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Atendimento Pré - Hospitala r -

SOC ORRIST A S

MÓDUL O :
ATENDIMENTO
INICIAL A O T R A U M A

Professor: Dr. Ronaldo J. Souza

Aula 03 - Avaliação Inicial ao Trauma


B e C
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Ventilação e Respiração
Após garantir a permeabilidade das vias aéreas, devemos garantir q ue o paciente tenha
u m a boa ventilação, sendo possível a realização da hematose.
Devemos observar a expansão e simetria d o tórax, além d e analisar a qualidade da
respiração (rápida ou lenta - superficial ou profunda - silenciosa ou ruidosa).
Palpar os ossos d o tórax e m busca d e lesões q ue trazem instabilidade.
Avaliar saturação d e oxigênio inferior a 94%, e avaliar a necessidade da utilização d e
dispositivos d e oferta d e o².
Revisão Anatômica
Sistema Respiratório
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Pneumotórax Aberto
Ocorre q uand o o ar se acumula entre a parede torácica e o p u l m ã o c o m o resultado d e
u m a ferida torácica aberta ou outro defeito físico. Quanto maior a abertura, maior o grau
d e colapso pulmonar e dificuldade d e respiração.
Inicialmente deve ser tratada c o m o Curativo d e 3 pontas.
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Pneumotórax Hipertensivo
Ocorre q uand o u m a lesão no p u l m ã o ou na parede torácica é tal q ue permite a entrada
d e ar no espaço pleural, mas não sua saída (válvula unidirecional). C o m o resultado, o ar se
acumula e c o m p r i m e o pulmão, c o m o t e m p o deslocando o mediastino, c o m p r i m i n d o o
p u l m ã o contralateral e aumentand o a pressão intratorácica o bastante para diminuir o
retorno venoso para o coração, o q ue causa choque. Esses efeitos p o d e m ocorrer
rapidamente, sobretudo nos pacientes submetidos à ventilação c o m pressão positiva.
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Hemotórax Mac i ç o
É o acúmulo d e sangue no espaço pleural.
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Intubação Orotraqueal
A intubação orotraqueal (IOT) é u m procedimento m é d i c o q ue visa estabelecer o
controle definitivo da via aérea.
As principais indicações d e IOT são:
Procedimentos e cirurgias
Impossibilidade d e manter via aérea pérvia
Insuficiência respiratória aguda grave e refratária
Hipoxia e/ou hipercapnia
Escala d e C om a d e Glasgow (GC S) ≤8
Instabilidade hemod inâmi ca grave ou parada cardiorrespiratória
Antecipação d e piora e m pacientes queimados ou e m pacientes c o m visível
desconforto respiratório q ue poderão entrar e m fadiga da musculatura respiratória
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Apnéia ou Gasping
Ta m b é m conhecida c o m o respiração agônica, p od end o ser definido c o m o movimentos
respiratórios assincrônicos não efetivos.
Dispositivos para
administração de O²
Existem dispositivos para a oferta de O² suplementar, os mais
comuns são:
Cateter nasal tipo óculos;
Máscara com reservatório não reinalante;
Máscara de Venturi;
Bolsa-Válvula-Máscara.
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Cateter Nasal tipo óculos
A cada 1 litro d e O² é ofertado 4% d e oxigênio, sabendo-se q ue e m ar ambiente nós
temos 21% d e O².
Dispositivo d e baixo fluxo, p od end o utilizar até 5 litros d e O² por minuto.
1l= 25%
2l=29%
3l=33%
4l=37%
5l=41%
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Máscara com Reservatório Não-Reinalante
A máscara i m p e d e a reinalação através d e válvulas unidirecionais.
Suporta u m volume d e O² d e 5-12 l/min.
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Máscara de Venturi
Avaliação Inicial ao
