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Daniela Casagrande - TXVI
SUMÁRIO
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Daniela Casagrande - TXVI
- A causa mais comum de obstrução de via aérea superior em pacientes inconscientes é a perda de tônus nos
músculos da garganta, assim a língua cai para trás e obstrui a via aérea no nível da faringe
- Monitorar e manter as vias respiratórias abertas em todos os momentos
- O provedor deve decidir se o benefício da adição de uma via aérea avançada supera o risco de interromper a
RCP
- Se o tórax do indivíduo está subindo sem utilizar uma via aérea avançada, continue dando CPR sem pausa
- No entanto, se você está em um hospital ou perto de profissionais treinados, que possam eficientemente
inserir e usar as vias aéreas, considere parar a CRP
- O valor da fixação das vias respiratórias devem ser equilibradas contra a necessidade de minimizar a
interrupção da perfusão que resulta em travar a RCP durante a colocação das vias aéreas
- Equipamento de vias aéreas de base inclui:
● Via aérea orofaríngea (OPA)
● Via aérea da nasofaringe (NPA)
● A principal diferença entre elas é que uma OPA é colocada na boca, enquanto uma NPA é inserida
através do nariz
- Chin Lift
● Técnica básica de abertura das vias aéreas
● Inclinação da cabeça e elevação do queixo
● Pacientes SEM suspeita de lesão cervical
● Aplicar quando for inserir cânulas, máscara
- Jaw Thrust
● Anteriorização da mandíbula sem inclinação/extensão da cabeça
● Pacientes COM suspeita de trauma com lesão cervical
● Apoia dedão na bochecha, pega no ângulo da mandíbula e puxa para frente, erguendo a mandíbula do
paciente
- Sempre fazer revisão de via oral → não pode ter implantes e dentadura na boca do paciente
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- Como usar:
1. Posicione-se na cabeceira do paciente e abra a via aérea do paciente
● Se necessário limpe as vias respiratórias de secreções ou vômito
2. Selecione um saco e máscara de tamanho apropriado para o paciente
3. Conecte o saco à máscara se isso ainda não tiver sido feito e conecte o saco ao oxigênio a um fluxo de
10-15L/min e adapte a um reservatório
4. Coloque a máscara no rosto do paciente, criando uma boa selagem face-máscara, com a máscara
posicionada sobre a boca e o nariz do paciente
5. Durante a VBM evite a ventilação excessiva e permita que haja tempo adequado para a expiração
ocorrer → +- 12 ventilações por minuto
MÁSCARA LARÍNGEA
- Dispositivo extraglótico da via aérea
- Alternativa a intubação endotraqueal e fornece ventilação comparável
- Usar em pacientes inconscientes com acentuada depressão do nível de consciência e quando ventilação por
ambu com reservatório não for possível
- Proteger via aérea, se o paciente vomitar o dispositivo não deixa aspirar.
- Somente profissionais treinados e não médicos podem inserir! Equipe bravo do SAMU
- Existem 6 tamanhos, separados por peso e cabe ao médico escolher → geralmente tamanho 5 em homens, 4
em mulheres
● 50-70 kg = cuff 30 ml → nº 4
● 70-100 kg = cuff 40 ml →nº 5
- Como Inserir:
1. Testar o material!
2. Desinfle totalmente o manguito com ajuda de uma seringa
3. Lubrifique a face posterior da mascara
4. Segure a parte siliconada (ML) como se fosse uma caneta, apertando a extremidade para que a mesma
fique mais fina e não enrole ao inserir
5. Realize extensão da cabeça do paciente ou projeção da mandíbula se for trauma
6. Insira a ML com abertura para frente da língua e o dorso para o palato de forma alinhada e com
movimento curvilíneo contínuo, breve e firme
7. A inserção deve ser realizada o mais profundamente possível na hipofaringe até que exista resistência
na passagem.
8. Insufle o manguito com a quantidade de ar recomendada, acompanhando pelo cuff a quantidade de ar
insuflada.
