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Table of Contents
Coleção Desinibida
Parte 1
Parte 2
Uma Outra História
Lição de casa
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Julianna Costa
 
 
 
 
 
 
 

Doces Lições
Coleção Desinibida
 
 
Recife
2016
 
 
 
 
Gogo Books
 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610
de 19/02/1998.
 
Este livro, ou qualquer parte dele, não pode ser
reproduzido por quaisquer meios sem prévia autorização
expressa da autora.
 
Coleção Desinibida
 
“Pornografia” é definida como a arte ou literatura
obscena, conteúdo que possua apelo sexual ou qualquer
material que desperte pensamentos sexuais de forma
explícita. É a representação artística de algo natural ao
corpo humano, um estilo que deveria ser como outro qualquer,
mas que existe atrelado a permanente preconceito.
A Coleção Desinibida surgiu com o intuito de combater
esse preconceito.
Os contos dessa coleção não são apenas eróticos. Eles
são pornográficos. Feitos para serem apreciados na cama,
degustados na solidão ou em companhia, pequenas porções de
obscenidades para serem engolidas em poucos instantes.
Bom apetite!
 

 
 
 

Parte 1
 
Ela se chamava “Bianca”, mas deveria se chamar “Pecado”.
“Bianca” eram as primas inocentes e personagens
virginais de Shakespeare.
Ou, pelo menos, era isso que eu esperaria de uma Bianca.
Mas não essa Bianca.
Essa Bianca não era inocente.
Essa Bianca não era virginal.
Essa Bianca tinha lábios carnudos e um olhar erótico,
frases provocantes bem encaixadas e um cheiro de sexo que
parecia ser sua fragrância natural.
Essa Bianca era o Pecado.
Um que seria doce e maravilhoso se eu, algum dia,
decidisse prová-lo.
No entanto, não foi sempre assim. Preciso admitir que
sua existência, para mim, não foi sempre pecaminosa.
Não.
No começo, nossa interação era modesta. Comedida.
Na biblioteca.
Em grupos de estudo.
Nossas conversas envolviam assuntos jurídicos, trabalhos
da faculdade, dúvidas do estágio…
E então, era tarde e éramos os únicos na biblioteca.
No grupo de estudo.
E nossas conversas envolviam sonhos da juventude e
frustrações da vida adulta.
Nos tornamos amigos.
Amigos impróprios que conversam por olhares secretos e
mensagens de celular que precisam ser copiosamente deletadas
por receio de manter evidências.
Evidências de uma relação que a cada instante ameaçavam
mais e mais ultrapassar um linha da qual não haveria volta.
Nosso contato ficou mais intenso.
Quando eu lhe dizia como era linda. Quando lhe ajudei
com um problema pessoal que não me interessava nem um pouco.
Quando lhe abracei quando estava triste.
Tocava sua face e lhe beijava a testa.
“Sua esposa é uma mulher de sorte” ela arriscou certo
dia.
“Na verdade, estou separado” justifiquei depressa.
Nosso contato sempre inapropriado, mas nunca tinha sido
explícito.
Pelo menos não até aquela quarta-feira.
O dia maldito em que o conteúdo de suas mensagens
abandonaram o Direito e partiram para o Errado.
Era tarde da noite e eu bebia um copo de água na
cozinha.
Descalço. Usando nada além das calças do pijama.
O celular vibrou sobre o balcão.
Bianca.
Bianca estudando questões de concurso.
Bianca com uma dúvida.
Bianca querendo saber se eu estava ocupado.
Respondi suas perguntas.
“Não estou ocupado, não se incomode. Apenas me
preparando para dormir” digitei depressa.
Reticências em movimento na minha tela indicando que ela
digitava.
“Obrigada, professor! Durma bem! Não que dormir bem seja
possível nesse calor! haha”
Eu estava digitando uma resposta, devolvendo o
cumprimento, quando um novo balão surgiu. Uma nova mensagem
dela.
“Estou considerando dormir nua.”
Meu olhar se demorou nas duas últimas palavras de sua
mensagem.
Eu estava salivando.
O que eu deveria responder diante daquilo?
O que eu poderia responder diante daquilo?
Raspei os dedos pela tela, apressado.
“Não é uma má ideia. Acho que vou fazer isso também.”
Espremi os lábios, tateando o chão frio com os pés,
agarrado ao celular, esperando sua resposta.
“Tem certeza? O senhor não parece o tipo que dorme nu,
professor.”
Era uma provocação.
Eram brincadeiras.
Só que não eram.
Eram verdades disfarçadas de brincadeiras.
Um disfarce que enganava nenhum de nós dois.
“Não consegue me imaginar dormindo nu?” devolvi, com
imagens de gargalhadas divertidas.
Apenas brincadeiras que não eram brincadeiras.
“CLARO que consigo. Na verdade, PARAR de imaginar isso é
que é meu problema. Mas o senhor não parece o tipo que faria
isso… dormiria nu… fora da minha imaginação, é claro.”
O copo de água restava esquecido, suado, formando uma
pequena lagoa em formato de anel ao seu redor. Minha boca
salivava. Meus dedos sobre o teclado, querendo
desesperadamente impedir que a conversa morresse.
“Acho que vou precisar encontrar um modo de convencê-la
de que sou capaz, senhorita.”
“Eu só consigo pensar em um modo.” Arriscou. “Mas se
fizesse isso e o visse provar que eu estava errada… é
possível que o que acontecesse a seguir piorasse nosso calor
e suor infinitamente.”
A saliva que começava a escorrer pelo meu pau se tornou
um problema bem mais imediato que aquela em minha boca.
“Nesse caso, não acho que reclamaria do calor.”
Acrescentei.
“Reclamar? Nesse caso, acho que eu nem notaria o calor.”
“Me deixa constrangido, senhorita”.
“E eu ainda não falei sobre o que imagino do seu
tamanho.”
“Como poderia imaginar algo assim?”
“Não é difícil. Suas calças lhe caem bem demais.”
“Bem demais?”
“O corte é muito justo. Posso ver a pressão em sua
virilha.”
“Apenas se olhar diretamente”
“E como não olhar? Não dá para ignorar um volume desse
tipo, professor.”
Passei a língua pelos lábios, relendo a palavra
“professor” infinitas vezes, tentando ouvi-la através de sua
voz. Através de seus sussurros. Através de seus gemidos.
Minha ereção tímida, o cacete acordando e despertando
nas calças do pijama.
“Continua me constrangendo, senhorita. Mas, ao menos, me
sinto elogiado.”
“Não deveria. Diminui sua didática. Como lembrar de
alíquotas quando estou tentando calcular seu tamanho?”
“Espero que não faça isso com frequência ou não terá
bons resultados na prova.”
“Mas se eu fizer com frequência, talvez eu descubra a
resposta.”
Havia tensão em suas mensagens. Havia tensão em minhas
respostas.
Tensão nos meus dedos. No modo como eu segurava o
celular. No modo como eu pensava. No modo como meu pau
esticava o pano de minha roupa.
Talvez eu descubra a resposta.
Professor.
O celular vibrou em minha mão enquanto ela continuava.
“Por que não me diz? Assim eu vou saber de uma vez e
posso me concentrar melhor.”
“Senhorita, não acredito que seja apropriado”.
“40 cm? 30? Flácido?”
“Senhorita…”
“Ora professor, vou começar a achar que está com
vergonha… seria 20? 10 cm, ereto?”
Minha masculinidade gritou por socorro, implorando que
eu não a deixasse se divertir às minhas custas.
“Não lembro de já ter medido, mas acredite: não ficaria
decepcionada. Eu prometo.”
“Isso foi um convite?”
Meu coração pulsava na garganta.
“Apenas um fato.”
“Hm.”
Ela demorou para responder. Seu desaparecimento me fez
temer, não por ter sido inapropriado em excesso… mas por não
ter sido inapropriado o suficiente. Se ela tivesse
compreendido minha resposta como uma defesa, um pedido para
que parasse suas investidas, então ela sumiria. Minha
conversa erótica de meia noite estaria concluída e eu
ficaria ali: descalço em minha cozinha com uma meia ereção
que me causaria muita aflição e pouco prazer.
Dois minutos se passaram. Dois minutos inteiros. Dois
minutos que eu passei encarando a tela do celular, esperando
que algo fosse dito…
E, finalmente:
“Então, estou decepcionada. E o senhor me prometeu
exatamente o contrário.”
Ela calou.
Minutos se passaram.
Nenhuma mensagem.
Nenhuma reticência dançando na tela.
Ela se foi.
Bebi minha água e andando devagar pelo corredor até o
meu quarto.
Estava debaixo das cobertas contemplando as
possibilidades do dia seguinte… eu daria aula para sua turma
no último horário. Será que ela continuaria suas investidas?
Suas brincadeiras e provocações? Ou será que se esconderia?
Elas fazia isso, às vezes… as estudantes… Nos provocavam
por mensagens, emails e indiretas. Mas então olhávamos em
seus olhos, tocando seu braço com carinho e elas sumiam.
Vermelhas e envergonhadas.
Fechei os olhos, pensando em qual das opções Bianca se
enquadraria.
O celular vibrou, piscando no escuro.
Eu o peguei depressa, sentindo as mãos tremerem:
“Não vai mesmo me dizer?”
Sorri.
“Se eu disser 30 cm, me deixará em paz?”
“Depende… Flácido ou ereto?”
“Flácido.”
“Então, não. Não vou te deixar em paz.”
“O que quer dizer?”
“Não sei, ainda. E agora acho que preciso brincar comigo
mesma pensando em 30 cm. Posso te responder depois?”
Eu não soube o que responder, na hora.
Diabos, acho que eu nunca saberia o que responder.
Quase uma hora inteira se passou.
Encarei o escuro, descendo a mão entre as cobertas,
tocando minha ereção.
Pensando em sua boca e sua voz.
Suas mensagens como sussurros.
Chama-la até minha sala vazia, abaixar as calças e
dizer: “Você não queria saber o tamanho? Pois aqui está.
Pegue aquela régua ali em cima e meça. E depois enfie na
boca. Até a garganta. Quero sentir essa tua salivinha safada
e deliciosa na minha pele.”
E ela obedeceria.
Na minha imaginação, elas sempre obedecem.
A realidade dificilmente é diferente.
Eu prefiro quando elas obedecem.
O celular vibrou. Limpei a mão nos lençóis.
Bianca estava de volta:
“Fui mais de uma vez, pensando em você. Acho que seria
justo agradecer sua gentileza.”
O celular piscou e uma imagem quadrada e fora de foco
apareceu no aplicativo de mensagens.
No meio da imagem havia um ícone, um comando para fazer
o download da imagem.
Respirei fundo antes de tocá-la.
E a foto.
A foto.
A foto que seria minha perdição.
A foto que seria minha ruína.
Cliquei na imagem e vi seus seios tomarem a tela do meu
celular.
Um sinal bem ali sobre o mamilo. Os peitos arrebitados
em um ângulo que se encaixaria perfeitamente em minha boca.
Bianca era o Pecado.
Bianca era a ruína.
E amanhã… amanhã ela estaria sentada na primeira
cadeira, encarando o corte justo de minhas calças. Medindo o
meu tamanho.
Ela prometeu não me deixar em paz.
E era exatamente isso que eu queria que ela fizesse.
 
