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QUARENTENA
ERÓTICA

A P Wilson

1ª Edição
SUMÁRIO

Rapidinha na praia
Aliviando com o peão da obra
Brotheragem entre vizinhos
Dividindo o quarto com o cunhado
De férias com o sogrão
O guarda-costas
Beco do prazer
Em segredo com o cunhado
Flagrei meu primo com o filho do caseiro
O pescador
A P Wilson
Rapidinha na praia
Esta quarentena está sendo desgastante. Depois de duas semanas em
isolamento, eu já estava para pirar. Assistir lives, filmes, e até mesmo malhar já
estava me sendo uma tarefa insuportável, até que naquela manhã eu olhei o
tempo fechado e respirei fundo. Eu tinha que dar uma escapada.
Vesti uma bermuda, uma camiseta regata, então calcei meus tênis e peguei
o fone de ouvido. A recomendação era colocar máscara, então tive que
obedecer, e assim, mesmo sabendo que a polícia podia me parar, resolvi
arriscar.
Eu me dirigi à orla de Copacabana. Nunca tinha visto o Rio tão parado, e
se aparecia alguém na rua, era uma ou outra pessoa que assim como eu,
cansara de ficar em casa. Correr pelo calçadão desnivelado era até estranho, eu
o poderia fazer de olhos fechados, já que não havia quase ninguém transitando.
Foi quando resolvi apressar os passos, correr em um ritmo mais acelerado e do
nada, comecei a sentir minha ereção dar sinais de vida.
Ter pau grande é um problema, porque não tem como guardar direito e
quando você vai fazer algo como correr, se não acomodá-lo em uma boa
posição, pode pegar-se com um endurecimento involuntário.
Tive que diminuir os passos, e ainda que tentasse controlar, o amigão já
estava marcando o tecido. Parei um momento, virei para o mar e com as mãos
na região, tentei ajeitá-lo discretamente, foi quando despercebido senti uma
aproximação pelas costas, e num susto me virei, a voz chegando ao meu
ouvido:
— Bom dia senhor, tem um minuto?
Na surpresa dei um passo para trás, e levou um instante até eu me situar.
Era um cara da minha altura, com olhos azuis e o cabelo penteado para o lado.
Engolindo em seco, retirei os fones e ofeguei.
— Puta que o pariu cara, você quase me matou. Eu pensei que fosse um
assalto.
— Um assalto? — ele retrucou sorridente e somente agora eu reparava na
caixa de isopor que trazia em mãos. Ele era um cara magricela, usava regata e
se tivesse vinte e cinco anos era muito.
— Sabe como é. A gente não devia sair, e... com apenas alguns que se
arriscaram a burlar a ordem, sabe-se lá quem está a espreita.
Ele sorriu, e eu só sabia que sorriu porque percebi o franzir das
bochechas. Assim como eu usava uma máscara, a dele era estampada. Foi neste
momento que me peguei acalorado, e tirando a camiseta para secar o suor, o
observei fitando meu gesto. Então desviou o olhar.
— É que estou vendendo chocolates para ajudar com a facul. Você teria
interesse?
— Vendendo chocolates? — questionei ajeitando a bermuda. O susto do
carinha viera bem a calhar, eu amoleci completamente. Então fitei sua face
uma segunda vez e apreciei seus belos olhos.
— Bem, a pandemia interrompeu as aulas, mas não as mensalidades.
— E qual o curso que você faz? — busquei me equilibrar.
— Engenharia de Petróleo.
— Engenharia de quê? — retruquei surpreso. Não é sempre que se
esbarra com alguém que cursa algo tão incomum — Tá aí. Um curso diferente.
Houve um sorriso e ele olhou ao redor, então me peguei a seguir seus
olhos até a caixa, e quando ele a abriu, senti o cheiro de cacau chegar ao meu
nariz. Cocei a nuca.
— Puts, mas doces há esta hora? — olhei para ele, então umedeci os lábios
— É que estou evitando açúcares. Dieta, entende?
— Dieta? Mas para quê? — ele zombou indicando minhas curvas, então
eu sorri. Embora discípulo da malhação, se eu deslizasse, voltaria a engordar.
Ele insistiu: — Ah, vai lá. Só um, para sua namorada.
— Eu não tenho namorada — respondi com mesmo ar brincalhão,
olhando rapidamente para além de onde estava parado — Nem namorada,
nem outra garota. Na realidade moro sozinho, e com a quarentena, sabe-se lá
quando encontrarei uma.
Houve um momento de silêncio, percebi que ele ficou sem jeito e senti-
me sem graça, vendo-o fechar a caixa. Mas, o que eu poderia fazer? Eu não
gostava de chocolates.
— Entendo — ele agradeceu gentilmente, e pôs-se a ajeitar os óculos —
Mas caso mude de ideia, estou sempre por aqui, neste horário.
— Mesmo com a proibição?
— Mesmo com a proibição — ele retrucou — O prefeito não vai pagar
minhas contas, vai?
— Não vai mesmo.
Então fitei aquele carinha um momento mais. Em seguida dei um leve
apertão em seu ombro e me afastei. Ele ficou observando-me flexionar os
ombros sob um coqueiro, e fazendo um sinal de despedida, viu-me pendurar a
camiseta na bermuda e retomar o ritmo da corrida. Conforme fui me
afastando, senti o corpo esquentar ante o sol que surgia por entre as nuvens, e
na bermuda, novamente a vara começou a incomodar roçando na cueca. Tive
que parar.
Puts, será que meu pau não iria contribuir?
Umedecendo os lábios vi um casal se aproximando e disfarcei. Dando de
costas, olhei na direção da qual vim, e reparei no vendedor de chocolates
sentado na calçada a retirar os tênis. Ele subia a barra da calça até os joelhos e
agora, caminhando para a areia, seguiu até perto do mar. Colocou a caixa de
isopor ao lado, e curvando-se ante as ondas removeu a máscara.
Fiquei observando-o umedecer o rosto e me coloquei em seu lugar. Puts,
eu precisava parar de ser tão mesquinho. O que era um ou dois chocolates? Eu
poderia até dá-los para o porteiro. Resolvi voltar.
— Hey?! Cara do chocolate!
Me aproximei no mesmo ritmo compassado em que me afastei. Ele
erguera o rosto e colocara os óculos, observando meus tênis afundando na
areia. Em seguida ficou de pé e se ajeitou.
Assim como todos que caminhavam no calçadão, estava precavido,
voltando a colocar sua máscara.
— O que houve? Mudou de ideia?
Eu sorri, ele era divertido.
— Quantos têm aí? — zombei, chegando mais perto. Então o vi menear a
cabeça, abaixando-se ante a caixa. Eu parei frente a ele, minha sombra
cobrindo-o, e sinceramente, aquela posição me pareceu bastante atrativa. Eu
ali, um pouco endurecido, e ele à altura da ereção. Sem falar no elástico da
cueca que escapava discretamente pelo cós da calça. Uma zorba branca de
elástico cinza.
Ele me encarou.
— Trinta e dois.
— Puts. Trinta e dois? — eu arqueei a sobrancelha, olhando ao redor —
E está vendendo por quanto? — questionei por curiosidade, vendo-o se
levantar.
— Dois reais cada. Sessenta e quatro no total — brincou, ajeitando a
máscara. A caixa mediana estava entre nós e minha sombra projetava-se sobre
ela.
— Esta é sua única forma de renda? — eu questionei surpreso.
— Antes da pandemia não, mas agora — ele olhou para o calçadão, para a
quietude da avenida e então para mim — Agora eu não sei. Essa que é a
verdade.
Eu umedeci os lábios, preparava-me para pegar a carteira quando ele
completou:
— Mas o fato é que as contas estão vencendo, então estou topando
qualquer coisa no momento.
Era impressão minha ou o carinha estava dando em cima de mim?
Eu meneei a cabeça, o isolamento estava mexendo com meu juízo.
— Qualquer coisa? — retruquei, afastando a mão da cintura, local onde
estava a carteira. Ele ficou fitando-me, e então se sentou. Eu o acompanhei.
— Ora, não qualquer coisa, claro — sorriu, ajeitando-se melhor. O sol
novamente surgia, e embora com nuvens escuras, não parecia querer chover —
Mas o básico, a gente tá disposto.
Umedeci os lábios, ele ajeitava os óculos. Então se virou para mim.
— Básico?
Sorriu, e discretamente abaixou os olhos para o centro das minhas pernas.
Senti-me corar.
— Ei? Do que você está falando?
Questionei, conferindo se alguém nos observava.
— Que te ajudo por cinquentão.
— Cinquentão? — quase caí para trás, então me recompus — Você não
está propondo... — olhei para trás, e tornei a ele — Me deixar comer sua
bunda por cinquenta reais? Está?
Ele fez um momento de silêncio, também olhou os arredores então
tornou a mim. O percebi umedecer os lábios.
— A bunda não, mas eu pago um boquete até você gozar.
Eu sorri sem jeito, o sol voltando a aparecer. O cara dos chocolates estava
com as contas tão atrasadas assim?
— Eu só tenho trinta.
— Trinta não rola — ele olhou para além da areia, então tornou a mim —
Trinta é muito pouco, e você tem cara que pode pagar mais.
— As garotas cobram muito menos durante a noite.
— Então espere escurecer — ele se levantou zombeteiro, e deu de costas
pegando a caixa. Fitei aquela silhueta por um momento, e ergui-me em seu
encalço.
— Não, espere aí — o interrompi, o coração acelerado — Quarenta pila,
pode ser? — fitei um senhor caminhando ao longe, então tornei a ele — É o
que tenho. Só porque quero te ajudar.
— Quarenta? — ele olhou para mim, meu volume marcava e ele o fitou
um momento. A brisa soprando contra a bermuda ajudava a delinear — Tudo
bem. É muito grande?
— Um pouco — Eu esbocei um sorriso. Aquela caminhada não podia
estar me saindo melhor.
Voltei a ele:
— E como faremos? No meu apê ou no seu?
— Apê? Não. — ele disse ajeitando a máscara, ela deixava seus olhos
ainda mais destacados — Não é um programa. É só um... favor.
— Ah, sim, perdão. Não foi o que eu quis dizer.
Ele engoliu em seco e olhou ao redor, então tornou a mim.
— Tá vendo o barzinho próximo dos coqueiros? — eu ergui meus olhos e
fitei o local afastado. Estava fechado há duas semanas, e apenas alguns
pássaros pousavam no balcão. — A porta do banheiro está estragada. Eu vou
esperá-lo lá.
Gesticulei positivamente e vi o carinha dar de costas e se afastar com os
tênis e a caixa em mãos. Esperei algum tempo olhando ao redor, tentando
disfarçar a ereção, e quando ele sumiu, disfarcei e então o segui.

Que loucura, fazer algo assim em plena luz do dia, e pior, no banheiro de
um quiosque que em manhãs normais estaria movimentadíssimo. A única vez
que havia feito algo do tipo fora em uma festa no interior, e fazia muito
tempo.
Quando cheguei conferindo os arredores, empurrei a porta discretamente
e entrei. Ele já estava ali, sentado na tampa do sanitário, esperando. Eu recostei
a superfície às costas, e travando-a com o corpo, me virei afrouxando a
bermuda. Ele impediu minha mão de abaixar o elástico.
— O que houve? — questionei, percebendo uma entrada de ar no topo da
parede.
— O dinheiro primeiro.
Fiquei fitando-o um instante. A luz que entrava por aquele vão iluminava
o recinto, então respirei fundo, procurando minha carteira. Tirei duas notas de
vinte e entreguei a ele.
Quando o rapaz conferiu o valor e guardou no bolso, eu o observei fazer-
me chegar para mais perto. Enquanto ajeitava a mediana caixa de isopor em
uma lateral, eu afrouxei o elástico, e enfiando a mão dentro da cueca, puxei o
bastão para fora.
Meu pau surgiu notável. Marcado por veias, tinha um cabeção rosado, e
como o rapaz pôde notar, já estava molhadinho. Eu o balancei ante seu rosto.
— Vamos lá. Quando você quiser.
Meu coração palpitava agitado, observando-o subir a máscara de forma a
desproteger apenas os lábios. Talvez por causa delas não sentíssemos o mau
cheiro do lugar.
Dei outro passo e rocei-o em seu nariz.
O cara dos chocolates tinha um tímido traço labial. Ele estava silencioso e
isso só colaborou, já que deslizando a cobertura da minha ereção, fez o
cabeção aparecer. Céus, a pegada dele era gostosa.
O cara começou a sugar calmamente. Deslizava a língua pela cabeça,
deslizava a cabeça para dentro e fora dos lábios. Sua língua molhada volteava-o
deliciosamente, e ofegando, eu coloquei a camiseta sobre a caixa de chocolates,
e fiquei a massagear meus mamilos.
Que delícia, sentir sua boca indo e vindo, apreciando a curva avantajada.
Ele deslizava a língua pela circunferência molhada, massageava minhas bolas e
voltava a foder com os lábios. Meu pau estava tão inchado, que sua boca ficava
esticadinha, e ele saboreava deixando saliva escorrer pela extensão.
Eu procurei a voz:
— Você quer quanto pra me deixar colocar atrás?
Ele afastou-se, fitando meu rosto enquanto punhetava.
— Eu não dou a bunda cara — voltou a dar lambidas, enquanto me
mostrava o dedo anelar. Somente agora percebi que o carinha era
comprometido.
— Casado?
— Noivo.
— De mulher ou de... Ohh.
Ele abocanhou uma segunda vez e eu revirei os olhos. Ficou sugando por
um minuto, e então se afastou, cuspindo pré-gozo na lateral. Eu tinha um pau
babão.
— Mulher — falou masturbando.
Ele chupava muito bem, e o jeito firme como segurava me fazia querer
um pouco mais.
— Mas, ela sabe? — Ofeguei. Meu tesão indo as alturas — Digo, sobre
você...
— Você contaria? — questionou e eu sorri. Talvez me achasse um idiota
pela pergunta, mas de repente a história ficara interessante.
— Não — respondi sem jeito, umedecendo os lábios, fazendo sair mais
pré-gozo a fim de que ele voltasse a mamar — É claro que não.
Então o carinha dos chocolates continuou o serviço. Eu estava adorando
sua desenvoltura, e percebia que ele curtia pagar boquete. Segurando sua
cabeça, eu não resisti dar leves estocadas, até que em uma destas o fiz
engasgar. Ele se livrou limpando o queixo.
— Porra cara, vai com calma. Quase sufoquei.
— Perdão — gaguejei, o pré-gozo deslizando pela curva — Eu não resisti.
É que sua boca é muito gostosa.
Ele meneou a cabeça, então fez menção de voltar a mamar.
— Calma, espere um momento — pedi, engolindo em seco, então conferi
lá fora. — Vamos lá, aceita a proposta. Eu... te dou cem pra você me deixar
foder sua bunda. Aqui mesmo.
— Cem?
— Sim, mas... não tenho na carteira. Eu moro sozinho. Você pode ir ao
meu apê mais tarde e pegar.
— Não cara, eu já disse que não dou o cu.
— Eu sei que não, mas cem vai te ajudar bastante. Pensa bem. — engoli
em seco, o tesão nas alturas, e então ele me pegou pelos quadris e me fez
aproximar. Fitando meus olhos, meneou a cabeça e voltou a abocanhar. Eu
ofeguei.
Oh.
Fiquei sentindo prazer por um longo momento. Ele sugava intensamente,
movendo os lábios para um lado e outro, então se afastava, cuspia na extensão,
e masturbava. Foi quando ergueu os olhos.
— Vamos lá, goza de uma vez. Eu tenho que vender os chocolates.
Eu gesticulei positivamente, toquei sua cabeça e o fiz voltar a pôr na boca.
Ficamos naquele movimento por um longo momento, até que massageando
seus cabelos, não resisti e esguichei o primeiro jato. Céus, que delícia.
Foi como dar mamadeira para ele, e saiu tanta porra, que ao me afastar, ela
escorreu por seu queixo. Sorridente, eu ofeguei terminando na punheta, e
virando-se, ele cuspiu o gozo no chão. Procurei a voz.
— Puts, me desculpa, não resisti.
— Não resistiu? Sei. — ele limpou os lábios, cuspindo uma segunda vez
— Devia ao menos ter avisado — resmungou procurando um lenço para se
secar. Meu pau pingava entre nós, e a exemplo dele, também passei a me
ajeitar. Então resolvi insistir:
— Mas e quanto à proposta? Vai mesmo negar?
— Qual? Dar minha bunda? — Ele retrucou tomando um pouco de água,
e eu chacoalhei o membro para ele apreciar uma última vez, a fim de guardar
na memória — já foi maluquice demais isso aqui — ergueu-se, esperando-me
afastar para poder sair — Porém eu estou de boa. Pra mim não vai rolar.
— É uma pena — eu disse saindo da sua frente — Mas, se algum dia
mudar de ideia, anota meu número aí...
Para minha tristeza o vendedor de chocolates pegou meu telefone, mas
nunca me ligou. Não sei se perdeu a anotação ou jogou fora, mas nunca saiu
da minha cabeça. Fico a me questionar se um dia voltaremos a nos esbarrar, e
uma coisa é certa, com aquela boca safada, fará maravilhas na cama.
A P Wilson
Aliviando com o peão da obra
PARTE UM

Ser engenheiro de estradas é um serviço cansativo. Em viagens pelo


Brasil, é necessário distanciamento de casa por vários dias, até que toda a obra
esteja conclusa e entregue ao administrador. Sei disto porque esta é minha
profissão, e enquanto confiro outro planejamento, reparo nos peões que se
movem para cima e para baixo no terreno empoeirado, carregando os
caminhões com equipamentos para a nova empreitada. Entre eles está Luiz
Cláudio, um dos funcionários recém-contratados pela construtora. Luiz é um
homem do interior, não tendo mais que seus trinta anos. Trabalha em nosso
grupo há aproximadamente onze meses, e desde os primeiros projetos, reparo
que seus olhares para mim são diferenciados. Ele foi contratado inicialmente
para auxiliar com a reforma de uma via estadual que corta sua cidade, mas com
dedicação, acabou sendo convidado para ocupar uma das vagas fixas na
companhia. O peão sempre me tratou muito bem, bem até demais, e embora
desde os primeiros encontros eu já percebesse algo diferente em seu jeito,
nunca dei muita atenção, afinal, eu tinha que impor o respeito necessário à
nossa diferença de cargos.
Bem, naquela tarde eles se preparavam para uma viagem à BR163, em
Mato Grosso do Sul, onde estava sendo erguida uma ponte sobre o rio que
corta o interior do estado. Transportando equipamentos pesados com auxílio
de outros peões, vez por outra eu percebia Luiz fazendo uma pausa a fixar-me
em minhas anotações. Não posso negar que os olhares do peão mexiam
comigo, e me fantasiar dando um trato naquela bunda quadrada já não era
novidade noturna.
Na manhã seguinte era hora de partirmos. Após todos terem lanchado,
deixamos o local recém-asfaltado, e rumamos ao novo destino. Eu seguia junto
aos demais funcionários de primeiro escalão, em uma caminhonete à frente, e
logo atrás, entre os peões, estava Luiz Cláudio acomodado na carroceria de
outro veículo, a conversar com os amigos. Ele estava sorridente, contando
histórias e sua face era coberta por um chapelão.
Passado algumas horas finalmente chegamos à baixada onde estavam
erguendo as bases da nova ponte. Descendo da caminhonete, pus-me a
observá-los saltar para descarregar os equipamentos, e sob instruções de um
mestre de obras, Luiz passou a auxiliar com as ferragens que havíamos trazido.
Eu fiquei ali a observá-los trabalhar. A região de vales não tinha
movimento por ser bem afastada das comunidades. Perdida em meio ao
matagal, tinha ruídos apenas do córrego sobre o qual passaria a ponte a ser
erguida, e acompanhando os trabalhos de perto, fui observando os recém-
chegados erguendo novos barracões para se abrigarem na hora do descanso.
Como alguns homens já estavam trabalhando naquela região desde o início da
primeira etapa quilômetros acima, alguns barracões já estavam armados, entre
eles, os cubículos destinados aos funcionários do alto escalão.
Então passei o dia caminhando pelo terreno acidentado, conferindo a
execução do projeto, observando o vai e vem de peões. Eles estavam
acelerando a edificação das ferragens na parte baixa do córrego, e como o
tempo estava nublando, tinham pressa, antes que viesse o pé d’água.

Então a noite caiu, e com ela o aguaceiro. Quando um trovão clareou o


cubículo, revelando rapidamente a silhueta do meu colega no outro colchão, eu
me sentei conferindo os arredores. Eu já estava recolhido há algumas horas, já
que na localidade não havia nada para fazer, e a claridade dependia
exclusivamente de lampiões. Apenas de calção, afastei o lençol e me pus de pé,
seguindo à janela, ouvindo a chuva varrer o telhado e os roncos do senhor
Guttman em seu sono profundo. O velho era um engenheiro americano
naturalizado brasileiro há 40 anos. Ele estava no acampamento como
responsável técnico pela obra, e adormecera assim que jantou.
Recostando-me ao peitoril de madeira, fiquei a observar o vento e a chuva
no pátio da construção. Estava uma chuva forte, chacoalhando as árvores que
nos circundavam, e era possível ouvir o córrego correr mais intenso na
baixada. A ventania balançava os lampiões que clareavam a área ao lado de
fora, e do outro lado do acampamento, os peões pareciam divertir-se no
barracão, sorrindo e tocando violão. Apenas a sombra deles era visível
movendo-se frente à claridade nas janelinhas.
Então abri uma fresta da porta para poder sentir o vento, e foi neste
momento que vi uma silhueta deixando a escuridão a caminhar pela área.
Estava caminhando lentamente, curvado a conferir algo em uma mochila, e
quando foi se aproximando, eu franzi o cenho e enfim o reconheci. Umedeci
os lábios.
— Luiz Cláudio? Ei, o que está fazendo aqui fora? — pronunciei seu
nome, dando um passo para o relento. O vento soprava meu peitoral, e neste
momento o percebi erguendo a cabeça, abrindo um largo sorriso ao me
reconhecer.
— Seu Leonardo? — disse, e imediatamente senti o cheiro de álcool
escapar de seus lábios — Minha nossa, o céu desabou, em? — Encarou-me
um instante, e com aquele sorriso sonso voltou a remexer a mochila. Eu fiquei
parado diante dele, sentindo o cheiro de destilado, e ele agora voltara a se
posicionar. Eu umedeci os lábios
— Com aquele calor todo, já era de se prever — Comentei observando-o
tirar algumas roupas da mochila e recolocá-las, em seguida franzi o cenho —
Mas, e você? Não deveria estar com os demais peões?
Seus olhos me fixaram uma segunda vez, estavam desfocados, e ele sorriu.
Eu podia sentir o cheiro de álcool sendo espalhado pelo vento, e devo
confessar que não me era surpresa encontrar peões bêbados após o horário de
serviço. Em outras ocasiões, eles estariam fazendo a festa ao redor de alguma
fogueira, enquanto ouviam música sertaneja e contavam casos de ex-mulheres.
— Os peões estão se ajeitando para dormir, e eu... bem, eu saí para tomar
um banho — apontou para os banheiros na baixada do acampamento, e então
voltou a fitar-me — Mas os outros estão muito bem.
Eu o fitei tentando fechar a bolsa, só então percebi o sabonete que havia
tirado de dentro dela. Notei ainda que o peão não enxergava direito devido ao
escuro, sua coordenação motora estava ruim, e agora, acocorando rente a mim,
forçava o zíper com os dentes. Eu observava sua ação ante o vento, o jeitinho
rústico de se agachar, as costas largas contra a parede, braços torneados,
pernas grossas, foi quando se erguendo, o vi trocar os pés e por pouco não
caiu. Eu o auxiliei.
— Ei. Cuidado aí.
— Opa — ele sorriu voltando a se equilibrar, estava calçado em botas —
Foi mal seu Leonardo. O vento está forte.
— O vento? — Sorri olhando ao redor — Luiz? Você está bêbado! Não é
só o vento que está forte. — meneei a cabeça imaginando a percepção dele
quanto ao clima. Mesmo sendo seu patrão, eu não o recriminaria, sabia que os
peões eram acostumados a beber antes de dormir, e se Luiz exagerara nas
doses, tinha seus motivos. — Você não acha que nestas condições é perigoso
descer o declive? Não seria melhor deixar este banho para logo cedo? A chuva
está forte e não conhecemos o solo desta região.
— Ora patrão, uma chuvazinha destas? — ele desdenhou e ouvimos um
trovão ressoar. A baixada clareou rapidamente — Bem. Eu fui criado na roça,
e daqui até os banheiros é um pulo, veja — ele apontou para lá, e não era bem
“um pulo” como o peão deduzia.
— Mas entrar na ducha? Neste frio? — reprovei meneando a cabeça,
então o fitei — Deixe disto homem, olha a força da chuva, é arriscado — o
córrego também devia estar correndo com força, e sabe Deus o tipo de bicho
que não estaria solto naquele matagal — E você está bêbado, não tem a menor
condição de andar por aí sozinho.
— Ora, seu Leonardo. Sujo é que não vou dormir.
Um novo trovão retumbou clareando as imediações, e ofegante eu tornei
a ele. Estava arrepiado pelo vento, e percebendo que nada havia a ser feito,
apenas o percebi despedir-se com um curvar de cabeça.
— Bom. Então eu já vou indo viu. Nos vemos amanhã.
— Ei Luiz? — eu fiquei imóvel vendo-o caminhar para fora. Quando a
chuva o pegou, vi suas roupas ficando ensopadas, então respirei fundo. —
Luiz? — o vento soprar minha face agora que me coloquei ao seu encalço. O
aguaceiro dera contra mim, e eu protegi meu rosto — Então espera um
momento — Eu disse, finalmente pondo-me ao seu lado — Já que insiste
nessa loucura, o melhor é alguém ir com você. Não quero ter dores de cabeça
pela manhã.

Descemos o declive lado a lado, eu sentindo o calção ser ensopado pela


chuva, consequentemente colando em minhas curvas, e ele com a camisa e
calça jeans escorrendo o aguaceiro dos céus. Daquele ponto em diante os
chalés ficavam afastados, estava muito escuro, e quando avistei a silhueta dos
banheiros, parei junto a ele, notando os dois barracos à nossa frente. Aquele
que estava edificado à direita era o local onde ficavam os sanitários, já o outro
e mais espaçoso, era destinado aos chuveiros. Luiz Cláudio entrou neste
segundo, e não me restou alternativa exceto acompanhá-lo.
Dentro do banheiro, a escuridão só não era maior por causa de um
lampião que pendia no teto. A chuva zumbia sobre o telhado de amianto, e o
som do córrego corria na baixada. Quando percebi, Luiz tirava as roupas e
abria a água fria da tal “ducha”, que na realidade era uma mangueira que servia
de chuveiro. Ele virou-se para mim, e eu senti um nó pressionar minha
garganta.
— Vem seu Leonardo, as duchas são aqui. À noite ficam um pouco mais
geladas, mas não matam.
Meus olhos estavam fixos entre as pernas do peão. Seu membro livre
estava encolhido devido ao frio, e era envolto por pentelhos escuros. Luiz
Cláudio tinha uma pica muito chamativa mesmo estando encolhida, e
percebendo a curva morena, eu meneei a cabeça olhando para a porta. Senti
meu coração acelerado, e pensei por um instante nos comentários que aquilo
poderia gerar se algum peão nos flagrasse ali. Todavia, por algum motivo
resolvi arriscar.
— Ah, sim. Já que estou ensopado. Por que não?

Eu me aproximei e ele observou-me desnudo. Levei algum tempo até ter


coragem de chegar para mais perto, e quando o fiz, ele esboçou um largo
sorriso então me estendeu o sabonete. Quando senti a ducha molhar minhas
curvas, imediatamente bati os dentes e passei a me esfregar.
Aquela água sem dúvidas estava muito fria, mas o peão lavava-se
tranquilamente sorrindo de minha contorção. Meneava a cabeça vendo-me
ensaboar a silhueta encolhida entre as pernas, e todo descontraído, eu fazia
piada sobre a temperatura da água.
O cheiro do sabonete aos poucos foi perfumando o ar, a água estava
congelante e a chuva tamborilava no telhado. Nos esfregávamos com pressa,
deixando a ducha levar a espuma dos peitorais, tórax e bundas, e quando enfim
terminamos, apressei-me em vestir as roupas molhadas a exemplo dele, então
voltamos aos abrigos.

PARTE DOIS

Na manhã seguinte acordei cedo e o colega de quarto já havia se retirado.


