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Tradução: M A N U
Revisão Inicial: K A R O L I N E
Revisão Final: E V A B O L D
Leitura Final: K A R O L I N E
Formatação: D A D A
War&
peace
Eles ganharam a batalha e eu levantei a bandeira branca da derrota...
E completamente apaixonado...
pela pequena princesa que possuía a minha alma torcida.
Eles exigem.
"PRÓXIMO."
Meu pai está entediado, o seu tom áspero irrita os meus nervos e me
coço para puxar o nó da minha gravata. Mas os seus olhos astutos quase
negros estão em mim – sempre em mim – me esperando demonstrar
qualquer sinal de fraqueza. A fraqueza é o que alimenta ele. É o que ele tem
para o café da manhã, almoço e a porra do jantar. E ele vem se
alimentando de mim desde que eu tinha dez anos. Então, ao invés disso, eu
cerro minhas mãos e mantenho minha expressão relaxada enquanto eu
espero pelo seu estúpido pequeno show fodidamente acabar. Ele pode estar
com fome, mas não vou ser aquele que alimenta o seu monstro maluco esta
noite. Não, será uma das meninas amarradas, tremendo e chorando que
estão na frente da lareira à nossa disposição. Quando a próxima garota
tropeça na sala, eu fecho meus olhos e deixo minha mente voltar
ao passado. Quase oito anos atrás, minha vida mudou com
a batida de um cinturão contra a minha carne.
"A prostituta da sua mãe nos deixou." Essa foi a sua única explicação
do motivo de eu não encontrar Donna Sharpe na sala de estar tomando um
de seus martinis, em um dia depois da escola. Eu estava confuso, porque,
francamente, aos dez anos, eu não tinha ideia do que era uma prostituta.
Quando eu chorei pela perda do parente mais calmo na minha casa, meu
pai mudou. Sua expressão irritada se transformou em uma de raiva, e
naquele dia ele tirou cada gota de sua fúria descontando em cima de mim.
Seu cinto caro de couro bateu na minha bunda rasgando minha pele em
pedaços.
Mas, não foi isso que me quebrou.
Ele me quebrou mais tarde naquela noite. Quando a casa ficou em
silêncio, e eu chorei até secar, ele entrou no meu quarto e prometeu fazer
tudo melhor. Naquela noite, ele beijou a dor no meu traseiro, e no processo,
torceu minha cabeça em um emaranhado de cordas que ele iria passar a
puxar quando quisesse.
Meu pai devorou minha inocência, e agora que ele não pode mais se
alimentar de mim, ele está me transformando em um animal faminto. Sua
necessidade de atacar os fracos me enoja. Isso só mostra que ele não é tão
forte quanto ele pensa que é. Ele pode andar por aí em ternos de cinco mil
dólares e dirigir um carro esporte caro, mas, meu pai é um maricas.
Apenas no verão passado eu cheguei a essa conclusão. Quando ele
veio para o meu quarto depois de eu ter passado a semana no
acampamento de verão, algo em mim estalou. Eu tinha visto outros caras
da minha idade se esgueirar para fora com as meninas durante a noite.
Crianças ao meu redor estavam felizes. Ingênuas. Intocadas. E percebi que
eu não lhe devia nada.
Mas, ele me devia tudo.
No momento em que ele sussurrou meu nome e arrastou as
cobertas fora do meu corpo seminu, o medo e a repulsa que
sempre me deixou imóvel não estavam mais presentes. Em
vez disso, raiva – um glorioso e fodido sentimento – acendeu
um fogo dentro de mim e eu explodi. O filho da puta lutou
bem para um idiota bêbado, mas, eu bati meus punhos contra o rosto do
meu pai até que ele ficou imóvel. Meus dedos estavam machucados e
doloridos, mas, meu orgulho foi restaurado.
Meu pai nunca me tocou novamente.
Em vez disso, ele me tratou como um aborrecimento. Um fardo. Uma
porra de um incômodo. Como se nada tivesse acontecido.
Mas, tudo aconteceu.
Naquela noite, eu me transformei.
Eu me tornei alguém melhor.
Eu me tornei meu próprio monstro. Um monstro vivo e determinado a
não deixá-lo se alimentar de mim ou alimentar-me outra vez. Eu me tornei
invencível, tanto quanto ele se tornou preocupado.
No próximo mês eu vou me formar no colegial, e vou para a
faculdade. Longe do meu pai. Longe do meu passado infernal. Eu vou fazer
uma vida e me tornar alguém. Pela primeira vez, eu não serei o garoto
magro, esguio com o cabelo bagunçado e ânimo tranquilo. Depois daquela
noite, comecei a malhar, alimentado pelo desejo de ser sempre mais forte do
que aquela besta. Oito meses mais tarde e eu tinha preenchido todos os
lugares. Meus ombros eram largos, eu tinha abs, e já não era alguém que
poderia ser intimidado. As meninas começaram a me notar e caras queriam
ser meus amigos.
Eu não era mais fraco.
"Elas estão todas muito aterrorizadas", a voz rouca de Grant Sharpe
rosna, interrompendo meus pensamentos quando a última menina vem
para ficar ao lado das outras três.
Quatro meninas.
Todos elas jovens.
Algumas da minha idade, algumas consideravelmente
mais jovem.
Mas, uma se destaca entre as outras.
Uma menina com olhos azuis brilhantes e cabelo louro desarrumado
olha o grupo na sala de estar com desgosto. Onde as outras meninas estão
chorando e se amontoado, esta parece que ela quer matar cada um de nós.
Meu pai, seu melhor amigo Lance, seu contador Gordon, seu
advogado Jack, e eu. Quatro meninas, quatro homens e eu. Essas "festas de
buceta", como o meu bom e velho pai chamou-as eram nada mais do que
uma forma doente de tráfico de seres humanos de meninas menores de
idade. Lance, Gordon e Jack são todos casados, e suas mulheres pensam
que eles participam de uma noite de pôquer mensal com o meu pai. Algo
inocente e legal. Nenhuma delas sabe.
Eu sempre soube.
Aos quinze anos, eu entrei em uma de suas festas por engano quando
eu deveria estar dormindo. Foi quando me tornei o mascote oficial. O garoto
que zombavam enquanto fumavam seus charutos e davam lances em
meninas. Eu odiava cada segundo disso. Descobri que meu pai, em seu
tempo livre, recrutava meninas para uma quadrilha de tráfico humano. E a
sua mensal "noite de poker" era onde eles testavam a mercadoria antes
deles venderem para os distribuidores.
Apesar de odiar o que acontecia, comecei a esperar por essas noites.
Essas eram as noites onde eu iria assistir as meninas que eram fracas e
frágeis. Eu era mais forte do que elas. Não o mais fraco do grupo. Durante
uma noite por mês, eu era um homem.
Claro, ele nunca me deixava fazer nada, apenas me sentar e assistir
de longe, com um tesão esticado na minha calça e calor queimando minhas
bochechas. Eu desejava perder minha virgindade com uma delas. Eu até
mesmo fantasiava me apaixonar por uma delas – tive pensamentos de
resgatá-las do maior vilão que eu conheço e correr para muito, muito longe.
Mas, a cada vez, minhas esperanças e sonhos eram sufocados quando cada
um dos amigos do meu pai levava a sua escolhida e desaparecia
em um dos outros cômodos da casa. Na manhã seguinte,
eles sempre tinham ido.
Hoje à noite não seria diferente, exceto quando os olhos da menina
número quatro se encontraram com os meus, eu vejo um flash de algo que
mexe com o meu coração. Ela é selvagem e está enjaulada. Tudo nela grita
para ser libertada. A menina é diferente. Não é fraca.
O meu olhar desliza sobre seu corpo nu e permanece sobre seus seios
perfeitos. Pequenos e alegres. Eu quase posso sentir água na minha boca
pela necessidade de chupar seu mamilo. Um pequeno gemido me escapa no
momento em que meu pau engrossa. Eu continuo deslizando sobre seu
corpo. Diferente das outras meninas, ela está suja. Magra. Calejada. Ela
tem uma pequena tatuagem de um coração preto em seu osso do quadril.
Eu encaro a tinta que estraga sua pele e me pergunto quantos anos ela
realmente tem. As outras três meninas têm dezesseis ou dezessete anos,
mas, a número quatro parece que pode ter dezoito ou dezenove anos.
Nossos olhos se encontram novamente, e algo se passa entre nós.
Não é um apelo.
Não é medo ou terror.
É uma ameaça.
Eu vou matar todos vocês. Apenas me desamarre e assista.
O sorriso nos meus lábios é imediato, e eu pisco para ela,
transmitindo-lhe minha mensagem com um simples olhar. Eu a soltaria e
ajudaria, se pudesse.
"Qual é o problema, rapaz?" Gordon diz com um sorriso de escárnio
do meu lado. "Você tem uma coisa para uma das peças? Qual? Deixe-me
adivinhar ..." Ele distraidamente caminha até elas. Elas gritam, todas elas,
menos a número quatro, é claro. Ela mostra seus dentes para ele, e eu
gostaria que ele chegasse perto o suficiente para ela dar uma mordida.
"Essa não. Os seios dela são grandes demais para um menino como você, e
esta parece um fodido menino com seu estúpido corte de cabelo.
Esta outra menina tem fodidas acnes e você é muito bonito
para isto, Gabey", ele zomba. Então, ele continua até que
está na frente da última garota. "Mas, esta. Ela é algo
especial, não é? É esta a que você gosta?"
Um grunhido burburinha no meu peito, mas, eu engulo, sabendo que
ele está me observando. Quando eu não respondo, meu pai joga um pedaço
de gelo do seu copo para mim. "Responda ele, Gabriel."
Eu engulo a fúria e jogo o gelo fora do meu colo para o chão. "Quatro.
Eu gosto da quatro."
"Meu nome é Krista. Eu não sou um número", ela cospe, pulverizando
ele com saliva.
Ele limpa sua bochecha com as costas da mão. "Krista", diz ele com
uma risada sombria. "Você comeria aquele menino para o almoço. Ele é
uma espécie de covarde. Você precisa de um homem como eu ou o pai dele.
Um homem que vai foder com você até você sangrar. Gabriel nem sequer
sabe onde enfiar."
Todos os homens riem às minhas custas, e a minha face brilha com
embaraço.
"Eu sei onde enfia-lo" eu estalo e cruzo os braços sobre o peito. Eu
posso ser virgem, mas, eu não sou estúpido.
Gordon ri de novo e aperta um dos seus seios. Ela grita de dor, e eu
já estou em meus pés antes mesmo de perceber que eu estraguei a minha
fachada tranquila.
"Solte-a”. Eu rosno. Minha mandíbula cerra e um dos meus músculos
recém-definidos faz um tique no meu pescoço. "Eu quero comprá-la." As
palavras são faladas antes mesmo que eu possa registrar o que elas
significam. Mas, assim que eu falo, me decido.
Ela vai ser a garota.
Vou proteger Krista e mostrar-lhes que não sou fraco.
Seus olhos determinados encontram os meus e eles brilham com
apreciação. Ela me vê como cúmplice. Um trampolim para levá-la
fora daqui.
"Absolutamente não." A voz do meu Pai faz com que
espinhos de raiva cravem sobre a minha pele.
"Dez mil," eu deixo escapar.
Eu sei como essas coisas funcionam. Esses caras pagam uma certa
quantia pela menina que eles querem, e meu pai recolhe o dinheiro. Uma
vez por ano eles vão para Vegas com o dinheiro, em algum lugar que eu não
sou convidado – mascote ou não – e eles têm fim de semana de meninos,
onde só Deus sabe o que acontece. O mais alto que qualquer um deles já
pagou foram seis mil e foi para uma bonita menina hispânica que
surpreendentemente tinha o clitóris perfurado. Ela certamente não era
virgem, mas, todos eles queriam ela.
"Você não tem dez mil." Meu pai sorri e dá um tapa no braço de sua
cadeira de couro. "Você não tem merda nenhuma, Gabriel. É tudo meu,
lembra?"
Eu engulo o meu ódio pelo homem e movimento os meus olhos para
encontrar o seu olhar. "Eu tenho um fundo fiduciário," eu fervo. "Mamãe
começou para mim, lembra?"
Ele não gosta de suas palavras serem jogadas de volta para ele e o
lembrete da minha mãe desmascarou sua raiva, deixando-lhe trêmulo.
"Oh, vamos lá," Lance disse, zombando de mim "deixe o fracote ter o
seu pinto molhado. O garoto não é tão magro como ele costumava ser.
Talvez seja hora dele foder pela primeira vez."
Eu ignoro o comentário de Lance enquanto mantenho o meu olhar
firme no meu pai. Os lábios dele se entortam em um sorriso de escárnio.
"Você não tem dezoito anos ainda, filhinho da mamãe. Portanto, não vá
ficando todo rico e poderoso."
"Eu vou emprestar a ele, Grant," Jack diz, e eu direciono o meu olhar
para onde ele está sentado com as mãos no rosto, escondendo o sorriso de
lobo. "Além disso, sessenta e nove por cento de juros."
Todos os seus amigos riem, cada um mais ousado do que o
habitual, já que estão altos com a cocaína cara que usaram,
eu viro meu olhar de volta para o meu pai que está me
avaliando, friamente, uma expressão sem humor estraga o
rosto tão parecido com o que eu vejo no espelho a cada
manhã. Vários segundos se passam enquanto ele permanece imóvel. Sei
que ele está imaginando maneiras de me machucar, mas, eu não me
importo. Em um par de meses, eu vou estar fora daqui de qualquer
maneira, por isso não importa.
"Cinco mil. Empreste a ele cinco mil. Eu vou pagar a outra metade,
porque nós iremos compartilhar ela." Suas palavras cavam profundamente
uma faca no meu intestino, mas, eu não discuto. Em vez disso, dou-lhe um
aceno de cabeça.
"Tudo bem."
Os homens dão gritos desagradáveis, mas, eu os ignoro enquanto
meus olhos encontram Krista. Ela agora parece abalada, e eu
momentaneamente me pergunto se é pela ideia de dois homens tendo ela,
em vez de um. Imploro a ela com o meu olhar para ser forte. Os lábios dela
tremem, mas, uma certa compreensão passa entre nós.
Eu vou te salvar, linda. Só me dê uma chance.
O resto da noite é um borrão enquanto os homens negociam, qual é
aquela que eles querem. Aparentemente, a que está com corte de cabelo de
menino era o seu pedaço escolhido de carne, porque eles se envolveram em
uma guerra de lances sobre ela. Uma vez que o dinheiro é entregue e os
homens arrastam para longe os seus prémios, me viro para o meu pai.
"Leve-a para o seu quarto. Estou te dando uma hora com ela antes de
subir. Não tente nada estúpido", ele ruge enquanto se levanta e avança para
o bar para encher o copo.
Eu aceno, adrenalina correndo através de mim, e caminho para a
Krista. Assim que me aproximo, ela foge e vira as costas. Eu agarro ela
pelos braços e puxo-a para mim. Meus lábios encontram a concha de sua
orelha e eu sussurro para ela. "Confie em mim, querida."
Então, eu guio ela para fora da sala de estar e para as
escadas sem enviar um olhar na direção do meu pai. Ela
tropeça subindo os degraus, mas, eu estou lá para evitar
que ela caia. Logo, estamos no meu quarto e estou fechando
a porta. Depois de ter trancado, eu sorrio para ela.
"Você é muito bonita," eu elogio. Eu sei que pareço como um maldito
idiota. Eu não sou exatamente um Casanova com as meninas, mas, é a
verdade. Debaixo de toda a sujeira e bravura, ela é muito bonita. Seus
lábios estão cheios e rosados. Eu amo seu pescoço esguio e pálido – eu
anseio marcá-lo com os meus dentes. Meu pau reage à imagem mental,
fazendo com que calor do embaraço deixe a minha pele ruborizada.
"Me solte", ela ordena.
Eu franzo a testa, decepcionado com ela por não agradecer ao meu
elogio, e vou para trás dela. "Não tente fugir. Meu pai vai acabar com isso
tão rapidamente como começou, se você fizer. Jogue comigo e quando for a
hora certa, vou te tirar daqui. Mas, você tem que confiar em mim, Krista."
"Se essa é a sua maneira de me pedir calma, eu vou ter que passar.
Para o meu gosto a sua família tem um toque de loucura", ela se vira e
mostra os dedos machucados pra mim.
Eu suspiro, porque não há qualquer resposta para o que já sei. Com
um grunhido, eu caio de joelhos atrás dela e começo a desatar os nós em
seus pulsos. Sua bunda é perfeita, e sou atingido com o forte desejo de
beijá-la.
"Quantos anos você tem?"
Ela bufa. "Quase dezenove anos."
Minhas sobrancelhas se unem quando eu me pergunto o que os
fizeram pegar uma garota que não era jovem como as outras. "Não diga isso
ao meu pai. Você tem dezessete anos como eu, se ele perguntar."