XxxxXxxxXxxxX
Um sinal sobre o seio esquerdo.
Um pontinho preto repousando a poucos centímetros do
mamilo enrijecido e rosado. O peso da carne fazendo pesar
suas tetas, arrebitando os biquinhos redondos até que
apontassem para os céus.
Eu queria sentir o peso daqueles peitos em minhas mãos.
O biquinho redondo apontando para o céu da minha boca.
E, acima de tudo, aquela porra daquele sinal delicioso
sob minha língua.
Eu não conseguia pensar em outra coisa…
Minha mente era apenas o corpo nu de Bianca. E o meu
sobre o dela.
Mordiscando sua carne.
Enrolando o bico do seu mamilo na minha língua. Como uma
azeitona gorda ou um grelinho inchado.
Ela teria me feito menor mal se tivesse me mandado uma
foto do meio de suas pernas. Coxas entreabertas exibindo
apenas um relance de suas carnes rosadas e úmidas. Uma
camada de pelos escuros sobre sua abertura? Talvez… mas ela
parecia fazer o tipo que se depilava.
Oh, por deus, que eu esteja errado.
Mulheres lisas não me causam ereções tão violentas. Um
homem precisa ter algo a que se agarrar. Pelo curtos,
espalhados. Grandes o suficiente para serem puxados.
Pequenos o suficiente para escaparem. Causando eterna
satisfação e eterno desespero.
Por deus, que eu esteja errado.
- Mas isso não faz sentido, professor. - a voz vinha de
algum lugar no meio da sala - O crédito tributário pode
existir desvinculado da obrigação?
Meu olhar queria fugir de mim. Sempre puxando-se para a
cadeira na primeira fila, à minha esquerda, onde ela estava
sentada.
Respirei fundo, com um sorriso calmo.
- Bem, isso depende de qual corrente doutrinária você
siga. Precisa decidir qual a natureza do lançamento, para
você.
Bianca cruzou as pernas.
Eu a sentia com meu olhar periférico. Sentia… mais do
que via.
A saia cinza escura e justa, descia-lhe aos joelhos. Mas
sentada, repuxando-a contra o assento, cruzando as longas
pernas grossas… o pano deveria cair ao meio das coxas e não
além. Estremeci, tentando recuperar meu raciocínio.
Por que ela precisou enviar uma foto daquelas tetinhas
pequenas e redondas? Pelos ou sem, uma imagem da sua xotinha
na tela do meu celular me causaria menor mal. Infinitamente
menor.
- O lançamento declara a existência do crédito? -
incentivei o aluno no meio da sala que, apesar de suas
dúvidas, parecia merecer menos de minha atenção que o pecado
de cabelos longos e escuros na primeira fila - Ou o
constitui? Ou é um pouco dos dois?
- Ou talvez nenhum dos dois? - o aluno provocou.
- Sim, talvez nenhum dos dois. Temos um criador de novas
tendências tributárias entre nós, senhores. - brinquei
fazendo a turma rir.
- Mas de verdade, professor. - riu com a turma - Qual
delas é a correta?
- Ora que tipo de pergunta é essa? - ela interferiu.
Colocou os cabelos escuros atrás da orelha, a ponta da
caneta contra os lábios carnudos e vermelhos. Um meio
sorriso, tocando a caneta com a ponta da língua. Me
provocando, sem dúvidas - Correta é a interpretação que
melhor sustentar a tese que dará ganho de causa ao seu
cliente.
- E se mudar de cliente? - desafiou a colega.
- Mude de interpretação. - virou-se de lado piscando um
olho.
- Professor? - o jovem no meio da sala buscou em mim a
mediação do conflito.
- Temos aqui uma advogada. - gesticulei para ela com um
gracejo. A turma se desfez em risadas mais uma vez.
Mas ela não riu.
Ela apenas me ofereceu um meio sorriso, antes de desviar
o olhar. A ponta da língua na ponta da caneta. As coxas
cruzadas sobre sua abertura de questionável existência de
pelos. Seus longos cabelos negros caindo sobre o decote que
escondia o sinal, próximo ao mamilo, que eu desejava mais
que tudo ver ao vivo.
Girei o pulso para verificar as horas.
Quinze minutos restantes.
Eu estava desconcertado, sentindo um princípio de uma
ereção que, pela minha vida, não poderia ser permitida.
- Se os senhores não tiverem mais nenhuma dúvida. -
anunciei - Estão devidamente liberados.
Ela não se demorou.
Me lançou um olhar com o canto do olho antes de se
retirar.
Um rubor em suas bochechas ou teria sido apenas
impressão?
Nenhuma palavra.
Nenhuma despedida.
Apenas um olhar.
Por que diabos ela precisou mandar uma foto dos peitos?
Qualquer outro relance de sua nudez me faria menor mal.
 