9. Conecte a bolsa-válvula-máscara e fixe a ML adequadamente.
- A ponta fica na entrada do esôfago, protegendo e dificultando a saída de conteúdo
- Tentar substituir assim que possível → máximo de 4-8h
- Não é considerada uma via aérea definitiva
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- O tubo endotraqueal (ET) é de uso único e tem cuffs que facilitam a chegada de grande concentração de
oxigênio
- Ideal para ventilação de longo tempo, proporciona rota alternativa de administração de medicamentos para
ressuscitação
- Sua colocação requer visualização das cordas vocais do paciente (que está sedado ou inconsciente)
- Apenas profissional médico
- Protege as vias aéreas
- Tamanho: varia muito e não tem como medir, geralmente 7.5 a 8mm para homens, 7- 7,5mm em mulheres
- Lâmina: sempre curva para adultos, com tamanho 3,4 ou 5 Tipo do laringoscópio: lâmina curva é mais
usada para adultos, enquanto a reta é mais usada em crianças → No boneco da faculdade: tubo 7, lâmina 3
- Paramentação com máscara, óculos e luva
- Como Inserir:
1. Conecte a lâmina ao cabo e teste para ver se está funcionando (ver se a luz está acessa). O
laringoscópio é sempre usado com a mão esquerda.
2. Teste a integridade do cuff do tubo endotraqueal – insuflar o cuff com a seringa para testar.
3. Coloque o paciente na posição do farejador/sniffing: eleve mandíbula do paciente (chin lift) ou faça
jaw thrust para anteriorizar a mandíbula
4. Abra a boca com dedão e indicador
5. Faça a inspeção da boca e aspire caso haja secreção
6. Coloque a lâmina do laringoscópio e visualize a abertura da glote – a lâmina deve ser introduzida
devagar, encostando-a na língua até achar a valécula (entre a base da língua e a epiglote)
● Mulheres → tubo 8 (média)
● Homens → tubo 9 (média)
7. Ao visualizar o esôfago eleve a lâmina e visualize as cordas vocais (brancas). Tem que estar na mesma
altura do paciente.
8. O movimento deve ser de 45°, devagar se não quebra os dentes
9. Coloque o tubo ET com a mão direita e introduza o tubo pelas cordas vocais – colocá-lo lateralizado
pelo canto da boca ou seguindo a fenda do laringoscópio e deixar entre as marcações 21-23.
10. Retirar a lâmina da boca
11. Infle o cuff do tubo com uma seringa para conseguir encher o balonete → é preciso insuflá-lo para o
tubo não sair do lugar e não passar alimento, além de propiciar mais ar para os pulmões.
12. Coloque o ambu no tubo endotraqueal e insufle para determinar onde está o tubo
● Conferir se está no local certo: Ausculta epigástrio, base do pulmão esquerdo, base do pulmão
direito e ápices!
● Caso não escute nada em base de pulmão, retirar um pouco o tubo, a fim de deixa-lo na altura
da carina!
● O ideal é que o tubo fique na carina, ou seja, tem que estar no brônquio principal e não nos
pulmões. Se o tubo estiver nos pulmões, deve-se retirar um pouco o tubo para ficar na traqueia.
13. Após conferência do local, fixar o ET com cadarço passando atrás das orelhas
14. Inserir bite-block para o paciente não morder os dentes
15. Aperte o tubo por 1 segundo enquanto observa o tórax se movimentar
16. Inserir a BVM
- Para Retirar o Tubo:
● tubo: desinfle o balonete (puxe o ar com a seringa) para não machucar as cordas vocais do paciente e
não lacerar a traqueia.