Ela não responde. No momento em que eu solto seus pulsos, ela se
afasta de mim e corre para o outro lado da minha cama. Quando sua mão
está livre em um instante ela pega o meu abajur1.
1
"Fique longe de mim!" Ela sussurra e lança um olhar cauteloso para a
janela do meu quarto.
Balanço a cabeça para ela quando eu me levanto. "Solte o abajur.
Você vai comer poeira se você pular da janela. Deixe-me lidar com isso,
linda."
"Pare de me chamar assim!"
Outra pontada de decepção me atravessa. "Por favor, basta soltar
isso. Se ele vier aqui e te ver assim, ele não será tão bom quanto eu. Deixe-
me descobrir uma maneira de tirá-la daqui."
Me ignorando, ela joga o abajur na minha direção, mas, ele não vai
muito longe, uma vez que ainda está conectado na tomada perto da cama.
Ela está brincando com a janela quando me aproximo dela. Meus braços
envolvem ela e eu encosto meu peito em suas costas nua.
"Pare," eu ordeno. Ter a sua pele nua pressionada contra mim faz o
meu pau endurecer. Ela está suja, mas, ainda assim tem um leve cheiro de
loção – algo desconhecido para mim – isso inunda meus sentidos. Ela tem
um cheiro fresco e limpo. É um contraste direto com a menina se
remexendo em meus braços.
"Me solta!", ela grita. "Você está duro?!"
Suas palavras me faz fechar os olhos. Porra. Porra. Porra. "Não", eu
minto e seguro ela sobre a cama. "Eu te disse para ficar quieta."
Ela grita quando eu enfrento-a na cama. Seu corpo está sob o meu, e
eu tenho que olhar para longe dos seus olhos selvagens, para não ficar
louco com a necessidade de me empurrar para dentro dela. Sua luta só está
servindo para me deixar mais excitado.
"Se ele pensar que eu posso ser um homem, ele vai me deixar em paz.
Então, basta ir junto com isso e ele vai nos deixar em paz. Eu vou
tirar você daqui. Confie em mim, você me quer te fodendo e
não ele. Ele é um bastardo cruel."
Seu corpo treme, mas, resignação passa através dela.
"Não me machuque."
Sorrindo, eu lentamente solto uma mão que está debaixo dela e tiro
um fio de cabelo loiro dos seus olhos. "Eu nunca te machucaria."
Eu me inclino para a frente e pressiono um beijo suave nos seus
lábios. Eu beijei uma garota chamada Julia no acampamento de verão,
porque as outras crianças nos desafiaram. Depois do que foi o momento
mais estonteante e emocionante na minha vida, ela riu de mim e disse a
todos que eu tinha gosto de pepinos. Algo me diz que este beijo será melhor.
Krista não me menospreza, porque ela precisa de mim para ser seu herói.
Eu vou ser a porra do seu herói.
"Ele provavelmente está ouvindo do outro lado", eu sussurro para ela.
"Venha para mim, querida."
Com lágrimas nos olhos ela assentiu. "OK."
Eu relutantemente a liberto e coloco o abajur de volta na mesa,
mantendo meus olhos nos dela. Seus peitos empertigados saltam a cada
respiração nervosa que ela toma. Quando eu tiro minha jaqueta, seus olhos
se arregalam de medo.
"Eu. Não. Vou. Machucar. Você."
Ela balança a cabeça novamente e afasta seu olhar de mim enquanto
eu me dispo. Meu pau não é nada para me envergonhar e quero que ela veja
isto. Eu quero que ela veja que sou todo homem, não um covarde como o
meu pai e seus amigos dizem. Sua curiosidade vence, porque ela mais uma
vez volta seus olhos para mim. Eu vejo com prazer quando ela desliza um
olhar de interesse sobre o meu corpo.
Uma vez que estou completamente nu, eu rastejo na cama ao lado
dela. Eu não tenho certeza do que fazer com ela, mas, eu sei o que meu pai
espera. Ele vai querer que eu leve ela. Forte. Da maneira como ele e seus
amigos repulsivos fazem. E quando ele tiver a sua vez, eu vou fazê-lo se
arrepender. Eu vou salvá-la deste buraco, e vamos para algum
lugar. Juntos.
"Eu tenho uma confissão", eu falo com um sorriso
enquanto eu acaricio seu estômago delicadamente plano.
Ela estremece com o meu toque, mas, presta atenção, com as
sobrancelhas juntas.
Eu não posso olhar para ela enquanto falo. "Eu sou ... um, um," eu
me esforço, as provocações do meu pai ecoam na minha cabeça. "Eu sou
virgem. Eu sei como funciona o sexo, embora, assim você não precisa se
preocupar em eu enfia-lo na sua bunda por acidente... como eles disseram,"
eu digo apressadamente e em seguida, fecho a minha boca. Me esforçando
para não me fazer de estúpido.
Seus olhos piscam para mim. "Nós não temos que fazer isso", ela
murmura. "Nós podemos fingir."
Gemendo de frustração, eu corro uma mão trêmula pelo meu cabelo.
Eu não tinha pensado nisso e agora me sinto tolo por estar a três segundos
de gozar contra sua coxa nua. Preciso corrigir isso. "O que quero dizer é que
eu tive relações sexuais." Meus olhos fecham e eu odeio a maneira como
meu rosto queima de vergonha. "É, apenas tem sido-"
Seus olhos se arregalam. "Tem sido o quê?"
Um suspiro pesado sai de mim. Deus, por que eu tenho que ser um
fodido? Eu me levanto e viro as costas para ela, sentando ao lado da cama,
com a cabeça pendurada entre as minhas pernas.
Eu ouço ela se mexer na cama, e depois de um segundo, ela está
sentada ao meu lado.
"Ei, você está bem?"
Balanço a cabeça e dou uma risada – uma risada amarga que está
longe de ser engraçada. "Meu pai ... ele costumava me forçar," eu murmuro.
Nossos olhos se encontram os seus interessados, suas sobrancelhas
franzidas me motivam a continuar. "Ele costumava me forçar a fazer coisas
que um pai não deveria fazer com o seu filho." Isso. Eu disse isso. Eu olho
para o chão e fixo no tapete para evitar o seu olhar. Eu já
confessei, e agora isso está pendurado no ar entre nós, sujo
e escuro, mas, não está mais escondido. E, embora eu não
posso suportar a ideia de olhar para ela, para ver
provavelmente a pena em seus olhos, revelar isto me fez
sentir bem. Finalmente compartilhar com alguém. Eu segurei isto por todos
esses anos. Seu segredo sujo.
"Estou tão-"
Eu me viro e olho para ela. "Eu não preciso de sua pena."
"Eu disse que sentia pena de você porra?" Ela se chateia, mas, depois
me dá um pequeno sorriso. "O que eu ia dizer era que eu sinto muito que
seu pai é um idiota. Pessoas como nós merecem algo melhor do que a sorte
que nos foi dada."
Pessoas como nós.
Abusado. Agredido. Molestado. Odiado.
Meu peito dói com suas palavras e me deito na cama. "Uh ..."
Uma batida na porta me poupa desse momento humilhante.
"Sim?" Eu grito.
Krista tropeça para se aproximar do meu lado na cama e dá um
sorriso rápido para mim enquanto carinhosamente corre os dedos ao longo
do meu peito. "Nós não merecemos isso", ela sussurra. "Nós vamos sair
daqui. Há um vasto mundo inteiro lá fora, para pessoas como nós, um
mundo onde podemos decidir o nosso destino."
Tal conceito é alucinante. Um mundo sem um pai ganancioso,
doente, manipulador, soa muito bom para mim.
"Você já trepou com ela?" Ele exige, interrompendo meus
pensamentos.
Eu cerro os dentes e digo as palavras que eu me odeio por dizer. "Sim,
pai."
Ele dá uma risada demente do outro lado da porta. Posso ouvir a
chave na fechadura girar e logo seu corpo gigante enche a porta.
Meu corpo inteiro treme ao vê-lo no meu quarto depois de
tanto tempo. Seus olhos preguiçosamente passam sobre
nós e ele balança a cabeça.
"Boa tentativa, Gabriel. Foda ela. Eu vou assistir."
Ela lamenta, mas, eu corro meus dedos sobre seu estômago de uma
maneira que eu espero que a acalme.
"Eu não posso fazer isso com você aqui," Eu rosno e cerro minha
mandíbula.
Ele sorri enquanto se senta na minha cadeira. "Não seria a primeira
vez que eu veria você gozar."
O quarto gira quando chamas de vergonha me engolem. Eu me forço
a ignorar as coisas que ele fez comigo – as reações que meu corpo teve e que
estavam fora do meu controle – eu tremo com ódio.
"Foda-se," eu estalo.
Ele sorri, mas, felizmente não responde. "Apenas foda a menina e
estamos todos bem, filho."
Eu rolo e fico em cima dela, então encosto os meus lábios ao longo de
sua orelha. "Eu vou ser muito gentil. Eu juro. Por favor, deixe-me para que
eu possa te tirar daqui." Minhas palavras são suaves e quase inaudíveis.
Seu leve aceno de cabeça é suficiente, e eu não perco tempo. Nossos
lábios se encontram novamente e desta vez, ela me deixa beijá-la como eu
beijei Julia no acampamento de verão. Krista tem um gosto doce, como
gummy bears2, e eu quero chupar sua língua a noite inteira. Meu beijo deve
excita-la porque ela abre as pernas debaixo de mim e as envolve nos meus
quadris. O calor de sua buceta contra o meu pau dolorido é demais. Quero
tanto estar dentro dela, mas, eu não quero apressar isso.
"Só se apresse", ela implora.
Eu gemo com desapontamento e me sento ligeiramente. Usando
minha mão, eu me acaricio por um segundo. Cegamente, eu cutuco em sua
abertura e encontro resistência.
"Buraco errado", ela geme.
4
eu vejo a luta dentro dele.
Está em seu sangue.
Está no meu sangue.
Minha mãe tem dezenas de estantes em casa cheias com as obras de
Freud e Jung e Horney. Livros que levo para o meu quarto e estudo. Livros
que tanto dilaceraram as crenças do Sr. Collins ou as apoiam. Muitos de
seus livros possuem páginas destacadas, desgastadas e rasgadas por
excesso de uso. Falam de coisas como transtorno obsessivo-compulsivo,
transtorno delirante, desordens relacionadas com trauma, transtornos de
personalidade. E assim por diante.
Os ataques de pânico costumavam me prender. Começou quando eu
tinha doze anos de idade, não muito tempo depois do acidente. Eu sentava-
me na cama à noite com falta de ar, que parecia não existir. Arranhando
minha garganta até meu pai aparecer, acender a minha lâmpada e falar
palavras calmas para tranquilizar minha mente. Minha mãe sempre tentou,
mas, apenas o meu pai poderia me alcançar. Era o meu pai quem sempre
me puxou da minha própria escuridão interior. Meu pai que, no final, me
salvou fisicamente.
Minha mãe mantém um constante bloqueio sobre suas emoções. Ela
as esconde com seus sorrisos e seu amor. Nunca revela o que fez dela quem
ela é, o que verdadeiramente esconde por dentro. Ela abriga meus irmãos e
eu do mundo, nos mantém em nossa pequena bolha feliz. Nos alimenta.
Mas, minha natureza sempre vence ...
Eu vejo um vislumbre nos seus olhos, um certo reconhecimento no
meu pai. Muitas vezes, ele me diz que eu o lembro de sua mãe. Seu queixo
aperta e os lábios permanecem fechados, mas, posso dizer que ele quer me
segurar pelos ombros e explicar a história que corre através de mim em
maior detalhe. Explicar como isto coloca em risco minha mente e
coração.
Meus irmãos não entendem. Eles são muito parecidos
com a mamãe. Feroz e forte.
É papai, porém, quem reconhece que eu sou diferente.
"Mamãe te mataria se ela ver o que você está vestindo, Han."
Meus pensamentos são arrancados da minha mente e levados para
longe, de volta para os cantos escuros, quando eu olho para o meu irmão
Ren com um sorriso diabólico. "Que bom que ela está na Itália, então,
hein?"
Meu super protetor irmão mais novo, acena seu telefone para mim
com um sorriso no rosto. "Eu poderia mostrar-lhe. O que você acha,
Calder? Devo enviar a mamãe e o papai uma foto da nossa irmã quase
nua?"
Calder, nosso irmão de quatorze anos de idade, nem sequer olhar
para cima de seu telefone enquanto ele pega uma fatia de pizza e encolhe os
ombros. Quando nossos pais não estão por perto, o que não acontece
muitas vezes, temos a tendência de fazer porcaria que eles não aprovariam.
Como comer alimentos que não estamos normalmente permitidos para
comer, ir a festas que não devemos ir, e se vestir como temos sido
ameaçados para não fazer. Típicos adolescentes.
Mas, é Ren, quem nos mantém na linha, apesar de eu ser a mais
velha. Ren é como um espião secreto da mamãe. Nos permite fugir com
apenas o suficiente, mas, puxa as cordas quando fazemos algo que nossos
pais iriam pirar. É irritante. E o que é ainda mais irritante é que após o
calor do momento passar, eu posso admitir que ele tinha razão em fazê-lo.
Eu sou precipitada, embora meu pai prefira dizer corajosa.
Eu sou a pessoa mais rápida em ficar com raiva, embora meu pai
chame de apaixonada.
Eu sou a única sempre questionando por que há certas regras – Papai
me chama de inteligente.
"Estou com quase dezoito anos," eu falo para ele em
defesa. "Deus, desde que você pegou sua carteira de
motorista, você age como se você fosse um grande homem.
Você não é meu pai, irmão mais novo."
Ninguém jamais poderia ser meu pai. Se alguém é como ele, sou eu.
Não REN. Ren é como a mamãe. Definitivamente a natureza dele também.
"Você parece uma vagabunda." Suas palavras duras picam, e eu me
viro.
A última pessoa a me chamar de vagabunda foi a Sra. Collins depois
que o Sr. Collins foi demitido da nossa escola. Eu não sou uma vagabunda,
embora. Ela estava redondamente enganada. Eu ainda sou virgem. Eu não
mexo com os meninos ou meninas para isso. Eu sou apenas eu. Não foi
minha culpa que ele se apaixonou por mim.
Você está delirando, ele disse naquele dia.
Você precisa de ajuda, ele sussurrou naquela tarde.
Mas, o coração quer o que o coração quer.
Meu coração queria Sr. Collins. E ele me queria muito, não importa o
quanto ele tentou negar. Eu vi o jeito que seus olhos se derretiam quando
eu me inclinava sobre a mesa para lhe fazer uma pergunta. O jeito que eles
escureciam quando meu decote estava diante do seu rosto. A forma como
seu pau endurecia entre nós, quando eu jogava meus braços em torno dele
e abraçava seu pescoço antes da aula todos os dias. A forma como sua
respiração saía num suspiro afiado quando eu sussurrava algo impróprio.
Ele tinha sido preparado para ser um bom homem, fiel à sua esposa.
Para seguir as normas de nossa sociedade e obedecer as regras. Foi isso o
que a velha senhora tinha lhe ensinado a fazer.
Mas, ele não podia negar sua verdadeira natureza.
Seus olhos se recusaram a dizer não quando eu desabotoei minha
camisa e revelei meus seios para ele em um dia depois da aula. Suas mãos
cerraram e sua contenção mal controlada era a prova de que seu sangue
estava correndo quente. Que não era uma questão de criação, era a
sua verdadeira natureza que fluía descontroladamente em
suas veias. Ele me queria. Muito. Se tivéssemos mais
tempo, eu poderia ter sido a única a dar-lhe uma verdadeira
aula sobre o assunto de natureza versus criação. Para provar
que suas triviais teorias estavam erradas.
Bastou um momento, no entanto. Um momento irritante, para
alguém estar no lugar errado na hora errada e se tornar uma "testemunha"
da forma como ele "olhou maliciosamente" os meus seios. Da forma como
ele "usou o poder de sua posição sobre mim." Que ele estava olhando para
os seios de uma "pobre garota, menor de idade."
Sra. Simms chorou por mim naquele dia. Segurou minha camisa
junta e me levou para fora da sala de aula e direto para o escritório do
diretor, apesar dos pedidos e maldições do Sr. Collins atrás de nós.
Levantou-se no seu palanque e defendeu minha honra contra "o predador".
Eu ainda sinto falta do Sr. Collins. Mais tarde, naquela primavera, foi a
senhora Collins, quem saiu para o campo de futebol em um dos meus jogos
e me disse que eu era uma vagabunda. Isso depois que ela me deu um tapa.
Levou ambos os treinadores e minha mãe para arrastá-la para fora do
campo.
Eu não sou uma vagabunda.
"Foda-se," eu agarro Ren. "Você é um idiota."
