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Capítulo 1

Olivia

Acabou. Minha mãe diz que eu não posso ficar em um…

Amassei a nota e joguei no lixo transbordando sem olhar para trá s. De todas
as colegas de quarto da universidade que tive ao longo dos anos, Tiffany deve ser
a pior. Ela nunca fazia a sua parte na limpeza e reclamava de tudo.

— Esses insetos acabaram de passar por baixo do fogã o... Nenhuma das luzes
do corredor está funcionando... Aquele vizinho está fazendo xixi no corredor de
novo!

Sé rio, o que diabos ela esperava pelo que estava pagando de aluguel? Ainda
assim, era alguma coisa, e sem sua parte, eu teria que escolher entre comer e pagar
o aluguel este mê s.

Com um suspiro melancó lico, tirei o pacote de Pop-Tarts1 do balcã o e joguei


de volta na caixa para mais tarde. Endireitei minhas costas e coloquei minha cara
de valente. Eu precisava de um plano para sair dessa bagunça.

Primeiro, eu precisava postar um anú ncio para um novo colega de


quarto. Nã o que fosse difícil encontrar algué m procurando um lugar para ficar,
estamos em Boston, a meca universitá ria do mundo. Você nã o poderia jogar um
livro sem acertar algué m querendo se livrar de seu colega de quarto insano. A
parte nã o tã o fá cil era descobrir qual era realmente o sensato.

Peguei meu telefone para entrar no quadro de mensagens da Universidade


e vi a hora, — Oh merda! Vou me atrasar!

1
Pop-Tarts - é um biscoito pré-cozido recheado produzido pela Kellogg.
Droga, Tiffany e seu drama, quando falei com ela ontem à noite, ela concordou
em me deixar pegar uma carona para a aula. Se eu soubesse que ela iria me
abandonar, teria me levantado mais cedo.

Felizmente eu já tinha tomado banho, entã o rapidamente alcancei o armá rio


e coloquei a primeira coisa que peguei. A combinaçã o de sué ter rosa claro e
leggings nã o era o que eu normalmente usaria na escola, mas já havia passado
alguns dias do dia da lavanderia e eu estava com pressa.

Puxei meu cabelo comprido em um rabo de cavalo rá pido e depois o


enrolei em um coque ainda mais rá pido. Tinha aquela sensaçã o bagunçada de
que parece que você acabou de chegar da praia, embora eu nã o a visse há muito
tempo. Um dia, disse a mim mesma. Um dia, eu passaria um ano inteiro na
praia.

Nã o tinha tempo para mais nada, entã o peguei minha mochila de macramê
e a joguei no ombro enquanto corria para fora da porta. Uma das vantagens do
meu apartamento era o acesso direto a um ponto de ô nibus que ia direto para a
Universidade - a desvantagem era que ele nã o funcionava com tanta
frequê ncia. Se você perdeu, tem um longo trajeto ou uma corrida de tá xi cara.
No momento, eu nã o tinha tempo nem dinheiro para isso.

Corri para fora do pré dio e quase tropecei no meu caminho descendo a escada
de paralelepípedos. Com um salto estranho e meio giro, consegui ficar de pé e pulei
no ô nibus com segundos de antecedê ncia.

— Ei Olivia, — o motorista do ô nibus gritou com uma risada fá cil, —


movimentos de dança elegantes.

— Obrigada, Sam, — eu ri de volta enquanto passava meu cartã o no


obliterador, — Perdi minha vocaçã o como rainha da discoteca.

— Nunca diga nunca, — ele gargalhou enquanto eu me afastava para me


sentar, — Se você sonha, faça isso!

Eu caí em uma cadeira vazia enquanto Sam cantava a letra de Dancing


Queen. Alguns anos atrá s, eu teria ficado mortificada com a troca, mas quando
olhei ao redor do ô nibus, vi um bando de frequentadores sorrindo e balançando a
cabeça ao som da mú sica desafinada. Com um movimento dramá tico de minhas
mã os, alcancei em minha bolsa e tirei algumas leituras leves para me ajudar
durante a viagem. Ouvi Sam começar a rir antes de voltar para sua mú sica e
sorri. Mesmo quando era uma merda, a vida podia ser boa.

Comecei a folhear meu fichá rio e de repente percebi que dia era. A vida nã o
era boa, era fantá stica pra caralho.

Era o dia de Nate.

Nate, ou melhor, o professor Nate Dalton era o homem mais deslumbrante


de cair o queixo que eu já tinha visto em toda a minha vida. Ele era o tipo de cara
que nã o apenas te deixava com a língua presa, mas te fazia babar em sua
presença. Ele tinha o rosto de um deus grego e um corpo que envergonharia
qualquer um deles. Alto, com aquele sorriso perverso sempre que algué m contava
uma piada. Se eu tivesse uma chance com ele, entregaria meu cartã o V2 em um
segundo. Na verdade, eu entregaria todo o baralho.

Ele era o tipo de cara que você nã o conseguia parar de olhar. Quando eu
estava na aula dele, tentava o meu melhor para manter minha mente nos estudos,
mas ele tinha aqueles olhos azuis penetrantes que simplesmente cortavam você e
derretiam você até o â mago. Mais de uma vez eu o peguei olhando para mim -
tenho certeza que nã o pelo mesmo motivo que eu o encaro - mas isso nã o impediu
o friozinho no estô mago de agitar de qualquer maneira.

E hoje ele era todo meu.

Bem, nã o todo meu, mas meio meu - por um curto período de tempo, pelo
menos.

Tudo começou no final do ano passado, quando Nate reuniu um grupo de


alunos para um grupo de estudos noturno. Quando digo que algumas garotas
desmaiaram quando a palavra noturno foi mencionada, nã o estou
exagerando. Está tudo sobre nos reunimos para analisar estudos de casos de
fusõ es e aquisiçõ es para empresas multinacionais em um esforço para definir
oportunidades futuras para comunidades carentes.

Ok, sé rio, nó s devoramos pizza e eu fico olhando para a bunda de Nate.

Mas a melhor parte vem depois do grupo, quando ele me leva para casa. Como
o ô nibus nã o funciona tarde da noite, ele gentilmente ofereceu seus serviços
quando necessá rio. Eu só desejo que seus serviços sejam estendidos para mais do
que apenas uma carona para casa.

Para mim, o tempo privado que passamos juntos é como o paraíso em um


Audi. Toda semana eu escorrego para o assento e rezo para ficarmos sem gasolina
em algum lugar privado. Isso ainda nã o aconteceu, mas eu joguei todos os cená rios,
entã o estou pronta para quando isso acontecer.

Olhei para o que estava vestindo e lamentei o dia em que conheci Tiffany. Eu
nunca teria me vestido tã o desleixadamente no dia de Nate se ela nã o tivesse me
ferrado. Nã o é como se ele nã o fosse me levar para casa por causa das minhas
roupas, mas na maioria dos meus cená rios, estou usando algo sexy que o
impressiona a ponto de ele largar tudo para ficar comigo. Acho que apenas tenho
que pensar em outro cená rio.

O ô nibus deu um solavanco e parou abruptamente, tirando-me de minha


ú ltima fantasia inspirada em Nate. Olhei para cima para amaldiçoar Sam pela
viagem acidentada e vi que está vamos na minha parada. Um rá pido olhar para

2
Perderia a virgindade.
seu sorriso fez meu rosto queimar. Peguei minha bolsa e corri para a porta com
um aceno rá pido em direçã o à frente do ô nibus.

Eu ainda podia ouvi-lo rindo enquanto corria para o pré dio.


Capítulo 2

Nate

— Sra. Burgess, — gritei casualmente, — um momento, por favor. — Voltei


a arrumar meu laptop para evitar os olhares dos outros alunos. Alguns estavam
saindo pela porta para caminharem até um pub, enquanto outros ficavam por
perto para acumular as ú ltimas fatias de pizza.

Olivia estava com o ú ltimo grupo. Ela dobrou algumas fatias em um


guardanapo de papel e as estava enfiando na mochila. Tentei desviar o olhar,
mas seu sué ter apertado e calças de ioga abraçavam suas curvas em todos os
lugares certos. Seu cabelo estava preso no alto da cabeça, nã o solto do jeito que
eu gostava. Passei mais do que algumas noites sem dormir pensando nos cabelos
dela espalhados no meu travesseiro.

Droga, eu estava fodido.

Uma estudante. De todas as mulheres que podiam fazer meu pau ficar em
posiçã o de sentido, escolhi uma aluna. Eles foram muito claros sobre as regras
quando aceitei este trabalho. Eu sabia as consequê ncias, mas, aparentemente,
meu pau nã o se importava com o có digo de conduta da universidade.

Olhei para cima novamente e vi Olivia inclinar-se sobre uma cadeira estofada
para abraçar um de seus colegas de classe. A curva perfeita de sua bunda estava
em plena exibiçã o para todo o grupo de estudo ver. Peguei Alan, um de seus
colegas, olhando para ela com apreço e senti a necessidade de esmurrar o idiota.

Sim, eu estava ferrado.

Por que insisti para que ela se juntasse a este grupo de estudos? Porque estou
louco. Claro, ela era a aluna mais inteligente e trabalhadora de todas as minhas
aulas e exatamente o tipo de aluna que o grupo de estudos foi projetado para
ajudar, mas eu ainda deveria ter ficado longe dela.

Ela era sexy com esse humor autodepreciativo que se destacava das
mulheres bonitas que eu normalmente conhecia. Como minha avó teria dito: ‘Essa
é para casar’. E isso era perigoso porque eu nã o estava procurando uma garota pra
casar. Eu tive isso uma vez e foi mais do que suficiente.

Porra.

Alan a agarrou em um abraço de adeus inapropriadamente longo e eu tive


que conter minha raiva. — Olivia, — eu repeti tentando conter meu
temperamento, — um momento, por favor.

Eu odiava essa merda de gato e rato. Se eu quiser levar um aluno para casa,
devo apenas poder levá -lo para casa. Eu nã o deveria ter que esconder isso da
escola. Nã o era como se eu estivesse dormindo com ela, eu estava apenas dando
uma carona para seu apartamento fora do campus para que ela pudesse frequentar
um grupo de estudos noturno patrocinado pela escola.

Era completamente inocente.

Agora, se nã o fosse pelo Reitor dos alunos montado na minha bunda, eu teria
levado Olivia para casa, fodido com ela até que ela nã o pudesse ficar em pé , e a
tirado do meu sistema. Mas nã o, fui relegado a agir como um colegial procurando
sua primeira dança lenta.

Tudo isso só para fazer um favor a ela. Eu olhei e a vi inclinar-se e envolver


os braços em volta dos ombros dele. O merdinha teve a coragem de deslizar as
mã os em direçã o a sua bunda.

— Olivia, — eu lati, — agora.

Ela o soltou e me lançou um olhar irritado. Eu reprimi meu sorriso e


levantei um arquivo para distrair. Esse pequeno filho da puta precisava aprender a
manter as mã os para si mesmo.

Olivia sorriu, jogou sua mochila por cima do ombro e caminhou até
mim. Droga, ela tinha o rebolar mais sexy.

— Entã o, professor Dalton, — ela gritou alto o suficiente para que os outros
ouvissem, — você tem aquele estudo do caso que eu estava perguntando antes?
Acho que vai realmente ajudar na minha tese.

Ela se inclinou sobre minha mesa e eu tive uma visã o melhor das curvas
sob seu sué ter apertado. Porra, eu precisava fazer algo sobre essa situaçã o antes
que meu pau explodisse.

— Sim, eu xeroquei uma có pia para você , — respondi, entã o me inclinei e


sussurrei mais suavemente: — Você tem que dizer adeus a todos? Você sabe que
vai vê -los amanhã .

Seu sorriso vacilou um pouco antes de ela pegar a pasta e jorrar alto, —
Obrigada, Professor Dalton! Você é um salva-vidas! — Ela parou por um momento
e sussurrou: — Sinto muito, você está com pressa? Devo tentar encontrar outra
carona para casa?

Merda, um olhar para sua carranca e eu me senti como um idiota. Eu


precisava sair disso, mas nã o neste exato momento. Nã o era como se ela vivesse
em uma parte segura da cidade, eu certamente nã o a deixaria para se virar sozinha
sem qualquer aviso. A pior parte da noite era deixá -la no buraco de merda que ela
chamava de casa. Eu tentei trazer à tona sua situaçã o de vida antes, mas ela
apenas mudou de assunto - e a menos que eu quisesse perder meu emprego, nã o
era da minha conta.

— Nã o, está tudo bem, — eu menti enquanto abria as mangas da minha


camisa, — Eu só nã o quero todo mundo por perto. Minha carreira estaria em perigo
se as pessoas erradas nos vissem sair juntos. — Eu sabia que era meio idiota
dizer isso, mas precisava preparar o terreno para acabar com isso.

— Sim, entendo, — ela corou, — Eu nã o gostaria que você se metesse em


problemas. Eu realmente aprecio você me levando para casa.

— Nã o é um problema, — cedi. Porra, se eu nã o me cuidasse, meu ú nico


trabalho seria ser motorista dela.

— Você está no mesmo estacionamento da semana passada? — Ela olhou


para mim com aqueles lindos olhos verdes e juro que, naquele momento, ser seu
motorista pessoal parecia bom. Eu nem sei por que me importava com o
trabalho. Nã o é como se eu precisasse do dinheiro - nã o que ningué m, exceto o
conselho de curadores, soubesse disso.