O dia amanhecera quente, o sol refletia pelas folhagens, e aproximando-me da
porta, vi lá embaixo os peões trabalhando a todo vapor. Fitei os arredores
tentando me situar, e fixando minhas malas à lateral do colchonete, percebi
acomodado entre elas o calção molhado da noite anterior.
Recostei a porta e me aproximei tomando-o na mão. As imagens do peão
desnudo voltaram à minha cabeça e eu tive certeza de que não fora um sonho,
então, vestindo roupas limpas, calcei as botas e projetei-me na área externa,
seguido para junto dos demais.
Tudo estava muito verde pelo trajeto, os peões passavam por mim
carregando toras de madeira e pás, e um pouco afastados, entre as mesas
improvisadas, vi os arquitetos analisando algo. Eu me aproximei.
— Hey? Acordaram cedo — sentei-me, respirando fundo a servir-me de
um copo de café. Enquanto fazia isto, passava um olhar pela região onde
estavam construindo.
— A chuva foi tão boa, que do jeito que deitei me levantei — meu
companheiro de chalé disse sorridente, consultando algo em seus projetos. Eu
o encarei um instante, e finalmente ao amigo.
— A chuva foi realmente boa, eu a vi chegar e ir embora. — tomei um
gole de café, mordiscando alguns biscoitos. Meus olhos passeavam pela obra,
pelas largas bases que eram erguidas lá embaixo, próximas ao leito do córrego.
Os peões estavam entrelaçando ferragens para enchê-las de cimento ainda
naquela tarde, então tornei aos arquitetos. — Mas e quanto à readequação do
próximo projeto? Alguma novidade?
— Não há sinal de telefonia nesta região, e a chuva atrapalhou o satélite.
O decidido será que um de nós terá que subir ao distrito e contatá-los de lá.
— Certo — eu me ergui, limpando a boca — E já sabe quem vai?
— Eu vou — O senhor Guttman retrucou. O velhote não perdia uma
oportunidade quando o assunto era deixar a obra — Quando a tarde cair eu
parto. Retorno nas primeiras horas da manhã.

Então o dia seguiu aquecido pelo sol. Passamos todo o tempo entre as
pedras analisando os operários, e embora vez por outra eu ouvisse a voz de
Luiz Cláudio junto aos demais, mantive a distância, como era o ideal. Eles
continuavam a montar as bases da ponte, outros engenheiros conferiam a
qualidade do serviço, e vez por outra eu não resistia dar uma pausa apenas
para apreciar o peão à distância.
Luiz Cláudio era muito chamativo, estava completamente sujo de pó, e
seus braços fortes ficavam evidentes na camiseta surrada. Ele carregava
madeiras e ferragens, aquela era sua função do dia, já que o mestre de obras
era quem as distribuía.
Então a tarde chegou e após o almoço eles passaram a encher algumas
bases. Houve alguns imprevistos por causa da alta do córrego, mas isso não
atrasou o cronograma. Peões subiam e desciam o declive içando carrinhos
pesados de cimento, e as veias marcando os braços eram impossíveis de não
serem notadas. Fiquei cruzando entre eles, conferindo uma e outra atividade,
até que finalmente o período encerrou, e eles foram liberados para tomar
banho e jantar.

E assim outra noite chegou. O vento frio retornara com o declinar do sol,
e algumas gotinhas de chuva já varriam os telhados. Eu fiquei na porta do meu
chalé observando o movimento, e aos poucos, após o jantar, os trabalhadores
se reuniam nos barracões a novamente fazerem algazarra com seus violões. Já
estava tudo escuro, os grilos cantavam, e os demais engenheiros conversavam
sorridentes em suas cabines. Foi quando me assustei com uma voz ecoando
pela lateral.
— Boa noite seu Leonardo. Observando a paisagem?
Eu me virei para o escuro, a silhueta parada com algumas ferramentas em
mãos.
— Luiz Cláudio? — fitei sua feição, o peão desta vez estava sóbrio e isso
por si só fora um alívio — O que houve? Ainda trabalhando?
Ele esboçou um sorriso largo, e após um segundo, entrou na área. Eu
percebi o som de suas botas pressionando o soalho, e agora o homem ajeitava
o chapelão.
— O encarregado me pediu para conferir algumas armações feitas mais
cedo — acendeu uma lanterna, e pude ver que trazia a mochila consigo —
Essa chuva vai engrossar, e ele temeu que o leito do córrego subisse e levasse
o serviço novamente.
Fitei a claridade apagar, então virei para ele.
— As armações arrastadas na noite anterior foi um prejuízo, mas... desta
vez tudo vai dar certo — sorri, então fitei seu feição cansada — Mas e você?
Animado com os onze meses de companhia? — passei um olhar ao redor,
pondo-me a ajeitar a calça. Eu estava com as mesmas roupas que usara todo o
dia, assim como ele.
— Claro que estou. Esta foi uma oportunidade única. Pode acreditar.
Meneei a cabeça, olhando para a algazarra em um dos barracões.
— E pelo visto, tomar banho no meio da noite é rotina — brinquei ao
percebê-lo remexendo a mochila.
Vi um novo sorriso emoldurar seus lábios, em seguida o sabonete surgir.
— Ora, fazer o quê seu Leonardo? Peão é Peão — fez uma pausa, então
tornou a mim — Aliás, obrigado por ontem. Não me lembro bem o que
houve, mas sei que se o senhor não tivesse descido comigo, eu poderia ter
sofrido um acidente. Eu meio que exagerei na dose.
Eu sorri meneando a cabeça.
— Relaxa, eu sei bem como é passar dos limites. O álcool é uma tentação.
— Cocei a nuca, a porta aberta atrás de mim, e seus olhos passeando pelos
arredores.
— Não é sempre que eu bebo tanto. Digamos que ontem eu estava muito
cansado — disse voltando a me observar, separando algumas roupas na
mochila — Aliás, se quiser me fazer companhia. Os peões já terminaram, acho
que só eu não banhei.
— Companhia? — Sorri coçando a nuca, então olhei para trás, lembrando
que naquela noite eu estaria sozinho.
— O senhor está com as mesmas roupas do dia. Então deduzo que não
tomou banho.
E de fato, eu não tinha.
— Você é um bom observador Luiz — zombei, recostando a porta —
Espero apenas que esses banhos frios não me dê um baita resfriado. Mas
vamos, é melhor ter alguma companhia naquele lugar escuro.

Como eu esperava, a água estava puta gelada e me fez bater os dentes.


Estávamos sob as mangueiras, e o peão se esfregava conversando animado. Eu
observava suas curvas desnudas sob o lampião, e imaginando-me dando um
trato naquele rabão, enxaguei o rosto. Luiz lavava as coxas, a intimidade, e
quando puxou a toalha para se enrolar, eu segui seu exemplo.
— Céus, que gelo — retruquei, percebendo que ele havia feito um nó
frente à cintura
— Gelado mesmo. Os dias chuvosos são melhores para trabalhar na
cidade, não no mato.
— Desta vez o responsável por analisar a previsão do tempo se equivocou
— brinquei enrolando-me também, então o percebi aproximar-se da porta.
— Vamos lá seu Leonardo. A chuva está ficando mais forte, é o tempo de
chegarmos aos chalés.
Subíamos lado a lado e eu o observava ajeitar a toalha no escuro. Seu pau
balançava movendo o tecido, e sob o braço, as peças sujas umedeciam. Vi que
no chalé dos peões a festa estava boa, eles gargalhavam e tocavam violão,
então me virei para a área do meu chalé, e percebi que os demais engenheiros
e técnicos haviam se recolhido. Luiz que se preparava para seguir até o
barracão dos peões foi surpreendido por mim tocando seu braço.
— Ei? Por que não se troca no meu quarto? — disse com um sorriso,
parando um minuto ao relento. Apenas a escuridão nos envolvia e a chuva
molhava nossos corpos — Eu estou sozinho esta noite, então podemos tomar
um café junto.
Vi seus olhos se dirigirem à porta afastada, clareada apenas pelo lampião,
então tornou a mim, ajeitando a mochila nas costas.
— Para mim não há problema algum seu Leonardo. Apenas vamos de
uma vez. Essa água está fria como agulhas.

Ele entrou e eu nos isolei no ambiente. Olhando para a lateral, percebi o


peão parar rente ao caixote onde estava o lampião, e apoiando a mochila de
lado, desenrolou a toalha e passou a procurar uma roupa seca. Estava de costas
para mim, nu e trêmulo.
Seguindo seu exemplo, fechei a portinhola da janela, e também busquei
por minha mala, tentando encontrar uma roupa seca. Sem resistir, vez por
outra me virava a fitar suas curvas desnudas, a divisão farta que era aquela
bunda de homem. Pude perceber que sob a claridade do lampião Luiz era bem
bronzeado, tinha pelos no peitoral, e quando ele se virou a espionar o que eu
fazia, disfarcei.
Eu ajeitava-me à lateral do colchonete, de costas para ele. Meu coração
batia acelerado, e jogando a toalha para um lado, mantive-me apenas de botas.
Luiz Cláudio vestia uma camisa xadrez quando desfiz a toalha, e percebendo
seu olhar vindo em direção ao meu volume, eu sorri.
Ele então rompeu o hiato.
— Qual a pior parte do seu trabalho seu Leonardo? — eu não
compreendi, fazendo uma pausa a olhar para ele — Digo, de ficar tanto tempo
em acampamentos da construtora?
Fiz um momento de silêncio, refletindo sobre a pergunta. Sentia minha
pele reagir ao frio e não sabia o que falar. A chuva continuava lá fora, e tomei a
toalha para secar as pernas.
— De ficar tanto tempo longe de casa? — Murmurei. Meu coração
batendo acelerado, enquanto eu secava a intimidade — Bem, tem tantas —
então a afastei até a cabeça, deixando-o ver a parte baixa — Acho que
principalmente o estresse da rotina, a falta de algo para ocupar a mente
durante a noite... — então fiz uma pausa, e resolvi completar num sorrisinho
cínico — A falta de mulher.
— A falta de mulher? — ouvi o peão sorrir vestindo a bermuda. Aquele
pau moreno sumia dentro do tecido.
— Sim, você sabe — olhei em direção à porta fechada, então tornei a ele
— Não dá para ficar o tempo todo no cinco contra um.
Fiz um gesto de punheta frente ao pau e ele tornou a gargalhar. Era
homem, entendia muito bem do assunto.
— Entendo perfeitamente seu Leonardo — meneou a cabeça, voltando a
ajeitar a mochila.
— Bem — eu tornei a dar de costas, jogando a toalha de lado e pegando a
cueca — Se ao menos tivesse uma mulher entre tantos peões. Quem sabe as
coisas não podiam ser diferentes.
Luiz Cláudio nada falou, ficou em silêncio, então sorriu desdenhoso.
— Seria uma disputa viu — eu arqueei a sobrancelha e me virei para ele.
Agora novamente Luiz podia ver o pau do patrão balançando livremente —
Digo, os peões reclamam da mesma coisa. A falta de mulheres.
Eu meneei a cabeça, então resolvi provocar:
— Todo homem sente falta de um rabo de saia para esquentar — fitei o
peão um instante mais, enquanto vestia minha camisa — Exceto que
encontrem algum amigo disposto a ajudar.
— Algum amigo? — ele me fitou parecendo surpreso com meu jeito
despojado
— É Luiz. Vai dizer que entre os peões não tem aquele amigo mais
chegado.
Houve um momento de silêncio, e o peão sorriu. Então olhou para a
porta e tornou a mim.
— Seu Leonardo?! O senhor está querendo me propor algo?
Fitei sua face com um sorriso zombeteiro, e ele retribuiu de igual forma.
Foi quando conferi a porta e sussurrei no mesmo tom:
— Ora, e o que poderia ser peão? Você por acaso estaria disposto a ser
esse meu amigo? — brinquei, então ele tornou a esboçar seu sorriso safado.
— Bem. Se for um segredo entre homens. Que mal teria?
— Um segredo entre homens? — sorri, tocando meu pau e observando
seu olhar safado — Por que não Luiz? Homens também precisam ter
segredos, não é mesmo?

O peão tinha uma língua agitada, e ofegante, eu o deixava apreciar o sabor


da ereção. Enquanto ele dava aquela mamada amiga, fui revirando minha
mochila em busca de preservativos, até encontrá-los e trazer para perto. Eu
ofegava sentindo sua mão estimular minha silhueta, deixando-a molhada de
pré-gozo, lambendo e abocanhando de forma experiente, ajoelhado frente a
mim.
Luiz Cláudio gostava de sugar principalmente a cabeça. Ele estava aflito
ao apreciar o sabor que saía dela, por isso deixei que mamasse, deslizando as
mãos por seus cabelos, bombando levemente, fazendo-o ficar com os lábios
cada vez mais molhados.
Enquanto degustava, eu fui auxiliando-o com a camisa que vestira, e
pouco a pouco fui vendo seu corpo surgir outra vez diante da lamparina, sua
pele bronzeada e as costas bem divididas.
A camisa foi jogada de lado, a calça escorregou por suas pernas quando
tornou a ficar de pé, e agora, ajeitando o corpo sobre o colchonete, deixou-me
projetar o pau ante seu rosto, fazendo-o continuar a mamar.
Ele estava abaixo de mim, acariciava minha bunda observando a projeção
da virilha à altura dos olhos e sugava roçando o nariz aos meus pentelhos
acastanhados. Com habilidade ajeitou os travesseiros em melhor posição, e
deitando a cabeça, engoliu um pouco mais.
Foi então que fazendo-o afastar os lábios por um instante, esfreguei o
membro contra seu nariz, então ergui-me passando a me encapar.
— Eu sempre quis foder a bunda de um peão, sabia? — ele sorriu e eu
completei — Vamos lá, fica de quatro.
O peão deu de costas, e fiquei observando-o empinar a bunda. Ele abriu a
divisão e curvou o rosto sobre o travesseiro, então, tateando seu orifício, o
lubrifiquei com saliva e passei a massagear com o dedo do meio. Ele apenas
gemia comprimindo a musculatura, e eu fiquei deslizando os dedos ao redor,
sentindo-o contraí-la. Sua musculatura já era alargada, Luiz devia ser
experiente em levar rolada, e quando penetrei o dedo, ele gemeu:
— Isso. Vamos lá seu Leonardo. Eu aguento.
Eu sorri com sua aflição. Ele estava com muita vontade de levar vara, e a
umidade na cabeça do meu pau estava adorando tudo aquilo. Questionava-me
quantas vezes o peão dera aquele botão, e isto fez um sorriso emoldurar minha
face.
— Vamos sem pressa.
E eu tirei o dedo, substituindo-o pela cabeça pontuda. Luiz Cláudio gemia
massageando o pau, e eu sorria com a cavidade pedindo invasão. Então
mordisquei os lábios, e untei com mais saliva.
— Vem aqui. Agora é a parte melhor. Vamos aquecer esse buraco.
Ele ofegou quando posicionei, e de joelhos sobre o colchão, eu o puxei
para minha vara. O membro chegava a brilhar de tão lambuzado que estava, e
quando o fiz descer por ele, Luiz se deixou empalar sem grande dificuldade. O
peão escorregava deliciosamente pelos centímetros, e eu me sentia latejar. Ele
gemia sentindo meu pau encaixando, e quando empurrei os quadris, revirou os
olhos e tive que tapar seus lábios.
“Isso. Já entrou”.
Eu gemi ajeitando nossos corpos, então fechei os olhos com Luiz curvado
à minha frente. Meu pau estava fincado em seu orifício, e eu apreciava a
musculatura comprimindo a extensão, e isso me levou às alturas. Sentindo a
sensibilidade no contato das intimidades, abri suas pernas um pouco mais, e
Luiz Cláudio revirou os olhos quando empurrei um pouco mais fundo.
Comecei a mover.

Aquele orifício guloso gemia com minha pica entrando e saindo toda
molhada, e ofegante, Luiz auxiliava abrindo as laterais, sentindo-me mover
deliciosamente. Ele estava ofegante devido ao contato, e com o rosto
encaixado aos travesseiros, permitiu-me estocar deleitoso, deslizando as mãos
por sua pele bronzeada, sentindo as curvas. Foi então que percebi as mãos dele
procurando as minhas.
Luiz Cláudio agora me fazia abraçá-lo com firmeza pelas costas, pondo
minha mão em seu pau duro, e sentindo o entra e sai da minha pica, passou a
rebolar, forçando-me a masturbá-lo. Quando compreendi o que buscava,
ajeitei minhas pernas e recostei um pouco mais, acelerando também em seu
membro, até que o peão engoliu ofegante com os movimentos, deslizando
deliciosamente minha mão junto à sua na ereção.
— É assim que você gosta? Com força?
— Sim patrão — ele gaguejou, extasiado demais para falar — Fode antes
que alguém chegue. Fode.
E lembrei que ele tinha razão, que fazíamos tudo aquilo enquanto os
demais pensavam que ele estava no banho. Eu desejava comer aquela bunda há
bastante tempo, e agora que encontrava a oportunidade, não podíamos
interromper sem concluir. Todavia, já não demoraria tanto assim, eu sentia a
região latejando loucamente, e fazendo silêncio, concentrei-me em aquecer
meu leite, forçando em sua bunda.
Oh... Oh... Oh...
Aquela seria uma construção inesquecível. Ali, no chalé apertado, eu e o
peão trepávamos deliciosamente. Pensar sobre o assunto fazia-me sentir cada
vez maior excitação, e acolhido pelo canal guloso, sentia o pau dele latejar
loucamente em minha mão.
Ohww...
Ohww...
Ohww...
Estava gostoso, muito gostoso. Tudo o que queríamos era alcançar o ápice
de uma vez, sentir nosso jorro fluindo, e eu estocava de forma mais firme.
Ohww... Ohww... Ohww...
— Delícia.
Ohww... Ohww... Ohww...
— Safado. Safado.
Cada musculatura do meu corpo contraía no desejo pela bunda dele, e
quando dei por mim percebi o peão amassando os travesseiros, esguichando
nos lençóis. Aquilo era demais para mim, sentir seus jatos, ele tendo um
orgasmo na minha mão, e eu queria ter o meu junto ao dele.
Toma. Toma. Toma.
A pressão de entra e sai era deliciosa, deslizava muito bem e certamente o
cu dele ficaria inchado. Eu sabia que estava gostando, pois revirava os olhos, e
empinando, engolia em seco para que eu não parasse.
Era isso que você queria?
Então aguenta.
Aguenta levar rola.
Agora recordava seus olhares dia-a-dia, nosso banho. Seu canal estava tão
gostoso, que quando dei por mim minha ereção jorrou num esguicho
delicioso.
— Porra. Estou gozando. Estou gozando.
E ele sorriu. Agora sentia a camisinha encher, os jatos virem um a um.
Primeiro um forte, depois outro, e então outros dois mais curtos. Era tanta
porra que eu me perguntava se não iria parar de sair.
As coxas do peão tremiam de tesão, a divisão estava toda molhada, e
quando enfim tirei o pau removendo a camisinha, só vi o rastro de porra
escorrendo pela curva cabeçuda. Eu desfaleci.

As horas passaram. Nos limpamos, vestimos roupas quentes e ficamos ali


na área, protegidos a ouvir a chuva cair enquanto tomávamos café. Os demais
peões ainda estavam em algazarra com um violão no chalé afastado, e com os
cabelos molhados, sorriamos abobalhados. Ficamos apenas conversando sobre
a vida nas estradas, sobre a vida de peão e engenheiro, até que observando que
se aproximava da meia noite, era hora de nos recolhermos.
Bem, esta foi a primeira vez que comi o peão Luiz Cláudio. Algumas
outras coisas rolaram ao longo da construção daquela via, mas isto é conto
para outra história.
A P Wilson
Brotheragem entre vizinhos
Era um cortiço espaçoso, vários barracos, um largo corredor, grande
movimento. Um cortiço entre vários outros, correria todo o tempo, rotina
diária de trabalhadores. Já morávamos ali há mais de três meses, por isso
conhecíamos bem os vizinhos, entre eles o Moacir, que viera do nordeste. Era
um homem recém-casado, não tinha filhos, e assim como a mulher trabalhava
o dia todo, como pedreiro.
Fins de semana no terreno eram sagrados para os moradores. Os homens
se reuniam para conversar, enquanto as mulheres limpavam as casas, e as
crianças corriam para cima e para baixo. Devo confessar que durante estas
conversas o jeitão do Moacir começou a me chamar a atenção. Quando tinha
jogo na TV ficávamos todos reunidos no barraco dele, a torcer pelos times, e
como éramos da mesma torcida, sempre havia uma grande farra a cada gol. E
Moacir me abraçava forte, aquele corpão sem camiseta grudando ao meu
corpão, e então abríamos latinhas de cerveja. Vez por outra eu me pegava a
reparar em seus braços fortes, disfarçando sempre que ele se virava, e
inevitavelmente trocávamos sorrisos.
Moacir com o tempo tornou-se um grande parceiro. Sempre que era
preciso comprar algo fora íamos juntos, para economizar gasolina.
Trocávamos muitas ideias nas idas e vindas, ele tinha gostos parecidos com os
meus, inclusive musicais, em sua maioria sertanejo. Eu contava sobre minha
rotina de vigilante, e Moacir dividia comigo a sua de pedreiro.
Ele tinha o costume de falar dando cutucões, gesto que passei a imitar.
Em várias destas vezes ele vinha pelas costas enquanto eu guardava os
produtos no porta-malas e me cutucava a cintura, noutras aproveitava-se dos
meus descuidos no volante do carro e lá ia com o dedo nas minhas costelas,
brincadeira de homens.
Vez por outra aproveitávamos que nossas mulheres saíam para fazer as
unhas, e curtíamos a quietude de sua casa para assistir alguma reprise do
futebol juntos. Com as pernas abertas, eu ficava em um sofá e ele no outro,
sentindo a brisa que entrava pela porta, enquanto fumávamos narguilé, e
assim, as coisas foram se arrastando por quatro meses.
Certo entardecer, enquanto saía para buscar minha esposa na casa de uma
amiga, percebi que o barraco da frente estava muito quieto. Creusa (a esposa
do Moacir) eu sabia que havia saído para resolver alguns problemas, mas e
quanto ao Moacir, que geralmente ficava na sala a assistir televisão?
Estranhei o silêncio, a porta estava recostada e a cortina fechada. Era um
anoitecer quente, crianças brincavam no pátio, e desta vez, diferente de como
sempre agia, resolvi por aproximar-me com cautela e espionar pela janela, a
fim de descobrir o que ele fazia. Passei primeiro pela janela da sala, ele não
estava ali. Procurei na cozinha, mas apenas a louça decorava a pia. Na mesma
quietude, disfarçando meus passos no sentido contrário do corredor, fiz uma
curva para trás dos barracos e parei ao lado da janela do quarto deles, local
onde o choque aconteceu.
Sentado em uma cadeira, vi Moacir com o DVD ligado em um vídeo de
putaria. A princípio não o julguei, afinal, que homem não curte bater uma
quando está sozinho? Meu espanto, no entanto, era ver que meu vizinho batia
uma para dois caras.
Céus, como ele tinha um pintão grande. Moacir batia uma punheta todo a
vontade na cadeira, e eu o via massagear aquele membro e deslizar o dedo pelo
cabeção, percebendo o pau do cara entrando e saindo do outro. Talvez
estivesse naquela há algum tempo, já que ele não notava haver alguém na
janela, e quando o vi pegando uma toalha para gozar, afastei-me voltando ao
corredor.
Mil pensamentos passavam por minha cabeça, mil teorias para o que eu vi,
mas nada explicava a cena, exceto o fato de que o meu vizinho tocava punheta
pensando em caras. Recordar aquilo me deixava de pau duro, e sem poder ir
buscar minha mulher estando naquelas condições, resolvi por me trancar no
meu barraco, abaixar o short frente ao sanitário, e me acabar com a
recordação. Era tão errado punhetar pensando em homem, tão errado, mas ao
mesmo tempo tão estimulante, que quando percebi, o jato espirrou sem muito
esforço, molhando a louça.

Então a semana correu, as merecidas férias chegaram, e passei a ficar mais


tempo no cortiço. Meu pau endurecia sempre que eu me lembrava do
flagrante, e conversar com o Moacir começou a ser algo mais estimulante. Os
cutucões dele me deixavam arrepiado, o jeito como pressionava contra minhas
costelas era diferente.
Uma semana depois foi a vez de ele anunciar que também estava de férias,
e agora, passamos a virar o dia todo sozinhos no cortiço. Em uma quarta-feira
ao meio-dia, estávamos suados devido ao calor, e aproximando-se do horário
do almoço, eu o sugeri irmos comer algo em um clube que havia ali perto.
Podíamos aproveitar a tarde, tomar um banho de piscina, e retornar apenas
quando as garotas estivessem saindo do trabalho.
Ele logo ficou animado, seguimos para lá e não demorou a estarmos
somente de bermudão aproveitando o clima. Eu procurava agir naturalmente
tomando cervejas, observando através dos óculos escuros aquela marcação
interessante na traseira da bermuda do Moacir. Quando ele entornava as
latinhas, eu ficava a apreciá-lo coçando a mala, as curvas atraentes do peitoral.
Então a última semana de férias chegou.

Ficamos sozinhos outra vez. Embora tivessem vários barracos, os que


ficavam na parte mais baixa, próximos aos nossos, geralmente ficavam vazios.
As vizinhas da parte mais afastada não deixavam as crianças virem para o
corredor por causa do sol quente, então o local ficava livre apenas para nós
dois. Por isso eu o havia chamado para fazer-me companhia, tomar uma
cerveja já que a tarde estava quente. Como não passava nada de interessante na
TV, e ele não tinha programação melhor, resolvemos ficar ali, jogando cartas,
bem a vontade, só de bermuda e com as latinhas frias ao lado.
Moacir falava sobre muitas coisas, e atento a seu diálogo eu apreciava os
contornos de seu peitoral moreno e com um triângulo de pentelhos.
Encerrávamos uma lata e abríamos outra, ele bastante sorridente, bebendo a
meu exemplo, até que resolvi introduzir assuntos sobre relacionamento.
— E sua mulher? — falei mais baixo, não queria que alguma vizinha
fofoqueira acabasse ouvindo, ainda que sabendo ser aquela a hora das novelas,
e que todas estavam recolhidas mais acima — Tem sido a mesma coisa depois
de casados?
Ele sorriu, ajeitando-se melhor. Estava sentado na cadeira à frente, usava
boné com aba para trás e a latinha de cerveja em mãos.
— Confesso que no começo era melhor, acho que a rotina acabou nos
deixando cansados. — ele explicou, e eu fiquei observando seus lábios
afastarem-se da lata — Vez por outra tentamos algo diferente, uma posição
aqui, uma banana ali...
— Banana? — sorri interessado naquele assunto, então tomei outro gole
— Que história é essa de banana?
— Ora, vai dizer que vocês não fazem? — ele colocou a cerveja de lado e
olhou para o portão, então voltou a mim — Você mete atrás, e coloca uma
banana na xereca dela. A mulher vai à loucura.
Confesso que disto eu não sabia, então esbocei um sorriso.
— Então você pega ela por trás? Quero dizer, ela não reclama de dor?
Ele sorriu e me sentei mais a vontade. Tomei outro gole de cerveja, fixei a
quietude do quintal, e ajeitando a bermuda ouvi sua explicação:
— Ora Davisson, é com a prática que se alcança a técnica. Depois que
começamos a praticar, ela se excita só com a ideia.
Umedeci os lábios cheio de curiosidades, ele estava bem solto pela bebida.
— Eu nunca convenci a minha a dar a porta dos fundos. Acho que por
ser da igreja ela é meio relutante.
— Isso você consegue com jeitinho. Aos poucos ela começa a se
convencer de que pode ser uma boa ideia. Agora uma coisa eu digo — ele
sorriu, olhando rapidamente para a direção contrária do corredor — Não tem
coisa mais alucinante que comer um cu fechadinho.
— Como assim? — sorri, ajeitando-me. O vizinho estava mais solto que o
costumeiro.
— É mais apertado. O pau entra parecendo que tá sendo imprensado. É
indescritível.
Ficamos em silêncio um instante, então me ajeitei na cadeira.
— Deve ser do outro mundo — sorri olhando para a cara dele, houve um
momento de silêncio, então Moacir sorriu. Eu retribuí à descontração e voltei
a entornar a latinha de cerveja. Em seguida limpei os lábios.
— Foi com ela sua primeira vez? Quero dizer, no cu?
Ele também se ajeitou na cadeira e conferiu a quietude. Em seguida
tornou a mim.
— Não — pontuou, buscando por uma nova latinha — A primeira foi
com uma ex-namorada. Mas faz tempo.
— Entendo perfeitamente — retruquei sorridente, observando sua feição.
O sol refletia nos telhados de amianto.
Continuamos a conversar sobre isto, eu observando seus traços obtidos
no serviço duro, a quietude do quintal e falta de movimento na rua. Era por
volta de três horas, o sol estava a pino, foi quando desviando os olhos do
baralho, ele voltou a mim, erguendo-se a sorrir.
— O que houve?
— Vem comigo, quero te mostrar uma coisa. — apontou para a porta, e
eu o acompanhei.
Entramos em seu barraco, passamos pela sala, cozinha e chegamos ao
quarto, o qual reparei enquanto ele seguia ao guarda-roupas. Por ser um espaço
apertado, tudo se amontoava. A cômoda comportava a televisão, havia o
guarda-roupa antigo com espelho, a cama de casal forrada com lençol florido
— a mulher dele era maranhense, adorava estas estampas — e então,
observando-o abrir uma sapateira, senti um arrepio quando trouxe para junto
uma caixa de sapatos cheia de DVDs pornôs, todos piratas.
Eu o fitei.
— Moacir? — sorri, coçando o peitoral — Se vamos assistir putaria, não é
melhor fechar a porta da sala?
— Na realidade eu só iria mostrar uma foto do anal com a banana. Mas,
se você está a fim de assistir ao vídeo.
— Ah sim, eu... puts, viajei.
Sorrimos e ele meneou a cabeça. Fiquei ali, perto da cama, observando a
curva de suas costas morenas quando agachou-se para ajeitar o aparelho.
Moacir era acostumado a assistir aqueles filmes durante as tardes, desde aquele
dia eu entendi seus sumiços.
Ele colocou o primeiro filme e abaixou o volume. Eu fiquei sem jeito, mas
sentei-me no colchão observando-o adiantar a cena até a mulher gemendo.
Moacir sorria olhando para minha cara, com a capa do DVD em mãos.
Conforme foram passando os minutos, e meus olhos enchendo com as
imagens da banana indo e vindo, eu o vi se afastar e seguir até a sala. Fiquei
atento ao movimento, e o ouvi recostando a porta. Ele retornou.
— O que houve?
— Você tinha razão. Vai que chegue alguém.
— Seria trágico, principalmente se nos vissem assistindo esse daqui — eu
sorri mostrando o DVD gay, e o vizinho esboçou um largo sorriso — Qual é?
Você curte isso?
— Por quê? Você tem algum problema?
Por um momento pensei em zoar seus interesses sexuais, mas o vizinho
estava tão animado pelas cervejas, que surpreendi-me com ele sentando-se ao
meu lado, a desatar o botão da bermuda. Eu engoli em seco.
— Ei? O que está fazendo?
— Não dá pra assistir essas coisas sem bater uma — exclamou abrindo o
velcro, e então vi sua cueca relaxada surgir — Qual é? Você não fica duro com
as cenas?
Olhei para a entrada do quarto (não havia porta, apenas uma cortina
vermelha), e então tornei a ele.
— Tudo bem. Mas coloca esse aqui — mostrei meu interesse em assistir o
hot gay, e ele meneou a cabeça.

