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Disponibilização: Flor de Lótus

Tradução: Flor de Lótus


Revisão Inicial: Marciane Sulzbach e Naninha
Revisão Final: MaguiPinheiro e Chloe Schultz
Leitura Final: Flor de Lótus
Verificação: Nita Oliver
Formatação: Amarílis Gerbera

Abril/2018
Elisha é obcecada por limpeza. Tudo tem que ter um lugar e ser
completamente limpo. Ela prometeu nunca acreditar nos homens
depois de pegar o último namorado a traindo. O mundo cuidadosamente
ordenado dela estava bem, até que aquele homem se mudou para o lado.

Brant é um vizinho horrível, sujo. Vive dando festas, tendo orgias


no jardim e transformando seu mundo de cabeça para baixo. Depois de
um confronto feio, Elisha não tem escolha a não ser pedir desculpas e
dar a ele uma oportunidade.

Ela o irrita, ela o desperta, inspira, e Brant está determinado a


mostrar a Elisha que há mais dele do que ela tem visto. Uma vez que ele
estiver com ela embaixo dele, ele nunca vai deixa-la ir, mas como duas
pessoas completamente diferentes pode fazer um relacionamento dar
certo?
í

Elisha Jackson não podia acreditar no que estava vendo agora. Ela
estava em seu quarto, limpando as janelas, e o vizinho indecente estava
fazendo sexo. Ele não tem vergonha? Desde quando tinha se mudado
para a casa ao lado há dois meses, ele tinha feito de tudo para irritá-la.
Ele estava tentando fazer ela sair? Ele tinha festas todos os fins de
semana, por todos os três dias, até no domingo. Isso a estava deixando
louca. Ele claramente gostava de música alta sem letra, ou qualquer
coisa do tipo. Música muito alta, horrível e com batida, mas que mesmo
assim não a impedia de ouvir os barulhos de sexo que ele fazia.

O vizinho em questão era Brant Miller, um completo idiota e o pior


vizinho da história.

Agora, ele estava com uma loira. Claro que era uma loira, tinha
que ser. Elas eram o único tipo de mulheres com a qual ele aparecia, ou
o tipo de mulher que ela viu deixando sua maldita casa. Era uma
vergonha. A janela estava aberta e ela podia ouvi-los, o que piorou tudo.
A loira estava transando com Brant e gritando a plenos pulmões.

—Sim, com força, foda-me, Brant.

ECA.

Ela odiava seu vizinho. Ela nem poderia fechar a janela sem os
alertar de sua presença. Terminando rapidamente a limpeza, ela
estremeceu enquanto se afastava. Bruto, muito bruto, super bruto, e
repugnante e qualquer outra palavra que ela poderia pensar. Ele era um
cretino.

Por que alguém iria querer sair com ele? Ele era um homem
horrível, mas ela não era uma especialista em homens. Ela não sabia
muito sobre eles.

Na verdade, ela estava cansada dos homens pelo resto da vida e


tinha empurrado toda sua energia no negócio de limpeza. Ela cresceu
em um ambiente limpo e a empresa, que empregava cinco outras
mulheres, era a melhor. Elas limpavam casas, escritórios, restaurantes,
tudo o que precisava de um serviço de limpeza, elas estavam lá.

A vida sem Greg estava sendo incrível até agora. O traste a tinha
traído em todas as chances que teve. Quando finalmente o descobriu na
cama, transando com seu último pedaço de rabo do escritório, ele teve
muitas palavras a dizer sobre ela. Ela era muito limpa, muito clínica.
Ela não sabia como deitar e rolar e se divertir um pouco.

Deitar e rolar tinha consequências. Olhe sua irmã, Beth, grávida


no ensino médio, casando em uma idade jovem com um cara que não
era mais que um atleta. Andrew era legal, mas ela era grata por ele ser
seu cunhado. Sua casa era puro caos. Não era suja, uma vez que Beth
a mantinha limpa. Mas havia brinquedos por todos os lados e crianças
em todos os lugares.

Não, ela não precisava dessa sujeira na vida dela.

Elisha enfiou um pouco de cabelo atrás da orelha e quis acalmar


seu coração batendo e sua vagina pulsante. Sujo não era o que ela
precisava. Claro, conciso, clínico e acima de tudo limpo. Sim, ela gostava
de limpo. Era uma palavra bonita, rigorosa e direta.