 
XxxxXxxxXxxxX
Devolvi a ata de presença na secretaria antes de me
enfiar em minha sala. Alguns minutos antes de partir para o
escritório.
Bianca.
As coxas grossas e cruzadas.
O sinal sobre o seio.
Alguns minutos antes de precisar sair.
“Estou considerando dormir nua”.
Tamborilei os dedos sobre o teclado do computador
desligado.
Meu celular em meu bolso, pressionando minha perna,
implorando por atenção.
Recuperei o aparelho e encarei a tela apagada,
considerando…
Meu polegar escorregou na tela, marcando os números que
serviam de código para destrava-lo. O ícone verde do
aplicativo de mensagens gritava para mim… Toquei no desenho,
procurando o nome dela. Era o terceiro da lista.
A foto era uma das últimas mensagens, de modo que apenas
a parte baixa ainda estava visível. A parte baixa do seio
direito.
Aumentei a imagem e senti a saliva me inundar mais uma
vez.
Peitos deliciosos capaz de fazer um homem adulto babar.
Eu me senti endurecer violentamente. O princípio da
ereção que eu trazia comigo desde que a senti cruzando as
pernas. Fechei os olhos e estava pensando em seus pelos mais
uma vez. Nas dúvidas acerca de sua presença ou ausência.
Massageei a protuberância avantajada em minhas calças,
considerando ambas as hipóteses.
Me enfiando em sua carne lisa, assistindo-a se partir
para mim.
Me enfiando em sua carne coberta, assistindo a mim mesmo
desaparecer em seus pelos femininos.
Eu sabia qual eu preferia.
Mas ambas eram hipóteses igualmente deliciosas.
Eu precisava de um banheiro ou de uma caixa de lenços.
Esporrar era quase inevitável.
Três batidas em minha porta.
Agarrei as bordas da mesa, fazendo a cadeira girar até
que meu colo e rigidez estivessem enfiados sob a proteção da
escrivaninha.
- Sim?
A porta se entreabriu e eu vi seus olhos eróticos, seus
cabelos escuros, o decote que escondia minha pinta perfeita.
- Professor? - aquela voz macia, melhor que em minha
imaginação. Desci uma mão pela perna, coçando minha ereção,
desejando que ela minguasse para diminuir meu desconforto.
- Bianca. - cumprimentei - Em que posso ajudar?
Ela entrou e fechou a porta atrás de si.
- Queria entregar os documentos.
- Os documentos?
- Sim, não está selecionando alunos para um projeto de
pesquisa? Eu vi a chamada no painel na secretaria. Aqui está
o material… documentos, resumo, currículo, questões
respondidas.
- Sim, mas… O fim do prazo para recebimento foi ontem.
- Oh. - tocou o topo dos seios e meu olhar se demorou -
Não poderia abrir uma exceção? Tive muito trabalho na
monitoria e…
- Sinto muito, senhorita. Se eu abrisse uma exceção para
você teria que abrir para todos.
Seus lábios se contraíram. Contrariada, mas resignada.
- Tudo bem, eu entendo. É uma pena, gostaria de poder
trabalhar com o senhor, professor.
Professor.
Eu a ouvia dizer aquela palavra e minha ereção saltava
rugindo, violenta.
Bianca girou seguindo para a porta. A saia delineava
suas curvas. Suaves e fartas. A imagem de sua bunda dobrada
sobre minha escrivaninha ocupou cada ínfimo espaço em meu
cérebro.
- Mas posso estender o prazo para todos os alunos. -
decidi - Mais uma semana talvez.
- Oh, obrigada, professor! - ela sentiu a liberdade para
se aproximar - Muito obrigada!
Não tive tempo para reagir antes que ela me puxasse
pelos ombros, abraçando-me de um jeito desajeitado: eu
sentado, ela de pé. Seus seios chocando-se contra meu
queixo, forçando seu perfume para dentro do meu corpo, me
fazendo morder meu lábio até senti-lo doer.
- Aqui. - mostrou a pasta transparente que trazia nas
mãos e talvez fosse agradecer mais uma vez… Os papeis
escorregaram pelo plástico espalhando-se pelo chão aos meus
pés - Oh! Perdão! - eu me curvei para apanhá-los no mesmo
segundo em que ela se ajoelhou, nos encontramos a meia
altura. Lábios intensos demais para tamanha proximidade. Eu
me afastei depressa e, no temor de proteger meus lábios,
deixei exposta minha evidente ereção.
Bianca lambeu o próprio sorriso. Eu a vi corar
profusamente.
- Interrompi algo, professor? - colocou os papeis
desordenados sobre minha mesa, ainda ajoelhada. Sua voz era
baixa e tímida. Como se ela soubesse quais palavras usar
para me provocar, mas ainda estivesse incerta sobre sua
própria capacidade em dizê-las.
- Não… - engasguei.
- Talvez... Talvez eu devesse ir? - sua mão apoiou-se em
minha coxa, brevemente. Talvez estivesse apenas me usando de
apoio para se por de pé. Talvez fosse algo mais. Era
impossível saber.
O toque foi breve, mas intenso. E então, ela estava de
pé e de costas, arrumando rapidamente os papéis sobre minha
mesa, enfiando-os de volta na pasta transparente.
Acho que a vi tremer.
Acho que a vi corar.
Corajosa em suas mensagens quando estava distante.
Insegura em seus atos quando ao alcance do meu toque.
Sua timidez me atraiu impetuosamente. A combinação de
seu interesse com sua vergonha era uma combinação muito
difícil de suportar.
A safadeza e a inocência convivendo em um corpo
escultural e diabólico.
- Não há pressa. – eu pretendia tocar sua cintura.
Era, verdadeiramente, o que eu pretendia.
Mas por algum motivo, meus dedos encontraram o zíper na
barra de sua saia. Item decorativo na vestimenta que servia
apenas para aumentar ou diminuir a fenda em sua coxa.
A ponta de meus dedos resvalando em sua pele, brincando
com o zíper. Um toque tão profundamente inapropriado que
enviava uma eletricidade incontrolável espasmando por meu
corpo.
Um calor que emanava de suas coxas. Uma lembrança da
pinta. Uma curiosidade sobre os pelos.
Meus dedos estavam agarrados a sua coxa. Meu olhar fixo
em sua bunda desenhada pela saia justa.
Ela não se afastou.
Um gemido muito baixo escapou de seus lábios com sua
respiração.
Agarrei a porção de carne sob meu toque.
- Achei que queria descobrir a respeito de certos 30 cm.
– sussurrei.
Ela se virou incerta. O lábio inferior trêmulo.
Sustentei seu olhar, assistindo-a engolir em seco
enquanto buscava confiança para o que queria fazer. Os
mamilos endurecidos eram pontos evidentes em sua blusa.
Pontos dos quais eu não conseguia desviar a atenção.
Sua mão estava no meu braço. Um aperto longo e demorado.
Uma carícia do tipo que jamais conheceu inocência.
Ela quer.
Ela quer muito.
Recostei contra a cadeira ainda prendendo os lábios
entre os dentes. Segurando sua mão, em um convite para que
se aproximasse. Usando todas as forças que tinha para
resistir ao impulso de me jogar sobre ela e me esfregar
obscenamente em cada centímetro de seu corpo.
Ela veio, obediente.
Eu adorava quando elas eram obedientes. Adorava vê-las
ali, sob controle.
Bianca escorregou para o chão. Prostrando-se de joelhos.
Abandonando o toque em meu braço para experimentar minha
coxa.
Um toque inseguro e frágil que parecia ser capaz de
fugir a qualquer instante.
Mas, ao invés disso, permaneceu.
E permaneceu.
Unhas me arranhando sobre o tecido. Avançando pela minha
coxa como se pedisse permissão. Até tocar meu pau, que
esticava as calças com impaciência, querendo para si aquela
mão de longas unhas bem feitas.
Ela se inclinou com um sorriso tímido. Descendo a mão
pela própria coxa ao se levantar, subindo o zíper escuro na
lateral da saia cinza, abrindo a abertura até seu quadril.
Uma abertura imoral libertando completamente uma de suas
pernas. Um arrepio se formou tomando meu corpo.
Bianca montou sobre mim e eu pude sentir seu calor em
minha virilha.
Forte e poderoso, me causando tonturas.
- Acho que seria justo agradecer sua gentileza, mais uma
vez. – suspirou, baixinho, entrelaçando as mãos em minha
nuca.
Fui eu o responsável por iniciar o contato. Fui eu quem
primeiro cedeu à perda de controle.
Mas acho que alguma parte, bem fundo, dentro de mim,
esperava que ela recusasse com educação. Fotos eram
privadas, era seguro. Sexo em uma sala da universidade era
um risco.
No entanto, ela estava no meu colo. E não existe no
mundo calor tão poderoso quanto o de uma boceta que começa a
encharcar. Irradiando-se para minha ereção, fazendo meu
sangue vibrar e ferver.
- Bianca… - tentei protestar, sem qualquer convicção.
Mas agora parecia ser ela quem tinha abandonado o controle.
Ela rebolou. Uma rebolada única. Lenta. Fazendo meu caralho
subir em desespero, determinado a rasgar cueca e calças para
tomar a bocetinha do outro lado das camadas de tecido, com
pelos ou sem.
Sexo em público é uma questão de sincronia.
Enquanto uma das partes resiste, nada pode acontecer.
Mas então, ou a parte insistente desiste e nada
acontece, ou a parte insegura abandona a defesa e aceita o
ataque. E quando se aceita o ataque, o controle se perde. E
então vem os corpos, o suor e os líquidos sem os quais o
sexo não é possível.
Colando nossos narizes, senti a pressão dos seus seios.
As mãos não abandonavam minha nuca, oferecendo-lhe toda a
estabilidade que ela poderia ter, em meu colo, sobre uma
cadeira tão frágil.
- Como quer que eu agradeça?
Era ela quem me tentava agora.
Ela quem me desafiava a perder o controle.
Meus punhos fechados, mantendo minhas mãos longe dela.
Os dentes travados sobre a boca, fazendo-a arder como o
inferno.
Seu hálito contra minha pele.
Bianca continuou a rebolar.
Esfregando a bocetinha quente em minhas roupas, fazendo-
a raspar em meu pau. Eu não consegui controlar um gemido.
E com o gemido, parece ter fugido de mim todo o
autocontrole.
Um único respirar. Um único gemido escapando entre meus
lábios. E, de repente, eu tinha aceitado o ataque: Não
conseguia mais controlar minhas mãos.
Eu não queria mais controlar minhas mãos.
Agarrei suas nádegas com um ímpeto que apenas se
consegue através do tesão bruto, comprimindo contra mim seu
rebolado.
- Professor... - murmurou dengosa, contra minha boca.
- Achei que você queria se esfregar em mim como uma
putinha.
- Hmhum. - concordou, com um gemido.
- Minhas putinhas, eu agarro pela bunda. - rosnei em sua
orelha antes de abocanhar uma porção dela.
Bianca exalou um gemido agudo, esfregando-se com mais
força. Torturando seu grelo com meu volume.
- O que mais você quer das suas putinhas? - pediu.
Encarei seus peitos com fome.
Ela compreender, com um sorriso:
- Meus peitinhos? - sorriu - É isso que quer? - veio ela
sussurrar em minhas orelhas - Quer mamar nas tetinhas que
você só viu pelo celular?
- Tira elas pra fora. - grunhi, sentindo minha razão
falhar - Coloca na minha boca. - agarrei sua bunda, trazendo
seu corpo para mim - Quero essas tetinhas de puta na minha
boca.
Ela soltou minha nuca, rebolando com o apoio de minhas
mãos nas suas nádegas. Puxou para baixo o decote e o
soutien, apenas de um dos lados, oferecendo-me o mamilo
redondo e arrebitado. Durinho como uma fruta madura, bom de
enrolar na língua. Mamei puxando sua cintura, forçando suas
coxas a se abrirem mais, enterrando-a no meu colo.
Eu queria me ver sumir dentro dela. Queria arrancar sua
calcinha e foder sua grutinha até que alguém chamasse a
segurança. Mas aquela porra daquele peito na minha boca.
Aquele caralho daquele mamilo durinho, como um carocinho
inchado na minha língua.
Agarrando suas ancas, guiando seu cavalgar sobre mim
como uma hipista. Uma hipista vagabunda e bem molhadinha.
Seus gemidos ascendiam, espiralando perigosamente.
Soltei o peito para calar sua boca.
- Shh. - pedi, com a mão em seus lábios. Seus olhos se
reviraram em luxúria, prendendo meu quadril e cadeira com
suas coxas roliças. Tomei-a por baixo da coxa, jogando-a
sobre minha mesa.
Sua bunda sobre meu teclado e a pasta transparente
Seus dedos eram ágeis no meu cinto, na minha braguilha.
Logo, havia um cacete longo e grosso, liberto em minha sala.
A cabeça vermelha exposta e encorpada, pulsando à medida que
expelia meu suco transparente. Suas unhas provocaram minha
cabecinha. Desenhando a glande com a popa do dedo médio.
Desenhando minha boca com sua língua.
Ela tinha um gosto delicioso de algo proibido. Tomei seu
rosto entre as mãos, fodendo sua boca com minha língua.
- Vai me comer agora ou ainda está constrangido?
Forcei seu corpo pela cintura, dobrando-a contra minha
mesa. Os peitos amassados sobre o meu teclado, o cu alinhado
ao meu pau, mas não era ele que eu queria. Estalei a mão na
bochecha de sua bunda.
- Isso aqui é uma extensão da minha sala de aula,
senhorita. - esfreguei minha ereção contra sua bunda,
fechando os olhos - Se for danada em minha sala de aula, vou
precisar te dar uma lição.
- Ah, professor… assim o senhor me faz querer ser
danada.
Mais um tapa na sua bunda, aquecendo minha mão, fazendo-
a gemer entre risadas baixinhas.
- Bem arrebitadinha, agora. - enfiei a mão pela
abertura, com o intuito de puxar a calcinha para o lado, mas
nada havia ali. Ela estava nua por baixo da saia. Nua na
sala de aula, cruzando suas pernas e experimentando sua
caneta. Nua em minha sala, montando meu colo como uma
cachorra no cio. Nua. Eu ia explodir dentro das minhas
calças - Bem arrebitadinha para eu comer bem fácil essa
boceta. Não gosto de putinha que me dá trabalho.
- Hmm… eu sou bem obediente.
- Mostra pra mim. - agarrei seus cabelos, com um tesão
tão poderoso que beirava o desespero. Meu sangue tinha
descido com uma violência tal que me fazia ver manchas
pretas - Então, mostra pra mim.
Ela arrebitou a bunda e foi lindo.
O corpo esbelto e curvilíneo dobrado sobre minha mesa,
empurrando o cu pra cima.
Agachei até o chão e enfiei as mãos por baixo de sua
saia, trouxe-a comigo quando subi. Levantando o pano até
expor sua bunda nua.
Beijei uma bochecha da bunda. Depois a outra. Afastando-
as para ver o botão rosado, e a abertura de sua boceta logo
abaixo. O mel que escorria por ela era tudo que me
interessava. Bem como os pelos discretos que cresciam de
cada lado como uma relva sacana nas margens de um rio que já
transbordava de tesão. Minhas mãos imensas eram quase do
tamanho das bochechas de sua bunda, mantendo-as bem afastada
quando raspei a cabeça injetada de sangue do meu pau,
lambuzando meu caralho no seu mel. Assistindo-a dar pulinhos
nervosos, sempre que eu atingia seu grelo.
- Não tenho camisinha. Minha putinha vai me deixar gozar
aqui dentro, ainda assim?
- Fora. - avisou - Mas primeiro você me come.
Levou outro tapa.
- Você responde. Mas você não manda. - dobrei meu corpo
sobre o dela, tentando alcançar sua orelha com os dentes -
Se tentar mandar em mim, apanha.
- Sim, senhor.
- Professor. - pedi.
- Sim, senhor - gemeu - professor.
Aquele “professor” gemidinho daquele jeito lindo.
Eu ia enlouquecer ou meu pau ia explodir. Difícil saber
qual dos dois eventos se passaria primeiro. Engoli dois de
meus dedos, enchendo-os de saliva, antes de usá-los para
encontrar o ponto certo da abertura da bocetinha. Guiei meu
pau com a outra mão até encaixá-lo no ponto que buscava.
Um pouquinho de pressão e sua carne cedeu. Abrindo-se.
Dando espaço para mim.
Bianca gemeu agarrada a mesa, enquanto eu a fodia
agarrado a sua bunda.
Quis apertar seus peitos, mas ela estava abaixada
apertando-os entre si e a mesa. Fiquei com a bunda.
Estalando tapas quentes até ver sua pele se avermelhar.
O suor cobriu seu corpo como um orvalho, e eu me curvei
sobre ela, soprando devagar em sua nuca, assistindo os fios
de cabelo úmidos se grudarem ao pescoço.
Ela sussurrava murmúrios desconexos. Pedindo mais.
Implorando mais.
Sua grutinha quente e molhada envolvendo meu pau por
inteiro. Apertadinha. Estimulando minha cabecinha como o
paraíso.
- Tem certeza que não quer meu leitinho aqui dentro? -
rosnei - Sua menininha parece estar cheia de sede.
- Tenho certeza. - conseguiu ofegar, antes de começar a
gemer.
Agarrei seu grelinho entre dois dedos e a ouvi ir até o
fim antes de sair dela, agarrando-me a minha extensão,
sacudindo minha carne dura como rocha até o esporro sair em
um jato alto melando as pernas de Bianca e o tapete.
Ela tentou se erguer, mas eu mantive uma mão em sua
coluna, mantendo-a dobrada sobre a mesa. Desci a mão pelas
suas coxas onde meu suco tinha lhe dado um banho, espalhei
minha semente, besuntando sua pele com meu leite, vendo-a
brilhar. Só então a deixei levantar.
- Vai ficar o dia assim? - pedi mordendo sua orelha -
Fica assim pra mim. Já que não quis meu leitinho. - ri
safado e ela agarrou os meus ombros, lambendo minha boca -
Pelo menos deixa ele nas tuas coxas, até o fim do dia, até
ele endurecer na tua pele. Pra você lembrar de mim.
- Claro que vou. - beijou minha boca, antes de descer a
saia de volta ao lugar - Sua putinha obediente faz o que
você mandar.
 
