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Daniela Casagrande - TXVI

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Daniela Casagrande - TXVI

SUMÁRIO

Aula 1 → Manuseio das Vias Aéreas Superiores


Aula 2 → RCP
Aula 3 → IOT, RCP e PCR
Aula 4 →
Aula 5 →
Aula 6 →
Aula 7 →
Aula 8 →

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- A causa mais comum de obstrução de via aérea superior em pacientes inconscientes é a perda de tônus nos
músculos da garganta, assim a língua cai para trás e obstrui a via aérea no nível da faringe
- Monitorar e manter as vias respiratórias abertas em todos os momentos
- O provedor deve decidir se o benefício da adição de uma via aérea avançada supera o risco de interromper a
RCP
- Se o tórax do indivíduo está subindo sem utilizar uma via aérea avançada, continue dando CPR sem pausa
- No entanto, se você está em um hospital ou perto de profissionais treinados, que possam eficientemente
inserir e usar as vias aéreas, considere parar a CRP

- Na parada cardíaca, administrar oxigênio a 100%


- Manter sangue saturação de O2 (SATs) maior ou igual a 94%, como medida por um oxímetro de pulso
- Pressão parcial de CO2 situa-se entre 35-40 mmHg
- RCP de alta qualidade deve produzir uma CO2 entre 10-20 mmHg
● Se a leitura ETCO2 é inferior a 10 mmHg após 20 min de RCP para um indivíduo intubado, então
você pode considerar parar as tentativas de reanimação

- O valor da fixação das vias respiratórias devem ser equilibradas contra a necessidade de minimizar a
interrupção da perfusão que resulta em travar a RCP durante a colocação das vias aéreas
- Equipamento de vias aéreas de base inclui:
● Via aérea orofaríngea (OPA)
● Via aérea da nasofaringe (NPA)
● A principal diferença entre elas é que uma OPA é colocada na boca, enquanto uma NPA é inserida
através do nariz

- Chin Lift
● Técnica básica de abertura das vias aéreas
● Inclinação da cabeça e elevação do queixo
● Pacientes SEM suspeita de lesão cervical
● Aplicar quando for inserir cânulas, máscara
- Jaw Thrust
● Anteriorização da mandíbula sem inclinação/extensão da cabeça
● Pacientes COM suspeita de trauma com lesão cervical
● Apoia dedão na bochecha, pega no ângulo da mandíbula e puxa para frente, erguendo a mandíbula do
paciente
- Sempre fazer revisão de via oral → não pode ter implantes e dentadura na boca do paciente

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CÂNULA OROFARÍNGEA (COF/VAO)


- Também conhecida como cânula de Guedel
- Cada uma tem uma cor e um tamanho diferente
- Dispositivo plástico em forma de J, usado para criar uma passagem de ar entre a boca e a parede posterior da
faringe
- Usado para manter a via aérea prévia desobstruída pela língua ou músculos relaxados → encaixa sobre a
língua para manter ela e estruturas hipofaríngeas afastadas da parede posterior da faringe
- Não protege via aérea → serve para a desobstrução das vias aéreas → quando o paciente desmaia ou perde a
consciência há queda da base da língua devido a perda de controle da musculatura das vias aéreas, causando
sua obstrução
- Usar em pacientes inconscientes (Glasgow <8 – não necessariamente) quando os procedimentos básicos de
abertura das vias aéreas não conseguem proporcionar e manter uma via aérea clara e desobstruída.
- Em paciente consciente estimula náusea e vômito, podendo ocorrer aspiração e não deve ser usado em
pacientes com trauma de base de crânio.
● Caso o paciente vomite, ocorre broncoaspiração, na intubação isso não ocorre
● Não utilizar em pacientes com trauma de base de crânio, pois pode haver uma sucção de material
encefálico
- Todos profissionais podem inserir
- Contraindicação: trauma bucal, trismo (contratura de bruxismo) → usar cânula nasofaríngea
- Tamanho: medir da rima da boca até ângulo da mandíbula
- Como Inserir:
1. Aspire possíveis secreções na boca e na faringe usando uma sonda de aspiração faríngea rígida.
2. Selecione o tamanho correto
3. Insira com a curvatura em direção ao palato duro (para cima)
4. À medida que a COF passar pela cavidade oral e se aproximar da parede posterior da faringe, gire-a
180º até a posição correta – para que a língua seja puxada para frente pela COF, e não ir para a faringe.
5. Encaixe entre os dentes
● Também pode ser colocado primeiro lateralmente e depois girar para posição correta OU
inserir com a curvatura direta para baixo desde que segure a língua com dedo ou dispositivo
- Cânula de Guedel x Cânula de Berman
● A cânula de Guedel em um desenho tubular com um único canal central que permite a ventilação e a
passagem de um cateter de aspiração
● A cânula de Berman tem dois canais de via aérea ao longo de cada lado do dispositivo, por meio dos
quais um cateter de aspiração pode ser passado para remover secreções da parte de trás da garganta