Movendo-se em direção a cozinha, ela inclinou-se contra o batente,


o encarando. Sim, claro que estava limpo. Por uma fração de segundos
um choque de necessidade a golpeou duramente. Enquanto crescia, ela
sempre imaginou que seria mãe agora. Vinte e oito anos de idade e ela
tinham sua vida traçada exatamente como ela queria. Depois da
faculdade ela quis montar seu próprio negócio, e ela conseguiu. Então,
depois da faculdade, uma vez que seu negócio fosse um sucesso, ela
conheceria um homem e eles viveriam felizes para sempre com alguns
filhos. Três ou talvez quatro, ela ainda não estava certa.

Claro que a vida não tinha sido exatamente assim. Ela tinha tanta
sorte que só atraía o tipo de homem trapaceiro. Todo homem queria
sujar tudo, e ela não era assim.

Realmente!

Ela afastou o pensamento juntamente com a necessidade álcool se


esgueirando através de seu corpo. Estar cansada dos homens tornou a
vida um inferno de muito mais fácil. Ela não precisava mais se
preocupar com o que os outros pensam. Ela estava livre para ir e vir
quando quisesse, não que ela tenha ido a todos os lugares. Entrando
em sua cozinha, ela colocou o mixer na parte de cima do balcão e
suspirou. Ela sempre se imaginou em pé no balcão fazendo biscoitos
para seus filhos. Ela amava crianças e sim, mesmo quando odiava o
caos, ela invejava a sua irmã.
Lágrimas encheram seus olhos e ela as limpou. Não adiantava
chorar. Ela odiava derramar lágrimas, elas nunca resolveram qualquer
problema. Agarrando um pano limpo, Elisha começou a trabalhar
limpando os balcões no caso de poeira ter caído neles. Não fazia sentido
ela passar um dia em casa a menos que ela limpasse. Era em momentos
como esse que se lembrava como sua vida era solitária. Depois que ela
terminou de limpar cada balcão e o armário da cozinha, verificou sua
lata de lixo. Ela odiava qualquer coisa que cheirasse mal, mesmo com
tendo apenas alguns itens no fundo, ela sempre esvaziava.

Agarrando o saco de lixo, ela o levou para a lixeira. Onde mantinha


suas caixas para o lixo. Era exatamente o mesmo lugar que Brant, seu
vizinho indecente, mantinha as dele. Ela não sabia que ele estava
esvaziando seu próprio lixo, ou que estivesse de bom humor.

—Olá, vizinha.

Por um segundo ela simplesmente olhou para ele e se perguntou o


que ele pensaria se ela começasse a bater nele com o lixo.

Fique calma.

Não ceda à tentação.

Foi muito difícil para ela não fazer, mas resistiu.

—Não está com humor de conversa hoje? Tudo bem, posso lidar
com isso. Vai ser um inferno de semana, pelo que ouvi. Sol, o clima
perfeito para um churrasco, uma festa, alguns amigos.

Ela fechou os olhos e contou até dez. Brant continuou falando.


—Eu amo esse tempo. Faz você se sentir tão vivo.

Elisha odiava o sol, o calor, ela preferia o clima mais frio, onde seu
vizinho não poderia começar festas sempre que quisesse. Ela
simplesmente adoraria que ele se mudasse, mas não havia nenhum
movimento da parte dele. Ele comprou essa casa, assim como ela
comprou a sua. Ambos ficariam e ela tinha que viver com isso.

—Você é surda?

Ela se virou, olhando para ele.

—O quê? — Ele levantou as mãos em rendição. —Estou falando


com você e você está sendo rude.

—Eu não quero falar com você.

—O que diabos eu fiz?

Sua raiva estava começando a aumentar enquanto ele continuava


conversando e ela não sabia como fazê-lo parar.

—Eu sou um vizinho muito bom, você é incrivelmente rude. Quero


dizer, sério, até limpei as folhas do seu quintal, mas você diz obrigado?
Não.

—Você vai calar a boca? Você é um vizinho terrível, e eu não gosto


de você.

—Horrível? As folhas...

—Você pegou um monte de folhas há uma semana. Grande coisa.


Você causa muita bagunça em todas as suas festas. Sem mencionar a
constante pornografia ao vivo que você está fazendo. Não consigo limpar
minhas janelas com medo do que possa ver. Você não pode fazer sexo
dentro da sua casa? — Ela falou cada palavra olhando para ele.