 
XxxxXxxxXxxxX
Eu já tinha colocado o paletó sobre o respaldo da minha
poltrona quando meu celular tocou em seu bolso.
Seria outra mensagem? Outra foto?
O nome de minha esposa brilhou em sua tela me causando
incômodo constrangimento.
- Alô?
- Marcus? Ainda está em aula?
- Não, já saí da universidade. Acabei de chegar no
escritório, o que houve?
- Você precisa conversar com sua filha! Eu desisto! Ela
não me escuta!
- Katarina, eu já te disse: Pamela precisa de limites!
Ela não precisa de um vestido Dolce & Gabanna novo, ela não
precisa de um macbook air e não precisa de uma mercedes. Ela
precisa de limites!
- Já suspendi a mesada dela! Marcus, eu não sei o que
mais você espera que eu faça!
- Espero que não lhe dê tudo que quer! Cede a todos os
seus mimos e ela se torna impossível. Ela é a criança,
Katarina! Não você!
- Acabou de fazer 18 anos! Não podemos tratá-la como uma
criança para sempre!
- Ótimo! Trate-a como uma adulta, então. Sabe o que
adultos fazem? Trabalham para ganhar o próprio dinheiro. Ela
precisa decidir o que vai fazer…
- Pare de forçá-la! Ela pode não escolher Direito!
- Ela pode não escolher Direito. Ela pode não escolher
Medicina. Ela pode não escolher pedagogia. - reclamei -
Temos uma lista bem longa de coisas que Pamela pode não
escolher. Quero saber quando ela vai, de fato, ESCOLHER!
- Você é impossível!
- Bem, então parece que sabemos de onde nossa filha
herdou a personalidade.
Ela desligou o telefone sem me dar qualquer resposta.
Melhor assim, eu não precisava de uma resposta.
Batidas na minha porta.
- Ocupado?
- Não. - ofeguei - Entra. - convidei meu sócio com um
aceno.
- Problemas com a patroa?
- Nada novo sob o Sol. - folguei a gravata.
- Ruim assim?
- Cara, não me faz conversar sobre isso.
- Tudo bem, tudo bem. - gargalhou, servindo dois copos
de uísque - Quero conversar com você sobre a causa da
Teryan.
- Hm. - recostei na poltrona.
- Mas antes - sorriu - Novidades com nossa jovem? -
ofereceu um copo.
- Filho de uma… - ri, aceitando o copo - Não acredito
que te contei essa história.
- Eu não acredito que me mostrou a foto de sua aluna
pelada.
- Não te mostrei a foto. - dei um gole, recebendo o
álcool com satisfação - Você tomou meu celular, seu ladrão
tarado.
- Hmhum… - riu de minha mentira - Vamos fingir que
acreditamos nessa história. Ela bem que podia ter sido mais
generosa com a imagem, han? Não havia muito ali.
- Um par dos peitos mais lindos que você já viu na vida
e você queria mais o quê?
- “Um par dos peitos mais lindos”? Marcus, você está
apaixonado? - urrou.
Eu ri, ridicularizando suas palavras.
- Já comeu a garota?
Lambi o sorriso, sentindo o sabor de uísque.
- Filho da puta! Como foi?
- Ainda não decidi se vou te contar!
- Mas é claro que vai! Puta merda, Marcus! - ele queria
rir, mas havia alguma preocupação no seu olhar - Mas você
está se cuidando para que não seja como da outra vez, não é?
Meu amigo, você sabe que eu não sou o tipo que entra pra
melar o prazer alheio, mas…
- Que merda você está falando? Você SEMPRE entra pra
melar o prazer alheio. - ri.
- Toma cuidado! - avisou.
- Sim, senhora, mamãe. - acenei.
- Porra, Marcus, eu to falando sério. - fez uma careta -
Você fode essas alunas e depois elas vêm bater aqui no
escritório e sou eu quem tem que resolver.
- Mas que merda, Edgar. Aconteceu uma vez! E quem cuidou
disso fui eu. E qual o teu problema? Você estava achando
ótimo o meu clima com a Bianca
- Quando era só uma foto. - murmurou - Quando vocês só
trocavam olhares e elogios. Quando você passava a mão na
cintura dela, com seus ares paternais de merda, só pra bater
uma em casa, pensado nela. Só umas safadezas no celular. Dá
pra apagar, fingir que não aconteceu. Sei lá… não parece
traição de verdade. Mas quando vocês partem pra ação, é
diferente.
- Nada de diferente. Foi só uns peitinhos. Estavam no
celular e depois em minhas mãos. Talvez na minha boca… - ri,
forçando meu amigo a se acalmar - Relaxe, Edgar! Eu sei o
que estou fazendo!
- Sabe mesmo?
- Nada que eu não tenha feito antes.
- É, e deu merda da outra vez, com a Aninha.
- Que merda? A Aninha ganhou um carro e você acha que
deu merda?
- Porque você não estava aqui no dia que ela apareceu
toda apaixonada, chorando como o inferno e querendo destruir
seu casamento, mesmo sem provas.
- Mas eu aprendi com meus erros. Demorei demais com a
Aninha. Essas meninas, Edgar, é melhor comer e largar
depressa. Duas, três vezes. E acabou. Sem deixar elas se
apaixonarem.
- Hmhum… porque se apaixonar é uma escolha. Tinha
esquecido disso. - ironizou - Porque uma menina na metade da
faculdade de Direito, conhece um professor como você -
gesticulou, sugerindo meu bom físico - que além de tudo é
inteligente, bom de papo, grotescamente rico e bem sucedido…
Você acha difícil mesmo ela se apaixonar? Só to dizendo pra
você pensar bem e tomar cuidado. Porque não quero ter que
resolver, se der merda.
- Vou tomar cuidado.
Ficamos em silêncio.
Goles de uísque.
Um desconforto.
- Nunca me contou o que disse pra ela sobre o seu
casamento. No semestre passado ela não notou sua aliança?
Girei o anel dourado no meu dedo. Edgar esperou uma
resposta.
Expirei, desistindo.
- Eu disse que estava me separando.
Edgar arregalou os olhos e eu achei que ele ia recomeçar
a discussão, mas ele apenas explodiu em risadas.
- Foi o clichê completo, então?
- É a melhor opção! - ri - E então quando for hora de
acabar, basta lhe dizer que eu e minha esposa estamos
tentando fazer dar certo.
- E isso funciona?
- Você lhe diz que ela é diferente, especial, mais
madura que as outras… aí a mulher acredita em qualquer coisa
que disser. Elas sempre querem ser únicas. É uma doença.
Levantou o copo em um brinde.
- Então, ainda vai render o caso?
- Mais uma fodinha ou duas. Não vai fazer mal. Ela tem
uma bunda, Edgar… uma bunda… - esfreguei os olhos - Acho que
talvez eu até segure por mais tempo. Talvez o semestre
inteiro. Pelo menos até ela me dar aquela bundinha.
Ele me ofereceu uma careta atravessada.
- O que foi?
- Você parece confiante demais para quem está se metendo
em merda.
Apoiei o cotovelo sobre a mesa e me inclinei sobre ele.
A inocência de Edgar me surpreendia.
- Edgar, e você acha que advogado se mete em merda sem
garantias? - sorri.
Ele não compreendeu. Ficou em silêncio esperando que eu
explicasse.
- Dessa vez é completamente diferente da Aninha. Eu
quero ser suave, quero me divertir com ela mais um pouco,
talvez comer um cu. Mas o fato é que eu nem precisaria ser
suave se não quisesse. - tamborilei os dedos sobre a mesa
até repousar o indicador sobre o meu celular - eu tenho uma
foto dela nua, esqueceu? Peladíssima com os peitinhos
arrebitados. Ela é jovem, ambiciosa, entrando no mundo
jurídico… Se ela pisar fora da linha, bem… digamos que eu
não vou precisar comprar um carro para ninguém dessa vez.
Ele dobrou o lábio, em genuína admiração.
- Você parece um mestre do Mal. Faria mesmo isso?
- Edgar… eu sou um operador da Lei. - dei de ombros -
Mas, às vezes, a Lei que vale, é a da Selva.
 
 
 