Tinha uma ó tima situaçã o no setor privado, mas tive uma ideia maluca
sobre usar minhas habilidades para tornar o mundo um lugar melhor. Mas eu
també m tinha outras habilidades e, naquele momento, nã o queria nada mais do
que usá - las em Olivia. Claro, se eu fosse pego em um escâ ndalo, minha
reputaçã o - e a dela
- sofreria.

— Sim, — eu respondi a ela e me perguntei por quanto tempo eu poderia


realmente continuar com isso sem arrancar suas roupas e levá -la na mesa, — Eu
te encontro lá fora em dez minutos.

Ela deu um aceno rá pido com a cabeça e girou nos calcanhares para sair
com nada mais do que um aceno rá pido para o resto do grupo. Peguei minha
jaqueta e a vesti enquanto a observava recuar. Ou melhor, seu traseiro
recuando. Enquanto ajustava minha gola, percebi que nã o era o ú nico
apreciando a vista e meu sangue começou a ferver.

Eu estava tã o fodido.
Capítulo 3

Olivia

O tema de Missã o Impossível estava passando por minha cabeça enquanto


esperava Nate chegar. Eu me inclinei contra uma cerca de ferro forjado em um
local que eu sabia que estava escondido das câ meras de segurança da universidade
e casualmente olhei ao redor para ter certeza de que nã o estava sendo
seguida. Alguns alunos deixaram o pré dio e eu abaixei minha cabeça para fingir
que estava enviando uma mensagem de texto. Nate estaria aqui em breve e iria
estragar tudo se eles passassem por mim agora, mas no ú ltimo momento eles se
viraram e se dirigiram para os dormitó rios.

Eu amo essa merda secreta.

Me escondendo e esperando ter Nate só para mim. Adicionava um nível de


excitaçã o à nossa volta para casa e eu precisava de mais animaçã o em minha
vida. Bem, empolgaçã o divertida, nã o uma emoçã o de merda. Nã o como a
emoçã o de perder uma colega de quarto e se preocupar em ganhar para o
aluguel e para comer. O cheiro de pizza saiu da minha mochila e meu estô mago
roncou. Pelo menos, eu tinha café da manhã , almoço e, se eu fosse cuidadosa, o
jantar marcado para amanhã .

Alé m disso, é claro, algum tempo sozinha com Nate. Acho que estava
abusando, mas eu realmente precisava daquela pizza - nã o tanto quanto eu
precisava dele para continuar me levando para casa, no entanto. Alé m do nosso
tempo sozinhos, este grupo de estudos era uma experiê ncia incrível e eu
esperava que isso me desse uma vantagem sobre um bom trabalho quando me
formasse no final do ano letivo.

Um vento frio soprou e eu bati os pé s e esfreguei as mã os. Eu adoro essa


estaçã o, mas nunca parecia me vestir direito para ela. Os dias eram quentes e
abafados, mas as noites eram geladas. Se eu tivesse meu pró prio carro, juro que
o encheria com uma jaqueta para cada estaçã o. Claro, entã o eu nã o precisaria de
uma carona para casa. Esfreguei minhas mã os nos braços e contei minhas
estrelas da sorte por nã o poder comprar um carro.
Bem na hora, Nate se aproximou e ouvi a porta destrancar. Deslizei
silenciosamente e tentei esconder minha excitaçã o enquanto colocava o cinto de
segurança.

— Pronta? — Ele perguntou. Ele foi educado, mas um pouco rígido. Isso me
preocupou.

— Sim, — respondi de volta e dei a ele meu sorriso mais brilhante. A luz de
dentro do carro diminuiu e eu me perguntei o que estava errado. Quando ele se
afastou do meio-fio, pude ver seus nó s dos dedos apertarem o volante, mas quando
nos afastamos da escola, ele começou a relaxar. Normalmente, conversamos
durante nosso passeio, mas esta noite era apenas silê ncio. Muito enervante.

— Entã o, professor Dalton, — eu finalmente disse, — encontrei uma mú sica


de que você pode gostar.

— Chega de sua mú sica, — ele zombou e balançou a cabeça, — eu tive


pesadelos por dois dias da ú ltima vez que você me fez ouvir sua mú sica.

— Essa nã o era a minha mú sica, — eu soltei, — Eu pensei que era


a sua mú sica.

Ele riu ainda mais, — Eu disse que gostava de rock e você achou que isso
significava GWAR?

— Bem, eu perguntei à minha colega de quarto e ela disse que eles eram os
melhores. — Foda-se Tiffany duas vezes. Ela nã o conseguia nem acertar uma
recomendaçã o de mú sica.

— Bem, nada mais de sua mú sica, entã o. — Ele riu e estendeu a mã o para o
rá dio, — Que tal apenas ouvirmos o rá dio.

— Nã o, — eu pulei, — Isso é realmente bom! — Vasculhei minha bolsa para


pegar meu celular e, em seguida, cliquei no aplicativo de mú sica antes que ele
tivesse a chance de me impedir. Quando Nate tinha a opçã o, ele geralmente ia
para alguma estaçã o de rá dio e acabá vamos discutindo política ou esportes
durante todo o trajeto. Eu nã o estava com humor para discutir com ele esta noite.

— Achei que deveria ouvir algumas das mú sicas com as quais você cresceu.
— Quando os primeiros acordes da mú sica encheram o carro, observei sua
expressã o: — Entã o, lembra disso?

— Ramble On? — Ele adivinhou corretamente: — Eu nã o cresci nisso. — Ele


fez uma pausa e olhou para mim, — quantos anos você acha que eu tenho?

Eu comecei a rir ao ver o olhar chocado em seu rosto, — Nã o, nã o, nã o... Eu


sei que é muito mais velho que você , mas é um clá ssico. — Eu nã o tinha ideia de
quantos anos Nate tinha, eu sabia que ele era mais velho, mas certamente nã o era
tanto. — Achei que seria melhor do que da ú ltima vez.
Na verdade, eu ia jogar Whole Lotta Love, mas achei que seria muito ó bvio,
entã o me acovardei e mudei para esta. Um minuto ou mais e a mú sica começou a
aumentar e eu relaxei no assento.

Nate bateu com a mã o no volante, e me perguntei se isso estava trazendo de


volta algumas memó rias antigas - mesmo que ele nã o admitisse.

— Entã o, — ele gritou por cima da mú sica, — como vã o suas aulas?

— Tudo bem, — gritei, — como estã o as suas? — Era a brincadeira de


abertura normal das semanas anteriores, e depois do dia que eu estava tendo,
eu estava feliz por isso.

— Estã o bem… — Chegamos a um sinal vermelho e Nate pegou meu


telefone e abaixou o volume para um nível razoá vel. Ele empurrou para o
suporte onde seu telefone geralmente ficava, pouco antes de a luz ficar verde.

— Estã o bem, — ele repetiu em um tom mais suave. A mú sica agora tocava
suavemente ao fundo e entre ela e os assentos, tudo parecia tã o aconchegante.
Se essa fosse uma das minhas fantasias, ele teria estendido a mã o para correr o
dedo pelo meu rosto antes de pegar minha mã o e beijar meus dedos - um por
um.

— Você ouviu alguma coisa do reitor sobre tornar isso mais permanente? —
Ele ainda era oficialmente um professor adjunto, embora estivesse dando aulas em
tempo integral.

Ele parou por um momento e entã o continuou hesitante, — Eles ainda estã o
esperando para saber se o professor Lambert está planejando voltar.

— Bem, entã o isso é uma boa notícia, — sorri para ele, — ele disse a todos
no ano passado que queria se aposentar.

— Talvez, — ele sorriu tristemente, — mas isso nã o significa que


eles me dariam o cargo.

Tive a sensaçã o de que Nate queria dizer mais, mas fez uma pausa e olhou
para a frente em vez disso.

Depois de um momento, continuamos com algumas brincadeiras amigá veis


enquanto avançá vamos pelo trá fego da madrugada, mas ambos ficamos mais
silenciosos quanto mais perto chegá vamos da minha casa. Fiz uma careta
porque, em comparaçã o com a universidade, esta parte da cidade parecia
muito mais sombria à noite. Algumas das luzes da rua estavam quebradas e
nunca pareciam ser consertadas, entã o a rua estava ainda mais escura, e isso
só fazia com que parecesse pior.

Eu podia ver suas mã os mexendo no volante, mas nã o no ritmo com a nova


mú sica tocando suavemente ao fundo. Era bastante ó bvio neste momento que
ele tinha algo a dizer, mas antes que pudesse se abrir, chegamos ao meu
endereço. Como um reló gio, ele parou atrá s do pré dio para que eu pudesse sair e
ir direto para o meu apartamento.

Entrando, eu acenderia a luz e ele saberia que eu estava em segurança lá


dentro. Era uma coisa boba, mas o deixava feliz e secretamente me fazia sentir
bem cuidada. Parte de mim sempre quis convidá -lo para subir, mas nã o ousei. Pelo
menos nã o com colegas de quarto, insetos e vizinhos que mijam no corredor.

Ele puxou o carro até à porta e se virou para mim. — Olivia, — ele começou
em seu tom de professor mais sé rio, — Eu queria conversar…

— Muito obrigada pela carona, Professor Dalton, — eu interrompi


enquanto colocava minha mã o na porta para sair. Normalmente, eu demoraria
um pouco, mas poderia dizer que aquele tom significava má s notícias, e eu
simplesmente nã o estava interessada em ouvir isso esta noite.

— Eu realmente acho que…

— Te vejo na aula! — Eu pulei do carro antes que ele tivesse a chance de se


despedir e alguns minutos depois eu estava subindo as escadas, ofegante e à beira
das lá grimas.

— Nã o hoje, — eu sussurrei suavemente. Nã o era assim que minhas


fantasias terminavam e certamente nã o seria como as coisas terminariam com
Nate.
Capítulo 4

Nate

— Droga, — eu xinguei na porta do pré dio de Olivia quando ela a fechou atrá s
dela. Nã o era assim que as coisas deveriam acontecer esta noite.

Quando está vamos saindo da escola, Dean Heller me alcançou e pediu para
falar logo de manhã . Deveria ter sido uma conversa de dois segundos, mas em
vez disso, ela ficou conversando um pouco. Já tive essa experiê ncia algumas
vezes e sei quando uma mulher está me sondando, mas nã o era isso. Era mais
como se ela estivesse esperando me pegar fazendo algo errado.

O que eu nã o estava.

Mas tenho certeza de que nã o iria parecer assim para ela.

Coloquei o carro em marcha e comecei a dar a volta no estacionamento


impossivelmente pequeno. Percebi, tarde demais, que havia um lugar vazio onde
sua colega de quarto costumava estacionar. Eu sabia que Olivia nã o estava feliz
com sua colega de quarto, mas fico imaginando - com o incentivo certo - se ela seria
capaz de buscá -la depois do grupo. Entã o, nã o seria eu quem a levaria para casa.

O som de uma batida me tirou do meu devaneio e me perguntei de onde


veio. Olhei para a janela de Olivia e a luz ainda nã o estava acesa, entã o completei
a volta enquanto esperava. Comecei a puxar para a frente para obter uma
melhor vista de sua janela quando o início de All Of My Love começou a tocar no
telefone. Ou melhor, em seu telefone.

Porra.

Estendi a mã o para tirar o telefone do gancho quando algo passou pelo canto
do meu olho. Um segundo depois, tive que pisar no freio porque algué m correu na
frente do meu carro. Iluminado pelos faró is, tive um rá pido vislumbre do olhar fixo
de uma criança. Ele parecia que era apenas um adolescente e estava vestindo uma
calça de moletom folgada e um capuz que cobria sua cabeça.
Meu coraçã o estava batendo rá pido, nã o porque eu estava com medo de ter
batido nele, mas porque algo estava errado.

Eu podia sentir isso.

Estacionei o carro e entrei em açã o. Hesitei ao chegar mais perto da porta do


pré dio. Nã o tinha uma campainha como a maioria das entradas, mas certamente
estaria trancada.

Estendi a mã o e a porta se abriu sem qualquer resistê ncia. Nã o só nã o


havia fechadura com chave na porta, nem mesmo uma trava. Como deixei Olivia
ficar em um lugar tã o inseguro? Subi as escadas dois degraus de cada vez e
rapidamente me orientei. Eu nunca tinha estado no pré dio, mas pelo menos
sabia qual janela pertencia a ela.

Nã o precisava saber qual era a porta dela, estava claro pelos pedaços de
madeira laminada no chã o. Corri em direçã o aos destroços, preocupado com o que
encontraria ali.

— Olivia, — gritei enquanto contornava a porta, — onde você está ?

O apartamento estava uma bagunça. A pouca luz que entrava pela janela
mostrava caixas abertas espalhadas pelo chã o, seu conteú do parecia estar
jogado em todos os lugares. Examinei a sala e vi a sombra de Olivia deitada de
costas. Ela nã o estava se movendo e o pensamento me deixou em pâ nico.

— Olivia! — Eu gritei e corri para ela.

— Nate! Nã o se mexa! — ela gritou de volta, — há vidro por toda a parte.

Estendi a mã o para encontrar uma lanterna e pensei ter visto o contorno de


uma caída no chã o. Eu fui pegá -la e ela me parou.

— Nã o essa aqui, — disse ela calmamente - mais calma do que eu me sentia,


— dê dois passos em frente até à janela e, à sua esquerda, há um interruptor na
parede.