● Se entrar demais o tubo, seletiva um pulmão (entra em um brônquio e só um pulmão recebe ar)
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CASOS NA AULA
- Ver gravação da aula + gravação da prática para dicas e pegar o que faltou
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PCR: parada da função da bomba do coração, de forma a interromper a circulação sistêmica do sangue causando a
falência do organismo
O diagnóstico da PCR deve ser feito com a maior rapidez possível, compreendendo a avaliação de 3 parâmetros
- Responsividade: deve ser investigada com estímulo verbal e tátil (firme, contralateral ao lado que se posiciona
o socorrista)
● Se a responsividade → PCR excluída
● Não há responsividade → pedir ajuda, solicitação do DEA e chamar SAV
- Respiração: manobra de desobstrução das vias aéreas, aproximar da face da vítima e ver se há expensão do
tórax, ouvir se há eliminação de ar pelas vias aéreas e sentir se o fluxo respiratório vai de encontro ao seu
próprio rosto
● Respiração efetiva → PCR excluída
● Respiração inefetiva → verificar permeabilidade de vias aéreas e realizar 2 ventilações de resgate
(boca-boca ou bolsa-válvula-máscara). Se não houver expansão da parede torácica deve-se repetir a
manobra de desobstrução das vias aéreas
- Pulso: testar o pulso carotídeo (é o último a desaparecer e o primeiro a ser restabelecido) por 10 segundos, no
máximo
● Se não houver respiração nem pulso → PCR
- Cada minuto que o indivíduo permanece em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida é perdida
Causas da PCR:
- 5H
● Hipóxia
● Hipovolemia
● Hidrogênio (acidose)
● Hiper ou Hipocalemia (potássio)
● Hipotermia
- 5T
● Toxinas
● Tamponamento cardíaco
● Trombose coronária (infarto)
● Tromboembolismo pulmonar (TEP)
● Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo)
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RCP DE QUALIDADE
1. Verificar a segurança do local (de preferência com o paciente em cima de uma superfície dura);
2. Verificar responsividade (chamando o paciente e o tocando);
3. Toque no ombro do paciente e pergunte em voz alta: ‘’ Você está bem?’’
4. Solicitar AJUDAR e uma desfibrilador/DEA;
5. Verificar pulso e respiração em menos de 10s;
6. Confirme se não há respiração olhando ou examinando se o tórax se movimenta;
7. Verificação do pulso carotídeo é realizada simultaneamente com a verificação da respiração. Se não sentir
pulso em 10 segundos, inicie a RCP;
8. Iniciar RCP de alta qualidade;
9. Posicionar as mãos no terço inferior do esterno - linha intermamilar;
10. Velocidade da RCP: 100 a 120 compressões por minuto;
11. O ritmo das compressões: Bee Gees Stayin’ Alive (música);
12. Abaixar o tórax de 5 a 6 cm durante as compressões;
13. Permitir o retorno completo do tórax;
14. Fazer RCP 30x2;
15. Relação compressão/ventilação de 30:2;
16. Durante a ventilação, fazer 2 ventilações boca-a-boca, de aproximadamente 1 segundo cada;
17. Observar elevação visível do tórax a cada ventilação;
18. Reiniciar as compressões em menos de 10 segundos após ventilação;
19. Na chegada do DEA, utiliza-lo imediatamente;
20. Ligar o DEA;
21. Colocar as pás adesivas;
22. Eletrodo do lado direito do paciente: precisa ser colado/colocado abaixo da clavícula, na linha hemiclavicular;
23. Eletrodo do lado esquerdo do paciente: Deve ser posicionado nas últimas costelas, na linha hemiaxilar (abaixo
do mamilo esquerdo);
24. Isolar o paciente para análise do ritmo;
25. Isolar o paciente para administrar o choque (administrar se necessário);
26. Inicie a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) imediatamente após cada choque, começando com as
compressões;
27. Reavaliar nos 2 minutos;
28. Após o retorno da circulação espontânea, questionar se o paciente ventilava;
29. Caso o paciente não ventile, mantiver ventilação: 1 a cada 5-6 segundos;
30. Colocar o paciente em posição de recuperação;
31. Não retirar as pás do DEA;
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É um ritmo de PCR associado a nenhuma atividade elétrica discernível no ECG (linha plana)
Tem que verificar se a linha plana é assistolia mesmo, confirmando que:
- Não seja outro ritmo (ex: FV fino) mascarada como uma linha plana. A assistolia é um diagnóstico específico,
mas a linha plana não
- Não seja resultado de um erro do operador ou do equipamento
● Verifique se há eletrodos soltos ou não, falta de eletricidade ou se o ganho de sinal (amplitude/força de
sinal) está baixo demais
Muitas vezes a assistolia representa o ritmo final
A função cardíaca diminui até cessar toda atividade cardíaca funcional, e o paciente morre
É o ritmo final de FV ou TVSP
A assistolia persistente representa isquemia e danos miocárdicos extensos devido a períodos prolongados de perfusão
coronária inadequada.
O prognóstico é ruim, salvo na presença de circunstância especial de ressuscitação ou de causa imediata reversível;
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