Parte 2
 
Ele juntou as mãos em palmas rápidas.
Era o professor mais delicioso que eu já tive na vida.
- Então, é isso. Já sabem o que fazer, nos encontramos
de novo, na próxima semana, no mesmo horário.
A barba curta e bem cortada, alguns fios grisalhos
prateando suas feições em um ar de maturidade e imponência
que poucos homens conquistam na vida. Um porte atlético
imoral, com seus ombros largos e peito rígido. Mas era o
olhar... o sorriso com o canto da boca. Era aquela
masculinidade que exalava de seus poros como um perfume
sacana feito para atrair mulheres e prendê-las bem perto do
seu pau.
Ele me causava tonturas, antes mesmo de ter me fodido.
Os outros alunos do grupo sorriem, se despedem e se
retiram. Eu fico para trás. Fingindo mexer em algo na minha
bolsa, guardar algo nas apostilas ou tirar uma última
dúvida.
Mas é tudo mentira.
Um desejo disfarçado de mentira.
Um disfarce que não enganava nenhum de nós dois.
Ele sabia exatamente porque eu tinha ficado para trás.
Um caçador havia se desenvolvido por trás de seus olhos
nos últimos instantes da reunião. Uma mensagem clara em seu
olhar: minha putinha não vai embora antes de me deixar fodê-
la de novo.
Uma semana desde nosso último encontro.
Nenhuma mensagem de minha parte.
Nenhuma mensagem da parte dele.
Apenas um aviso na aula seguinte, um anúncio de quais
alunos tinham sido selecionados para seu grupo de pesquisa.
E qual foi minha surpresa ao ver meu nome na lista? Nenhuma.
Ele queria meu intelecto? Ele queria a aluna que foi sua
monitora? A estudante engajada e participativa? Ou ele
queria a bunda arrebitadinha?
Respirei fundo, sentindo a tensão crescer no ar. No
ponto em que eu estava, não faria muita diferença.
Seria mais fácil se ele não fosse tão absurdamente
gostoso.
Tinha um jeito intelectual de tocar na barba bem
aparada, com um sorriso de homem mais velho que já
experimentou mulheres o suficiente para saber bem onde
lambê-las. Eu podia lembrar de sua língua em minha orelha.
Suas palavras flutuando no ar misturadas ao seu hálito
delicioso.
Seria mais fácil se ele não fosse tão absurdamente
sensual.
Seria mais fácil se eu tivesse certeza que estaria
sempre no controle.
Mas eu não tinha.
Não com ele.
Não há uma semana, em sua sala.
Certamente não agora, em uma sala vazia da universidade,
no último período do turno da noite.
Não havia ninguém na sala.
Inferno, não deveria haver ninguém no andar inteiro.
E, verdade seja dita, ele já tinha me comido com a porta
da sala destrancada. Me comer no escuro de um andar vazio
com a porta aberta não seria um salto muito grande.
Alguém esqueceu um celular sobre a cadeira e voltou
apressado para buscá-lo. O professor Marcus abriu um livro e
analisou alguma teoria aleatória antes de me pedir para
pesquisar sobre aquilo também. O retardatário sorriu e se
foi antes que sobrassem atividades adicionais para ele
também.
- Bianca… - ele suspirou quando meu colega não deu
sinais de retorno - Queria te pedir desculpas pelo nosso
último encontro. Foi… inapropriado, é claro. Em mais de um
sentido.
- Me pedir desculpas?
- Sim. Nós não deveríamos… Eu não deveria…
Eram palavras falsas.
Eu sentia bem ali.
Como as teorias aleatórias que ele queria que eu
pesquisasse. Palavras ditas ao vento porque ele não sabia o
que mais dizer e não queira ficar em silêncio. Mas sua voz
rasgou o ar e raspou entre minhas pernas. Aquecendo o lugar
que ele tinha tocado. O lugar que ele tinha invadido. O
pinto grosso e rígido abrindo passagem entre minhas carnes,
me fazendo salivar por boca e vagina em iguais quantidades.
- Professor… - sorri, trazendo calmaria para seu
discurso nervoso - Não me peça desculpas. Me ofende.
Ele expirou, devolvendo um sorriso.
- Gostei do que aconteceu. - havia uma gravidade
irresistível que me atraía para ele. Dei um passo adiante,
tocando a gravata que descia pelo seu peito, testando o
terreno para descobrir quais toques seriam aceitos.
Ele se demorou em um sorriso, indeciso sobre quais
palavras aleatórias usar a seguir. Por baixo da gravata, por
baixo da camisa… o peito firme que minhas mãos ainda não
tiveram oportunidade de explorar.
- Eu também gostei. - tocou meu queixo com carinho e eu
quase… - Gostei muito.
- Então… - meu sussurro era quase um gemido, enchendo as
palavras de sacanagem - talvez devêssemos repetir algum dia.
Tentei me afastar, mas seus braços me prendiam pela
cintura.
- Talvez devêssemos repetir agora. - lambeu o lóbulo de
minha orelha. As mãos escorregando pela minha bunda.
Duas coisas precisavam ser ditas sobre o homem:
Ele sabia o que fazer com uma causa.
Ele sabia o que fazer com uma mulher.
Destruiria as duas e não sequer precisaria de muito
tempo.
Suas mãos estavam nas nádegas que ele parecia gostar
quase tanto quanto os peitos.
Entreabriu as pernas, puxando-me com força pela bunda,
esfregando sua virilha na minha sem qualquer pudor.
- Ainda lembra do que eu gosto que minhas putinhas
façam? - seus dentes raspavam a linha do meu queixo, como se
ele estivesse indeciso sobre qual vontade o enlouquecia
mais: a de me foder ou a de me morder.
É claro que eu lembrava.
Ia conseguir me masturbar o resto da vida só pensando em
sua voz rouca me pedindo para lhe dar os peitos ou lhe virar
a bunda.
Desfiz os botões da minha camisa clara, até que ela
estivesse completamente aberta. Pretendi puxar o soutien
para baixo, mas ele empurrou o pano pelos meus braços,
tirando fora minha blusa e minha roupa íntima. O vento
entrava pela porta aberta, atravessando a sala e nossos
corpos até sair pelas janelas amplas. Uma brisa fresca e
delicada como suspiros em minha pele fervente, causando
arrepios que se combinavam aos que eram causados pelas mãos
rudes de Marcus.
- Tá arrepiada, minha princesa? - seu toque flutuou
sobre meus seios, ao redor dos mamilos, sem jamais tocar a
carne, atingindo apenas os pelos eriçados pelo poder da
brisa - Só aqui? - suspirou - Ou será que está arrepiada em
mais algum lugar?
- Acho que vai ter que descobrir.
Parecia existir algo naquele pensamento especifico que
lhe causava tremores. Livrei-me da saia e calcinha. Nua em
pelo… nada sobre mim a não ser a luz da lua e o olhar de
Marcus.
E como me atingiu seu olhar…
Havia desdém no contorno dos seus lábios. Uma travessura
libertina e obscena em seu olhar que recaía desavergonhado
sobre meus peitos, meus pelos sexuais… demoradamente sobre
meus pelos sexuais.
Lambendo os beiços como se pronto para se servir.
Havia pouca coisa nessa Terra que me deixasse mais
molhada que um homem polido com mãos rudes. E o Marcus era a
personificação da polidez. Até em seus trejeitos falsos e em
suas palavras aleatórias. Mas bastou que eu puxasse sua
gravata, desfazendo os botões dele como desfiz os meus e lá
estava: o animal. Rústico e precário se escondendo por trás
dos olhos claros e compostos. Mãos violentas e brutas
disfarçadas do toque cortês que escrevia suas lições no
quadro branco.
Agarrou meu rosto e meu pescoço, lambendo minha boca.
Meu peito nu contra o seu torso. Sua pele febril, os pelos
ásperos em seu tórax excitando o bico dos meus peitos.
Tornando-os rígidos e sensíveis
- Estive pensando nisso a semana inteira.
- Em quê?
Segurei a mão que estava em minha garganta e a guiei
para baixo, entre meus seios expostos, raspando suave pelas
minhas costelas, o princípio dos meus pelos, o espaço entre
minhas pernas. Ele abriu a mão buscando mais espaço e
agarrou meus pelos femininos com um gemido erótico de
profundo prazer.
- Acho que você sabe. - não havia muita força em sua
voz. Inclinou-se sobre mim, pesado. Não deveria haver muita
força em suas pernas também. Seus dedos brincavam com meus
pelos, acariciando-os e testando-os. Cócegas que beiravam o
limite de minha vagina mas nunca o ultrapassavam.
- Quero que me diga.
- O que eu disse sobre me dar ordens? - sua mão se
fechou sobre minha boceta, agarrando pelos e carne com igual
intensidade.
- Quero que me diga, senhor, por favor. - implorei,
manhosa.
Sua mão livre estava nos meus cabelos, repuxando-os com
força para me olhar nos olhos.
- Pensando em passar meu pau pelo teu corpo suado.
Enfiar meu cacete no teu cuzinho, com bem cuidado. Puxar
teus cabelos enquanto te escuto gemer.
Estiquei minha língua para fora e lambi sua boca. Ele me
olhou com fúria, como se eu não tivesse o direito de buscá-
lo. Seu pau ficou mais firme dentro das calças, pressionando
minha coxa quando ele se inclinou de volta, sugando minha
língua como se quisesse arrancá-la e levá-la para si.
Tirou o pau da cueca. Teso em suas mãos. As calças ainda
sobre os quadris, folgadas com o desabotoar, sempre na
iminência da queda. A camisa de seda branca aberta sobre o
seu torso, a gravata ainda caindo-lhe pelo estômago.
Dedos frenéticos em meu corpo, modelando minhas curvas,
enquanto a outra mão ainda na base de sua rigidez.
- Tenho arrepios só de pensar no que quero fazer com
você. - confessou ganancioso.
Eu tinha arrepios só de pensar no que ele poderia fazer
comigo.
Com frequência os tinha, depois do nosso encontro em seu
escritório. Depois que ele implorou por uma bunda
arrebitadinha e me fodeu com violência.
Eu gostava de um homem que mandava quase tanto eu
gostava de um que implorava.
E, em qualquer dos casos, eu só aceitaria os que me
fodessem com violência.
Meu tesão escorria entre minhas pernas em um mel grosso
fazendo minhas coxas deslizarem.
- Bem molhadinha. - aprovou - Já está pronta pra mim. -
a cabecinha deslizando no meu mel, dando tapas curtos contra
o meu clitóris, causando espasmos que eu não conseguia
conter.
Um único pulinho e ele sorriu.
- Minha princesinha safada. Não aguenta mais esperar.
Vou resolver seu problema.
Tapas do seu mastro duro contra meu carocinho ficaram
mais contínuos e fortes. Perdi o apoio dos pés e esbarrei
contra as carteiras atrás de mim. Derrubando cadernos e
livros, minha mão esbarrando contra uma porção de canetas e
meu celular. Marcus riu me agarrando pela cintura com um
braço poderoso, para manter minha boceta ao alcance de seu
membro rijo para que continuasse a me tentar como um
demônio.
Minha respiração se transformou em um gemido único
enquanto eu levava uma surra de seu pau. Tapas no meu
clitóris gordo, inchado e hipersensível. Agarrei seus ombros
com as unhas.
- Se me deixar marcado com essas unhas, vou deixar a
marca da minha mão na tua bunda, ouviu minha putinha? -
reclamou.
Eu queria a marca da mão…
Mas suspeitava que ele não quisesse a marca das unhas.
Agarrei o colarinho da sua camisa, os dentes expostos,
querendo cravá-los em qualquer coisa.
Seu queixo foi a primeira coisa que encontrei. Sua barba
arranhou minha língua.
Fui para sua garganta.
Mordidas rápidas e incontroláveis.
Ele vestiu a camisinha e me arreganhou contra a parede.
Meu joelho estava sobre seu braço e o único apoio que eu
tinha - fora seu corpo - era a ponta de um pé raspando no
chão.
Minha vulnerabilidade parece tê-lo excitado ainda mais.
Se enfiou em mim de uma única vez. Até o talo.
Movimentos breves misturando nossos pelos. E então saiu por
inteiro, menos a cabecinha, para se enfiar mais uma vez.
Violento, me comendo em estocadas únicas.
Abandonei o pudor e urrei. Sua mão sobre minha boca,
ordenando que calasse. O pau fundo em mim, exigindo gritos.
- Se não ficar quietinha, não te deixo gozar.
Mordi os lábio o máximo que pude, mas era impossível.
Impossível.
Marcus tinha um movimento que não era de deus. Como os
tapas que antes ela dava por fora e agora me tentavam por
dentro. Eu estava tão perto… no fim… além…
Um grito.
Ele gemeu um xingamento, saindo de mim e soltando o pau
para agarrar meus seios.
- Ai caralho… - murmurou - Como eu queria foder esses
peitinho… Vem aqui. - empurrou meus ombros para baixo.
Sentei, obediente, entendendo bem o que ele queria.
Arrancou a camisinha, jogando-a ao chão. Fiquei inclinada na
pontinha da cadeira agarrando meus peitos, forçando-os a
ficarem bem unidos. Marcus segurou a base do pau e ia trazê-
lo para o espaço apertado entre minhas mamas quando o aparei
com a língua. Uma lambida longa da ponta ao saco. Soltando
os peitos para arranhar suas bolas com as unhas que ele
tanto reclamava.
- Puta que pariu, Bianca. Vou gozar nesse caralho. Tira
a língua. - Sua mão se enfiou nos meus cabelos, puxando meu
rosto. O que não fazia qualquer sentido depois que pediu
para que eu afastasse a boca… Parecia que seu corpo não
concordava com sua decisão.
Deixei que colocasse sua extensão entre meus seios e me
apertei ao seu redor. Ele exalou um gemido longo e grave.
Movendo o pau entre minhas carnes.
- Isso, linda. - alisou meu rosto - Minha linda… minha
princesa…
Beliscou um de meus mamilos e não o soltou. Sacudindo o
peito inteiro pela porção presa entre seu indicador e
polegar.
- Meu Deus… como essas tetinhas conseguem ser melhor que
tua bocetinha? Você é toda deliciosa. - gemeu.
Seu movimento continuou entre os meus peitos até que o
jato quente atingisse meu pescoço. Afastou meus peitos com
um tapa erótico e sacudiu a própria carne, enquanto a cabeça
vermelha e imensa cuspia sobre mim seu leitinho quente,
roubando de seu dono gemidos e ofegos.
 