Saio apressada da cozinha, e ando de volta para o meu quarto. Ren
acha que pode me julgar, mas, eu não vejo nada de errado com a minha
saia preta e blusa frente única. Estou indo para uma festa da faculdade
então eu deveria pelo menos me parecer com uma universitária. Não é como
se eu estivesse tentando seduzir meu professor ou qualquer coisa. Minha
melhor amiga, Kiera, vai estar vestindo algo sem dúvida alguma de forma
despudorada.
Eu não sou uma vagabunda.
Uma vez que estou no meu quarto, eu fico na frente do meu longo
espelho para olhar a minha aparência. A saia curta mostra minhas longas e
tonificadas pernas - pernas que eu trabalho pra caramba na
academia e no campo de futebol. E na parte de cima, graças
a um sutiã push-up, meus seios parecerem maiores. Eu
estou sexy. Ren pode se foder.
Com raiva, eu ligo o meu secador de cabelo e começo a alisar meu
longo cabelo loiro. Fico satisfeita quando o deixo elegante e liso, então,
aplico um pouco de maquiagem. Ren pode puxar sua cueca e fazer um nó,
depois que me ver quando eu terminar de me produzir. Pode me dedurar
para a mamãe mais tarde se ele quiser.
Você é rebelde e impulsiva, ela vai dizer.
Mas, o meu pai vai dizer que eu sou de temperamento forte e
determinada.
Eu sorrio para o espelho, e os meus olhos azuis brilham com
excitação. Eu deixo meus olhos esfumaçados, escureço meus cílios grossos
com rímel e aplico um batom escuro sobre meus lábios carnudos. Eu
pareço mais velha. Definitivamente uma veterana da faculdade. Esta noite,
eu vou transar.
Isto é, se eu não me amedrontar novamente.
Minha mente voa para o meu último namorado, Brody. Nós tínhamos
namorado por um tempo, e eu estava pronta para perder minha virgindade
com ele no ano passado. Mas, então, no último minuto, eu me apavorei.
Deus, ele ficou furioso. Ele disse que falavam que eu era uma puta, e que
eu era uma provocadora. Furiosa eu agarrei suas bolas e dei-lhe um aperto
forte, então obriguei ele a retirar suas palavras. Eu não sou uma
vagabunda. Com lágrimas nos olhos, ele se retratou de suas palavras.
Brody Stephens jurou nunca dizer outra palavra sobre o assunto. E Brody
tem sido fiel à sua promessa. O garoto nem mesmo me olha quando nos
cruzamos pelos corredores.
Às vezes desejo que eu tivesse dormido com ele. Eu gostaria de
apenas ter esquecido a preocupação com a dolorosa perda da minha
virgindade, e nós poderíamos estar namorando agora. Quem sabe, talvez ele
quisesse casar comigo depois que se formar. A maioria das
mulheres hoje em dia quer ir para a faculdade e ter uma
carreira de sucesso antes de se casar ou iniciar suas
famílias. Eu não. Eu quero amor... e eu quero agora.
Minha mente está perdida me imaginando em um vestido branco com
margaridas perfumadas nas minhas mãos quando o meu telefone toca..
Quando eu o pego vejo que é Ren.
Ren: Me desculpe, eu fui um idiota.
Deixando escapar um suspiro, eu digito uma resposta.
Eu: Eu não vou engravidar. Eu vou ficar bem.
Ren: Ligue-me se você precisar de uma carona para casa. Eu não
me importo o quão tarde seja.
Eu sorrio. Ele é tão parecido com o papai, mesmo o seu nome -
Warren ou Ren, porque é mais curto. E mesmo que eu aprecie a proteção do
meu irmão, às vezes ele é arrogante. Eu gostaria que ele encontrasse uma
namorada, então ele pararia de me assediar. Na verdade, talvez não.
Pensamentos da sua última namorada me fazem tremer.
Eu: Obrigado, pai, mas, você vai ter que se ocupar em manter um
olho em Calder.
Eu sorrio. Nosso irmão mais novo é um zumbi. Enquanto eu sou
jogadora de softball e Ren está sempre com sua prancha no mar, Calder
não se levanta do sofá. Minha mãe diz que ele é um tecnólogo como papai.
Eu apenas acho que ele é um burro preguiçoso.
Ren: Foda-se... mas, fique segura enquanto você se fode.
Sorrindo, eu começo a colocar tudo em minha bolsa, incluindo o meu
telefone.
Antes de sair do meu quarto, eu dou uma última olhada no espelho.
Meu pai diria que eu estava bonita. Eu só espero que algum cara na festa
pense assim também. Começar a faculdade como uma virgem não está na
minha lista de coisas para fazer.
Eu vou fazer tudo ao meu alcance para perder minha
virgindade hoje.
Eu posso até mesmo agir como uma vagabunda.
Mas, eu não sou uma vagabunda.
"Oh meu Deus", Kiera grita no meu ouvido sobre a música alta. "Os
caras aqui são todos quentes. E grandes. Aposto que todos eles têm paus
muitos grandes ao contrário daqueles perdedores que vão para a escola."
Eu sorrio e examino a aparência da minha amiga. Seu cabelo preto
está com um corte em estilo bob na altura do queixo. Ela é metade coreana
e tem feições graciosas, pele suave e olhos em formato de amêndoas. Maçãs
do rosto altas. Estrutura bem pequena. Os olhos dela são do azul mais
claro, que você já viu. Isso vem diretamente da descendência escandinava
do seu pai. Ela é linda e praticamente leva a nocaute qualquer cara quando
ela sorri.
"Eu me sinto fora de lugar", eu gemo e passo as palmas das minhas
mãos na frente da minha saia constrangida. No início, eu pensei que estava
sexy. Agora, eu me preocupo de ter exagerado e estar parecendo uma idiota.
Kiera me bate no bumbum, me fazendo rir.
"Cale-se, nós duas estamos muito sexys. Vamos encontrar o Corey",
diz ela, pegando a minha mão e me guiando através da multidão de corpos
dançantes.
Corey é um cara que ela conheceu no trabalho que vai para a
faculdade na Universidade de San Diego. Ele tinha se gabado que sua
fraternidade estava organizando uma festa de final de ano bombástica e ele
a convidou. Disse-lhe para trazer amigas gostosas.
"Kiera!" Um cara alto e magro, chama. Seu cabelo castanho é meio
longo e paira sobre seus olhos, no estilo de Justin Bieber. "Meu anjo
asiático!"
Ela ri e se joga para ele, seu estilo paquera em pleno
vigor. Eu dou-lhe um sorriso falso. Ele não é muito bonito,
mas ela, se interessa nele. Ela sempre teve algo por Bieber ...
"E quem é você? Barbie Malibu5? " Ele questiona com um meio-
sorriso. Seus olhos castanhos estão avermelhados. O cara está mais alto
que uma pipa no momento.
"Han McPherson," eu digo educadamente e levanto a minha mão para
ele.
Seu olhar permanece no meu peito por um breve momento antes dele
pegar a minha mão. "Como Han Solo6?" Ele ri enquanto beija o topo da
minha mão. Deus, que nerd. Kiera deve estar com problemas para andar
com este tipo de porcaria. Pensei que iríamos conhecer caras universitários
legais, não nerds de Star Wars. Homens mais velhos e mais refinados.
Alguém que iria tirar minha virgindade com estilo e elegância.
Abstendo-me de rolar meus olhos, eu dou-lhe outro sorriso falso.
"Algo parecido."
"Vamos lá", diz ele, sem soltar minha mão. "Deixe-me apresentar
vocês duas a alguns amigos."
Kiera ri do meu lado enquanto Corey me arrasta através da casa da
fraternidade. Nós acabamos em uma espécie de sala escura. As pessoas
estão deitadas em todo o lugar. Aqui cheira a maconha, e eu acho que um
casal em um canto está tendo relações sexuais contra a parede. Eu já estou
farta dessa festa. Ren iria ficar puto, mas, ele viria me pegar se eu
chamasse.
"Anime-se. Vamos tomar uma cerveja ou algo assim e então você pode
relaxar. Você está muito travada", Kiera diz no meu ouvido. "Deus, Corey é
tão quente. Vou deixá-lo bêbado e, em seguida, fazer amor loucamente com
ele."
Eu entorno minha boca em desgosto. "Com ele? Você tem certeza?"
5
6 Han Solo é um personagem fictício, um dos protagonistas dos livros e filmes de ficção
científica da série Star Wars.
Com um grande sorriso, ela assente. Em seguida, ela vai correndo
atrás dele, deixando sua melhor amiga parada em uma sala cheia de
estranhos.
“Bonito, hein?" Uma voz profunda geme atrás de mim.
Viro-me para ver um cara de boa aparência e alto se aproximando de
mim. Ele tem cabelos negros como Kiera, mas, o dele é longo na frente e
com as pontas repicadas. Sua camiseta cinza abraça seus ombros largos e
peito enorme. E seus bíceps, por todo o caminho até os pulsos, está coberto
de tatuagens. Eu arrasto meu olhar de seu corpo para olhar em seus olhos.
Verde claro. Curioso. Pernicioso. E mais velho... muitos anos. Aposto que
ele poderia tirar a virgindade de uma garota sem chama-la de provocadora
quando demonstrasse apreensão. Aposto que ele iria fazer uma garota
implorar por ele. Estou completamente fascinada com ele.
"Eu sou Julian", ele me diz com um sorriso largo e torto que faz meus
joelhos fraquejarem.
"E eu sou Hunter."
Outro cara, em torno da mesma idade, vem para ficar ao lado de
Julian. Hunter, como ele chama a si mesmo, é ainda mais bonito do que
Julian. Ele está vestindo uma camisa pólo vermelha que mal cabe nele. O
cara é musculoso, mas, não possui tantas tatuagens quanto Julian. E
Hunter tem olhos azuis brilhantes e cabelo loiro. Um típico americano.
Parecem modelos da Abercrombie & Fitch7. Ambos são quentes como o
inferno e Kiera está perdendo isso.
"Uh, eu sou Hannah."
Ambos estão sorrindo para mim, e eu sinto que estou derretendo aqui
mesmo no chão na frente deles. Eles estão fora do meu alcance, mas, eu
não vou negar que amo a maneira como eles me devoram com seus olhares.
Sua atenção está sobre mim, me consumindo. Bebendo-me.
Espero que eles se embriaguem com a visão.
Meu corpo inteiro está dormente. Eu não posso nem mexer os dedos
dos pés. Quando eu tento abrir os olhos, é uma luta. As palavras
são incompreensíveis. Nada faz sentido.
"Muito sexy."
Esta voz profunda me aquece, mas, eu também estou confusa.
Quando eu finalmente consigo abrir meus olhos, vejo Julian sentado ao
meu lado, sem sua camisa. Meu olhar cintila sobre seu peito duro por um
momento antes de olhar de volta para ele.
"Você é uma menina muito boa", ele me diz calmamente. A ponta do
seu dedo faz cócegas na minha coxa. Eu tremo, mas, meu corpo inteiro se
sente inútil. "Você fez tudo muito bem. Acho que você deveria ser
recompensada."
Meus olhos se arregalam, e ele ri. Sua risada agora me assusta. Eu
não gosto disso. "Deix -"
"Eu gosto quando você está quieta", ele me diz. Em seguida, os dedos
deslizam para debaixo da minha saia. Meu coração ressoa em meu peito
enquanto ele desliza minha calcinha pelas minhas coxas. Ele é gentil
quando ele remove-as completamente. "Isso deve funcionar."
Estou horrorizada quando ele empurra minha calcinha em minha
boca. Eu começo a engasgar, e ele ri.
Merda!
O que eu fiz?
Tudo fica preto novamente. Eu não sei quanto tempo estou fora. Mas,
eu acordo com um sobressalto.
Dois olhos verdes olham para mim entre minhas pernas. Eu estou
nua. Merda, estou nua! Não consigo sentir realmente o que ele está fazendo
comigo. Sua língua está em mim, isso eu posso ver. Lágrimas rolam pelo
meu rosto quando eu tento gritar através da minha calcinha. Tudo o que
ouço são gemidos abafados e o jeito nojento que ele me lambe.
"Tão doce", ele rosna. "Você é virgem?"
Terror me imobiliza, e nossos olhos se encontram. Foi-se o
belo rapaz que conheci antes. Suas verdadeiras cores saem,
e eu estou olhando para os olhos de um monstro.
Eu assisto impotente quando ele rasga o pacote de
preservativo e o desliza sobre a espessura do seu pau. Ele
agarra minhas coxas e empurra-as separadas. E então, ele está dentro de
mim.
"Foda-se!", ele sibila quando empurra para dentro de mim. "Você é
tão malditamente apertada."
Estou chorando histericamente, mas, eu sou incapaz de me mover.
Eu não sei o que me deu!
"Você é um maricas," Hunter ri enquanto ele passeia sem camisa.
"Você sempre faz amor com elas. Talvez ela só queira ser fodida áspero e
forte."
Julian ignora-o enquanto ele martela no meu corpo. Agradeço a
minha estrela da sorte que pelo menos eu não posso senti-lo. Gotas de suor
se formam na sua testa enrugada e seu cabelo agora está despenteado. Sua
boca se abre para deixar escapar um gemido.
"Quero ela novamente depois que você terminar", diz ele para Hunter
quando ele desliza para fora de mim.
Meus olhos caem para o preservativo no seu pau. Está tingido de
sangue, o que me faz vomitar.
"Puxe a calcinha para fora da boca dela," Hunter instrui com um
rosnado. "Eu gosto de ouvi-la gritar."
Julian puxa-as de minha boca, e eu encontro a minha voz. Palavras
não saem, Mas, um grito distorcido ruge de mim.
"Grite o quanto quiser, cadela. Ninguém ouvirá você."
Hunter tira suas roupas e coloca um preservativo. Eu começo a gritar
um pouco mais quando ele me vira sobre meu estômago. Ele puxa minhas
coxas afastadas e ri. "Já foi fodida na bunda antes?"
Eu finalmente encontro palavras. "V-Você não pode f-fazer isso!"
Ele pega um punhado do meu cabelo e puxa minha
cabeça para trás. Sua boca encontra meu ouvido. "Por quê?
Porque você vai denunciar que a estuprei? Você pode tentar,
cadela. Depois que terminarmos de foder você, nós vamos
colocar seu rabo cheio de esperma na banheira. Nós vamos te limpar.
Então, vamos soltar o seu corpo inconsciente sobre a cama de alguma
porcaria de motel. Quando você acordar, você não vai se lembrar de nada. E
se você tentar contar à polícia, eles não terão nenhuma evidência física.
Jesus, vocês putas adolescentes são todas iguais. Estúpidas e fáceis. Só
lembrando, Hannah. Você caiu na nossa merda e agora você tem que lidar
com as consequências da sua estupidez."
Minhas lágrimas são apenas um fluxo contínuo pelas minhas
bochechas quentes. Isso não pode ser real. Ele libera o meu cabelo e me
deixa cair de volta para a cama. Eu estou chorando tanto que eu acho que
poderia sufocar, o que é preferível do que deixar dois monstros me estuprar.
"Não foda a bunda dela, Hunter", alerta Julian. Sua advertência me
enfurece. Como se o que ele fez para mim foi melhor.
"Por quê? Porque eu não tenho lubrificante? Isso é para o que sua
buceta serve. Você já lubrificou ela pra mim, cara", ele disse com uma
risada sombria.
Nesse momento eu o sinto se empurrar para mim. Horas atrás eu era
virgem e agora, eu não sou. Inferno, mais cedo esta noite eu queria perder
minha inocência, mas, certamente não assim. Não por dois homens que
tomaram a força isso de mim. Isso é tão nojento. Eu gostaria que fosse um
sonho!
"Ainda deve estar muito apertada apesar daquele grande fodido ter
tirado sua virgindade. Mas, essa bunda é minha", ele rosna. "Você apenas-"
O discurso repugnante de Hunter é interrompido.
"Que porra é essa? Quem diabos é você?" Ele começa, mas, então eu
ouço outro barulho repugnante.
Respingos molham minhas costas onde recuperei um pouco de
sensibilidade. Hunter, que enchia-me apenas um momento
antes, de repente foi arrancado de dentro de mim.
Pergunto-me se Julian decidiu ser um homem e colocar um
fim a isso. O barulho não para, apesar de tudo. Uma e outra vez ele se
reproduz dentro da minha mente. Eu quero fazê-lo parar.
"Jesus", uma rouca e profunda voz vacila. "O que esses filhos da puta
fizeram para minha doce menina?"
Minhas costas gentilmente são limpadas. Meus olhos se encontram
com os ferozes olhos marrom chocolate de um homem mais velho. Suas
sobrancelhas escuras estão arqueadas, e ele parece triste. Ele é um policial?
Ele faz uma carranca, mas, por alguma razão, eu não tenho medo dele. Eu
sei. Ele é meu salvador, não como os vilões que estavam se aproveitando de
mim apenas momentos antes.
