGICAS DO ABDOME AGUDO:


 Síndromes do abdome agudo
o Inflamatório
 Apendicite aguda
 Colecistite aguda
 Diverticulite
 DIP
o Obstrutivo
 Bridas aderências
 Hernia da parede
 Tumores
o Perfurativo
 Ulcera péptica
 DII
 Corpo estranho
o Vascular
 Infarto intestinal – isquemia
 Trombos
o Hemorrágico
 Gravidez tubaria rota
 Cisto obario hemorrágico
 Ruptura espontânea do baco

# INFLAMATÓRIO.
 Dor INSIDIOSA – inicia no epigástrio ou mesogástrio, FRACA intensidade
 Aumento progressivo da dor – projeção ao órgão afetado
 Vômitos sucedem a dor
 Febre em torno de 38º, raramente acima do 40º

APENDICITE AGUDA:
QC: jovem, dor periumbilical irradiada para FID

Sintomas associados: febre, náusea, vomito, diarreia, anorexia

Exame físico: escoliose antálgica – procura de conforto, diminuição da dor

 Sinal de Blumberg – dor a descompressão súbita no ponto de mcburney (linha da cicatriz


umbilical até a espinha ilíaca anterior - divide em 3 pontos, 1/3 perto da EIA)
 Sinal de Rosving – compressão da FIE, sentindo dor na FID – deslocação de gases pelo colon,
chegando a distender o ceco.
 Sinal do Psoas – tração para trás da perna do paciente, estirando o musculo psoas, que está em
contato com a região inflamada do apêndice – irritação do peritôneo.
 Sinal do obturador – rotação interna da articulação coxo femoral do paciente, estirando o
obturador.

Exames complementares:

→ Lab:
 Leucocitose moderada em geral
 PU (parcial de urina) - normal ou infeccioso: translocação bacteriana pelo contato do apêndice
com a bexiga
→ Rx, USG

Melhor exame de imagem: TC DE ABDOME

COLECISTITE AGUDA
QC:
Geralmente mulheres, dor epigástrica ou em HCD do tipo cólica, forte intensidade, duração superior a 6
horas

Sinais associados: febre, náusea e vômitos – principalmente na alimentação com gordurosos

Principal causa: colelitíase

Exame físico: sinal de Murphy +

 Parada da inspiração do paciente a palpação profunda do hipocôndrio direito.

Exames complementares:

→ Laboratório:
o Leucocitose, leucopenia
o Amilase normal
o EPU normal
→ Exame de imagem: USG DE ABDOME
o Coleção perivesicular
o Litiases
o Lama biliar

PANCREATITE AGUDA
QC: dor epigástrica ou hcd, dor em FAIXA, forte intensidade, irradiada para o dorso
Sinais associados: náusea, vomito, diarreia, ICTERICIA

Exame físico: sinal de cullen, Grey Turner – sinais de gravidade

Exames complementares:

 Laboratório:
o Amilase aumentada 3x LSN / lipase aumentada
 USG: definir etiologia
 TC: determinar gravidade e extensão -> avaliar necrose
o Leve
o Grave

Critérios diagnósticos - 2 dos seguintes:

 Dor abdominal
 Amilase elevada 3x
 TOMOGRAFIA compatível

# OBSTRUTIVO
QC:
 Dor do tipo cólica de intensidade progressiva
 Distensão abdominal
 Vômitos
 Parada da eliminação de gases e fezes
1. Obstrução alta
2. Obstrução baixa
3. Intussuscepção
4. Hernia
5. Volvo intestinal

EXAME FISICO:

→ DISTENSÃO
→ TIMPANISMO A PERCUSSÃO
→ DOR DIFUSA A PALPAÇÃO
→ RHA – aumentados no início – quadro avançado: ausentes.

. Cicatrizes de cirurgias previas

. Toque retal – mandatório: fecaloma, sangue em dedo de luva

. Região inguinal – hérnias

IMAGEM:

RX: sinal do U invertido – alça em ferradura – grão de café.


# PERFURATIVO
QC:
Dor abdominal intensa e súbita

Acompanha fenômenos vasoativos: palidez, sudorese, sensação de desmaio e lipotimia

Região: epigástrio, em especial nas perfurações do estomago e duodeno.

→ Contato do conteúdo gástrico na cavidade abdominal – corroe os órgãos – dor intensa

EXAME FÍSICO:

→ Sinal de Jobert – timpanismo na percussão do fígado


→ Ausculta: silencio abdominal – irritação peritoneal
→ Palpação: paciente em defesa, não permite que toquem, permanece imóvel

Chave diagnostica: VENTRE EM TABUA


→ Extrema contratura reflexa dos músculos do abdome
o Na palpação, a barriga está extremamente rígida.