 
XxxxXxxxXxxxX
Ataquei minhas calças, depressa. Já estava atrasado para
o jantar.
Aquilo era bom.
Bianca era boa.
Bianca era uma maravilha.
Ofereci a minha nova princesa um sorriso gostoso. Um que
ela devolveu com incomparável alegria. Parecia preocupada
antes… nada que um bom orgasmo não resolvesse,
aparentemente. Limpou o excesso de meu esporro com uma folha
de caderno e vestiu a blusa por cima da pele brilhante.
Respirei fundo, me preparando para me despedir. Permiti
me aproximar para mais um beijo, antes disso. Um pouco de
carinho para minha princesa não se sentir como um objeto.
- Gatinha, eu quero fazer isso de novo. Talvez em um
lugar mais discreto. - indiquei a porta aberta com um tom
safado e um gesto - Mas… - acariciei seu rosto, para
prepará-la para o golpe - Mas não sei como vai ser… com meu
casamento, entende? Eu quero isso. Quero você. Quero
continuar. Mas… por enquanto, é só isso que posso te
oferecer.
- Orgasmos no escuro, em segredo e escondidos?
- Sinto muito, gatinha. Eu não diria isso se não achasse
que você não compreenderia. Você é uma mulher adulta e é
tão… tão mais madura que as garotas da sua idade… eu sempre
soube que entenderia.
- Hm. - concordou.
- Eu sei que entende que, às vezes, entre dois adultos,
um relacionamento pode ser só sexo. Não entende?
- Claro, claro. - acenou devagar.
- Posso te mandar uma mensagem, então? - alinhei seu
olhar com o meu, tentando ser fofo, esperando que ela
sorrisse - Marcando outra noite? Bem safadinha, só pra nós
dois? Quero te dar um presente. - acrescentei. É… isso ia
acalmá-la.
Ela sorriu e concordou.
Beijei sua bochecha devagar antes de me despedir. Estava
quase na porta quando escutei o som inconfundível de gemidos
gravados.
Mas o que…
Bianca estava no escuro. O rosto iluminado pela tela do
celular. O barulho de gemidos no vídeo que assistia era
evidente. Estava vendo pornô? Será que não tinha gozado?
- Bianca, o que…?
- Shh! - pediu, levantando um indicador.
Foi então que ouvi…
“Se me deixar marcado com essas unhas, vou deixar a
marca da minha mão na tua bunda”.
- Mas que porra… - avancei como um animal para o
aparelho em suas mãos. Tomei-o com violência para assistir a
mim mesmo fodendo uma garota no escuro. O ângulo de filmagem
não mostrava quem ela era, apenas eu. Apenas meu rosto.
Apenas meu pau. Apenas minha ereção se enterrando em pelos
púbicos que definitivamente não eram de Katarina.
Encarei Bianca com fogo nos olhos e ela sequer hesitou.
Apenas um sorriso. Apenas um aceno.
- Que merda é essa, Bianca?
- Termos do nosso acordo. - explicou com obviedade - E
antes de começarmos a conversar… Tenho uma amiga me
esperando no térreo, ela vai me dar carona. Se eu não
estiver lá em… - olhou para o relógio - meia hora, ela vai
chamar a polícia e contar sobre nós dois.
Minha cabeça estava girando. Ou talvez fosse o mundo
inteiro.
- Por que… por que isso?
- Caso você seja do tipo que fica violento. Eu não sou
idiota.
- E por que… - dei um passo adiante e era como se o chão
tivesse ficado mole sob meus pés. Como se não houvesse mais
firmeza no mundo capaz de me sustentar - Por que eu ficaria
violento?
- Porque eu te filmei e quero fazer um acordo.
- Um… acordo?
Ela ofegou, impaciente.
- Sinceramente, professor, não é tão difícil assim… Mas
se está tendo dificuldades em compreender, eu explico: eu
filmei você no meio de um ato carnal com uma mulher que não
é sua esposa. Agora, vamos fazer um acordo para que eu não
mostre esse vídeo para ninguém. E se você tiver alguma ideia
engraçada, minha colega lá embaixo vai chamar a polícia.
Entendeu agora?
Meu queixo caído. Minha boca em um grito mudo vazio de
palavras por segundos demais.
- Sua puta. - murmurei.
- Não, não. Putas são mulheres que trocam sexo por
dinheiro e eu… - hesitou, considerando o que diria a seguir
- Bem, acho que sou uma puta, afinal. - riu, dando de
ombros.
Eu quis colocar minhas mãos em seu pescoço e apertar.
- Está querendo me chantagear? Com esse vídeo aqui? -
balancei seu celular ainda em minhas mãos - E que tipo de
insanidade você acha que me acometeria para que eu te
devolvesse essa merda?
- A mesma insanidade que o acometeu a ponto de fazê-lo
esquecer da nuvem. Tudo é sincronizado com minha conta na
nuvem, automaticamente. Pode destruir o celular. Pode fazer
o que quiser com o aparelho.
O celular.
Ela estava falando:
- Então! Faremos o seguinte: eu quero um estágio no seu
escritório. Vai me pagar o dobro do que paga aos estagiários
normais e vai me dar atividades jurídicas de verdade para
fazer. Nada de servir cafezinho ou ficar puxando o saco do
chefe.
- Bianca, não está esquecendo de alguma coisa?
- Hmm… não, não acho que estou.
- Eu tenho uma foto sua. Pelada. Pe-la-da. - rosnei,
espremendo o celular no meu punho - se você mostrar esse
vídeo para alguém, sua puta, eu te devolvo a gentileza.
Ela sorriu. E então começou a gargalhar.
- Oh, querido. Homens são mesmo estúpidos. - enfiou as
mãos no decote do vestido e puxou o pano para baixo exibindo
os seios - Não sou eu naquela foto, meu bem.
Os seios redondos e arrebitados de mamilos perfeitos.
- Não é…
O sinal.
Não havia um sinal…
COMO eu não notei?
- Não. É só uma atriz pornô qualquer. Um printscreen
recortado de um jeito que me servia e uns filtros aplicados
por cima. Não sou eu. - tapou os seios de volta - Procurei
uma atriz que tivesse uma marca distinta no seio. Assim, se
disser que sou eu, basta que eu baixe a camisa até a metade
do peito e ta-dah! Qualquer um poderá ver que mentiu.
- Mas o vídeo… no vídeo é você! Se divulgar… - eu estava
entrando em pânico.
- Não aparece meu rosto. Não aparece quase nada… está
escuro. Fiz alguns testes antes e acabei de ver que deu
certo.
- Fez… fez tudo isso só para… - larguei o celular no
chão e enfiei as mãos nos cabelos.
- Na verdade, eu pretendia ter feito isso desde a
primeira vez que transamos. Mas… - deu de ombros - me
distraí. Você é gostoso, gatinho. Uma verdadeira delícia de
foder. Teria sido mais fácil se não fosse gostoso. Já teria
conseguido o que precisava desde a semana passada. Mas você
me agarrou com força, me jogou contra a mesa e… confesso ter
esquecido do celular e dos meus planos.
Fiquei em silêncio processando tudo que ela tinha dito.
Eu ainda não conseguia acreditar.
- Quase me dói terminar nosso caso assim. - ela se
aproximou, enrolando minha gravata na mão, sussurrando seu
hálito venenoso, mas tão tão bom, era patético como eu
estava ficando excitado mais uma vez - Você é um espetáculo
de se ter entre as pernas. Apesar de que… - riu baixinho, os
lábios carnudos ao alcance da minha língua - não sei que
sistema métrico generoso foi esse que encontrou para dizer
que isso aí são 30 cm, flácido.
Ela riu e eu quis virá-la de costas e fodê-la com força.
No cu. Sem lubrificante.
Enfiei o indicador em seu rosto. Ela sequer pausou.
- Se você mostrar isso para alguém, eu…
- Já sei. Vai mamar nos meus peitos, me comer de quatro…
já sei o que faz com suas putinhas. - largou minha gravata,
com uma expressão que me causou temor - Só tem um problema
que não antecipou, querido: eu não sou putinha de ninguém.
- O que você quer? - rosnei.
- Quero poder crescer no meu trabalho na mesma
velocidade que um homem. Não quero ficar servindo cafezinho
e sendo o motivo de conversas nos jantares dos sócios por
dois anos. Para terminar meu curso sem ter provado meu
verdadeiro valor jurídico e perder minha vaga para algum
cara que só conseguiu ir mais longe que eu porque não foi
visto como um pedaço de carne.
- Isso é hipocrisia. Muitas mulheres conseguem…
- Que seja, então sou uma puta hipócrita. Não me
importa… Quero um estágio. O dobro do salário. Participando
de causas de verdade. Causas importantes. Vou ficar lá por
dois anos. Quando eu me formar, você vai me dar a carta de
recomendação mais maravilhosa que sua mente já conseguiu
elaborar. E talvez até me consiga algumas entrevistas… por
que não?
- E é isso?
- E é isso. Eu não mostro esse vídeo para sua esposa.
- E se eu estiver me separando? E se eu não me importar
que ela veja?
Bianca revirou os olhos em descrença.
- Você é casado em comunhão universal de bens. Disse
isso em uma de suas primeiras aulas. Algo me diz que não
pretende perder metade dos seus direitos sobre um dos
maiores escritórios jurídicos do país para uma ex-mulher.
Não… acho que vai morrer casado com ela. Mas se estou
errada, ótimo. Não me dê nada do que pedi e pague pra ver.
Espremi os lábios.
- Deu em cima de um homem casado… arriscou a integridade
de um casamento… para conseguir um estágio?
- Pelo que imaginei, seria vitória de qualquer modo.
- Vitória de qualquer modo?
- Hmhum. - acenou - Eu daria em cima de você… se você me
rejeitasse por ser casado, você é decente e ok. Se você
retribuísse, é um verme traidor que ia merecer cada gota do
que eu pretendia fazer.
- Eu sou o verme? EU SOU O VERME? A culpa é sua! Você
que me seduziu!
- Oh, pobre super-advogado indefeso. - fez uma careta
falsa - Eu não fiz nada errado. - deu de ombros, cética - Eu
sou solteira e não tenho nenhum vínculo de obrigação ética
com a universidade. Nenhuma dessas duas coisas pode ser dita
a seu respeito você. Se você fez a coisa errada, a culpa é
sua. Assuma.
- Não tive escolha.
Ela riu alto.
- Botei uma arma na sua cabeça e ordenei que você me
comesse de quatro. - concluiu sarcástica.
- Bianca, isso não é uma piada!
- Eu nunca disse que era. É sério pra mim. É MUITO sério
para mim. Mulheres não são objetos. A Aninha não era seu
objeto. - rugiu com fogo nos olhos e eu me senti tremer - Eu
não sou um objeto, sua esposa não é um objeto. Nós não
existimos para o seu prazer e conveniência. Me irrita que
exista, no mundo, homens como você: que veem mulheres como
uma vagina molhada e nada mais. Mas, se homens como você
existem, então que façamos bom uso deles… - levantou uma
sobrancelha - Que isso lhe sirva de lição, professor…
Próxima vez que achar que está fodendo uma mulher, cuidado…
é mais provável que ela esteja fodendo você.
Eu tremia.
Eu tremia por inteiro, com meus punhos travados e minha
mente confusa.
Não saber o que fazer é o tipo de coisa que não me cabe
bem.
- Ora, vamos, Marcus querido. - piscou um olho - É só um
estágio. Foi só um pouco de sexo. Eu achei que fosse maduro
o suficiente para entender que, às vezes, entre dois
adultos, um relacionamento pode ser só sexo. - estreitou os
olhos enquanto buscava minhas palavras em sua memória - Não
é?
Um estágio.
Um estágio para desaparecer com aquele problema.
A puta maldita me tinha entre os dedos. Uma coleirinha
fodida agarrada ao meu pescoço. Uma coleira que só ela
poderia apertar ou folgar. E por algum motivo insano e
sacal… eu queria que ela apertasse.
E…
Apesar de meu ódio, apesar de minha frustração, apesar
de minha descrença… Seu plano foi genial. A execução, com
maestria. Uma mulher inteligente disposta a ultrapassar
algumas barreiras para conseguir o que quer, sem nunca - ela
mesma - fazer algo que pudesse ser apontado como errado. Uma
operadora da Lei que entendia que, às vezes, o que vale é a
Lei da Selva…
Ela seria uma advogada incrível. Uma bela adição ao
escritório.
- Um estágio. O dobro do salário. Causas de verdade. Uma
carta de recomendação. E sua promessa de nenhuma surpresa ou
alterações. De acordo? - ofereci minha mão e ela a apertou.
Seu toque foi intenso. Seu indicador deslizando pelos
meus dedos como uma carícia erótica.
- De acordo. - murmurou devagar, fazendo minhas
entranhas ferverem.
Aqueles peitos.
Aquelas coxas.
Aquela mulher que me dobrou andando com suas saias
deliciosas pela minha sala todos os dias.
Ia ser o inferno aceitar aquilo.
Aceitar que ela estava no controle.
Não eu… ela.
Sua mão se demorava na minha.
Uma carícia interminável.
Olhares que não se afastavam.
- Só uma mudança no acordo. Uma prova de boa fé.
- Mas que merda, Bianca… isso não é um bom começo.
- Marcus, se você vai ser meu putinho, precisa aprender
como se comportar.
Minha virilha se aqueceu.
- E eu gosto dos meus putinhos obedientes. De joelhos.
Gosto que meus putinhos saibam o que fazer com a língua -
provocou - Você sabe? Ou só finge que sabe? Assim como finge
que tem 30 cm?
Eu a empurrei com força contra a mesa, ouvindo a rir.
Um som que me causaria torturas. Pesadelos e sonhos
repletos de ereções que eu nunca conseguiria controlar.
- O que você quer?
- Quero gozar, querido. Você tirou bem no instante que
eu ia começar. Não faça isso de novo, han? - lambeu minha
boca.
- De novo? - ergui a sobrancelha.
- Nunca mais. - sussurrou, demoníaca.
Ergui seus joelhos, a banda de sua bunda sobre a mesa.
- Você quer gritar? Tudo bem. - rosnei contra sua boca -
Vou te fazer gritar.
- Só tem quinze minutos antes da minha amiga chamar a
polícia. - lembrou, olhando para o relógio e a vontade de
apertar seu pescoço voltou.
- Filha da puta… Não pode…?
- Quatorze minutos e cinquenta segundos…
Me coloquei de joelhos arrancando sua calcinha depressa,
enfiando-a no bolso.
- Isso aqui eu vou levar pra mim. - avisei, antes de
enterrar minha boca em seus pelos.
Seu caroço já estava inchado e sensível, bem molhada do
seu suquinho, eu o enrolei na língua devagar, seus dedos
enfiados em meus cabelos.
Abracei suas coxas abertas, usando as pontas dos dedos
para afastar suas carnes. Macia e quentinha. Enfiei minha
língua bem ali e ela gritou. Foi baixo e rouco, mas um grito
ainda assim. Era melhor que eu demorasse menos de quatorze
minutos ou a polícia não seria meu único problema. Fodendo
sua bocetinha com minha língua, me inundando no seu gosto.
Eu estava ficando excitado de novo. Sua calcinha queimando
no meu bolso. Bater uma com sua calcinha enfiada no nariz
seria inevitável. Enquanto seu cheiro persistisse no frágil
pedaço de pano, eu o utilizaria, mesmo sabendo que jamais
seria tão bom quando o cheiro que me invadia agora.
Úmido e direto da fonte.
Suas unhas descendo pelo meu pescoço, me arranhando por
cima da blusa. Soprei devagar na superfície de sua pele
dourada, tentando refrescá-la antes de receber minha língua
de novo.
Bianca apertava as coxas dificultando meu trabalho e
levou um tapa na parte interna da perna por causa disso.
- Não rebola essa boceta ainda, que eu não terminei.
Um tapa na minha cabeça.
- Rebolo a porra que eu quiser. E se parar de chupar,
apanha de novo. - chiou.
Meu pau, dentro das calças, estava tão duro quanto
jamais ficaria. Mas eu não o recompensei pelo que quer que
fosse. Não acho que Bianca aceitaria.
Chupei Bianca até que seus gritos de clímax fossem
inconfundíveis, e continuei lambendo depois disso.
Ela empurrou a saia para baixo, limpando saliva dos
cantos da boca.
Minha nova estagiária.
Ela pulou da mesa, recolhendo seus itens. Pausou ao meu
lado em seu caminho para a porta. O cheiro de sexo nela me
embriagava. Me fazendo querer que ela ainda não tivesse
gozado ou que nós tivéssemos mais tempo… qualquer coisa para
que eu pudesse me enfiar em seus pelos de novo e lamber seu
mel. Seus dedos longos e macios, seu sorriso picante de
lábios cheios…
- Seja bem vinda. - rosnei, com sarcasmo.
- Obrigada, chefe. - Uma carícia em minha face com os
nós dos dedos, desenhando a lateral do meu rosto até o meu
queixo, me fazendo sentir seu cheiro, seu gosto, sua
eletricidade - E não se preocupe! Eu vou me encaixar
direitinho.
 