Com um acesso de raiva, ele me envolve em um lençol e me puxa
para seus braços. Meus olhos seguem ao redor da sala. Dois corpos. Dois
estupradores com suas cabeças esmagadas em pedaços sangrentos por um
taco de beisebol, que está jogado no chão. O sangue está em toda parte. Tão
fascinante. Bonito. Eu deveria estar horrorizada com a visão, mas, tudo o
que posso pensar é em como eles tiveram o que mereciam. De algum modo,
de alguma forma, eu tinha um anjo olhando por mim. Olho na direção dos
seus olhos protetores, e eu não sinto um pingo de medo.
Ele mataria por mim.
Isso é o que seus olhos dizem.
E ele fez.
Duas vezes.
Papai,
Eu não posso ficar mais aqui. Mamãe quer me medicar, e eu não me
sinto como eu mesma com todos esses medicamentos. O Verão chegou agora,
e a faculdade é ao virar da esquina. Vou ficar com um amigo até eu conseguir
me resolver. Eu te amo.
Han
Eu sei que meu pai não vai ler o e-mail até de manhã.
Uma vez que o envio, eu pego minha mochila e abro a
janela do meu quarto, antes que eles liguem o alarme para
a noite. Eu estou do lado de fora e na metade do caminho
para Gabe antes que eu ceda às lágrimas. A caminhada leva
cerca de trinta minutos. Logo estou de pé em sua porta da frente com meu
punho pronto para bater.
Desde aquela primeira noite, nós nunca voltamos para sua casa. Eu
só vi a sua esposa uma vez. Estou nervosa sobre vê-la novamente.
Com um suspiro, eu bato suavemente na porta. Alguns momentos
mais tarde ela abre. Eu olho nos olhos de uma menina não mais velha que
Calder. Seu cabelo castanho é puxado para trás em um rabo de cavalo, e
ela me olha com curiosidade.
"Posso ajudar?"
Lembro-me vagamente dela nas fotos de família na parede daquela
primeira noite. "Estou aqui para ver Gabe," eu digo a ela.
Só então, a figura enorme de Gabe enche a porta atrás dela. Ele dá
um olhar em meu rosto manchado de lágrimas e me esmaga com um
abraço reconfortante. Deixo escapar um soluço quando eu aperto a sua
camiseta.
"O que aconteceu?"
"Eu fugi. Eu pensei que talvez pudéssemos..."
Ele se afasta e olha para a menina. "Brie, vá para a cama."
"Quem é ela?" Ela questiona.
"Alguém muito especial para nós. Vá para cama, agora."
Quando ela desaparece, ele me puxa para a entrada. Eu coloco minha
mochila no chão e engulo a minha emoção. "Qual é o seu tipo de sangue?"
Suas sobrancelhas se erguem. "AB positivo. Por quê?"
Meu sorriso é tão grande que dói no meu rosto. "Posso ficar aqui esta
noite?"
"Claro, menina doce."
Ele ergue a minha mala do chão e me guia para o
quarto que eu fiquei a primeira e única vez que estive aqui.
"Você vai ficar comigo? Como da última vez?"
Ele balança a cabeça. "Eu volto já."
Depois que ele sai, eu me dispo e, em seguida, encontro uma
camiseta grande na minha bolsa. Uma vez que eu passo ela sobre minha
cabeça, eu subo na cama quente que de alguma forma tem o cheiro de
Gabe. Esfregando minhas coxas juntas, eu me pergunto como vai ser tê-lo.
Vou tê-lo.
Fechando os olhos, eu separo as pernas e toco minha buceta nua. Eu
me inclino para trás contra os travesseiros para relaxar. Meus dedos
massageiam minha carne sensível enquanto eu sonho com o homem
perigoso que eu me tornei tão próxima. Com cada sensação do meu toque,
eu fico cada vez mais perto. Mas, não é perto o suficiente. Não é bom o
suficiente. Não é ele.
"Mmm", eu lamento.
Um clique suave da porta me faz reabrir os olhos. Ele se inclina
contra a porta fechada, seus olhos escuros estão sombreados por seu
cabelo que cai em torno deles. Em algum lugar ao longo do caminho, ele
tirou a camisa e veste apenas uma calça jeans muito baixa. Ele está
fodidamente sexy, e eu o quero dentro de mim.
"O que está fazendo?" Ele resmunga.
Eu encontro o seu olhar e, em seguida, aperto um dedo dentro de
mim mesmo. "Tentando e falhando ao ter um orgasmo."
Sua mandíbula aperta.
"Você poderia me ajudar", murmuro e não posso me conter, então
provoco ele, "papai".
Ele fecha os olhos e dá uma sacudida na sua cabeça, como se para
afastar os pensamentos depravados. Eu não quero que eles vão embora,
apesar de tudo. Eu quero vê-los e dançar com eles e viver com
eles e fazer amor com eles.
"Menina doce", ele rosna. Sua voz é baixa e com raiva.
Eu quero libertar a sua fúria. Eu quero ser sua vítima.
"Por que você não me fode?"
Ele corre em minha direção, furioso e violento, e eu quase gozo com
essa visão, porque ele é tão bonito. Eu abro meus lábios para respirar com
prazer. "Você está cutucando um urso que tem estado em hibernação por
um longo tempo."
Arqueando uma sobrancelha para ele, eu dou-lhe um olhar
desafiador. "Talvez eu precise que o urso me espanque."
Seus olhos acariciam minha carne. "O urso poderia seriamente te
machucar. O urso é incontrolável. O urso é cruel."
"É uma boa coisa que eu não sou Goldilocks10 então. Eu não irei me
afastar de você, Hades. Eu estou correndo para você. Nós fomos feitos para
encontrar um ao outro. Eu posso ser sua ... Krista, Lynn, minha mãe. Basta
fazê-lo já. Eu estou morrendo para ter você."
Ele lança-se para mim, fazendo-me gritar de surpresa. Seus dedos
pegam meu pulso e empurra para longe de onde eu me tocava. "Pare com
isso", ele ordena. Seu peito está arfando quando ele me prende na cama. A
forma como seus dedos cavam em mim me faz lutar com ele mais. Eu gosto
da mordida da dor.
"Não."
"Pare, porra", ele rosna. "Eu vou te machucar."
Sua boca está perto da minha. Então, eu me levanto e mordo o seu
lábio. Minha boca é afastada quando ele brutalmente segura a minha
mandíbula. Eu soco do seu lado com a mão livre, o que faz com que ele
perca seu aperto no meu rosto. Lutamos até que eu tenho ele exatamente
onde quero.
Entre as minhas pernas.
"Não", eu ronrono, meus olhos encontrando os seus
queridos olhos enfurecidos. "Muito melhor."
10 Uma heroína de conto de fadas que entra na casa dos três ursos.
Sua língua se movimenta para fora, e ele lambe o sangue que eu tirei
do seu lábio inferior. Eu quero lamber aquele lábio também, mas, ele não
vai me liberar. Nós dois estamos respirando pesadamente quando nós
olhamos fixamente um ao outro.
"Você está fodendo com a minha cabeça, menina doce."
Sorrindo, eu cavo meus saltos em sua bunda. "Eu prefiro foder com
você."
Seu rosnado derrete o meu interior.
"Naquela noite, quando esses filhos da puta estupraram você", ele
murmura, "eles foderam com a sua cabeça também. Você acha que você
quer isso, mas, você não quer."
Suas palavras me enfurecem e eu explodo. "Foda-se, Gabe!"
Eu me contorço o suficiente para libertar a minha mão e eu arranho
seu rosto. Assim que minhas unhas rasgam sua carne, ele bate a minha
mão de volta na cama. Sua respiração é mentolada, doce e está distante
apenas um fio de cabelo dos meus lábios. Desta vez, eu inclino-me e beijo
ele. Eu não mordo ele, mas, em vez disso passo minha língua sobre seu
ferimento. Quando eu solto um gemido de necessidade, o pequeno fio a que
se agarra desesperadamente se rompe.
Pop.
"Tão errado", ele sibila antes de espetar a língua profundamente em
minha boca. Ele me beija habilmente, como se ele estivesse praticando a
vida inteira só para mim. Nós já não estamos lutando um contra o outro.
Agora nós estamos lutando para subir um no outro. Meus dedos passam no
seu cabelo enquanto ele me beija como se eu pudesse desaparecer.
"Eu não vou desaparecer", eu expresso meus pensamentos contra
seus lábios.
"Fodidamente certo que você não vai."
Sua boca mergulha na minha novamente. Eu perco a
noção da realidade enquanto uma monstruosa necessidade
me consome. Eu preciso dele dentro de mim. Eu estou
tentando expressar essa necessidade, seu beijo é muito poderoso. Ele não
para de me beliscar, sugar e me provocar até que ele levanta-se brevemente
para tirar seu jeans. Eu não recebi qualquer tipo de aviso para o fato de que
ele tomou sua decisão até que eu sinto a ponta do seu pau contra a minha
buceta molhada.
Gabe não é lento ou doce ou suave.
Ele só me toma com um impulso poderoso que me faz gritar – um
grito que ele engole com um beijo. Seu pau é grosso, tão espesso, que eu
sinto que ele vai me dividir em dois, impulso após impulso, ele me fode
como se fosse seu direito de fazê-lo. Eu nunca me senti tão desejada ou
amada em toda a minha vida. É como se ele quisesse viver dentro de mim.
Eu quero que ele viva lá também.
"Não pare," eu consigo murmurar quando ele me deixa puxar o ar.
"Eu nunca vou parar", ele rosna.
Seus dedos deslizam entre nós, e ele massageia meu clitóris inchado.
As sensações são demais. Eu tento apertar as pernas, mas, este monstro
entre as minhas coxas torna impossível.
"Eu quero você imersa no meu pau, menina doce. Faça a sua buceta
bonita me molhar. Eu quero tudo. Porra dê para mim", ele ordena com um
rosnado.
As sensações misturadas com as suas palavras me deixam selvagem.
Mas, eu preciso de mais...
"Eu quero que você olhe para mim quando eu gozar", eu digo a ele
sem rodeios. "Olhe. Para. Mim."
Seus olhos se voltam quase negros, mas, ele atende o meu pedido. Eu
olho em seus olhos escuros, viciosos e eu me vejo. Eu vejo o meu próprio
monstro olhando para mim. Oh, e que belo monstro ele é.
"Você é tão perfeita", ele bufa, "e minha."
Deixo escapar um som abafado de prazer quando um
orgasmo toma conta de mim com força. Meu corpo tem
solavancos e treme com meu intenso clímax. Seus grunhidos duram apenas
um momento antes de um calor abrasador me encher. Cada centímetro do
meu interior está revestido pelo monstro em cima de mim. Ele retarda o seu
gozo em mim até que estou contraindo contra o seu pau. Em seguida, ele
enterra seu nariz no meu cabelo na base do meu pescoço.
"Eu não tenho nenhuma bússola moral, Hannah."
Eu sorrio. Tenho certeza de que as suas palavras foram ditas em
advertência, mas, elas só me confortam. "Nem eu."
"Que porra é essa?" Ele resmunga. "Isso foi tão fodido, mas, eu amei
cada segundo disso. Eu estou esperando o meu pau acordar de volta para
que eu possa te foder novamente. Quero estar dentro de cada um de seus
buracos. Esses filhos da puta podem ter tomado a sua virgindade, mas, eu
vou tomar a sua bunda. Cada polegada apertada."
Tremendo, eu arranho minhas unhas em suas costas. "Fuja comigo.
Vamos deixar esta cidade."
Ele levanta-se e indecisão pinta suas feições. "Eu tenho Brie para
pensar também, menina doce."
Suas palavras me irritam. Ele tem a mim para pensar. Eu tento
afastá-lo de mim, mas, ele é como uma casa de tijolos. Após várias
tentativas infrutíferas, ele ri.
"Você está fazendo beicinho?"
Não encontrando seus olhos, eu balanço minha cabeça. "Não."
"Mentirosa."
"Eu não estou fazendo beicinho."
"Olhe-me nos olhos."
Meu olhar se encaixa ao seu, e espero que ele veja o ciúme e
raiva neles. "Eu não pensei em minha família quando eu corri
para você."
A culpa transforma suas feições e ele salpica beijos por todo o meu
rosto. "Não, você não fez. Você é imprudente e irresponsável e não se
importa com os outros."
Eu olho para ele. "Ok, mãe."
Seu olhar escurece. "Eu sou seu pa-"
"Sim, sobre isso," eu interrompo. "Você não é."
Ele não pisca. Apenas olha para mim. Eu assisto com diversão como
sua mandíbula aperta várias vezes. "Impossível."
"Possível."
"Mas, eu sei-"
"Bem, você está errado. Eu tenho um tipo de sangue raro. O mesmo
acontece com o meu pai ", eu sussurro, "Warren."
Ele recua com o nome. Em vez de discutir, ele sai de dentro de mim e
se levanta para fora da cama. Ele puxa o seu jeans sobre seus quadris e
aponta para mim. "Vista-se. Agora."
Franzindo a testa, eu balanço minha cabeça. "Não."
"Não me teste, menina doce."
Com lágrimas brotando nos meus olhos, eu vou atrás dele. Quando
estou perto dele, eu jogo meus braços em volta do seu pescoço. "Eu sinto
muito. Eu não tive a intenção de tentá-lo. Por favor, não me faça sair. Eu te
amo." Um soluço sufocado me escapa. "Nós podemos fingir. Eu posso ser
ela. Por favor, deixe-me ser sua."
Seus dedos pegam o meu cabelo e ele empurra minha cabeça para
trás ao ponto de dor. Deixo escapar um gemido quando a boca suga na
carne logo à esquerda da minha garganta. "Quando eu disse que era minha,
eu não estava brincando. Você acha que eu vou deixar você ir?
Agora? Foda-se. Nós estamos saindo. Esta noite."
Eu me viro em seus braços, alívio escorre sobre mim.
Sua boca está em todo o meu pescoço me marcando como
sua. Com cada mordida e chupão, eu fico com mais fome dele. Eu preciso
dele dentro de mim novamente.
"Será que ela vai tentar impedi-lo?" Eu questiono.
Sua risada é francamente mal e sinistra. Direto das profundezas do
inferno. Eu amo como ele me aquece de dentro para fora. "Ela pode tentar,
porra."
Sorrindo, eu deslizo os dedos em seus cabelos e aperto-o.
"Tome um banho rápido, menina doce," ele diz e dá um tapa na
minha bunda. "Eu preciso ir lidar com Alejandra."
11
"A melhor parte é lá fora."
Ela abre a porta de vidro e grita quando vê a piscina cintilante.
"Vamos nadar!"
Eu sorrio e passo o meu braço em volta da sua cintura antes que ela
mergulhe completamente vestida. "É seis da manhã. Vamos descansar e
vamos nadar quando o sol sair."
Ela faz beicinho, mas, relaxa contra o meu peito. "O que vamos fazer
até lá?"
"Dormir", proponho.
Não dando a ela uma chance de discutir, eu seguro sua mão e guio-a
através da casa em direção ao quarto que nós estaremos compartilhando.
Eu tinha criado o outro quarto para ela, mas, agora eu não quero ela em
qualquer lugar, senão na minha cama.
"Tire a roupa e vá para a cama," eu ordeno, tirando minha própria
camisa.
Seus olhos escurecem e um sorriso brinca em seus lábios. "Você
gosta de amarrar meninas?"
Meu pau contrai com as palavras dela. Visões da minha doce menina
amarrada e à minha mercê torce minha cabeça. Pensamentos sujos,
escuros deixam meu corpo morrendo de vontade de fazer muitas coisas com
ela.
"Sim." Minha voz é rouca e seca.
"Elas são meninas más?"
"Às vezes."
"O que você faz com elas?"
Eu sorrio. "Qualquer porra que eu queira."
"Você faria isso comigo?" Sua sobrancelha dourada
arqueia em desafio.
Não tenho certeza do que ela quer de mim. "Só se você correr de mim.
Não há como fugir agora, menina doce."
O medo não pisca em seus olhos. Desejo sim.
Ela se aproxima, dando alguns passos em minha direção. "Então, se
eu correr de você, você me arrasta e me amarra? O que você faria então?"
Um rosnado baixo faz barulho na minha garganta. "Eu chicoteio sua
bunda por me deixar." Eu desabotoo o topo da minha calça jeans e chuto
meus sapatos.
Ela olha para os sapatos e me envia outro olhar desafiador. "Então o
que?"
"Eu fodo você até que você me peça para parar."
"E se eu não quiser que você pare?"
"Confie em mim, você não pode lidar com o que eu faria."
Ela fecha a distância entre nós e lambe os lábios de uma maneira
sedutora que me faz segurar as minhas mãos ao meu lado para evitar
espancar ela. "Eu aposto que eu poderia. Aposto que eu quero."