Meu coraçã o batia forte no peito, com medo do que veria quando o ligasse. —
Você está bem? — Perguntei enquanto minhas mã os deslizavam sobre a parede
procurando o interruptor de luz.

— Eu- eu acho que sim, — ela disse, sua voz falhando levemente, — ele
passou correndo e me empurrou para a mesa de centro. O pedaço barato de merda
quebrou embaixo de mim.

Deve ter sido o estrondo que ouvi antes. Eu estava com raiva de mim mesmo
por nã o ter agido antes, mas tentei manter a calma. — Bem, talvez você nã o
devesse ter comido aquele pedaço extra de pizza, — eu tentei aliviar o clima
enquanto meu nível de frustraçã o aumentava, nã o conseguia encontrar o maldito
interruptor de luz.
Olivia soltou uma risada rá pida, — Na verdade, — disse ela, com a voz
ainda trê mula, — eu estava pensando que deveria ter escolhido uma mesa de
centro mais resistente no Natal Allston deste ano.

Devolvi a risada dela assim que minhas mã os acenderam a luz e eu


rapidamente me virei, pronto para avaliar a situaçã o.

Nã o parecia bom - mas poderia ter sido muito pior.

O tampo de vidro parecia ter explodido ao seu redor. A raiva estava lutando
contra o medo enquanto eu olhava para a cena. Eu nã o vi nenhum sangue, mas
um movimento errado poderia colocá -la em sé rio risco.

— Eu nã o sei como me levantar daqui, — ela disse enquanto suas mã os


tremulavam no ar. Comecei a me mover em direçã o a ela e ela gritou, — espere,
vá até à pia da cozinha e pegue as luvas de borracha.

— Por quê , — eu rosnei e comecei a fazer meu caminho até ela.

— Você precisa proteger suas mã os, — ela disse suavemente e eu parei. Vi


o olhar assustado em seus olhos e rapidamente me virei para a pia da cozinha.
Em parte, para pegar as luvas, mas també m para me dar um momento para
acalmar meus nervos.

— O que aconteceu aqui? — Eu perguntei enquanto procurava pelas luvas.

— Eu- eu realmente nã o sei, aconteceu tã o rá pido, — ela gaguejou, — acho


que nã o estava prestando atençã o. Achei que minha colega de quarto tinha
acabado de deixar a porta aberta e nã o percebi até tarde demais que algué m a
tinha quebrado.

E eu deixei o filho da puta fugir.

A raiva correu em minhas veias enquanto colocava as luvas e me virava


para tirá -la de lá . A parte inferior das pernas estava praticamente limpa dos
escombros, mas a parte superior do corpo estava cercada por vidro.

— Deixe-me olhar para suas mã os, — ordenei um pouco mais fortemente


do que havia planejado. Peguei meu telefone para acender uma luz sobre elas na
esperança de pegar um vislumbre de algo que nã o deveria estar lá . Elas estavam
quase limpas, exceto por alguns fragmentos que consegui remover facilmente.

— Ok, isso parece bom, — continuei calmamente, — a seguir vou levantá -


la, mas vou precisar da sua ajuda.

— Tire-me daqui e farei o que você quiser, — ela deixou escapar.

Tentei ignorar o rubor que se espalhou por suas bochechas, mas meu pau nã o
me deixou. O que havia de errado comigo, ela estava deitada no vidro e tudo que
eu estava pensando era como ela poderia me retribuir por tirá -la dessa bagunça.
— Eu preciso que você mantenha seu corpo perfeitamente reto enquanto a
levanto para que você nã o se machuque no vidro. — Eu vi o terror passar por seu
rosto e tentei acalmá -la, — você vai ficar bem, concentre-se em ser uma prancha.

— Ok, — ela sussurrou e bateu as pá lpebras, — eu posso fazer isso.

Peguei suas mã os e apoiei um pé contra os dela para criar um ponto de


articulaçã o. Com um puxã o rá pido, eu a levantei do chã o para que ela ficasse de
pé .

— Meu Deus! — ela gritou: — Você conseguiu!

— Nã o se mova, — eu sibilei enquanto ela tentava se afastar, — você ainda


pode ter vidro por todo o seu traseiro.

— Oh, certo, — ela riu e seu rubor aumentou, — como… er… como nos
livramos disso?

— Bem, vou ter que tirar suas roupas.


Capítulo 5

Olivia

Se algué m tivesse me dito que pousar em uma pilha de vidro seria a melhor
experiê ncia da minha vida, eu teria pensado que era louco. Mas enquanto eu
estava na frente de Nate, meu coraçã o batendo rá pido e minha mente tentando
acompanhar o que estava acontecendo, ele disse algo que eu estava ansiosa para
ouvir desde o dia em que nos conhecemos.

Ele queria me ver nua.

Ok, nã o foi exatamente isso que ele disse, mas era o que ele ia fazer comigo. E
eu estava apenas agradecendo à s minhas estrelas da sorte que algo finalmente iria
acontecer entre nó s.

Nate estava dando uma rá pida olhada em meu corpo inteiro, e enquanto suas
mã os deslizavam ao longo do meu corpo, percebi que aquelas mã os - suas mã os -
estariam examinando mais de mim do que qualquer outra pessoa já fez. Um
arrepio delicioso percorreu minha espinha com esse pensamento.

— Entã o, — minha respiraçã o estava superficial enquanto minha mente


corria com as perspectivas, — como fazemos isso? — Eu sabia que meu rosto já
estava vermelho de dizer a ele que faria o que ele quisesse se ele apenas me tirasse
daquela confusã o, mas agora eu estava quase tonta de antecipaçã o.

— Precisamos ter cuidado, — Nate falou tã o desapaixonadamente que


quase me esmagou. Se essa fosse uma das minhas fantasias, sua voz teria sido
mais sensual com um monte de duplos sentidos para me manter adivinhando.

— Nã o, — eu tossi levemente para esconder minha decepçã o, — nó s fazemos


isso aqui? — Eu olhei incisivamente para a porta quebrada que levava ao corredor
e depois para o meu corpo. Eu era totalmente a favor de Nate me ver nua, mas
nã o os vizinhos. Nã o que algum deles estivesse realmente me checando, eu nã o
morava nesse tipo de bairro.

— Oh, certo, — ele olhou para a porta por um momento e entã o estendeu a
mã o para fechá -la. Pegou uma cadeira da cozinha para segurá -la dessa forma e
depois voltou para ficar na minha frente. — Isso vai ter que servir por agora, até
que você tire a roupa.

Sem roupa, repeti para mim mesma. A qualquer segundo ele iria começar e
de repente eu estava dividida entre me jogar nele e querer rir. Respirei fundo e
tentei manter a calma. — O que você achar melhor, — consegui gritar e pensei
tê - lo visto esconder um sorriso malicioso.

— Primeiro, — ele se aproximou e sua voz agora era suave e profunda, — Vou
tirar seu sué ter.

Cerrei minha mandíbula para evitar que meus dentes batessem e me


perguntei por quanto tempo seria capaz de suportar a antecipaçã o. — Claro, —
gaguejei, — eu confio em você .

Um momento depois, ouvi o som de uma tesoura de cozinha cortando


contra mim e entrei em pâ nico, — O que você está fazendo? — Eu engasguei e
endireitei minhas costas.

— Nã o se preocupe, — ele respirou suavemente em meu ouvido, — este é o


caminho mais seguro.

Meu coraçã o bateu dolorosamente no meu peito com o pensamento dele


cortando as roupas do meu corpo. Mas nã o era com medo, mas com desejo. O que
estava errado comigo? Depois do que acabei de passar, eu deveria estar pirando.

Ouvi a tesoura cortar a bainha do meu sué ter e respirei fundo.

— Você vai me dizer se algo doer. — Deveria ser uma pergunta, mas parecia
mais uma ordem. Ele podia ser tã o mandã o à s vezes. — Olivia, — ele respirou de
uma forma que acelerou meu pulso e exigiu minha atençã o.

— S-sim, — gaguejei, — vou te dizer.

Qualquer medo que eu tinha foi interrompido quando senti seus dedos
deslizarem pelas minhas costas. Ele estava movendo cuidadosamente o material
para fora do caminho e lentamente expondo meu corpo a ele, centímetro por
centímetro glorioso.

Ocasionalmente, o puxã o era forte, mas na maior parte, ele era gentil, lento
e metó dico. Sua respiraçã o estava lenta e está vel enquanto ele trabalhava, e eu
tive que me lembrar de respirar com ele.

Aos poucos, ele cortou e removeu meu sué ter até que finalmente escorregou
do meu corpo e se amontoou no chã o. Eu podia ver a luz de seu telefone brilhar
contra a parede enquanto ele passava pelas minhas costas e braços procurando
por lascas perdidas. Fechei meus olhos e foquei em seus dedos deslizando sobre
meu corpo, examinando cada centímetro da minha carne. Era inebriante.
Senti o aço frio da tesoura deslizar pela minha espinha antes de parar na
faixa do meu sutiã . Arrepios explodiram na minha pele com o que estava por
vir. Ele hesitou por um momento antes de sussurrar em meu ouvido: — Quase
pronto. — Um momento depois, ele cortou meu sutiã que se juntou ao sué ter no
chã o.

Eu tive que resistir à vontade de levantar minhas mã os para cobrir meus


seios. Em vez disso, fiquei com as mã os ao lado, desejando que ele me
examinasse mais.

Como se estivesse lendo minha mente, ele gentilmente levantou meu braço
e passou a ponta dos dedos pelo meu lado, dançando sobre o meu seio. Era o cé u
e o inferno. As pontas dos dedos dele deixaram um incê ndio em seu rastro, e tudo
que eu podia fazer era manter minhas mã os quietas.

— Bem, isso nã o foi tã o ruim, — ele murmurou. Sua voz vibrou atravé s de
mim, e tudo que eu queria fazer era me encostar nele.

Em vez disso, meus olhos se fecharam e esperei que ele continuasse. No


que me dizia respeito, ele nã o conseguia tirar minhas roupas rá pido o suficiente.

Com o mesmo corte metó dico, ele fez um trabalho rá pido nas minhas leggings
e logo elas se amontoaram no chã o com o resto das minhas roupas. A luz
ricocheteou nas paredes novamente enquanto ele usava a lanterna para procurar
por pedaços de vidro perdidos. Quando a luz apagou, eu sabia que essa era a minha
chance.

Era agora ou nunca.

Respirei fundo e me virei para encará -lo. Sua expressã o estava calma por
fora, mas eu podia sentir uma tempestade se formando por baixo - ou o que eu
esperava que fosse uma tempestade. Joguei a cautela ao vento e fiz minha
jogada. Rolei na ponta dos pé s para me dar altura extra e coloquei minhas mã os
no alto de seu peito.

Com um gemido estrangulado, ele abaixou a cabeça e esmagou seus lá bios


contra os meus. Foi o momento pelo qual estava sonhando desde que conheci Nate,
e dei boas-vindas à invasã o.

A forma como seus lá bios reivindicaram os meus, como sua língua dançou ao
longo do meu lá bio inferior, a sensaçã o de suas mã os enquanto elas desciam
pelo meu corpo antes de descansar levemente em meus quadris. Aceitei tudo - e
muito mais. Nate seria o meu primeiro e isso era apenas o começo.

Seu há lito estava quente quando se misturou com o meu, e separei meus
lá bios de boa vontade para sua invasã o. Eu estava me afogando na intensidade
de seu beijo quando pensei tê -lo ouvido sussurrar, ‘isso é uma ideia tã o ruim’.
Um momento depois, suas mã os desmentiram essa afirmaçã o quando deslizaram
para segurar minha bunda e me puxar para mais perto.
Eu podia sentir seu desejo pressionado contra mim, e meu coraçã o disparou
quando seus lá bios continuaram sua exploraçã o. Meus dedos começaram uma
jornada por todo o comprimento de seu corpo e fiquei maravilhada que, mesmo
com suas roupas, podia sentir os cumes duros de suas costas. Comecei a fantasiar
- nã o pela primeira vez - como ele seria molhado de um banho quente ou coberto
pela metade com os lençó is frios da minha cama.

Enquanto meus pensamentos continuavam em sua viagem selvagem, respirei


seu cheiro. Era pura sexualidade masculina, e eu sabia que nã o vinha de uma
colô nia. Isso tudo era ele. — Eu nã o posso acreditar que isso está finalmente
acontecendo, — sussurrei, — Eu quero que você seja o meu primeiro.

Senti seus mú sculos enrijecerem sob meus dedos e me preocupei que ele fosse
parar. Com um leve gemido, enterrou o rosto na curva do meu pescoço e respirou
profundamente, quase como se estivesse inalando meu pró prio cheiro em troca. —
Oh, eu estou indo para o inferno, — ele rugiu em meu pescoço enquanto seus lá bios
me marcavam com seus beijos leves como uma pena.

Fechando meus olhos, minhas mã os serpentearam para enterrar meus dedos


em seus cabelos e puxá -lo para mais perto. Depois de todo esse tempo, saboreei a
sensaçã o de seus lá bios na minha pele, a forma febril como sua língua dançava
sobre minha carne. Meus dedos começaram a desenhar pequenos círculos em seu
couro cabeludo, e imaginei como seria explorar verdadeiramente o homem sob o
terno. A qualquer minuto, essa fantasia se tornaria realidade.

Tã o rapidamente quanto minha fantasia começou, o mundo real voltou ao


foco quando ouvimos vozes no corredor.