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CÂNULA NASOFARÍNGEA (CNF/VAN)


- É um tubo maleável de borracha ou plástico sem cuff, usada para fornecer um ducto para fluxo de ar entre
narinas e faringe
- Paciente pode estar consciente, semiconsciente ou inconsciente → quando COF for perigoso, pacientes com
pouco tônus, pouca coordenação na faringe, reflexo de vômito e trauma maciço ao redor da boca
- Contraindicado: trauma de base de crânio ou em trauma facial (posicionamento incorreto pode atravessar
uma placa cribiforme fraturada).
- Geralmente não é muito usada em emergência (não está disponível), mais em situações eletivas.
- Pode ser utilizada para fazer aspiração e ventilação.
- Todos os profissionais podem inserir
- Tamanho: ponta/asa do nariz até o lóbulo da orelha. Diâmetro do dedo mínimo.
- Como Inserir:
1. Lubrifique a cânula com lubrificante solúvel em água ou gel anestésico
2. Insira pela narina com curvatura para baixo em direção posterior perpendicular ao plano da face →
Bisel no sentido da asa nasal (ponta maior do lado do septo)
3. Inserir girando o tubo para facilitar a inserção no ângulo da passagem nasal e da nasofaringe
4. Se encontrar resistência, tente inserir pela outra narina, uma vez que os pacientes tem passagens nasais
de tamanhos diferentes.
5. Reavalie com frequência. Mantenha a inclinação da cabeça deslocando a mandíbula anteriormente
com manobra de elevação do queixo ou anteriorização da mandíbula
● CUIDADO PARA NÃO PERFURAR O SEPTO NASAL

BOLSA VÁLVULA MÁSCARA (BVM/AMBU)


- É uma bolsa de ventilação acoplada a uma máscara facial
- Método comum de fornecer ventilação por ‘’pressão positiva’’ (VPP).
- Na maioria das vezes, o paciente está inconsciente → se estiver inconsciente usa com o guedel
- Ao usar tal dispositivo forneça volume expiratório de aproximadamente 600 mL para produzir elevação do
tórax em 1 segundo.
- Para realizar esse procedimento, utiliza-se a técnica C-E para segurar a máscara e, simultaneamente, elevar a
mandíbula.
● Os 2 primeiros dedos fazem o C, os últimos 3 o E, com o último no ângulo da mandíbula
- Aplicar 1 insuflação a cada 5-6 segundos.
- Insuflar sempre com apenas uma mão (400-500mL de ar)
- Não injetar muito ar para não fazer barotrauma e destruir alvéolos.
- Conectar ao galão de O2 → 10-15 L de O2 para encher a bolsa de ar para 100% de O2.