Eu excitava meu pau enquanto ele excitava o dele. Estávamos com a veia
do braço latejando de ir e vir nas silhuetas, e vez por outra desviávamos o
olhar da televisão e sorriamos, um olhando para o pau do outro. O meu
latejava, assim como o dele, cuja a cabeçona cor de vinho já estava toda
molhada. Na TV, a cena de um loirão penetrando um bombado começou a
rolar, e ver o cara dando na bunda do outro fizera aquecer meu sangue. Eu
olhei para o espelho, percebendo-o de perfil, com o pau hasteado, foi quando
resolvi arriscar, e sem pensar duas vezes, peguei na vara do meu vizinho.
Moacir virou-se assustado e fixou minha mão junto à dele. Ele fizera uma
pausa no pau, mas logo retornara deixando-me ajudá-lo. Conforme eu fui
pegando o jeito em punhetar aquela extensão morena, deixou que eu fizesse
sozinho e procurou a minha. Agora, um estimulava a vara do outro.
Sorriamos apreciando o formato envolto por nossas mãos, a dele era
morena e larga, a minha avermelhada e curva, e quando me assustei, Moacir
inclinou-se rumo à minha virilha, e senti um arrepio quando sua boca
envolveu a extensão. Eu engoli em seco sem saber como reagir, e sentindo sua
língua passeando pela cabeça, apenas relaxei. Meu coração estava acelerado, eu
olhei para a janela às nossas costas, e o muro que dividia os lotes era alto, ainda
assim, era bom não arriscar. Foi quando procurei seu ouvido.
— É melhor fecharmos a janela.

Ele fechou a janela enquanto eu subia para sua cama. Quando Moacir
procurou minha ereção e eu senti sua sucção desajeitada, passei a me despir da
bermuda, ficando nu sobre os lençóis. Minha bunda colava toda suada, estava
quente, e sentir um homem chupando meu pau, desencadeava uma adrenalina
que me fazia suar ainda mais. Seus lábios subiam e desciam aflitos pela tora
torta, e enquanto ele terminava de retirar a bermuda, ficando com o rabão para
cima, eu dei uma punhetada rente sua língua.
— Gostou do sabor?
— Uma delicia — ele limpou os lábios grossos, ajeitando-se melhor. Tinha
um bigode ralo sob o nariz, e os mamilos cor de café estavam durinhos —
Mete na minha boca, vem.
Eu gesticulei positivamente, então, deixando-o deitar a cabeça sobre um
travesseiro, subi para sobre seu rosto, posicionei meu pau rente a seus lábios e
penetrei. A cor e formato da minha rola eram apetitosos, percebi, pois ele
chupava de olhos abertos, apreciando os contornos e meus pentelhos
aparados. Ele sentia o sabor, acariciava meus ovos, e eu movia lentamente,
indo e vindo, vez por outra fazendo-o engasgar.
Moacir degustava respirando pelo nariz, tinha um ofegar quente, uma
sucção firme, mamando meu pau como se fosse uma chupeta. Seus olhos
estavam em mim, o quarto estava abafado, suor escorria por nossos corpos, e
o filme pornô rolava no vídeo.
Fiquei parado sobre ele algum tempo, indo e vindo com os quadris,
sentindo suas mãos deslizarem por minha bunda, e somente após alguns
minutos percebi que aquela podia ser minha única oportunidade com um cara.
Eu procurei seu pau.
Oh.
O vizinho gemeu quando abrindo suas pernas e o coloquei na boca.
Massageava seus ovos grandes enquanto o chupava, sentindo a textura, o
cheiro de suor, e com a língua explorei cada cantinho daquela extensão
carnuda. Gemendo, meu vizinho ofegava com o sobe e desce da minha boca,
seu pau completamente duro escorria pré-gozo, e deslizando a língua ao redor
da cabeça, eu o observei esticar o braço até uma gaveta, de onde tirou um
preservativo. Ele queria levar? Acho que esta era a hora.
— Moacir — ofegante, recebi dele a camisinha, e o vizinho massageava o
canal com um lubrificante que pegara no mesmo lugar — Eu não sei como
fazer isso — Sorri me encapando, imaginando que não seria tão difícil assim.
Ele retribuiu.
— Ora, Relaxa — seu hálito tinha cheiro de cerveja — É só enfiar como
se fosse uma boceta, o gel ajuda a entrar mais rápido.
— Tudo bem.
Então eu me centralizei na cama, ele ficou de costas e eu me posicionei.
Moacir já sabia como fazer, empinou o rabo, pegou meu pau, colocou no
orifício, e mordiscando os lábios, auxiliou-me no penetrar vagaroso, guiando-
me para suas entranhas. Enquanto deslizava (ele relaxava bem), eu apreciava
sua feição pelo espelho, fui mordiscando os lábios, apreciando a sensação
deliciosa de seu desconforto. Moacir pressionava o orifício ao redor do meu
pau, relaxava um pouco, e como meu pau é babão, a cabeça foi sendo sugada
pela cavidade. Alucinado com aquilo (perder meu membro dentro de outro
homem) eu o ouvi gemer encaixado até a metade, então a tora deslizou de vez.
— Puta que pariu.
— Acho que agora é com o carro do leite.
— Mete de uma vez. Alguém pode chegar. — Ele engoliu em seco.

O contraste dos nossos corpos era interessante, de seu orifício rosado


engolindo minha vara. Seu canal dilatado parecia uma boca esfomeada,
acolheu toda a extensão, e meus pentelhos roçavam sua bunda deliciosamente.
Era impressionante forçar no cu de um cara, era gostoso. Havia um calor
diferente no contato, os gemidos e sussurros de prazer eram controlados há
muito custo, e perceber que ele tentava abafa-los no travesseiro era
estimulante.
E eu ia vagarosamente, apreciando cada sensação, ajeitando suas coxas,
firmando sua bunda para que não desencaixasse. Quando eu curvava-me sobre
ele, sentia o suor de sua bunda contra minha virilha, e Moacir rebolava um
momento, querendo levar mais.
— Você está gostando, né safado? — Ofeguei.
— Sim — ele respondia trêmulo.
— O que tá achando da grossura dele?
— Mete mais fundo.

Comecei a mover mais fundo. Sua divisão estava toda molhada de suor e
gel, e meu pau escorria dentro da camisinha. Apoiei uma perna sobre o
colchão e suspendi meu corpo, posicionei-me melhor, e então deixei-me dar
uma surra de piroca naquele cu arregaçado, ouvindo gemidos de desconforto.
— Caralho de cu gostoso, porra. — Eu sussurrei ofegante.
— Arregaça ele — retrucou, puxando uma toalha para secar o suor —
Enche meu cu de porra, seu puto.
E eu me calei com sua ousadia. Encarei nosso reflexo no espelho, e num
vacilar de perna, voltei a ficar de joelhos, passando a meter sem parar, roçando
meu peitoral em suas costas, deitando sobre ele, forçando-o a me dar prazer
com aquele rabo grande.
Ah... Ah... Ah...
— Tá gostando né? Seu cu parece uma bocetinha.
— Bastante. Enche de leite, vai.
Moacir ofegou e mordeu a toalha, gemendo intensamente. Lá fora alguém
passava no corredor e eu sentia-me temeroso.
Indo e vindo, pus-me a meter intensamente. Então anunciei:
— Vou gozar. Vou gozar.
E veio. Um jato, e então outro, e então mais dois dentro do orifício. Os
primeiros foram intensos, estavam carregados de desejo, já os demais menos
volumosos.
Quando olhei para a mão do meu vizinho vi que estava molhada, os olhos
fechados, um sorriso nos lábios, e a rola latejando. Era jorro, eu conseguira
fazê-lo gozar junto a mim, e puxando meu pinto para fora, tirei a camisinha e
o deixei ver o sêmen escorrendo até minhas bolas.

Depois daquela tarde as coisas entre nós ficaram estranhas, todavia isso
não importaria muito, já que voltaríamos a trabalhar e um mês depois ele e a
mulher mudariam de cortiço. Assim é a vida nestes lugares alugados, estamos
sempre procurando um barraco melhor.
A P Wilson
Dividindo o quarto com o cunhado
PARTE UM

A mudança deles para o sobrado aconteceu há aproximadamente duas


semanas, e desde então, meu cunhado não me sai dos pensamentos. Sou uma
pessoa bastante reservada, sei que é errado nutrir este tipo de desejo por ele,
mas Emerson parece uma tentação enviada para me provar. Ele está de férias,
por isso passa o dia inteiro no terreno, e para piorar, sua televisão está
queimada, o que o faz ficar todo o tempo na minha casa. Eu até tento, mas é
impossível concentrar-me em outras coisas sabendo que ele está bem ali, todo
a vontade no sofá, usando apenas bermuda enquanto assiste a algum programa
de TV. Isso sem falar que os demais saem cedo para trabalhar, ficando apenas
nos dois, o que seria o cenário perfeito para algo completamente errado.
Naquela semana as chuvas começaram, e como era de se esperar, o andar
de cima apresentou muitas goteiras. Desde o dia em que se mudaram meu pai
avisara que era preciso fazer uma minirreforma, todavia não deram ouvidos, e
agora, usando seu tempo livre, Emerson teria que fazer os consertos,
chegando à conclusão de que precisariam descer e passar este período
morando conosco.
Eles desceram no sábado cedinho, assim que a chuva deu uma trégua. Os
móveis da minha irmã foram acomodados por toda a casa, e como o barraco é
pequeno, tudo ficou muito estreito. Logo minha mãe começou a reclamar:
— Não tem como vocês dormirem na sala. A gente levanta cedo para ir
trabalhar e pisa em todo mundo.
— Então vamos para onde? — minha irmã resmungou, respirando fundo
com a sala completamente intransitável — Só se nos ajeitarmos no quarto do
Wallace.
— No meu quarto?
— E por que não? — Luciana protestou cruzando os braços, fixando-me
com repreensão — É só por alguns dias, o Emerson está quase terminando de
trocar os telhados.
Dividir meu quarto me parecia uma péssima ideia, mas não havia o que
fazer. Os colchões foram dispostos ali, e não dava para se mover no local. Eu
tive que tirar minha cama, e por isso os colchões ficaram bem juntinhos. Além
disso, minha escrivaninha precisou ser removida para o corredor, sobre a qual
eles empilharam caixas.

Quando um trovão ribombou lá fora, a casa ficou escura um momento e


então a luz retornou. Morar na periferia é ficar sem energia a cada ventania, e
ouvindo minha mãe reclamar lá na cozinha, me assustei com a cortina sendo
afastada de supetão, e com os olhos arregalados, vi Emerson entrar no quarto
sem se fazer anunciar, retirando a camiseta toda molhada. Por um instante
pude apreciar suas curvas e as tatuagens azuladas, foi tudo muito rápido e eu
não sabia se deixava o quarto para ele se trocar, ou falava algo qualquer.
Todavia não precisou, ele puxou conversa.
— Porra — disse levando as mãos ao elástico do short, abaixando-o num
curvar — O dia ficou escuro e não deu tempo de cobrir tudo. — Sorriu
olhando para mim, enquanto molhado, pingava no único espaço livre do chão.
Eu gaguejei, tentando a todo custo não olhar para sua cueca. Ela estava
frouxa, e sua intimidade movia-se pelo tecido encharcado.
— Com aquele calorão já era de se esperar — Comentei com a voz presa,
mantendo os olhos fitos em seu corpo por um momento. Ele abaixara-se rente
a um caixote onde empilhavam as roupas, e enquanto procurava uma peça
seca, assustei-me com Luciana entrando às costas. Ela vinha da cozinha.
— Emerson? Você está molhado a casa toda.
— Eu só queria uma toalha. Preciso tomar banho antes que a luz acabe —
ele resmungou trêmulo de frio, e erguendo-se, fez-me desviar o olhar. Lá fora
a chuva estava forte.
Luciana respirou fundo, ela já estava estressada com aquele aperto, e
empurrando-o para o lado, remexeu o caixote e puxou uma toalha,
entregando-a a ele. Emerson apenas deu-lhe um selinho, e ainda trêmulo
enrolou-se a ela, deu meia-volta e seguiu ao banheiro. Pude ouvir o chuveiro
do outro lado. Engoli em seco disfarçando meus pensamentos, e em seguida
Luciana saiu. Fiquei a observar a cortina fechada, e a poça molhada onde as
roupas dele estiveram. Então resolvi seguir para a sala antes que retornasse.

***
As luzes foram apagadas cedo, já que todos estavam cansados e
trabalhavam no dia seguinte. Lá fora relampejava e o quarto mergulhara em
breu. Deitado ao lado de Emerson, meus pensamentos me deixavam inquieto,
lembrando-me daquele volume na cueca frouxa, quando ele tirou a bermuda
na minha frente, e isso me fazia latejar. Assim com Luciana, ele dormia
profundamente, de ladinho, já eu, cheio de intenções erradas, precisava me
controlar, tentando adormecer.
No entanto estava difícil demais. A presença dele me entorpecia, e a
ciência de que estava tão pertinho, virado para mim, me deixava
desconsertado. Era errado, eu sabia, e embora nunca tenha feito tamanha
loucura, acabei por chegar mais perto, e como quem nada quer, flexionei o
joelho e deixei-o roçar o volume dele, com cuidado, apenas para sentir o calor.
Fiquei assim por algum tempo, imóvel, curioso com a curva, e quando percebi
que Emerson se mexeu, afastei-me, ajeitando-me outra vez no cantinho da
parede, procurei dormir.

Na manhã seguinte eles já não estavam ali. Virei para o local onde
Emerson passara a noite e os lençóis estavam amarrotados. Ergui-me coçando
os olhos, certifiquei-me de que estava sozinho, então, após ouvir o zunido de
martelo no andar acima, compreendi que era um novo dia. Lembrando-me da
noite anterior, entendi porque meu pau estava molhado, e com o tesão
pedindo para ser aliviado, aproveitei a privacidade dos cobertores com o cheiro
dele.

Aquele dia passou lentamente. A fantasia de dormir ao lado do meu


cunhado não me saía da cabeça, tampouco a sensação da silhueta roçando meu
joelho. Embora tenhamos almoçado juntos, procurei agir discretamente o
tempo todo, e quando ele voltou à reforma, fiquei na sala, apenas ouvindo os
barulhos do martelo ecoar lá em cima. Então fiquei ali, esperei a tarde passar e
quando a noite enfim chegou, fiquei atento à sua descida.
Emerson seguiu para o quarto, tirou as roupas e entrou no banho.
Minutos após eu deixei o sofá e estiquei-me até a porta do banheiro,
procurando uma fresta a fim de espionar. Meus hormônios estavam à flor da
pele, e tudo o que eu mais queria era ver meu cunhado exatamente como veio
ao mundo. Para minha alegria aconteceu, já que a porta tinha algumas fissuras,
e Emerson estava logo ali do outro lado, de olhos fechados sob a ducha,
ensaboando o peitoral. O pau dele balançava de um lado para o outro frente
ao sanitário. Moreno, tinha uma penca de bolas grandes, e eu, com a mão na
cueca, fiquei a assisti-lo lavá-las até que ouvi um barulho no portão e voltei
para a sala, era minha mãe chegando.

Horas depois estávamos novamente deitados. Outra vez eu fiquei perto


dele, mas não adormeci, fiquei ali, ouvindo-o suspirar e a chuva caindo lá fora.
As horas passavam, e eles dormiam profundamente, dominados pelo cansaço.
Luciana estava do outro lado do colchão, e Emerson nos separava, ficando no
meio, num sono visivelmente pesado. Como ele estava tão à vontade, mil e
uma ideias passavam por meus pensamentos. Eu não conseguia pensar em
nada mais, a não ser em roçar meu joelho no pau dele outra vez, como na
noite anterior, assim, dominado pela luxúria, cedi.
Posicionei-me discretamente mais próximo de seu corpo, e fiquei algum
tempo parado, apenas ouvindo os ruídos e a chuva no quintal. Vagarosamente,
flexionei a perna, e com ela naquele ângulo, toquei o joelho em seu volume.
Estava bom, aquela extensão estava quente e Emerson parecia tão cansado,
que quando dei por mim resolvi ousar e tentar passar a mão. Engolindo em
seco, afastei o joelho e procurei pela reentrância de sua samba-canção, deslizei
os dedos por ela e passei a sentir a curva do membro dele. Emerson estava
dormindo sem cueca, eu havia reparado que tirava antes de se deitar, então,
confiante de que não acordaria, fiquei mexendo.
Um pouquinho de pré-gozo molhou meus dedos. O pau dele estava mole,
e ainda assim era bem grande. Meus dedos sentiam a pulsação, os pentelhos, e
eu respirava fundo, abrindo a reentrância para acariciar melhor. Estava fora de
mim? Não sei. O que sei é que com muito temor, ajeitei-me mais perto e
trouxe uma parte para fora, sentindo meu cunhado endurecer pouco a pouco.
Emerson respirava imerso em seu cansaço, e envolvendo seu membro como se
pegando em um cabo de madeira, passei a bater uma pra ele. Fiquei assim,
sentindo o volume uns bons minutos e quando percebi sua respiração ficar
diferente eu parei. Devolvi o pau dele de volta à samba-canção, fechei a
reentrância e fui dormir.

PARTE DOIS

No escuro e motivado pela ebulição hormonal tudo é possível, mas


quando o dia amanhece e as faces estão visíveis, é preciso disfarçar. Era um dia
assim, e todos haviam ido trabalhar. Enquanto eu ouvia o barulho de
conversas lá em cima — Emerson tinha contratado o vizinho para ajudá-lo a
terminar mais rápido — mantive-me na sala, pensando em tudo o que
acontecera durante a noite. O almoço já tinha passado, e desta vez Emerson
almoçara sozinho, já que eu precisei sair de casa retornando só quando a tarde
estava indo embora.
Pois bem, quando dei por mim a conversa agora se aproximava da
varanda. Eles desceram, parando um momento frente à porta a trocarem
instruções sobre o dia seguinte, e sem jeito, eu fixei a TV enquanto
conversavam. Não demorou e observei meu vizinho deixando o quintal e
então meu cunhado entrar.
Eu não sabia como reagir, então mantive silêncio. Observei que desta vez
Emerson tirou a camiseta suja antes de entrar, jogando-a no varal, e ajustando
a bermuda, projetou-se ao centro da sala. Sob a luz da lâmpada, as tatuagens
azuladas ganhavam um interessante contorno.
A voz dele ecoou:
— Wallace? — eu desviei os olhos da TV, fitando-o um momento —
Estou indo tomar banho, tudo bem por aqui?
— Tudo tranquilo — eu respondi observando-o ajeitar o volume,
tentando fingir que nada havia notado — Vocês conseguiram terminar? —
questionei para disfarçar, e ali mesmo, na minha frente, Emerson curvou-se a
retirar a bermuda, deixando-me vê-lo ficar só de cueca. Foi impossível não
notar o volume quando retomou a postura.
— Ah, sim. A cobertura está bem adiantada e as goteiras já pararam de
pingar — olhou para o teto ajeitando a extensão, e eu aproveitei esse momento
para admirar o tamanho. Então ele tornou a me fitar. — Já pode ficar
tranquilo, devolvemos seu quarto nos próximos dias.
— Seria perfeito — eu sorri — Dormir no chão não é nada agradável.

Após o jantar, reunimo-nos todos na sala, e como estavam cansados, meu


pai e Emerson foram os primeiros a se deitar. Como o dia seguinte era um
sábado, e ninguém trabalhava, a luz podia ficar acesa até mais tarde. Assim
minha mãe e irmã ficaram na sala a ajeitar as unhas, até que dado certa hora,
resolvi que eu também iria me recolher, e assim o fiz.
Entrando no quarto, percebi Emerson deitado ao centro do colchão, e
caminhei para minha parte. Eu estava apenas de bermuda, e quando deitei,
percebi que ele se mexeu, respirando profundamente, afastando um pouco dos
cobertores.
Fiquei em silêncio, ouvindo-o voltar à calmaria. A claridade que deixava o
corredor perpassava a cortina e clareava o quarto, então notei quando
Emerson trouxe a mão até a samba-canção, e a posicionara sobre o relevo. O
pinto do meu cunhado estava duro, quase que saindo pela reentrância da peça.
Estava estirado, e devido à claridade, dava para ver marcando o tecido. Eu
fiquei ali, observando silencioso, oculto em meus cobertores. Emerson nada
falava, apenas cochilava com a mão sobre ela, o quando dei por mim, a sombra
da minha irmã projetou-se na porta. Coincidentemente meu cunhado virara de
lado, ajeitando a postura.
Naquela madrugada eu fiquei acordado ouvindo a chuva cair. A casa
estava escura, e Luciana dormia pesadamente. Eu fiquei a pensar nos
momentos anteriores à chegada dela, e em como Emerson ajeitara o cobertor
quando a vira entrar. Então fiquei a pensar: será que meu cunhado percebera
meu olhar?
Meu coração estava acelerado, e procurando coragem, resolvi tentar fazer
algo com ele. Era um grande risco, eu sabia, mas simplesmente a noção não
cabia no momento. Engolindo em seco, eu trouxe meu corpo para mais perto,
senti que ele não reagiu, então parei um momento. Fiquei assim, quieto com
meus pensamentos, então pensei: será que eu deveria prosseguir?
A chuva lá fora estava engrossando, e como fiz na noite anterior, conduzi
minha mão até sua samba-canção, e após alguns minutos remexendo o volume
pela reentrância, eu o puxei para fora.
Estava sedento por aquilo. Emerson tinha um pau muito gostoso e ficar
estimulando-o era entorpecedor, foi quando resolvi tentar algo melhor. Eu
entrei para debaixo dos cobertores, e respirando com dificuldade, fui
procurando a altura de sua cintura. Quando a encontrei, me aproximei sem
fôlego, e trazendo o nariz até a extensão, deslizei a cobertura morena e senti o
cheiro da cabeçona saltando para fora. Era cor de uva e estava molhadinha,
fiquei sentindo o cheiro por um momento então criei coragem de abocanhar.
Foi uma delícia sentir o gosto do Emerson na minha boca. Seus pentelhos
eram aparados na máquina, e conforme eu salivava, percebi que ia soltando
pré-gozo. Mamei a cabeçona por um longo tempo mantendo-me imóvel para
ele não acordar, e enquanto eu chupetava, assustei-me quando se mexeu.
Fazendo uma pausa, afastei os lábios, e antes que pudesse me afastar, senti a
mão do Emerson procurando-me por debaixo dos cobertores. Assustado,
tentei me esquivar, mas ele me segurou pelo pescoço, e puxando, fez-me voltar
à ereção. Acho que seria pior se eu não o obedecesse, estava insistente, então
resolvi ceder.
Somente a chuva fazia ruídos. Emerson guiava minha cabeça por debaixo
dos cobertores, mostrando como queria ser mamado. Desajeitado ele tentava
me fazer engolir um pouco mais, e percebendo que eu não conseguiria, ele
deu-me leves tapinhas, fazendo-me afastar. Eu estava satisfeito com seu gosto
em minha boca, cheguei para o canto da parede pensando ter acabado, mas
estremeci quando o senti chegar mais perto. Engoli em seco com Emerson
tateando minha bermuda, até que encontrando o elástico da cueca, começou a
forçá-la para baixo. Tentei resistir segurando a peça, mas ele era insistente, até
que desistindo, soltei e o tecido desceu até meus joelhos. Trêmulo e com a
bunda desnuda, permaneci de ladinho contra a parede fria. Meu cunhado veio
por trás e senti seus dedos procurando meu canal, então, passando saliva nele,
me pegou pelas ancas e me fez aproximar. Estávamos em silêncio, Emerson
pertinho de mim. Eu senti o volume sendo estirado no meio da minha bunda
e meu cunhado forçou-me um pouco mais contra si. Senti a extensão
afundando na divisão, Emerson apertou-me contra ela e começou a roçar,
fazendo-me sentir a espessura.
A vara larga do meu cunhado estava muito dura e molhada, escorregando
encaixadinha. Umedecido de pré-gozo e saliva, eu podia senti-la deslizando,
conforme ele friccionava. Ele apenas felava, não havia me penetrado, e em
silêncio ouvíamos a respiração de Luciana enquanto eu o sentia passear as
mãos por minhas pernas. A chuva caía no terreiro, estávamos respirando com
dificuldade, então, quando o percebi ajeitar o membro entre minhas coxas,
pressionei-as, e estocando por alguns segundos, Emerson gozou.

PARTE TRÊS

A reforma do sobrado estava quase no fim, e em companhia do vizinho,


meu cunhado estava bastante adiantado. Eles agora estavam pintando as
paredes, vez por outra Emerson descia para buscar algo e eu ficava a observar
suas roupas respingadas de tinta conforme cruzava o quintal. Nada falávamos
sobre as madrugadas, e eu mantinha-me reflexivo quanto ao quê ele pensava
sobre isto. Meus hormônios estavam em ebulição, e eu só conseguia fantasiar
as próximas safadezas.
Quando aquela noite chegou, e a família outra vez se reuniu para assistir
ao jornal, eu o vi se aproximar com o corpo ainda umedecido pelo banho. Na
reta final para conclusão da reforma, Emerson decidira trabalhar até mais
tarde, e assim, sempre descia quando todos já estavam reunidos. Desta vez eu e
minha irmã dividíamos o mesmo sofá quando ele se acomodou. Minha mãe
estava em uma cadeira, mexendo no celular, e meu pai na cozinha, fazendo
seus jogos de loteria. Abrindo espaço, o deixei sentar, e vi Luciana aninhar-se
ao seu peitoral, onde ficou até que passado vários minutos, o ouviu abrir a
bocarra de sono e anunciar estar indo se deitar.
Eu o observei ficar de pé, estava sem camiseta e as tatuagens chamavam a
atenção. O percebi calçando os chinelos, e com aquele jeitão desengonçado,
ajeitar o shortinho de futebol.
— Amor? Você não vem? — questionou, e sob a claridade da televisão o
percebi dar sua leve amassada no volume.
— Mais tarde — ela respondeu, então ele olhou rapidamente para mim.
— Okay então. Até já.
— Até.
Seu olhar foi bastante sugestivo nos segundos que cruzou com o meu, era
impossível não compreender. Assim, disfarçando, eu o observei se retirar, e
passado alguns minutos, foi a minha vez.
— Wallace? O que houve?
— Eu... vou me deitar também — gaguejei procurando os chinelos,
buscando agir discretamente — Amanhã tenho que ir entregar alguns
currículos, então preciso dormir mais cedo.
— Ora, se quiser posso deixar alguns com minha patroa. Ela conhece
muita gente — Luciana propôs ajeitando os travesseiros. Satisfeita por ter o
sofá somente para si.
— Isso seria ótimo Lu — eu brinquei, ajeitando minha bermuda — Vou
deixar algumas cópias sobre a estante. Boa noite.

Usei o banheiro e então segui para o quarto. A luz distante da TV rompia


o breu, e quando fechei a cortina, percebi que ele estava deitado de barriga
para cima. Eu engoli em seco e fitei a região entre suas pernas. Ele estava
novamente de samba-canção e descoberto, não usava cueca. O pinto quase
saía pela reentrância da peça, estava inchado, fazendo volume enquanto ele
respirava calmamente, e em meio a estas constatações notei que minha irmã e
minha mãe conversavam sobre algo.
Trêmulo eu me deitei, ajeitei minhas cobertas e só então, percebendo que
era seguro, tive a reação de fixar sua região baixa. A adrenalina circulava por
meu sangue, e ao lado meu cunhado nada dizia, foi então que me assustei
quando num gesto, ele deslizou a mão para baixo. Nada falou, mas percebi que
estava colocando o membro para fora, então, assustei-me quando se virou para
mim.
Com o coração acelerado eu fitei a entrada do quarto então voltei a ele,
observando-o se masturbar. Meu coração parecia querer sair pela boca, e com
o corpo vacilante, fiquei a assisti-lo movimentar a extensão. Devo confessar
que ver meu cunhado punhetando não tinha definição. Ele me deixou ficar
apreciando por um longo tempo, até que estirando o corpo, acelerou e o vi
jorrar molhando os cobertores. Então sorri, percebendo-o guardá-lo outra vez.

