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com
Tradução: Naty
Revisão inicial/Final: Faby Pride

Fevereiro/2023
Estou fora de controle.
Pelo menos é o que papai diz.
Sem mais chances. Sem mais opções. Sem mais paciência.
Se dependesse do meu pai, ele teria me mandado embora.
Para o exército ou para a casa da minha tia no Texas ou para
a porra da lua. Eu deveria ser grato por não depender dele.
Aparentemente, minha madrasta não confisca apenas drogas
ilegais e armas como um policial- ela confiscou as bolas dele
também.
Otário.
Para alguém tão rico e tão malditamente poderoso, papai
cede à sua outra metade mal-humorada e muito menor.
Quase como se agradasse ao grande Daniel Brightly obedecer
como um bom menino à sua esposa policial.
Fodido idiota.
Mas, por causa de sua adoração pela chefe de polícia do
condado de Hawk, Nora Brightly, tive outra chance de me
comportar.
Como se eu, ao menos, entendesse a definição dessa
palavra.
“Você tem dezoito anos agora.”
As palavras de Nora ecoam dentro da minha cabeça
repetidamente. É um lembrete de que não sou mais uma
criança, mas um adulto. Se continuar com minhas merdas,
também serei punido como um.
Gostaria de poder dizer que posso me recompor e seguir o
caminho certo, mas seria mentira. Meu caminho se desviou
do bem quando meu pai me disse que estava namorando
Nora. Não porque Nora é horrível, porque ela não é, mas por
causa dela.
A Queridinha da cidade.
A Miss Condado de Hawk.
Layne Hunt.
Agora conhecida como minha meia-irmã.
Eu sou um idiota selvagem e imprudente. Layne é tudo o
que não sou. Um anjo forçado a viver com o próprio diabo. E
apesar de ter que viver com gente como eu, também conhecida
como a merda da cidade, ela ainda permanece... feliz.
Deve ser legal.
Felicidade, para mim, sempre foi um assunto tabu. Tão
perto, porém tão longe. Algo ao meu alcance, mas nem eu me
abaixaria tanto a ponto de agarrá-la. Mereço um monte de
coisas, principalmente um chute rápido na bunda, mas a
única coisa que quero nem meu traseiro egoísta vai pegar.
Como se o universo gostasse de foder comigo, meus
pensamentos tumultuosos se acalmam como dentro do olho
de um furacão. A agitação em minha mente e as batidas em
meu coração cessam quando a luz do sol aparece, aquecendo
apenas a mim enquanto o caos toma conta de mim.
Não importa o quão horrível eu seja, esse sorriso é sempre
para mim.
Meu. Meu. Meu pra caralho.
Wayne Jenkins pode estar com o braço em volta da minha
doçura ensolarada, mas aquele sorriso que ela está usando
não é para ele.
Pertence ao irmão dela.
Bem, meio se estamos sendo técnicos.
Mas com certeza uso essa conexão para nos ligar para
sempre, ligando a doce, perfeita e linda garota ao navio que
está afundando que sou eu. Egoísta, eu sei, mas nunca
afirmei ser outra coisa. Afinal, sou filho do meu pai.
“Princesa da calçada.” Chamo, batendo no banquinho ao
meu lado. “Guardei um lugar para você.”
Jenkins revira os olhos, suas narinas ligeiramente
dilatadas. Ele me trata como o irmão irritante da namorada,
mas sei que o deixa com ciúmes porque meu quarto fica do
outro lado do corredor. Eu a vejo quando ela acorda, antes de
colocar seu rosto falso para o mundo. Só eu conheço a
verdadeira Layne. É apenas mais um ponto de discórdia entre
Jenkins e eu. Enquanto ele estiver namorando minha
felicidade, ele sempre será um espinho na minha costela.
“Baby, você pode me trazer uma salada de frango
grelhado?” Layne pergunta a Jenkins. “Carter parece que
precisa ser animado.”
Seus olhos se estreitam em mim, ardendo de fúria, mas ele
obedece. Com um beijo rápido no topo da cabeça loira e sedosa
de Layne, ele a deixa comigo.
“Me animaria mais se você sentasse no meu colo, mas não
sei se seu namorado gostaria disso.” Sorrio para ela de uma
forma que às vezes a faz corar. “Você parece absolutamente
miserável hoje.”
É mentira.
Nós dois sabemos que ela é a garota mais bonita do mundo.
“E seus chifres estão especialmente pontudos hoje.” Ela diz
enquanto se senta ao meu lado, seu doce aroma de mel
flutuando ao meu redor. “Você sabe, sempre posso ver isso em
seus olhos. Eles brilham em verde brilhante como se você
estivesse possuído pelo diabo.”
“Eu sou o diabo.” Eu a lembro.
“Não para mim.” Suas palavras sussurradas fazem meu
coração gaguejar. “O que está realmente acontecendo, Cart?
Você está nervoso. Tudo certo?”
Sorrio, afugentando o sentimento desconfortável com
brincadeira. Quando passo um braço sobre seus ombros,
puxando-a para o meu lado, ela vem de bom grado. Seu braço
longo e delicado envolve minha cintura, e juro que ela me
cheira.
Pensamento positivo, cara de merda.
“Estou bem, estrada de cascalho1. Pelo menos estou
agora.” Passo meus dedos por seu braço e brinco com uma
mecha de seu cabelo dourado que é sempre mais macio que
seda. “Quando você vai terminar com o idiota ali e fugir
comigo?”
Ela ri e bate na minha coxa. “Seríamos um escândalo no
Condado de Hawk.”

1 Carter chama Layne de vários apelidos referentes a ruas, estradas,


avenidas, calçadas, pois seu nome – Layne – tem a mesma pronuncia de
Lane que significa rua, estrada, viela, caminho estreito.
“Tecnicamente eu já sou.” Provoco. “O que é mais um ponto
contra o meu histórico?”
Seu corpo enrijece com minhas palavras. Embora tenham
sido ditas em tom de brincadeira, é a verdade. Se não fosse
por sua mãe ser casada com meu pai, tenho certeza de que
minha bunda teria feito muito mais do que um monte de
serviços comunitários infernais e uma breve passagem pelo
reformatório. Com a influência de Nora e o poder financeiro de
meu pai, eles conseguiram me manter longe de problemas
sérios.
Agora parece que sou uma bomba em contagem regressiva
até explodir. Da próxima vez que ferrar, não haverá mais
chances. Quando fiz dezoito anos no mês passado, foi como
se meu mundo tivesse mudado. Tudo se tornou mais frágil e
vulnerável.
Se você estragar tudo desta vez, idiota, vai perdê-la para
sempre.
Layne, sempre dentro da porra da minha cabeça, cutuca
um pedaço de jeans desgastado na minha coxa. Ela faz merda
assim para me deixar louco. Pelo menos é o que parece. Às
vezes, seu toque é curioso, como agora, enquanto tudo em
mim grita para puxá-la para mim e reivindicá-la para sempre.
“Você tem que ficar longe de problemas.” Ela me lembra
como se eu ainda não soubesse disso. “Você tem que... por
mim.”
Meu coração aperta dentro do meu peito, lembrando-me
que é seu punho fechado em torno dele. Engulo a amargura
de saber que nunca terei Layne Hunt. Sua cabeça se inclina
para cima, buscando meu olhar que está sempre fixo nela.
Seus olhos azuis cintilantes brilham com inteligência. Os
lábios carnudos que sonho obsessivamente em beijar estão a
apenas alguns centímetros do meu rosto. Posso sentir o cheiro
de seu chiclete de canela e minha boca saliva para provar.
“Para uma garota tão inocente, você com certeza luta sujo.”
Resmungo, incapaz de desviar o olhar da maneira enquanto
ela lambe os lábios para umedecê-los.
“Não sou inocente.” Suas palavras sussurradas são um
acelerador de fogo que dispara direto para o meu pau
enquanto evoco um dos milhões de cenários diferentes que
tenho vivido dentro da minha mente dela nua e na minha
cama.