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- Como usar:
1. Posicione-se na cabeceira do paciente e abra a via aérea do paciente
● Se necessário limpe as vias respiratórias de secreções ou vômito
2. Selecione um saco e máscara de tamanho apropriado para o paciente
3. Conecte o saco à máscara se isso ainda não tiver sido feito e conecte o saco ao oxigênio a um fluxo de
10-15L/min e adapte a um reservatório
4. Coloque a máscara no rosto do paciente, criando uma boa selagem face-máscara, com a máscara
posicionada sobre a boca e o nariz do paciente
5. Durante a VBM evite a ventilação excessiva e permita que haja tempo adequado para a expiração
ocorrer → +- 12 ventilações por minuto

MÁSCARA LARÍNGEA
- Dispositivo extraglótico da via aérea
- Alternativa a intubação endotraqueal e fornece ventilação comparável
- Usar em pacientes inconscientes com acentuada depressão do nível de consciência e quando ventilação por
ambu com reservatório não for possível
- Proteger via aérea, se o paciente vomitar o dispositivo não deixa aspirar.
- Somente profissionais treinados e não médicos podem inserir! Equipe bravo do SAMU
- Existem 6 tamanhos, separados por peso e cabe ao médico escolher → geralmente tamanho 5 em homens, 4
em mulheres
● 50-70 kg = cuff 30 ml → nº 4
● 70-100 kg = cuff 40 ml →nº 5
- Como Inserir:
1. Testar o material!
2. Desinfle totalmente o manguito com ajuda de uma seringa
3. Lubrifique a face posterior da mascara
4. Segure a parte siliconada (ML) como se fosse uma caneta, apertando a extremidade para que a mesma
fique mais fina e não enrole ao inserir
5. Realize extensão da cabeça do paciente ou projeção da mandíbula se for trauma
6. Insira a ML com abertura para frente da língua e o dorso para o palato de forma alinhada e com
movimento curvilíneo contínuo, breve e firme
7. A inserção deve ser realizada o mais profundamente possível na hipofaringe até que exista resistência
na passagem.
8. Insufle o manguito com a quantidade de ar recomendada, acompanhando pelo cuff a quantidade de ar
insuflada.
9. Conecte a bolsa-válvula-máscara e fixe a ML adequadamente.
- A ponta fica na entrada do esôfago, protegendo e dificultando a saída de conteúdo
- Tentar substituir assim que possível → máximo de 4-8h
- Não é considerada uma via aérea definitiva
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- O tubo endotraqueal (ET) é de uso único e tem cuffs que facilitam a chegada de grande concentração de
oxigênio
- Ideal para ventilação de longo tempo, proporciona rota alternativa de administração de medicamentos para
ressuscitação
- Sua colocação requer visualização das cordas vocais do paciente (que está sedado ou inconsciente)
- Apenas profissional médico
- Protege as vias aéreas
- Tamanho: varia muito e não tem como medir, geralmente 7.5 a 8mm para homens, 7- 7,5mm em mulheres
- Lâmina: sempre curva para adultos, com tamanho 3,4 ou 5 Tipo do laringoscópio: lâmina curva é mais
usada para adultos, enquanto a reta é mais usada em crianças → No boneco da faculdade: tubo 7, lâmina 3
- Paramentação com máscara, óculos e luva
- Como Inserir:
1. Conecte a lâmina ao cabo e teste para ver se está funcionando (ver se a luz está acessa). O
laringoscópio é sempre usado com a mão esquerda.
2. Teste a integridade do cuff do tubo endotraqueal – insuflar o cuff com a seringa para testar.
3. Coloque o paciente na posição do farejador/sniffing: eleve mandíbula do paciente (chin lift) ou faça
jaw thrust para anteriorizar a mandíbula
4. Abra a boca com dedão e indicador
5. Faça a inspeção da boca e aspire caso haja secreção
6. Coloque a lâmina do laringoscópio e visualize a abertura da glote – a lâmina deve ser introduzida
devagar, encostando-a na língua até achar a valécula (entre a base da língua e a epiglote)
● Mulheres → tubo 8 (média)
● Homens → tubo 9 (média)
7. Ao visualizar o esôfago eleve a lâmina e visualize as cordas vocais (brancas). Tem que estar na mesma
altura do paciente.
8. O movimento deve ser de 45°, devagar se não quebra os dentes
9. Coloque o tubo ET com a mão direita e introduza o tubo pelas cordas vocais – colocá-lo lateralizado
pelo canto da boca ou seguindo a fenda do laringoscópio e deixar entre as marcações 21-23.
10. Retirar a lâmina da boca
11. Infle o cuff do tubo com uma seringa para conseguir encher o balonete → é preciso insuflá-lo para o
tubo não sair do lugar e não passar alimento, além de propiciar mais ar para os pulmões.
12. Coloque o ambu no tubo endotraqueal e insufle para determinar onde está o tubo
● Conferir se está no local certo: Ausculta epigástrio, base do pulmão esquerdo, base do pulmão
direito e ápices!
● Caso não escute nada em base de pulmão, retirar um pouco o tubo, a fim de deixa-lo na altura
da carina!
● O ideal é que o tubo fique na carina, ou seja, tem que estar no brônquio principal e não nos
pulmões. Se o tubo estiver nos pulmões, deve-se retirar um pouco o tubo para ficar na traqueia.
13. Após conferência do local, fixar o ET com cadarço passando atrás das orelhas
14. Inserir bite-block para o paciente não morder os dentes
15. Aperte o tubo por 1 segundo enquanto observa o tórax se movimentar
16. Inserir a BVM
- Para Retirar o Tubo:
● tubo: desinfle o balonete (puxe o ar com a seringa) para não machucar as cordas vocais do paciente e
não lacerar a traqueia.
● Se entrar demais o tubo, seletiva um pulmão (entra em um brônquio e só um pulmão recebe ar)
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CHECKLIST DE INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