PARTE QUATRO

Eu queria dar para ele. Já estávamos fazendo aquilo há duas semanas,


então, por que não dar um passo mais? Meu orifício piscava só de imaginar
aquela rolona entrando e saindo dele, assim, bolei um plano.
Naquela tarde eu fiquei a observar o ruído deles trabalhando lá em cima, e
assim que percebi estar escurecendo, corri para o quarto. Fiquei ali torcendo
que não demorasse muito, do contrário, tudo seria frustrado pela chegada de
alguém. Eu aguardei alguns minutos e então, quando umedeci os lábios, vi a
cortina sendo afastada. Emerson entrou e me encarou por um minuto.
— Wallace? Tudo bem por aqui?
— Estou indo tomar banho — eu retruquei amarrando o laço da toalha
que envolvi à cintura. Minha cueca estava jogada no colchão e meu cunhado
fitou-a um instante — Precisa de algo?
— Ora. É só que eu... — olhou para meu corpo desnudo, e conferindo
minhas curvas, tornou à minha face — É só que eu também estava
pretendendo ir.
— Puts, eu não pensei que você desceria agora. Anda deixando o sobrado
tão tarde. — dei um sorrisinho.
— Na realidade está tudo praticamente pronto, então... — Ele ficou
fitando-me mais um instante, e mexendo no laço da toalha, afrouxei-a
rapidamente para ajeitar. Em seguida dei de costas para pegar meu sabonete e
curvando-me, deixei que observasse a silhueta da minha bunda. Ele fixou-a
por um instante, e tornou a conferir o corredor.
— Faz o seguinte, eu prometo ser rápido — disse levantando-me — Não
posso demorar, quero assistir a novela.
— Ora, então, tudo bem — ele sorriu sem jeito, abrindo caminho para
que eu passasse. Trocamos olhares por um instante, e Emerson nada disse,
então me retirei.

A cortina que cobria a porta findou sua visão e instantes depois eu entrei
no banho. Fiquei ali dentro, cruzando os dedos para que ele tomasse
iniciativas, e pude perceber quando seus passos fizeram-se ouvidos do outro
lado. Ele parou frente à porta um instante, parecia indeciso, então veio as duas
batidinhas.
— Wallace?!
— Oi? — Eu engoli em seco, sentindo a água correndo por minhas
curvas — Emerson? Você me chamou?
— Sim. Faz um favor aqui — ele chamou lá de fora, e fechando a ducha
eu me aproximei. Abri uma pequena fresta para observá-lo e notei que estava
só de bermuda.
— Algum problema?
Ele olhou um momento para mim, e então para a entrada da sala. Parecia
conferir algo, e em seguida fez-me recuar um passo quando empurrou a porta.
Eu o vi entrando, ele fechou a superfície e em seguida abaixou a bermuda,
descartando-a sobre a pia. Sem palavras, meu coração acelerou ao ver aquele
membro moreno outra vez ao relento, e como era de se esperar, Emerson
estava bastante duro. Ele tocou meu ombro, e dando de costas, seguimos ao
chuveiro.

De joelhos, eu mamava sua curva avantajada enquanto a água caía sobre


nossos corpos. Ele tinha um das mãos apoiada na cerâmica, e com a outra
guiava minha cabeça. Entre ele e a parede, eu estava imóvel, indo e vindo com
a boca, sentindo seu pré-gozo misturado com saliva e os pentelhos roçando
meu nariz. Após alguns minutos chupando naquela posição, me ergui a dar de
costas. Ele observou-me enquanto punhetava.
— O que houve?
— Vem. Mete no meu cu.
— Tem certeza? — gaguejou, passando o dedo no meu orifício.
— Sim — disse abrindo caminho, com um pé apoiado sobre o sanitário.
— Tudo bem, mas não aqui. Vem... vamos para o seu quarto.

Ao entrarmos eu já estava completamente duro. Nossos membros


balançavam ávidos por prazer, e enquanto ele fechava a cortina, eu deitei-me
no colchão. Emerson me fixava sedentamente, então, aproximando-se,
ajoelhou entre minhas pernas, puxando-as para si. Por um momento pensei
que me beijaria, ele nunca tinha me beijado, todavia foi ao orifício que se
dirigiu. Eu arfei com seu dedo massageando a musculatura, e colocando um
travesseiro para me dar altura, passou a tentar penetrá-lo.
Fiquei em silêncio apreciando o movimento. Emerson ofegava passando
saliva, e eu piscava de desejo. Foi então que se ergueu, deixou o colchão e foi
até uma bolsa que minha irmã pendurava na parede. Voltou de lá com aquele
pauzão balançando, e tornou a se curvar, passando creme em minha divisão e
também na rola.
Eu ofeguei.
— Vai doer muito?
— O suficiente para tirar seu cabaço.
— Okay, eu aguento.
— É bom aguentar mesmo. Foi você quem começou.
Eu ofeguei ajudando-o a se ajeitar. Puxando minhas pernas para si,
posicionou o membro em meu canal, então fitou meus olhos. Eu fiquei
sentindo a cabeça molhada acariciar a entradinha, e com a pressão, mordi os
dentes sentindo o ardor.
— Ai Emerson, devagar.
— Aguenta, não temos muito tempo. — Ele ofegou, trazendo a mão até
minhas coxas. Eu o auxiliei abrindo a divisão, sabia que estava com medo de
sermos pegos, então gesticulei para que prosseguisse. Porém doeu.
— Ai.
— Geme baixo Wallace — o observei franzir o cenho deslizando o dedo
lá embaixo. A cabeça de seu pau já estava encaixada em meu interior e meus
dentes mantinham-se cerrados, com os centímetros entrando pouco a pouco.
Era notório que meu cunhado nunca tinha fodido uma bunda.
Procurando controlar o desconforto, eu voltei a encará-lo. Ele afastou a
mão do pau, acomodou a face na curva do meu pescoço e ofegando, começou
a mover vagarosamente.
Nossos corpos contrastavam sobre os lençóis, ele deslizava as mãos por
minhas pernas, e imobilizava-me em sua vara. Eu não reclamei, queria aquilo,
então fiquei em silêncio apreciando o entra e sai, apenas gemendo em sua pica.
Ela era comprida para meu orifício apertadinho, e sempre que ele enfiava eu
mordia os dentes, mas quando tirava, revirava os olhos. Ficou deslizando
vagarosamente, entrando e saindo, ofegando ao meu pescoço enquanto me
chamava de viadinho. Eu estava adorando aquela submissão.
— Se sua irmã descobrir, eu mato você.
— Relaxa. Será um segredo.
— É bom mesmo.
Nossa respiração estava tensa, o corpo do meu cunhado vacilava sobre o
meu, e eu engolia em seco com a sensação. Quando pensei que estava me
acostumado à grossura, ele levou as mãos até a divisão e me puxou com mais
força, fazendo-me encaixar um pouco mais. Eu urrei.
— Ai, devagar.
— Não grita Wallace — ele protestou, sentindo o membro atolado no
meu rabo — Quer levar uns tapas? — fiquei fitando seus olhos, então
gesticulei negativamente e ele continuou.
Minha bunda roçava nas bolas dele, eu gemia sentindo a pressão e revirava
os olhos fitando o teto. Sentia o canal engolindo seu pau com vontade, e
apoiando-me em seus quadris, fechei os olhos e me senti nas nuvens. A batida
dos nossos corações dizia tudo, o lençol estava ficando molhado pelo pré-gozo
que escorria da minha bunda, e então ele começou a ofegar mais intensamente.
Minhas costas deslizavam indo e vindo sobre o colchão, eu pressionava a pele
dele e revirava os olhos com seu cheiro de macho. Como estávamos molhados
devido ao banho, nossa pele deslizava bem, e acariciando sua bunda, eu a
sentia franzir no sentido de entra e sai.
Foi quando ele procurou meu ouvido, trêmulo e ofegante.
— Vou encher seu cu com leite de homem. Você quer?
— Quero. Enche vai — engoli em seco, sentindo meu pau babar.
— Depois vou botar na sua boca, para você limpar todinho. Viadinho
safado.
Eu sorri e ele continuou metendo, ofegando ao meu pescoço, e quando
apertou minha bunda com mais força, senti o jato. Emerson gozou tanto que
eu me senti molhado. Sua goza saía intensa, e quando terminamos, vendo-o
desencaixar o pauzão mole, deixei-o ir para o banheiro e contentei-me em me
limpar com a toalha.
A P Wilson
De férias com o sogrão
PARTE UM

Estávamos de férias na fazenda do meu sogro. Era uma tarde quente e


curtíamos na piscina, apenas a família, quando discretamente eu ergui meus
olhos e o observei lá na outra margem, novamente fitando-me enquanto
tomava sol. Seu Ricardo é um homem atraente, não tendo mais que cinquenta
anos, e quem o conhece sabe o quanto é um molecão. Viúvo, não se casou
uma segunda vez, vivendo recluso à fazenda da família. É um grande amigo do
meu pai, visitava nossa fazenda aos fins de semana, tomava café, e em uma
destas visitas conheci sua filha. Ele sempre me tratou muito bem, bem até
demais, e embora desde aquela época eu já percebesse algo diferente em seu
jeito de me olhar, nunca dei muita atenção, até esta ocasião.
Bem, naquela tarde fazíamos companhia às crianças, e após brincarmos
bastante na água, resolvi sair um minuto e deitar-me em uma das
espreguiçadeiras, colocando os óculos escuros e fingindo dormir. Dos adultos,
estávamos somente nós dois naquela região, e eu em especial, usava uma sunga
boxer coladinha, que contrastava com minha tonalidade de pele, avermelhada,
típica de um sulista. Em sua inocência as crianças nada reparavam nos olhares
do avô, e graças a isto, meu sogro sentia-se a vontade em fazer pausas para me
encarar “adormecido” ao sol. Ele parecia interessado em algo no meu corpo,
observava discretamente, e no momento em que a filha chegou vinda da
cozinha, percebi que disfarçou, ouvindo-a chamar para ver algo lá dentro.
Ele saiu, e após alguns minutos me ajeitei melhor, ficando em silêncio,
questionando-me quanto aos motivos para meu sogro agir de forma tão
estranha quando pensava que eu não o estava vendo. Esta não fora a primeira
vez que isto acontecera naquelas férias, e desde então, algumas teorias
passavam por minha cabeça, mas, deduzindo serem no mínimo absurdas,
procurava parar de pensar besteira, e relevava.
Na manhã seguinte eu desci como se tudo estivesse normal. A mesa do
café estava posta, e sentando-me ao lado das crianças, fiquei ali por um tempo
vendo-os planejar o dia. Meu sogro estava animado com o passeio que
faríamos aquela tarde, e o tempo todo puxava conversa comigo, tentando me
envolver nos diálogos. Ele oferecia-me uma e outra iguaria feita na fazenda,
mas por mais que eu sorrisse discretamente, minha esposa percebeu que havia
algo estranho no ar. Ela chegou a questionar-me se o pai havia falado algo que
eu não gostara, ou feito brincadeirinhas de mau gosto, mas procurando não
dar bandeira, fui esperto com o questionamento, respondendo que o problema
era eu, que estava me sentindo indisposto, e assim a manhã passou.
Quando a tarde chegou começamos a organizar o carro, a cachoeira que
visitaríamos ficava longe do casarão, e motivados pela insistência das crianças,
decidimos que acamparíamos por lá. Saímos por volta das duas horas, o carro
acomodou todos perfeitamente, e ainda deu para levar os dois labradores. Os
cachorros foram acomodados na traseira do veículo, ao lado do banco.
Brincalhões, colocavam a cabeça por cima do recosto e ficavam mordiscando
as crianças, e quem tinha que mediar tudo aquilo era meu sogro, sorridente, o
qual eu observava vez por outra pelo retrovisor do veículo.
Chegamos à cachoeira algumas horas depois da partida. Pus-me a
descarregar os equipamentos, e ele me auxiliava com a bagunça. Enquanto
minha esposa seguia para a cachoeira com os pequenos, ficamos por ali, na
parte gramada buscando o melhor lugar para montar as barracas. Seu Ricardo
estava falador. Assim como eu, vestia apenas regata e sunga colada, o que
revelava um pacote interessante, e uma bunda chamativa. Trabalhávamos em
colaboração para levantar as duas barracas, e sempre que ele se abaixava para
fincar algo na grama, eu me aproximava fingindo conferir o serviço, deixando-
o reparar em minha elevação. Seu Ricardo não conseguia disfarçar o interesse
no tamanho daquilo que estava entre minhas pernas.
Enfim descemos para o rio, a cachoeira estava barulhenta e as crianças
brincavam animadas. A exemplo deles, tirei a regata e fiquei só de sunga,
pulando na parte funda. A água estava uma delícia e o sol ardia por entre as
folhagens. Minha esposa aproveitava para pegar um bronzeado deitada nas
pedras, e conforme as horas passavam, o ventinho frio foi fazendo-nos sair um
a um.
Já no início da noite, quando todos se dirigiam de volta ao acampamento,
parei frente à minha barraca e deparei-me com Cristina recolhendo alguns
pertences que havia depositado ali mais cedo. Confuso, eu parei rente a ela.
“Cris, o que você está fazendo?”
“Vou passar a noite na barraca das crianças William” — ela explicou —
“O céu está nublado e elas têm medo de trovões”.
“Mas, e o seu pai? Onde vai dormir?”
“Ora, com você. Noites chuvosas assustam os meninos, e não adianta
explicar, eles só se sentem seguros comigo” — ela me fitou, e então se ergueu
dando um selinho em meus lábios — “Mas não fique assim, é só por esta
noite tudo bem? A barraca é apertada e infelizmente não cabe nós dois e os
quatro pestinhas”.
Ao olhar para o céu, reparei que trovões anunciavam que a noite iria virar,
e lá embaixo, no caminho que conduzia ao rio, observei seu Ricardo surgir,
subindo em companhia das crianças.

***
Quando o trovão ribombou rasgando a noite, a barraca clareou, revelando
rapidamente a silhueta dos colchões. Eu estava deitado coberto apenas por um
lençol fino, e então ouvi o chiado aproximando-se distante. A chuva chegava
vinda por sobre as colinas, chacoalhando as árvores, fazendo o rio correr mais
intenso. Em instantes a ventania se convertera em mais trovões, e no meio da
mata a noite desabou. Preocupado com as crianças, eu me sentei para ver
como Cristina estava se saindo, mas a barraca deles estava do outro lado do
gramado, perto do carro, e surpreendi-me apenas quando a silhueta do meu
sogro se aproximou vindo de lá, entrando completamente molhado com sua
lanterna. Foi tudo muito rápido e agora ele se ajeitava ao lado.
— Puts — disse fechando a entrada — O céu desabou — Sorriu e
encarou-me tirando a camiseta, deixando-me ver seu peitoral novamente
exposto. Seu Ricardo tinha um corpão muito atraente.
— Com aquele calorão, era de se prever que cairia um temporal —
Comentei ajeitando meu lençol, voltando a olhar para o celular.
Ele abaixou-se rente à mochila, procurando alguma coisa, e quando se
aproximou do corredorzinho entre os colchões, senti meu coração acelerar
com sua bunda ficando empinada diante de mim. Imediatamente desviei os
olhos daquela cena. Comecei a ficar rubro enquanto mexia no celular, mas
num reflexo, tornei a olhar para ela. No início foi estranho, mas então dei por
mim a sentir algumas reações dentro da cueca. “Céus, a bunda do meu sogro estava
me deixando de pau duro?”
Meneei a cabeça, e engolindo em seco, disfarcei sob o lençol. Sentia-me
confuso por de repente me imaginar fodendo a bunda dele, e um arrepio me
subiu pela espinha. Minha respiração saía de forma estranha, e eu me
recordava de seus olhares quando eu era mais moço, ajudando meu pai com os
cavalos. Foi quando o percebi pegar um sabonete.
— Seu Ricardo? Onde o senhor está indo?
Ele se virou, novamente abrindo a saída da barraca.
— Ora, resolvi aproveitar a chuva para tomar um banho. Você não quer
vir? — Senti-me corado com ele ajeitando o pau na sunga. Constrangido, eu
desviei o olhar.
— Bem, eu... não sei. O mundo está desabando lá fora.
— Ora, quem vê assim diz que não foi criado na fazenda — ele sorriu
brincalhão — Há uma ducha que se forma na lateral da cachoeira, é escuro,
mas seguro. E bem, mesmo com a água fria, é melhor que dormir sujo.
Eu pensei um momento, e sem saber o que responder, aceitei.
Descemos lado a lado, ele de sunga e eu de bermudão. Ali embaixo, no
escuro das pedras laterais à cachoeira, nos lavamos sorridentes. A água estava
gelada, o sabonete espumava bem, e imaginar que meu sogro estava nu bem ao
meu lado, me fazia sentir desconsertado.
Esfregamos os cabelos, as costas, as partes íntimas, e quando terminamos,
tornamos a vestir as peças umedecidas. Subindo a elevação em direção à
barraca, entramos completamente molhados e sorridentes, sentando-se sobre
algumas roupas usadas, enquanto nos secávamos.
— Ora, foi um sapo, tenho certeza. — eu dizia, referindo-me a algo que
caíra sobre a gente enquanto estávamos lá embaixo — Até fez barulho.
— Sapo nada, aquilo era lodo. Lodo das folhagens.
Respirei fundo meneando a cabeça e o vi livrar-se da peça íntima, puxando
uma toalha, a secar-se nela. Seu pau estava mole diante dos meus olhos, e
fitando-o secá-lo, eu engoli em seco. Era um pau atraente, não tão grande
como o meu, e seu Ricardo tinha bolas chamativas.
Fechando a entrada da barraca para fazer cessar o vento, segui seu
exemplo e também tirei minha sunga. Fiquei nu frente a ele, buscando por
uma toalha, e percebi que seu Ricardo olhava fixamente para entre minhas
pernas, parecendo apreciar a visão enquanto secava a bunda. Meu pau estava
mole, balançava enquanto eu secava o rosto, e quando enfim me virei para ele,
seu Ricardo se afastou.

Deitamos, e apagando a lanterna, vimos a escuridão invadir a barraca. Lá


fora relampejava e a chuva caía sobre a lona. Meus pensamentos estavam
inquietos, lembrando-me dele fixando minha mala, daquela bunda grande
virada para mim. Meu sogro era muito descarado, não fazia questão de
disfarçar, com essas fantasias comecei a sentir-me duro, e acariciando meu pau,
tive a estranha sensação de ouvir ruídos vindos da lateral onde ele estava.
Eram suspiros baixinhos que se misturavam ao temporal, ofegar controlado,
que com o intensificar da chuva só tenderam a aumentar.
Eu me peguei a latejar, aquilo só podia ser uma coisa. Então fiquei
pensando nos motivos que levavam meu sogro a se masturbar, se eu de alguma
forma estava envolvido naquilo, e reflexivo, dei por mim a acompanhá-lo. Não
sei se ele percebeu que eu também estava me punhetando, mas quando ele
parou, eu continuei por mais alguns minutos, até sentir o jato esguichar, até
sentir o leite quente escorrendo por entre meus dedos.

PARTE DOIS

Na manhã seguinte acordei cedo e ele já não estava na barraca. O dia


amanhecera quente, o sol irradiava pela lona azulada, e lá fora, Cristina dava
lanche para os pequenos. Ao lado dos meus lençóis, percebi a camiseta
amarrotada na qual eu secara meu gozo, e quando ergui o rosto para a entrada,
assustei-me com meu filho parado a me observar. Eu não sabia há quanto
tempo ele estava ali, mas, provavelmente havia acabado de chegar. Sorrindo,
disse que a mãe o havia mandado vir me chamar, pois todos desceriam para a
cachoeira, e ela queria que eu lanchasse logo.
Então aquela manhã foi de sol. Passamos todo o dia na cachoeira, e o que
acontecera na noite ficara apenas na imaginação. As crianças brincavam com
suas boias, minha esposa lia um livro, e meu sogro pescava sentado em
algumas pedras. Vez por outra eu o observava passar os olhos por minha
sunga, e fingia não reparar. E então era minha vez, que virando em sua direção
como quem nada quer, admirava a perfeição daquele bunda, disfarçando
sempre que um dos meus filhos se aproximava em busca de minha atenção.
Aquela proximidade na barraca estava mexendo com meus fetiches, e agora,
era fato que meu sogro também estava tenso.

“Como assim não podemos ir hoje? O combinado éramos voltar cedo


para casa” — eu retruquei com Cristina enquanto a observava arrumar a
barraca das crianças. O dia estava indo embora, o tempo novamente havia
fechado e o vento já trazia algumas gotinhas de chuva — “É desconfortável
dormir nestas barracas por duas noites seguidas, e... eu tenho trabalho na
segunda-feira”.
“William, não tem como voltarmos para o casarão se estiver chovendo, o
leito do rio sobe e a ponte fica instável, sem falar que é perigoso viajarmos na
manhã seguinte sem dormirmos bem”.
Ela tinha razão. Por mais que eu quisesse tomar banho quente e dormir
em um colchão confortável, voltar com a chuva sobre as colinas era arriscado.
Eu cresci naquelas regiões, sabia muito bem dos riscos, e assim, apenas por
isso, aceitei o fato de outra vez termos de pernoitar ali.

Então a noite voltara a cair. Minha esposa continuava a fazer companhia


às crianças, e eu aguardava a chegada do meu sogro. A chuva lá fora
engrossava conforme os minutos passavam, e embora não relampejasse como
na noite anterior, fazia bastante ruído sobre a barraca. Eu fiquei quieto no
escuro, mexendo no celular com apenas a lanterna de caça clareando o
ambiente, e quando dei por mim, tive a quietude desfeita pela silhueta dele
entrando. Eu me sentei.
“Sogro? O que houve? Pensei que não viria se deitar”.
Ele sorriu e fez exatamente como na noite anterior, curvando-se à
bagagem em busca do sabonete. Eu exclamei:
“O que é isso? Vai tomar banho outra vez? Não está sentindo todo este
frio?”
“O frio é fácil de aquecer William. Suporto tudo, menos dormir sujo.
Quer vir?”.
Pensei um momento fitando-o separar a toalha, ele usava a mesma sunga
de mais cedo. No distante, o barulho das crianças era de diversão, e ali,
sozinho, eu me sentia entediado. Então, puxando o lençol para o lado, resolvi
aceitar ao convite.
“Quer saber?” — disse desabotoando a bermuda para ficar somente de
cueca, exatamente como ele — “O senhor tem razão. Vamos lá. Nem que seja
para fazer companhia”.

Mas eu não resisti e entrei na ducha d’água. Como eu esperava, estava puta
gelada e me fez bater os dentes. Ensaboamos-nos rapidamente, enxaguamos a
espuma com a chuva a engrossar sobre nossas cabeças, e subimos o declive
apressadamente, cruzando a escuridão até estarmos protegidos dentro da
barraca. Sozinhos e completamente molhados, seu Ricardo não pensou duas
vezes até fechar a entrada e ir retirando a sunga, ficando completamente nu de
costas para mim. Eu o fitei de pertinho, a lanterna refletia em sua divisão, e ali,
no escuro, percebi o quanto sua bunda era atrativa. Pensei um pouco
observando os montes, e rindo de algo que ele falava enquanto secava o rosto,
decidi por provocar.
Toquei o elástico da minha sunga, e no exato instante em que ele se virou,
eu a abaixei. Meu pau ficou livre e percebi seus olhos atraídos para ele.
Infelizmente eu estava amolecido, meus ovos enrijeceram devido ao frio, e
passando ao seu lado, segui até minha mala. Foi nesse momento, que
aproveitando do aperto, resolvi roçar sem querer em sua bunda, e
imediatamente ele se afastou.
“Ei meninão, cuidado com essa coisa aí”.
Virando-me a secar o peitoral, eu sorri:
“Qual é sogrão? Não precisa ter medo. Essa cobra aqui só pica quando
está acordada”.
“E quem me garante que ela está dormindo de verdade?”
Abaixei os olhos e fitei a silhueta na claridade da lanterna. E não é que o
homem tinha razão? Ao mínimo contato com sua pele, ela pareceu despertar.
Eu meneei a cabeça e pus-me a secá-la.
“Pode deixar. Ela só ficou animadinha porque pensou que ia trabalhar”.

Desligamos a lanterna e o breu dominou a barraca. Estávamos em


silêncio, sob cobertores pesados, e com a mão massageando a extensão — eu
não havia me vestido —, fiquei a ouvir a chuva na lona. As horas passavam, e
mil e uma ideias ladeavam meus pensamentos. Eu não conseguia pensar em
outra coisa a não ser nos olhares indiscretos do meu sogro, por isso não
conseguia adormecer. Estava com os lábios úmidos e minha curiosidade nunca
estivera tão atiçada. Foi então que resolvi romper o hiato:
“Esta viagem está me desgastando sabia? Não vejo a hora de voltarmos
para casa”.
O silêncio permaneceu um instante, cheguei a pensar que ele houvesse
adormecido, mas então retrucou:
“Retornar? Mas tão cedo? O que houve? Não está gostando da fazenda?”
Fiz silêncio. As gotinhas varrendo a lona ao lado de fora.
“Não é isso” — eu sorri, ajeitando-me melhor — “É só que, distante de
casa, meio que sinto-me privado de algumas coisas”.
“Ora. Se estiver precisando de algo, posso pedir para que providenciem.
Todos os dias algum funcionário sobe à vila”.
“Bem, este tipo de coisa não depende de funcionários. Na realidade,
depende de privacidade e da minha esposa”.
Ele nada falou, ficou em silêncio, mas umedecendo os lábios decidi por
provocar.
“Estou falando de...” — me virei em sua direção, ajeitando meu
travesseiro sob a cabeça — “Bem... estou falando de trepar”.
“Trepar?” — ele fez um momento de silêncio e então deu uma gargalhada.
Por um momento temi que alguém o pudesse ter ouvido. Meu coração
acelerou, mas ele reduziu o tom da voz. — “Ora garoto. Se está achando ruim
ficar sem foder por algumas semanas, imagina se fosse viúvo há dez anos”.
“Espera aí” — eu exclamei, sentando-me a ajeitar o cobertor. Meu corpo
estava quentinho — “Quer dizer que o senhor não trepa desde a morte da sua
esposa?”.
“A fazenda consome meus dias, e, eu não gosto de sair durante a noite”.
Ele explicou sentando-se a meu exemplo. Nada era visível, mas eu sabia
que ajeitava os cobertores devido o zunido dos colchonetes. Mantinha-se na
outra lateral da barraca.
“Isso é uma pena seu Ricardo. O senhor é um homem de porte
chamativo, conseguiria satisfazer qualquer mulher”.
Ele sorriu pela gentileza, então umedeceu os lábios.
“Ah rapaz. Hoje em dia a maioria só se interessa por homens mais novos,
e bem, eu não as culpo. Depois dessa geração de sertanejos gostosões que
aparecem na televisão, quem não gostaria, não é mesmo?”.
Esbocei um sorriso divertido, sentindo-me de forma indireta elogiado.
Embora seu Ricardo fosse um homem enxuto, não era sarado como eu.
Assim, ainda dominado pelo fetiche, ajeitei-me discretamente, e fiquei fitando
a região onde estava, ouvindo a chuva e planejando o que faria. Umedeci os
lábios.
“Ora, neste mundo há gosto para tudo seu Ricardo. O senhor nunca
ouviu dizer que panela velha é que faz comida boa?” — brinquei e ele deu um
novo sorriso animado. A chuva agora estava engrossando outra vez, e encobria
nosso diálogo.
“Olha lá como diz moleque. Falando assim, até acredito que esteja
confessando suas próprias curiosidades”.
“E seria um erro ser curioso?” — questionei, o pau latejando contra o
cobertor — “Sei lá, ouço isto desde sempre e, nunca fodi uma mulher mais
velha, então...”
“Então?”.
“Então acho que vou continuar curioso, não?”
Houve um momento de silêncio, eu já não estava me aguentando, e
ouvindo-o umedecer os lábios, fui respondido por uma nova exclamação:
“Nada o impede de ter suas experiências. Está casado, não morto”.
Eu sorri.
“Ora, então o senhor está me dando aval para trair sua filha? É isso?”
Peguei o velho no pulo, mas para sua sorte o escuro nos envolvia. Ele não
soube o que responder. Houve silêncio, e agora, eu podia ouvi-lo respirar
baixinho. Tinha certeza que estava excitado a meu exemplo, e ficando de
joelho, ele sentiu quando me aproximei de seu colchonete, e sem pensar duas
vezes, toquei sua coxa. Meu sogro segurou minha mão:
“Willian? O que você está fazendo?”
Procurei seu ouvido, sussurrando baixinho.
“Vamos lá sogrão. Não quer saber como é?”
“Como é?” — ele engoliu em seco — “Como é o que?”.
Olhei para a entrada da barraca, e então tornei a ele:
“Ora. Foder com alguém mais novo. Dar o cu... chupar uma rola”.
Ele gaguejou:
“William... Você... Você está ficando maluco?”
De surpresa apalpei a ereção entre suas pernas, e ele se assustou.
“Pelo visto o senhor também está. Estou mentindo?”.