—Sério? Você está limpando no fim de semana?

—É o que eu gosto de fazer. Eu gosto de tudo limpo e agradável.

—Eu convido você para todas as minhas festas e você recusa. Você
não pode passar a vida só limpando.

—O mínimo que você pode fazer é manter a bagunça no seu próprio


gramado e parar de fazer sexo para que todos possam ver e ouvir. É
nojento. — Fechando a tampa da lata de lixo, ela foi embora irritada e
chateada que ele a tinha deixado a ponto de gritar com ele. Talvez agora
ele parasse de ser um asno e considerasse suas ações.

—Quão grosseira uma mulher pode ser? — Brant Miller invadiu


sua casa e foi imediatamente recebido por seu irmão, Sean.

—O que está te incomodando? — Sean perguntou.

—Minha vizinha. Ela é muito grossa. Ela teve a audácia de me dizer


que sou um vizinho horrível. Só porque eu dou algumas festas. Quem
se importa? Só vivemos uma vez, e o que há de errado com uma festa
para todos se divertirem um pouco? Ninguém reclama.

Sean franziu a testa. —De que vizinha estamos falando?


—A de cabelos negros com os olhos azuis, peitos grandes e pernas
assassinas que você quer enroladas em torno de você apertando seus
quadris enquanto fode sua boceta apertada. — Ele tirou um suco de
laranja da geladeira e fechou a porta. Sua vizinha era quente. Ela não
era uma mulher esbelta, possuía curvas suaves. Ela era facilmente um
tamanho 44 e ele sabia o tamanho de uma mulher.

—Uau, parece que você a deseja para mais do que uma vizinha. —
Sean estava comendo seu cereal, e agora estava dizendo merda que
Brant realmente não queria ouvir.

—Quando você vai encontrar sua própria casa? Você está


restringindo o meu estilo. — Brant tomou um gole de seu suco de
laranja, olhando para o irmão mais novo.

—Eu sou mais jovem que você. Você é o único que restringe o meu
estilo.

Havia uma diferença de oito anos entre eles, a única razão pela
qual Sean estava hospedado com ele era porque eram férias de verão.
Seus pais limitavam o que Sean podia fazer e Brant contratou Sean para
o verão, para fazer trabalhos domésticos que precisavam ser feitos. Em
suma, seu irmão era uma mão-de-obra muito barata.

—Eu sou o único a fazer as festas incríveis.

—Você é velho. — disse Sean.

—Se eu tenho tanta idade, você pode dar o fora da minha casa e ir
procurar outro lugar para arruinar.

—Eu estou bem. Você é meu irmãozão.


Rolando os olhos Brant terminou o suco de laranja e enxaguou a
pequena garrafa, antes de colocá-la na lixeira.

—Então, o que há de errado com a sua vizinha?

—Ela me pegou com Kasey lá fora. — Kasey era a mulher que ele
chamava quando tinha vontade de transar. Ela gostava de foder e Brant
só estava interessado em sexo, nada mais.

—Vocês dois foram barulhentos.

—Tanto faz. Não estou interessado no que a vizinha tem a dizer.


Eu tenho uma vida para viver.

—E mulheres para trepar, não esqueça isso.

—Foda-se, estou indo para o trabalho. Fique fora de problemas. —


Ele saiu da sala e pegou suas chaves.

Brant se certificou de não olhar para a casa de Elisha. Ele teve


uma primeira conversa real com a vizinha e ela o irritou. Ela era uma
mulher tão exasperante, não uma que queria conhecer. Como se atrevia
a chamá-lo de horrível?

Ele era um bom homem.

O que ele faz na privacidade de sua própria casa era seu fodido
negócio. Mulher irritante. Subindo em seu carro, ele se afastou de casa
e entrou no estúdio profissional no centro da cidade. Ele parou no
estacionamento subterrâneo, trancando os portões para que ninguém
pudesse entrar. Seu estúdio também era sua loja, onde ele vendia
alguns de seus trabalhos. Brant se perguntou se a vizinha malvada
sabia que estava vivendo ao lado de um artista. Um dos bons, se o saldo
do banco falasse por si próprio.

Horrível?

Ele não era um cara horrível.