Jenkins Cara de Merda decide aparecer naquele momento,
consolidando suas palavras. Ainda me lembro de quando ela
veio até mim no verão passado, uma pilha de nervos e
desesperada para contar a alguém. Ela havia perdido a
virgindade com o namorado. Para o filho da puta do Wayne
Jenkins. E eu tive que me sentar lá e ficar feliz por ela.
Claro que não foi assim.
Fiquei chateado e arrastei nós dois para a piscina
completamente vestidos, arruinando nossos telefones na
hora. Depois que parou de gritar comigo por ser um idiota, ela
me deixou segurá-la no fundo da piscina, suas pernas em
volta da minha cintura e sua respiração fazendo cócegas no
meu pescoço.
“Aconchegante.” Jenkins morde, desgosto apontado na
minha direção. “Aqui, baby. Eles estavam sem mostarda,
então peguei o molho ranch para você.”
Ela odeia ranch.
É por isso que, quando passei pela fila do almoço mais cedo
e vi que havia apenas um pacote de seu molho favorito
sobrando, eu o roubei antes que qualquer outra pessoa
pudesse. Pesco o pacote de mostarda com mel da minha bolsa
e coloco na mesa ao lado de sua salada.
“Meu herói.” Ela brinca, piscando-me o sorriso atrevido
que nunca deixa de incitar fantasias do que eu adoraria fazer
com sua boca bonita.
“Fui eu quem pagou o almoço.” Jenkins reclama. “O que
eu sou? Fígado picado?”
“Não, você é o cara mais doce de todos.” Ela desliza para
fora do meu alcance para acalmar seu namorado ciumento.
“Obrigada pela salada, baby.”
Baby.
Eu odeio essa palavra.
É nauseante.
Enquanto eles conversam, olho para o perfil de Layne.
Tudo o que ela faz é com tanta graça. Quando ela está jogando
vôlei, sua força e flexibilidade são fascinantes. É quando ela
está no modo de concurso, porém, que o resto desta cidade
esquecida por Deus e eu não conseguimos tirar os olhos dela.
Provavelmente por isso que ela sempre ganha aquela maldita
coroa.
Ela é a rainha de tudo por aqui.
E por alguma razão, ao invés de ficar envergonhada por
seu meio-irmão delinquente ou incomodada, ela me
reivindicou como seu melhor amigo.
“Ela, uh, disse que não.” Layne diz, com a voz tensa com a
mentira.
Eu me inclino, curioso para saber o que eles estão falando
que a faria mentir para o namorado. Ele bufa, claramente
irritado, e me lança um olhar desagradável.
“Ele pode vir também”, Ele resmunga. “Se esse for o
problema.”
“Temos uma coisa de família neste fim de semana. Só nós
cinco.” Sorrio para ele. “Sinto muito, cara.”
Mentir é praticamente natural para mim. Exceto quando
se trata de Layne. Eu nunca poderia mentir para ela. Ainda
bem que ela nunca foi direta e me fez as perguntas difíceis.
Tipo... eu a amo mais do que deveria?
Absolutamente pra caralho.
“Você não pode sair dessa?” Jenkins reclama. “Não ficamos
sozinhos desde este verão.”
Uh porra huuu.
“Não significa não, baby.” Cuspo para ele, olhando-o de
uma forma que o lembra que eu a terei só para mim. “Você
entende essa palavra, certo?”
“Nem todo mundo é um perdedor egoísta como você,
Brightly.”
“Foda-se.” Eu o encaro com um olhar ameaçador. “Ela está
ocupada. Pare de implorar. Você está se envergonhando.”
Sua mandíbula aperta, e posso dizer que ele quer explodir
em mim. Mas com Layne entre nós, ele se controla. Mais tarde,
se ele me pegar sozinho, vai tentar me agredir para me lembrar
de seu lugar no mundo dela.
E então minha bunda visitará o diretor de novo porque não
deixo filhos da puta me empurrarem, certamente não Wayne
Jenkins.
“Pare com isso.” Layne sussurra, virando-se para me
lançar um olhar de advertência que me atinge com força no
peito. “E, Wayne, me desculpe. Talvez no próximo fim de
semana.”
Posso dizer que ele quer discutir com base na maneira
como suas narinas continuam queimando como um touro
prestes a atacar. Em vez disso, ele acena e volta para sua
refeição. Desta vez, quando Layne olha para mim, há alívio em
seus olhos azuis. Serei o disfarce dela em qualquer dia da
semana, se for disso que ela precisa.
Inclinando-me até que meus lábios rocem sua orelha,
murmuro: “Eu realmente terei você só para mim neste fim de
semana?”
Ela estremece e suas bochechas ficam rosadas. “Sim.”
Minha sobrancelha levanta em questão enquanto estudo
seu rosto perfeito. Nora está trabalhando longas horas neste
fim de semana, enquanto papai levará o irmão mais novo de
Layne, Lucas, em um acampamento de escoteiros. Seremos só
nós dois.
Eu a observo comer a salada como o perseguidor que sou,
imaginando o que faremos durante todo o fim de semana sem
distrações. Adoraria despir minha meia-irmã, adorá-la de
joelhos e depois fazer amor com ela como ela merece. Mas
como Layne é o anjo desta família e eu sou seu meio-irmão
perverso com uma imaginação suja, sei que isso não
acontecerá. O que vai acontecer, porém, é um fim de semana
cheio de filmes, abraços e risadas. Layne vai baixar a guarda
de uma forma que só faz comigo. Por mais que eu adoraria
ficar nu com ela e fazê-la minha, estar sozinho com ela é quase
tão bom.
Meu pau vai discordar, mas meu coração manda em tudo
quando se trata dela.
O sinal toca cedo demais, forçando-me a deixar minha
parte favorita do dia na escola, que é quando posso passar
com ela. Eu me levanto e então ofereço minha mão, segurando
a coisa delicada por muito mais tempo do que um meio-irmão
deveria. Suas bochechas ficam com um tom adorável de rosa
quando pisco para ela.
“Continue de mãos dadas com a minha namorada,
Brightly, e vou pensar que ela me deu um bolo neste fim de
semana para te foder.”
Arranco minha mão da dela e, em seguida, coloco meu
punho direto no nariz já torto daquele filho da puta. Ele cai
no chã de linóleo, sangue jorra de suas narinas como uma
cachoeira carmesim enquanto ele grita ameaças para mim.
Layne não se agacha para se preocupar com ele. Não, seu
olhar furioso está fixo em mim.
“Carter”, Ela sibila. “Porque você fez isso?”
Meus dedos latejam por socar aquele idiota, mas isso não
me impede de afastar uma mecha de cabelo que grudou em
seus lábios carnudos e brilhantes.
“Ele mereceu por desrespeitar você.” Dou de ombros. “Não
sinto muito, Layne.”
Não princesa do asfalto. Não estrada de cascalho. Não diva
da garagem.
Não, se eu a chamar por seu nome verdadeiro e não por
uma das centenas de provocações que tenho para ela, Layne
sabe que estou sendo real.
Antes que ela possa abrir a boca para responder, nosso
diretor, o Sr. Mitchell, vocifera sua furiosa ordem. “Meu
escritório, Sr. Brightly. Agora mesmo.”
Lanço a Layne mais um breve olhar de saudade antes de
sorrir para o Sr. Mitchell.
“Agora.” O Sr. Mitchell estala.
“Mantenha sua calcinha, Mitchell. Estou indo.”
Não tenho certeza em que tipo de problema vou me meter
agora, mas defender a honra da minha garota valeu a pena.
Ela sempre valerá a pena.
Estou fodido.
Grande momento.
Felizmente, como Jenkins está namorando minha meia-
irmã, ele fez seu pai advogado desistir quando se tratou de
apresentar queixa por agressão. Meu pai e Nora precisaram
de muita conversa suave para me tirar dessa. No entanto,
recebi uma semana de suspensão da escola.
E Layne está chateada comigo.
Posso lidar com o estresse de ter sido ameaçado de prisão,
e a escola é inútil de qualquer maneira, mas ter Layne incapaz
de olhar para mim é a pior sensação do mundo.