"Eu não penso assim."
Ambas as palmas das suas mãos percorrem meus músculos
peitorais. "Eu não sou Krista ou Lynn ou minha mãe. Eu sou melhor", ela
corta fora. "Você verá."
Estou prestes a argumentar quando ela me empurra tão forte quanto
ela pode. Eu perco o meu equilíbrio e caio na minha bunda. Então eu vejo
um flash loiro rodopiando pela sala. Aquela menina má.
Levantando, eu não hesito e vou atrás dela. A porta bate quando ela
corre de mim, fodidamente corre - sabendo muito bem as consequências de
tal ato. Seu cabelo loiro voa atrás dela como se ela fosse algum tipo
de fada.
Eu vou pegá-la.
Eu vou machucá-la.
As terras do Arizona sob meus pés picam enquanto eu corro atrás
dela, mas, eu ignoro as pequenas pedras contra a minha carne macia. Tudo
o que importa é capturar aquela garota para que eu possa fodê-la.
"Ficando lento na sua velhice?" Ela provoca sobre seu ombro.
Soltando um grunhido, em seguida vou com mais força atrás dela.
Ela pode ter jogado softball, mas, eu trabalho pra caramba na academia.
Suas pernas não são páreo para as minhas. Logo, eu estou perto dela.
Estendo a mão, mas, ela se contorce rápido para a esquerda e, em seguida,
gira rapidamente para a direita. Estou momentaneamente atordoado, mas,
volto a ir atrás dela. Desta vez, quando ela está perto, eu empurro ela. Ela
grita quando seus joelhos batem na terra.
"Não lute comigo", eu assobio.
Mas, a menina luta comigo. Seu punho oscila para cima e dá um soco
na minha mandíbula. Surpreendentemente, ela rola abaixo de mim e
começa a correr novamente. Eu pego seu tornozelo para puxar suas costas
para mim. Eu vou comê-la como o urso que eu sou e pressionar o seu peito
na sujeira. Ela solta um gemido, mas, ainda luta comigo quando eu rasgo
seu short de seu corpo. Uma vez que eu tenho eles no seu joelho, junto com
sua calcinha, eu não perco tempo para puxar meu pau para fora. Eu
esperava que sua buceta tivesse seca, mas, ela está molhada, e avidamente
me suga em seu corpo.
"Ah, sim", ela geme e aperta em torno de mim.
Eu agarro seu cabelo e empurro sua cabeça para trás. "Por que você
correu de mim porra?"
"Para ver se você iria me pegar," ela joga de volta.
Grunhindo, eu empurro nela forte e rápido. Estou batendo dentro
dela. Assim que eu sair, vou dar ao seu traseiro o chicoteamento de uma
vida.
"Claro, que vou pegar você, porra. Eu sempre vou te
pegar."
Ela geme como se minhas palavras a agradassem. "Isso é bom, Gabe."
"Você vai gozar com meu pau dentro de você? Eu não posso chegar ao
seu clitóris necessitado daqui, menina doce."
Seu corpo se contorce debaixo de mim. "Sim!"
E, ela faz porra. Sua buceta aperta em torno do meu pau, o que me
faz explodir dentro dela. Eu gozo tão forte, que acho que poderia desmaiar.
Um velho como eu não pode ficar correndo através do deserto perseguindo
bonequinhas fodidas. Estou muito velho para esta merda.
"Jesus!" Eu assobio enquanto eu jorro a última gota da minha
semente. "Você está tentando me matar?"
Seus dedos agarram a sujeira, e, em seguida, eu noto que ela está
usando o anel que eu dei-lhe no dedo do casamento. Isto faz o meu peito
inchar com orgulho viril. Ela é minha.
"Você prometeu me dar banho", ela murmura, suas costas se
elevando com esforço. "E eu estou realmente suja."
Gemendo, eu deslizo para fora dela e levanto com as pernas trêmulas.
Meu pau ainda goteja com a minha porra, espirrando no seu branco
traseiro – traseiro branco que eu vou foder regiamente mais tarde. Enfio
meu pau de volta no meu jeans e ajusto-os antes de ajudá-la a ficar de pé.
Ela veste suas roupas de volta sobre seu corpo sujo. Quando nossos olhos
se encontram, eu amo o jeito que ela brilha de prazer. Seu pequeno monstro
foi saciado.
"Você está sangrando", eu indico e gesticulo para seus joelhos.
Ela encolhe os ombros. "Eu estou supondo que não vai ser a última
vez que você me fará sangrar."
Eu afasto-me dela, então ela não pode ver o quão fodidamente louco
ela me deixa. "Vamos."
De mãos dadas, nós caminhamos de volta para casa.
Quando chegamos à porta dos fundos, tiramos as nossas
roupas, para não arrastar a sujeira para a casa nova. Eu
guio a minha menina suja para o banheiro enorme e ligo o
chuveiro. Uma vez que se aquece, eu puxo-a sob o jato quente comigo.
"Isso foi estúpido," eu digo a ela. "Depois de tudo o que eu lhe disse
sobre mim. Sobre o que eu fiz, que eu matei, as pessoas que eu tomei e
torturei. Você ainda atiça o urso. O que acontecerá quando eu te
machucar? Você vai acordar um dia e perceber que você já teve o bastante?"
Ela envolve seus braços em volta da minha cintura. "Eu nunca vou
ter o suficiente. Esse foi o único momento emocionante de toda a minha
vida chata. Eu não quero desistir de você."
Eu sorrio e abraço ela contra mim. "É uma coisa boa. Porque não há
como fugir. Nunca."
As coisas têm corrido de volta ao normal, uma vez que ela voltou com
sua medicação. Sem mais momentos de criança selvagem. Não há mais
acessos de raiva. Não há mais crises de choro.
Só ela.
E eu.
E a maldita felicidade.
Mas, eu tenho que saber como minha filha está. Eu preciso verificar
ela. Para dar-lhe algum tipo de explicação e uma promessa de que vou
voltar para ela. Ela provavelmente está fora de si com o estresse e
preocupação. Brie é uma pessoa inocente. Uma menina doce e brilhante.
Por mais que eu pertenço aqui com a minha Hannah, eu não posso evitar,
me sinto rasgado. Seu pequeno coração será quebrado.
"Nós estamos quase lá?" Hannah pergunta do banco do passageiro,
torcendo o colar com sinal de paz entre os dedos. "Eu estou com
fome."
Eu aprendi minha lição da última vez e não deixo-a
sozinha em casa quando eu vou a lugares. Ela viaja comigo e
me conta um milhão de diferentes histórias sobre sua
infância - as que eu não estava a par mesmo estando por trás do vidro e
nas sombras da sua vida.
"Mais quinze minutos e estaremos nos arredores de Tucson. Vamos
encontrar um restaurante ou algo assim que chegar lá."
Ela balança a cabeça e coloca um de seus pés para fora da janela
aberta, mexendo os dedos dos pés descalços no vento. Seu vestido levanta e
mostra sua calcinha rosa pálida o que torna a condução fodidamente
impossível já que eu quero encostar e fodê-la com os dedos. A menina gosta
de foder. Muito. Ela está dando a esse velho uma corrida para o seu
dinheiro.
Afastando meu olhar de entre suas coxas, eu me pergunto se vou ser
capaz de comprar alguns equipamentos de ginástica para casa. Eu não
tinha considerado isso, quando eu a tinha mobiliado, mas, depois de uma
semana de não malhar, isto está me deixando louco. Correr através do
deserto e nadar várias voltas na piscina simplesmente não é o suficiente.
Meu corpo é talhado para exercícios mais rigorosos.
"Você acha que eles estão preocupados comigo?" Ela questiona, sua
cabeça balançando ao ritmo da música.
Penso em como Baylee tem pairado sobre seus filhos ao longo dos
anos, como se pudessem desaparecer a qualquer momento. Como War está
sempre olhando para as saídas e as pessoas como se qualquer um fosse um
potencial sequestrador de criança. Eles estão obcecados com a segurança
de seus filhos. E mesmo que sua filha mais velha tenha dezoito anos, posso
imaginar que eles estão preocupados.
"Você quer ligar para eles?" Eu digo as palavras antes que eu possa
me impedir.
Ela morde em seus lábios e encolhe os ombros. "Talvez. Eu posso
pensar sobre isso?"
Sorrindo, eu estendo a mão e seguro a mão dela.
"Você pode fazer o que quiser, menina doce. Eu vou verificar
Brie, então eu não me importo se você os checar, contanto
que você não lhes diga onde você está ou que você está comigo."
Ela empurra sua mão e olha para mim. "Por que você vai ligar para
ela?"
Passando um carro lento, eu me preparo antes de responder. "Ela é
minha filha. Eu preciso deixá-la saber que estou bem e eu a amo."
Seu humor escurece, e ela cruza os braços sobre o peito. Ela fica em
silêncio pelo resto da viagem, e gostaria de saber o que está cozinhando
dentro de sua cabeça. Pergunto-me o que diabos vamos fazer quando os
remédios precisarem de recarga e nós não os tivermos.
Então, o que diabos?
"Pedro Mexican Restaurant?" Pergunto quando passamos um outdoor
com propaganda das melhores enxilhadas deste lado da fronteira.
"Claro", ela diz com um tom frio em sua voz. "Oh, e eu quero ligar
para eles. Obrigada." Eu não gosto do seu tom de voz, mas, eu ignoro.
Vamos nos sentar para então conversarmos.
Quando estaciono no decrépito estacionamento do restaurante que
parece questionável, eu retiro meu telefone e sou grato por ver as barras de
serviço.
"Você primeiro", ela diz e aperta os dedos.
Com um suspiro, eu disco o número da minha filha. Nenhuma
resposta. Alejandra ainda não responde a qualquer um. Eu sei que ela está
chateada. Deixei-a amarrada à cama, mas, eu poderia ter feito muito pior.
Ela de todas as pessoas sabe disso. Se ela está me impedindo de falar com
Brie por causa dessa merda, eu vou fazê-la pagar caro por isso.
"Sem resposta?" Ela questiona.
"Não. Vou tentar o hospital. Alejandra deveria estar lá."
Ela balança a cabeça e me dá um sorriso bonito. "OK."
Eu disco para o posto de enfermagem, onde podem
fazê-la falar comigo.
"Cirurgia", uma voz branda responde, "enfermeira Brenda falando."
"Ei, Brenda," saúdo. "É Johan. Alejandra está disponível? Eu preciso
falar com ela. É urgente."
A linha fica em silêncio por um momento. "Hum, eu, uh ..." O telefone
é abafado enquanto ela fala com alguém, mas, eu ainda posso ouvi-la.
"O que eles disseram para fazer se Johan ligar?" Ela sussurra a
alguém.
A resposta é abafada, mas, eu entendo. "Transfira-o para o Detective
Larson."
"Hum, sim, Johan", Brenda diz com uma voz trêmula, "deixe-me
transferi-lo."
"Brenda, ela não tem um telefone lá. Você a bipa e ela vem para o
telefone. Por que você está tentando me mandar para um detetive?" Exijo
com um rosnado.
"Você realmente não sabe? Eu disse a eles que não era você. Você é
bom para ela, e ela te ama. Mas, eles não querem me ouvir", ela murmura.
"Sabe o que?"
"Alejandra foi assassinada há uma semana."
O sangue ferve dentro de mim, e eu dou a Hannah um olhar mordaz.
Ela sorri. A filha da puta sorri para mim. Engolindo, eu soltei um assobio.
"Eu não sabia disso, porra. Onde está a minha filha?"
"Bem, desde que você não estava lá e Alejandra não tem outra família
nos EUA, ela foi levada pelos serviços da criança. Eu sinto muito. Pensei
que você soubesse-"
Ela está cortada, e eu ouço um tumulto de vozes. Então, eu sou
colocado em espera. Que porra é essa? Segundos depois, o telefone
toca, pois é encaminhado. Eu desligo antes dele se conectar ao
Detective Larson.
"Que porra é essa que você fez, Hannah?" Exijo.
Seus olhos estreitam e escurecem. "Ela era uma complicação. Você
mesmo disse isso muitas vezes esta semana."
Correndo os dedos pelo meu cabelo, eu suprimo o desejo de
estrangulá-la. "O. Que. Porra. Você. Fez?"
"Eu fiz o que tinha que fazer para nós", ela estala e rasteja sobre o
console para o meu colo para me escarranchar. Seus olhos selvagens
encontram os meus e ela sorri como o diabo. "Eu empurrei uma lâmina em
seu lindo pescocinho. Observei-a sangrar por toda a cama, enquanto você
carregava nossos pertences no carro. Ela morreu antes mesmo de sairmos
de casa."
Eu agarro ela pela garganta e sufoco ela. Ela puxa o meu pulso, mas,
eu não deixo-a ir. "Você deixou a minha filha de quinze anos de idade
sozinha em casa com o corpo de sua mãe morta? Você deixou ela para
encontrar essa merda por si mesma? O que há de errado com você,
Hannah?"
Quando ela fica mole com meu aperto, eu solto-a. Ela ofega por ar,
mas, não perde tempo me atacando. Suas garras estão prontas para
arrancar meus olhos fora, mas eu arrebato os dois pulsos antes que ela faça
qualquer dano.
"Ela teria o levado para longe de mim", ela me diz, com a voz
derrotada e seus lábios frouxos. "Eu não queria que ela se colocasse entre
nós."
Fechando os olhos, eu inclino minha cabeça para trás contra o
encosto do banco. "Ela e eu nunca fomos verdadeiramente apaixonados,
doce menina. Eu nunca teria deixado você por ela. Nunca, porra. Mas,
deixar Brie encontrá-la dessa maneira? Você realmente fodeu, baby."
Seus lábios se esmagam contra o meu e ela enfia os dedos no meu
cabelo crescido. "Por favor, me perdoe", ela suspira e diz seu
motivo. "Por favor. Eu não pensei sobre o que iria acontecer.
Eu apenas fiz isso."
Eu deslizo as palmas das mãos para a sua bunda e
aperto. Sua língua entra na minha boca. Ela me beija
avidamente. Quando eu já tive o suficiente de seus beijos apologéticos, eu
pego o cabelo dela para puxá-la longe de mim.
"Eles estão olhando para mim agora. Eu sou, obviamente, o principal
suspeito. Claro, eles estão à procura de Johan, não Gabe, mas, não vai
demorar muito para me ligar, eu tenho certeza."
Uma lágrima corre pelo seu rosto. Ela não está triste com o fato de
que a minha filha teve que encontrar sua mãe morta amarrada à cama. Ela
está triste porque acha que a porra da polícia poderia me levar para longe
dela.
"Sem mais besteira, Hannah. Você tem que aprender a agir em
conjunto e fazer exatamente o que eu digo. Se eles estão me procurando,
então não estamos seguros aqui. Você pode fazer a chamada para os seus
pais, mas, em seguida, nós vamos nos livrar deste telefone."
Ela balança a cabeça em concordância. Eu limpo a lágrima com o
polegar e beijo seu nariz.
"Seja uma boa menina."
Eu entrego o telefone e ela disca um número.
"Coloque no viva-voz," eu instruo.
Com outro toque no botão, o toque pode agora ser ouvido por nós
dois.
"Alô?" Uma criança responde.
"Ren?"
"Puta merda! Hannah? Onde você está? Mamãe e papai estão
pirando, foda-se!" Ele grita.
Ela franze a testa. "Estou bem. Eu juro. Como está todo mundo?
Como está o papai?"
"Você conhece o papai. Ele está obcecado com a
localização de onde você está. Você deixou seu telefone
quebrado aqui, mas, ele está te caçando. Eles estão em
pânico porque no dia depois que você saiu, houve um
assassinato perto da estrada de uma forma estranha. Eu não achei que
tínhamos que nos preocupar com você desde que você enviou uma
mensagem para o pai, mas, eles têm se estressado muito sobre a coisa toda.
Você deve voltar para casa, Han. Eles não conseguem comer ou dormir ou
sorrir. Eles estão tristes."
Eu levo meus lábios para o seu pescoço e sugo a carne lá. Minha
mente zumbe com a merda que agora eu estou ciente. Cada viagem para a
cidade vai ser um problema. As impressões digitais são um problema. Se
eles conectar nós dois, é um grande problema, porra.
"Eu não vou voltar para casa, Ren. Estou apaixonada."
Ele geme na outra linha. "Você está sempre apaixonada, irmã. Pelo
menos fale com eles."
Quando eu belisco em sua carne, ela solta um suspiro. "OK. Mamãe,
apesar de tudo. Eu não quero falar com o papai." Eu me afasto para ler sua
expressão. Seus olhos estão cheios de lágrimas. Ela é uma filhinha do papai
e não quer ouvir a sua decepção.
"Mãe?" Ren chama. "Han está no telefone."
Nem um segundo depois, a voz entrecortada de Baylee enche a linha.
