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EMERGÊNCIAS TRAUMATOLÓGICAS

MOMENTOS DO TRAUMA
- 3 momentos trauma:

 Imediatas: em geral lesões graves de cérebro, medula, lesões cardíacas

- Deve ser realizada a prevenção

 Precoces: hematomas subdurais e epidurais ...

 Tardias: complicações

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
- XABCDE

 A intenção não é identificar a anatomia da lesão inicialmnete sim e tratar a alteração


causada (trata o choque, antes de saber onde tá a lesão por exemplo)

 Etapas podem ser realizadas de forma concomitante

 Avaliação rápida ABC (Quem é você? O que aconteceu?)  via aérea está pérvia no
momento

A – Via aérea

 Estabilizar coluna cervical


 Avaliar face, pescoço, tórax
 Inspecionar orofaringe
 Sempre proteger VIA AÉREA DE PACIENTE CONFUSO / INCONSCIENTE

Quando manter via aérea aberta:

 Agitado, torporoso, inconsciente


 Cianose
 Tiragem intercostal, utilização de musculatura acessória
 Respiração ruidosa

Como manter via aérea:

 Vias aéreas temporárias: máscara laríngea, cânula de guedel (orofaríngea), crico por punção

Em geral se utiliza xilocaína nos tubos para inserção

- Como medir cânula orofaríngea: mede da comissura labial até ângulo da mandíbula. Tomar cuidado com
reflexo de vômito para evitar aspiração

- Máscara laríngea: fácil inserção. Ao longo do tempo, vai começando a perder função, pois a expiração
não é boa (CO2 vai sendo acumulado). Mantêm por cerca de 4/6 horas. É bom para muitos casos. Não
serve se lesão / estreitamento de traqueia.

- Tubo laríngeo: semelhante à máscara laríngea. Porém veda mais o esôfago do que máscara laríngea.
- Crico por punção: dura pouco tempo (40-60min) – utiliza agulha com Jelco

Perfura com agulha em 90°, ultrapassa membrana e vai 45° para distal

 Via aérea definitiva: algum dispositivo com balonete que ultrapassa cordas vocais

- IOT (Intubação orotraqueal):

mnemônico LEMOM

Ter plano B para quando IOT der errada: medicações antídotas

Pré-oxigenar com O2 100%, Administrar um sedativo (etomidato 0,3mg/kg), Administrar bloqueador


neuromuscular (succinilcolina 1mg/kg), Comprimir cartilagem cricóide (manobra de Sellick),
Intubar, Inflar balão e confirmar posição, ventilar, fixar o tubo

Manobra de Burp

- Cricotireoidostomia: crico cirúrgica (normalmente até 24 horas)

Realizada membrana crico-tireoidea

Traqueostomia é mais inferior (próxima da fúrcula)


B – Respiração:

 Inspeção Traqueia e Tórax


 Palpação e Percussão / Ausculta pulmonar
 Monitorizar com oximetria

Principais lesões: PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO, PNEUMOTÓRAX ABERTO, HEMOTÓRAX


MACIÇO, TÓRAX INSTÁVEL.

- Pneumotórax hipertensivo: lesão na pleura visceral – gera válvula unidirecional ou lesão aberta com
<2/3 da traqueia (ar entra pela inspiração e não consegue sair na expiração– vai acumulando ar) pode
evoluir para choque obstrutivo. PACIENTE QUE VOCÊ INTUBOU E ESTÁ PIORANDO, PENSAR EM
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO. Quadro clínico: dor torácica, dispneia, desconforto respiratório,
taquicardia, hipotenso, AUSÊNCIA DE MV E HIPERTIMPANISMO. Realizar punção de alivio (5°EIC na
LAM – no homem é na linha do mamilo e linha axilar média) ou Dreno de tórax (no mesmo local da punção
- tem melhor saída de ar, em geral é feito depois no hospital) LEMBRAR QUE NO ÂNGULO DE LOUIS
VOCÊ ESTÁ NA 2° COSTELA

- Pneumotórax aberto: ocorrem por ferimentos na parede torácica. SE DIÂMETRO DA LESÃO >2/3
TRAQUEIA. Ar entra pelo lado de fora para o tórax. Na maioria das vezes, se tem lesão de na parede
(pleura parietal) tem lesão de parênquima pulmonar (pleura visceral).

Considera-se diâmetro da traqueia 1,5cm (então lesão acima de 1cm considera-se mais pneumotórax
aberto)

TTO: curativo de 3 pontas

- Tórax instável: fratura de 3 ou mais costelas (cada costela deve ter quebrado em pelo menos 2 locais)

Ocorre acúmulo de CO2 no pulmão acometido

TTO: ANALGESIA (cuidado com depressão respiratória), MANTER OXIGENAÇÃO

- Hemotórax maciço:

Acúmulo de 1,5L na cavidade pleural  choque hipovolêmico

AUSÊNCIA DE MV E SOM MACIÇO.

TTO: tratameto do choque e drenagem do conteúdo por TORACOTOMIA no hospital

Pode fazer dreno de emergência

C – Circulação:

 Pulso central (carotídeo, femoral)


 Pegar acesso venoso (mais rápido possível, evitar que o choque tenha muita vasoconstrição
periférica e dificulte pegar o acesso)

CHOQUE:

- Taquicardia, Taquipneia, hipotensão, vasoconstrição cutânea, redução pressão de pulso, confusão,


aumento TEC, pele fria, turgor diminuído

- Diagnóstico clínico: FC/PA (valor normal: entre 0.5 e 0.7) se >0.9 indica aumento de chance de
transfusão e mortalidade
- Causas: Hipovolêmico, Cardiogênico, Neurogênico

Principais para avaliar: FC, PA, Pressão de pulso, FR

PP < 25

Difícil identificar classe 1 e 2 (ideal é tratar mais precoce)

PRINCIPAIS LOCAIS SANGRAMENTOS:

- Cavidade torácica

- Cavidade peritoneal

- Espaço retroperitoneal

- Pelve

 Interromper sangramento:

- Curativos compressivos

- Torniquetes

- Manguito (em geral 100mmhg acima da PAM) OLHAR VALORES

- Clampeamento

 Repor perdas:

- Se PAM < 65mmhg (inicia infusão de fluídos):

Ringer ou Soro Fisiológico (de preferência aquecidos – previne hipotermia)

Como iniciar infusão: 500ml em bolus em infusões repetidas até chegar em PAS 80-90  aguarda até
transfussão. Infudir até 1,5L de volume.

- Transfussão sanguínea (assim que puder) – classes III e IV

1 : 1 : 1 (1 bolsa hemácia, 1 bolsa plaqueta, 1 bolsa plasma)


Perda moderada (classe III): 4 a 10 bolsas de (1 : 1 : 1) em até 6 horas

Perda grave (classe IV): 10 ou mais bolsas de (1 : 1 : 1) em até 6 horas

Indicativo de perda grave:

- Mecanismo de lesão penetrante

- FAST positivo

- PAS<90

Objetivos sangramento grave:

- PAM>65 (trauma penetrante)

- PAM>85 (trauma contuso)

- FC entre 60 e 100

- Sat > 94%

- Débito urinário > 0,5ml/kg/hora

Nas classes I e II: repõe apenas volume

- 500ml de volume já é suficiente

Valores de referência:

- PAM

- Pressão Pulso

- Manguito na compressão de lesão

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
- SAMPLA

 Sinais e sintomas
 Alergias
 Medicações
 Passado médico
 Líquidos/alimentos ingeridos
 Ambiente/evento do trauma

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