CASOS NA AULA
- Ver gravação da aula + gravação da prática para dicas e pegar o que faltou

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PCR: parada da função da bomba do coração, de forma a interromper a circulação sistêmica do sangue causando a
falência do organismo
O diagnóstico da PCR deve ser feito com a maior rapidez possível, compreendendo a avaliação de 3 parâmetros
- Responsividade: deve ser investigada com estímulo verbal e tátil (firme, contralateral ao lado que se posiciona
o socorrista)
● Se a responsividade → PCR excluída
● Não há responsividade → pedir ajuda, solicitação do DEA e chamar SAV
- Respiração: manobra de desobstrução das vias aéreas, aproximar da face da vítima e ver se há expensão do
tórax, ouvir se há eliminação de ar pelas vias aéreas e sentir se o fluxo respiratório vai de encontro ao seu
próprio rosto
● Respiração efetiva → PCR excluída
● Respiração inefetiva → verificar permeabilidade de vias aéreas e realizar 2 ventilações de resgate
(boca-boca ou bolsa-válvula-máscara). Se não houver expansão da parede torácica deve-se repetir a
manobra de desobstrução das vias aéreas
- Pulso: testar o pulso carotídeo (é o último a desaparecer e o primeiro a ser restabelecido) por 10 segundos, no
máximo
● Se não houver respiração nem pulso → PCR
- Cada minuto que o indivíduo permanece em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida é perdida
Causas da PCR:
- 5H
● Hipóxia
● Hipovolemia
● Hidrogênio (acidose)
● Hiper ou Hipocalemia (potássio)
● Hipotermia
- 5T
● Toxinas
● Tamponamento cardíaco
● Trombose coronária (infarto)
● Tromboembolismo pulmonar (TEP)
● Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo)

SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV


É uma abordagem sistemática que enfatiza a RCP precoce e a desfibrilação precoce
Não inclui intervenções avançadas (ex: técnicas de via aérea avançada ou administração de fármacos)
Com a avaliação de SBV, os profissionais de saúde podem atingir a meta de fornecer suporte ou restaurar com
eficácia a oxigenação, ventilação e circulação
IMPORTANTE: PRIMEIRO AVALIAR E DEPOIS EXECUTAR A AÇÃO APROPRIADA!