Meu pau endurece a partir do som que senti falta por muito tempo.
"Baby? Onde você está? Eu sinto muito, tivemos uma briga. Basta
chegar em casa e vamos trabalhar nisso. Deus, eu estou tão feliz que você
está bem."
Hannah agarra meu pulso e guia a minha mão entre suas pernas.
Uma vez que ela me mostra como molhada sua calcinha está, ela me dá um
sorriso perverso. Coloque o dedo em mim, ela sinaliza com a boca. Eu
empurro um dedo em seu quente, buraco apertado e me deleito com a
forma como ela suspira alto.
"Eu estou melhor do que bem, mãe. Estou apaixonada."
Baylee suspira ao telefone. Meu dedo impulsiona
dentro e fora da buceta da minha doce menina enquanto ela
fala com sua mãe. "Você não está apaixonada. Com quem? Julian Hunter?"
Ela sorri. "Não, eu menti. Este não é o seu nome."
Não, eu gesticulo para ela em advertência. Eu não gosto do brilho
malicioso em seus olhos.
"É o seu professor?" Pergunta Baylee, horror aparecendo em sua voz.
Hannah ri, mostrando um pouco do seu lado maníaco. "Não."
"O treinador Phil?" O suspiro de Baylee é de exasperação.
"Não dessa vez."
"Pare de jogar estes jogos e diga-me." A voz de Baylee é apertada e
feroz. É uma fachada, embora. Eu sei quando ela esconde seu medo. Ela
está fodidamente aterrorizada por sua filha agora.
"Você joga o tempo todo, Mãe", ela se encaixa. "Você mente e esconde
a verdade de mim. Verdades que eu deveria ter sabido há muito tempo.
Mas, não, você escondeu tudo em seu esforço estúpido e obsessivo de me
proteger. Muita coisa boa isso fez. Eu fui estuprada por dois homens, mãe.
Você está me ouvindo?" Hannah começa a chorar, e eu abraço-a. "Dois
homens!"
"Desligue", murmuro contra seu cabelo.
"Não."
Eu rosno, mas, ela se afasta de mim e se desmancha em lágrimas.
"O que você está falando, Han?" Baylee pergunta, sua voz um mero
sussurro.
"Quando você estava na Itália, eu fui drogada, fui arrastada para a
casa de um estranho, e eles me foderam, mãe. Obrigaram-me e eu não
podia fazer absolutamente nada sobre isso porque eu estava paralisada
contra seu ataque. Talvez se você tivesse me contado como você
tinha sido sequestrada e estuprada, eu saberia o que fazer!"
Ela grita, grossas lágrimas rolando pelo rosto. "Você fez isso
comigo!"
Baylee começa a soluçar na outra extremidade. "Onde você está?
Quem são estes homens que te machucaram?"
"Julian e Hunter", ela ri, o som duro e sinistro.
"Por que você não foi à polícia?" Pergunta Baylee. "Por que você não
nos disse?"
"Porque ele me salvou."
"Quem?"
"Hades."
A linha fica em silêncio por uma batida. E então: "Quem é Hades?"
"Ele bateu naqueles bastardos e me levou para fora daquele inferno.
Ele cuidou de mim e me amou. Ele me contou histórias, mãe. Histórias
sobre meus avós. Histórias sobre você."
"Não", eu assobio e vou para o telefone, mas, ela se contorce a
distância.
"Não", a voz de Baylee ecoa a minha.
"E então ele fez amor comigo, mãe. Ele mostrou-me o que é o
verdadeiro amor - o amor que você jogou fora porque você escolheu o seu
captor sobre ele! Ele é meu agora, e eu o amo!"
"Hannah!" Tanto Baylee e eu gritamos ao mesmo tempo.
Eu luto pelo telefone, e eu finalmente o arranco de sua mão. Eu
prendo ambos os pulsos de Hannah, em meu aperto enquanto ela sibila
maldições para mim. Puxando-a para o console ao meu lado, eu seguro-a
contra mim enquanto eu cumprimento sua mãe. Ela se contorce, mas, não
vai a lugar nenhum.
"Sentindo minha falta, querida?" Eu rosno para o telefone. "E não
preocupe seu lindo coração. Ela está segura comigo."
"FILHO DA PUTA MONSTRO IMORTAL! EU JURO
QUE SE VOCÊ TOCAR MINHA FILHA EU VOU CASTRÁ-LO
E- "
Eu desligo antes que ela possa terminar a frase. "Coloque seu traseiro
para lá." Hannah fica tensa e solta um suspiro quando eu solto ela. "Não
fale. Não se mexa. Não faça uma coisa maldita, apenas sente lá e pense
sobre a porra da bagunça que você fez."
Assim que ela se arrasta para o banco, eu saio do carro e bato o meu
telefone no concreto. Eu bato nele várias vezes até que esteja esmagado.
Não chego a olhar para as fotos de Brie ou qualquer coisa de merda porque
não preciso deles nos rastreando aqui. Eu vou ter que encontrar uma
maneira de ver Brie, assim que eu descobrir o que vou fazer.
Eu subo de volta para o carro e dirijo para fora do estacionamento.
Estamos em silêncio enquanto eu dirijo e pego alguns hambúrgueres de um
fast food em nosso caminho de casa. Meu coração está cheio com esta
menina. Cheio do que jamais esteve antes. Eu amo ela.
Mas, ela está me deixando fodidamente louco.
É hora de domesticar o meu animal selvagem. Vou ter que amarrar o
seu traseiro e lhe ensinar como se comportar. Estamos muito longe nisto
para qualquer um de nós voltar atrás agora...
ELE SE RECUSOU a proferir uma palavra por todo o caminho de
casa. E no momento em que estacionou dentro da garagem, ele colocou
algumas roupas de corrida e correu para longe, muito longe de mim. Eu
chorei o tempo todo. Eu cortei a garganta de Alejandra para nós. Então, ela
não iria tentar roubar ele de mim. Então ela não iria me chamar de
vagabunda como a Sra. Collins fez. Eu fiz isso por nós.
Mas, suponho que arruinei as coisas.
Agora ele é perseguido por um crime que eu cometi.
E agora, porque eu simplesmente não podia deixar de provocar minha
mãe, meus pais sabem que estou com Gabe. Eu não quero nem começar a
pensar que tipo de meios papai vai percorrer para me ter de volta. Tanto
quanto eu sei, ele provavelmente já invadiu todas as câmeras de vigilância
nos EUA à procura de imagens de mim para ver onde eu tinha ido.
Papai vai me encontrar.
Merda!
Eu mordo minhas unhas enquanto espero Gabe
retornar. Está ficando escuro, e eu sinto falta dele. Quero
me jogar a seus pés e implorar por perdão. Quero formular
um plano para nos tornarmos novas pessoas para que
possamos nos esconder daqueles que irão nos caçar.
Ele precisa voltar para casa.
Eu preciso dele.
Preciso. Dele.
Porra, eu preciso dele!
Eu encontro um limpa-vidros e abro para limpar todas as janelas e
espelhos da casa para me distrair dos terrores que atormentam minha
mente. Uma vez que eu termino, limpo os banheiros. Esvazio. Varro.
Esfrego o chuveiro. Então eu conto minhas pílulas. Estou obcecada sobre
quantas me restam e o que acontece quando acabar.
Gabe vai se cansar de mim?
Eu sou muito louca para ele?
Eu era uma foda divertida e agora sou simplesmente uma assassina
psicopata, ao seu lado?
Estou andando pela sala de estar puxando o meu cabelo quando a
porta de trás se abre. Quando eu arrasto o meu olhar para ele, ele me
enlaça com um olhar maldoso.
Um olhar que diz: Eu vou te devorar.
Eu pisco-lhe um largo sorriso, aliviada. Eu preciso dele para me
devorar e prometer que vai ficar tudo bem. Para me confortar. Para apagar
essa ansiedade que está deixando o interior da minha cabeça mais escuro
que o preto.
Meu sorriso parece enfurecê-lo ainda mais, embora. Quando eu chego
para ele, ele sussurra para mim.
"Não."
Essa única palavra envia gelo através de mim, congelando
cada veia em meu corpo.
"O que quer dizer, não?"
Ele espreita para mim e agarra meu pulso. É doloroso e possessivo. A
forma como o polegar dele escava em minha carne envia vibrações de alívio
através de mim. "Quero dizer," ele rosna, "o tempo de brincar acabou.
Chega dessa besteira. É hora da sua punição."
A punição da última vez foi um intenso prazer. Ele chicoteou minha
bunda, mas, me fez gozar mais forte do que nunca. Suas penas parecem
não ser castigos em tudo. Elas parecem recompensas. Estou confusa,
porque ele não parece feliz. Ele parece irritado.
"Ok," eu digo a ele e, em seguida, mordo meu lábio inferior.
Ele me arrasta para o quarto. Assim que estamos dentro, ele agarra a
corda que ele tinha usado antes e prende meus pulsos juntos. Então, mais
uma vez ele usa mais uma corda para me amarrar à cabeceira. Não há folga
suficiente para que eu possa facilmente ficar ao lado da cama.
"E agora?"
Ele puxa fora sua camiseta encharcada e atira para o chão. "Você
pode esperar aí até eu decidir o que vou fazer com você."
"Você está com raiva de mim?"
Sua mandíbula cerra e seus olhos embaçam com a escuridão. "Não,
menina doce, não estou bravo com você." Ele espreita em minha direção.
Seus dedos cavam no meu quadril quando ele me chama para ele. Eu abro
meus lábios quando ele abaixa o rosto para o meu. Beije-me, Hades. "Eu
estou fodidamente furioso."
Em vez de me beijar como eu queria, ele rapidamente me libera, vai
para o banheiro. A raiva surge através de mim. Ele não pode simplesmente
me amarrar como um animal selvagem. Eu dou solavancos e puxo meus
pulsos amarrados em um esforço para soltá-los. Ele é um profissional,
embora. Eu não vou a lugar nenhum. Após vários minutos de xingar e
gritar, os quais ele não pode ouvir enquanto está no chuveiro de
qualquer maneira, eu desisto e sento-me na beira da cama.
Minha mente voa para Calder e Ren. Pergunto-me se
eles sentem minha falta. Será que eles sequer notaram que
fui embora? É um alívio não ter sua irmã fodidamente louca lá, como de
costume? Ren provavelmente está livre para ter realmente uma namorada
agora. Sem mim lá para aterrorizá-la e sabotar seu relacionamento. Ele
provavelmente está feliz. Provavelmente tem relações sexuais com ela
enquanto eu me sento aqui amarrada e impotente. Ela é provavelmente
uma prostituta adolescente. Assim como a última garota que ele namorou,
Sidney. Sidney era perfeita com seu cabelo castanho liso e os olhos verdes
brilhantes. Ele era louco por ela. Tratava ela como se fosse a maldita rainha
do mundo. Ren parou de sair comigo, sua irmã e melhor amiga, para que
ele pudesse sair com a cadela. Isto me irritou.
Mas, me livrei de Sidney.
Um dia, quando ela e Ren estavam fora nadando, eu bisbilhotei em
seu telefone. Encontrei todas as fotos nuas que ela enviou para Ren. Então,
enviei-as para todos os nomes de sonoridade do sexo masculino em seus
contatos em seu telefone, juntamente com algumas mensagens especiais
para cada um deles, certificando-me de adicionar a estúpida mensagem que
ela sempre coloca quando envia as mensagens.
Quer sair mais tarde? xoxo Sid
Meu namorado não beija como você. xoxo Sid
Estou com tesão. xoxo Sid
Você está quente. xoxo Sid
Eu gostaria que fosse você no lugar dele. xoxo Sid
Incluindo Calder. Calder, sendo o irmão nobre que ele é, mais tarde
mostrou a Ren o texto que Sidney tinha enviado. Eu gostaria que fosse você
no lugar dele.
Eu tinha planejado drogar ela e fazer um vídeo realmente atrevido
então eu poderia colocar no Youtube, mas, nunca chegou a isso.
Meu irmão terminou com ela. Ela negou as alegações e disse
que seu telefone foi roubado, mas, muitos de seus amigos
em comum na escola também confirmou ter recebido o texto
da pequena Miss inocente. Sua reputação foi arruinada. E eu
tinha o meu irmão de volta.
Mas, agora que eu me fui, Ren está feliz?
Será que ele encontrou uma outra "boa" garota?
Será que ele transa com ela na minha cama?
Meus punhos se fecham em bola e todo o meu corpo treme com fúria.
Eu sempre tive ciúmes das meninas que falavam com os meus irmãos,
especialmente Ren. Eu não sei o que vou fazer se eles alguma vez
conseguirem uma esposa.
Talvez ela vai ter o mesmo destino que os grandes peitos da
Alejandra...
"Você já teve tempo suficiente para pensar sobre o que você fez de
errado?" A voz profunda de Gabe me arrasta dos meus pensamentos de
raiva para o presente.
Sacudindo a cabeça sobre a sua voz, eu encontro-o em pé na porta
completamente nu e secando o cabelo com uma toalha. Ele não está mais
pulsando com raiva. Em vez disso, ele parece se divertir agora. Uma de suas
sobrancelhas escuras se curvaram-se em questão. Um pequeno sorriso
puxa um canto de seus lábios.
Eu quero que ele se deite sobre esta cama para que eu possa sentar-
me em seu rosto.
Eu quero sentir a maneira como sua recém cortada barba fica contra
as minhas coxas.
Ter a sua língua provando uma parte de mim que nenhum outro
homem, além dele provou.
Eu sou dele e ele é meu.
"Solte-me. Me deixe tocar em você ", eu imploro.
Ele ri, mas, não é bem-humorado. É sinistro. Escuro.
Mortal. Ele me vira para a direita fodidamente distante.
"Não. Estamos apenas começando, menina doce."
Derrotada, eu levanto meus ombros e arranco o meu olhar do seu
corpo que tenho certeza foi esculpido pelos deuses com super poderes. "Eu
não tive a intenção de fazer uma confusão com as coisas."
Ele encontra um par de calças de moletom em uma gaveta e arrasta-
os sobre suas coxas musculosas, negando-me a visão do seu bom pau. Em
seguida, ele veste uma camisa e sapatos. Eu acho que nós não vamos fazer
sexo de reconciliação.
"Você não queria. Mas, você fez. Agora, não podemos desfrutar do
nosso tempo aqui como um casal. Agora, eu tenho que fazer planos. Eu
tenho que estar vigilante. Eu tenho que manter a porra de um olhar acima
do meu ombro 24x7", ele ferve. "Para não mencionar, que você matou a mãe
da minha única filha e deixou-a para encontrá-la sozinha. Nenhuma
criança deveria ter que ver o cadáver ensanguentado da sua mãe. Eu não
tenho nenhuma ideia de onde eles levaram Brie por causa de você. Você.
Fez. Isto."
Bufando, eu levanto minha cabeça para olhar para ele. "Por nós!"
Ele espreita para mim, e eu salto com meus pés para encontrá-lo
perto da minha cabeça. Seus dedos enfiam no meu cabelo, puxando minha
cabeça para trás para olhar para ele. "Você está fora de controle, Hannah. É
hora de acalmar o seu rabo. "
Sarcástica, eu mostro meus dentes para ele. "Boa sorte em tentar me
controlar. Meus pais e os médicos não puderam. O que faz você achar que
pode?"
Com um empurrão, ele me joga na cama. Antes que eu possa chutá-
lo, ele antecipa o meu movimento e pega os meus dois calcanhares
imediatamente. "Eu posso e vou. Vou correr até a cidade para comprar
alguns suprimentos para te conter."
Com isso, começo a chorar. Meu olhar embaçado encontra o
seu quando o meu lábio treme. "Por favor, não me deixe
novamente."
Ele faz uma carranca e descansa um joelho na cama
entre as minhas coxas abertas. O calor me faz esfregar minha
perna contra a sua procurando alívio e conforto. Em seguida, ele se abaixa
sobre mim para chegar perto do meu rosto. "Você não se importa nada
sobre eu quebrar você, não é? Eu poderia bater o seu rabo até que isto te
matasse e ainda assim você não daria a mínima. Não, você tem medo de
algo completamente diferente. Você tem medo de ficar sozinha. Medo que eu
não fale com você. Você está com medo de me perder." Seus olhos ficam
distantes enquanto ele pondera sobre isso. "Muito interessante. Parece que
vamos ter que tentar algo diferente."
"Não me deixe", eu imploro.
Ele roça os lábios nos meus, mas não me beija. "Isso é exatamente o
que vou fazer."
Antes que eu possa defender minha causa, ele se afasta de mim e sai
do quarto. Eu grito e choro por ele. Ele ainda está na casa. Eu sei porque eu
posso ouvi-lo fuçando na cozinha. Finalmente, ele volta.
Segurando um rolo de fita adesiva.