Abri meus olhos e vi a expressã o de Nate se fechar enquanto ele olhava para
a porta. — Vá se vestir, — ele ordenou enquanto colocava seu corpo
protetoramente entre mim e a porta quebrada. Nã o eram as palavras que eu
queria ouvir dele, mas dado tudo o que tinha acontecido, corri o mais rá pido que
pude para obedecer.
Capítulo 6

Nate

Eu estava indo direto para o inferno com um desvio pelo ridículo em


pú blico. Nã o só isso, mas eu estava sete tons de loucura para fazer o que estava
fazendo.

— Eu sei que é meio tarde, mas os caras ainda deveriam estar bebendo. Tenho
certeza que se eu mandasse uma mensagem para um deles me deixariam dormir…

Bastou um rá pido olhar na direçã o de Olivia para impedi-la de divagar. Como


se eu fosse deixá -la chegar perto de um grupo de garotos bê bados e excitados da
fraternidade. Seus dedos continuaram a girar em torno da franja do lenço rosa
brilhante em seu colo enquanto ela olhava para mim ansiosamente. De vez em
quando, seus olhos se voltavam para o banco de trá s, onde a maioria de seus poucos
pertences estavam empilhados. Eu sabia que alguns estudantes universitá rios
viviam em dificuldades, mas, alé m de um cesto de roupa suja transbordando, um
saco de lixo com um pouco mais de roupa e alguns cabos de alimentaçã o extras, ela
parecia carregar todos os seus pertences com ela todos os dias.

Paramos em um semá foro e percebi que o carro estava silencioso - silencioso


demais. — Tem certeza de que tem tudo? — Nã o foi a primeira vez que fiz essa
pergunta e pude sentir que ela revirou os olhos para mim novamente.

— O que mais eu poderia precisar? — O leve encolher de ombros contradiz


sua declaraçã o.

— Você nã o tem nenhuma foto? — Eu mal tinha feito a pergunta antes de


ela acenar com o telefone para mim. — Mú sica, filmes... — ela parou de acenar
com o telefone e apontou para o laptop aninhado em sua mochila, — livros…
você é uma estudante universitá ria, — eu suspirei, — você tem que ter livros. —
Com isso, ela pegou um e-reader e eu desisti. Agora vivíamos em um mundo
totalmente eletrô nico.

— Nã o me diga que você nã o tem todas essas coisas també m, — ela


repreendeu.
— Sim, — eu ri, — mas també m tenho uma TV, uma biblioteca…

— Eu tenho um cartão da biblioteca, — ela zombou e pela primeira vez desde


que a tirei de seu apartamento caindo aos pedaços, ela sorriu - um sorriso
verdadeiro.

Mesmo que ela tivesse uma porta funcionando, o que ela nã o tinha, era
ó bvio que o apartamento de Olivia nã o era seguro. Depois do que acabou de
passar, eu nã o poderia simplesmente deixá -la à pró pria sorte, certo? Tentei
dizer a mim mesmo que estava apenas sendo cavalheiresco, mas nã o foi o
cavalheirismo que a arrastou para fora daquele apartamento - foi o meu pau.

— Entã o, — ela falou lentamente, — para onde estamos indo?

Na pressa para pegar suas coisas e tirá -la daquele apartamento de merda,
eu nunca realmente contei meus planos. Eu nã o a culpo por estar no limite e
questionar meus motivos. Depois de gritar ordens para ela se vestir e arrumar
suas coisas, analisei um milhã o de cená rios diferentes em meu cé rebro. Cada um
foi dispensado em favor da ú nica opçã o que eu realmente queria - que Olivia ficasse
comigo.

Eu tinha que ser completamente louco. Tinha que haver outro jeito - um jeito
que nã o me banisse da universidade.

Depois de todo esse tempo tentando esconder qualquer indício de conduta


impró pria, eu iria leva-la para minha casa - temporariamente, é claro. Mas
enquanto minha libido arrastava meus pensamentos de volta para a forma como
suas curvas se ajustavam ao meu corpo e a forma como seus lá bios reagiam aos
meus, meu pau endureceu e me perguntei o quã o temporá rio tinha que ser.

Examinar cada centímetro de seu corpo foi a experiê ncia mais emocionante e
dolorosa da minha vida. Tentei ser o mais imparcial possível e me concentrar na
tarefa que tinha em mã os, mas essa era Olivia. Meus dedos podiam estar
examinando metodicamente seu corpo em busca de vidro, mas meus lá bios
estavam clamando para explorar cada centímetro dela. Acho que nunca fiquei tã o
animado com uma mulher, mas ao mesmo tempo revoltado com meu pró prio
comportamento. Para piorar, eu teria sido o primeiro.

Foda-se, eu estava tã o ferrado. Visõ es de Deans iradas com lanças estavam


passando pela minha cabeça quando Olivia colocou a mã o em meu braço.

— Nate?

Afrouxei meu aperto no volante e olhei para ela. Um sorriso estranho pairava
sobre seus lá bios, os lá bios que eu estava devorando nã o há muito tempo.

Porra.
A buzina soou atrá s de mim e olhei para o espelho retrovisor a tempo de ver
o motorista me fazendo um gesto obsceno. Pisei no acelerador e saí bem a tempo
de a luz amarela ficar vermelha.

— Umm... Nate? — Olivia puxou a mã o e percebi que ela pairava


protetoramente sobre o painel. — Você acha que talvez pudesse diminuir o ritmo?

Abrandei bem a tempo de virar em uma rua lateral arborizada e parar em


uma vaga de estacionamento vazia.

Olivia piscou com a mudança repentina e olhou em volta como se esperasse


que um carro de polícia ou aquele motorista irado viesse correndo atrá s de
nó s. Depois de um momento de silê ncio, ela finalmente perguntou:

— Onde estamos?

— Minha casa, — eu disse casualmente, e estudei seu rosto para qualquer


reaçã o, — você vai ficar comigo até que tudo fique resolvido.

Ela nã o se mexeu por um segundo - o segundo mais longo da minha vida - e


entã o eu a vi morder o lá bio para esconder um sorriso. Era pequeno, se a luz
estivesse um pouco mais fraca eu nã o teria visto, mas eu vi.

Eu estava tã o ferrado.

Saltei do carro e abri a porta traseira antes que ela pudesse dizer qualquer
coisa. Alcançando o saco pela corda, joguei-o em cima do cesto de roupa suja e puxei
os dois para fora. Estava pegando seu saco de lixo quando Olivia apareceu ao meu
lado.

Ela se encostou no carro e tentei ignorar a maneira como


sua minissaia justa subia uma fraçã o de centímetro mais alta quando ela cruzava
uma perna sobre a outra. Quando eu disse a ela para se vestir, ela mencionou algo
sobre o dia de lavanderia e achei que iria sair com uma camiseta surrada e
moletom. Eu certamente nã o esperava um minivestido justo, uma jaqueta de couro
e botas de salto alto. Fiz tudo o que pude para nã o arrancar també m essas roupas
de seu corpo.

Ela inclinou a cabeça para o lado e eu juro que ela sabia o que eu estava
pensando. Eu teria que me cuidar perto dela.

— Entã o, — ela falou lentamente e minhas antenas subiram, — Podemos


entrar?

Dei a ela meu olhar de professor mais severo e apontei para a


porta. Encontraria um lugar para ela ficar amanhã . Eu poderia aguentar uma
noite com Olivia sob meu teto, certo?

Observei-a subir as escadas e meu pau estava em posiçã o de sentido


novamente. Droga, ela tinha o melhor andar - indo ou vindo.
Esta era realmente uma ideia horrível.
Capítulo 7

Olivia

— Bem, isso nã o saiu como eu esperava.

Joguei pra fora o edredom fofo e pisquei contra a luz do sol da manhã que
fluía pelas janelas do chã o ao teto. Olhei para a lingerie babydoll colante que
coloquei na noite passada e me perguntei onde eu errei.

Depois do encontro mais íntimo da minha vida, coloquei minha roupa de


boate mais quente e decidi fazer Nate ser meu. Em vez disso, ele gritou ordens
como um sargento instrutor e mal me notou. Ele estava tã o quente e frio que eu
simplesmente nã o conseguia entendê -lo. Ele me queria ou nã o? Meu corpo nu o
desligou? Porque naquele beijo parecia que ele estava muito excitado.

Entã o, quando ele me trouxe para sua casa, achei que era um negó cio
fechado. Pensei que uma noite de sexo alucinante estava no meu futuro e
deslizei para um conjunto nunca antes usado. Fiquei surpresa quando ele me
levou a um quarto de hó spedes, fechou a porta na minha cara e nunca mais
voltou. Todo mundo teve tantos problemas para entregar sua virgindade? Achei
que os caras queriam estourar aquela cereja proverbial. Por que nã o a minha?

O ronco em meu estô mago me alertou para a necessidade de explorar minhas


novas instalaçõ es em busca de algo para comer. Eu teria apenas pegado a pizza
da minha mochila, mas deixei cair em algum lugar lá embaixo quando pensei
que precisaria das duas mã os. Até parece.

Alé m de nã o comer, també m nã o tinha ideia de que horas eram, a nã o ser


tarde. Quando eu tivesse a chance, teria que entrar em contato com Tisha para
obter as anotaçõ es da minha aula matinal. Essa seria uma conversa divertida.

Peguei meu minivestido de spandex e joguei no cesto de roupa suja com raiva,
em seguida, fui até minha bolsa de roupas limpas e as joguei na cama.

As escolhas eram muito escassas enquanto eu vasculhava a pilha e


finalmente decidi por um par de jeans desgrenhados e uma camiseta enorme. Eu
os coloquei e me olhei no espelho Cheval de tamanho real lindamente esculpido.
Honestamente, o espelho parecia melhor do que o reflexo. Meu cabelo
estava uma bagunça, eu tinha olheiras por falta de sono e parecia uma babaca.

— Bem, é hora de acabar com isso, — eu me solidarizei com meu reflexo antes
de sair pela porta.

Na noite anterior estava escuro e eu estava muito mais interessada em Nate


me guiando até o quarto e o que pensei que faríamos quando chegá ssemos
lá . Agora, enquanto eu caminhava pelo corredor livre que parecia Persa antigo e
de acabamento emoldurado cobrindo as paredes e o teto, eu estava tendo a
impressã o de que Nate era mais do que apenas um rosto lindo e um corpo quente
e incrível.

No final do corredor havia uma escada curva. Lembrei-me disso na noite


anterior, mas enquanto descia as escadas, fiquei maravilhada com o corrimã o
delicadamente entalhado. Eu nã o tinha percebido isso antes.

Quando cheguei ao saguã o - má rmore, é claro - vi meu reflexo em um espelho


enorme do corredor e comecei a repensar minha roupa desalinhada. Eu parecia tã o
deslocada ao lado de todo o má rmore, cristal e madeira polida.

Meu estô mago roncou de novo e deixei de lado minhas reservas. Nã o havia
nada que eu pudesse fazer a nã o ser tirar o melhor proveito dela.

— Nate? — Gritei hesitante e nã o ouvi nada alé m do clique maçante de um


reló gio de pê ndulo. — Professor Dalton?

— Aqui Olivia, — ele gritou, — Desculpe, estava no telefone.

Segui sua voz disfarçada até à s entranhas da mansã o. Cada passo me fazia
sentir mais e mais como se eu nã o pertencesse e, diante dessa realidade, só
havia uma coisa que eu poderia fazer.

Relaxe e divirta-se.

— Marco! — Gritei com uma dose saudá vel de falsa bravata.

— Pó lo! — Nate gritou de volta com uma risada.

Eu estava perto o suficiente para encontrar a porta certa e empurrei-a antes


que pudesse sair.

— Puta merda! —Coloquei minha mã o sobre minha boca e esperei que ele
nã o tivesse me ouvido. Nate apenas recostou-se em sua cadeira estofada atrá s de
sua mesa enorme e me observou fazer papel de boba. Um sorriso pairou em seus
lá bios e tive a impressã o de que ele estava se divertindo.

Afastei meus olhos dele para ver o resto da sala. Nã o foi difícil descobrir que
se tratava de uma biblioteca porque tudo que via eram livros. Livros, livros e olhe
aí, mais livros! Prateleiras de livros do chã o ao teto, estantes de livros antigos e
uma mesa de centro com livros cuidadosamente organizados.

— Quando você disse que tinha uma biblioteca, achei que se referia a uma
estante de livros, — eu disse, esquecendo minha hesitaçã o anterior. — Isso é
incrível!

— Estou feliz que você gostou. — Ele sorriu e acenou com as mã os, — você
nã o acha que é um pouco exagerado?

— De jeito nenhum! — No canto, vi uma escada rolante da biblioteca e corri


para dar uma volta. Nunca afirmei estar fisicamente coordenada, mas com um pé
em um degrau, empurrei o outro e facilmente subi na escada, passando por mais
livros que já li na vida. — Oh, cara! — Gritei, — Eu me sinto como a Bela em A
Bela e a Fera!

Nate foi pego pela minha emoçã o e riu junto. — Espere, — ele parou de rir de
repente, — isso nã o me torna a besta?

Quase caí da escada de tanto rir de sua expressã o de horror. — Bem, — eu


inclinei minha cabeça para o lado e o examinei de perto, — você precisa se barbear.
— Eu sempre tinha visto Nate barbeado, mas a barba de um dia em seu rosto era
sexy como o inferno. Senti o gosto daquela barba deslizando pelo meu corpo na
noite anterior e queria mais.