“Por que você nunca vem acampar conosco?” Lucas
pergunta do banco de trás do meu Dodge Challenger azul
meia-noite.
Olho no espelho, encontrando o olhar do irmão de dez anos
de Layne. “Tenho medo de ursos.”
“Você não tem medo de nada, Carter.”
Mentira. Tenho medo de perdê-la para sempre, mas minha
bunda idiota não consegue parar de foder as coisas.
“Estou de castigo de qualquer maneira.” Resmungo.
“Talvez da próxima vez, garoto.”
É nessas horas que eu realmente me sinto um merda.
Lucas é a imagem doce e cuspida de Layne, embora seja muito
mais quieto e muito perseguido na escola. Ele realmente é
como o irmão que nunca tive. Se eu fosse um fodido humano
normal e não secretamente ansiasse por minha meia-irmã,
provavelmente poderia me comportar e não causar tantos
problemas para minha família. Ser um irmão de verdade para
o Lucas como ele merece.
Mas saber que Layne está ali e que nunca a terei me deixa
louco.
É injusto e fodido.
“Aquele garoto ainda está incomodando você?” Pergunto
enquanto entramos em nosso bairro.
Lucas ri, infantil e fofo. “Não. Eu disse o que você me falou.
Que ele era um PDM podre que nunca será nada.”
Ele claramente encurtou a parte do ‘pedaço de merda’ que
sugeri.
Gargalho, embora não devesse. Sou uma má influência
para este carinha. “Ah sim? Como foi?”
“Ele disse que eu era mal e chorou.”
“Fez bem a ele por ser um idiota.”
Lucas solta uma gargalhada alta, gargalhando o resto do
caminho pela nossa rua. Estaciono meu veículo na garagem
atrás do Novo Fusca branco de Layne que meu pai deu a ela
em seu aniversário de dezesseis anos, dois anos atrás.
“Sua irmã não deveria estar no treino de vôlei?” Pergunto,
não gostando do jeito que meu estômago aperta com o
nervosismo. Pego Lucas todos os dias porque o treino é
sempre depois da escola para ela. É onde ela deveria estar
agora, mas não está.
“Talvez tenha sido cancelado.” Ele oferece com um encolher
de ombros enquanto sai.
Respiro fundo, seguindo-o até a casa dos Brightly. Nossa
casa é a mais bonita da cidade. Papai é dono da maior parte
dos imóveis no Condado de Hawk. Quando mamãe nos deixou
quando eu era apenas uma criança, papai nos desenraizou de
nossa extensa propriedade fora dos limites da cidade para
uma mansão chique no subúrbio. No começo, não parecia em
casa, mas quando papai começou a namorar Nora e ela trazia
muito os filhos para jantar e ir ao cinema, finalmente começou
a parecer assim. Agora que vivemos aqui como uma família
grande e feliz, é o meu lugar favorito para estar.
Então por que você está tentando mandar sua bunda para
a cadeia, idiota?
Minha passagem pelo reformatório e não poder ver Layne
foi um dos piores momentos de toda a minha vida. Se
continuar no ritmo que estou indo, vou perdê-la para sempre.
Uma vez lá dentro, Lucas sobe as escadas, ansioso para
chegar ao seu Fortnite, sem dúvida, antes que papai saia do
trabalho para levá-lo para acampar. Deixo minha mochila
perto da escada e saio em busca de Layne. Ela está na
cozinha, sentada na ilha, com as longas pernas penduradas
para o lado. Não posso parar de deixar meus olhos se
demorarem em suas coxas nuas e bronzeadas. Suas roupas
de vôlei me deixam tão fodidamente fraco.
“Ei.” Resmungo, minha voz rouca e crua. “E aí?”
Ela faz careta para mim. “Não faça isso.”
“Cumprimentá-la?”
“Não, idiota.” Ela sussurra. “Fingir que nada aconteceu.”
Um sorriso puxa meus lábios. “Não posso fingir que você
não acabou de me chamar de idiota. Sua mãe não vai querer
lavar sua boca com sabão agora?”
Seus olhos azuis piscam com raiva. “Sempre desviando.
Nunca sério. Fica cansativo, Cart.”
Ignorando seu tom mal-intencionado, vou até a geladeira e
pego duas Cocas. Depois de colocar uma ao lado dela, abro a
minha e tomo um longo gole, meus olhos varrem a descida
cremosa de seu pescoço até a leve curva de seus seios sob sua
regata.
“Por que você não está no treino?”
“Porque você é mais importante. Falar sobre o que está
acontecendo com você é minha prioridade. Jesus, Carter. É
como se você fosse uma bola de demolição, determinado a
destruir toda a sua vida.”
Apesar de ela estar chateada comigo, não perco o leve
tremor de seu lábio inferior. Coloco minha bebida ao seu lado,
pisando entre suas coxas ligeiramente separadas. Ela abre
espaço para mim, para meu fodido deleite.
“Não há nada acontecendo comigo.” Garanto a ela,
mentindo descaradamente. “É apenas o meu eu imprudente
de sempre.”
“Isso me preocupa.” Ela suspira, encostando o rosto no
meu ombro. “Tenho medo de que você estrague tudo e eu
nunca mais o verei.”
Sou um idiota tão egoísta. Eu deveria me afastar, mas
estou viciado em seu cheiro e seu toque delicado. Envolvo
meus braços em torno dela, enterrando meu rosto em seu
cabelo.
“Eu não vou a lugar nenhum. Você está presa comigo para
sempre, pirralha de estradinha.”
“Essa é nova.” Ela resmunga, embora eu saiba que ela ama
secretamente todas as minhas provocações. “Wayne e eu…”
Endureço com a menção daquele idiota. Ela deve sentir a
mudança em mim porque suas unhas percorrem meus
ombros até meu pescoço. Sua cabeça se afasta para que ela
possa me estudar com seu intenso olhar de olhos azuis.
“Nós terminamos.” Suas palavras sussurradas são
seguidas por um tremor de seu queixo.
Sem pensar, pressiono um beijo suave na ponta de seu
queixo, esperando parar qualquer dor que eu possa ter
causado. “Por minha causa? Porra, me desculpe, Layne.”
Ela engole audivelmente e balança a cabeça. “Não, seu
garoto estúpido. Eu terminei porque ele te odeia. Se ele te
odeia, então ele me odeia também porque somos um par. Você
é meu melhor amigo.”
Um arrepio percorre minha espinha, fazendo o sangue
encher meu pau, endurecendo-o como pedra. Eu me
pressiono contra a ilha, esperando esconder a evidência do
que ela faz comigo.
“Devemos comemorar.” Digo com um sorriso brincalhão
que atrai um dos dela. “Podemos assistir a todos os seus
filmes de garotas favoritos e comer pipoca esta noite, já que
estou de castigo e fui proibido de sair de casa.”
Nós dois podemos ter dezoito anos, mas o papai é muito
inflexível sobre toda a mentalidade de ‘você mora sob o meu
teto, então você segue minhas regras’.
“Só você sugeriria comemorar depois de um rompimento.”
Ela geme, revirando os olhos. “Eu basicamente cometi suicídio
social ao largar o quarterback da escola. É escandaloso. Tenho
certeza de que está se espalhando por toda a mídia social
enquanto falamos.”
Tão escandaloso.
Não, escandaloso seria se ela largasse o quarterback da
escola para poder ficar com seu meio-irmão tatuado, fora da
lei e falastrão.
“Você ainda está sorrindo. Eu juro, você vive para me
atormentar.” Ela reclama, seus dedos encontrando meu
cabelo escuro e bagunçado.
A brincadeira desaparece e seus olhos caem para a minha
boca. Meu coração martela dentro do meu peito enquanto
sonho pela milionésima vez como seria beijar essa garota linda
e louca. É preciso todo o autocontrole que tenho - o que,
reconhecidamente, é muito fino para começar - para não a
puxar em meus braços e enfiar minha língua em sua
garganta. Em vez disso, encontro vontade de recuar um
pouco. Seus dedos apertam meu cabelo como se ela se
recusasse a me deixar ir embora.
“Carter...” Ela murmura, sua voz ofegante e carente. “Eu...”