O mundo, as pessoas, tudo o inspirava, ele amava a vida, vivia a


vida e fazia parte de tudo. As festas o ajudavam a relaxar e conhecer
novas e excitantes pessoas. Isso também lhe deu a oportunidade de
foder qualquer mulher que ele quisesse, mas ele não teve problemas em
encontrar mulheres para chupar ou montar seu pau.

Acendendo as luzes do estúdio, tirou a jaqueta e jogou as chaves


na pequena mesa ao lado da porta. Sean sabia que não o deveria
perturbar nesta área. Ninguém era autorizado a passar além desses
portões. Quando ele tinha encomendas de pinturas, ele ia até a casa das
pessoas que as queriam.

Esta era a sua zona, não contaminada por nada.

Removendo a camisa, ele ficou de pé com calças de moletom e


focou na primeira imagem que lhe veio a mente. A imagem era de um
lobo uivando para a lua. Ele tinha visto um filme de terror sobre
vampiros e lobos, então pegou o tema e criou uma peça de arte sobre
isso. Havia algum sombreamento e toques finais para dar o efeito certo,
mas ele realmente gostava da peça. Levaria um bom preço no estúdio.

Houve momentos em que gostava de pintar coisas aleatórias como


o céu, ou um lobo uivando. Ele nunca tinha sido apenas um cara
simples com gostos simples. Sua professora de arte ficara tão brava que
ele não seguia seus comandos. Embora os artistas fossem conhecidos
por serem criativos e incontroláveis, seus professores queriam que ele
aprendesse a estrutura. Não havia estrutura para ele, nenhum controle,
nenhuma regra para cumprir. Para ele, a arte era livre, estava em toda
parte e ninguém ia dizer a ele como trabalhar.

Através de seus anos de ensino médio, depois na faculdade, no


mundo da arte, ele se definiu como livre, e foi por isso que ele teve
sucesso.

—Eu não sou horrível. Como ela se atreve?

No entanto, mesmo enquanto ele falava as palavras em voz alta,


não pôde deixar de ser atraído pelo seu esboço mais recente na parte de
trás da sala. Soprando um suspiro, dirigiu-se para a imagem e tirou a
capa que colocou sobre ela no dia anterior.

Sua vizinha muito bonita e sensual estava no esboço. Brant estava


de pé na janela do quarto a três semanas atrás quando Elisha estava
saindo. O clima tinha lançado uma iluminação sobre ela, de modo que
por um segundo ele realmente acreditou estar vendo um anjo. Claro, ele
teve que desenhá-la. Depois de fazer um rápido esboço, ele esteve
trabalhando nesta peça nas últimas três semanas. Ele adoraria a
oportunidade de desenhá-la corretamente, mas não havia como ele se
aproximar dela para perguntar.

Um vizinho horrível!

Ela era a vizinha terrível, não ele. Lançando um grande cobertor


sobre a imagem, ele se afastou. O bom de ser um artista, é que sempre
havia algo para desenhar.
í

Elisha apertou as mãos e se conteve de limpar alguma coisa na


casa de Beth. Era domingo e ela estava muito tensa. O vizinho tinha
dado uma festa que não parou até as duas da madrugada. Se apenas a
festa tivesse terminado...

Com tudo o que aconteceu no sábado, sua conversa nada amigável


com seu vizinho, ela tinha esquecido de fechar a janela, então, depois
da festa, ela acabou ouvindo a orgia que ele havia começado em seu
quintal.

Os nervos dela estavam fritos e ela estava cansada.

—Você está bem, querida? — Beth perguntou, colocando uma


xícara de café na frente dela.

Respirando profundamente, Elisha assentiu.

—Você parece tensa. De fato, você não parece bem.

Mordendo o lábio, Elisha manteve a boca fechada. Qual era o ponto


em reclamar? Não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Ela amava
sua casinha, era uma conquista tão grande para ela. Sua hipoteca foi
toda paga e agora ela estava economizando para sua viagem ao redor do
mundo, o que ela sempre quis fazer.

—Estou bem.
—Você não parece bem. Você parece ter visto um pouco de poeira
e está ficando louca. — Andrew disse, resmungando.

—Pare Andy. Ela não precisa disso. — Beth deu um tapa no braço
de Andrew, que o fez se calar.

—Há algo. Talvez você possa me ajudar? — Beth era mais velha do
que ela. Certamente ela teria algum conselho.

—Oh, me diga, é um homem? Você está pensando em ir à um


encontro?