Trauma - B
Bolsa-Válvula-Máscara
Popularmente conhecido c o m o A M B U
Fornece 100% d e oxigênio, devido a presença d e u m a válvula não reinalante e u m
reservatório.
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Circulação e Perfusão
Circulação e sangramento: avaliar a perfusão e controlar hemorragia interna.
Controle d e sangramento;
Avaliação d o sangramento e quantidade d e sangue perdido;
Reposição d o volume perdido;
Avaliar os sinais d e choque:
P: Pele - Coloração, temperatura, umidade.
P: Pulso - Ritmo, Frequência, Intensidade
P: Perfusão - Tempo d e enchimento capilar menor q ue 2 segundos.
Busca por hemorragias
Externas
Internas
1.Pernas (ossos longos e fêmur)
2.Pelve
3."Pança" (abdômen)
A perda sanguínea diminui o volume sanguíneo, diminuind o a perfusão cerebral, levando
ao paciente apresentar alteração d o nível d e consciência.
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Pele
N o atendimento inicial a vítima d e trauma, deve-se observar, no q ue diz respeito a pele,
aspectos como:
Coloração;
1.Pálida;
2.Corada;
3.Cianótica.
Tem p eratura.
Umidade.
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Pulso
N o atendimento inicial a vítima d e trauma, deve-se observar, no q ue diz respeito ao pulso,
aspectos como:
Ritmo;
1.Bradisfigmia;
2.Taq uisfigm ia.
Frequência
3.Regular
4.Irregular.
Intensid ad e
5.Filiforme
6.Forte.
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Perfusão
N o atendimento inicial a vítima d e trauma, deve-se observar, no q ue diz respeito a
perfusão periférica, aspectos como:
t e m p o d e enchimento capilar>;
1.Menor q ue 2 segundos: sem alteração;
2.Maior q ue 2 segundos: alteração na perfusão sanguínea.
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Hemorragias Internas
A hemorragia interna é mais difícil d e ser identificada, pois o sangramento acontece sem
q ue exista lesão na pele, e acontece q uand o há lesão e m alg um órgão, sendo o tipo d e
hemorragia mais c o m u m d e acontecer após acidentes. Os sinais e sintomas d e
hemorragia interna p o d e m demorar mais para surgir, mas à m e d i d a q ue acontece e q ue
o sangue vai sendo acumulad o no corpo, é possível notar:
Palidez e cansaço;
Pele fria;
Pulso rápido e fraco; (taquicardia e pulso filiforme)
Respiração acelerada; (taquipneia)
Muita sede; (polidpsia)
Queda da pressão; (hipotensão)
Tontura; (vertigem)
Náuseas ou vômitos c o m sangue; (hematêmese)
Confusão mental ou desmaios;
Muita dor d o abdômen, que fica endurecido.
A l é m disso, d ep end end o da lesão, e m alguns casos é possível t a m b é m q ue seja verificada
a saída d e sangue pela boca, nariz (epistaxe), urina (hematúria) ou fezes (melena).
Avaliação Inicial ao
Trauma - C
Choque HIpovolêmico
O choque hipovolêmico representa u m a diminuição no volume sanguíneo (hipovolemia).
Essa diminuição p od e ser decorrente de:
1.Perdas hemorrágicas: para o meio externo, c o m o e m situações d e trauma ou para
o meio interno, e m situações d e hemorragias digestivas ou hemotórax.
2.Perdas não hemorrágicas: tem-se c o m o exemplos o vômito, diarreia e diurese
osmótica, e m casos d e perda d e fluído acelular intravascular ou ainda perdas d e
fluido para o terceiro espaço c o m o edemas e derrames cavitários, e m transferências
para o meio extravascular.
A consequência direta da perda d e volume sanguíneo é a redução da oferta d e oxigênio
para atender a d e m a n d a d e tecidos periféricos. Dessa forma, se essa redução atingir u m
nível crítico, o organismo desencadeia a m u d a n ç a d o metabolismo aeróbico para o
anaeróbico.

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