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O suporte básico de vida compreende ventilação e massagem cardíaca


- Ao se intercalar em compressões com ventilação, deve-se obedecer a regra de 15 compressões para cada 2
ventilações
Deve ser instituído o mais precocemente possível, e só deve ser interrompido em 3 situações
- Para se proceder a desfibrilação
- Para realização da intubação orotraqueal
- Para infusão de medicação na cânula orotraqueal
Durante o SBV você deve estar ciente dos motivos para interromper ou suspender os esforços de ressuscitação, são
algumas:
- Rigor mortis
- Indicadores do status não tentar ressuscitação (NTR) - ex: bracelete, presilha no tornozelo, documentação
- Risco para a segurança dos profissionais

RCP DE QUALIDADE
1. Verificar a segurança do local (de preferência com o paciente em cima de uma superfície dura);
2. Verificar responsividade (chamando o paciente e o tocando);
3. Toque no ombro do paciente e pergunte em voz alta: ‘’ Você está bem?’’
4. Solicitar AJUDAR e uma desfibrilador/DEA;
5. Verificar pulso e respiração em menos de 10s;
6. Confirme se não há respiração olhando ou examinando se o tórax se movimenta;
7. Verificação do pulso carotídeo é realizada simultaneamente com a verificação da respiração. Se não sentir
pulso em 10 segundos, inicie a RCP;
8. Iniciar RCP de alta qualidade;
9. Posicionar as mãos no terço inferior do esterno - linha intermamilar;
10. Velocidade da RCP: 100 a 120 compressões por minuto;
11. O ritmo das compressões: Bee Gees Stayin’ Alive (música);
12. Abaixar o tórax de 5 a 6 cm durante as compressões;
13. Permitir o retorno completo do tórax;
14. Fazer RCP 30x2;
15. Relação compressão/ventilação de 30:2;
16. Durante a ventilação, fazer 2 ventilações boca-a-boca, de aproximadamente 1 segundo cada;
17. Observar elevação visível do tórax a cada ventilação;
18. Reiniciar as compressões em menos de 10 segundos após ventilação;
19. Na chegada do DEA, utiliza-lo imediatamente;
20. Ligar o DEA;
21. Colocar as pás adesivas;
22. Eletrodo do lado direito do paciente: precisa ser colado/colocado abaixo da clavícula, na linha hemiclavicular;
23. Eletrodo do lado esquerdo do paciente: Deve ser posicionado nas últimas costelas, na linha hemiaxilar (abaixo
do mamilo esquerdo);
24. Isolar o paciente para análise do ritmo;
25. Isolar o paciente para administrar o choque (administrar se necessário);
26. Inicie a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) imediatamente após cada choque, começando com as
compressões;
27. Reavaliar nos 2 minutos;
28. Após o retorno da circulação espontânea, questionar se o paciente ventilava;
29. Caso o paciente não ventile, mantiver ventilação: 1 a cada 5-6 segundos;
30. Colocar o paciente em posição de recuperação;
31. Não retirar as pás do DEA;
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AESP → Atividade Elétrica Sem Pulso