 
 

Uma Outra História


 
Eu podia contar duas coisas boas na volta às aulas.
Primeiro, eu finalmente tinha 18 anos e ia ter um pouco
mais de independência. Ou, pelo menos, fingir ter um pouco
mais de independência já que entre meu pai controlador e
minha mãe neurótica era pouco provável que eu pudesse
colocar os pés fora de casa sem um monitor GPS preso no
tornozelo. Quero dizer... eu ainda não tinha uma carteira de
motorista nem idade legal para beber e já sentia que minha
mãe queria instituir o GPS de qualquer modo... Imagina
quando eu me enfiasse em um veículo automotor e saísse para
comprar bebidas para a festa na casa de algum amigo. Ela ia
me matar. Ou morrer. Provavelmente as duas coisas. Mal sabia
minha pobre mãe que eu já tinha dirigido. E bebido. Embora
nunca tenha feito as duas coisas combinadas.
Verdade seja dita, tinha pouca coisa que eu ainda não
tinha feito nessa vida.
Eu nem coloco “perder a virgindade” nessa lista, pela
falta de interesse no tema. Perdi minha virgindade, pela
primeira vez, aos 16 anos e depois disso repeti o feito mais
algumas vezes. Bastava eu arranjar um namorado novo e era
“eu sou virgem, lindo, estava esperando por você” e lá se ia
minha virgindade mais uma vez. Em um determinado mês da
minha vida, perdi minha virgindade todas as segundas-feiras.
Homens são idiotas e acreditam em quase qualquer coisa
que você lhes diga, desde que você os faça se sentirem
especiais.
Sexo era um tema livre na minha vida, embora meus pais
nem sonhassem com isso.
E é justo nesse assunto que entra a segunda coisa boa na
volta às aulas.
O professor Thomas.
Ele era recém-formado, com 22 anos, e era gostoso
daquele jeito que quase te faz querer prestar atenção na
aula. Ser a melhor aluna que sabe todas as respostas, só
para ele sorrir pra você e te chamar de boa menina.
Mas ele ensinava geografia que acontecia de ser a
matéria que eu mais detestava. Eu e 90% do planeta, com
certeza. Eu juro que geografia é a maior coletânea de
assuntos inúteis... Por que diabos alguém precisava saber
que uma ilha é uma porção de terra cercada por água? Porque
olha... eu tenho uma novidade para contar para os geógrafos:
continentes também são porções de terra cercadas por água,
seus gênios, só são porções maiores.
O único geógrafo do planeta que eu tolerava era o
professor Thomas. Na ilha, continente ou em qualquer outra
porção de terra ou água, eu o toleraria sem reclamar.
Minha grade curricular dizia que eu teria aulas de
geografia nas terças e quintas, o que significava que eu
precisaria dormir cedo nas segundas e quartas. Ocupar uma
cadeira na primeira fila tinha sido uma questão de
sobrevivência para mim no último ano e não ia ser diferente
agora.
 