O que quer que ela fosse dizer é silenciado quando ela
pressiona seus lábios nos meus. Estou tão chocado com o
beijo que permaneço imóvel, congelado no lugar. Um pequeno
gemido escapa dela quando ela se afasta, seus olhos azuis
estão arregalados e cheios de preocupação.
“Desculpe-me.” Ela engole, lágrimas brotando em seus
olhos. “Eu não queria...”
Desta vez, corto suas palavras com um beijo de verdade.
Meus lábios reivindicam os dela como milhares de vezes
fantasiei fazer. Mas desta vez é a minha realidade. Sua boca
carnuda parece o céu quando se abre para me dar melhor
acesso a ela. Não me seguro, empurrando minha língua para
frente, buscando desesperadamente seu sabor doce. Nós
gememos em uníssono, ambos aparentemente satisfeitos com
o que descobrimos.
Decadente.
Proibido.
Fantástico pra caralho.
Minhas mãos encontram sua cintura enquanto a toco
livremente de maneiras que nunca ousei. Sua respiração falha
quando uma das palmas das minhas mãos desliza sob o tecido
de sua blusa, deslizando sobre a carne nua da parte inferior
das suas costas. Agora que a provei, estou morrendo de
vontade de beliscar, chupar e lamber cada parte dela. Por
enquanto, estou satisfeito com sua boca perfeita. Mordo seu
lábio inferior, sorrindo quando ela geme. Um som tão viciante.
Eu poderia ouvi-lo repetidamente.
“Carter.”
Porra, eu poderia ouvir meu nome em seus lábios também.
Mais e mais como um disco quebrado. Seria o melhor tipo de
música. Do tipo que toca para o coração.
“Vocês sabem onde estão minhas botas de caminhada?”
Lucas pergunta, sua voz como uma chuva fria me
encharcando até os ossos.
Eu me afasto de Layne, girando para avaliar o quanto meu
meio-irmão testemunhou. Seus olhos azuis estão arregalados,
mas ele não diz nada.
“Uh, acho que elas ainda estão na garagem, garoto.” Forço
um sorriso para ele. “Você precisa de ajuda para fazer as
malas para este fim de semana?”
Lucas me encara por um longo momento. A vergonha me
cobre, sabendo o que acabei de fazer com a irmã dele. Isso é
tão fodido. Eu sabia que meu autocontrole não poderia durar
tanto tempo. Só esperava amar Layne o suficiente para não
agir sobre isso. Para o bem dela.
Aparentemente, eu só me amo porque não consegui parar
aquele beijo, mesmo que tentasse.
“Papai estará em casa logo.” Lucas diz, me fazendo
estremecer. “Ele me disse para estar pronto. Tudo o que resta
pegar são minhas botas.”
Como ele conhece meu pai há mais de metade de sua vida,
ele começou a chamá-lo de pai, enquanto Layne só o chama
assim quando ela quer ficar fora depois do toque de recolher
ou comprar um novo par de jeans. É um lembrete gritante de
que nós somos uma maldita família.
Lucas passa por nós em direção à porta da garagem e
desaparece, levando consigo o ar dos meus pulmões. Meus
olhos voam para Layne. Sua garganta balança enquanto ela
engole, e sua mão treme enquanto ela alisa o cabelo
nervosamente. Desejo suavizar isso para ela, mas agora não é
a hora.
“Você acha que ele viu?” Ofego.
Ela dá de ombros. “Não tenho certeza.”
“Se ele contar...”
“Ele não vai.” Ela me garante. “Lucas não nos colocará em
apuros.”
Ele sempre foi um garoto legal comigo, então acredito nela.
É uma pena que o tenhamos colocado em uma posição
confusa. Eu tentaria explicar para ele se pudesse explicar
para mim mesmo.
“Mas se ele contar...” Paro, incapaz de dizer as palavras.
Se ele contar, eles me expulsarão. Sei disso. Há anos venho
causando sofrimento a papai e Nora. Só piorou desde que
soube que Layne perdeu a virgindade com Jenkins. Sou um
canhão solto por causa dela. Imprevisível e cheio de uma
necessidade ardente de possuí-la.
Estou além de fodido.
Sou o pior absoluto.
Layne salta da ilha e pega minha mão. “Ele não vai. Vou
falar com ele.”
“Não posso pedir que faça isso por mim.”
“Carter, seu idiota, nós dois nos beijamos. Não apenas
você. Nós.”
Porra, gosto do som de um nós.
Pena que nunca pode haver um nós.
Ele não contou.
De alguma forma, passei por um jantar rápido com papai
e Nora sem Lucas deixar escapar o que aconteceu. Eles
estavam muito ocupados me repreendendo por socar Wayne
para perceber se Lucas estava se comportando de maneira
estranha ou não. Mal consegui segurar a comida e, quando
fui dispensado, corri para o meu quarto.
Depois do banho gelado mais longo do mundo, me seco e
visto um moletom cinza. Sou um idiota para a minha escolha
de roupa. Todo mundo sabe que as garotas ficam bobas com
músculos em V e calças de moletom. Adicione várias
tatuagens no peito e um sorriso encantador e não há como
Layne conseguir manter os olhos longe de mim.
É por isso que eu deveria colocar uma camisa.
Trancar a porta do meu quarto.
Evitar Layne durante todo o fim de semana enquanto eles
estiverem fora.
Nunca fui de fazer o que devo. Uma olhada rápida nas
câmeras do aplicativo de segurança me diz que Nora voltou ao
trabalho e papai já saiu com Lucas.
Cadê a Layne?
Jogo meu telefone na cama e saio do meu quarto em uma
missão para encontrá-la. Eu me convenci de que é porque
precisamos conversar sobre o beijo. Serei o grande homem e
explicarei a ela que foi estúpido. Que nunca mais poderemos
fazer isso. Blá blá porra blá. Então podemos voltar ao normal.
Sigo o som dela cantando, alguma música da Carrie
Underwood que ela cantou em concursos no passado, e a
encontro em seu banheiro. O vapor de seu chuveiro
permanece, e ela se transformou em algo destinado a me
torturar. Camisa branca justa e o menor par de shorts de
algodão vermelho que já vi. Sua bunda aparece, e não estou
reclamando disso.
“Ei.” Ela me cumprimenta, inclinando-se para o espelho
para esfregar seu hidratante. “Eles foram embora?”
“Sim.”
Ando atrás dela, focado em seu rosto agora sem
maquiagem que está ligeiramente vermelho de esfregar no
chuveiro. Seus olhos azuis disparam pelo meu peito no
reflexo, demorando-se na maneira como meu moletom cai
baixo em meus quadris.
Não sou musculoso como uma casa de tijolos como
Jenkins, mas estou em forma. Anos de skate e corrida me
deram um corpo mais magro, mas ainda tenho músculos, do
qual as garotas não parecem reclamar. O problema é que só
há uma garota que eu quero. As poucas que fodi para livrar
minha mente dos pensamentos torturantes não significavam
nada para mim.
Sempre foi Layne.
Desde o momento em que coloquei os olhos nela pela
primeira vez quando sua mãe a trouxe.
“Você esqueceu sua camisa.” Ela murmura, suas
bochechas ficando ainda mais vermelhas, desta vez nada a ver
com seu banho e tudo a ver comigo.
“Pensei que você gostasse de olhar minhas tatuagens.”
Provoco, dando a ela um sorriso torto. “Especialmente a nova
que coloquei no meu pau.”
Finjo que vou abaixar minhas calças e mostrar a ela, o que
faz com que ela dê uma risadinha que a faria perder pontos
legais às centenas se tivesse feito isso na escola. Minhas
risadas retumbantes a fazem balançar a cabeça em
frustração. Seus olhos estão iluminados com prazer, no
entanto.
“Preciso de ajuda?” Passo atrás dela e descanso minha
cabeça em cima dela. “Precisa que eu esfregue o hidratante
nos locais de difícil acesso?”
Tanto para se comportar.
Ela revira os olhos de forma dramática. “Não. Vá embora.”
“Não. Ficarei grudado no seu quadril o fim de semana todo.