Nate deve ter lido meus pensamentos porque seu rosto se fechou e ele
lentamente se levantou da cadeira. Eu queria desesperadamente voltar à s
nossas brincadeiras despreocupadas e talvez dar outro passeio na escada, mas
aquele momento acabou.

Ele saiu de trá s da mesa e eu dei uma boa olhada em sua camiseta justa e
jeans de cintura baixa. Sua camisa era apertada o suficiente para mostrar as
linhas duras de seu peito e os mú sculos por baixo flexionaram enquanto ele
caminhava em minha direçã o. Quase babei ao contemplar a vista.

Minha atençã o foi desviada por um segundo quando ele passou por uma
enorme lareira de má rmore flanqueada por duas poltronas de couro estofadas. Eu
juro que a ú nica coisa que faltava era um charuto fumegante e um copo de
Brandy. Ele deu mais alguns passos e vi o carrinho de bebidas com uma garrafa
de cristal e duas taças de conhaque prontas para usar.

O mais perto que cheguei de beber algo tã o chique foi quando uma das minhas
mã es adotivas comprou um conjunto barato de taças em uma liquidaçã o. Aos doze
anos de idade, minha amiga Pam e eu usá vamos para beber nosso leite com
chocolate. A ideia de que Nate bebia seu Brandy em uma taça de cristal
enquanto estava sentado em sua cadeira de couro em frente à lareira de
má rmore meio que colocou as coisas em perspectiva.

— Entã o, — Nate hesitou, — provavelmente deveríamos conversar sobre a


noite passada.
Porra.

A ú ltima coisa que eu queria falar era sobre a noite passada. Eu queria uma
repetiçã o da noite passada, queria uma extensã o da noite passada, mas uma
conversa sobre a noite passada significava apenas uma coisa. Uma discussã o sobre
como a noite passada foi errada.

Foda dupla.

Nate veio para ficar bem na minha frente, perto o suficiente para que eu
pudesse olhar em seus profundos olhos azuis e conseguir um assento na
primeira fila para ver o que eu perderia. Ele teve a decê ncia de baixar um pouco
a cabeça enquanto me explicava como as coisas estavam ontem à noite.

— Eu queria ter certeza de que estava claro…

O discurso cuidadosamente escrito de Nate foi interrompido pelo rosnado


de quebrar a terra que emanou do meu estô mago. Eu teria ficado mais
envergonhada se nã o estivesse tã o aliviada.

— Desculpe, — eu fingi corar e acenei minha mã o na direçã o do meu


estô mago.

Um sorriso triste cruzou seus lá bios, — Nã o, se desculpe. — Ele pegou


minha mã o e me puxou para a porta, — Eu deveria ter percebido que você estaria
faminta.

Faminta por você , pensei, mas mantive minha boca fechada e o segui em
direçã o à cozinha. No mínimo, encerrei uma conversa que nã o queria ter, e talvez
até conseguisse alguns waffles. Nate parecia um cara do tipo waffles.
Capítulo 8

Nate

— Entã o, você cozinha muito? — Perguntei a Olivia enquanto caminhá vamos


em direçã o à cozinha.

— Bem... — ela riu, — Eu diria que entre as tortas e os jantares de micro-


ondas, minha comida envolve muita comida para viagem. — Seu queixo caiu
quando ela contornou a entrada e viu a reforma de ú ltima geraçã o. — Puta merda,
isso é bom!

Ela imediatamente foi até à ilha central e dançou com os dedos ao longo da
superfície lisa a caminho do forno duplo lado a lado com uma grelha superior.
De um lado estava embutida uma prateleira de vinho com a temperatura
controlada e do outro lado um forno a lenha de pizza.

— Cara, — ela estalou a língua e olhou para mim, — deve ser muito bom
reaquecer sobras de pizza neste menino mau.

Eu nã o pude conter minha risada. A maioria das mulheres com quem


namorei ao longo dos anos teria feito alguns comentá rios educados sobre o fato de
que minha governanta deve ter apreciado o upgrade antes de seguir para o Renoir
na biblioteca.

Olivia nem percebeu o Renoir. Na verdade, acho que se ela tivesse, ela nã o
teria se importado.

— Entã o, que tal bacon e ovos? Panquecas? Ou, talvez waffles? — Enquanto
eu corria para baixo a lista, de alguma forma eu sabia onde iríamos terminar. Ela
parecia uma garota tipo waffles.

— Bem, — ela objetou, — Eu nã o quero dar trabalho...


Enquanto preparava o café da manhã para nó s, contei a ela tudo sobre a
histó ria da velha casa3 enquanto ela revirava os olhos para mim.

— Vá para a parte boa, — ela brincou, — como você acabou aqui.

— Bem, na verdade, — eu comecei e a vi revirar os olhos novamente, — a


verdade é que eu herdei isso.

— Oh, — sua expressã o de repente ficou sé ria, — eu sinto muito.

— Obrigado, — ela me pegou desprevenido com o comentá rio e me perguntei


se ela havia perdido algué m pró ximo a ela. — Era a casa dos meus avó s e quando
eles morreram, ela estava vazia até que me mudei de volta para Boston no ano
passado.

— Suponho que nã o foram eles quem fez a reforma?

— Nã o, — eu ri, — meus avó s nã o teriam visto qualquer valor em um forno


de pizza.

— Bem, essa é a perda deles, — ela comentou com um movimento de sua mã o


e depois riu comigo.

Coloquei uma travessa de waffles na ilha e fiz sinal para ela pegar um dos
bancos do bar e comer. O brilho em seus olhos quando deu sua primeira
mordida me lembrou de por que eu adorava cozinhar. Peguei um waffle da pilha
e mordi com igual gosto.

— Entã o, — eu perguntei depois de algumas mordidas, — quais sã o seus


planos para hoje?

— Bem, eu perdi uma aula da manhã , mas com meu horá rio de trabalho, isso
acontece à s vezes. — Ela franziu o rosto de uma maneira que eu tinha visto quando
ela estava com raiva de si mesma: — Vou pegar as anotaçõ es com uma colega de
classe.

— Oh, esqueci de mencionar antes - sobre o seu apartamento, — eu a vi


estremecer e desejei nã o ter tocado no assunto, — Tenho um amigo no
Departamento de Polícia de Boston e entrei em contato com ele ontem à noite para
fazer um relató rio policial. — Ela acenou com a cabeça estupidamente e eu
continuei, — Eu també m contatei seu senhorio e expliquei a situaçã o.

Eu sabia que ela trabalhava em trê s empregos para se manter, e depois de


ver seu apartamento, eu só podia imaginar o quã o mal ela estava sendo paga
por esses empregos. Calculei mentalmente o quanto gasto apenas na reforma da
cozinha e coloquei as coisas sob uma nova perspectiva.

3
Brownstone – no original em inglês – estilo de casas antigas feitas de tijolo.
— Entã o, — tentei alegrar o clima, — Minha reuniã o da tarde foi cancelada
e eu só tenho alguns trabalhos para corrigir, entã o que tal sairmos juntos?

Estava louco por sugerir isso. Eu deveria estar encontrando uma maneira de
quebrar todo e qualquer contato com ela e estava me aprofundando mais. Vi seu
sorriso reaparecer e tudo que eu conseguia pensar era em seu corpo pressionado
contra o meu enquanto eu me enterrava nela. Eu me verifiquei mentalmente sobre
esses pensamentos inadequados. Ela era minha aluna a quem eu ajudava em um
momento de necessidade - a necessidade dela, nã o a minha.

Acabamos com os waffles restantes e discutimos o que queríamos fazer em


nosso dia de folga. Depois de uma discussã o muito acalorada sobre o tempo,
decidimos ficar em casa para que eu pudesse mostrar a ela a casa e as
melhorias. Depois disso - já que eu tinha uma televisã o - íamos assistir a um filme.

Mostrei a casa antiga a inú meras pessoas, mas nunca me diverti tanto quanto
com Olivia. Nã o havia uma sala, um recanto, uma fenda, que ela nã o comentasse
- bem, exceto para o Renoir. Ela nem mesmo o reconheceu - era glorioso. Gostou
dos banheiros atualizados e concordou comigo em manter a esté tica do velho
mundo nos outros quartos.

— Entã o, que filme você quer assistir?

Olivia estava sentada no meio do sofá em frente à TV de tela plana de grandes


dimensõ es. Ela tinha o controle remoto em uma mã o e a outra enterrada em
uma tigela de pipoca recé m-estourada.

Joguei os papé is que precisava corrigir na mesinha de centro e fui acender


a lareira.

— Oh, você nã o tem que fazer isso, — Olivia falou com um sorriso enorme
que me disse que eu deveria, de qualquer maneira.

— Bem, — respondi sarcasticamente, — você mencionou especificamente


cada lareira em toda a casa. — Eu olhei para ela e poderia jurar que ela estava
checando minha bunda enquanto eu estava curvado para acender o fogo, — Eu
meio que entendi a dica.

Ela teve a decê ncia de parecer envergonhada e rapidamente redirecionou sua


atençã o para escolher um filme. — Bem, obrigada, — ela sussurrou enquanto
clicava na lista. — Entã o, no que você está interessado?

Eu tive que me impedir de dizer, ‘Você ’. Se ela fosse dez anos mais velha e
nã o fosse minha aluna, eu estaria em cima dela. Mas como era, eu precisava
manter minha cabeça limpa. — O que você quiser está bom para mim, —
respondi em vez disso.

— Oh, que tal um documentá rio sobre os fabricantes de bonecas do sé culo 16?
— sua voz estava tã o excitada que nã o ousei olhar em volta.
— Umm, acho que seria uma experiê ncia de aprendizado maravilhosa, —
rebati.

— Ok, sabichã o, — ela riu, — que tal aquela aventura intergalá ctica que
saiu no ano passado?

— Aquele com aquela nã o sei quantas e aquele outro cara?

— Sim, — ela começou a clicar e um momento depois o filme estava


alinhado e pronto para ir.

Terminei de acender o fogo e me sentei no sofá ao lado dela. Eu tinha


planejado corrigir os papé is enquanto o filme estava passando, mas entre o
aconchego da lareira e seus comentá rios brilhantes, eu nem tinha dado uma
segunda olhada.

No meio do segundo filme, percebi que Olivia e eu está vamos aninhados


juntos sob um pequeno cobertor acolchoado. Meus braços estavam em volta dela e
seus dedos estavam dançando ao longo da minha coxa como uma pianista fazendo
có cegas nas teclas.

Depois de todos os meus planos para ficar longe dela, nã o tenho desculpa para
o que aconteceu a seguir.
Capítulo 9

Olivia

Agora, é isso que eu estava falando. Aninhada sob uma colcha na frente de
uma lareira, os braços de Nate me envolvem, puxando-me para perto. Depois de
um começo incrivelmente difícil, está vamos de volta aos trilhos e tentei nã o
pular de alegria.

Tudo começou de forma bastante inocente. Eu tinha acabado de tocar junto


com a trilha sonora do filme, que reverberou pela sala atravé s de seu som
surround. Com minha cabeça apoiada em seu peito e meus dedos dançando ao
longo de sua coxa, ouvi sua respiraçã o engatar e senti seu batimento cardíaco
acelerar. Percebi entã o que meus dedos estavam dançando perigosamente perto
da tenda que se formou em seu jeans.

Fantasias se tornam realidade.

Nate nã o poderia ter visto o sorriso malicioso que pairava sobre meus
lá bios enquanto eu dançava meus dedos cada vez mais perto da tenda, mas acho
que ele suspeitava disso. Gemeu quando cheguei ao alto e estendeu a mã o para me
manter lá .

Sua mã o estava quente enquanto cobria a minha, e quando as pontas dos


dedos dançaram sobre a superfície, senti que havia uma pergunta sendo
feita. Um ritual consagrado pelo tempo para o qual eu estava mais do que
pronta.

Olhei para cima para encontrar seus olhos semicerrados olhando para mim e
um sorriso malicioso combinando, brincando em seus lá bios.

— Você tem certeza de que quer fazer isso? — Sua respiraçã o estava
entrecortada de desejo, enquanto esperava pela minha resposta.

— Tenho vontade de fazer isso desde o momento em que nos conhecemos.

Um sorriso sexy cruzou seu rosto e um momento depois eu estava virada de


costas e presa sob seu corpo musculoso. —Entã o somos dois, — ele sussurrou
quando seus lá bios encontraram os meus.
Sua boca era macia e gentil enquanto ele me persuadia. Era diferente da
necessidade febril da noite anterior - diferente, mas tã o intensa. Sua língua
dançou habilmente ao longo da superfície dos meus lá bios antes de deslizar para
dentro com um impulso e uma estocada digna de uma medalha de ouro olímpica.

Nã o demorou muito para que todas as terminaçõ es nervosas do meu corpo


cantassem em antecipaçã o.

— Eu nã o deveria estar fazendo isso, — ele sussurrou e se afastou dos meus


lá bios machucados apenas para soltar beijos suaves ao longo do meu queixo. — Eu
realmente nã o sou bom para você .

A pergunta era mais retó rica, mas respondi mesmo assim. — Eu acho que
posso decidir o que é melhor para mim, — eu o desafiei, e entã o sibilei quando ele
beliscou minha orelha.