—Eu não estou namorando. Eu disse a você que não namoro mais.

Andrew rosnou. —Você sabe, nem todos os homens são idiotas


completos. E Greg era um filho da puta, eu avisei você.

Ela podia não se dar bem com Andrew completamente, mas ele era
muito protetor com ela. Ele a avisou no primeiro dia em que ela trouxe
Greg para conhecer sua irmã. Andrew a afastou e lhe deu um severo
aviso. Ela deveria ter ouvido.

—Eu sinto muito.

—Sim, você gosta de tudo limpo e preciso, mas a sua vida amorosa
está em farrapos. É ridículo. — Andrew sacudiu a cabeça, tomando um
longo gole de café. No fundo, Elisha ouviu as crianças gritando e
discutindo sobre algo.

—Você vai separá-los? — Perguntou Beth.


—Foda-se não. Eles são animais. Eles podem lutar até
satisfazerem seus corações. Vou levá-los para o hospital quando
acabarem. — Andrew estremeceu. —Estou mais interessado em ver o
problema de Elisha. Muitas vezes, não somos a voz da razão, mas ela
está facilitando muito.

Elisha deu língua para ele, odiando o próprio comportamento


infantil. —É sobre um cara, mas não um que eu esteja interessada. Não
estou namorando ninguém. Isso é sobre o meu vizinho.

—O gostoso? — Perguntou Beth.

—Ei, eu sou o gostoso da sua vida. — Andrew moveu-se atrás de


Beth, puxando seu quadril.

Elisha viu as bochechas da irmã se tornarem cor de rosa.

—Estou falando de garota para garota com minha irmã.

—Bem, lembre-se a quem você pertence. — Ele capturou o queixo


de Beth e a beijou.

Olhando para a mesa, Elisha desejou que a terra simplesmente


abrisse e a engolisse. Andrew e Beth fizeram isso muitas vezes, e sempre
foi embaraçoso. Eles eram adultos com filhos. O sexo não devia parar?

Seria bom ter sexo.

Ela esfregou a têmpora, odiando a incerteza invadindo seu corpo.


Elisha odiava esse sentimento que a estava consumindo.

Eu preciso dormir. Isso é tudo, dormir.


—Então, seu vizinho, o que tem ele?

—Ele está me deixando louca.

—Você tem tesão por ele? — Perguntou Beth.

—Hei, não. Ele é um idiota completo e uma dor na bunda. Eu não


gosto dele. Ele tem festas o tempo todo, faz bagunça que eu tenho que
limpar. Quase todas as noites ele está fodendo uma mulher no quintal
e não consigo dormir. Está me matando. Ele faz isso a noite toda, e
também não é só ele. Tem o seu maldito irmão, simplesmente não
consigo aguentar mais. — Ela se levantou apontando para fora da
janela, como se ele estivesse na porta ao lado.

Ela estava no ponto de ruptura para pedir ajuda à sua irmã. Beth
talvez fosse mais velha do que ela, mas Elisha realmente não acreditava
que ela fosse melhor em tomar decisões.

—É isso? — Beth olhou para Andrew.

—O que você acha que eu deveria fazer? — Ela realmente queria


resolver este assunto, quanto mais cedo melhor, tanto quanto ela estava
interessada.

—Falar com ele? Explicar para ele? — Disse Andrew. —As pessoas
tendem a responder quando conversamos com elas.

Elisha olhou para ele. —Eu posso lidar com tudo sem seu
sarcasmo, obrigada.

—Qual é o problema? — Perguntou Beth. —Ele tem algumas festas


e tem relações sexuais. Ele não convidou você?
—Bem, ele convidou, mas eu recusei...

—Por que você recusou? — Perguntou Beth. —Você sabe o que,


não responda isso. Você já pensou que parte do problema com o seu
vizinho é porque você não se coloca lá fora?

—Eu sou uma boa vizinha.

—Por que você é? Porque você limpa? Você não tem nenhuma
festa? Fala sério, Elisha.

—Você está sendo irracional. Há mais na vida do que festejar.

—E há mais na vida do que limpar.

—Você sabe o que, eu não estou com vontade de ir ao hospital hoje.


Eu vou checar as crianças. — Andrew escapou correndo para fora da
casa.

Elisha olhou para a irmã. —Eu gosto de limpar.