 Ulcera péptica duodenal em pacientes jovens


 Ulcera péptica gástrica em pacientes idosos
 Perfuração por ingestão de corpo estranho (osso, espinha)

Laboratório: leucocitose

RX/ TC

# VASCULAR
Difícil diagnóstico e mau prognóstico

 Pacientes idosos com doença cardiovascular prévia e/ou portador de isquemia arterial ou
doença vascular oclusiva.

Arterial: embolia ou trombose da A. Mesentérica Superior

Venoso: trombose das veias mesentéricas

Microcirculação: isquemia mesentérica não oclusiva

SINTOMAS:

 Dor abdominal intensa, difusa


 Intensidade desproporcional aos sinais achados no exame físico

DIAGNOSTICO

 USG doppler ou angiotomografia

# HEMORRÁGICO
QC: dor abdominal difusa de início súbito

#Sinais sistêmicos de perda sanguínea – mais importante #

- Choque, hipovolemia, etc *complementar isso

AO EXAME:

 Sangue geralmente gera pouca irritação peritoneal

Causas:

 Gestação ectópica rota


 Ferimentos por arma branca ou de fogo
 Rotura traumática do fígado e baço
 Rotura de aneurisma de aorta abdominal e seus ramos

Na sala de emergência:

 USG FAST – procura de liquido livre na cavidade


 Paciente estável: TOMOGRAFIA
 Atentar para choque hipovolêmico e necessidade de transfusão sanguínea

ATENDIMENTO INCIAL A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA


RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
 Emergência médica que necessita de RCP

Definição: falha do mecanismo que leva o paciente a inconsciência, apneia e ausência do pulso central
– não gerando perfusão mínima para gerar o pulso central.

- Forma organizada da bomba cardíaca

 Falha da bomba cardíaca


 Falta de sangue para bombear – hemorragia grave

RESSUCITAÇAO CARDIOPULMONAR – reversão da ausência do pulso central

MANOBRAS: pcr, drogas.


Percursores da RCP

 Desenvolvimento de guidelines
 Desfibrilador externo

Cadeia de sobrevivência: “corrente com elos”

1. Reconhecimento rápido da PCR


a. Detecção rápida de sinais de gravidade – chamar ajuda para evitar -> atenção a parada
se ela acontecer
b. DETECTAR OS SINAIS PARA EVITAR A PARADA CR.

#Vigilancia, detecção e prevenção: NEWS2 #

Ferramenta de detecção dos sinais:

 Alteração dos sinais vitais – um sistema entra em falência pode induzir os outros
 FR muito elevada ou baixa
 FC muito elevada ou baixa
 Dessaturação

Paciente com SCORE > 5 necessita avaliação medica avançada

Paciente com SCORE > 3 necessita de avaliação

SCORE > 7

SCORE

2. Execução das manobras com qualidade


a. Compressão torácica
b. Desfibrilação
c. Drogas
3. Cuidados adequados pós parada cardiorrespiratória
4. Cuidados de reabilitação – abalo físico e psicológico

ABORDAGEM INICIAL:
o Análise do paciente – consciente ou inconsciente?
o Consciente e grave: assistência primária (ABCDE)
 O2 suplementar, controle hemorrágico, déficit neurológico, etc
o Bradicardia – ritmo que costuma evoluir para PCR se não for abordado (FC > 50 com
sintomas)
 Marcapasso
 Drogas que elevam a FC
o Taquicardia, ritmo irregular, ventricular, fibrilação
 Cardioversao
 Uso de drogas
PACIENTE INCONSCIENTE:
# SUPORTE BASICO DE VIDA – SBV #

 Percepção se há PCR – abordagem de suporte básico de vida


1. RECONHECER A INCONSCIENCIA – chamar ativamente, tocar, estimular
2. CHECAR RESPIRAÇÃO E PULSO CENTRAL (10 SEGUNDOS) – simultaneamente com chamar
ajuda
a. Olhar o tórax e abdome em procura de movimento
b. Checagem do pulso carotídeo – se houver incerteza assume-se que não há pulso
3. CHAMAR AJUDA
4. INICIO DE COMPRESSAO TORACICA DE ALTA QUALIDADE e VENTILACAO
a. CAB
→ Enfatizar a compressão torácica de qualidade (MAIS IMPORTANTE)

COMO FAZER: superfície rígida -> uso do peso do corpo -> POSICIONA A MAO NA LINHA
INTERMAMILAR, metade inferior do esterno, uso do ventre da mão -> ângulo de 90 graus em relação ao
chão -> MOVIMENTOS EM FREQUENCIA DE 100-120 compressões por minuto -> PROFUNDIDADE DE 5
A 6 CM -> fundamental deixar o tórax voltar por inteiro para pressão negativa no tórax

QUALIDADE DE COMPRESSAO:

- 100-120 com

- 5 a 6cm de profundidade

- > 60-80% do tempo de compressão – Fração de compressão torácica

- Revezar a pessoa a cada 2 minutos

→ Minimizar ao máximo a interrupção da compressão – manter perfusão adequada

5. VENTILAÇÕES:
a. 30 compressões – 2 ventilações

- Bolsa válvula mascara – AMBU: posiciona na face cobrindo o nariz e o mento (posição C e E da mão)