Ele ergueu a cabeça e riu da minha atitude. Quando seus lá bios se


aproximaram dos meus, dei a ú ltima risada. Eu me certifiquei de que seu
desempenho de calibre olímpico fosse igualado por meu pró prio trabalho sensual
de língua. Lambi seus lá bios antes de me lançar para dentro para prová -lo
languidamente em meus pró prios termos. Fui recompensada por meus esforços
com um rosnado baixo no fundo de sua garganta.

Depois de provocar seus lá bios até que ele estivesse ofegante, interrompeu o
beijo para olhar nos meus olhos. — Você aprende rá pido, — disse ele enquanto a
ponta dos dedos acariciava minha espinha.

— Tenho um ó timo professor, — respondi antes que ele baixasse a cabeça


novamente com um gemido estrangulado.

Conforme seu beijo continuou a se aprofundar, seu corpo ficou pesado em


cima de mim e eu me contorci um pouco para encontrar uma posiçã o mais
confortá vel.

— Pare com isso, — ele ergueu a cabeça e me repreendeu severamente. Seu


há lito quente beliscou meu pescoço exposto e eu poderia jurar que ouvi um rugido
baixo em sua voz.

— Está consumindo cada grama de energia que tenho para ir devagar com
você , — ele rosnou em meu ouvido antes de beliscar levemente meu ló bulo, —
Quero ter certeza de que você aproveite cada momento disso.

Agora eu entendia o que era tã o sensual em ter um cara rosnando comandos


em seu ouvido enquanto todo seu peso pressionava em você . Adicione isso à s
nossas memó rias recentes e minha respiraçã o começou a se aprofundar e meus
mú sculos começaram a ficar tensos. Maldito homem e sua voz sexy. Seu corpo
sexy. Seu tudo sexy.

— E você ? — Perguntei sem fô lego, — Eu quero que você aproveite


també m.
— Oh, nã o se preocupe, — Nate sussurrou enquanto dava leves beijos no meu
pescoço, — Eu pretendo desfrutar de cada centímetro de você .

Um arrepio delicioso percorreu meu corpo com esse pensamento. Tentei ficar
parada, mas a batida de seu coraçã o parecia ecoar por todo o meu corpo. Naquele
momento, agradeci aos cé us por todos os eventos que levaram a este momento.

A mã o de Nate escorregou debaixo de mim e subiu para segurar meu


seio. Memó rias de suas mã os tocando minha pele nua me fizeram querer mais,
mas como disse antes, ele nã o tinha pressa. Seu polegar desenhou círculos
preguiçosos em volta da minha aré ola de uma forma que me fez pensar que ele
realmente gostava de me torturar.

Quando sua mã o finalmente desapareceu sob a minha camisa para


serpentear ao longo da minha pele, as pontas dos dedos deixaram um rastro de
fogo. Ele facilmente afastou minha camisa e mergulhou sob meu sutiã
esportivo. Eu estava pensando em como gostaria de ainda estar com aquela
lingerie babydoll quando ele começou a acariciar meus seios. Arqueei minhas
costas em sua mã o enquanto a ponta endurecia sob seu toque magistral.

Meu corpo estava respondendo a ele de uma maneira que nunca havia sentido
antes e eu queria mais. Gritei quando sua boca desceu sobre meu peito. Nate
respondeu circulando o pico duro com a língua até que movi meu pé por sua perna
e cavei meu salto em sua coxa. Ele mordiscou levemente minha carne tenra, cavei
minhas unhas em suas costas e gemi.

— Nã o quero esperar mais, — gritei enquanto ele se dirigia ao meu outro


seio.

— Eu digo, — ele ergueu a cabeça e me deu uma piscadela, — que mudemos


isso para algum lugar mais confortá vel para que possa te dar uma boa foda.

Era isso que eu queria ouvir. Bolhas de excitaçã o brotaram dentro de mim,
mas foram rapidamente substituídas por nervosismo quando Nate se
levantou. Privado do calor de seu corpo, ansiava por senti-lo ao meu lado
novamente. Como se estivesse lendo minha mente, ele rapidamente me puxou
do sofá para seus braços.

Capturou meus lá bios em outro beijo, e enquanto ele lentamente me abaixava


no chã o, tirou minha camisa e sutiã esportivo. Era um truque legal e que eu
queria replicar nele. Estendi a mã o e dancei meus dedos ao longo de sua cintura
para agarrar sua camisa, em seguida, puxei-a sobre sua cabeça.

Meus movimentos nã o foram tã o rá pidos, mas finalmente ver os mú sculos


que ele mantinha escondidos o tempo todo foi como abrir um novo mundo.
Meus olhos praticamente saltaram da minha cabeça e levei tudo que eu tinha
para resistir à vontade de bater meus dedos em seus peitorais.

Nate viu minha expressã o, agarrou minha mã o e se dirigiu para a


porta. Enquanto passavamos pelo saguã o e subíamos a escada curva, ele
arrancou
nossas roupas para se certificar de que nã o teríamos que perder mais
tempo. Quando chegamos ao patamar, olhei e vi nossas roupas espalhadas por
toda a parte abaixo.

Ele me levou alé m do quarto em que fiquei na noite anterior em direçã o ao


grande quarto principal que ele havia me mostrado em nossa excursã o
anterior. Nã o tive tempo de apreciar a decoraçã o quando ele me levantou e me
jogou na cama.

Eu o vi parado em cima de mim com uma expressã o de lobo que fez minha
boceta escorregar de necessidade. Um momento depois, ele agarrou meus
tornozelos e me puxou para a beira da cama tã o rá pido que tive que agarrar
para ter certeza de que nã o escorregaria. Ele se inclinou para a frente,
avançando lentamente até que eu pudesse ver o brilho em seus olhos.

— Entã o, — sua voz estava carregada de necessidade, — você tem certeza


disso?

Ele estava tã o perto que eu podia sentir seu pau cutucando contra mim. Eu
queria muito isso e estendi a mã o para agarrá -lo. Claro, ele tinha outros planos
em mente.

Seus olhos brilharam para mim quando ele começou sua missã o. Assisti
com desejo indisfarçá vel enquanto ele me beijava e lambia percorrendo meu
corpo. Parou em meus seios para sugar primeiro um, depois o outro botã o sensível,
beliscando cada um até doer. Eu já estava tã o molhada que nã o tinha certeza se
conseguiria aguentar mais. Tenho certeza de que ele percebeu porque um
sorriso sujo ergueu o canto de sua boca antes que ele continuasse abaixando.

Chegou à beira da cama, deslizou e se ajoelhou entre minhas coxas. Eu estava


animada e apavorada com o que ele faria a seguir. Ele gentilmente afastou
minhas pernas antes de lamber os lá bios e abaixar a cabeça entre as minhas
coxas.

Enrolei meus dedos na colcha da cama enquanto a ponta de sua língua subia
e descia ao longo da minha fenda. Quando choraminguei debaixo dele, ele dobrou
seus esforços, deslizando com força para cima e para baixo antes de empurrar
contra minha abertura apertada.

Era fantá stico.

Eu o queria mais profundamente dentro de mim, mas ele ignorou minhas


demandas em favor de se concentrar no meu ponto sensível. Nã o foi até que cavei
meus dedos em seu cabelo e implorei por sua liberaçã o que ele cedeu.

Bastou um movimento de sua língua. Isso foi tudo o que eu precisei para
baixar a cabeça para trá s e fechar os olhos com tanta força que vi estrelas. Uma e
outra vez ele me provocou e eu gritei quando meu corpo explodiu sob seu toque
perito.
Eu estava flutuando no primeiro de meus tremores antes de ser capaz de
falar. Minha voz estava á spera enquanto implorava a ele. — Eu quero você
dentro de mim, — sussurrei enquanto estendia a mã o para agarrá -lo e puxá -lo
para perto,
— Preciso de você agora.

— Absolutamente, — ele murmurou enquanto me posicionava no centro


da cama.

Nate se segurou e pressionou contra meu sexo, assim como tinha feito com
sua língua momentos antes. Lentamente, ele se puxou para cima e para baixo ao
longo da minha fenda, cobrindo-o com meus sucos. Quando empurrou contra
minha protuberâ ncia sensível, meu corpo estremeceu contra ele. Ele apenas
gemeu e empurrou novamente.

Com um impulso final, ele deslizou para a minha abertura. Sua voz estava
carregada de desejo quando ele falou. — Agora é minha vez.

Meu corpo inteiro acalmou quando ele empurrou em minha abertura. A


pressã o era intensa quando pressionou a enorme cabeça contra minha pequena
fenda, mas quase imediatamente o mú sculo cedeu à s suas demandas. Houve
uma pequena picada quando rapidamente deslizou para dentro enquanto eu
gritava contra a invasã o.

— Baby, relaxe, — ele gemeu e deslizou mais fundo, minha humidade


facilitando sua jornada.

— Você é tã o grande, — eu gritei e passei meus braços ao redor dele.

— Você é apertada pra caralho. — Sua voz rouca passou por mim e
comecei a sentir um puxã o agora familiar em meu nú cleo enquanto ele
afundava, lentamente me esticando para caber seu tamanho. Foi doloroso e
delicioso ao mesmo tempo.

Aos poucos, ele empurrou para dentro e parou apenas quando chegou ao meu
ventre. A gloriosa sensaçã o de estar completamente preenchida por ele foi
avassaladora e ficamos assim por um momento para saborear a sensaçã o. Seus
lá bios capturaram os meus em um beijo ardente e os meus responderam na mesma
moeda.

Depois de um momento, ele puxou para fora - lento e cuidadosamente -


deixando apenas sua cabeça grossa presa dentro de mim. Sua ausê ncia deixou
para trá s uma dor surda e meus mú sculos agarraram-no com força e tentaram
puxá -lo de volta para dentro. Ele obedeceu e deslizou de volta - lento e
profundamente.

— Você é incrível, — Nate rosnou antes de puxar novamente.

Eu tinha aberto minha boca para falar quando ele mergulhou para a frente e
inseriu seu comprimento inteiro em mim em uma busca fluída. A sensaçã o foi
avassaladora. Cada centímetro dele me preencheu. Me esticou. Foi incrível, sim, e
deixei escapar um gemido baixo de apreciaçã o.

Ele riu contra os meus lá bios e puxou novamente, mais rá pido desta vez,
antes de empurrar de volta para dentro. Com cada impulso, eu parecia apertar
em torno dele ainda mais. Todos os mú sculos do meu corpo ficaram tensos quando
ele empurrou novamente, ainda mais fundo desta vez, me enchendo mais do que
eu pensava ser possível.

Ele começou a se mover mais rá pido, empurrando profundamente, em


seguida, puxando para fora com a mesma rapidez. Com cada impulso, eu
apertava mais em torno dele. Nã o conseguia o suficiente.

Mais rá pido. Mais fundo. Mais fá cil. Mais duro. Seus grunhidos rítmicos
encheram meus ouvidos.

Ele estava em cima de mim. Ao meu redor. Dentro de mim. Eu respirei seu
ar e inalei seu cheiro almiscarado. Nã o conseguia o suficiente dele.

Ele gemeu, profundo e longamente, enquanto se enterrava dentro de mim e


entã o um estremecimento intenso devastou seu corpo.

Seu pau grosso pulsou quando ele reclamou sua posse e meu pró prio grito de
ê xtase saiu dos meus pulmõ es para se juntar a ele.

A liberaçã o repentina me pegou de surpresa, uma vez que rasgou meu


corpo e me mandou para outro lugar e tempo. Fechei meus olhos e o ouvi
grunhir enquanto continuava a derramar dentro de mim.

Meu corpo estremeceu em torno dele. Agarrando. Espremendo. Ordenhando


cada gota de prazer de seu corpo. Ele era meu e eu nã o queria deixá -lo ir.

Ele retirou-se lentamente e eu gemi meu descontentamento com a


perda. Quando ele rolou, me pegou em seus braços e me puxou para perto de seu
peito. — Olivia, — murmurou em meu cabelo enquanto cochilava, — Eu nã o sei
para onde isso vai dar, mas seja onde for, eu quero você ao meu lado.

Foi perfeito, foi uma bê nçã o e eu nã o podia esperar pela pró xima vez.
Capítulo 10

Nate

— Srta. Burgess, — gritei casualmente, — um momento, por favor. — Eu a


observei se inclinar para abraçar seu amigo Tim em um adeus e a raiva brotou
dentro de mim novamente. Fazia um mê s desde que ela se mudou para minha casa
e a ú nica coisa que eu mudaria seriam seus amigos homens.

Ela me lançou um sorriso irô nico na tentativa de aplacar minha


raiva. Quando voltá ssemos para casa mais tarde, eu mostraria como ela poderia
me acalmar. Tinha sido a mesma coisa todas as semanas apó s o grupo de estudo
com ela me deixando com ciú mes e eu levando-a para casa e apagando a ideia de
qualquer outro homem de sua mente - e de seu corpo.

Tim tentou puxá -la para seu colo e meus olhos se estreitaram sobre ele
como um falcã o indo para a morte.

— Olivia, — eu lati, — agora.

Olivia deu um golpe de lado em seus avanços e deu um aceno de adeus para
o resto do grupo antes de andar até mim.

Droga, eu amo como ela se move.

— Professor Dalton, — ela gritou, — você achou aquele livro recomendado


para mim?

— Matreira, — eu sussurrei quando ela se aproximou o suficiente, — Eu me


pergunto se Tim quer essa recomendaçã o també m.

