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Atendimento ao politraumatizado

 Trauma é casa de morte mais comum em indivíduos jovens.


 80% adolescente 60% em adultos
 16 mil mortes por dia
 A maior causa é lesão cerebral traumática- 50 morrem por lesão cerebral
 As que sobrevivem fica com lesão permanente

 Meninges
1. Aracnoide
2. Pia mater.
3. Dura mater.
Dependendo do trauma pode ocorrer um hematoma, esse hematoma pode ser
epidural (acima da dura mater), subdural (abaixo da dura mater)

O sangramento arterial é mais intenso, e o sangue fica acumulado entre o crânio e a


dura mater, e se não fizer nada continua aumentando e começa a comprimir o crânio,
e o paciente começa ater alterações sistemas e pode ir a óbito.
Isso é detectado pelo intervalo lúcido, que é o intervalo desde o momento do
acidente até ele perder a consciência, isso por que o hematoma começa a comprimir o
cérebro.
Causa cefaleia intensa
Pode ter midríase ipsilateral – quando a pupila relaxa do mesmo lado que sofreu o
trauma
Hemiparesia contralateral – o lado oposto ao que bateu pode ficar parado.
Quando apresenta esses sinais e sintomas para confirmar o diagnóstico faz a
tomografia e o cirurgião faz fazer uma descompressão. Pois se não fizer
descompressão ele começa a comprimir o cérebro, e ele hernia para o forame magno
e o paciente vem a óbito.
Hematoma subdural- esse hematoma é um sangramento mais lento, pois é de uma
veia, esse as vezes demora dias, meses depois do trauma. O paciente reclama de dor
de cefaleia, desartria (fala desarticulada), distúrbios visuais, alteração de
personalidade, hemiparesia tardia, alterações nos níveis de consciência.

 Dinâmica do trauma
paciente é baixo – quando colide e está no volante, bate com o rosto, tórax no
volante e a perna lá em baixo, o fêmur volta e faz fratura de bacia e o paciente morre
por choque hipovolêmico. Quando bate o tórax o pulmão estoura, o paciente faz
peneumotorax que precisa ser drenado a hora.
Paciente é alto – bate o rosto no vidro e faz trauma raquimedular, e fica paralítico.
 O cinto não pode passar na barriga, pode causar ruptura do baço, o cinto tem
que passar na crista ilíaca.
 O encosto precisa estar ajustado, pois pode causar uma lesão chamada
chicote e sem o paciente ter lesão nenhuma, faz trauma raquimedular e fica
tetraplégico.
 Precisa ter airbag
 Capacete do tamanho correto da pessoa e dentro do prazo de validade.

Se aumentar a velocidade aumenta o risco.

Cavidade permanente- é aquilo que a gente vê, fica um buraco com a bala que
passou.
Cavidade temporária- ex. passou o tiro, a onda de choque do tiro faz uma lesão a
distância, as vezes 15 20 vezes maior que o projetil, afastando os tecidos e após
os tecidos colabam e voltam ao normal. E quando o paciente for examinado não
existe mais. Só fica o buraco do tamanho do projetil.

Sequência para atender o politraumatizado


1. Preparação – fase pré-hospitalar- liga pra o bombeiro e dar informação
necessária a triagem.
2. Tomar cuidado para não sofrer acidente tentando ajudar, observar se o
local está seguro.
3. ABCDE – 15 segundos –
A. Via aérea e controle da coluna cervical
B. Controlar a respiração
C. Circulação sanguínea está correta ou está sangrando
D. Avaliação neurológica
E. Remover a roupa do paciente

A1. Métodos manuais e mecânicos para controlar via aérea

 Método manual- tiver inconsciente fazendo glossoptose (se a língua


dele “cair”), traciona a mandíbula pra cima pra desobstruir atrás ou faz
elevação do mento só para diagnóstico inicial, pois não dá pra ficar
segurando o tempo todo.
O que fazer?
Paciente desacordado- coloca uma cânula de guedel (cânula orofaríngea)
coloca na boca e torce, com isso a língua é puxada para frente e desobstrui,
mais da ânsia de vomito e por isso o paciente deve estar desacordado para aa
sua colocação.
Paciente acordado- coloca a cânula nasofaringea, coloca xilocaína e o
paciente respira bem, pode fazer ventilação com essa cânula também.

Obs Se tiver fratura do terço médio da face, ou suspeita, não coloca a cânula
nasofaringea, pois se tiver fratura quando passar a cânula ela pode ir pra fossa
craniana anterior. Se precisar manter a via aérea vai ter que intubar,
traqueostomia.

 Métodos mecânicos-
1. Mascara laríngea
2. Intubar pelo nariz ou pela boca
3. Se estiver com edema muito grande passa um “caninho” e no hospital faz a
traqueostomia.

Quando fazer traqueostomia?

 Lesões extensas no assoalho de boca e língua, pois forma edema e


não consegue passar o tubo.
 Múltiplas fraturas faciais que causem obstrução da via aérea
 Fratura cominutiva de mandíbula, na sínfise, onde se insere a
musculatura da língua e faz glossoptose.

A2. Manter a coluna numa posição neutra

Com colar aberto, pois se precisar fazer traqueostomia já está aberto.


Tirar o paciente com a coluna certa
Botar a coluna numa posição neutra
Adulto- o tórax é mais volumoso que a cabeça, então bota uma toalha na
cabeça.
Criança – cabeça maior que o tórax, então coloca a toalha embaixo do tórax.

b. Avaliar respiração e ventilação

ventilação é a subida descida do diafragma


respiração é um processo de troca de gases

nessa etapa observar se o paciente está ventilando, e se está ventilando


eficazmente.

c. avaliar a circulação

o se não tiver nenhum sangramento, primeiro palpa o pulso carotídeo, se


tem o pulso presente com regularidade, ele está com uma boa
perfusão.
o Se estiver pálido- perfusão deficiente
o Azulado- oxigenação incompleta
o Temperatura gelada- perfusão diminuída
 Úmida- em choque com a perfusão diminuída
 Perfusão capilar normal- aperta o dedo e fica branco após de soltar volta a cor
normal.
 Hemorragia externa-comprime
 nariz – tamponamento
 Hemorragia interna (ruptura do baço e da pelve) - Levar imediatamente no
hospital, coloca uma calça pneumática, que contrai, para tentar diminuir o
sangramento e coloca soro, para hidratar o paciente.

d. avaliação neurológica
observar se o paciente está consciente ou não
perda da consciência tem vários motivos:
1. não está chegando oxigênio
2. fez um trauma e fez lesão no sistema nervoso central
3. intoxicação- bebida, droga
4. distúrbio metabólico- paciente diabético e fez crise hipoglicemia

o como avaliar?

Escala AVDI
a- alerta
v- responde a estimulo verbal (está apagado, mas reponde o que lhe é
perguntado)
d- Responde a estimulo de dor (falo ele não responde, mas responde a estímulos
de dor)
i – inconsciente( mesmo fazendo todos os outros ele não responde)

 a pupila deve estar igual dos dois lados e estar foto reagente, quando
coloca a lanterna faz miose.
Escala de Glasgow

3 – Praticamente morto
15- Saudável

e. remover a roupa do paciente


cortar e cobre o paciente e de tempos em tempos faz reanimação, pois o paciente
pode piorar.
Na ambulância
Reanimação, tratamento de choque, passa uma sonda urinária e sonda gástrica,
monitora o paciente.
No hospital
tem que fazer uma radiografia da coluna cervical, do tórax, e da pelve. Após, fazer
uma anamnese. Identificar se teve lesão e o que vai fazer com o paciente.

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