XxxxX
 
 
Dar aulas para adolescentes era uma atividade ruim. Eu
sempre soube que eles eram criaturas entupidas de hormônios
com as quais não se pode dialogar, isso sempre me irritou,
mas eu lidava com isso.
Ser professor substituto era mais divertido porque
minhas responsabilidades com eles era sempre minimizada e
era uma grana extra. Mas aí eu fiz um bom trabalho, a escola
me contratou e bem... eu pretendia terminar meu mestrado
antes de começar a viajar em projetos, então... por que não?
Lidar com os adolescentes seria difícil, mas seria um
aprendizado. Um que eu estava recebendo de modo humilde e
satisfatório.
O problema é que a partir de uma determinada idade as
meninas se tornam mulheres, e algumas delas fazem isso
rápido demais de um jeito que te desconcerta.
Principalmente quando uma delas tem um par de olhos
escuros hipnotizantes, uma boca sempre recheada de um
suculento batom vermelho, um jeito safado e curvas que pedem
língua.
Não sei por que ela precisava sentar sempre na primeira
fila. Para mim, seria melhor se ela escolhesse um lugar no
fundo da sala, onde eu pudesse fingir que ela não existia.
Mas nunca acontecia. E aula após aula, lá estava ela.
Tirando minha paz e minha concentração.
De que ia me servir gozar pensando em uma garota que,
provavelmente, preferia gastar seus dias provocando todos os
meninos da sala com seus olhos escuros, seu batom vermelho e
suas curvas insuportáveis?
Restava ao meu amigo, Alan, ouvir minhas aflições. Ele
brincava e dizia que era melhor eu me masturbar pensando
nela e acabar com isso. Mas parecia errado. Então, eu só
descarregava minha frustração nele e esquecia o resto.
Eu só precisava sobreviver esse ano. Só isso.
Meu celular tocou e eu vi a notificação de mensagem. Era
o nome dela na tela e... como ela tinha meu número?
“Professor, boa noite, não lembro qual a página da
tarefa que o senhor passou hoje. Poderia repetir?”
Minhas mãos suavam quando eu digitei apressadamente.
“Boa noite, Pamela. São as páginas 12 a 14 do caderno de
exercícios.”
“Obrigada!”
Ela colocou um emoji sorridente depois do seu
agradecimento e minha virilha estava incomodada.
Travei o celular, mas o sorriso safado estava na minha
cara e destravei o celular de volta.
“Alan, você não vai acreditar! Lembra da Pamela, a minha
aluna gostosa? A que tem aqueles peitinhos que eu queria
lamber? Ela tem meu número e acabou de me mandar uma
mensagem!”
Eu fiquei rindo pro celular esperando a resposta
descarada do meu amigo quando meu celular apitou mais uma
vez.
“Ahm... Número errado, professor. Ainda é a Pamela.”
Eu tentei engolir a seco, mas havia areia entupindo
minha garganta inteira.
Puta que pariu.
Reli a mensagem que eu tinha mandado, me perguntando se
havia algum modo de me livrar daquilo. Algum modo de simular
um engano ou fingir que não era eu.
Mas não havia.
Eu estava fodido.
Ia perder meu emprego. Minha reputação. Bastava ela
mostrar aquilo para o diretor e eu nunca mais conseguiria um
emprego na vida. Eu teria que me esconder na China se
quisesse participar de algum projeto. E talvez nem assim...
Respirei fundo, como pude, e resolvi apelar para a única
solução que eu tinha.
Se não era possível sair do buraco, o jeito era me
afundar ainda mais.
Digitei o mais depressa que pude.
“$500 para você não contar para ninguém?”
Eu não consegui respirar pelo minuto inteiro que ela
levou para responder.
“$800 e eu deixo você lamber meus peitinhos.”
 
XxxxX
 
 
Eu fiquei para trás quando meus colegas saíram da sala
para o intervalo.
Os lábios rígidos em antecipação. O professor Thomas
fechou a porta depois do último aluno e virou-se para mim
com a mão no bolso. Se aproximou, expirando, demonstrando
uma exaustão típica de estresse.
Retirou a mão do bolso e eu vi as notas na sua mão.
Mas quantas notas? Qual acordo ele teria aceitado?
Peguei o dinheiro na sua mão sem lhe dizer uma única
palavra. Contei as notas, sentindo meu coração bater na
garganta. Minha contagem ultrapassou 500 e minha vagina se
contraiu inteira.
$800.
Ele estava me pagando o pacote completo.
Olhei para a porta da sala e vi, nos seus olhos, que ele
tinha a mesma preocupação que eu. Mas seu tesão parecia
estar em conflito com sua consciência.
- Não... esquece. – sussurrou, desajeitado – Fica com a
grana. Mas vai com seus colegas. – murmurou baixinho. Sua
boca tremia como se ele implorasse.
Tão lindo.
Tão lindo constrangido.
Tão lindo implorando.
Tirei a blusa e o deixei ver meu soutien lilás,
especialmente selecionado para a ocasião. Seu queixo caiu,
ainda lutando contra a incerteza.
- Vamos ser rápidos. – prometi.
O professor cruzou os braços e apertou a boca como se
estivesse se controlando para não babar. Mas não tirou os
olhos dos meus peitos. Os peitos que ele queria lamber.
Me desfiz do soutien e o coloquei em cima da sua mesa
junto com minha blusa. Ele apoiou a bunda na mesa,
escondendo a boca atrás da mão. Fiquei de frente para ele,
perto o suficiente para que ele pudesse me inspecionar e
saborear.
Mas ele não se movia. Ainda não tinha decidido fazer
aquilo, o que seria um problema, considerando que não
tínhamos muito tempo. Precisei tocá-lo primeiro. Precisei
guiar sua mão para o meu estômago e sugerir que continuasse
o caminho sozinho.
Ele finalmente começou a obedecer...
Esticou o braço e tocou o peso do meu seio fazendo os
pelos do meu corpo se arrepiarem. Inclinou-se e enfiou meu
mamilo na boca, rolando a ponta dura na sua língua como se
fosse um caroço da sua fruta favorita.
Fechei os olhos e relaxei o pescoço.
Não era como os garotos que já tinham chupado meus
peitos, antes. Era um homem. Um homem experimentando meu
corpo e se desfazendo de desejo.
Eu só percebi que tinha enfiado os dedos na barra das
suas calças quando ele começou a tirar a camisa. Enlaçou
minha cintura com seu braço poderoso e tomou minha boca. Eu
me entreguei, espalhando os dedos pelo seu tórax, sentindo
seus músculos e os pelos escuros no seu peito. Não era como
meus ex-namorados adolescentes e de pele lisa. Os poucos que
conheciam algum pelo eram tão raros que acabavam sendo mais
engraçados que sedutores. Mas não o professor Thomas. Ele
era todo homem. Eu estava miúda, enfiada nos seus braços,
sentindo aquele cheiro quente de homem excitado.
Abriu minhas calças e as tirou do meu corpo junto com
minha calcinha. Me abriu nua em cima da sua mesa e não pediu
permissão antes de se livrar das próprias roupas.
Minha bunda tocou a mesa fria e eu me remexi,
desconfortável. Ele apenas me segurou pelos tornozelos,
arreganhando meu corpo e encarando minha vagina aberta.
- Pr... Professor... – gemi. Aquela posição me deixou
com vergonha, mas ele apenas lambeu os lábios e eu soube que
havia outra parte do meu corpo que ele gostaria de lamber se
houvesse tempo.
Empurrou meus joelhos, hesitando, esperando.
A ereção entre nós era um pedido que não avançaria antes
da confirmação.
- Não tenho camisinha. – expliquei.
- Eu tenho. – sussurrou, como se sua consciência ardesse
em algum lugar bem fundo.
Lambi meu sorriso e o incentivei a vestir o
preservativo.
Ele obedeceu, agressivo e se enterrou em mim.
Rebolei me esfregando nele e suas estocadas ficaram tão
violentas que estávamos sacudindo a mesa.
Alguém ia nos ouvir. Arranhei seus ombros com força,
antes de me jogar para trás, arrebatada pelo momento.
Ele tomou cada peito em uma mão e me dirigia para o seu
pau como se eu fosse sua posse. Se enterrando fundo. Mordi
meu lábio com força. E quando ele se curvou para chupar meu
peito mais uma vez, beliscando meu clitóris entre o
indicador e o polegar, eu senti os pelos do seu peito contra
minha pele fria e o orgasmo se apoderou de mim, tão furioso,
que era como se eu nunca tivesse gozado antes.
E não tinha.
Não daquele jeito.
Nunca.
Fiquei deitada, impotente, esperando ele terminar.
Arrancou seu membro de mim, despiu a camisinha e esporrou em
minhas coxas abertas e no meu estômago. Um líquido quente em
contraste com a frieza do meu corpo.
Sorriu antes de limpar o pau precariamente em uma folha
de papel ofício e me passar minhas roupas.
- Espero que tenha feito a tarefa de casa, Pamela.
Detestaria ter que lhe repreender na próxima aula.
- Claro que fiz, professor. – pisquei um olho para ele,
enquanto tentava recuperar o ar – Geografia é minha matéria
favorita – sorri e dobrei a folha de papel ofício com seu
gozo. Guardei-a no bolso traseiro da minha calça e seu olhar
animalesco deixou claro que ele queria, por tudo na vida,
que aquele não fosse nosso último encontro.
 
 

Lição de casa
 
Por que não usar Bianca e Marcus como uma pequena
aventura na sua vida sexual?
Leve sua companhia para a cama, para uma brincadeira de
interpretações de papeis, ou use a imaginação na hora de se
masturbar.
Talvez você seja Bianca. Talvez seja Pamela. Onde você
acha que seria o próximo encontro desses casais? No
escritório, na sala de aula… Talvez durante uma reunião? O
que gostaria que eles fizessem? O que gostaria que
dissessem?
Um pouco de imaginação - sozinha ou a dois - faz
maravilhas pelo orgasmo.
Escolha um cenário.
Imagine o erotismo.
Viva o erotismo.
Divirta-se.
 
 
 
 
Continue a leitura...
 

Coleção Desinibida
 
   
 
ENTRE AMIGOS
 

Max está com a


confiança abalada
depois de ouvir da
ex-namorada
algumas críticas
sob sua
performance na
cama. Natalie, sua
melhor amiga,
busca sua primeira
experiência com um
homem. Os dois,
então, decidem
fazer um acordo
que tanto por
acabar em
benefícios mútuos
como em completo
desastre. 
 

Conheça outras histórias da autora


 
   
 
ALGUNS ANOS
 

Apaixonada pelo
herdeiro de uma
família rica,
Dominique sabe
que suas origens
humildes não são
bem vistas pelos
parentes de
Gregory. Mas
quando o teste de
gravidez anuncia
que ela está
esperando um
filho, a última
coisa que ela
imaginaria era
que a avó dele
lhe ofereceria
alguns milhões de
euros para
abortar e
desaparecer.
 

Uma conversa
errada, um engano
e agora Dom
precisa
desaparecer para
salvar a vida de
seu filho até o
momento do
reencontro
chegar. Mas será
que alguns anos
serão suficientes
para apagar as
mágoas do
passado? Ou será
que alguns anos é
tudo que um amor
precisa para
acabar? 
 
Table of Contents
Coleção Desinibida
Parte 1
Parte 2
Uma Outra História
Lição de casa
Continue a leitura...

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