Ela revirou os olhos e acenou com a mã o com o pensamento. — Para sua


informaçã o, — ela me disse maliciosamente, — eu disse a ele para ficar com o
colo para si mesmo.

Eu ri disso e olhei para Tim, sentado na cadeira, parecendo


abatido. Boa. Bem feito para o filho da puta.
— Entã o, encontro você lá fora em alguns minutos?

Balancei a cabeça enquanto ela passava por sua multidã o de admiradores e


tentei conter o ciú me. Eu nã o estava tendo muita sorte quando meu telefone me
alertou para uma mensagem de texto.

Mal posso esperar para te ver neste sábado à noite. - GM

Merda, com toda a empolgaçã o com Olivia, esqueci completamente sobre


sá bado à noite. Peguei meu laptop e o coloquei na minha bolsa antes de sair pela
porta. No momento em que cheguei ao carro, meus polegares estavam cansados de
enviar mensagens de texto.

Levei o carro para a frente do pré dio a tempo de ver Olivia pulando para cima
e para baixo para se aquecer. Destranquei o carro e ela saltou.

— Que diabos, — ela gritou, — por que você demorou tanto? Está congelando
aqui fora.

— Bem, Tim parecia tã o solitá rio, — brinquei, — pensei em dar uma volta
no colo dele.

— Oh, foda-se, — ela riu e esfregou as mã os na frente do aquecedor. — Mas


realmente, o que aconteceu?

— Bem, — eu hesitei, sem ter certeza de como isso iria acontecer. Desde que
ela se mudou, estivemos em uma bolha íntima de escola e sexo - em parte porque
eu nã o conseguia o suficiente dela, mas també m porque nã o podíamos tornar nosso
relacionamento pú blico. — Há uma festa no sá bado.

— Uma festa em Alpha Phi4? — Ela ergueu a voz até um guincho e


acrescentou: — Oh meu Deus, vai ser tã o divertido!

— Nã o, — eu ri, — é o aniversá rio de bodas de diamante dos meus avó s. —


Antes que ela pudesse perguntar, acrescentei: — Sã o 75 e sã o os outros avó s.

— Oh, — ela parecia um pouco abatida, mas fez o possível para esconder. —
Bem, divirta-se.

— Na verdade, eu esperava que você fosse comigo.

— Oh-bem-umm... sim, eu adoraria. — Os dedos de Olivia enrolaram o


lenço em volta dos dedos enquanto eu dirigia. Passaram-se alguns quarteirõ es
antes que ela finalmente falasse de novo: — Estou pensando que uma festa de
bodas de diamantes será algo chique.

— Sim, — respondi distraidamente enquanto manobrava meu caminho


atravé s do trá fego, — eles estã o tendo no castelo.

4
Fraternidade.
— Eles possuem um castelo?

— Nã o, — eu ri do grito dela, — eles estã o tendo isso em um local chamado


castelo. Eles estã o convidando todos que eles conhecem e tenho certeza que
algumas centenas que eles nã o conhecem. — Eu estava tentando me
desenvencilhar do cruzamento e nã o estava prestando atençã o ao que ela dizia -
ou melhor, ao que ela nã o dizia.

— Nate, eu adoraria ir com você , mas realmente nã o acho que meu


minivestido seria apropriado.

— Eu amo esse vestido, — eu rosnei, — ele escorrega tã o facilmente.

Olivia corou e escondeu o rosto nas mã os. — Isso nã o ajuda, — lamentou ela,
— nã o quero envergonhá -lo na frente de sua família.

Parei o carro em uma vaga de estacionamento vazia e me virei para dar-lhe


toda a atençã o. — Baby, você nunca poderia me envergonhar.

— Mesmo se eu aparecesse no 75º aniversá rio de casamento dos seus avó s


parecendo uma stripper?

— Oh, — suspirei, — meu avô adoraria que eu lhe desse uma stripper...
minha avó , nem tanto.

— Nate…

— Que tal comprarmos algo apropriado para você vestir, — interrompi e


apontei para a vitrine de uma loja de vestidos de luxo. Depois de alguns minutos
de negociaçõ es sobre como ela achava que eu nã o deveria e minha correçã o de que
eu deveria, nó s caminhá mos para a loja onde uma vendedora bastante arrogante
levantou todos os obstá culos.

— Bem, a senhora deve ter a lingerie certa para combinar com essa alta
costura, — Senhorita Madeline estava dificultando para Olivia depois que ela
recusou o preço de um conjunto de sutiã e calcinha. Pessoalmente, achei que ela
deveria comprar em vá rias cores e acenei para a Srta. Madeline para
acrescentar isso.

Olivia parecia que estava se aproximando rapidamente do fim de sua


paciê ncia com todo o assunto e fez sinal para que eu a seguisse até o
vestiá rio. Assim que entramos lá , ela se virou contra mim.

— O que você está fazendo? — Ela estava andando de um lado para o outro
dentro da sala privada, e eu podia ver a raiva de Olivia refletida em vá rios
espelhos.

— Nate, você nã o pode simplesmente comprar coisas para mim, — ela bufou
e eu me perguntei como seria deixá -la nua em uma sala cheia de espelhos. Nã o
conseguia tirar meus olhos das mú ltiplas vistas que os espelhos
me apresentavam. Era inebriante. Ela era inebriante.

— Você está me ouvindo? — Com uma bufada, ela começou a tirar o vestido
que estava experimentando. Isso chamou minha atençã o.

Ela foi capaz de puxar o zíper parcialmente para baixo e se virou para mim
em busca de ajuda. Estendi a mã o para deslizar o zíper por todo o comprimento
dela e me deleitei com a maneira como expô s sua pele sedosa por baixo. Quando
tirou o vestido e o colocou de volta no cabide, eu me sentei em um sofá pró ximo
para assistir ao show.

Olivia ainda estava andando de um lado para o outro, mas com seus saltos
altos e o novo conjunto de sutiã e calcinha era mais como um desfile da Victoria
Secret. Mas particular. Só para mim. De vez em quando, seu ritmo se
transformava no andar sexy que eu tanto amava e nã o podia esperar que ela
despisse com raiva o resto de suas roupas.

Em um ponto, ela estendeu a mã o para prender o cabelo em um coque, e a


maneira como seus seios saltaram quando ela jogou a cabeça para trá s fez meu
pau martelar contra minha calça. Eu me inclinei para trá s para me dar algum
espaço e coloquei minhas mã os atrá s da cabeça. Esse show valeu cada centavo que
eu gastaria no caixa.

— O que as pessoas vã o pensar? — Ela perguntou enquanto estendia a mã o


para abrir o sutiã . Fiquei dividido entre o espelho que destacava seus seios e o que
focava sua bunda. Eu estava jogando pingue-pongue entre os dois quando ela se
sentou no meu colo para obter ajuda com o fecho. — De que diabos essa coisa é
feita?

Deslizei meus dedos por suas costas e abri o fecho sem muito esforço. Eu vi
seus seios balançarem quando fiz isso, e estendi a mã o para segurá -los. A visã o
das minhas mã os moldadas em seus seios como seu sutiã cumpriu todas as
fantasias de adolescente que eu já tive. Inclinei-me para beijá -la de volta enquanto
ela tirava a lingerie e a dobrava em uma pilha delicada.

— Quer dizer, — ela continuou seu discurso retó rico, — eu nem sei como elas
conseguem coragem. — Eu nem tenho certeza se ela percebeu o que eu estava
fazendo.

Ela se moveu para se levantar e eu aproveitei a oportunidade para deslizar


meus dedos por seu corpo e prendê -los no pedaço de tecido que a loja considerava
calcinha. Quando ela se levantou do meu colo, deslizei a calcinha sobre sua bunda,
para baixo em suas pernas e, em seguida, segurei enquanto ela saía delas. Apenas
com seus sapatos de salto alto, ela pegou a calcinha e a jogou no balcã o.

Quase gritei bravo quando eles pousaram em cima do sutiã dobrado. Em vez
disso, voltei a assistir ao show, em todos os â ngulos que meus olhos famintos
puderam ver.
Depois de alguns minutos, ela viu meu sorriso perverso e veio
verificar. Quando se aproximou o suficiente para que eu a alcançasse, puxei-a para
cima de mim. Ela pousou com as pernas em cada lado das minhas. Era como se
estivesse pronta para ir e estendi a mã o para segurar sua bunda e puxá -la para
mais perto.

— Você estava me ouvindo?

— Nã o, — eu disse antes de me inclinar para chupar seu seio.

— Oh meu Deus, Nate, — ela uivou ao perceber o que estava acontecendo, —


nó s nã o podemos. Aqui nã o. Algué m vai entrar!

Eu ri quando minha língua circulou seu mamilo. — Ningué m está entrando,


— assegurei-lhe antes de passar para o outro seio. Tive um vislumbre de seu
reflexo e a vi arquear as costas para empurrar os seios para mim e baixar a
cabeça para trá s em puro ê xtase. Redobrei meu esforço e deslizei uma mã o para
trabalhar seu clitó ris.

Em nenhum momento, ela estava resistindo contra mim procurando por


sua libertaçã o. Mesmo com minhas roupas, eu nã o estava muito atrá s dela.
Quando ela se abaixou para abrir o zíper da minha calça, pensei que fosse
explodir.

Com um pouco de manobra, meu pau foi liberado apenas para ser engolido
por sua boceta molhada um momento depois. Ela me pegou forte com um golpe
rá pido, e eu tive que me controlar para nã o gozar antes dela.

A versã o ao vivo de Olivia selvagem era incrível, mas vê -la me cavalgar de


tantos â ngulos diferentes tinha meus olhos grudados nos espelhos. Eu podia ver
sua boceta me engolir inteiro em um espelho e assistir seus seios saltando
ritmicamente em outro. Eu queria tudo. Tudo isso. Tudo dela.

Fechei meus olhos para ficar longe da minha liberaçã o e agarrei suas mã os
quando ela as pressionou no meu peito para me apoiar. Um momento depois,
ela gritou sua libertaçã o e eu imediatamente a segui pelos portõ es da felicidade
pura.

Ela bombeou para cima e para baixo em mim algumas vezes antes de desabar
contra meu peito, respirando pesadamente e exausta.

— Bem, eu vou te dizer uma coisa, — sussurrei quando consegui recuperar


minha voz, — vamos definitivamente pegar aquele conjunto de sutiã e calcinha.
Capítulo 11

Olivia

Eu me senti como a realeza entrando na festa de aniversá rio com


Nate. Estava usando um vestido de estilista extravagante e sua lingerie favorita
agora, mas acima de tudo, eu tinha Nate no meu braço. O acessó rio mais sexy de
todos os tempos.

— Nathanial, — uma mulher idosa gritou e o mar de convidados se dividiu


na frente dela enquanto ela mancava até Nate.

— Vovó , — ele gritou antes de se curvar para envolvê -la em um abraço


caloroso. — Feliz Aniversá rio!

— Oh meu garoto, — sua avó falou, — tã o bom que você pô de vir.

Antes que Nate tivesse a chance de nos apresentar, ela se virou e me


avaliou. — Entã o, — ela me olhou criticamente, — você deve ser essa Olivia de
quem tenho ouvido falar.

— Sim, Sra. Dalton, — eu gaguejei, enquanto ela me olhava novamente. Eu


nã o esperava uma avaliaçã o tã o franca.

— Ok, — ela anunciou, — Você servirá .

Nate cobriu a boca para nã o rir enquanto eu apenas fiquei lá em estado de


choque. — Bem, obrigada, — murmurei, sem saber o que dizer em resposta.

— Vó vó , — Nate ameaçou, — nã o vamos assustá -la antes de conhecê -la.

— Oh, — ela o silenciou com um aceno de mã o, — você gosta dela, isso é


tudo que realmente importa.

— Bem, fico feliz em ouvir isso, — Nate riu.


— Você vai trazê -la para almoçar na pró xima semana e eu realmente vou
ter uma ideia dela. — Ela acenou com o dedo entre nó s dois enquanto falava, —
Terça- feira, é um bom dia.

— Vó vó , — Nate interrompeu, — Nã o tenho certeza se terça…

— Oh, vou apenas mandar uma mensagem, — ela decidiu e entã o pegou o
celular que estava pendurado em seu pescoço em uma corrente de ouro. — Siri, —
ela gritou, — envie uma mensagem para Nathanial. — Um momento depois, ela
retransmitiu todas as informaçõ es do almoço e ordenou que a mensagem fosse
enviada. Um segundo depois, o telefone de Nate tocou.

— Pronto, — disse ela com alguma finalidade, — agora você tem a


informaçã o.

— Obrigado, Vovó , — Nate riu com resignaçã o e se inclinou para dar um


abraço nela.

Ela terminou com ele e estendeu a mã o para me dar um abraço


també m. Quando me inclinei para o nosso abraço, ela sussurrou em meu ouvido,
— nã o deixe essas aspirantes a esposa trofé u enfeitadas entrarem em sua cabeça,
— ela aconselhou, — elas nã o valem nada para você e meu filho aqui.

— Agora, tenho outros convidados que querem me felicitar.

Encarei em choque enquanto ela mancava em direçã o a um grupo de homens


em smokings. Um por um, eles a viram chegando e o medo surgiu em seus olhos.

— Uau, — eu me virei para Nathan, — Sua avó é assustadora, Nathanial.

— Nem me fale, — ele riu e entã o agarrou meu braço e se dirigiu para o bar.