Beth suspirou. —Isso é tudo o que você faz. Você limpa e os


homens em sua vida enganam você. Tudo começa lindo, tudo é
romântico e entendo que você não quer seguir com isso, mas querida,
você realmente está perdendo alguma coisa agora mesmo.

—Você acha que eu deveria aceitar o convite da festa? — Elisha


perguntou.

—Se você ainda conseguir um, então sim, aceite. Não o recuse.
Você precisa aprender a viver um pouco. Você não está vivendo. — Beth
balançou a cabeça. —Eu sei que é difícil estar no mundo.
—Eu possuo um negócio de limpeza bem-sucedido.

—Eu não ligo, querida. Você precisa de um choque de realidade.


Você não está ficando mais jovem. Um dia você vai olhar para trás e se
perguntar por que passou a maior parte de sua vida adulta com um
pano na mão ao invés de realmente fazer algo. E será triste. Agora é a
hora de você foder com um cara qualquer, obviamente certificando-se
de que existe um preservativo no lugar. Divirta-se irmã.

—Eu tentei me divertir, mas não está na minha natureza.

Beth olhou para ela. —Seu tipo de diversão é limpar um banheiro.


Pessoas normais gostam de se socializar e se divertir. Quero dizer, olhe
para você, esta tensa desde que chegou aqui. Você só quer levantar e
começar a limpar, não é?

Mordendo o lábio, ela assentiu com a cabeça. —Sua cozinha


poderia ter uma limpeza.

—Eu deixei isso de propósito. — Beth disse. —Eu gosto que minha
cozinha esteja limpa quando eu a uso. Eu apenas gosto de mexer com
sua cabeça. Nem tudo precisa ser limpo, Elisha. É difícil ser sua irmã
mais velha e assistir a vida passar por você. Você devia estar fazendo
sexo, ter seu coração partido e encontrar um substituto para se
apaixonar.

—Você não fez isso com Andrew.

—Andrew é o amor da minha vida. Nós começamos cedo, quando


ainda éramos crianças, e eu não tenho problema com isso. — Beth
sorriu. —Nós temos lindos filhos e uma vida maravilhosa. Quando
saímos à noite, tenho meus momentos em que posso ser essa garota.
Eu saio para ir a um bar e Andrew vem me encontrar. Nós temos nossos
momentos juntos, é mágico.

Por uma fração de segundo, Elisha ficou com um pouco de ciúme.


Sua irmã teve uma vida feliz, e desejou que ela também tivesse.

Quando era mais nova, ela queria casamento e filhos, mas isso
mudou ao longo dos anos. Sua vida era sobre seu trabalho e manter
tudo limpo.

—Você acha que eu deveria aceitar o convite.

—Estou sendo sincera aqui. Eu duvido que você consiga outro. Eu


não convidaria alguém que fosse como você. É muito problema.

—Beth, você não deveria dizer isso.

—Você é minha irmã, eu amo você, mas tenho todo o direito de


dizer que você é uma chata.

Rolando os olhos, Elisha sorriu. Pela primeira vez em meses,


mesmo antes de todos os problemas com seu vizinho, sentiu-se feliz.

—Vá e pergunte a ela. — Brant disse.

—Foda-se. Ela é sua vizinha e te chamou de horrível. Eu não vou


perguntar porra nenhuma. — Sean levantou as mãos em rendição. —
Não estou fazendo nada para irritá-la.
Brant olhou para o irmão mais novo, irritado e frustrado.

Fazia uma semana desde o encontro com a vizinha. Durante a


semana passada, seu trabalho de arte tomou uma mudança dramática,
ele estava esboçando o jardim dela, a limpeza de todas as suas plantas.
Ele mesmo a observou caminhar pelo gramado onde havia uma tira de
grama, ela pegou algumas tesouras e cortou cuidadosamente. Brant
achou sua necessidade de limpeza irritante. Ele queria sujá-la, estragar
o seu exterior calmo. Ela era uma mulher tão linda e sexy, mas ela
mantinha distância de sentir qualquer coisa.

Ele havia feito algumas pesquisas sobre a vizinha e descobriu que


ela era proprietária de um negócio de limpeza. Depois de vê-la limpar
sua lixeira, esvaziar cada embalagem para se certificar de que estava
limpo, ele decidiu que ela era um pouco demais para o seu gosto.