→ 500 ml de ar do ambu para ventilação adequada


→ Duração de aprox 1 segundo
→ Manter até a chegada do DEA ou equipe de suporte avançado (SAV)

DEA – desfibrilador externo

SUPORTE AVANCADO DE VIDA

→ Manutenção do SBV
→ Identificação (pás ou eletrodos) o ritmo do paciente – atividade elétrica do coração

RITMOS NA PCR:

 Ritmos chocáveis - desfibrilação


o Fibrilação ventricular – QRS alargado (coração batendo desorganizado)
o Taquicardia ventricular – coração batendo muito rápido (não tem tempo de
enchimento suficiente para fazer volume diastólico adequado)

Aplicação de choque:

- Identificação do ritmo

- CHOQUE: reorganização da atividade elétrica – reajuste da polarização

- Reiniciar 2 minutos de RCP após o choque

o Auxílio a melhor perfusão coronariana

- Solicitar acesso periférico venoso (intra-osseo se não for possível)

- Checar o ritmo novamente no monitor após 2 minutos

- Segundo Choque

- Volta a RCP 30:2 por 2 minutos

- Avaliar a necessidade de drogas

o Adrenalina; epinefrina – vasopressor


o Amiodarona – antiarrítmico de 3ª classe

# Paciente com ritmo chocável #

o 1º uso: adrenalina 1mg no adulto em bolus


o Seguido de 20ml de solução salina com elevação do membro
o Repetir aplicação a cada 3-5 min (a cada 4 minutos) – aplicar sempre nos choques pares

- Avaliar a necessidade de intubação: indicações

-> Choque ímpar

o Uso de amiodarona (antiarrítmico)


o 300mg em bolus (única situação que usa amiodarona em bolus)
o Continua rcp e verifica a cada 2 minutos

# fazer até o retorno da circulação espontânea #

1, 2, 3, 4, 5º choque

Adrenalina – efeito alfadrenergico – aumento da resistência vascular periférica – melhor PAD

Aplicação do choque de acordo com a recomendação do fabricante

o Se não souber, carga máxima (bifásico)


o Se for monofásico: 360 Joules
 RITMO NÃO CHOCAVEL
1. Assistolia – linha reta

Checar o posicionamento dos cabos

Aumentar o ganho do monitor – ampliar a linha visualizada

Trocar a derivação (D2, D1, AVF...)

2. AESP – atividade elétrica sem pulso

 Uso de adrenalina inicialmente (1mg em bolus com 20ml de solução salina)


o Nova dose a cada 4 minutos
 Checar a cada 2 minutos

Enfatizar as causas da PCR: para resolução da parada cardiorrespiratória.

Causas reversíveis (5 H’s e 5 T’s)

Ventliacao adequada com bolsa válvula mascara apresenta melhor resultado do q parar ventilação para
intubação

Se a causa for hipoxia talvez seja melhor intubar o paciente para resolver a causa

MEDIDAS AUXILIARES NA RCP

- USG fast
THE CASA EXAM

- Tamponamento cardíaco

- Tromboembolismo pulmonar

- Atividade cardíaca presente

- Sangramento abdominal, pneumotórax hipertensivo

Interrupção das manobras:

- Tempo decorrido

- Causa provável

- Estado e doenças prévias

# não há regra específica #

1. Qualidade da rcp é tudo


a. Pressão arterial invasiva – cateter: verificar se a pressão esta acima de 25mmHg
b. Capnografia – mensuração do co2 exalado pelo paciente acima de 10mmHg
i. Aumento acima de 40mmHg paciente voltou para circulação espontânea
2. Evitar ao máximo as interrupções
3. Trabalho em equipe – líder, via aera, compressão – revezamento, controle do tempo, ministrar
as drogas

CUIDADOS PÓS-PARADA

 Garantir via aérea adequada – necessidade de va definitiva


 Ventilação adequada
 PA adequada – vasopressores, volume, sangue
 ECG de duas derivações – PCR foi infarto? Angioplastia?
o Identificar a causa
 Temperatura – evitar febre
 Em geral terminam no CC - causas cirúrgicas

PCR NO TRAUMA: manejo


 Identificar se a causa da PCR foi traumática ou desencadeou o trauma
 Provavelmente: AESP
 Controle de hemorragia
 Intubação do paciente
 Pensar em descompressão de tórax – toracocentese bilateral de alivio para fastar o
pneumotórax
 Imobilizar a pelve – causa oculta de sangramento
 ROSC – reposição volêmica; sangue,
 Profissionais experientes, material, equipamento
Manobras avançadas:
- Toracotomia de reanimação
- Balão intra-aortico endo vascular - oclui a aorta e diminui sangramentos abaixo dela
→ Para manobras avançadas é necessário local adequado (cc) e equipe adequada.

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