Quando chegamos ao bar, parei um momento para olhar para a multidã o. A


avó de Nate nã o estava errada sobre as mulheres na festa. Dezenas de
aspirantes a esposas trofé u estavam olhando para Nate com avaliaçã o e jogando
adagas em mim.

Eu estava pronta para sair da linha de visã o delas quando Nate estendeu a
mã o e colocou o braço em volta de mim. Ele estava ocupado pedindo bebidas
para nó s e instintivamente estendeu a mã o para me puxar para perto. Algumas
mulheres estreitaram os olhos ao ver isso - mas outras deram de ombros e
seguiram em direçã o a mais oportunidades disponíveis.

— Uau, multidã o difícil, — murmurei para ningué m em particular.

Conforme a festa continuava, eu tive algumas dicas sobre Nate que eu


ainda nã o tinha conhecido em nosso tempo juntos. Ele jogava basquete na
faculdade, seu apelido no colé gio era Enterrado porque ele era o ú nico alto o
suficiente para enterrar a bola de basquete na aula de educaçã o física, e teve
uma esposa.
Essa ú ltima foi a gota d’á gua.

Eu tinha acabado de sair do banheiro quando vi uma loira alta de pernas


compridas com os braços em volta de Nate. Eles estavam na varanda tendo o que
parecia ser uma conversa particular. Ela nã o foi a primeira aspirante a se mover
contra Nate, entã o, claro, saí para ajudá -lo a frustrar seus planos. No momento
em que cheguei perto o suficiente, percebi que eles estavam conversando
profundamente sobre mim.

— Fala sé rio, Nate, — zombou a loira de pernas compridas, — ela nã o


pertence aqui.

— Isso nã o é para você dizer, Angela, — Nate me defendeu, — e realmente


nã o é da sua conta.

— Do que você está falando que nã o é da minha conta? — Voz estridente de


Angela levada mais longe do que pretendia e continuou em um tom abafado, —
estes sã o os meus amigos, Nate. Meus amigos e família estã o aqui e você traz ela?

—É o aniversá rio dos meus avó s, — Nate cuspiu com os dentes cerrados, — e
vou trazer quem diabos eu quiser.

A conversa parecia muito mais particular do que eu estava confortá vel, entã o
voltei furtivamente para a festa e esperei nã o ser pega espionando-os. Um
momento depois, vi seu tio Theodore indo para o bar e eu o puxei de lado, — Com
licença, Theodore…

— Theo, por favor, — ele interrompeu, — quem é você mesmo?

— Eu sou Olivia, — eu apontei Nate e a mulher com quem ele estava para
Theo, — Você conhece a mulher com Nate?

— Oh, sim, — disse ele apó s uma breve hesitaçã o, — essa é a Angela. Uma
linda essa, — ele confidenciou antes de continuar, — eles estã o casados há ...

Ele se virou para um dos outros homens no bar, — Ei, Frank, há quanto
tempo Angela e Nate sã o casados?

— Nossa, eu acho que algo em torno de 10 anos?

— Sim, — ele concordou, — foi uma beleza de casamento - nunca vi uma noiva
mais linda.

— Oh, — eu perguntei para que nã o houvesse nenhuma confusã o, —


Entã o, eles ainda sã o casados?

— Você está brincando comigo? — Theo riu, — Se eu tivesse aquela mulher


no meu braço, eu nunca a deixaria ir. Uma mulher linda aquela ali. Muito felizes
os dois. O casal mais fofo por aí.
Agradeci a ajuda dele, fui até onde guardavam os casacos e saí sem olhar para
trá s, para Nate e sua esposa.
Capítulo 12

Olivia

Conselho de Curadores reunião de revisão 12:30

O calendá rio do meu telefone apitou com um lembrete e eu quase o joguei do


outro lado da sala, — Tisha, — gritei em vez disso, — Você tem algum sorvete?

— Olivia, — ela respondeu atrá s de uma pilha de arquivos de casos, — Eu já


disse a você , nã o vou facilitar sua autocomiseraçã o por um homem.

Tisha estava estudando direito e realmente se interessava pelo


empoderamento das mulheres no momento. Era irritante pra caralho.

— Eu mencionei que ele é casado?

— Sim, — ela murmurou, — cerca de uma dú zia de vezes.

Entã o, eu nã o iria ganhar nenhum prê mio de hó spede no momento, mas


depois de descobrir que Nate era casado, voltei para a nossa - ou melhor, para a
casa dele e juntei minhas coisas. Tisha me ajudou a fazer todas as pesquisas
apropriadas e, de fato, ele era casado e, pelo que pudemos verificar, nã o era
divorciado.

Eu me senti como se tivesse sido atropelada por um trem. Estava bem


sozinha, cuidando de mim mesma. Entã o Nate entrou e jogou fora minha vida e
a substituiu pela dele, apenas para tirá -la novamente.

E agora esse encontro idiota. Eu nã o sabia se era para salvar seu emprego
ou salvar minha educaçã o. Faltava apenas um semestre e meio para a formatura
e minha vida estava indo pelo cano.

Eu me levantei do sofá e entrei para tomar um banho. Poderia pelo menos


parecer apresentá vel para minha execuçã o.

Quando cheguei à sala de conferê ncias, pediram-me que esperasse enquanto


o conselho tratava de outros assuntos. Sentei-me e me preparei para ver Nate. Eu
nã o o via desde a festa. Ele ligou, é claro, mas desliguei na cara dele até que ele
entendeu.

Sentada aqui agora, eu nã o sabia o que estava revirando mais meu estô mago
em nó s - a ideia de que eu poderia ser expulsa da escola, ou que ficaria cara a cara
com Nate.

A porta se abriu de repente e uma mulher saiu carregando uma pasta com
papé is. Ela me avistou e fez uma pausa, — Oh, Srta. Burgess, — ela sussurrou e
fechou a porta atrá s dela, — Eles terminaram com o seu caso, você pode ir. — Com
isso, ela girou nos calcanhares e passou por uma porta grossa marcada
PESSOAL.

— Mas o que isso significa? — Eu chamei depois que ela recuou. — Por que
estou aqui?

Um momento depois, Nate saiu da sala de reuniõ es e meu sangue gelou.

— Como você se atreve, — comecei e entã o joguei minhas mã os para ele.

Comecei a me afastar e Nate correu atrá s de mim. — Olivia, — ele gritou


atrá s de mim, — apenas me ouça.

— Nã o, — gritei, — nã o vou fazer isso.

Ele estendeu a mã o para pegar meu braço e eu me virei para ele, — Nem
pense nisso.

Nate levantou as mã os em sinal de rendiçã o antes de continuar: — Você


nã o quer saber o que aconteceu naquela reuniã o? — Ele tinha uma pasta nas mã os
que batia contra sua perna. Queria saber se essa pasta incluía algo sobre mim.

— Isso me afeta?

Nate apontou para uma sala de conferê ncias vazia e nó s entramos para um
pouco de privacidade.

— Eu deveria ter te contado sobre Angela, — disse Nate assim que a porta
foi fechada.

— Você acha? — Eu atirei de volta.

— Eu nã o sabia como te dizer. Você tem que entender, — ele implorou, — nó s


nos conhecemos há anos, crescemos juntos, nossas famílias estã o interligadas.

— Entã o, você s sã o primos ou algo assim?

— Nã o, — Nate começou a rir, mas um olhar para a minha expressã o o parou.

— Fizemos tudo, tínhamos acabado de sair da faculdade, decidimos fazer


nossos pais felizes, juntar as famílias para dominar o mundo, esse tipo de coisa.
— Nate tinha um olhar de espanto que eu nã o estava interessada em ver.
— Encantador, — eu cuspi nele.

— Angela é minha ex-mulher agora, — Nate jogou um arquivo na mesa e a


sentença de divó rcio escapou. — Eu sei que você nã o tem nenhum motivo para
confiar em mim, mas espero que sim.

Peguei os papé is e notei que o decreto era datado de ontem. — Porquê agora?
— Eu perguntei a ele, apontando a data.

— Já estava na hora, — explicou ele, — Angela e eu nã o estamos juntos há


anos, ela está em Nova York e eu em qualquer outro lugar. — Nate me contou
todos os lugares em que morou, mas nunca mencionou Nova York. — Nunca nos
preocupamos em nos divorciar porque nunca houve motivo para isso.

Meu queixo caiu com sua declaraçã o, eu nã o acho que me senti menos
importante em toda a minha vida.

Ele olhou para o meu rosto e alterou sua declaraçã o, — Até agora. Entrei
em contato com Angela há um mê s sobre o divó rcio. Na manhã seguinte à sua
mudança.

Isso foi na manhã anterior à primeira noite que dormimos juntos. Nã o era
algo que eu esqueceria facilmente. — O que isso tem a ver com aquela reuniã o
do conselho? — Ele estava me colocando pra baixo e eu nã o estava pronta para
isso ainda.

— Angela percebeu que se eu estava procurando o divó rcio depois de todo


esse tempo, ela poderia ter alguma influê ncia sobre mim para um acordo melhor.

— Estou supondo que fui essa alavanca? — Eu sabia que odiava aquela vadia.

— Sim, — ele suspirou, — ela ameaçou ir para o conselho com nosso


relacionamento, arruinar minha carreira e fazer com que você fosse expulsa.

Sentei-me em uma das cadeiras da sala de conferê ncias e coloquei minha


cabeça em minhas mã os. — Entã o, eu acho que ela fez isso?

— Nã o, — Nate sussurrou, — Eu fiz. — Ele abriu a pasta e tirou uma


segunda folha de papel - sua demissã o.

— Eu abri o jogo e contei-lhes tudo, bem, nã o tudo, — explicou ele, — mas o


suficiente para que nã o fosse expulsa. — Ele estendeu a mã o para cobrir a minha
e eu nã o me afastei.

— Você foi um bom professor, — ofereci.

— Você foi uma ó tima aluna, — ele respondeu.

— Entã o, e agora, — eu pergunto.


— De volta ao setor privado para mim, — ele sussurrou, — estou mais
preocupado com o que acontece conosco. Eu te amo, Olivia. Desde o momento
em que te conheci. Eu faria qualquer coisa por você .

— Você desistiu de sua carreira por mim. — Nã o era uma pergunta, eu


tinha a prova escrita na minha frente.

— Sim, — respondeu ele. — Eu desistiria de tudo por uma segunda chance


com você . Você pode me dar essa chance?

Olhei em seus olhos e acreditei que ele estava dizendo a verdade. Meus olhos
estavam marejados quando respondi: — Sim, — eu disse: — Sim, posso fazer isso.
Epílogo

Anos depois

— Reitora Dalton, — o interfone tocou enquanto a voz desencarnada de


minha assistente Janet interrompeu uma revisã o do novo laborató rio de ciê ncias,
— O Professor Dalton está aqui para vê -la.

— Obrigada, Janet, mande-o entrar, por favor.

Nate entrou pela porta com uma criança gordinha de 14 meses nos braços. —
Olha, Joshua, — Nate gritou, — É a
Vovó !

Joshua saltou para cima e para baixo nos braços de Nate e eu estendi a mã o
para pegar a criança dele. Ele era o primeiro filho, de nosso segundo filho e o início
de uma nova geraçã o de Daltons.

— Que tratamento especial é este, — falei enquanto meu neto se inclinava


para me dar um beijo molhado. Nate se inclinou e me deu seu pró prio, muito menos
desleixado, beijo. Mesmo depois de todos esses anos, apenas olhar para ele fazia
meu coraçã o disparar.

Olhei para Nate e o vi me dar um sorriso malicioso. Lendo minha mente como
sempre.

— Entã o, — Nate se inclinou para pegar o pequeno Joshua de mim. — Eu


estava pensando que poderíamos levar você para almoçar e depois talvez para casa
para um pequeno cochilo?

Sua piscadela exagerada me deixou em alerta. Seu cabelo agora estava


grisalho e seus ossos doíam quando chovia, mas ele ainda tinha um corpo
quente como pedra e era um monstro entre os lençó is.

— Achei que você tivesse aquele encontro com Hong Kong esta tarde, —
depois que sua atuaçã o como professor terminou no 75º aniversá rio de casamento
de seus avó s, ele voltou ao setor privado com novos planos de como poderia mudar
o mundo.

Entre seu trabalho na empresa de sua família e suas organizaçõ es sem


fins lucrativos em todo o mundo, ele fez um trabalho estelar. Tã o impressionante
que passou seu tempo livre ensinando outras pessoas sobre sua missã o como
bolsista visitante na universidade.

— Nã o, — ele zombou, — cancelei isso para ficar com meu neto.

— Bem, eu preciso de alguns minutos, — eu ri enquanto Nate fazia caretas


para manter seu neto entretido. — Que tal eu te encontrar em nossa casa em 15
minutos?

— Perfeito, — ele posicionou Joshua para que pudesse ver para onde estavam
indo, — isso me dá a chance de mostrar o lugar ao pequeno Joshua.

Ele começou a sair pela porta e entã o voltou rapidamente. — Ei, — ele
apontou para nosso neto, — você pode acreditar que fizemos isso.

— Bem, — eu ri, — acho que Micheal e Alicia també m tiveram um pouco a


ver com isso.

— Sim, claro, — ele zombou, — mas sem você me dar uma segunda chance,
minha vida estaria incompleta.

— Nunca se esqueça de que eu te amo, — disse ele enquanto balançava a


criança em seus braços enquanto fechava a porta.

— Eu nunca vou esquecer, — sussurrei, — e eu també m te amo.

Fim…

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