Meu sogro fez silêncio, e hesitante, eu me ergui à sua frente. Enquanto me


ajeitava — a barraca era baixa, e tive que ficar meio curvado próximo à sua
face — ele foi livrando-se dos cobertores, até tatear minha virilha e encontrar
meu pau. Eu revirei os olhos quando me colocou na boca, e volteando-o com
a língua, começou a chupar como um bezerrinho. Seu Ricardo estava aflito
para saber o gosto de uma pica, por isso deixei que mamasse, deslizando as
mãos por meus pentelhos aparados, e massageando minha bunda. Ele
degustou a extensão com curiosidade, engolindo até onde conseguia,
molhando-a completamente de saliva. Ele lambia a cabeça, depois batia uma
punheta, colocava meus ovos na boca, e ficava brincando de chupá-los. Ele
mamava aflito, sugava e fodia com os lábios, como se quisesse me leitar.
Foi então que me inclinei ao seu ouvido:
“Sabe aquela história de panela velha?” — ele gesticulou positivamente sem
afastar os lábios — “Quero saber se é verdade”.
Seu Ricardo então deu de costas. Ele se ajeitou no colchonete, empinando
para mim, e respirando ofegante, eu me posicionei roçando minha vara em seu
orifício, vendo-o abrir a divisão. Seu Ricardo estava de quatro, seu orifício
piscava louco por uma vara, e eu me aproximei cuspindo nele para lubrificar.
Suas pregas estavam vacilantes, reagindo à massagem dos meus dedos, até que
ofegante, ele sussurrou.
“Vamos lá garotão. Espero que goste de um cu fechadinho”.
Eu sorri. Ele não perdia o bom humor nem na hora da foda.
“Não se preocupe sogrão, prometo foder sem machucar”.
Ele gesticulou com a cabeça, e então me sentiu posicionar o membro. A
bunda dele estava molhada de saliva, e meu pau escorria pré-gozo.
Umedecendo-o também com o líquido gelatinoso, comecei a encaixar.
“Ai, devagar, eu sou novo nisso”.
Eu sorri.
“Nunca deu o cu antes?”
“Claro que não” — ele cerrou os dentes, e eu senti as pregas abrindo,
permitindo a passagem lenta da cabeça. Acariciei-o ao redor do orifício,
sentindo a sensibilidade, e conforme ia relaxando, a extensão ia entrando.
Então umedeci os lábios.
“Agora relaxa. O senhor vai ver, é como tomar injeção, você se acostuma”.
Aquele rabo quente começava a engolir minha vara, e cerrando os dentes,
meu sogro sentia cada prega comprimindo-a freneticamente. Ele estava
gemendo muito devido o ardor, e preocupado com que alguém pudesse nos
ouvir, tateei o escuro, e puxei um travesseiro.
“Aqui. Morde isso”.
Foi então que senti suas mãos procurando as laterais da bunda, ele estava
trêmulo, e deixando-a bem arregaçada passou a empurrar contra mim. Quando
compreendi o que fazia, apoiei-me em suas costas e forcei o quadril para
frente, seu Ricardo deslizou deliciosamente e eu ofeguei.
“Que cuzão fundo”.
“Essa rola que é gostosa”.

Eu estava extasiado, e seu Ricardo gemia mordendo o travesseiro, excitado


por ter o genro indo e vindo dentro de si. Embora nunca tenha falado, eu
sabia que fantasiava dar para mim desde que eu era um moleque e ele me via
pelado tomando banho no rio. Ele sempre fantasiara ser invadido por um dos
peões, e segurando-o por dentro dos quadris, continuei a estocar.
Ann... Ann... Ann...
Aquele seria um passeio do qual eu não me esqueceria. Ali, no escuro da
barraca de camping, o rabo do meu sogro chorava na minha pica, consonante
à chuva e ao som da cachoeira.
Ele mordia o travesseiro toda vez que eu metia, tendo sua primeira
experiência sexual com outro homem, e eu mordiscava meus lábios
entorpecido pela primeira relação com alguém mais velho.
Ohww... Ohww... Ohww...
Cada prega parecia latejar querendo mais e mais rola, e quando dei por
mim, já estava estocando com tanta vontade, que meu sogro perdia as forças
mantendo o rosto enfiado no travesseiro. Eu tive que apoiá-lo para ficar na
posição de dar, e sem parar, continuei a me saciar.
Toma... Toma... Toma...
A pressão de entra e sai em sua bunda era deliciosa, certamente o orifício
do meu sogro estava alargadinho, e eu só queria meter mais e mais fundo
naquele rabão. Eu sabia que seu Ricardo estava gostando, pois não pedia para
parar, pelo contrário, amassava os lençóis, ofegando extasiado.
Era isso que o senhor queria? Dar o cu? Então toma safado... Toma...
Sentindo o latejar, eu comecei a meter com mais força, esfregando-o
contra minha ereção. Seu Ricardo gemia de prazer, e eu apertava sua bunda,
sem parar de penetrar. Imobilizando-o para que não desencaixasse, percebi
quando começou a gemer mais intensamente, e num jato ele esguichou no
lençol. Eu sorri.
“Seu Ricardo, eu vou gozar”.
Ele ofegou, apenas gesticulando com a cabeça.
Então eu perdi o controle e comecei a jorrar dentro dele. Era tanta porra
que eu me perguntava se não ia parar de sair, e deslizando os dedos pela
conexão, senti o caldo escorrendo por suas pernas. Meu sogro estava todo
inchado, e quando cansei tombando de lado, ficamos os dois a sorrir
despreocupadamente, ouvindo a chuva na lona, até que o cansaço nos pegou,
e adormecemos.

Na manhã seguinte acordei cedo com o barulho das crianças no gramado.


Virando-me, procurei meu sogro, mas ele já não estava ali. Buscando me
higienizar com a toalha umedecida, vesti uma cueca limpa, short, regata e só
então saí. Foi aí que eu o vi no carro, ajudando Cristina a guardar as coisas. Eu
me aproximei, tentando agir naturalmente.
“O que há? Isto tudo é pressa para irmos embora?”
Cris virou-se para mim, e eu observei a feição do pai por cima do capô.
Ele estava sorridente.
“William? Pensei que dormiria a manhã toda”.
Fixei sua feição animada por um instante, nossos olhares eram de
confidência, e sob o clarão do sol, até parecia que meu sogro estava com a pele
mais viçosa.
“Temos que partir seu Ricardo, segunda-feira tenho trabalho cedo” —
olhei para as crianças que recolhiam os brinquedos, e recepcionei Cristina que
me dera um beijo.
De longe meu sogro ficou observando-nos trocar carícias, e ajeitando as
últimas malas, aproximou-se apenas para me pedir que desmontasse as
barracas. Segundo ele, escorregara em uma pedra quando tomava banho noite
passada, e por isso, não estava em condições de fazer muito esforço.

PARTE EXTRA

Os dias passaram, minha família estava há ao menos duas semanas na


fazenda do meu sogro, e mesmo sabendo que eu tinha que trabalhar, todos
queriam que eu ficasse um pouco mais. O problema, no entanto, é que eu
tinha prazos a cumprir, mas a birra das crianças foi tamanha, que por fim cedi,
remarcando minhas reuniões. Então ficamos por ali mais uma semana, e foi
neste acréscimo que a tensão sexual entre eu e meu sogro apenas aumentou.
Nossa rotina era descer para a piscina logo cedo, e lá ficávamos até o fim
da tarde, saindo apenas para almoçar e então voltar. Como as férias para minha
esposa significavam descanso, cabia a mim e ao seu Ricardo cuidar da
molecada, assim, imersos na água a maior parte do tempo, ficávamos a
conversar enquanto eles brincavam. Seu Ricardo falava-me sobre as criações,
sobre os peões e a fazenda, explicava-me coisas sobre o passado, e eu apenas
ouvia, vez por outra fazendo alguma observação. Meu sogro herdara aquela
fazenda dos pais, e agora eu compreendia porque lembrava-me dele desde
sempre, visitando nossa chácara. Conversávamos bastante, com liberdade, e
estávamos tão à vontade que o ocorrido na barraca parecia ter sido apenas um
devaneio, embora eu soubesse que ele não se esqueceria. Prova disto é que vez
por outra eu o pegava com seus olhares fixos em meu corpo, principalmente
quando eu estava apenas de sunga, caminhando pelo casarão.
Então a semana foi passando, e finalmente outro sábado chegou. O dia
estava abafado, e como costumeiro descemos para a piscina. Os garotos
estavam conosco todo o tempo, e Cristina não viera, pois amanhecera
indisposta. Tomávamos sol quando Gabriel, o meu filho mais velho,
aproximou-se correndo e chamou-nos para brincar de esconde-esconde. Eu
troquei olhares com meu sogro e ele sorriu. Já estávamos fora da água há
alguns minutos, e diante da insistência dos outros três, tivemos que ceder.
Então, num joguinho de sorte, meu filho mais novo foi quem acabou sorteado
para ir até à árvore distante, e lá contar até dez, enquanto os demais se
escondiam. Quando ele começou, eu passeei os olhos pelas extremidades do
largo terreno, e observando os pequenos se escondendo dentro de barris e
entre as folhagens, vi ao longe a entrada do vestiário, para onde corri e entrei.
Eu estava fechando a porta quando vi a silhueta se aproximando, e quando
meu sogro tocou a porta, eu abri deixando-o entrar. Ficamos sozinhos,
parados lado a lado.
“Eita seu Ricardo, não encontrou um lugar a tempo?”
Ele sorriu, fitando-me um momento enquanto eu recostava a porta.
“Eu não sou bom em esconderijos. Estou incomodando?”
Eu meneei a cabeça com um sorriso, era claro que não estava. Sabia que
para ele, assim como para mim, ter que brincar com as crianças era cansativo.
Sorrindo, ele respirou fundo e curvou-se antes a reentrância da porta.
Agora ao longe podíamos ver o menor encerrando a contagem, virando-
se para procurar os irmãos. Estávamos lado a lado, e enquanto eu observava,
assustei-me quando meu sogro chegou para mais perto, roçando a mão na
reentrância da minha bermuda. Me virei instantaneamente a fixá-lo, e
engolindo em seco, gaguejei:
“Seu Ricardo? O que está fazendo?”.
Confesso que no início achei que meu sogro me seguira apenas pelo jogo,
mas só então fui notando que ele queria algo mais. Sentindo-me sem jeito com
seus dedos tentando abrir o velcro, olhei para fora outra vez, e conferi a
correria. Meu sogro conseguira rompê-lo, e agora forçava o elástico da minha
sunga. Virando-me, engoli em seco com sua ousadia.
“Seu Ricardo, é melhor não” — imobilizei sua mão, fitando-o um momento.
Em seguida expliquei: —“Os meninos estão por perto, não tem medo de nos
flagrarem?”.
Percebi que ele ficou na dúvida, e afastando a mão, voltou a observar o
jardim. Nada murmurou, e seu silêncio me constrangeu, foi quando engoli em
seco, conferindo lá fora: “Quer saber? Pega rapidinho”.
Conferi o terreno uma segunda vez, e certo de que os garotos estavam
longe, fechei a porta e desfiz o laço da bermuda. Posicionando-me frente a ele,
deixei que abaixasse a peça e o vi se inclinar, aproximando os lábios. Puts,
como era gostoso sentir a sucção sedenta do meu sogro. Ele chupava como se
estivesse faminto, fazia pressões ao redor da extensão, e eu sentia-me latejar
um tanto nervoso. Foi aí que ele se ergueu, respirando ofegante, e eu o vi dar
de costas.
“Vem William. Fode minha bunda”.
“O quê? Aqui?” — Senti-me estremecer. Ele só podia estar brincando
—“Seu Ricardo, alguém pode chegar”.
Ele respirou fundo olhando para trás, e abrindo uma brechinha na porta,
espionei o jardim. Dois dos menores estavam na árvore, e os outros dois ainda
não haviam aparecido, foi então que voltei a recostá-la, tornando a tirar o pau
da sunga.
“Tudo bem, se apoia na parede”.
Ele colocou as mãos na cerâmica e empinou o rabo. Trêmulo, eu abaixei
sua bermuda e me aproximei abrindo a divisão. Já estava passando saliva
quando ouvi a voz de Cristina chamando na área distante, parei assustado, e
com ele a virar-se, começamos a nos vestir rapidamente. Eu subi minha
bermuda e respirei fundo para meu pau amolecer, e com um novo exclamar de
Cristina perguntando por mim, observei meu sogro chegar para mais junto,
tocando meu ombro.
“Vamos dizer a verdade, que estamos escondidos por causa da brincadeira” — ele
engoliu em seco e então sorriu, tornando a dar uma apalpada — “Me encontra
hoje à noite no estábulo, tudo bem? Vamos terminar isso aqui”.
“Hoje à noite? O senhor perdeu o juízo? A Cris... pode estranhar”.
“Ela não vai William. Confia em mim, é só dar uma desculpa”.

Minha mente estava confusa, será que eu estava com tanta necessidade de
comê-lo novamente? Aquela noite na barraca tudo fora motivado pelo fetiche,
mas, e agora? Se eu ficasse dando ousadia, seu Ricardo iria querer me satisfazer
cada vez mais?
Eu estava afastado deles, observando-os de longe enquanto sorriam
conversando debaixo da árvore. O almoço havia ficado para trás, e trazendo
uma latinha de cerveja aos lábios, mantinha-me silencioso na rede, buscando
colocar os pensamentos no lugar, refletindo sobre o que acontecera mais cedo
no banheiro. A atração no meu sogro me deixava confuso, a recordação de sua
bunda engolindo meu pau com tanta vontade me fazia endurecer. Eu ainda
sentia a sensação de nós dois gemendo no espaço apertado.
Enquanto tentava me recompor, Cristina chegou, sentando-se a me fazer
companhia. Conversar com minha mulher ajudara a fazer o tempo passar, mas
sempre que meu olhar se fixava novamente em meu sogro, uma multidão de
pensamentos me invadia.

***
A tarde se foi, e todos foram banhar. Jantamos juntos, ficamos um tempo
na sala, e conforme as crianças adormeceram, eu ajudei Cristina a levá-las para
o quarto no andar superior. Só então, quando a casa enfim ficou em sossego,
eu vesti uma camiseta vendo-a ajeitar nossa cama. Ela exclamou:
“O que houve? Não vai se deitar?”.
Olhando para além da janela, fixei a escuridão. Então umedeci os lábios.
“Eu estou sem sono amor, acho que o jantar pesou. Pretendo dar uma
volta no jardim, quer vir?”.
“Você sem sono William? Quer algo para tomar?” — ela brincou
subindo para o colchão, e eu a vi se embrulhara, então sorri.
“Ora, acontece. Mas você pode ficar aqui em cima, eu volto daqui a
pouco”.
“Só não faça barulho. Provavelmente já estarei dormindo”.
Deixei o casarão recostando a porta, e sentindo o frio daquela região, eu
cruzei a fazenda, descendo em direção aos estábulos. Era uma região escura,
mas eu a conhecia bem. Estava com o coração acelerado e olhava para trás
preocupado de estar sendo seguido, mas quando cheguei ao cercado, seu
Ricardo assoviou chamando minha atenção, ele já me esperava.
“Pensei que não viria mais” — ele sorriu.
“Cris demorou a deitar”
“Mas e as crianças? Todas já adormeceram?”
“Sim. Apenas Cristina está acordada, mas está no quarto”.
“Ótimo...” — ele umedeceu os lábios, fitando os arredores — “Vamos
entrar lá, vai ser rápido” — retrucou indicando a região, e eu ajeitei minha
calça, acompanhando-o para dentro.

Seu Ricardo me conduziu para um quartinho que havia aos fundos do


estábulo. Ele seguia à frente, e eu percebia seu nervosismo. Quando entramos,
ele conferiu os arredores, e recostando a porta, me fez aproximar. Estava
escuro, e sentando-se em um caixote, puxou-me pelo cinto para mais próximo.
Ansioso eu cheguei junto, ele começou a desatar a fivela, e eu ergui a
camisa até o pescoço, deixando o umbigo de fora. Estava uma noite fresca, eu
não sabia o que fazer, então apenas o deixei explorar. Seu Ricardo desatou a
presilha, em seguida o botão e abriu o zíper, então abaixou a peça e puxou
minha cueca, colocando a silhueta para fora. Eu ofeguei.
“Que delícia de ereção”
Meu pau ficou ao relento. Estava latejando como mais cedo no banheiro.
Conferindo a entrada, eu tornei a virar-me para ele, então a chacoalhei no
ar.
“Vamos lá. Começa logo”.
Ele sorriu e inclinou-se me abocanhando. Devo confessar que dar de
mamar para o meu sogro era gostoso, pois ele sabia como chupar. Ele
massageava minha bunda enquanto mamava, e eu podia sentir seus lábios indo
e vindo pela extensão. Ele sugava como se fosse uma banana, abocanhava até
onde conseguia e vinha chupando até a cabeça. Eu ofeguei.
“Você gosta disto, não é safado?”
Ele sorriu, limpando os lábios, a me punhetar. Eu completei:
“É o que sua filha leva todas as noites, seu sem vergonha”.
Ele se engasgou enquanto chupava e tirou da boca para sorrir. Eu
mordisquei os lábios.
“É bom saber que minha filha está bem servida”
“Então aproveita. Porque não é sempre que abro exceções”.
Seu Ricardo meneou a cabeça e voltou a chupar. Ele ouvia o vento lá fora,
e a noite estava fresca, então passou a apenas lamber a parte superior, em
seguida se ergueu.
“O que houve?” — exclamei, com ele a afastar o caixote.
“Vem... come meu cu” — pediu procurando um local, e eu sentia frio na
espinha.
“Mas aqui mesmo?”
“Sim” — ele voltou a me encarar. Então vi que iria abaixar a calça. O
interrompi.
“Não, espere. Então vamos pegar algo para forrar o chão”.
“Forrar?” — pensou um momento — “Tudo bem. Tem uma lona lá
fora”.

Passaram-se alguns segundos e ele retornou com o objeto. Massageando


meu pau, eu o segui até um canto escuro, e quando ele forrou as extremidades,
pedi que tirasse o resto da calça e as botas, então ficasse de quatro. Ajoelhamos
juntos no chão batido, e o percebi empinar, ajeitando-se à minha ereção.
Cuspindo na mão, passei a lubrificá-lo, enquanto olhava para a porta.
Confiante de que ninguém chegaria, terminei de tirar minha calça, e fiquei só
de camiseta. Então murmurei:
“Viciou na pica do genro né?”
Ele sorriu e eu encaixei em sua bunda. Eu estava muito excitado com a
situação, e como seu Ricardo retribuía, umedeci os lábios e passei a prepará-lo.
Eu estava adorando tudo aquilo, roçar a cabeça inchada em seu orifício,
sentindo aquela curva grandona, então, me reposicionei.
“Vai arder”.
O orifício do meu sogro estava com o formato do meu pau, e sentindo-o
piscar ao contato com meu cacete, comecei a empurrar. Eu esticava suas
laterais e também seu orifício, ouvindo-o gemer, Então resolvi quebrar o
silêncio:
“Que delícia de entradinha em?”.
Meu sogro pareceu gostar do elogio, pois ajeitando-se melhor, começou a
empurrar a bunda contra minha virilha, e assim como na barraca, eu retribui
empurrando meu cacete contra seu canal. Senti quando deslizou
completamente, e ele ofegou cerrando os dentes.
“Filho da puta”.
“O que foi?” — sorri — “Já esqueceu como é ser menininha?”.
Brinquei olhando rapidamente para a porta, então tornei a ele, dando um
tapa em sua bundona.
“Vou tentar ir devagar desta vez” — massageei pressionando com força —
“Mas não prometo nada”.
Prendi minha camiseta da melhor forma possível sob o queixo, e
ajeitando-me, comecei a brincar. Fiz pressão puxando seu quadril a fim de
acomodá-lo, e ouvindo-o cerrar os dentes, comecei a bombar.
Céus, que delícia. Eu fiquei ali, indo e vindo naquele orifício apertado,
ouvindo-o ofegar. Umedeci os lábios, puxando-o um pouco mais para minhas
coxas, sentindo meu sogro rebolar em minha ereção. Ele gemia e ofegava, e eu
sentia-me satisfeito por estar trocando o óleo dele. Em retribuição meu sogro
pressionava o orifício ao redor do membro, e eu acariciava sua vara, sentindo
seu pré-gozo umedecendo meus dedos. Ele chegava a se esticar na lona
quando eu enfiava com gosto, então retruquei:
“Diz a verdade sogro, você sempre quis me dar a bunda né?”
Ele não conseguia falar, e eu engoli em seco movendo-me mais devagar.
O pau do meu sogro balançava molhado, e o meu escorria em seu interior,
latejando louco para gozar.
“Você reparou foi?”
“Claro que reparei. Sempre que eu estava desatento você ficava a me comer com os
olhos”.
“Desculpa, eu não conseguia controlar” — ele sorriu — “Sempre fui tarado em ver
você só de sunga”.
“Eu entendo seu safado. Espero que esteja com a curiosidade sanada”.
Fizemos silêncio e eu voltei a fincar com mais vontade naquele rabão.
Meu sogro gemia se punhetando e lá fora os grilos cantavam. Se eu não queria
correr o risco da minha esposa desconfiar da demora, precisava gozar logo,
assim, fiz silêncio e apenas aproveitei daquele cuzão necessitado.
Meu sogro gaguejou:
“Puta que pariu William. Sua rola está me rasgando cara”.
“Você que é apertadinho sogro” — dei-lhe um tapa — “E isto é um elogio”.
Eu sorri movendo-me sem parar. Tirei a camiseta e joguei de lado, então
apenas o ruído dos nossos corpos rompia o escuro. Eu fitei o céu por uma
fresta que havia no telhado e as estrelas brilhavam intensamente, já aqui
embaixo, o cu do meu sogro piscava como elas. Segurei suas coxas e o puxei
um pouco mais para mim, coloquei mais pressão curvando-me sobre seu
corpo, e agora, ouvindo-o gemer sem conseguir controlar, mordi os lábios e
jorrei um jato delicioso em seu interior. Que delícia poder estocá-lo.
Quando terminamos, ele se levantou, subindo a calça enquanto eu me
ajeitava. Agora, bastante suados, eu e meu sogro caminhamos de volta ao
casarão, mas antes de subirmos, tomei um banho. Não queria que Cristina
reparasse o cheiro dos hormônios e fizesse perguntas. A última coisa que
precisava naquele passeio, era que ela descobrisse nossa safadeza.
A P Wilson
O guarda-costas
PARTE UM

Este trabalho de guarda-costas é um presente. Sempre que chegam as


férias de fim de ano, acabo por ser incluso nas programações dos meus
patrões, e foi desta forma que outra vez eu os acompanhei em uma de suas
viagens ao resort mais caro do estado. Bem, Doutor Roberto é um empresário
enxuto com seus quarenta anos. Por ser um homem importante, não abre mão
da companhia de um segurança, esteja onde estiver. Naquela manhã estávamos
os três na piscina, eu, ele e a esposa, quando reparei que estavam bebendo
além do limite. Se havia algo complicado ali, era quando os dois ficavam
bêbados, pois sempre dava briga, sobrando para eu separar a discussão. Acho
que até por isso Doutor Roberto me fazia estar junto a eles o tempo todo, a
paisana, como se fosse um parente, a fim de não incomodar os demais
endinheirados que frequentavam o lugar.
Já no início da noite, quando recolhíamos as coisas para retornarmos aos
apartamentos, percebi que haviam começado a dialogar irritados. Sempre que
bebiam, a esposa agia de forma ciumenta, por isso precisei mediar a situação.
— Dona Lídia, o que houve?
— Seu patrão, outra vez dando em cima de vagabundas — ela explicou
trocando as palavras. Era uma mulher mais jovem que ele.
— Já disse que isto é paranoia desta arrogante — Doutor Roberto
respondeu irritadiço, também estava alterado pela bebida — Você sabe como a
Lídia é. Bebe e fica maluca.
— Ora, muita bebedeira sempre causa estas coisas. Por este motivo eu a
evito — reprovei os dois, meneando a cabeça, ciente de que no dia seguinte
sequer se recordariam da conversa. Então vi dona Lídia dar meia volta, e
puxando a bolsa com violência, dizer que seguiria para o bar. Doutor Roberto
não fez por menos, vestiu a bermuda, e tropeçando, a acompanhou.

Quando notei estar ficar tarde e começando a fazer frio, ergui os olhos do
celular e fitei as cadeiras afastadas. Eles estiveram no estabelecimento por um
bom tempo, por isso precisei ficar a distância fiscalizando o movimento.
Com o avançar das horas, enfim os vi caminhando em minha direção,
Dona Lídia estava irritada, e passando por mim sem dar satisfações, fez meu
patrão parar bufando. Eu umedeci os lábios.
— Doutor Roberto? O que houve? Não conseguiram fazer as pazes?
— Lídia está irredutível — ele disse vendo-a sumir rumo ao prédio, estava
visivelmente entorpecido — Por mais que conversamos, permanece irritada
com a garçonete. Eu disse que a garota só estava sendo gentil, mas ela está
uma fera. Disse que não vamos dormir no mesmo quarto — meneou a cabeça
e encarou-me um instante, deixando-me vê-lo respirar fundo enquanto se
sentava na cadeira ao lado.
— Bem, se bem conheço a patroa, o senhor realmente não entra na suíte
esta noite — Comentei com um sorriso, colocando meu celular no bolso —
Quer que eu fale com ela?
— Não — Doutor Roberto levantou-se apoiando uma latinha de cerveja
na mesa, então colocou as mãos na cintura — Se ela não quer minha
companhia, eu também não quero a dela. Mas agora preciso de um banho,
estou grudando de suor.
— Um banho? Essa é uma boa ideia. O senhor deseja que eu veja com a
gerência se há algum quarto extra?
— Quarto extra? Para quê? Você não foi hospedado em uma suíte?
— Bem, sim. Mas é um quarto mais simples, para funcionários, e o
senhor...
— Então está perfeito — ele retrucou interrompendo minha fala,
tomando o último gole e batendo a mão em meu ombro — Se a ducha estiver
funcionando já é um bom lugar. Creio que Lídia se acalme quando a
embriaguez passar.
Eu pensei um momento, e sem alternativas retruquei:
— Bom, se o senhor insiste — disse ajudando-o a se apoiar em meus
ombros, o homem chegava a trocar os passos — Ele fica no segundo andar.
Eu o ajudo.