Você prometeu.”
Seus dentes mordem o lábio inferior enquanto seus olhos
azuis ardentes encontram os meus no reflexo. Tento me ver
através dos olhos dela.
Eu sou a escuridão para a luz dela.
O diabo para seu anjo.
Ruim para o seu bem.
Mas, apesar disso, ela parece gostar de mim de qualquer
maneira. Depois do nosso beijo na cozinha, acho que posso
dizer que ela também se sente atraída por mim. Posso não ser
Jenkins com pescoço grosso e queixo quadrado, mas sei que
sou bonito o suficiente para conseguir alguém como Layne
Hunt. O problema é que você não deveria foder sua irmã.
Meia.
“Quer falar sobre o que aconteceu?” Pergunto, incapaz de
encontrar seu olhar. Em vez disso, brinco com uma mecha
úmida de seu cabelo que se soltou de seu coque bagunçado.
“O término?”
Arqueando uma sobrancelha, desta vez encontro seu olhar.
“Isso é notícia velha, rodovia. Estou falando da língua do seu
meio-irmão na sua garganta.”
Suas sobrancelhas se franzem e seu lábio inferior se
projeta ligeiramente. O olhar amuado em seu rosto me mata.
Desejo pegá-la, carregá-la para minha cama e fodê-la até que
ela esteja toda sorridente novamente.
“Certo.” Ela solta um suspiro pesado. “Isso provavelmente
foi um erro.”
Provavelmente.
Nenhum de nós parece acreditar nisso.
Acaricio um dos meus dedos doloridos ao longo do lado de
fora de seu braço e então continuo minha caminhada por cima
de seu ombro. Quando alcanço a alça de sua camisola,
provoco meu dedo por baixo dela, precisando sentir a pele
macia ali. Sua respiração falha com meu toque gentil.
“Se eles descobrirem que nos beijamos, tudo estará
arruinado.” Franzo a testa, distraidamente puxando a alça de
lado para que eu possa ver sua pele lá. “Estou bem em
estragar tudo na minha vida, mas não isso. Não você.”
Com meus olhos fixos nos dela no espelho, mergulho e
beijo a pele recém-exposta em seu ombro. Para minha total
satisfação, posso ver os picos endurecidos de seus mamilos
através do tecido branco. O que eu não daria para chupar
cada mamilo até que ela estivesse dolorida e choramingando
por alívio.
“Você está certo.” Ela suspira, sua voz ligeiramente
trêmula. “Também não posso perder você.”
Nenhum de nós faz qualquer movimento para separar. Na
verdade, o ar ao nosso redor crepita com antecipação. Nós dois
estamos tensos como elásticos, esticados e prontos para
arrebentar. Sinto que os limites do meu autocontrole foram
testados hoje. Primeiro o beijo e agora isso. Sem supervisão
moral, é como se estivéssemos em nosso mundinho e
pudéssemos fazer o que quisermos.
Quem vai nos dedurar agora?
Arrasto a alça da camisa por seu braço, fixando a atenção
na maneira como o tecido se desprende de seu seio saltitante
até que seu mamilo pontiagudo fique exposto. Minha mão
encontra a alça, e a puxo também até que ambos os seios
estejam aparecendo. Ela não deve ser muito maior do que um
tamanho 40, mas são os seios mais lindos que já vi.
“Tudo bem?” Murmuro. “Diga-me que não está tudo bem e
eu paro...”
“Carter, está tudo bem.”
Nossos olhos se encontram novamente no espelho. Os dela
estão queimando com um desejo tão desmascarado que me
faz vacilar. Ninguém nunca olhou para mim do jeito que ela
olha agora. Além da atração que ela sente por mim com base
em seus olhos errantes, respiração ofegante e lábios
entreabertos, também vejo o amor brilhando de volta para
mim.
Porque ela é sua irmã, idiota.
Meia.
Meu pau não está desligado por conta nosso
relacionamento. Na verdade, estou mais duro e ansioso para
explorá-la. Porque não deveria. Porque ela está fora dos
limites. E quando algo não é para mim, eu absolutamente
quero.
Ela se vira, trazendo seus seios perfeitos para pressionar
contra o meu peito nu. Minhas mãos ansiosas encontram sua
bunda, levantando-a e colocando-a no balcão do banheiro.
Estou desesperado por muitas coisas com ela, mas agora,
provar seus mamilos doces está no topo da lista.
“Assim que começarmos isso...” Resmungo, correndo
carinhosamente meu polegar sobre seu mamilo pontiagudo
“Será difícil parar.”
“Quem disse que devemos parar?”
“Sociedade? Nossos pais? A lei?”
“Não é como se fôssemos consanguíneos.” Ela argumenta
da maneira mal-humorada que às vezes fica quando se sente
apaixonada por alguma coisa. Como eu.
“Você não está preocupada que a coroa de Miss Condado
de Hawk seja manchada quando todos descobrirem que ela
está transando com o irmão?”
Ela engasga, carmesim florescendo em seu peito como uma
nebulosa nuvem vermelha. “Meio.”
“Eles deixarão convenientemente essa parte de fora
quando a colocarem em todas as notícias da primeira página.”
“Isso não vai acontecer.”
“Vai.”
“Não vai porque ninguém descobrirá.” Suas palmas
deslizam pelo meu peito enquanto ela explora meu corpo.
Flexiono meus peitorais, amando a sensação de suas mãos
enquanto testam a força dos músculos. A ponta do dedo roça
ao longo da tatuagem que está marcada em minha carne.
Espinhosas roseiras se alinham em uma estrada.
“Alguém já descobriu.” Eu a lembro. “Lucas viu nosso
beijo.”
“Ninguém saberá sobre isso.” Ela sussurra. “É só para
nós.” Seus olhos azuis capturam os meus, e ela morde o lábio
inferior. “Diga-me o que essa tatuagem significa. Você me
contou todo o resto, mas não essa.”
Deslizando minha mão em seu cabelo, inclino sua cabeça
para trás para poder olhar para ela, meus lábios a centímetros
dos dela. “É o único caminho que faz sentido para mim.”
“Caminho?”
“Lane2.”
“Como na estrada ou eu?”
Garota esperta.

2Lane pode significar pista ou faixa, mas aqui é feita uma alusão ao
nome da personagem.
“Isso vai bem no meu coração. Assim como você, princesa
da calçada.”
Seu sorriso me desfaz de uma forma que nada mais pode.
Capturo seus lábios novamente com os meus, desta vez não
preocupado em ser pego ou se é ou não uma má ideia.
Agora, é bom.
É bom pra caralho.
Eu morreria por essa garota.
Soube disso no dia em que ela entrou em nossa sala de
estar pela primeira vez, com um belo sorriso no rosto, que
faria qualquer coisa por ela. Protegê-la, cuidá-la, amá-la. Só
não sabia que seria porque ela se tornaria família. Ao longo
dos anos, senti a mesma sensação de proteção em relação à
minha nova madrasta e meio-irmão.
Mas com Layne, os sentimentos continuaram a evoluir.
Melhores amigos.
Íntimos.
Duas pessoas tão próximas quanto possível.
O que eu nunca esperava era me apaixonar perdidamente
por ela. Tenho negado, é claro, porque sabia que ela nunca
retribuiria. As coisas mudaram, no entanto. É como uma luz
apagada para nós dois, e agora estamos banhados na mesma
escuridão perversa e escura, agarrados um ao outro como se
fosse como deveria ser… como sempre será.
Eu a beijo profundamente, fazendo promessas não-verbais
a ela com pequenos grunhidos, mordidelas de meus dentes e
impulsos urgentes de minha língua. Seus gemidos e a maneira
como ela arranha meus ombros me dizem tudo o que preciso
saber.
Ela me deseja como eu a desejo.
A necessidade é tão intensa que nenhum de nós pode
negar.