A AESP engloba um grupo heterogêneo de ritmos sem pulso palpável
O coração gera uma atividade elétrica que deve corresponder a um pulso, mas nenhum pulso é encontrado
Todo ritmo organizado (QRS semelhante em aparência entre os batimentos, ou seja, QRS uniforme) e sem pulso é
definido como AESP (ritmos idioventriculares, ritmos de escape ventriculares, ritmos idioventriculares
pós-desfibrilação, ritmo sinusal, entre outros)
Os ritmos sem pulso que são excluídos por definição compreendem a FV, TVSP e assistolia
Os ritmos organizados podem ter complexo QRS largos ou estreitos e podem ter frequências rápidas ou lentas,
podendo também ser regulares ou irregulares;
Ritmos da AESP
- Frequência: muito rápida ou muito lenta
- Largura dos complexos QRS: largos em comparação com estreitos
- A AESP também engloba outras condições em que o VE está vazio em decorrência da pré-carga inadequada.
Nesse caso a função contrátil do coração é adequada, mas o volume é inadequado para ejeção ventricular. Isso
pode ocorrer em consequência de uma hipovolemia grave ou resultar da diminuição do retorno venoso
decorrente da embolia pulmonar, tamponamento cardíaco ou pneumotórax hipertensivo
- Se uma boa RCP produzir pulso forte, ETCO2 ou pressão arterial relativamente altos, é mais provável que o
VE esteja cheio e a AESP seja um VE com contração deficiente. E, se uma boa RCP não produzir evidências
de bom débito cardíaco, é mais provável que o VE esteja relativamente vazio;
Manejo:
- O tratamento da AESP e da assistolia se organizam em 2 períodos (2 minutos) de RCP interrupta e de
qualidade
- É essencial buscar e tratar as causas reversíveis de AESP (Hs&Ts) enquanto se administram as intervenções
descritas no algoritmo
- Causas comuns de AESP:
● hipovolemia
● hipóxia
Passo a Passo:
1. Colocar a máscara, luvas e óculos (EPI);
2. Verificar responsividade do paciente (chamar e tocar o paciente);
3. Checar o pulso central (não terá pulso);
4. Iniciar ou pedir para iniciar RCP 30x2 por 2 minutos;
5. Solicitar monitorização do paciente e verificar ritmo logo que monitorizado;
6. A equipe interrompe a RCP por 10 segundos ou menos para verificar ritmo e pulso;
7. Identificar o ritmo no monitor – ritmo Sinusal;
8. Administrar epinefrina 1 mg seguido de 20 ml de SF 0,9% em bolus e elevou o braço por 10 a 20 segundos;
9. Depois de obter o acesso IV/IO administre um vasopressor (epinefrina 1 mg IV/VO) e repetir a cada 3-5
minutos. Devem ser administrados durante a RCP;
10. Fazer RCP por 2 min e reavaliar o ritmo;
11. Verificar ritmo passível de pulso (ritmo sinusal) e checar pulso. Sem pulso – Mantém AESP;
12. Reiniciar a RCP por 2 minutos;
13. Verbalizar que nesse ciclo não faz medicação;
14. Pensar nas causas – 5H e 5T?
15. Após 2 minutos reavaliar o ritmo no monitor
16. Verificar ritmo passível de pulso – RITMO SINUSAL;
17. Checar pulso – PACIENTE TEM PULSO;
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18. Afirmar que o paciente saiu da PCR;


19. Se um pulso palpável estiver presente e o ritmo estiver organizado, dê início aos cuidados pós-PCR → isso é
o retorno da circulação espontânea (RCE);

É um ritmo de PCR associado a nenhuma atividade elétrica discernível no ECG (linha plana)
Tem que verificar se a linha plana é assistolia mesmo, confirmando que:
- Não seja outro ritmo (ex: FV fino) mascarada como uma linha plana. A assistolia é um diagnóstico específico,
mas a linha plana não
- Não seja resultado de um erro do operador ou do equipamento
● Verifique se há eletrodos soltos ou não, falta de eletricidade ou se o ganho de sinal (amplitude/força de
sinal) está baixo demais
Muitas vezes a assistolia representa o ritmo final
A função cardíaca diminui até cessar toda atividade cardíaca funcional, e o paciente morre
É o ritmo final de FV ou TVSP
A assistolia persistente representa isquemia e danos miocárdicos extensos devido a períodos prolongados de perfusão
coronária inadequada.
O prognóstico é ruim, salvo na presença de circunstância especial de ressuscitação ou de causa imediata reversível;

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