Subimos lado a lado, ele de short curto e eu de bermudão e regata. Já no


ambiente, o ajudei a entrar no banheiro, recostei a porta, e deixando-o no
chuveiro, saí para buscar uma toalha. Quando voltei, deparei-me com Doutor
Roberto nu a ensaboar entre as pernas, e ao me perceber, ele se virou e
esboçou um sorriso. Fiquei constrangido ao vê-lo afastar a mão das bolas.
— E você Romário? Não vai se lavar? O dia foi cansativo.
— Vou sim, estou esperando o senhor terminar — eu disse colocando a
toalha sobre o mármore.
— Que nada rapaz. O quarto é seu, eu que estou de invasor. Entra aqui,
tem espaço para os dois.
— Dividir a ducha?
— E qual o problema? Está com vergonha?
Eu não soube como reagir. Geralmente aquilo não acontecia, mas
percebendo que ele trocava os passos e podia muito bem cair e dar mais
trabalho, terminei por entrar como se fosse completamente natural. Então ele
resmungou:
— E essa sunga?
— O que tem ela?
— Não vai tirá-la?
Fiquei sem jeito enquanto ele ensaboava o peitoral e sorria. Pensei em dar
uma desculpa, mas acabei por ceder e deslizei a peça jogando-a no canto do
box.
Agora esfregamos os cabelos, os ombros e o peitoral enquanto
dialogávamos sorridentes. Falávamos sobre dona Lídia, sobre como ela era
ciumenta, e então desligamos a ducha saindo para o quarto.
Enquanto eu caminhava até a cômoda, surpreendi-me ao observá-lo
deitando-se em minha cama. Eu o fitava pelo espelho, então arqueei a
sobrancelha.
— Bom Doutor Roberto, acho que precisamos ver um quarto para o
senhor, não? Como estamos em meio de semana o gerente deve ter alguma
suíte vaga.
— Quarto para mim? Mas para quê? Essa cama cabe os dois.
— O senhor está propondo dormir comigo? — virei-me surpreso,
vestindo uma cueca boxer branca — Não acha desconfortável? — resolvi
melhorar meu tom — A cama não é tão macia, é cama para funcionários,
diferente das quais o senhor está acostumado.
— E qual o problema disto? É só até Lídia se acalmar, pela manhã volto
para a minha.
Fitei o homem por algum tempo, mas estava tão bêbado que não sabia o
que falava. Terminei observando-o ajeitar-se de mau jeito, e meneando a
cabeça, aproximei-me a ajudá-lo com os lençóis.
Então a madrugada caiu, o quarto estava mergulhado no breu e eu não
conseguia pegar no sono. Deitados lado a lado, meus pensamentos vagavam
distantes, lembrando-me da cidade, e das contas a pagar. Eu estava quase
adormecendo quando senti um movimento às costas — estava deitado de lado
—, e abrindo os olhos, percebi Doutor Roberto chegar para mais junto. Era
normal, ele se mexia bastante, mas estranhei porque senti que sua mão roçara
minha cintura. Ele a repousou ali um instante, sobre o elástico da cueca, então
o senti deslizá-la mais para baixo, acariciando meu baixo ventre. Com o
coração disparado, mil e uma ideias passavam por meus pensamentos. Eu não
conseguia pensar em nada, a não ser no fato de que ele estava me confundindo
com a esposa, e tentando recordá-lo de onde estava, tentei me mexer, mas
assustei-me quando sua mão deslizou um pouco mais, e repousou sobre meu
relevo.
Meu coração disparou, pude sentir a ondulação de seu anel de ouro.
Pensei em afastá-lo com cautela, mas de repente comecei a senti-lo
pressionando o corpo contra mim. A mão ficava na região entre minhas
pernas, meu pau enrijecia, e no quarto abafado comecei a senti-lo acariciando
o tecido em busca da extremidade do elástico. Vagarosamente a mão do
Doutor Roberto tentava entrar para dentro dele. Eu estava usando cueca
zorba, a extensão pulsava devido à adrenalina, e quando dei por mim ele
conseguiu ultrapassar os limites e apreciei sua pegada.
Minha nossa. Eu respirei fundo com sua mão envolvendo a curva, e com
o coração disparado, resolvi relaxar sentindo-o apertá-la e então estimular
levemente. Permaneci fingindo estar dormindo, ele respirando às minhas
costas, enquanto sentia a curva do meu pau aquecendo entre seus dedos.
Mantendo os olhos fechados, deixei-me fantasiar quanto dinheiro passava por
aquela mão diariamente, pensava na vida boa que ele levava e em como Dona
Lídia se dera bem. Sendo esposa de um dos empresários mais ricos do país, a
mulher sempre desfilava com carrões de causar inveja, e quando dei por mim
apreciando a massagem e conduzindo minha mão para junto a dele, Doutor
Roberto se aquietou.
Fiquei um momento esperando que ele continuasse. Meu pau latejava e fiz
um movimento para que ele prosseguisse, mas percebi que havia adormecido.
Infelizmente tive que ficar ali no escuro, em silêncio sentindo meu pau
amolecer, até que afastando sua mão, eu ajeitei o elástico e também adormeci.
PARTE DOIS

No dia seguinte ficamos nas piscinas. Doutor Roberto agia como se nada
houvesse acontecido, e de fato, como se lembraria se estava bêbado?
Permanecia em companhia da mulher que também parecia mais calma passada
a embriaguez, porém, foi novamente a noite cair, e a discussão recomeçou.
Eles outra vez exageraram na dose, nunca vi um casal beber tanto.
Brigaram feio no saguão do resort, e como na noite anterior, Doutor Roberto
veio ficar no meu quarto. Entrando a reclamar da esposa, percebi quando se
sentou na poltrona e pôs-se a tirar as roupas. Eu o observei ficar nu, ele pegou
uma toalha, seguiu ao banheiro e após sair foi a minha vez de ir me refrescar.
Na volta o observei já deitado. Eu novamente vestira apenas uma zorba, e
enquanto me ajeitava frente ao espelho, percebi que deu uma sacada em minha
mala, porém nada falou.
Desliguei o abajur e fiquei um silêncio, apenas ouvindo-o falar uma e
outra coisa sobre relacionamentos. Estávamos no escuro, aos poucos a
conversa mudou para os ganhos da empresa, e quando percebi, a madrugada
havia chegado.
Naquela escuridão eu fiquei acordado ouvindo-o suspirar. O quarto estava
silencioso, e Doutor Roberto ficara tão perto de mim que era impossível não
sentir o calor de sua respiração. Foi quando fiquei a pensar: o que eu ganharia
seduzindo o patrão? O homem tinha grana para comprar várias mansões, e
como todo endinheirado, visivelmente não tinha mais com o quê gastar.
Meu coração estava acelerado, e procurando coragem, resolvi tentar algo
só para tirar a prova. Era um grande risco, eu sabia, mas simplesmente meu
lado interesseiro falou mais alto.
Engolindo em seco, eu virei para seu lado e trouxe meu corpo para mais
perto, senti que ele não reagiu, então parei um momento. Fiquei assim,
recostado ao corpo dele, então pensei: será que eu deveria prosseguir?
A noite continuava silenciosa, ele dormia de barriga para cima, e como na
madrugada, foi a minha vez de conduzir a mão até seu elástico. Passeei-a pelo
tecido, sentindo seus pentelhos aparados e a espessura do volume, e após
alguns minutos acariciando, enfiei minha mão para dentro dela e o trouxe para
fora.
Estava curioso com aquilo, visualizar a grossura do pau do meu patrão.
Ele era um ricaço atraente, praticava esportes, e suas sungas estavam sempre
recheadas. Se algo rolasse entre nós dois, isso poderia me render uma boa vida.
Eu afastei os lençóis, e respirando com dificuldade, apreciei seu mastro
amolecido e decidi por colocá-lo na boca. Trêmulo e sem pudor, comecei a
mamar o homem por alguns minutos, e enquanto sugava, dei com ele a
endurecer lentamente, o que fez um sorriso emoldurar meus lábios.
O pau do Doutor Roberto estava inchando em minha boca, eu guiava
meus lábios fodendo-o com saliva, umedecendo a extensão, enquanto
desajeitado massageava suas bolas. Ele nada dizia, e após alguns minutos,
estremeci quando o senti tatear meu pescoço, e acariciando-o, o homem
demonstrou estar gostando. Guiou-me então no vai e vem, interrompendo
após alguns minutos ao dar-me dois tapinhas.
Afastei os lábios e fitei sua expressão. Não sabia o que diria, todavia ele
apenas ajeitou-se a retirar a cueca, e entendi o que significava. Enquanto
Doutor Roberto ajeitava o corpo e massageava o orifício, eu também me despi
e posicionei-me. Ele sorriu ajustando meus quadris e passando mais saliva no
canal, o apreciei posicionando minha ereção.
Agora Doutor Roberto me deslizava em sua entrada. Para minha surpresa,
ele já era alargado, e a cabeça da vara encaixou-se com perfeição à
circunferência arrombada. Eu podia sentir a umidade do meu pré-gozo
escorrendo pela divisão, seu orifício piscava, e tomando-o pelas coxas, comecei
a empurrar lentamente.
Doutor Roberto gemeu quando sentiu a cabeça abrindo passagem, ele me
segurava pelos quadris, guiando-me para dentro, então, projetando meu corpo
sobre o dele, fui descendo, sentindo a tora deslizar naquela cavidade quente até
tocar sua próstata.
Céus, que cu fundo. A vara do meu patrão estava dura contra minha
barriga, e a minha deslizava em seu interior. Umedecido de pré-gozo, eu pude
sentir meu membro latejando lá dentro, e sob seu acenar, fiz silêncio e comecei
a bombar.
Doutor Roberto cerrou os lábios e ficou a gemer sentindo minha vara ir e
vir em sua bunda. Eu fodia seu canal com delicadeza, trêmulo, enquanto ele
procurava uma boa posição. O homem já era acostumado a dar, sabia
exatamente como posicionar-se para facilitar o vai e vem, e ficou a apreciar
minha vara, ouvindo a cama gemer, até que revirando os olhos, ele gozou.
PARTE TRÊS

No dia seguinte nada falamos. Ficamos os três na piscina bastante a


vontade, ouvindo conversas dos demais frequentadores, e vez por outra eu e
ele trocávamos olhares confidentes. Dona Lídia não o deixava um só minuto, e
agora eu via que tinha motivos.
Meus hormônios estavam em ebulição, e eu só conseguia pensar no
quanto aquilo poderia me render. Precisava ficar o tempo todo dentro d’água
para evitar endurecer, e quando dei por mim, a patroa estava deixando a
piscina.
— Roberto, podíamos ir tomar banho, temos que arrumar as coisas antes
do jantar — sugeriu olhando para mim.
— Agora? É melhor esperar para mais tarde. Deixar a noite cair direito.
— É, Dona Lídia. Sei que é o último dia, mas vocês podiam aproveitar um
pouco mais.
Ela olhou ao redor, o resort estava movimentado.
— Bem, se vocês desejam ficar um pouco mais, eu vou indo na frente,
minha mala está uma bagunça — então completou — Vejo você no quarto?
— Já já eu vou. Deixe apenas a noite cair — Doutor Roberto olhou para
mim.
Então, quando vimos a patroa já distante, volteando alguns canteiros
frente à porta do prédio, ele fixou meu olhar e chegou para mais perto,
apontando as duchas para lá de alguns arbustos.
— Está vendo a portinha lateral? — indicou com a cabeça — Espero
você lá.

Ele seguiu para o banheiro, e eu o acompanhei minutos depois.


Aproximando-me da porta, parei frente a ela um instante, e após conferir os
arredores, dei duas batidinhas.
— Doutor Roberto?! O senhor está aí?
— Romário?
Eu sorri ouvindo a água do chuveiro, e então o ruído da porta. Ele
colocou a cabeça para fora.
— O que o senhor queria? Não compreendi.
Ele nada falou, olhou para os dois lados, então me puxou para dentro.
Sem palavras, meu coração acelerou ao ver aquele ricaço desnudo, e como era
de se esperar, estava superduro. Ele punhetou o volume indicando-me a ducha,
e com um sorriso faceiro, tirei minha sunga e segui para lá.

Seu Roberto ajoelhou-se sem que eu pedisse. À minha frente, aproximou


os lábios e passou a mamar minha pica enquanto eu sentia a água cair
ininterrupta sobre nossos corpos. Ele tinha um das mãos apoiada na cerâmica,
e com a outra guiava a envergadura. Entre ele e a parede, eu estava imóvel,
sentindo sua boca ir e vir, sentindo meu pré-gozo misturar-se com saliva
conforme deslizava a língua. Após alguns minutos deixando-o mamar, o vi se
erguer e dar de costas. Ele observou-me enquanto eu punhetava.
— O que houve?
— Você é uma delícia, sabia? Vem, mete.
— Você gosta, né? — sorri, passeando o dedo pela entrada — Se
soubesse que curtia, já estaria traçando sua bunda há meses.
— Eu curto algumas coisas proibidas vez por outra — ele respondeu
abrindo caminho com um pé apoiado sobre o sanitário — Temos que ser
rápidos antes que alguém perceba.
— Podíamos ir para o meu quarto.
— Lídia nos atrapalharia.
— Então relaxa. Aqui tá bom.
Doutor Roberto então aproximou a bunda, e roçando minha rola nela, eu
o ajeitei. Ele desabrochava com facilidade, e com meu membro rompendo sua
musculatura, o vi empinar um pouco mais, e senti-me encaixar.
Doutor Roberto ofegou com a sensação da tora entrando, e eu latejei
acolhendo seu orifício. Ele deslizava por minha vara, deixando-a molhada, e
quando chegou ao limite eu ofeguei.
— O senhor é acostumado com isso, não é?
— Vez por outra contrato garotos de programa — Ele ofegou — Mas
nenhum tem um pau tão gostoso como o seu.
— Eu não sou garoto de programa, mas a gente podia fazer alguns
negócios. Se o senhor tiver interesse.
— Primeiro goza no meu rabo rapaz. Prometo pensar na proposta, se
você for bom como ontem à noite.
— Ótimo seu puto. Então relaxa.
Oh...
Oh...
Oh...
Procurando controlar o ofegar, eu o estocava contra a parede. Nossos
corpos contrastavam sob a ducha, a bunda dele era grande, e ele deslizava as
mãos pelas cerâmicas, enquanto rebolava em minha ereção. Eu o deixei
aproveitar dela um longo tempo, apenas mantendo silêncio, apreciando seu
rabo indo e vindo. Ele gemia apertando os mamilos, ficou deslizando com
vontade, até que ofeguei ao seu ouvido.
— Se a Dona Lídia descobrir, estamos fodidos.
— Relaxa. Ela não vai desconfiar.
— É bom mesmo.
Nossa respiração estava tensa, meu pau arregaçava a bunda dele, e ele
revirava os olhos com a sensação. Quando pensei que era o máximo que sabia
fazer, ele envolveu o meu pescoço, e com as costas deslizando em meu
peitoral, passou a quicar com mais vontade. Eu urrei com aquele cu engolindo
minha pica.
— Isso safado, isso.
Minha pica gemia em sua bunda, eu sentia seu canal engolindo com
vontade, e comecei a masturbar o pau dele. A batida lá embaixo dizia tudo, a
água do chuveiro ajudava a lubrificar, e então ele começou a ofegar mais
intensamente. Suas costas deslizavam indo e vindo em meu peitoral, eu
ofegava ao seu pescoço, e quando ele deu outra rebolada me chamando de
safado, o imprensei contra a parede e senti o jato vir, esporrando em seu rabo.
— Porra. Estou enchendo seu cuzão de leite. — disse sorridente e ele
revirou os olhos, engolindo em seco. Eu sentia os jatos expelindo.
— Isso safado, enche. Assim, assim.
Eu sorri com seu ofegar, e ele continuou movendo, trêmulo, perdendo as
forças com o cu molhado de leite.
Doutor Roberto gozou somente quando terminou de me dar prazer, eu
fiquei a observá-lo se masturbar, e depois que terminamos, voltamos para os
apartamentos e fingimos naturalidade.
Foi a partir daquele dia que deixei de ser apenas segurança e passei a ter
uma função especial em sua família, a partir daquele dia, Doutor Roberto
tornou-se meu Sugar Daddy.
A P Wilson
Beco do prazer
Há em Curitiba, uma rua sem movimento que dava acesso exclusivo aos
funcionários de uma antiga fábrica de refrigerantes. A empresa viera a falir, e
devido ao local ser de acesso distanciado da parte movimentada, não demorou
a tornar-se ponto de encontro entre caras ávidos por sexo. Os primeiros a
utilizarem o local foram adolescentes que curtiam na pracinha arborizada que
fica nos arredores, mas aos poucos, o beco foi tornando-se bastante popular
devido à proximidade com as faculdades. Sei deste lugar porque meu primo
Edgar estudava por ali. Foi ele quem me contou sobre a facilidade de se obter
um bom boquete no lugar sem precisar grandes esforços, e assim, certa noite,
com o corpo em chamas e sem ninguém para meter, resolvi arriscar-me nesta
nova aventura.
O primeiro requisito para acessar o lugar é ter um carro. Ali tudo acontece
dentro dos veículos. Você se dirige ao local com roupas confortáveis e de fácil
manipulação, e então, estacionando na rua de acesso à fábrica, é só ficar de
olho para ver quando algum veículo já satisfeito deixar um beco específico, e é
sua vez de estacionar.
Eu paro rente à cerca viva do antigo depósito de bebidas e fico a aguardar.
A iluminação precária da rua é feita apenas por um poste de claridade
alaranjada, e observando a brisa chacoalhando as folhagens esverdeadas do
cercado, pergunto-me como alguém teria coragem para uma loucura daquelas.
Estou nervoso, enquanto observo a sarjeta e alguns contêineres com
restos de construção. Talvez fosse menos arriscado pegar o celular e procurar
alguém em aplicativo, todavia, deve haver algum problema comigo, pois
dificilmente consigo encontrar um parceiro nas redondezas. Digamos que eles
sempre desconversam após alguns minutos de diálogo, e preferindo os
padrõezinhos, acabam por dar o fora.
Estou de olho no acesso distante quando um cara deixa o escuro ajeitando
o zíper da calça. Ele usa calça jeans frouxa, um moletom azul e touca. Não
consigo ver seu rosto devido às sombras projetadas pelas árvores, mas percebo
que some no acesso à pista, e lá na frente, onde há um estacionamento, senta
em sua moto e dá o fora.
Eu volto a olhar para o beco, fico observando para ver como funciona, e
então um golzinho vermelho deixa o local minutos depois do cara, mantendo
os vidros fechados. Ele passa bem próximo do meu carro, tento ver a face do
ocupante, mas a rua é realmente escura.
Então torno a encarar o acesso de onde o veículo saiu. Se Edgar estiver
certo, esta é a minha vez de entrar. A vaga está livre e não há outros carros
estacionados rente à fábrica, o que prova ser minha vez.
Confiro o relógio, são 22h30min, assim, mesmo nervoso, giro a chave na
ignição e pressiono o pé no acelerador, conduzindo o veículo vagarosamente
para lá. Os faróis estão baixos, e projetam-se rapidamente no cercado coberto
por folhagem que fica à lateral do lugar. Eu subo na calçada, e conduzo o
veículo cautelosamente para dentro do terreno baldio, e agora, vendo os faróis
rompendo o breu, observo o grande muro pichado que há ao fundo dele. Um
prédio abandonado no outro lote.
O local é mais espaço do que eu imaginava, constato olhando ao redor. É
volteado pelos muros altos da antiga fábrica, porém do lado esquerdo, isto é, o
lado do motorista, há a continuação da cerca viva que dá para o terreno da
casa de máquinas. Este terreno também é bastante escuro e os poucos vultos
visíveis são da construção abandonada lá dentro, uma pequena casinha com
guarita. Percebo a poeira do solo quando abro a porta, e colocando os tênis
para fora, noto que no chão clareado por meu celular, várias camisinhas usadas
e envelopinhos serrilhados se espelham.
Eu engulo em seco. Seria uma boa ideia continuar?
Olho pelo retrovisor. Ele exibe a entrada do beco, e na calçada que
margeia a rua, percebo o primeiro cara suspeito parar no escuro, olhando em
direção ao carro. Céus, estou temeroso. O cara não está bem visível, mas
percebo que é alto e magrelo. Ele usa blusa de frio frouxa, tênis e sua bermuda
cobre até a altura dos joelhos. Usa uma touca que praticamente esconde os
olhos, e eu engulo em seco quando conferindo as imediações, ele entra
apressado vindo em minha direção.
Vou observando-o se aproximar. Ele agora abaixa as mãos e está mexendo
no zíper. Meu coração acelera atento a seu movimento, e compreendendo o
que faz, me apresso a ajeitar o corpo, retirando minha bermuda, que jogo no
banco do passageiro. Eu não estou de cueca.
Com o coração acelerado volto a olhar para ele, engulo em seco quando
alcança a porta do motorista, e sinto frio no baixo ventre quando para à minha
frente. Ele torna a olhar para o lado, confere a rua afastada, e abaixando a
cabeça para ver quem está dentro do carro, umedece os lábios.
— E aí? Na moral?
— Na moral.
Eu gaguejo com um pouco de medo, perguntando o que me deu para me
submeter àquilo. É quando o cara volta a ficar ereto, e com o coração
disparado, o observo desabotoando a bermuda e puxando o pau para fora,
balança-o no relento enquanto confere a rua.
Fixo aquela vara longa e branquela. Está dura, e ele a movimenta
vagarosamente espalhando a pele no vai e vem. A pele farta cobre a cabeça, e
quando ele a estica, vejo a silhueta rosada pular para fora, toda molhada de
pré-gozo. Ele curva-se outra vez:
— Sou o primeiro?
— Sim — gaguejo tomando seu membro na mão. Estou hesitante e ele
quente.
— Que pena — o cara umedece os lábios, voltando a ficar ereto — Eu
queria sentir a dilatação deixada pelos outros caras.
Neste momento, sem saber como reagir, apenas me inclino e começo a
chupá-lo. Lembro-me que trouxe gel lubrificante, e enquanto o sugo, pego o
frasquinho e vou me preparando.
Abro as pernas um pouco mais, minhas coxas são grossas e ele se ajeita
entre elas sem me deixar parar de chupar. Ele abaixa a bermuda um pouco
mais, e com os dedos roçando sua virilha, posso sentir que é depiladinho. Ele
ofega.
— Tá bom, pode parar. — engole em seco, e o vejo rasgando o
envelopezinho escuro com o canto da boca, em seguida seus dedos tocam a
vara, e o vejo protegendo a extensão curva. O cara ofega masturbando o
membro. — Fica de quatro.
Eu me viro exatamente como ele pediu, jogando minha bermuda no
banco do passageiro. Fico de quatro sobre o banco do motorista e sinto a brisa
beijando minha bunda. Ao menos isto tenho de sobra, bunda.
O cara a massageia, sinto seus dedos roçando a pele circular, seguindo
para o meu orifício. Ele o tateia com o dedo do meio, acaricia a musculatura
percebendo que está lubrificado, então aproxima a extensão e eu mordisco os
lábios. O pau dele é cabeçudo.
— Devagar.
— Relaxa.
Ele engole em seco ajeitando a blusa de frio, está visivelmente nervoso,
talvez temendo sermos pegos. Eu o auxilio com a extensão, sentindo a
temperatura da vara pulsando em meu canal, percebendo que ela não é tão
grossa, embora larga. Deslizo a cabeçona do cara por meu orifício, sentindo a
base latejar, e para meu alívio não sou tão apertadinho, já que meu primo fora
meu parceiro enquanto esteve na cidade.
An.
A cabeça entra, e afastando a mão, deixo que ele continue sozinho.
— Isso, relaxa — ele diz ajeitando minhas pernas, conferindo a entrada do
beco. Percebo que faz uma pausa, temeroso com a silhueta que surge lá,
olhando desconfiada em nossa direção. Todavia o cara recém-chegado percebe
que o beco está ocupado, e dando meia volta, deixa-nos prosseguir. Eu ofego
com um nó na garganta.
— É o seguinte, eu gozo rápido — ele diz ouvindo o zunido do vento —
Então não estranhe.
— Sem problemas.
Eu empino um pouco mais, curvando-me no banco, respondendo à
sensibilidade do encaixe. O cara puxa-me para mais junto, sinto suas mãos
segurando-me pelos quadris, e ele começa a bombar.
Minha nossa, que delícia de penetração. Talvez eu esteja com sorte de
pegar um homem de pau não tão grosso bem no começo, e fico pensando
quem ele poderia ser. Na realidade, agora que está me dando prazer, arrisco
virar o rosto e tentar ver sua face, mas ele está de pé, ereto rente ao carro, de
forma que somente seu tórax e nossa conexão são visíveis. Fico a imaginar o
que faria na região àquela hora. Pelas mãos grossas que firma meus quadris,
deve ser repositor do hipermercado que há na outra avenida, ou então auxiliar
no depósito. Ele tem um leve odor de mercadorias.
— Está gostando?
— Sim.
— Beleza.
Ele está ofegando enquanto movimenta, sinto meu orifício engolindo sua
vara sem dificuldade. O cara é lisinho e seu tórax é durinho. Quando me
pressiona com mais força contra a extensão, eu cerro os dentes com ele
rebolando em meu interior, então o ouço ofegar, e a camisinha fica quente. Ele
realmente gozou rápido.
Meu pau ainda está duro, eu sinto suas mãos deixarem meus quadris e o
percebo desencaixar. Devido à má posição, eu me viro a fim de sentar, e ele se
afasta alguns passos, descartando o preservativo. Vejo sua vara amolecendo ao
relento, ela está brilhando e ele a limpa com um papel higiênico que pegou no
bolso, em seguida sobe a bermuda. Eu fico a observá-lo fechando o botão e
ensaio dizer algo, todavia sou interrompido.
— Valeu. Seu cu é bem gostosinho.
— Não por isso.
Umedeço os lábios, mas de nervosismo, e ajeitando-me melhor com a
bunda colando à poltrona, o vejo subir o capuz da blusa de frio e voltar pelo
caminho que chegou, deixando o beco.
O cara era até interessante, uma pena não querer muita conversa, e agora
que some ao projetar-se na rua, ofego sentindo o vento frio entrar no carro.
Meu pau lateja, e ainda com os olhos naquela região, sinto um frio no
baixo ventre com a silhueta do outro homem aparecendo. Meu coração
acelera, ele está se aproximando, e diferente do primeiro, é um moreno alto e
robusto. Ele usa uma mochila nas costas, e está vestindo uniforme
acinzentado. Percebo que não demora a chegar, e parando na lateral do veículo
confere se estou sozinho, o que me faz engolir em seco. Puta que o pariu, que
homenzarrão.
— E aí putinho? Noite fria, não?
— Sim. Um pouco. — Eu gaguejo assustado com ele a abrir a fivela, e
colocando a mochila de lado, o cara cede o zíper e abaixar a calça até os
joelhos. Este certamente é segurança, não usa cueca, e sua rola pesada
apresenta-se duraça na mão.
— Você mama? — diz balançando-a no ar.
— Posso mamar.
— Então vem. Tenho que entrar em vinte minutos.
— Segurança? — me arrisco com este, ele parece mais comunicativo que
o branquelo.
— Porteiro. Você mora por aqui?
— Não. Do outro lado da cidade — Eu gaguejo. Resolvo mentir enquanto
pego sua vara e sinto a grossura. A cabeçona cor de vinho está molhadinha.
— Percebe-se — Ele brinca, e eu me inclino trazendo a extensão para os
lábios.
O pau do cara está salgado, é do tipo que deixa a boca esticada, grosso
como uma calabresa. Gosto da sensação da cabeça inchada roçando minha
língua, e da elevação da veia principal.
— Isso, umedece ele. Assim.
Fico sugando e brincando com a língua enquanto o cara acaricia meus
cabelos. Meu pau está latejando, e enquanto o sugo, ele confere a ruela mal
iluminada. Erguendo a camisa, segura minha cabeça pela nuca, e fode minha
boca por alguns segundos, então me faz afastar.
— Chupa minhas bolas?
— Chupo.
Eu curvo o rosto para entre suas coxas, e masturbando seu pau, trago os
lábios e mamo as bolas dele. O cara é depiladinho como o anterior, e está
cheiroso. Sua virilidade está quente, e tem veias grossas. Ele vai me
incentivando quando volto a lamber a extensão, e então pede para parar.
— Tá bom, obrigado.
— Mas já?
Ele sorri, e eu fico sem compreender, limpando os lábios enquanto
confiro o fim do beco.
— Eu não posso enrolar — diz ajeitando a calça — Se o último cara
tivesse saído rápido, dava tempo de fazer algo mais — engulo em seco ainda
sentindo o sabor de sua vara — Vou trabalhar, mas se você estiver aqui
amanhã, a gente mete, okay?
— Mas, nem vai bater uma?
— Vou bater uma na guarita, pensando em você. Aparece aqui amanhã,
no mesmo horário.
Eu sorrio e gesticulo positivamente com a cabeça, vendo-o puxar a
mochila. O porteiro infelizmente não pode enrolar, gosto dele pelo fato de ser
gentil e pauzudo, e apenas agradecendo, o vejo dar o fora.
Fico alguns minutos sozinho perguntando-me se esta é minha hora de dar
o fora. Eu confiro as horas no celular e sinto meu pau ainda a latejar. Penso
em vestir a bermuda e sair dali, mas quando coloco as pernas para dentro do
carro, vejo outro carinha entrar no beco, parecendo apressado. Este é mais
novo que os outros dois, e noto que traz um caderno em mãos. Deve estudar
na região.
— Está de saída?
— Estava — fito sua face oculta pelo breu, ele parado bem ao lado —
Mas posso ficar mais uns minutos — respondo abrindo a porta uma segunda
vez.
— Ótimo, então vem. — ele resmunga colocando o caderno sobre o teto
do veículo, e após conferir a entrada do beco, o percebo abrir o zíper. Penso
em falar algo mais, porém o boyzinho está com pressa, e tomando minha
cabeça, a puxa para a ereção.
— Ei, calma — Eu sorrio por sua aflição, mas faço o que ele está
querendo.
Sinto o gosto da rola branca, dura e toda babada. Os ovos dele são
grandes, e tem pentelhos aparados. Fico imaginando o gosto de um leite tão
novinho, e o ajudo a abaixar o jeans um pouco mais.
— Excitadão em? — brinco afastando-me um segundo para masturbá-lo.
— É. E vai entrar todinho no seu cu.
Eu sorrio com desdém, e com ele a conferir a rua, dou de costas e o sinto
se posicionar. Estou trêmulo enquanto ele coloca a camisinha, o carinha tem
cara daqueles noiadinhos que ficam na esquina, sabe? Então, engolindo em
seco, mordo os dentes quando o boyzinho encaixa. Minha nossa, ele enfiou
com tanta pressa que por pouco não cedi sobre o banco. Eu ofego.
— Ei? Vai com calma cara. Fica tranquilo.
— Foi mal.
Ele não é de muito diálogo, e minha sorte é que estou lubrificado e já
alargado pelo primeiro cara. O canal arde enquanto ele começa a mover,
completamente desajeitado com a camiseta que fica escorregando. Ele a
prende no queixo e eu ofego. Visivelmente não tem experiência em foder.
— De onde você é moleque?
— Faço curso aqui perto — ele não dá muitos detalhes, parece mais
interessado em foder enquanto confere a rua. Exatamente com os outros dois,
parece preocupado com a possibilidade de alguém chegar e nos flagrar. Isto de
certa forma aumenta meu tesão. — Está gostando? — ele questiona
inclinando-se um pouco mais a meter na minha bunda, como um cachorrinho
no cio.
— Sim. — respondo sentindo-o mover. Puta que pariu, que novinho
pirocudo.
Ele me pega por dentro das coxas, e sinto sua vara entrar e sair com maior
desejo. As bolas dele estão duras, e os pentelhos roçam minha pele. Ele tem
uma trilha de pelos na barriga.
— Pauzudo assim, você deve pegar altos amiguinhos por aí, não é?
— Se pegasse não estaria aqui comendo cu de desconhecido, não acha?
— Ei?! — eu franzo o cenho olhando com feição repreensiva para ele,
mas o moleque está tão sedento, que eu apenas ofego sentindo o entra e sai.
— Foi mal — ele se desculpa, deslizando a mão para sentir minha vara.
Ele não sabe punhetar e foder ao mesmo tempo, então o auxilio. — Não me
entenda mal, eu não tenho preconceitos. É que... sou meio novo nisso.
— Em foder caras?
Ele mete mais fundo e eu reviro os olhos. Puta que pariu, que moleque
tarado.
— Na verdade sou bi. Prefiro definir assim.
— Então fode gurias também.
— Algumas.
— Algumas quantas? — eu desdenho, sentindo suas mãos passeando por
minhas pernas. O moleque certamente deve trabalhar durante o dia. Ele tem
mãos calejadas, de quem mexe com algo pesado. Pelo jeito de falar deve
trabalhar em estacionamento. Isto explicaria ter uma pegada tão gostosa.
— Você vai me deixar mole. É melhor a gente parar de falar e só foder.
— Tudo bem.
Eu faço silêncio e empino melhor para que o moleque continue sua
diversão. Ele ergue a camisa e reparo que tem tanquinho.
Minha nossa, que novinho gostoso. Deve ter no máximo vinte anos, mas
com carinha de neném. Estou amando sentir seu entra e sai, e reviro os olhos
quando desencaixando, ele dá leves batidinhas na divisão, e então sinto o
líquido quente. Eu me viro assustado.
— Ei?
— Não foi no seu cu, não se preocupe — Ele explica, e percebo que tirou
a camisinha sem me avisar. Na realidade esteve com ela até segundos antes de
gozar, e tateando minha bunda, sinto a goza. Ele gozou na minha divisão —
Você sempre faz isso?
— Já pedi desculpas— o moleque resmunga jogando as últimas gotas de
sêmen no chão, e agora, comigo a se ajeitar, ele balança o pau e o esconde
dentro da calça. Eu o interpelo enquanto está se ajeitando.
— Mas isso não é legal.
— Olha, já pedi desculpas. Se não gostou, paciência — ele resmunga
limpando os dedos na calça, e o percebo pegar o caderno. Eu sinto meu pau
latejando com a situação.
— Não, espere aí. Não vá agora.
— Preciso dar o fora, mas se quiser levar de novo é só aparecer na
próxima semana. Só tenho aula na segunda e quinta-feira.
Ele não me dá muita moral, e o observo seguir para a saída do beco. Ele
meio que troca olhares com outro cara que acabou de chegar, e eu sinto meu
pau latejando. Quem me dera aquele pauzudinho ser um conhecido, mas só
pelo jeitinho sei que não é.
Eu respiro fundo e percebo que um veículo escuro para discretamente lá
na rua. Creio que me arrisquei demais por uma noite, o melhor é ceder lugar
para o próximo passivo da fila.
A P Wilson
Em segredo com o cunhado
PARTE UM

