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AÉREAS
CURSO TRAUMA - 2ª TEMPORADA
PARTICULARIDADES
O que torna a via aérea no trauma mais complexa?
— É dinâmica/volátil - reavaliação constante!
— Dificuldade para reconhecer alterações
— Fraturas de face
— Trauma cervical
— Trauma laríngeo
— Uso do colar cervical
TRAUMA DE FACE
Pode se apresentar de diversas formas, variando de apenas um fratura do
osso nasal, até casos mais graves, como fraturas completas da maxila e
mandíbula, ou lesão de partes moles que causam sangramentos
importantes com risco de aspiração.
O que importa é: Trauma de face é uma entidade que vai demandar uma
IOT precoce, a fim de assegurar a VA.
TRAUMA DE LARINGE
É algo muito raro, inclusive, nos centros de trauma especializados. Mas
como identificar?
— Estridor
— Enfisema subcutâneo
— Fratura de traqueia palpável
Aqui, a IOT precoce também será necessária. No entanto, em cenários
que a IOT for inviável devido a uma destruição do sistema fonatório, a
cricotireoidotomia deverá ser realizada, ou, em situações mais
controladas, poderemos realizar uma traqueostomia.
SE SANGUE...
Aspire utilizando um aspirador de ponta rígida.
SE CORPO ESTRANHO...
Pergunte-se: a remoção é fácil?
— Se sim, remova com o auxílio de uma pinça.
— Se não, esse paciente provavelmente evoluirá para a necessidade de
tubo orotraqueal e o objeto deve ser removido por meio de broncoscopia
apenas após a garantia das vias aéreas.
REFRATARIEDADE ÀS MEDIDAS
Pacientes que não mantêm a perviedade por muito tempo, evoluirão
para a necessidade de INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL, ou terão grave
comprometimento da ventilação ou da saturimetria. Logo, a intubação
será INEVITÁVEL.
Máscara de Venturi
— É indicado para desmame da fração inspirada de O2.
Cateter nasal
— Não deve ser utilizado como dispositivo inicial na suplementação de O2
na vítima de trauma.
— Regra dos três: (1) Cada 1L/min no fluxômetro aumento 3% da FiO2, (2)
Se o fluxo passou de 3L/min, é melhor umidificar e (3) No máximo até
3+3L/min.
Cânula Orotraqueal
— Utilizada na intubação orotraqueal (vamos falar melhor sobre essa
pauta na próxima aula, ok?)
2. Pré-oxigenação
— Podemos usar MNR, AMBU, VNI
— Cateter nasal tipo óculos pode ser associado às interfaces acima
(oxigenação apneica)
— Tempo: 3 a 5 minutos
3. Otimização pré-IOT
— PAS ≥ 90 mmHg: cristaloides, hemocomponentes, drogas vasoativas.
— PAM ≥ 65 mmHg
— SpO2 ≥ 90%, idealmente 100%
6. Passagem da cânula
7. Cuidados pós-IOT
Bloqueador neuromuscular
— Succinilcolina: despolarizante, dose 1 a 1,5 mg/kg
CUIDADOS PÓS-INTUBAÇÃO
Cheque o posicionamento do tubo:
— Ausculta em 05 pontos, capnografia e saturimetria
— Radiografia de tórax e ultrassom a beira-leito (POCUS)
— Gasometria arterial (20 a 30 minutos após a IOT)
Configure a VM (deixar configurada antes da IOT)
— PEEP: 5 cmH2O
— Frequência respiratória (FR): 20 ipm
Pós procedimento:
— Converter para traqueostomia assim que houver estabilização clínica
TRAQUEOSTOMIA
Idealmente é realizada dentro do centro cirúrgico, de forma menos
emergencial. No trauma, se reserva a pacientes com idade menor que 12
anos (a cricotireoidostomia é proibida nessa faixa etária).