Ansioso para provar mais dessa perfeição proibida, afasto
meus lábios dos dela para trilhar beijos ao longo de sua
bochecha e mandíbula. Ela engasga quando chupo a carne em
seu pescoço perto de sua orelha. Eu me certifico de fazer de
novo, com mais força, para deixar uma marca. Observá-la
andar por aí com um hematoma roxo feito por minha boca
para que todos vejam, incluindo nossos pais, é uma tentação
demais para ignorar. Depois de verificar se ela está
devidamente marcada, beijo sua clavícula enquanto me
ajoelho entre suas coxas abertas.
“Você é tão linda, Layne.” Uso o nome verdadeiro dela
porque é importante que ela entenda como estou falando sério
neste momento. Sobre ela. Sobre nós. É a coisa mais real que
já conheci.
“Você também, Carter.”
Chupo um mamilo em minha boca enquanto seus dedos
enroscam em meu cabelo. Cada vez que mordo sua carne
macia, ela choraminga, e o puxão do meu cabelo é doloroso o
suficiente para fazer meus olhos arderem. Estou faminto
enquanto devoro seus seios, aprendendo cada sarda e
verruga. Tenho uma necessidade obsessiva de memorizar
cada detalhe dela.
Apenas no caso.
Caso descubram. Caso eu seja expulso. Caso eu vá para a
cadeia. Caso ela fique entediada comigo. Quaisquer que sejam
as possibilidades que estão por vir, quero estar preparado.
Quero gravar a memória em meu cérebro e meu coração para
que eu nunca esqueça.
Beijo meu caminho até sua barriga, lambendo o piercing
de umbigo lá. Foi uma das raras vezes em que ela se meteu
em problemas. Tínhamos ido juntos, é claro, sendo eu a má
influência e tudo. Eu estava duro como pedra enquanto
observava o cara perfurar sua pele tensa. Depois, ela se
sentou ao meu lado, me distraindo enquanto eu trabalhava
em parte da minha manga de tatuagens.
Duas ervilhas em uma vagem, minha irmã e eu.
Meia.
“Preciso provar você aqui.” Resmungo, mordendo sua
buceta sobre seu short. “Fantasiei sobre isso por tanto
tempo.”
“S-Sim.” Ela murmura. “Eu também.”
Um gemido sai de mim quando coloco meus dedos no topo
de seu short, puxando-o para fora de seu corpo. Seu perfume
fresco e ensaboado inunda minhas narinas, e eu desejo sujá-
la comigo. Onde ela é pura e imaculada, eu sou como a peste
negra, infectando tudo em meu caminho.
Mas não ela.
Nunca ela.
Ela pode ser contaminada por mim, mas eu nunca a
machucaria ou arruinaria. Eu morreria antes de deixar isso
acontecer.
Uma vez que a despojo de suas roupas, esfrego meu nariz
contra sua buceta, deleitando-me com seu perfume único.
“Incline-se para trás.” Ordeno. “Abra bem para que eu
possa ver o que me pertence.”
Ela engasga com minhas palavras sujas, mas obedece
porque é uma boa menina. Assim que sua buceta se abre
como uma rosa sedosa, uma pétala brilhante de cada vez, eu
perco a cabeça.
Preciso prová-la.
Mordê-la e chupá-la.
Transar com ela.
Meu nome é gritado de seus lábios quando mergulho, indo
direto para seu botão quente. Chupo seu clitóris minúsculo,
amando como ela resiste, sua cabeça batendo contra o
espelho atrás dela. Estou faminto por seu sabor doce e
açucarado e tento sugar cada gota de seu corpo carente. Com
cada volta da minha língua, ela fica cada vez mais louca. Seus
dedos agarram meu couro cabeludo e rasgam meu cabelo
enquanto seus saltos cravam em meus ombros. Não é preciso
muito esforço antes de ela gritar seu orgasmo, seu corpo
inteiro tremendo com a liberação. Mal dou a ela uma chance
de descer de suas alturas antes de empurrar meu moletom
para baixo e chutá-lo.
Seus olhos encobertos encontram os meus, brilhando com
antecipação. Agarro meu pau dolorido, batendo em sua
buceta sensível algumas vezes para nos dar esse momento de
reconsiderar o que estamos fazendo.
“Preciso de você dentro de mim.”
Seu apelo ofegante apaga qualquer confusão moral que eu
tivesse. Estou perdido para o animal dentro de mim que está
ansioso para reivindicar e conquistar o que é meu.
Pressionando a coroa do meu pau contra os lábios lisos de sua
buceta, encontro seu olhar e sorrio.
“Você é ainda melhor do que eu imaginava.” Relaxo em seu
corpo apertado, dominado pelo prazer que me consome. No
momento em que chego ao fundo, estou a segundos de
explodir minha carga como um maldito perdedor. “Jesus,
Layne, você está tentando me matar?”
Um sorriso sexy brinca em seus lábios. “Mova seus
quadris, Cart, ou eu vou morrer aqui.”
Eu me afasto, obcecado com a maneira como sua excitação
cobre meu pau. É quente como o inferno nos ver unidos desta
forma, meu pau grosso, quase roxo e pulsando com as veias e
brilhando com seu desejo. Foder nunca pareceu tão
demorado. Antes, era uma necessidade a cumprir. Isso é algo
totalmente diferente. Algo que posso sentir em meus ossos e
meus nervos e minha maldita alma.
“Porra, porra, porra.” Canto enquanto empurro dentro dela
novamente. “Eu te amo pra caralho.”
Não me envergonho ainda mais deixando escapar mais
coisas para as quais ela pode não estar pronta e, em vez disso,
persigo essas palavras com um beijo reivindicativo. Cada vez
que empurro minha doce meia-irmã, ela choraminga e
implora. Suas unhas vão deixar cicatrizes em minha pele no
ritmo que ela está fazendo, mas é a memória que ficará
gravada em meu coração para sempre, para nunca mais ser
esquecida.
Sabendo que vou gozar a qualquer momento, coloco a mão
entre nós para tocar seu clitóris latejante. Eu a quero gozando
em volta do meu pau antes mesmo de pensar em renunciar à
minha própria liberação. Porque ela é tão sensível, só preciso
de mais alguns círculos do meu dedo antes que ela perca o
controle novamente.
“Oh, Deus!” Ela grita enquanto seu corpo ordenha meu
pau. O aperto constante, como um punho liso ao redor do meu
comprimento, me faz disparar minha liberação sem aviso
prévio. Quente e abundante, eu encho minha irmã com meu
esperma.
Meia.
Enquanto meu pau se contrai, drenando o resto do meu
orgasmo nela, eu me concentro em seus belos lábios
entreabertos. Tão gorda e rosa e minha. Eu os beijo com tanta
reverência que o gemido que escapa dela soa mais como um
soluço.
“Eu também te amo, Carter Brightly.”
Não são dois melhores amigos reivindicando essas
palavras.
Nem dois irmãos.
Meios.
Não, são dois amantes.
Almas gêmeas.
Relutantemente saio de seu corpo enquanto meu pau
amolece. Nós dois ficamos quietos enquanto meu esperma
escorre dela e pinga no tapete do banheiro.
“Nós não usamos camisinha.” Sussurro, correndo meus
dedos pela umidade que vaza de seu corpo. “Eu deveria ter
sido mais cuidadoso.”
“Seremos mais cuidadosos da próxima vez. Vou tomar a
pílula ou vamos usar camisinha.” Ela me garante com um
sorriso lindo que me aquece. “Agora tenho certeza de que você
me prometeu uma noite de cinema.”
Pego uma toalha no armário e a molho. Limpá-la e cuidar
dela me enche de um orgulho que nem consigo descrever. É
apenas algo que sinto na própria essência de quem sou. Como
se eu tivesse sido colocado aqui nesta terra para fazer
exatamente isso.
Cuidar dela.
Fazer amor com ela.
Ficar com ela.
Assim que nos arrumamos, eu a pego em meus braços e a
carrego de volta para o meu quarto. Podemos planejar assistir
a um filme, mas algo me diz que quando formos para a cama,
as coisas vão mudar.
Apagamos as luzes e começamos um thriller na Netflix.
Isso não é como nossas outras noites de cinema, onde nos
abraçamos, rimos e brincamos. Isso é mais. Muito mais.