Eu projetei o corpo para lá da área coberta, e fixando a cena, parei por


alguns minutos apreciando a imagens aos fundos do quintal. Minha irmã
estava viajando, eu havia acabado de chegar com meu sobrinho, e Rafael —
meu cunhado delicioso — demonstrava-se completamente à vontade, deitado
às margens da piscina. Ali era seu lugar preferido, e naquele entardecer o
observei novamente silencioso em uma espreguiçadeira, os olhos protegidos
pelos óculos escuros, e o corpo trajando apenas uma sunga azul coladinha.
Fiquei em silêncio observando-o rente à sombra do muro, até que virando a
cabeça por um momento, finalmente percebeu-me parado a fitá-lo. Ele se
sentou ajeitando a peça.
— Danilo? — disse olhando para mim e para a porta da cozinha — O
que está fazendo aí? — questionou observando-me aproximar.
— Acabei de chegar. Vim avisar que o Luquinhas não quis ficar lá em
casa.
— Mas, seus pais disseram que cuidariam dele — ele olhou para a área,
conferindo se o filho estava por ali — Bem, pensei que ficariam com ele o dia
todo — retrucou levantando-se a ajeitar o elástico. Era impossível não
perceber o volume marcando, e ele sequer disfarçava. Meu cunhado era bem
agraciado.
— Eles foram fazer compras — respondi parado a fixar seu corpão
chamativo, percebendo o sol do entardecer sumindo sob o muro — Então
resolvemos vir para cá.
Rafael era um cara muito atraente, casado com minha irmã há dois anos.
Eu sempre vinha à sua casa quando estavam em dias livres, já que morávamos
no mesmo condomínio e eles precisavam de alguém para ficar com o menor.
Assim, ele já era acostumado a me ter ali.
— A água parece ótima. Você já está de saída?
— Sim. Já que vocês chegaram, vou preparar o jantar.
Eu sorri, ele tinha razão. Com minha irmã fora, Luquinhas ficava por
conta exclusivamente sua.
— Você quer ajuda? — questionei.
— Ora. Se puder ficar mais um pouco, até eu terminar de me arrumar.
Era por volta das cinco e meia, e aproveitando-me de que ele seguira para
o banho, combinei com Luquinhas de brincarmos de esconde-esconde.
Quando vi o garoto ocultando-se na área de lavar, disfarcei e caminhei até o
quarto do meu cunhado a fim de tentar espioná-lo, só que ao chegar à porta,
assustei-me com ele deixando o banheiro.
— Danilo? Onde está o Lucas?
— Escondido — eu sorri sem jeito, observando-o terminar de descartar
as roupas sujas em um cesto.
Enquanto ele conferia minha feição, eu abaixei os olhos para a curva na
toalha, contrastando com o nó feito sob o umbigo. Ele percebeu, e esboçou
um sorrisinho sacana, dando de costas.
— Ele não entrou aqui — respondeu, aproximando-se do guarda-roupa.
Ele parou ali procurando algo nas gavetas, e em seguida virou-se, caminhando
até o espelho — Deve ter se escondido debaixo da mesa, ou na área de
serviço.
— Na área de serviço? — Eu esbocei um novo sorriso apreciando as
curvas chamativas que eram seus braços, então fiquei vermelho com ele
afrouxando a toalha.
— É onde sempre se esconde.
— Ah, sim. Você tem razão — desviei os olhos com ele a atá-la
novamente — Bem, então... eu vou indo. Você, vai demorar a descer?
— Não mais que alguns minutos — ele retrucou — Aliás, fica só mais um
pouco — pediu e eu senti um nó na garganta.
— B... bem. Eu tenho que ver se meus pais chegaram e...
— Ora Danilo, me ajude com o Lucas — ele apertou a silhueta larga que
era o membro oculto, e meu coração acelerou — É sério, sem sua irmã aqui,
as coisas ficam... cansativas.
Fiquei a observar sua mão pressionando o membro levemente, e meneei a
cabeça. Aquele homem me tirava do sério.
— Okay. Somente até o jantar. — eu umedeci os lábios, e sem graça dei
um passo para o corredor.

Eu deixei o quarto e ele recostou a porta, mas antes de me afastar,


permaneci ali, olhando para a escadaria. Conferindo a quietude, e que meu
sobrinho não sairia de seu esconderijo lá embaixo, me virei outra vez para a
porta e procurei pelo buraco da fechadura. Ela estava sem a chave.
Então vi meu cunhado lá dentro, parado frente à cama passando creme no
peitoral desnudo. Observei na confusão de imagens suas mãos descendo para
entre as pernas, e após deslizá-las pela virilha lisinha, ele se virou. Rafael então
caminhou até a cômoda, e mesmo de mau jeito pude observar aquela curva
chamativa balançando como um pêndulo, de um lado para o outro, roçando
suas coxas. Era um traço de encher os olhos.
Engoli em seco, conferi o acesso à escadaria e tornei a espionar, mas a
posição não estava sendo favorável.
Rafael então voltou ao guarda-roupa. Ele pegara algo e levara até a cama,
então caminhou à cômoda, tomou uma das cuecas e passou a vesti-la. Com o
coração acelerado o observei puxando o elástico para cima, fazendo sumir a
silhueta suculenta. Eu respirei fundo com ele ajeitando-a no tecido claro, e
quando vestiu a bermuda, eu voltei para a sala.

PARTE DOIS

Passei o início da noite brincando com o Luquinhas, e quando deu sete


horas ele deixou a cozinha. Eu estava sentindo-me acalorado por tê-lo
espionado mais cedo, e quando meu cunhado se aproximou parando próximo
a nós dois, levantei-me do tapete observando-o com o pano de secar pratos no
ombro.
Rafael retrucou:
— E então? Vamos jantar?
Eu respirei fundo, olhando para o pequeno também a se colocar de pé.
— Eu acho que não Rafa. Na realidade, já vou indo. Está escuro.
— Já vai indo? Não Danilo, janta com a gente. — Luquinhas insistiu,
segurando-me pelo braço. Eu baguncei os cabelos do pequeno, ouvindo a voz
de Rafael a umedecer os lábios.
— Na realidade tenho uma ideia melhor — me chamara até a cozinha, e
desajeitado eu o segui — Por que não fica para dormir? Faz tempo que você
não dorme aqui em casa.
Olhando lá para a sala, e percebendo Luquinhas recolhendo os
brinquedos, eu não sabia como reagir. Meu sobrinho recolhia os carrinhos e
guardava na caixa de brinquedos, e percebendo Rafael parar de costas rente ao
fogão, não resisti fixar sua imagem outra vez. Trajando apenas bermuda frouxa
caindo nos quadris, ele fazia o prato de comida para o filho, e vendo o vai e
vem de sua mão, me sentei.
— Eu sequer tomei banho Rafael. Eu teria que ir buscar algumas roupas.
— Ora. Aqui tem banheiro, e... você pode usar uma das minhas.
Ele se virou e eu umedeci os lábios, percebendo o menor chegar. Agora
Rafael fazia um prato para mim também, e talvez de propósito, colocou nele a
maior linguiça da panela. Ele olhou para minha feição quando colocou o prato
na mesa, e em seguida ajeitou a bermuda frouxa.
— E aí? O que me diz?
Eu gaguejei olhando para ele e para a linguiça, e percebendo o menor
mastigando uma rodela de tomate bem ao meu lado, não soube o que falar.

Liguei lá em casa e avisei que dormiria com eles. Tomei banho, e vesti as
roupas que Rafael me emprestou. Após algum tempo fomos para a sala assistir
um filme. Com o correr das horas, Luquinhas acabara por cochilar em seus
braços, e observando meu cunhado deitado todo a vontade junto a ele, eu não
sabia como reagir. Preparava-me para dizer algo sobre subir para o quarto, mas
quando o faria, o surpreendi olhando para mim, e então ele se sentou. O
menor gemeu, mas não acordou, embora tenha se mexido, o sono do
Luquinhas era sempre pesado.
— Adormeceu — sussurrei, esboçando um sorriso para ele.
— Sim. Até que enfim adormeceu — Rafael concordou com um acenar
de cabeça.
A noite estava quieta, eu podia ouvir o som da televisão e apreciar
Luquinhas dormindo tranquilamente, então gaguejei tornando a olhar em
direção ao meu cunhado.
— Quer ajuda para levá-lo para cima?
— Não — Rafael umedeceu os lábios, e então ofeguei com ele erguendo-
se. Ele ajeitou a bermuda torta, e após conferir o menor que tinha o rosto
oculto em uma almofada, sentou-se ao meu lado, conduzindo a mão até minha
coxa. Meu coração acelerou.
— Rafael? — o repreendi, tentando afastar sua mão, e ele apenas sorriu do
meu jeito desengonçado. Eu sou alto e magrelo, quando fico nervoso não sei
como reagir, e conferindo o pequeno novamente, ele curvou-se a sussurrar em
meu ouvido.
— Vamos fazer alguma coisa?
Eu gaguejei, sentindo-me estremecer. Meu cunhado sabia que eu não
conseguia resistir suas investidas, e não era a primeira vez que nos
envolvíamos. Pensei por um minuto, fixando Luquinhas adormecido, então
engoli em seco sentindo sua mão passear por minha coxa.
— Tudo bem, mas não aqui. Vamos para um lugar seguro — disse engolindo em
seco, tornando a conferir o menor.
Rafael sorriu, olhou para o Luquinhas e tornou a mim.
— Está certo. Me espera no escritório que vou levar o Lucas para cima e já volto.

Aquilo era literalmente uma loucura, eu sei, mas quando ele entrou no
escritório eu estava completamente duro. Eu o aguardava sentado no sofá que
havia na lateral, e quando meu cunhado fechou a porta e parou à minha frente
eu gaguejei.
— Pronto?
— Ele não vai acordar.
— Tem certeza?
— O Lucas tem um sono pesado.
Com um sorriso safado ele ajeitou-se a puxar minhas pernas para si. Eu o
senti posicionar-se entre elas, e o ajudei a desabotoar a bermuda. Sua boca
procurou minha boca, meu cunhado tinha as mãos ágeis, e eu o sentia
deslizando-as a me desnudar com destreza. Minhas entranhas comprimiam,
seu pau estava duro como o meu, e eu o senti roça-lo nas minhas coxas
quando se deitou sobre mim. Meu coração palpitava acelerado, e eu engolia em
seco, voltando a procurar seus lábios.
Sentia frio no baixo ventre e estava com o orifício piscando. Seus dedos
percorrendo meu corpo enquanto me beijava era alucinante, e encontrando
minha bunda, ele abriu a divisão deslizando o dedo por meu canal. Eu ofeguei.
— Você gosta disso, não é seu puto? — senti seu dedo massageando lá
embaixo, com saliva, então sorri ajeitando-me melhor.
— Me deixa chupar.
Ele mordiscou meu queixo, então ficou de pé, posicionando-se à minha
frente a masturbar o membro. Eu me curvei tomando sua ereção, e deslizando
a pele, vi o cabeção saltar ao relento. Passei a sugar.
Minha nossa, que saudades de sentir o gosto daquela rola.
Rafael inclinara-se para frente, e eu ofeguei sentindo-o dar estocadinhas
enquanto segurava minha cabeça. Seu pau ia e vinha arranhando meus lábios,
vez por outra escapava lambuzando meu rosto, e eu tornava a abocanhar.
Então parou um momento.
— Vamos lá. Me deixa colocar nesse rabão.
Eu confiava nele, já fazíamos aquilo há ao menos três anos. Na realidade,
nunca me machucou. Nossa relação começou em um passeio ao clube, quando
ele ainda namorava minha irmã. Naquela tarde apostávamos passar um por
debaixo das pernas do outro na piscina, e uma coisa puxou a outra, até que
terminamos fodendo no banheiro.
— Vem pro tapete.
Ele me fez ajoelhar de costas. Fiquei a recordar nossa primeira vez depois
do clube, então me curvei, abrindo a divisão. Como estava demorando a
colocar, eu olhei para trás e o vi pegando um frasco que trouxera consigo.
— Você pegou no quarto?
— Sim — ele sorriu pedindo para que eu voltasse à posição. Então senti
meu orifício comprimir quando ele deslizou os dedos lambuzados de gel
lubrificante.
Curvando-me, fiquei abrindo as laterais, percebendo-o deslizar o produto
num vai e vem delicioso, que me fazia piscar. Ele massageava de forma bem
erótica, e quando engoli em seco, senti aquela coisa quente posicionada na
divisão.
Rafael estava super duro, seu pau molhava meu canal, e eu revirava os
olhos com ele deslizando a silhueta inchada por ele. Eu estava ofegante,
sentindo meu orifício desabrochar para a cabeça redonda entrar, e quando ele
finalmente a conduziu para dentro, eu cerrei os dentes sentindo a pressão.
Sempre ardia a princípio, sempre ardia quando ele entrava, mas passado os
minutos encaixados, finalmente senti ficar gostoso.
Oh.
Ele me posicionou e ficou movendo os quadris no tapete. Ofegante a
meter, Rafael fazia mil imagens passarem diante de mim. Imagens daquela
tarde no clube, roçando na piscina. Imagens dele me deixando chupar no
banheiro do quarto, e então de nós dois quicando no chuveiro. Rafael sabia
muito bem o cunhado que tinha, ele só precisava pedir, e dar um
empurrãozinho.
Agora seus dedos deslizavam em minha pele molhando-me de pré-gozo.
Ele me segurava pelos quadris e estocava com mais força, fazendo-me gemer,
deslizar em suas mãos e engolir em seco. Eu sentia meu orifício comprimindo
sua ereção, e ele gemia ao meu ouvido.
— Puto. Cunhadinho puto. — ofegava acariciando minhas coxas. Sua vara
preenchendo meu interior — Você queria isso não é? Já estava com saudades
de levar rola no cuzão.
— Sim Rafael... fode.
O pau do meu cunhado era muito bom. Largo, ia abrindo meu orifício
enquanto eu me masturbava. A família nunca desconfiou de nossa
proximidade, pelo contrário, adoravam o fato de nos darmos bem. Então, é
claro que aproveitávamos as oportunidades.
Anh. Anh.
Eu curtia aliviar meu cunhado sempre que possível. Foi com ele que perdi
o cabaço, meu orifício tinha o formato exato para seu membro.
— Bota tudo.
— Safado.
Seu corpo estava quente colado ao meu. Seu membro deslizava para
dentro explorando o encaixe perfeito aberto por sua tora. Eu sentia minhas
pernas bambas roçarem às dele, e me curvando, elevei a bunda um pouco
mais, abrindo-a, sentindo a sensibilidade do entra e sai.
— Isso Rafa. Isso, isso.
Seu membro estava me fazendo revirar os olhos. Rafael segurava-me pelos
quadris e eu só desejava sentir mais pressão, que fodesse minha bunda como
se fosse a última vez.
Oh. Oh. Oh.
Ia à lua e ele desencaixava e tornava a encaixar, então me conduziu ao
sofá.
Não conseguimos dialogar, e após me fazer sentar de pernas abertas,
voltou a ocupar seu espaço. Eu mantinha as pernas abertas, envoltas aos
quadris dele, e ele ofegava ao meu pescoço. Nossos corpos roçavam no sofá, e
ele sorria deliciado.
— Está gastando?
Senti-me ser puxado para o lado, e ele invertera as posições. Sentado no
sofá, me fez ficar em seu colo, e de frente para ele, gemi sobre a ereção.
— Fode safado... Fode minha rola.
Eu não parei de mover, estava trêmulo, pressionando a musculatura,
ofegando enquanto ele beliscava meus mamilos. Seu pau estava tão bom, lateja
em meu interior, e eu estava completamente extasiado com o entra e sai,
desejando sentir seu leite quente.
— Goza. Goza.
Eu acariciava os braços dele, ofegando com a ondulação dos músculos
esculpidos, e ele bombava mais gostoso, gemendo deleitado pelo prazer de
possuir outro cara. Então me apoiei melhor.
AN. AN. AN.
Que loucura. Eu nunca pensei que ficaríamos viciados. Ele respirava
ofegante, suas mãos marcando minha pele e eu engolia em seco,
completamente sem ar. Então ele se calou. O suor de sua virilha molhava
minha bunda, é quando suas mãos firmaram meus quadris e ele fixou meus
olhos, senti a primeira leitada.
Oh Céus. Que delícia de leite.
Estava jorrando em jatos, eu podia sentir meu orifício ficando ensopado, e
a vara dele indo e vindo lambuzava a divisão. Estava saindo cada vez mais
grosso, e agora esguichava também do meu.
Rafael conseguira, ele me dera prazer, ele sempre conseguia me fazer
gozar junto a ele, e afastando a mão do meu pau, limpou-a em minha bunda e
me fez descansar em seus braços. Ficamos naquela mesma posição por um
bom tempo, sorrindo sem palavras, sentindo a rola amolecer. E então, com um
tapa, meu cunhado me fez desencaixar. Tomamos um banho, e cada um foi
dormir em seu quarto.
A P Wilson
Flagrei meu primo com o filho do caseiro
Viagens para o interior são cheias de histórias para contar. Geralmente o
que se relata são aventuras de pescaria, banhos de rio e galope a cavalo, mas
neste conto, quero relatar como percebi algo diferente entre meu primo e o
filho do caseiro. Nós somos de São Paulo, e todos os anos viajamos de férias
para a fazenda do meu avô, no interior. Guilherme é filho do caseiro, ajuda o
pai durante o dia, e com a nossa chegada, acabou fazendo amizade com meu
primo Matheus.
Bem, naquela noite estávamos apenas os três na varanda do casarão. Eu
estava morrendo de sono devido à tarde no rio, e após alguns minutos
cochilando na rede, despertei percebendo que estava tarde, assim, resolvi me
levantar e ir para a cama. Meu primo e Guilherme faziam-me companhia,
porém estavam em um sofá. Fixando-os, vi que não pareciam cansados, e
sentados lado a lado, conversavam despreocupadamente no escuro, ajeitando
as bermudas quando me perceberam despertar.
Eu estranhei o jeito como eles se ajeitaram quando me viram se mexer, e
reparando em especial em suas bermudas, resolvi fingir que nada havia
percebido, apenas anunciei que estava entrando, e me retirei.
Então meu primo e o filho do caseiro ficaram para trás. Eu entrei e
recostei a porta, e quando saí do campo de visão, imediatamente parei rente à
janela, ocultando-me na lateral da cortina, fingindo ter seguido meu caminho.
Todavia fiquei espionando-os por uns bons minutos.
O casarão estava quieto. Lembro-me que Matheus olhava para Guilherme
e para os terrenos escurecidos, então, fixando sua mão, percebi que havia
colocado o pinto para fora. O pinto do meu primo é grande, eu já o havia
visto algumas vezes, e oculto pela janela, observava a silhueta ereta, apontando
para o lado.
Em meio a esses acontecimentos percebi que Guilherme virou-se um
minuto a conferir o caminho contrário ao que eu tinha seguido, e agora,
ajeitando-se melhor, conduziu a mão ao pau do meu primo. Lembro-me de
sentir meu pau endurecer e cruzei os dedos torcendo para que rolasse algo
entre eles, e agora, vendo que eu não retornaria e a escuridão os ocultava, meu
primo enfim teve uma reação, que foi a de deslizar a mão pela mão de
Guilherme, fazendo-o estimular sua curva.
Meu primo e o filho do caseiro estavam movendo aquela tora
vagarosamente. Eles nada falavam, apenas massageavam a ereção. Fiquei com
água na boca observando os dois atentos à ausência de movimento, e
Guilherme passou a estimular o pau do meu primo sozinho.
Eu respirava fundo tentando ver melhor. Matheus não fixava o pau, ficava
conferindo os arredores, temeroso que alguém aparecesse. Minutos depois ele
sutilmente levou a mão até seu pescoço, e tateando-o, fê-lo curvar-se,
alinhando a cabeça à sua virilha. Eu me ajeitei, e percebi que o filho do caseiro
agora aproximava a boca e passava a chupar meu primo. Ficaram assim por um
bom tempo, ocultos pelo escuro, e eu, com o pau duraço, só conseguia respirar
baixinho atento aos dois, torcendo para que ninguém interrompesse.
Nesse momento Guilherme já estava aumentando o vai e vem dos lábios.
Lembro-me que eu estava adorando tudo aquilo, parecia estar muito gostoso, e
quando meu primo ofegou, vi Guilherme ficar imóvel e ele gemer. Minutos
depois o filho do caseiro afastou os lábios, e vi meu primo com um sorriso
sacana, engolindo em seco enquanto ajeitava a bermuda. Em seguida
Guilherme se afastou, cuspiu na grama, e limpando os lábios, disse algo,
despediu-se dele e deixou o casarão. Esta foi minha deicha para correr ao
quarto e fingir estar dormindo.