"Não", eu soluço. "Eu vou morrer. E se eu hiperventilar e morrer?"
Minhas lágrimas estão saindo em grandes fluxos agora. Com cada
respiração irregular que dou, meu corpo inteiro treme. "Eu estou
assustada."
Riiiip!
A laceração de uma tira de fita adesiva faz o mesmo som do meu
coração rasgando no meu peito. Ele encontrou uma maneira de me
machucar e isto funciona. Isso dói. Muito fodidamente, ruim.
"Eu não vou te perdoar por isso", murmuro.
Nossos olhos se encontram e incerteza cintila nos seus. Mas, no final,
ele luta comigo e passa a fita sobre a minha boca. "Sim, você vai, baby. Eu
preciso fazer isso."
Se os meus olhos fizessem o que eu mando eles fazer,
eu iria queimá-lo com a minha raiva ardente. Queimar seu
corpo no chão onde ele se encontra.
Mas, então você estaria sozinha. Sem ele.
Lágrimas transbordam. Coriza escorre pela fita adesiva. Meu coração
para de bater.
"Você vai ficar bem. Eu voltarei. Quando você estiver fodidamente
louca, lembre-se que estou fazendo isso por você. Para nós. Assim como
você fez o que fez para Alejandra. Por nós. Às vezes temos que ferir a pessoa
que amamos, a fim de mantê-la", ele diz em voz baixa. Sua mão alcança e
acaricia meu rosto. Eu me inclino para seu toque. "Às vezes temos que
prejudicá-los para que eles não se machuquem mais. Estou fazendo isso
por nós, menina doce."
Meu mundo inteiro fica negro com a solidão quando ele se afasta.
Seus passos pesados vão até a porta e a fecha.
Estou sozinha.
Sozinha.
Isso vai me matar.
"Seu pai é tão legal," Missy diz a Brandi. "Eu não posso acreditar que
ele nos conseguiu um quarto de hotel para o seu aniversário."
Brandi ri enquanto desliga a lâmpada. "Não é legal. Ele está no outro
quarto e não vai deixar-nos trancar a porta."
Um tremor vibra através de mim. "Ele está apenas nos mantendo
seguras."
Minha parceira de cama, Lana, já saiu. Ela é a única
menina em nossa equipe de softball que pode dormir em
"Gabe!" Eu grito.
Ele salta para fora cozinha, a preocupação pintando o seu rosto. "O
que foi?"
"O telefone está tocando. É o meu pai."
Um gemido lhe escapa quando ele responde. "War."
Toda irritação deixa o seu rosto quando ele ouve. Ele me dá uma
rápida olhada antes de seguir para a porta de trás. Eu vejo da janela
enquanto ele caminha ao longo da piscina. Balançando a mão no ar, ele
parece gritar com o meu pai pelo telefone.
Será que é a polícia?
Será que vão me levar para longe dele?
Eu ainda estou congelada de medo do que está por vir
quando Gabe passa pela porta com o telefone estendido para
mim. "Aqui."
Confusa, eu pego o telefone e coloco-o ao meu ouvido. "Eles estão
vindo para mim, papai?"
Um suspiro sai na outra extremidade. "Não, baby. Eles não estão indo
para você."
"Eu estava assustada."
"Não tenha medo. Eu estava dando informações a Gabe sobre sua
filha. Mas, eu quero te ver. Estou indo para o Arizona."
Minha barriga estremece. "Você está trazendo Ren ou Calder?" A
esperança na minha voz é evidente. Então, minha voz cai. "Você não está
trazendo mamãe com você está?"
Ele suspira, claramente frustrado. "Sua mãe ainda não sabe que fiz
contato com você. Nem Calder. Vou levar Ren novamente, embora."
Eu sorrio ao saber que meu pai está mantendo nosso contato em
segredo dela. Ela só iria tentar estragar tudo, fazendo Gabe ir para a prisão.
Mamãe iria me destruir, tentando destruí-lo.
"Amo você, papai."
"Eu também te amo", ele me assegura, adoração inundando sua voz.
"Vejo você amanhã."
Quando eu desligo, me viro para ver Gabe encostado no balcão. As
palmas das mãos se esfregando, seu rosto em frustração.
"O que está errado?"
Seu olhar escuro levanta para os meus e as sobrancelhas franzem.
"Tudo."
Saltando para ele, eu me jogo em seus braços. "Conte-me. Papai
parecia bem ao telefone. Ele estava mentindo?"
Seu corpo está tenso e seu coração está acelerado no seu
peito. "Não é sobre nós. Trata-se de Brie."
Irritação passa através de mim. "O que tem ela?" Eu tento conter o
tom mordaz, mas, sei que ele sente a dureza na minha voz.
"War encontrou uma brecha. E", ele sopra contra o meu cabelo, "é
muito fodido. Muito fodido, menina doce."
Levantando minha cabeça, eu procuro seus olhos castanhos. Com as
sobrancelhas curvadas em frustração, ele demonstra em cada linha a sua
idade. Linhas se curvam nos cantos dos olhos, e linhas maiores estragam
sua testa. Dando-lhe um sorriso encorajador, eu corro meus dedos pelo seu
cabelo. Fios cinzas aparecem em suas têmporas.
Ele é uma raposa prateada.
Meu velho sexy.
Delicioso.
"Hannah".
Afastado meu torpor, pergunto. "O que?"
"Você tomou o medicamento hoje?"
Revirando os olhos, me afasto dele, mas, ele segura meus braços com
força suficiente para me contundir. "Sim, papai," eu inteligentemente me
solto.
Irritação transparece em seus olhos, e imediatamente me odeio por
escolher sempre os momentos errados para deixar minha loucura aparecer.
"Eu sinto muito. O que está acontecendo com Brie?" Eu sorrio
docemente para ele e pisco.
Ele me puxa para ele num abraço de urso. "Alguma fodida família rica
está tentando adotá-la. Isso está errado." O desespero em sua voz faz meu
peito doer. "Ela tem quinze anos. Quem diabos quer adotar uma menina de
quinze anos de idade?"
"Mas, você é o pai dela. Eles não podem simplesmente
fazer isso de qualquer maneira."
"Johan Cruz-Diaz está listado como seu pai em sua
certidão de nascimento. Johan Cruz-Diaz está procurado por
conexão com o assassinato de sua esposa. Ou seja", ele solta um huff, "até
encontrarem seu atestado de óbito que é de antes de Brie nascer. O Estado
da Califórnia não tem nenhuma documentação legal do seu verdadeiro pai."
Uma pequena corrente de excitação passa através de mim. "O que
isso significa?"
"Isso significa que a única maneira que posso pegar ela é me
submeter a um teste de paternidade. Mas, assim que eu fizer isso, uma vez
que a polícia está fortemente envolvida, eles vão prender a minha bunda e
me jogar na prisão. Eles encontraram os corpos daqueles fodidos caras que
te estupraram. Não levará muito tempo antes de ligarem essa merda a mim
também. Felizmente, seus pais têm mantido silêncio sobre o que eles sabem
sobre 'Johan' e têm fingindo inocência, porque eles sabem que no momento
em que falar algo sobre o que aconteceu com Baylee e eu no passado, essa
merda vai ser nacional. Se isto for nacional, estamos fodidamente ferrados.
Eles estão tentando protegê-la, mas, isso significa proteger-me também."
Só eu e Gabe ...
"Sinto muito", eu digo-lhe, meu lábio inferior treme. Mas, não me
arrependo. Estou feliz. "O que você vai fazer?"
"Eu não sei porra. War está tentando conseguir nomes e merda. Ele
está vindo para vê-la amanhã. Eu não acho que esta é uma armadilha ou
qualquer coisa. Sua preocupação com Brie foi surpreendente. Estou curioso
para saber por que ele estava tão fodidamente preocupado com isso."
Enquanto ele medita e sua mente dispara com preocupação com Brie,
eu silenciosamente agradeço aos céus por deixá-la encontrar uma família
que quer ela. Ela pode ser sua filha e ter uma vida normal. Seus anos de
adolescência podem ser gastos fazendo coisas tradicionais. Se ela viesse
com a gente, ela estaria trancada. Ele teria que ensinar ela em casa.
Ele iria gastar todo o seu tempo delirando sobre ela.
Desculpando-se por sua mãe morta.
Escolhendo ela sobre mim.
E eu iria ficar irritada.
Eu sei como sou.
Eu sou ciumenta assim como ele sempre me acusa de ser.
Então, eu iria machucá-la também.
Uma única lágrima rola no meu rosto. A atenção de Gabe retorna
para mim, onde deveria estar, e ele limpa a umidade com o polegar.
"Nós vamos pegá-la de volta", ele promete, como se essa fosse a razão
pela qual estou chateada.
Eu aceno e outra lágrima cai. Se a resgatarmos, ela será cozida sob o
sol do Arizona em outro túmulo caseiro ao lado daquela prostituta, Maria,
que Gabe trouxe para casa. Brie, embora só a vi uma vez, era bonita e
parecia doce. Ela parecia uma filhinha de papai... como eu.
Ela teria facilmente roubado ele de mim.
Meu corpo começa a tremer quando a gravidade da realidade se
forma. Se ele a encontrar e trouxer para casa, será o nosso fim. Um soluço
sufocado me escapa. O homem que eu amo surge na minha frente. Ele
tropeça e logo estou presa em seus braços. Aperto desesperadamente ele
enquanto ele me leva para o nosso quarto.
"Shhh", ele murmura enquanto me coloca de pé. Seus dedos hábeis
rasgam minhas roupas até que estou nua e tremendo. Uma vez que ele está
nu também, ele me abraça e nos leva para a cama. Na próxima respiração,
ele está dentro de mim. "Você é perfeita, menina doce. Muito perfeita."
Eu choro quando ele faz amor comigo. Seus lábios cheios beijam o
meu pescoço e os dentes apertam minha carne. Meus dedos enfiam em seu
cabelo enquanto eu o guio para a minha boca.
"Beije-me," eu imploro.
"Sempre."
E é por isso que precisa ser apenas nós.
Gabe, minha tempestade furiosa e violenta, leva-me
com calma. Ele puxa a verdadeira Hannah da escuridão para
envolver seus braços em torno dela para que ela não fique
mais sozinha. Juntos, satisfazemos uma necessidade que ninguém mais
pode.
Seus dedos roçam sobre a minha carne, me adorando com seu toque
enquanto empurra dentro de mim. Ele me esfrega de tal forma que deixa o
meu corpo tremendo de prazer. É ele. Não é o seu toque ou o seu
conhecimento ou seu gosto ou suas palavras.
Isto.
Somente.
Ele.
"Oh, Gabe," eu grito, puxando seu cabelo enquanto chego ao clímax.
Ele me beija profundamente enquanto sinto ele gozar dentro de mim.
Seu calor me aquece. Eu gostaria que pudéssemos ficar juntos assim para
sempre. Sem preocupações com Brie ou minha mãe ou qualquer um.
Só nós.
Quando ele sai de mim e fica ao meu lado, eu deixo escapar um
suspiro decepcionado com a perda dele. Sua semente escorre para fora de
mim, encharcando a cama abaixo. Me olhando com um olhar calmo, ele
circula a ponta do dedo no meu mamilo.
Ele me dá o sorriso mais deslumbrante que já vi.
Meu coração acelera no meu peito.
"Doce menina…"
"Mmm?"
"Eu juro", diz e pressiona um beijo no meu nariz. "Vou traze-la de
volta. Então vamos ser uma família. Eu prometo."
O sangue em minhas veias congela.
"Uma família." Minha voz é um sussurro.
"A minha família." Sua voz é uma proclamação
rosnada.
Concordo com a cabeça, porque ele parece tão feliz. Eu até tento
sorrir de volta. Isto não alcança meus olhos, embora. No momento em que
ele tiver ela em suas garras, tudo isso será destruído. Ela vai ser a sua
favorita. Aposto que ela não precisa tomar medicamentos. Aposto que ela se
comporta e segue regras. Aposto que ela nunca feriu uma alma. A bonita
adolescente com os grandes olhos castanhos vai destruir meu mundo
inteiro.
Eu vou ter que pedir ao meu pai amanhã um favor.
Um enorme favor.
E ele vai dizer que sim porque eu sou sua menina.
Ao nascer do sol, eu tomo um gole do meu café e olho para a estrada,
minha 9 mm guardada com segurança na frente dos meus jeans. War pode
não ter nada planejado, mas, eu seria um idiota em não estar preparado de
qualquer maneira.
Ninguém irá levá-la para longe de mim.
Sob a porra do meu cadáver.
Se eu fosse um homem inteligente, pegaria minha doce menina e a
levaria para o outro lado do país. Em algum lugar seguro. Em algum lugar
escondido. Texas, talvez.
Mas, aparentemente, eu sou estúpido.
Eu sou um estúpido porque o amor faz você dessa forma.
Um louco estúpido.
Deixo escapar um suspiro quando penso no meu bebê, o bebê que
War vai me ajudar a conseguir de volta quer ele queira ou não. Um sorriso
surge nos meus lábios enquanto eu me perco numa memória
dela.
Gabriella Alejandra Cruz-Diaz.
Não é legalmente uma Sharpe, mas, é minha.
Fodidamente perfeita.
Estamos em casa há mais de seis semanas e Alejandra está
finalmente de volta ao trabalho. Seu corpo já se recuperou deixando apenas
um pouco mais de carne do que o habitual na bunda. Não há queixas aqui.
Ela me deixou foder com ela muito antes dela ser liberada para ter relações
sexuais. Mas, ela disse que era médica e que estava bem. Mais uma vez, sem
queixas.
"Minha Brie," murmuro, correndo o polegar ao longo do rosto macio do
meu bebê. Tão macia, porra. "Um lindo bebê."
Seus cílios escuros se abrem revelando seus lindos olhos castanhos.
Alejandra afirma que ela se parece comigo. Eu não vejo isto. Para mim, ela se
parece com ela mesma. Um minúsculo, bebê perfeito. Minha. Espero que um
dia ela se pareça com Alejandra embora. A mulher é um nocaute. Se Brie for
tão bonita quanto Alejandra, eu estarei cortando algumas gargantas, sem
dúvida, no momento em que a minha filha atingir a puberdade. Os meninos
não ousariam tocar a minha menina, porra.
Ela começa a chorar e eu pego ela em meus braços e saio para o pátio
dos fundos. Depois de uma noite com cólicas onde ela gritava sem parar por
fodidas horas, eu a levei para fora. Eu estava muito frustrado, e Alejandra foi
atrás de nós. Eu tinha pensado em jogá-la no oceano. Não realmente, mas, eu
estava sob efeito dos gritos.
Felizmente, porém, a gritaria parou no momento em que o vento
quente e salgado tocou sua pele. O bater das ondas parecia
acalmar o meu bebê chateado. E agora, toda vez que ela
chora, eu a levo para fora. Isso acalma ela. Sempre.
"Lá vamos nós", murmuro quando me sento na cadeira de praia no
pátio. "Você gosta disso, Brie?"
Suas pernas grossas chutam dentro do cobertor como se ela estivesse
tentando ir a algum lugar. Eu sorrio e pressiono um beijo em sua testa.
"Ainda não, menina bonita. Quando você ficar mais velha, eu vou levá-
la para nadar."
Eu afasto meu olhar da minha filha e deixo meus olhos vagarem pela
praia em direção à casa que estou familiarizado em perseguir.
A minha outra filha.
Ela tem três agora.
Eu sei disso porque vi o grande balão rosa preso na caixa de correio
outro dia. Ele tinha o formato de um de três.
Levou um pouco de investigação da minha parte, mas, também
descobri que o nome dela era Hannah. Um nome bonito para uma menina
bonita loira. Minha.
"Você tem uma irmã," eu digo a Brie. Seus olhos estão pesados, mas,
ela luta para permanecer acordada. "Um dia, vocês duas vão ser amigas. Nós
vamos fazer tudo juntos. Como uma família."
A boca de Brie se entorta de lado como se fosse um sorriso. Alejandra
diz que ela não está realmente sorrindo - que é gases, mas, para mim, ela
está sorrindo. Quem diabos sorri quando eles têm gases?
"Eu sabia que você ia gostar disso", eu digo, com uma risada. "Não se
preocupe. Você sempre será meu bebezinho."
Sua mão pequena balança para mim. Quando eu seguro meu dedo
para cima, ela agarra nele. Aqueles grandes olhos castanhos encontram os
meus e fodidamente brilham. Esta menina tem um aperto no meu coração
duro, que temo que um dia ela irá me sufocar com seu amor.
Que maneira de ir...
Minha mente volta para o presente, e eu penso em Alejandra. Nós
tivemos bons momentos. Quando ela ficou grávida de Brie, nós nos
aproximamos. Eu sinto falta dela e ódio por ela ter ido. Mas, sempre foi
assim para nós. No momento em que eu tive a minha Hannah em minhas
garras, Alejandra poderia ter ido. Eu não tinha planejado matá-la, mas, é
provavelmente mais fácil ela ter morrido. Ela teria feito tudo em seu poder
para manter a nós três juntos como uma família.