Porque em vez de nos concentrarmos no filme, estamos
focados um no outro. Nossos lábios parecem não conseguir
deixar um ao outro, a fome apenas crescendo em intensidade
ao invés de ser saciada. Estou de volta dentro dela, desta vez
usando uma camisinha, antes do final do filme. Somos
insaciáveis. Agora que demos uma mordida neste fruto
proibido, nenhum de nós jamais ficará satisfeito. Finalmente,
a exaustão vence. Aninho seu corpo nu contra o meu,
enterrando meu nariz em seus cabelos, permitindo-me
desfrutar da garota mais perfeita do mundo.
“Quero ficar assim para sempre.” Ela murmura, imitando
meus próprios pensamentos.
“Vamos dar um jeito.”
“Promete?”
“Por você, eu prometo o mundo e farei questão de dá-lo a
você.”
“Isso parece um sonho.” Ela boceja e sua respiração se
equilibra. Beijo seu ombro e tento não deixar a preocupação
atrapalhar nosso momento perfeito. Se nossos pais
descobrirem, o sonho acabará e o pesadelo começará.
Mesmo assim, vou encontrar uma maneira de mantê-la.
Os desenhos animados de sábado de manhã são muito mais
divertidos quando sua irmã lhe dá um boquete durante o
intervalo comercial.
Meia.
“Você está seriamente rindo das minhas habilidades de
boquete?”
A sobrancelha arqueada e o brilho furioso nos olhos azuis
de Layne me fazem rir ainda mais. Ela mostra a língua para
mim.
Estendo a mão, acariciando sua bochecha. “Baby…”
“Não me chame assim.” Ela resmunga. “Você odeia essa
palavra.”
Sim, o que torna tudo ainda mais cômico. “Suas
habilidades de boquete são excepcionais para uma iniciante.”
Elogio, notando o sorriso satisfeito em seu rosto. “Só estou
pensando em como poderíamos ter nos divertido muito mais
ao longo dos anos se tivéssemos feito isso também todos os
sábados de manhã.”
Ela revira os olhos, mas agora que percebe que não estou
tirando sarro dela, ela desliza seus lábios carnudos de volta
sobre a coroa do meu pau. Sua boca é sensacional pra
caralho. Quando ela me disse que nunca tinha dado boquete
antes, nem mesmo para o maldito Jenkins, fiquei feliz pra
caralho. Significa que sua linda boca só foi suja por mim.
“Vire-se, estrada, quero sua bunda na minha cara
enquanto fodo a sua buceta.” Lanço a ela um sorriso diabólico
que a faz devolver o meu com um dos dela.
Uma vez que ela rasteja para trás, montando em meu
rosto, dou um tapa brincalhão em sua bunda bonita. Ela grita,
mas depois volta a chupar meu pau como a porra de uma
profissional. Agarro seus quadris e a puxo para o meu rosto
para que eu possa provar sua doce boceta. O gemido que
ressoa ao redor do meu pau quando lambo sua fenda envia
ondas de prazer rolando por mim.
Pego um punhado de sua bochecha e aperto. É alucinante
para mim que finalmente tenho essa garota. Tenho medo de
piscar e acordar sozinho, tudo isso sendo um sonho cruel.
Mas as coisas que ela está fazendo comigo são reais.
Ela geme quando minha língua provoca sua bunda. Meu
cérebro me fornece uma fantasia vívida de levá-la aqui um dia
também. Há tanto que quero fazer com ela. Não apenas sexo.
Tudo. Quero fugir com ela. Conseguir o nosso próprio lugar.
Construir uma vida juntos. Podemos ser jovens, mas nunca
vacilei em minha dedicação a essa garota.
Ela é minha.
Ela sempre será.
Mesmo que eu perca tudo e todos no processo.
Os gemidos de Layne enquanto ela goza são viciantes.
Quero capturar o som e fazer uma lista de reprodução. Eu
ouviria essa merda o tempo todo.
Ela faz uma mágica milagrosa com a língua que me faz
levantar os quadris. Sua garganta se contrai ao redor do meu
pau enquanto ela engasga. A baba escorrendo pelo meu eixo
e seu hálito quente me fazendo cócegas é o suficiente para me
levar ao limite. Meu gozo dispara em sua boca como um gêiser,
poderoso e explosivo. É bagunçado, mas ela faz o possível para
engolir. O que sente falta, ela lambe avidamente como se
tivesse o poder de preenchê-la e alimentá-la.
Manipulo suas costas para me encarar. Ela aconchega seu
corpo nu contra o meu, beijando meu peitoral e passando os
dedos pelas curvas suadas do meu abdômen. Seria ótimo se
pudéssemos ficar assim para sempre.
Tump.
“Você ouviu isso?” Ela se senta, franzindo a testa para
mim.
“Ouviu o que?”
“Talvez uma porta se fechando?”
“Sua mãe trabalha o fim de semana todo.” Eu a lembro.
“Papai e Lucas não estarão de volta até amanhã.”
Tump. Tump. Tump. Tump. Tump.
Alguém está na casa. Puxo as cobertas sobre nós quando
Lucas irrompe em meu quarto. Seu rosto está vermelho e
manchado de lágrimas. Porra.
“Ei, amigo.” Engasgo. “Tudo certo?”
Ele soluça, enterrando o rosto nas mãos. Layne pula da
cama, vestindo suas roupas e puxando Lucas para ela. Visto
um moletom antes de me juntar a eles, despenteando seu
cabelo suado.
“Você pode falar conosco.” Layne diz. “Você se machucou
acampando? Papai se machucou? Você está em apuros?”
Ele começa a chorar mais forte, quase me agarrando
enquanto abraça minha cintura. “Desculpe-me. Eu não
queria. Eu não sabia.”
“Seja o que for, está tudo bem.” Asseguro-lhe. “Não pode
ser tão ruim...”
“CARTER!”
Papai.
Puta merda, ele parece chateado.
Os baques surdos nas escadas são fortes e rápidos.
Enquanto Lucas está chorando e se agarrando a mim, meus
instintos protetores ganham vida, embora seja apenas o
papai. Eu me viro ligeiramente, protegendo-o da ira de papai.
Mas quando papai irrompe na sala, sua fúria não é por meu
meio-irmão.
Não, é direcionada para mim.
“Seu filho da puta doente!” Papai ruge, vindo até mim e me
agarrando pelo bíceps. “Sua própria irmã?!” Ele vira a cabeça
para Layne. “E você! O que diabos você está pensando,
droga?!”
“Chega!” Eu grito. “Não fale assim com ela.”
Papai me solta como se eu o enojasse. Ele passa as duas
mãos pelo cabelo escuro, os olhos verdes queimando de raiva.
“Você estragou tudo, Cart. Tudo. Como você pôde? Como você
pôde fazer isso com nossa família?”
“Desculpe-me.” Lucas choraminga. “Eu não queria dizer a
ele que você estava beijando Layne.”
Papai anda de um lado para o outro, incapaz de apagar o
olhar de desprezo de seu rosto. Layne chora atrás de mim,
agarrada a mim e a Lucas.
“Quero você fora.” Papai cospe. “Quero você fora desta
casa. Tudo o que você faz é estragar tudo, e eu estou farto
disso. Você passou dos limites e não vou tolerar isso.”
“Pai, por favor.” Layne implora. “Ele não tem para onde ir.
Não o faça sair. É minha culpa!”
“Não.” Sussurro para ela. “Não é sua culpa. Eu estraguei
tudo e vou lidar com as consequências. Você não fez nada de
errado.”
Exceto me amar de volta.
“Eu não quero que Carter vá embora.” Lucas grita,
apertando seu abraço em volta de mim. “Pai, não o faça ir
embora! Me desculpe por ter arruinado nosso acampamento!
Foi um acidente! Eu não queria dizer isso!”
Layne e Lucas estão chorando muito agora. Meu peito dói
e minha garganta está apertada. Os olhos de papai estão
vermelhos com lágrimas, seu lábio inferior tremendo.
“Eu vou.” Digo a ele, minha voz rouca de emoção. “Deixe-
me arrumar algumas roupas.”