***
Então era esse o motivo para meu primo sumir vez por outra com o filho
do caseiro, eles estavam trocando boquete. Se meu tio ao menos desconfiasse
que tinha um filho que curtia este tipo de coisa, a situação ficaria séria, e assim,
durante aquelas férias dediquei-me a ficar atento ao dois.
Na quinta-feira após o almoço eles falaram que iriam dar uma volta a
cavalo. Eu fiquei atento aos dois seguindo ao estábulo, e quando o deixaram,
adiantei-me a segui-los. Eles galoparam vagarosamente por entre as árvores,
conversando, até chegar a uma região oculta por pedras que levava à cachoeira.
Eu os segui escondido por entre as árvores, e quando consegui vê-los outra
vez, estavam à beira de uma gruta, recostados às pedras. Eu os observei
conversando sorridente e o filho do caseiro olhava ao redor, até que, para
minha surpresa, percebi quando Matheus se aproximou e tomando seu rosto,
deu-lhe um beijo. Não “um” beijo, mas “o” beijo. Matheus sugava a boca dele
desajeitadamente, ficava sem ar, e até parecia que queria engoli-lo. Eu vi a boca
dos dois coladinhas e até mordisquei a minha, então, quando Guilherme tocou
o pescoço do meu primo, meu primo colocou a mão entre suas pernas,
massageando seu volume. Depois de algum tempo assim, Matheus enfiou a
mão dentro de seu short, fazendo com que Guilherme sorrisse. Guilherme
ajeitou-se melhor, olhando para o caminho que conduzia à gruta, então, após
alguns minutos sentindo meu primo massagear seu pau, afastou-se, e o vi
voltar às margens da cachoeira conferindo a falta de movimento.
Meu primo continuou ali, apertando o pau enquanto o aguardava retornar.
De repente, ele também foi até a cachoeira, e conferindo o que Guilherme
fazia, o acompanhou de volta à gruta. Os dois estavam apenas de bermuda,
eram fortes, e eu tive que descer se quisesse continuar assistindo. Eu tive que
parar antes de chegar às pedras, e ocultando-me ali — o barulho da cachoeira
me ajudava — procurei apenas relaxar. Vi que estavam recostados às rochas, as
bocas unidas trocavam contato, e minutos após, a língua do meu primo desceu
para o mamilo do Guilherme.
Eu estava todo arrepiado com a coragem deles. Sentia minha vara
endurecida, e então ofeguei ao ver Matheus colocando o rapaz de costas,
ajudando-o a despir a bermuda. Vi a bunda do Guilherme surgir, ela era
grande e então o pauzão do meu primo se aproximou, ele latejava.
Os lábios quentes voltaram a roçar o pescoço de Guilherme, e com ele
empinando sob seu toque, Matheus ajeitou o membro em sua divisão,
cuspindo nela para lubrificar. Ele umedecia o canal estimulando o orifício do
Guilherme, e ficou assim até que Gui por atitude própria pegou a silhueta e
começou a encaixar, estimulando-se com ela. O pau do meu primo era um
tanto grosso e me fez gemer quando vi Guilherme cerrar os dentes com a
cabeça entrando, então ele parou de forçar.
Ofegando, meu primo agora sussurrara algo ao seu ouvido enquanto
conferia a conexão, só então começou a empurrar novamente com ele a
empinar. Ficou forçando com cuidado, passando o dedo no orifício do
Guilherme, abrindo para cuspir e massagear. Meu primo fazia algumas pausas,
ficava parado deslizando o dedo, e Guilherme gemia ante o toque, sentindo o
pau pulsar livre. Acho que se meu primo não se controlasse, torava o filho do
caseiro sem dó.
Passado alguns minutos, Guilherme fez um sinal e meu primo começou a
encaixar novamente, puxando-o para a virilha. Parece que eles já tinham feito
aquilo antes, e Guilherme cerrava os dentes.
Meu primo agora ajeitava sua posição e com o rapaz reclinado sobre a
rocha, pôs-se a mover os quadris. Ele deslizava calmamente dentro do
Guilherme, ouvindo-o gemer, e deslizando a mão para ajeitar sua posição, foi
bombando levemente, observando-o masturbar o membro. Guilherme
ofegava com ele socando, olhava ao redor, e oculto entre as folhagens, eu
sentia meu pau latejar.
Os minutos foram passando, Matheus bombando, e quando dei por mim
minha mão estava toda molhada. Voltei a fixá-los, Matheus bombava, e
quando ofegou jogando o rosto para o alto, ficou parado um longo momento
com Guilherme a cerrar os dentes, até que afastando-se, vi sua rola sair toda
molhada. Então observamos o filho do caseiro virando-se a mostrar a mão
igualmente umedecida, o gozo do meu primo escorria por entre suas pernas, e
bastante sorridentes, eles subiram as bermudas, e retornaram ao local onde
haviam deixado os cavalos. Eles ficaram ali a tarde toda, conversando sob as
árvores. Subiram de volta ao casarão apenas quando estava escurecendo, e até
hoje não desconfiam que alguém os pegara em flagrante.
A P Wilson
O pescador
A praia do Farol estava movimentada. Era dois de fevereiro, dia de festa
na Bahia, dia de homenagens a rainha do mar. Por todos os lados pessoas
vestidas de branco e azul caminhavam sorridentes pela areia, a fim de
despachar suas flores e agrados nas águas azuladas do oceano. E eu estava ali, a
observá-las, afastado em respeito à crença, apenas de sunga vermelha a tomar
sol sobre uma pedra. Minha regata estava pendurada ao pescoço, e eu
aguardava a chegada de um amigo pescador que ficara de me conduzir em sua
embarcação à praia deserta de Setiquara, há alguns quilômetros dali, por água.
Ele já estava atrasado e eu impaciente, porque havia pago adiantado pelo
serviço.
De férias em Salvador, a reserva ecológica era a única coisa que me faltava
visitar antes de retornar ao Rio de Janeiro. Carioca, eu estava bastante curioso
para conhecer aquela última beleza do litoral baiano, e não deixaria Salvador
enquanto não realizasse meu desejo.
Foi por volta do meio-dia que avistei a figura se aproximar vinda da região
afastada. Ele devia ter a mesma idade que eu, seus quarenta anos, porém, pela
vida difícil debaixo do sol, tinha a aparência mais castigada, fortemente
bronzeada, com um físico sarado completamente chamativo.
— Seu Natanael, perdoe-me pelo atraso — ele se aproximou de mãos
juntas, bastante humilde, não desejando que eu o repreendesse pelo pormenor
— Tive contratempos por causa dos festejos, mas aqui estou, só um
pouquinho atrasado — ele retrucou, e eu, sorridente, ergui-me a ajeitar os
óculos escuros, dizendo que não tinha problemas, que o importante era estar
ali. Ele me cumprimentou e em seguida indicou-me onde estava sua
embarcação.
Geralmente em dia de festa no mar, os pescadores não se lançam às águas,
em respeito à tradição, porém, o pescador seu Pedro estava passando por um
momento de dificuldade financeira, por isso, acabara por aceitar fazer o
serviço por alguns trocados extras.
Então, vestindo a regata e tomando minha mochila, o segui em direção ao
lado contrário do farol, pelas pedras, avistando ao longe a mediana
embarcação que aguardava-nos entre os rochedos.
Sob as orientações do homem, e desviando-me dos pedregulhos, eu subi a
bordo observando o quão rústico era aquele barquinho. Chamo de barquinho,
mas tratava-se de uma embarcação até espaçosa. Não pude deixar de notar que
ainda estava com um odor desagradável de pescados, mas ainda assim, era
melhor que nada.
Seu Pedro então subiu após mim, e puxou a âncora do fundo do mar,
caminhando para o local onde eu o aguardava. Coçando a barba e ajeitando a
camisa que estava com os botões soltos, dirigiu-se à casa de máquinas, e
enquanto desviava de caixotes e cordas, eu reparei que havia apenas nós dois a
bordo.
— Seu Pedro — Eu questionei caminhando até ele, observando-o curvar-
se até um motor, dando cordas — Somente eu e o senhor faremos esta
viagem? — Ele me encarou sorridente, e erguendo-se, se pôs a responder.
— Como eu disse seu Natanael. Em dia de festa no mar ninguém se
arrisca a navegar. Só estou levando o senhor até a praia porque estou
necessitando do dinheiro, e como a pescaria não anda muito boa por estas
regiões, não podia perder a oportunidade de negócio.
Eu o observei melhor, e reparei que o homem era até interessante.
Diferente dos outros pescadores com os quais eu tinha conversado na noite
anterior, seu Pedro era um tanto charmoso, e sem dúvida, de astral bem mais
animado. Tinha a minha estatura, porém com braços fortes assim como o
peitoral, coxas firmes e panturrilhas chamativas. O tórax, visível pela camisa
aberta a balançar com a brisa, era trincado e com uma atraente trilha de pelos
escuros que sumia rumo à bermuda surrada. Conforme se movia, percebi que
tinha uma elevação muito interessante.
Eu me afastei a fim de deixá-lo trabalhar. Seu Pedro puxava uma corda
aqui, abaixava-se a recolher uma rede ali, até que me chamando, fui conduzido
para onde ficava o timão, frente à proa da embarcação. Estabilizando o barco
pelas águas turvas do mar baiano, mantendo o litoral à distância, seguia sempre
reto, recostando-se junto a mim, à amurada rente à proa. Foi quando curioso
se pôs a perguntar:
— E o senhor faz o quê lá na cidade seu Natanael? Tem cara de homem
de negócios.
Eu sorri pela gentileza, observando o mar ser cortado sob o casco da
embarcação. Aos poucos o farol e seus devotos ficavam para longe, e o barco
danava-se rumo às praias desertas.
— Sou funcionário público seu Pedro, trabalho em prédios do governo.
— Isso é muito bom seu Natanael. Quisera eu ter estudado para deixar
essa vida difícil de pescador. Todo ano é uma dificuldade, se não fosse os
programas de incentivo, não sei o que faria para alimentar minha família — ele
sorriu, já precisando falar alto por causa do alto ronco do motor.
— Ah. Então o senhor é casado? — Questionei quando ele encontrou um
chapéu e levou à cabeça, em seguida, afastou-se um instante a mover algumas
alavancas, e então retornou.
— Casado e bem casado seu Natanael — ele disse colocando a mão sobre
os olhos para conseguir observar algo ao longe. — Casado e pai de nove filhos
— sorriu e outra vez recostou-se à amurada, apoiando os braços na lateral de
madeira envelhecida.
— Nove seu Pedro? — Fiquei embasbacado com aquilo.
— Nove seu Natanael — ele sorriu frisando o meu olhar — Seriam dez,
mas minha mulher perdeu um ainda na barriga — Desviou a visão ainda
sorridente, tornando a observar o mar.
Alguns peixes passavam bem próximos ao borbulhar das águas
espumantes, e naquele momento, fiquei a me perguntar o que aquele homem
tinha de tão bom oculto entre as pernas. Afinal, para fazer nove filhos com a
mesma mulher, só tendo um bom ânimo para a coisa. Foi aí que perguntei:
— E o senhor é pescador há muito tempo seu Pedro?
— Desde que me entendo por gente — ele virou-se a sorrir, o homem era
muito falador — Meu pai era pescador, e meu avô pescador antes dele. Fui
trazido para o mar com a idade de doze anos. Hoje com quarenta, são vinte e
oito domando o desconhecido.
— Vinte e oito anos debaixo de sol? Meu Deus. — Sorri virando-me uma
vez mais para as águas.
O pescador ficara com o olhar distante, como se fazendo a conta em
mente para saber se me dissera o tempo correto, e então, aproveitando-me da
breve distração, dei uma olhadinha mais curiosa em sua fisionomia,
observando suas mãos apoiadas no parapeito, marcadas pela lida com tarrafas,
e então em direção ao seu short desgastado, percebendo que ali dentro,
roçando a madeira do navio, havia um relevo proeminente.
Instantaneamente me senti excitar, e no balanço do barco, recostei-me a
exemplo dele, na amurada de madeira manchada de musgos, sentindo o
movimento das águas estimular meu membro, roçando-o levemente para um
lado e para o outro.
Aos poucos a sunga vermelha foi ficando recheada, e na aflição para
disfarçar, puxava assunto com o pescador para ver se ele se distraía, não
percebendo minha excitação involuntária.
Eu tentava controlar os pensamos a fim de fazê-la desinchar, mas quanto
mais me concentrava na tara, mais meu pau ficava duro.
— E seus filhos seu Pedro. Todos estudam? — questionei.
— Só o mais velho que não, ele está com dezenove anos. Preferiu seguir o
caminho do mar, e me ajuda nas pescarias.
— Sério? Que bom isso. Trabalhar em família — então quis saber — Mas
me diga, geralmente quantos pescadores vão para o alto-mar neste barco?
Ele virou-se a sorrir.
— Dez com meu filho. O Luciano.
Eu arregalei os olhos, tentando disfarçar a mala com a camiseta branca
que não a cobria por completo, então o observei afastar-se de volta ao leme, e
respirei fundo.
— Mas... como cabem dez homens nesse barco apertado seu Pedro? Dez
homens e um monte de peixe?
Ele gargalhou de lá, e senti o barco começar a virar para um pouco mais
distante da região de pedras. Aflito, não desgrudava de jeito nenhum daquela
amurada beijada pelas ondas, pois se eu me movesse um centímetro que fosse,
para a direta ou esquerda, o homem, que agora estava agachado a mexer em
algumas cordas, iria perceber o avolumado na sunga vermelha.
— Cabe moço. A maioria é tudo magro, então cabe sim. Cada um pesca
por sua família, e então dividimos os lucros ao fim do mês.
Eu sorri e ao longe avistei os primeiros sinais da reserva. Então tive que
questionar, sabendo que nossa decida estava próxima.
— E onde fica o banheiro seu Pedro? Não consigo vê-lo em lugar algum.
Ele gargalhou lá atrás e eu o observei uma vez mais. Agora olhava-me
parecendo analisar meu mau jeito encoxando seu ganha pão, e fiquei
constrangido por não poder me virar. Se eu o fizesse para conversarmos cara a
cara, não seria somente minha bunda grande que ele observaria delineada pela
sunga, mas também a pica avantajada.
— Banheiro de marinheiro é o mar seu Natanael. Se quiser urinar é só
procurar um vão qualquer.
Ou seja, os marinheiros mijavam no oceano.
Por um segundo, naquele balanço todo, sentindo a madeira do barco roçar
meu pau outra e outra vez, fiquei a imaginar um dia de rotina como pescador.
Pense só, um espaço apertado, sem ter para onde ir. Todos os dez homens
cintilando suor, e não bastasse isso, a cada hora, um deles se aproximando da
amurada, abaixando o short, e puxando a vara para fora, a fim de se aliviar nas
águas azuladas.
Eu tentava controlar a droga dos pensamentos a todo custo, mas era
impossível não fantasiar. Um membro de cada jeito: morenos, brancos,
avermelhados. Com as cabeças grandes, pontudas, algumas avantajadas. Pau
médio, pau pequeno, pau grosso. Inclinado para cima, para baixo, ou para o
lado. Fiquei imaginando seu Pedro parando um instante para descansar
daquela rotina desgastante. A rola dura apoiada sobre aquele peitoril tingido de
escuro, enquanto o jato prateado cintilava o sol e acertava o mar. Então, para
minha surpresa, a voz divertida outra vez ecoou as costas, aproximando-se.
— Ora seu Natanael. Não seja tão constrangido homem — eu estava
corado, o sol queimando meu rosto a ponto de deixá-lo vermelho — Pode se
aliviar daí mesmo, garanto que não corre o risco de um peixe pular e comer
seu berimbal.
“Berimbal?” — Eu sorri para ele ajeitando os óculos de sol — “Como
será que o pescador adivinhara? Como será que adivinhara que meu membro
era realmente inclinado para um lado, a exemplo de um berimbal?” — Apenas
meneei a cabeça sorridente, e o observei postar-se ao meu lado.
— É aliviar aqui no mar ou lá na ilha seu Natanael — ele disse
resmungando ao meu lado — Infelizmente banheiro chique para homem que
trabalha para o governo só tem nos cruzeiros que aportam aos fins de ano —
E dizendo isso, me assustei como na maior naturalidade, o homem ajeitou-se
ao meu lado, foi abrindo o botão do short, o zíper e puxando o mastro para
fora.
Não consegui desviar a visão de sobre aquela vara apontada para frente,
rumo às ondas. Ela estava mole, e com os dedos seu Pedro revelou a cabeçona
rosada que pulando para fora, logo verteu o fluído amarelo.
Meu coração acelerou. Eu respirei fundo, a urina dele cintilando o sol, e
então, discretamente aproveitei sua posição para seguir até próximo da casa de
máquinas, onde havia deixado a mochila com meus pertences.
Eu ajeitei meu pau, e então, sentei-me em um caixote a vasculhar em
busca de um short, mas para meu azar, não havia trazido. Certamente, na
pressa para visitar a prainha, esqueci nas areias do farol.
Então a voz de seu Pedro ecoou lá de fora, guardando o membro:
— Olha lá seu Natanael — ele apontava o distante — Chegamos ao
ponto turístico. Vamos nos preparar para aportar tudo bem?

[...]
A ilha era deserta. Naquele dia estava literalmente sem pessoas, já que o
movimento turístico só ocorria quando barcos traziam os interessados, porém,
em dia de festa, como seu Pedro explicara mais cedo, apenas ele tivera
coragem de se lançar ao mar.
Descendo à frente, pela escadinha improvisada, dei um mergulho antes de
subir para a areia, conseguindo amenizar a tensão. Minha camiseta ficara
completamente ensopada, e como era branca, deixava aparente meu tórax e os
mamilos rosados.
— E aqui estamos nós, a praia de Tinharé — ele disse parando ao lado,
ajeitando o chapéu sobre a cabeça.
— É uma reserva ecológica, não é? — Questionei.
— É sim seu Natanael, ninguém pode pescar, construir ou fazer sujeira na
ilha. Ela não é muito longa, mas tem uma grande diversidade de bichos.
Eu caminhei pela areia branca separando a máquina fotográfica, e
conforme andávamos, tirava foto das coisas que o seu Pedro ia me explicando.
Fotos de pássaros, lagartos, bichos selvagem. Passamos uma grande parte da
tarde ali, jogando conversa fora e desbravando a natureza, até que quando o
sol começou a descer no poente, sumindo no mar, seu Pedro disse que
precisávamos retornar porque a maré iria começar a subir, e as ondas podiam
ficar agitadas.
Eu concordei com ele, e pedi que apenas me desse um tempo extra para
tirar algumas últimas fotografias. Não podia deixar a ilha sem registrar aquele
belo pôr do sol que pintava o céu de alaranjado, e tão pouco, o gentil pescador
que me conduzira pela imensidão azul do mar da Bahia.
Assim, pedi educadamente a seu Pedro que se posicionasse de frente para
mim, mantendo as costas viradas para a embarcação e o oceano. O homem era
muito envergonhado, e então, após muito relutar, fez uma pose única e eu
pude registrá-lo.
Minha nossa. Como o físico do pescador era atraente. Ele tinha o peitoral
forte, e como estava com a frente da camisa desabotoada, me permitia ver a
deliciosa divisão que havia em seu tórax. Aquela trilha de pelos escuros que
seguia para dentro do seu short me deixava inebriado, e então, com um sorriso,
voltei a ele, que já preparava a escada para subirmos novamente.
— Vamos então seu Natanael? Não dá para esperar mais. Olha só a maré
começando a subir.
Eu atentei-me à água que começava a ensopar a areia. Aquilo era lindo,
mas também assustador. Apressei-me com a mochila, e ficando à frente dele,
apoiei meu pé na escada para subir. Porém, no movimento que fiz para me
erguer, senti as mãos do homem envolverem minhas coxas, apenas com a
intenção de ajudar-se a pegar impulso, e no nervosismo, acabei por deslizar na
madeira molhada, tropeçar e cair de cara na areia inundada.
Seu Pedro deu uma gargalhada e logo correu para me ajudar. Ele tomou-
me pelo braço e me ajudou a se erguer. Eu cuspia um pouco de água salgada e
ele continuava a rir com intensidade, e enquanto me limpava, senti suas mãos
procurarem meu corpo a me ajudar.
É claro que estranhei aquilo, aquela “liberdade” em remover a areia das
minhas pernas, tórax e braços. E então, desviando-me ainda sem jeito, voltei a
tentar subir a escadinha, e já lá em cima vi seu Pedro a lavar o rosto uma
última vez, fazendo sua prece pela viagem segura, então o homem molhou os
cabelos, e subiu em seguida.
— Você está bem seu Natanael? Se machucou? — Perguntou recolhendo
a escadinha. E eu, torcendo a camiseta ensopada, apenas ria junto a ele.
— Não seu Pedro, foi apenas um susto graças a Deus. Eu é que tenho que
pedir perdão para o senhor, pelo mau jeito e por deixarmos a praia somente ao
escurecer.
— Ora. Deixe disso seu Natanael, turistas sempre acabam aprontando
uma das suas. Teve uma vez que dois deles sumiram no meio dessa mata, e
quando consegui encontrá-los, já havia passado do horário do jantar.
Sentei-me em um caixote observando o homem acender um lampião. A
fraca claridade iluminava apenas a lateral do leme, e então ele ligou o motor
botando o barco para navegar, vindo fazer-me companhia na parte escurecida.
Sobre nós, o céu estrelado começava a dar o ar da graça.
— Se perderam foi? — Questionei quando o vi sentando-se ao meu lado,
em um caixote que trouxera.
— Se perderam o quê seu Natanael — o homem olhou para mim
tomando um gole de água e ofereceu-me. Eu, como estava com minha própria
garrafa, recusei, e ele continuou — Eram dois desses garotos que vem para o
carnaval a fim de aprontar, então, já bêbados, se esconderam por aí para fazer
suas safadezas.
Engoli em seco.
— Safadezas seu Pedro? Como assim?
— Ah. Você sabe seu Natanael. Safadeza de garotos. — O homem deu
uma gargalhada que ecoou acima do som de motor, o que acabou por me
assustar.
— Ah, sim, o senhor está falando de garotos gays?
— Esses mesmo seu Natanael. Esses mesmos. — e então, me encarando,
pôs-se a explicar — Mas olha, não me entenda mal. Eu não tenho
preconceitos, viu? Para mim, cada um que viva da forma que achar melhor. O
que importa é não prejudicar o próximo.
Eu sorri a seu exemplo, sentindo a brisa fria beijar meu rosto.
— O importante é ser feliz, não é seu Pedro?
— Chupando pica ou se deixando chupar seu Natanael.
Percebi que o pescador estava ficando muito assanhado com o cair da
noite. E lembrando-me de suas mãos a pouco, tocando minhas coxas, resolvi
ver onde aquilo podia dar.
— Mas continue me contando seu Pedro. O senhor chegou ao meio da
mata no exato momento em que eles estavam “brincando”?
O homem gargalhou dando batidinhas na minha perna desnuda, próxima
à sua. Eu senti um arrepio subir pela espinha.
— Eu não quis constrangê-los seu Natanael. Deixei que terminassem o
serviço, e só então fingi estar chegando.
— Aha. Então o senhor ficou de espionagem?
Ele deu outra gargalhada, e eu o percebi apertar o volume por cima do
short. Mesmo distantes do lampião, a claridade ainda permitia uma pouca
visibilidade.
— Olha lá seu Natanael. O senhor não me comprometa.
Eu sorri vendo o quanto ele era aberto a tais assuntos.
— Mas me conte homem, estava ou não espionando os tais turistas?
Ele ria e batia a mão na altura do meu joelho, aquilo estava me deixando
excitado.
— Fiquei vendo seu Natanael. E olha, só conto isso pro senhor porque
sei que já está indo embora de Salvador. Os outros pescadores não podem
sequer sonhar com isso.
— Ora homem — eu o repreendi — Mas o que você poderia fazer? Não
havia alternativa, era ficar esperando os rapazes terminarem seu chupa-chupa,
ou atrapalhá-los.
Bem a vontade com aquele jeitão dele de ficar batendo no meu joelho,
resolvi tomar confiança e começar a fazer o mesmo com o seu. Então,
conforme eu ria de suas conversas safadas, também ia dando tapinhas em seu
joelho, sentido a força de suas pernas.
— Mas me conte seu Pedro — resolvi apelar — E o senhor ficou só
olhando, ou... você sabe — flexionei minha voz para que ele entendesse o
duplo sentido.
— Pelo amor de Deus seu Natanael, o senhor está me comprometendo
homem.
Eu ri.
— Aha. Então o senhor aproveitou da cena, não foi?
Ele ria, e meneava a cabeça. E eu percebia que seus toques em minha
perna eram cada vez mais intensos. Então passei a me apalpar também, a
exemplo de como ele fazia em seu membro. Logo o pescador reparou em
minhas segundas intenções e em minha mala estufando a sunga.
— Confesso que aproveitei seu Natanael. Achei diferente ver dois homens
tendo relação. Eu geralmente os via se beijando na praia em época de carnaval,
mas daí vê-los tendo relação, foi diferente.
Então deixei escapar a pergunta que não queria calar.
— E o senhor ficou curioso para saber como era?
O homem reduziu a intensidade do riso, e eu fiquei sem jeito, temeroso de
que minha pergunta tivesse ido longe demais.
— Olha — ele começou naquele jeitinho arrastado — Curioso, curioso...
eu não fiquei — passou a se justificar — mas confesso que ver o moreno
sendo chupado pelo loirinho me deixou de espada em pé.
— Espada em pé?
— É seu Natanael, espada em pé.
Então ele ergueu-se e eu o observei ajeitar o short que estava bem
avolumado como minha sunga. Caminhando até o leme a fim de ajustar o
curso do barco, agachou-se recolhendo algumas cordas e ajeitando alguns
caixotes que atrapalhavam o caminho, retornou.
— Seu Natanael — ele aproximou-se de onde eu estava, outra vez
recostado na amurada do barco, no escuro, deixando que as ondas movessem
minha ereção pressionada contra a madeira — Acho que ainda vamos demorar
um pouco para chegar viu? As ondas cresceram e o motor do barco não
consegue ir mais rápido que isso.
— Ora seu Pedro — eu retruquei virando-me para ele — Não se
preocupe. O importante é chegarmos hoje, porque amanhã cedo retorno ao
Rio.
Ele gargalhou e senti escorar-se um tanto mais perto de onde eu estava,
tanto que seu braço roçou o meu.
— Que bom que o senhor não se importa seu Natanael — ele sorriu e
então, sem saber o que eu tinha na cabeça, estiquei minha mão para a região
baixa de suas pernas, e no escuro toquei sua mala. Ele nada disse, apenas ficou
olhando para o brilho longínquo da festa na areia, as mãos apoiadas sobre a
amurada do barco, fingindo nada sentir.
Percebendo que o pescador estava gostando daquela aproximação, resolvi
prosseguir dando leves apertõezinhos.
— Deve ser uma benção poder ter essa visão todo dia, ao retornar, não é
seu Pedro? — questionei, ainda com as massagens safadas em seu volume.
Sem desviar os olhos do mar, e apenas sentindo o membro pressionar minha
mão contra a lateral da embarcação, o pescador respondia como se nada
estivesse ocorrendo.
— Uma beleza seu Natanael, uma beleza — o senti dar mais algumas
imprensadinhas, e então ele sorriu virando-se rapidamente para mim, sem
graça — O senhor quer ver beleza é dia de fim de ano. O céu fica todo
colorido de luzes.
— Deve ser magnífico seu Pedro — retruquei quando ele voltou a olhar
para o distante, e continuei a pressionar seu membro. Então, ficamos um
instante em silêncio, até que senti, a meu exemplo, sua mão vacilante, também
procurar minha sunga. Deixei que a tateasse até encontrar o relevo, e assim
como eu fazia ao dele, ele começou a fazer ao meu. Respirei pesadamente.
— Seu Pedro — eu gaguejei, corroído pela sensação — Aqueles rapazes
que o senhor surpreendeu... — ele apertava com mais força agora, tentando
masturbar meu pau por cima do tecido — Eles... será que eles descobriram
que o senhor estava os vendo?
O homem respirou fundo, sem desviar os olhos do distante, e eu com
cuidado tentava enfiar minha mão pela cintura de sua bermuda, sentindo seus
pelos roçando meus dedos.
— Se descobriram não sei seu Natanael. Mas... — ele me percebeu
agachar ao seu lado, afoito para conseguir abrir seu zíper. Engoliu em seco,
trêmulo — Mas se... se tivessem descoberto... — tornou a engolir em seco
virando-se um pouco para facilitar minha busca — Acho que não teriam me
pedido para trazê-los no outro dia, certo? — Então, olhando para o topo da
minha cabeça, e depois lá para a casa de máquinas, ele me ajudou a desfazer o
botão, e vacilante, puxou a vara para fora, balançando um instante para
enrijecer. Eu imediatamente a abocanhei e o pescador revirou os olhos —
Nossa senhora — o ouvi suspirar baixinho enquanto degustava a cabeça inchada
de seu pau, com a minha língua molhada.
Ficamos em silêncio, apenas ouvindo o ruído do motor e o barco seguir
lentamente pela escuridão. Seu Pedro nada fazia, apenas olhava para os lados,
como se alguém pudesse aparecer no meio do mar. E bombando lentamente,
me sentia trabalhar com a língua.
— O senhor está bem seu Pedro? — questionei após alguns minutos e ele
gaguejou. Neste momento, agachado, eu já havia pinçado minha vara pela
lateral da sunga, e a acariciava enquanto mamava o pescador.
— Estou sim seu Natanael. Apenas ouvindo o barulho dos tambores na
praia. O senhor consegue ouvir?
Tornei a afastar minha boca de sua vara. Ela saiu toda melada de pré-gozo.
— Estou sim seu Pedro. Será que é a hora de despachar os barquinhos?
Ele suspirou profundamente quando tornei a enfiá-lo na boca.
— Nossa senhora.
Ele sussurrava baixinho cada vez que eu o sugava com mais intensidade,
então, erguendo minhas mãos às laterais de seu short, comecei a puxá-lo para
baixo, fazendo ceder por aquelas coxas bronzeadas, até passar pelos joelhos e
chegar aos pés. Seu Pedro pôde sentir a brisa marinha beijar a bunda desnuda,
e de olhos fechados, evitando olhar para baixo, não me percebeu retirar minha
sunga.
Agora, os dois homens naquele barco em meio ao nada, estavam apenas
de camiseta, desnudos da cintura para baixo.
Eu ergui-me e seu Pedro abriu os olhos. Nossas varas ficaram bem
próximas, e eu, cuspindo na mão, aproximei-as ainda mais, e só então ele as
fixou, observando-me masturbar as duas ao mesmo tempo. Resolvi apelar.
— Seu Pedro. Sua esposa não vai achar ruim de chegarmos tarde à praia?
Ele respirou fundo, e me acompanhou para a lateral do barco, olhando
para a praia iluminada. Seguia às minhas costas, e eu, molhando a mão de
saliva, umedecia a parte interna da minha bunda.
— Ela já está acostumada seu Natanael. O mar é algo imprevisível — ele
disse-me encaixando a vara no momento em que empinei a bunda em sua
direção. Pude sentir o pescador pincelando no meio dela, e ajeitando-me sobre
a amurada, ele começou a roçar em minha entrada.
A pica do pescador era quente e cheia de veias.
— Que bom seu Pedro — eu disse sentindo a cabeça de seu membro
tentando invadir musculatura — Isso é muito bom.
— É sim seu Natanael — ele ofegava tentando me alargar com os dedos
— É muito bom. Muito bom mesmo.
Eu me empinava um pouco mais sobre a amurada, e olhando para a praia,
levava minhas mãos às nádegas, abrindo-as para que ele encontrasse o orifício.
E então, piscando, relaxei para que no seu nervosismo ele conseguisse entrar.
A cabeça penetrou umedecida pela saliva, então, guiando a base, seu Pedro
enfim começou a entrar. Agora, depois de já haver me alargado, finalmente
começou o vai e vem vagaroso, respirando fundo, sussurrando baixinho.
“Engole, engole meu pau.”
Eu o ouvia retrucar enquanto meu orifício engolia sua vara, exibia um
sorrisinho revirando os olhos, porque a vara do pescador era larga, porém
agradável de acolher, o que facilitava a penetração.
Então senti quando ele tirou a mão da base, e apoiando as duas na
amurada do barco, imprensou-me contra a madeira. Mordendo os lábios,
sentia a deliciosa sensação das estocadas firmes, e me empinava mais, deixando
que seu Pedro sentisse toda a maciez da minha bunda, praticamente empalada.
“Isso, isso, engole, engole”.
Seu Pedro começou a bombar mais forte, e enquanto o fazia, eu sentia
meu tórax amassar contra a madeira do barco. Ele ficou a meter, meter, meter,
e quando percebi que respirava bastante ofegante, senti seu caldo quente
descer por minhas coxas, escorrendo até as panturrilhas.
Agora, afastando-me um pouco da amurada, ainda com ele fincado a
socar, pus-me a bater uma punheta rápida, e de tão excitado, esguichei na
madeira e alguns pingos caíram no mar. Fui diminuindo o ritmo
vagarosamente conforme o pau amolecia, e sorri aliviado com aquela loucura.
Seu Pedro então tirou a vara do meu orifício e virando-se a balança-la no
relento, limpou na sunga e passou a procurar o short perdido. O primeiro
tecido que tateou foi a minha sunga, que devolveu-me e em seguida achou sua
vestimenta, que trajou.
Eu terminava de ajeitar meu pau quando ele retrucou seguindo para o
leme:
— Bom seu Natanael. Acho que é bom irmos um pouco mais rápido, não
é? Para ver se chegamos mais cedo na praia.
Eu sorri, e caminhando até a mochila, peguei a máquina fotográfica. Na
frente do barco, próximo ao lampião, ele mexia em alguns botões e então senti
quando a velocidade aumentou um pouco.
Agora, aproximando-me outra vez, eu tive de pedir:
— Seu Pedro. Não me leve a mal, mas, o senhor se importaria se eu
guardasse uma recordação?
Ele olhou-me envergonhado, sem compreender, e então indiquei a região
entre suas pernas. Respirando fundo, observando a praia se aproximar, ele me
chamou para uma lateral contrária da casa de máquinas, e ali abaixou a calça
novamente.
Num clique com flash eternizei aquela imagem envolta por pentelhos
escuros.

— Obrigado seu Pedro — Despedi-me dele assim que o barco atracou e


ele o amarrou ao cais.
— Não por isso seu Natanael, e olha, quando retornar a Bahia e quiser
voltar à reserva, pode me procurar. Estarei aqui pronto para levá-lo.
Sorri por sua gentileza, e então, bastante satisfeito pelo passeio, joguei a
mochila nos ombros e tomei meu caminho rumo ao hotel.
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autorização escrita do autor.

Esta é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produto da imaginação.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, locais, fatos ou situações da vida
real deve ser considerado mera coincidência.

1ª Edição. 2020.

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