Mas, ela não se encaixava na equação.
Hannah se encaixa.
E Brie.
Tento imaginar um mundo onde elas são amigas. Será que Hannah
vai levar minha filha sob sua asa e ser gentil com ela? Será que ela vai
preencher o vazio deixado por Alejandra?
Afastando a minha fantasia estúpida, deixo escapar um resmungo
baixo.
Claro, ela não seria a porra do tipo.
Eu tenho que vê-la cada segundo de cada dia.
Brie poderia se tornar um alvo.
Porra.
Com um silvo de frustração, passo os dedos pelo meu cabelo. Eu vou
descobrir uma maneira de ter as duas. Tem que haver uma maneira. Brie
terá que endurecer. Não haverá nenhuma mudança em Hannah.
Mas, a minha menina pode ser quem ela precisa ser para
estar em torno da minha mulher selvagem?
Eu penso nos risos inocentes de Brie quando ela
gostava de um show que estava assistindo.
Eu penso na forma como seus grandes olhos castanhos se enchem
d’água quando alguém fere os seus sentimentos.
Eu penso sobre como ela, mesmo aos quinze anos, é uma menininha
do papai, sempre querendo enrolar-se no sofá comigo para assistir filmes.
Hannah, a assassina de sua mãe, iria esmagar seu mundo doce.
Hannah, a mulher selvagem e instável, iria esmagá-la.
Meu peito dói quando eu reflito sobre como corrigir isso. Eu amo
Hannah com todo o meu coração. Ela é linda e sexy pra caralho. Eu nunca
tive uma amante que fosse capaz de manter-se com a minha necessidade
insaciável e fetiches extremos. Mas, inferno, Hannah me ajuda a escolher os
mais gordos fodidos vegetais na loja e provoca-me para fazer a merda mais
depravada para ela. Ela é perfeita.
Um clique na porta atrás de mim me afasta dos meus pensamentos.
Hannah sai vestindo nada além de minha camiseta branca. Eu posso ver os
seus mamilos escuros através do material, e aposto cinco dólares que ela
não está usando calcinha. Menina suja. Seu cabelo está confuso e enrolado.
Seus olhos azuis brilhantes estão cansados e vermelhos. Ela mastiga
pensativamente o seu lábio inferior. Eu quero mastigá-lo também porra.
"Bom dia linda."
Ela me dá um sorriso brilhante antes de escarranchar no meu colo.
As palmas das suas mãos correm até o meu peito nu e estou
instantaneamente duro sob meus jeans.
"Bom dia, bonito." Ela se inclina e pressiona um beijo doce nos meus
lábios. Eu assisto todos os seus movimentos enquanto ela desliza a arma do
meu jeans, hesita por um breve momento, e em seguida, coloca-a em cima
da mesa ao meu lado. "Você parece triste hoje."
Aperto sua bunda e estou satisfeito em saber que eu estava
certo. Sem calcinha. "Só pensando."
Suas sobrancelhas se curvam. "Sobre o que? Você
está cansado de mim?"
E é por isso que minha cabeça é uma bagunça do caralho. Brie tem
uma chance. Brie é doce e inteligente e estável. Talvez esta família rica
poderia lhe dar o amor a orientação e o ambiente seguro que ela precisa.
Minha filha poderia prosperar como ela sempre fez.
No entanto, aqui no deserto do Arizona?
Brie seria uma cativa.
Ela estaria presa com dois monstros: aquele que ela ama, mas, não
conhece totalmente e o que ela não sabe nada, e que também matou sua
mãe.
Gabriella seria miserável.
Ela pode crescer e se ressentir comigo. Me odiar.
É fodidamente inaceitável.
Hannah ganhou esta guerra. Ninguém além de mim a entende.
Ninguém além de mim pode controlá-la. Ninguém além de mim pode mantê-
la a salvo de todos nesse mundo esquecido por Deus... mas, especialmente
de si mesma.
A escolha foi feita.
"Eu nunca poderia me cansar de você", eu juro, ganhando um sorriso
dela. "Só você e eu, baby, até o fim."
Eu mal falo as palavras antes dela está arrancando o botão da minha
calça jeans. Ela baixa o zíper para libertar o meu pau ansioso. Sem
qualquer hesitação, ela afunda a buceta molhada ao longo do meu
comprimento, arfando de prazer, ficando completamente encaixada em
mim.
Eu pego a bainha da camiseta que ela está vestindo e a puxo sobre
sua cabeça para que ela fique nua para mim. Seus quadris se mexem de
forma lenta, provocando. Inclinando para a frente, eu chupo seu
mamilo rosa em minha boca e mordo com força suficiente
para fazê-la gemer. Ela enfia seus dedos no meu cabelo e
segura. Quando seus quadris esfregam contra mim mais
forte, eu chupo e mordisco seus seios até que ela está fazendo
barulhos obscenos que eu nunca tinha ouvido antes.
"Tão, perfeita, porra," eu elogio, enquanto ela pula no meu pau como
se eu fosse o seu brinquedo favorito de equitação.
Seus lábios se abrem com o prazer, então enfio o meu dedo dentro
dela, molhando-o com sua saliva. Ela faz um show sexy chupando meu
dedo assim como ela faz com o meu pau e eu quase gozo logo em seguida.
Tirando o meu dedo, uso a minha palma da outra mão para puxar sua
nádega. Um pequeno gemido, me deixa ainda mais excitado, e brinco com o
buraco apertado da sua bunda com a ponta do meu dedo molhado.
"Eu vou enfiar o dedo na sua bunda", eu digo com um grunhido
enquanto belisco seu seio, "e você vai adorar."
Ela balança a cabeça e se inclina mais perto de mim, dando-me o que
eu quero. Eu empurro meu dedo profundamente dentro dela e saboreio o
modo como meu pau aperta com a pressão extra.
"Você gosta disso, menina doce?"
"Mmm."
"Conte-me."
"Eu gosto quando você me enche com... você. Você inteiro."
Eu fodo seu traseiro lentamente com o meu dedo enquanto ela salta
em um ritmo rápido no meu pau. Sua buceta está me apertando e sua
bunda também, então eu sei que minha menina vai estar gozando como um
furacão em breve. Selvagem, indiferente, intensa.
"Você gosta quando eu controlo e puno você. Você não é uma menina
doce, não é?"
Ela balança a cabeça, mas, depois inclina abruptamente a cabeça
para trás. "Oh Deus!"
Usando a mão livre, eu belisco seu clitóris. Ela grita e
aperta em torno de mim mais do que antes. Então eu faço
de novo e de novo e de novo, cada vez mais brutalmente.
Esta menina não-tão-doce arranha o meu peito com suas
garras, tira sangue de mim, me fazendo gemer de dor.
"Foda-se menina má," eu repreendo enquanto mordo seu peito. Meu
polegar e dedo torcem o seu clitóris, apenas o suficiente para fazê-la se
afastar de mim para escapar da dor. Mas, quando eu acho que ela está
tentando se afastar, ela cai de volta para baixo no meu pau e treme tanto
que acho que ela vai entrar em colapso. Sua buceta aperta o meu pau
latejante com um selvagem orgasmo.
"Gabe", ela geme, seu corpo ainda tremendo.
Eu puxo o meu dedo dela para que eu possa agarrar seus quadris.
Ela é pequena e fodidamente perfeita não reclama quando eu levanto ela do
meu pau só para empalar o seu traseiro no meu próximo movimento. Mais
uma vez, aquelas garras más rasgam a minha carne quando ela grita. Seu
corpo cai para a frente contra mim, tremendo e tremendo. Quando os
dentes raspam contra o meu pescoço, ela me morde como um maldito cão
raivoso, e eu explodo dentro da sua bunda quente, apertada. Bombeio o
meu pau até que a menina malditamente ordenha toda a minha porra.
"Você vai me matar."
Ela sorri - um som muito puro para o ato que acabamos de fazer - e
senta-se para olhar para mim. Seus olhos já não estão vermelhos e
cansados. Eles brilham com amor e felicidade. Faço esta menina feliz. Eu.
Ela é a decisão certa. A única decisão.
Brie vai ficar bem.
Brie é forte e capaz.
Vou certificar-me que os filhos da puta que querem ela são boas
pessoas.
E então vou deixar a minha menina ir, para que ela possa ficar
segura.
Então, eu posso cuidar desta menina.
A garota que eu amei, de uma forma ou de outra, por
todos os seus dezoito anos de vida.
"Vamos," eu falo e estapeio a bunda de Hannah com ambas as mãos.
"Vamos limpar você para que o seu pai não veja o quão suja você realmente
é."
Seus lábios curvam-se de um lado maliciosamente. "Só você sabe
como realmente suja eu sou. Só você."
Ela se afasta de mim e balança sua bunda sexy pela casa.
Olho para o meu pau amolecido e sorrio.
Hannah é a decisão certa.
17O nome do personagem, Debbie Downer , é uma gíria que se refere a alguém que dará
notícias ruins.
O garoto sai do banco do passageiro e me olha. Pelo que vejo continua
um pouco idiota.
"Como vai, garoto?" Falo, só para brincar com ele, e o cumprimento
levantando o queixo.
Ele acena levantando o dedo médio. Espertinho. Arrasto o meu olhar
de volta para minha menina, e espero eles se aproximarem.
"Bem, entrem," eu digo. "Está quente como o inferno aqui. Podemos
conversar melhor sobre essa merda onde há ar condicionado."
Eu os sigo para dentro da casa, tendo o cuidado de ficar atrás deles.
Não vou dar as costas para nenhum desses filhos da puta.
O olhar de War inspeciona todo o espaço. Hannah é uma garota
bagunceira, mas, eu faço-a limpar sua merda. O garoto deve ser educado.
"Parece que você está sendo bem tratada", diz ele secamente. Seus
olhos alcançam os meus. Espero encontrar aversão ou ódio, não gratidão,
porra.
"Meninas boas merecem coisas boas", eu digo com um sorriso.
Seu rosto fica vermelho e ele cerra sua mandíbula. O rapaz ao lado
dele tem suas mãos em punhos.
"Você é um merdinha irritado, não é?" Pergunto a Ren.
Ele ri ironicamente. E dá uma resposta cruel. "Você nem imagina."
Revirando os olhos, dou um tapa na bunda de Hannah. "Por que não
traz um pouco da limonada que você fez esta manhã? Seu irmão certamente
precisa se refrescar."
Quando ela sai para buscar a bebida, gesticulo para os sofás. War e
Ren se sentam, lado a lado, no sofá. Eu me sento no outro sofá duplo e
arqueio uma sobrancelha em questionamento a War.
"Diga-me o que você sabe sobre a família."
Ele solta uma rajada de ar, liberando parte da
hostilidade que trouxe consigo. "Eles parecem ótimos no
papel. Rico. Filantrópico. Sempre ajudando. Parece que eles já
têm uma filha. Uma menina da idade de Gabriella. Estou tentando
descobrir se eles talvez não possam ter mais filhos? Talvez eles queriam que
ela tenha uma amiga? A menina, apesar de sua riqueza, estuda em casa.
Mais uma vez, poderia ser devido a problemas sociais ou talvez um
problema de saúde. Suas finanças estão limpas. Sem antecedentes
criminais. E vivem a cerca de uma hora ao norte de San Diego. Em
qualquer perspectiva, eles parecem legítimos."
Meu coração aperta ao imaginá-la viver com outra família, mas, esta
família não soa como os fodidos adotivos que eu ouvi falar no noticiário que
machucaram crianças. Eles parecem normais.
"Alguma coisa ruim?"
"Não é ruim, por si", diz ele com hesitação.
O encaro com um olhar não-me-foda. "Fale logo."
Ele esfrega o rosto com a palma da mão. "Eles possuem uma grande
quantidade de eventos sociais em sua casa. Parece que partes das pessoas
são políticos, algumas celebridades, e até mesmo autoridades locais."
"São como ragers18 ou alguma merda?"
Ren bufa, e dou-lhe um olhar.
"O que foi?"
"Ragers? Você realmente está velho", ele solta.
Ignorando-o, franzo a testa para War. "São estas festas? Brie estaria
em perigo nelas?"
Ele balança a cabeça. "Não pelo que posso dizer. Parece apenas que
as pessoas erradas poderiam estar ali..." Seus olhos se estreitam para mim
e sua testa se enruga com preocupação. Na verdade, fico comovido quando
percebo que ele está preocupado com ela.
Ele está preocupado com ela.
Minha Gabriella.
20 Gíria que se refere a uma pessoa com pele clara, sardas e cabelo vermelho.
quando ele remove ervas daninhas. A forma como seus calções penduram
baixo em seus quadris, mostrando um delicioso V que leva diretamente
para baixo.
Mas, principalmente, a maneira como seus olhos sempre levantam
para me encontrar olhando para ele e cintilam em me ver.
Sempre.
Cada vez, ele dá um sorriso bonito que me deixa com os joelhos
fracos e me dá uma piscadela.
Eu vivo para esse momento.
Estou corajosamente olhando para o seu peito esculpido quando ele
solta um assobio. Meus olhos levantam ao seus e minhas bochechas
aquecem por ter sido pega tão descaradamente.
"Qual é o seu nome, princesa?"
Eu sorrio. "Princesa?"
Ele coloca as mãos nos quadris e me dá um sorriso torto. "Você se
parece com uma pequena princesa triste trancada em uma torre."
Com isso, o meu sorriso morre. Suas palavras são assertivas.
"Gabriela. Você pode me chamar de Brie."
"Bonito nome para uma menina bonita."
O calor do meu rosto se espalha para o pescoço, revelando o meu
constrangimento. "Qual é o seu nome?" Eu questiono, evitando o seu elogio.
Antes que ele possa responder, o SUV preto de Heath aparece na
entrada de automóveis. O menino finge brincar com o cortador até a porta
da garagem se fechar atrás de Heath. Eu sei que só tenho alguns minutos
para deixar a janela fechada e esperar obedientemente Heath me buscar.
"Meu nome é Ren," o menino fala. Seus traços endurecem e
seu peito se flexiona. Um músculo no pescoço salta e um
brilho de suor em sua garganta brilha ao sol. Isto me faz me
perguntar se ele tem um gosto salgado. Eu sempre preferi salgados a doce.
"Um dia eu irei salvá-la desta torre, princesa Brie."
Nossos olhos ficam bloqueados por um longo momento até que ouço
passos trovejantes pelo corredor. Eu aceno rápido e bato a janela. Eu
apenas viro e aliso o meu vestido preto quando a porta quase voa fora das
dobradiças.
Eu forço um sorriso agradável no meu rosto e cumprimento o dragão
malvado da minha história. Caminho saltitando até ele e dou-lhe o beijo
esperado na bochecha.
Quando me afasto, seus gelados olhos azuis passam sobre o meu
vestido e ele franze a testa. "Isto não é você, baby", ele faz um gesto para
mim. "Demasiado longo. Coloque o verde que você usou há alguns meses.
Nós queremos você bonita esta noite. Negócio é negócio, docinho."
Eu odeio o vestido verde. Decotado. Tão curto quanto pode ser. Molda
cada curva minha. A última vez que usei, achei que Esteban e Duval
verteriam sangue na nossa sala de estar por cima de mim no nada. Esses
dois cães odeiam um ao outro o suficiente sem alguém estar balançando na
frente deles um pedaço de carne adolescente embrulhada em um belo
vestido com um pequeno laço verde na frente deles.. Eles literalmente
rosnam um para o outro.
Parece que esta noite, estarei provocando os cães de novo ...
"Claro", eu digo-lhe com um sorriso vacilante e vou para o meu
armário.
Sua mão forte segura o meu braço e me puxa para ele. Eu chupo em
uma respiração afiada, suprimindo um estremecimento que consome todo o
meu corpo, quando seus braços envolvem a minha cintura ele me abraça
com seu grande corpo. "Eu senti sua falta, Gabriella", ele me diz, o nariz
roçando meu cabelo. "Eu sempre sinto a sua falta."
Desta vez, porém, em vez de perceber como ele me
cheira ou como as palmas das suas mãos derivam para os
meus quadris, e as pontas dos dedos passam pela minha barriga, ou como
ele fica duro atrás de mim, eu penso nele.
Ren.
O menino do gramado.
Meu príncipe matando dragões.
O tempo está correndo, Ren. Há muitos dragões para você caçar – três
de fato. Mais dezoito meses e vou pertencer a um deles.
Mas, francamente, aquele com os dentes mais afiados atrás de mim
pode não ser capaz de esperar tanto tempo. Leva tudo dele para não me
devorar agora. Tempo é essencial.
Eu serei a princesa, no vestido verde cercada por cães salivando.
Tick tack.
FIM..