Não importava o quanto ele tentasse afastá-la, nada estava


funcionando. Ele pensou nela durante seu trabalho e quando estava em
casa. Três dias atrás, ele chamou Kasey para resolver seu problema,
apenas para descobrir que eram os pensamentos em Elisha que o faziam
comer a boceta de Kasey. O que diabos estava de errado com ele? A
mulher o chamou de horrível e ele estava fantasiando em sair com ela.

—Por que eu aguento você? Você é um idiota. — Brant disse,


olhando para o irmão mais novo.

—Eu sou o irmão quente. Você precisa de mim para conseguir


outras mulheres.

—Foda-se.
Saindo de casa, Brant deixou a porta aberta e pulou a pequena
cerca. Seu jardim estava impecável, não que ele esperasse algo
diferente. Ele faria qualquer coisa para ter a chance de deixá-lo
bagunçado.

Ao levantar a mão, ele bateu na porta dela, esperando que


respondesse. Ele não sabia por que estava se incomodando em convidá-
la para a festa.

Isso é ser legal.

Não horrível.

Ele estava realmente chateado com sua vizinha. Todos os seus


amigos gostavam dele e nenhum deles pensou que ele fosse horrível.

Brant estava prestes a sair quando a porta se abriu. Ela era muito
bonita com seu cabelo meio bagunçado e sua pele impecável. Elisha era
uma versão mais quente do que aquele conto de fadas ao qual ele não
conseguia lembrar o nome.

—Olá! — Ela disse, ficando tensa.

—Olhe, nós começamos com o pé errado, eu não quero ser


conhecido como esse tipo de vizinho. Eu estou dando uma festa esta
noite, alguns amigos virão, por que você não vem? Podemos ter algumas
cervejas, conversar, alguma comida...

—Eu não bebo.

—Você come, certo?


—Sim.

—Eu não quero que uma situação ruim comece entre nós. Eu gosto
de onde vivo e não tenho intenção de sair.

Silêncio caiu entre eles.

Elisha olhou para ele, seus olhos azuis o avaliando, ainda


escondendo tudo dele. Ele não gostou quando era o único que estava
preso sendo assistido.

—Claro, por que não? — Ela deu um sorriso forçado.

—Mesmo? Você virá? — Ele perguntou.

—Sim. Eu gostaria disso, eu quero me desculpar por ser tão


grosseira com você na semana passada. Foi minha culpa.

Ele sorriu. —Sem problemas. Sem danos causados.

—A que horas devo chegar?

—Venha quando quiser.

—Não há horário marcado?

—Nenhum.

—Uau.

Ele tinha certeza de que ela estava sendo sarcástica, mas decidiu
deixar passar. —Vejo você hoje à noite. — Brant saiu, indo para sua
casa.
—Bem, o que aconteceu? — Perguntou Sean. —Ela atirou em você?

—Não, ela está vindo.

—Ela está vindo aqui? — Sean perguntou, olhando para cima do


celular dele. —Por quê?

—Eu a convidei.

—Ela nunca vem.

—Esta noite ela vem. — Brant não podia deixar de pensar em como
seria a expressão dela quando ele a fizesse gozar com a língua. Maldito,
ele precisava se acalmar antes desta noite.
í ê

—Você tem algo que mostre os seios? — Beth perguntou.

—Não! — Elisha estalou no telefone. Ela estava com sua irmã no


viva-voz em uma tentativa de tirar o máximo de proveito desta noite.

—Por que não? É uma festa.

—Eu não vou lá para mostrar nada.

—Você não está procurando um homem para transar?

—Eu não quero transar, Beth.

—Por favor, toda mulher quer transar. Você está em negação séria,
é perigoso.

Elisha afofou seus cachos e balançou a cabeça, lembrando que sua


irmã não estava realmente lá. —Não, não é. Nem todas as mulheres
precisam do alívio de um homem.

—Se você não encontrar um homem em breve, você vai explodir, e


quando isso acontecer, haverá caos em todos os lugares.

—Eu tenho muito mais controle do que isso.

Beth gemeu do outro lado da linha. —Você possui um negócio,


acha que está acima das necessidades. Você não transa, isso vai causar
problemas quando você menos esperar. Antes que você saiba o que está
acontecendo, estará fodendo homens que você nunca consideraria.

—Eu vou me preocupar com isso quando acontecer. Estou feliz


com a minha vida.

Outro ruído indignado saiu de Beth.