O rosto do meu pai se contorce e eu me sinto uma merda.
Sou um destruidor. Quebro coisas. Desta vez, eu os quebrei.
Todos que eu amo. Porra.
“Se você fizer ele ir, eu vou te odiar.” Layne ameaça. “Eu
irei com ele e nunca mais falarei com você.”
Os olhos de papai se fecham. “Não posso falar sobre isso
agora.”
Ele sai furioso, batendo uma porta em algum lugar dentro
da casa. Meu corpo inteiro está tremendo e sinto que estou
prestes a vomitar. Eu perdi. Tudo. Ela. O gato está fora do
saco, e cara, ele mostra a porra das garras. No meu mundo de
sonho perfeito, ninguém se machuca. Layne e eu vivemos
felizes para sempre. Isso não. Não todas as lágrimas e mágoa
e dor.
“Eu tenho que ir.” Engasgo.
“NÃO!” Layne e Lucas gritam ao mesmo tempo.
“Sim.” Afirmo, minha voz mais firme. “Ligue-me mais tarde
e deixe-me saber como as coisas estão indo. Vou ficar na casa
do meu amigo Deacon.”
Isso parte meu coração, mas consigo me desvencilhar de
duas das pessoas mais importantes da minha vida. Lucas
abraça Layne, murmurando o quanto ele está arrependido.
Odeio ter feito algo que o faria sentir como se fosse ele
cometendo o erro e não eu.
Isso tudo foi eu.
Layne teria ficado longe se eu não tivesse flertado
incansavelmente e tornado meu amor por ela tão
dolorosamente óbvio.
Mereço ser punido por isso.
A pior punição, porém, envolve perder todos que amo.
Prefiro ir para a porra da cadeia.

É um pouco depois das 02h da manhã quando sou


empurrado para dentro de um carro da polícia. Pela minha
própria madrasta. Nunca cheguei à casa do Deacon, em vez
disso entrei sorrateiramente em um bar local e fiquei bêbado
pra caralho. Alguém deve ter me reconhecido e falou porque
assim que o bar fechou e eu tropecei para fora, luzes
vermelhas e azuis piscaram. Quando Nora franziu a testa para
mim de uma forma que me lembrou tanto de Layne que
parecia uma facada no peito, desabei. Caí de joelhos, enterrei
o rosto nas mãos e chorei.
Não posso perdê-los.
A vida não é justa.
Em vez de atirar em mim como ela provavelmente queria,
Nora me colocou em seu carro. O silêncio enquanto dirigimos
é pior do que ela gritando comigo e me dizendo que merda
inútil eu sou. Inclino minha cabeça no vidro, agarrando-me a
todas as lembranças de casa que posso, porque o lar não é
mais um lugar onde sou bem-vindo.
Espero ir à delegacia, mas Nora me leva até a casa. Assim
que o carro desliga, ela suspira. É maternal e triste. A dor no
meu peito é ainda mais insuportável. Inspiro uma lufada de
ar, tentando respirar. Não funciona.
Segundos depois, Nora está se acomodando no banco de
trás ao meu lado. Ela me puxa para si e acaricia meu cabelo.
Choro, ensopando a camisa do uniforme dela, porque estou
perdendo uma mãe de novo.
“Respire, querido.” Nora sussurra. “Acalme-se.”
Tento seguir sua respiração até não estar mais
hiperventilando. Quando consigo falar, murmuro desculpas
após desculpas, esperando que ela de alguma forma me
perdoe por destruir nossa família.
“Carter, querido, preciso que você ouça.”
Assinto, engolindo o soluço na minha garganta. “Estou
ouvindo.”
“Seu pai, Layne, e eu tivemos uma longa conversa
enquanto você estava fora.” Ela suspira pesadamente. “Não há
outra maneira de dizer isso. É absolutamente escandaloso o
que vocês dois fizeram.”
Fecho meus olhos, vazando mais lágrimas. “Layne está
bem?”
“Ela está bem. Preocupada com você, no entanto. Disse um
monte de coisas que ela não queria dizer.”
Saber que Layne está brigando com nossos pais por causa
do que fizemos me deixa enjoado. Arrastar Lucas para isso e
atrapalhar seu mundo me faz sentir ainda pior. Sou o pior tipo
de pessoa. Um câncer dentro da nossa família saudável,
machucando todos ao meu redor.
“Depois que seu pai se acalmou, ele conseguiu pensar
racionalmente de novo.” Nora diz, beijando o topo da minha
cabeça. “Ele não quer que você saia, querido. Ninguém quer.”
Esperança palpita dentro do meu peito, mas não sou
burro.
Não há como voltar disso.
“Decidimos que esta é sua chance.” Ela diz suavemente.
“Você pode avançar e ser o homem que sei que você é ou pode
continuar a agir como uma criança imprudente. Mas se você
ama Layne tanto quanto ela o ama, terá que nos mostrar que
está pronto para crescer.”
“Eu a amo.” Sussurro. “Sempre amei.”
“Eu sei.”
“Mas amo você, o papai e Lucas também. Não quero que
Layne tenha que escolher entre nós. Só quero que ela seja
feliz. Se eu precisar entrar para o exército ou sair da cidade,
eu irei. Isso vai me matar, mas eu faria isso por ela. Por todos
vocês.”
“Você não vai a lugar nenhum, filho. Você vai ficar aqui
conosco. Vocês dois ainda estão no ensino médio. E embora
cada um de vocês tenha dezoito anos, não acho justo
empurrá-los para o mundo por causa disso. Não quero perder
meus filhos. Não por causa disso.”
Meu coração gagueja no meu peito. “O que você está
dizendo?”
“Estou dizendo...” Ela diz com um suspiro pesado. “Que se
você acha que vocês dois querem ficar juntos, então vamos
permitir. Sob nossa estrita supervisão. Se você conseguir
melhorar suas notas e ficar longe de problemas, podemos
conversar sobre o futuro. Não quero que você destrua sua vida
mais do que já fez. Mas se seu pai e eu nos recusarmos a
deixar vocês se verem, vocês encontrarão um jeito de qualquer
maneira. Nós vamos perder vocês dois. Esta é a maneira de
mantermos nossos filhos.”
Sento-me, encontrando os olhos da minha madrasta. “Eu
a amo. Farei o que for preciso.”
“Nós não temos que resolver tudo esta noite. Hoje à noite,
quero que você suba para o seu quarto e durma. Amanhã,
vamos olhar para isso com novos olhos e lidar com isso como
uma família.”
Nora ajuda minha bunda bêbada a sair do carro e entrar
em casa. Uma vez que estou dobrado na minha cama, desmaio
quase imediatamente. Não é até que um corpo quente e
familiar se esgueira na minha cama mais tarde e me abraça
forte que percebo que talvez tudo fique bem.
Com Layne em meus braços, como poderia não ficar?
“Cart?”
“Sim, princesa da calçada?”
“Nós vamos mostrar a eles, não vamos?”
“Malditamente sim.”
“Um dia, todos nós vamos olhar para trás e rir.”
“Como quando a cidade descobrir e se espalhar por todos
os noticiários?”
Ela bufa uma de suas risadas fofas e pouco femininas.
“Dificilmente acho que somos dignos de notícia.”
“Posso ver as manchetes agora: Miss Condado de Hawk se
casa com meio-irmão delinquente.”
“Casa, hein?”
Encontro seus lábios no escuro. “Eu sabia que me casaria
com você no dia em que te vi. Não é minha culpa que papai
tenha se aproximado da sua mãe antes que eu tivesse a
chance de contar a alguém.”
“Você tinha doze anos.” Ela brinca, rindo.
“Quando você sabe, você sabe.”
“Nós vamos superar isso, Cart. Juntos. Você não está
sozinho.”
“Não.” Digo com um sorriso. “Tenho minha melhor amiga,
minha namorada e minha irmã para me ajudar a superar
isso.”
“Meia.” Ela diz. “E você é tão espertinho.”
“Você me ama, estrada.”
“Eu com certeza amo. Nunca se esqueça disso.”

🧡Espero que tenham gostado da história de Carter e


Layne!

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