—Você deveria estar me ajudando.

—Você não mostrará os seios, você está agindo como se fosse mais
um evento social. É uma festa e do jeito que você descreveu não se trata
de sentar em uma mesa com vinho e queijo.

—Isto foi um erro total. — Ela disse, olhando seu reflexo. —Eu
estou com um vestido de coquetel como se eu fosse jantar. Estou fora
da minha zona de conforto.

—Use jeans apertado e uma camisa que cubra um pouco seus


seios, o suficiente para mostrar o decote, mas não o mamilo.

—Você está parecendo meu cafetão.

—É para isso que as irmãs servem.

Removendo o vestido de coquetel, Elisha revirou seu guarda-


roupas para encontrar um jeans e uma camisa preta. Era um pouco
sem graça, mas seria conveniente para a festa. As festas sempre foram
difíceis para ela. A menos que ela estivesse se divertindo, ela tinha que
lutar com o desejo de limpar.
Rapidamente puxando o jeans e a camisa, ela se virou para o
reflexo, satisfeita.

—Terminei.

—Diga-me tudo sobre isso amanhã. Eu não posso esperar para


ouvir que você fodeu esse cara.

—Eu vou desligar agora. Não preciso mais ouvir isso. — Ela disse,
pegando seu celular.

—Lembre-se que você só vive uma vez, você também pode viver ao
máximo.

Desligando a conversa, Elisha sorriu. Sua irmã sempre estava


cuidando dela, mesmo quando não precisava.

Guardando seu celular, ela saiu de casa. Ela se certificou de


desligar a maioria das luzes e de trancar a porta. O quintal do vizinho
já estava cheio de carros e latas de cerveja vazias. Uma rápida olhada
no relógio, viu que era depois das nove.

Talvez ela devesse voltar para casa.

Não, Elisha, você vai fazer isso.

Ao bater na porta, esperava que alguém respondesse. Nada


aconteceu.

Ao levantar a mão, ela bateu de novo e ainda nada.

—O que você está fazendo?


Ela girou para não encontrar ninguém ao redor. Franzindo o
cenho, levantou a mão apenas para parar quando alguém começou a
falar.

—Apenas entre.

Olhando para cima ela encontrou Brant inclinado para fora de


uma janela.

—Você não vai abrir para mim?

—Eu estava mijando. Entre. É uma festa e você está convidada.

—Você sabe que deixar sua porta destrancada não é seguro? —


Ela estava apenas na porta ao lado e não havia nenhuma maneira no
inferno que ela deixasse sua porta aberta.

—Como você espera ter uma festa se não deixar a porta aberta? —
Ele se inclinou mais para fora da janela. —A porta está fechada, não
trancada. Entre e se divirta.

—Lave as mãos. — Disse ela, abrindo a porta e entrando no caos.

Eu posso fazer isso. É apenas uma festa. Uma grande festa com
muitas pessoas.

De repente ela ficou grata por não ter usado o vestido de coquetel.
Algumas mulheres estavam usando biquínis e outras minissaias. Ela
estava supervestida.

—Isso não foi tão ruim! — Disse Brant, descendo as escadas.

—Estou aqui.
—E agora é hora de você se divertir. Primeiro, quero me apresentar.
Eu sou Brant Miller, seu novo vizinho. — Ele ofereceu sua mão.

Apenas faça isso. Basta pegar sua mão e superar qualquer coisa
que esteja acontecendo.

—Eu sou Elisha Jackson. É um prazer conhecer você.

—Foi difícil? — Ele perguntou sorrindo.

—Um pouco. Você lavou as mãos, certo?

—Você nunca saberá. Você vai ter que confiar em mim.

Ele segurou sua mão e a levou através do labirinto de pessoas em


direção a sua cozinha. O estado da cozinha era um pesadelo, mas ela se
manteve quieta. Nenhuma vez ela fez um comentário de que tudo estava
uma bagunça ou que ele precisava fazer algo.

—Você não bebe, então eu tenho algo especial para você. Saí e
comprei algo. — Brant inclinou-se para a geladeira e pegou uma
pequena lata de refrigerante. Ela olhou para a marca, não pôde deixar
de rir.

—Você comprou refrigerante para mim? — Ela pegou a lata e abriu.

—Ah, espere, eu também comprei canudos para o caso de você não


aguentar beber direto da latinha. Aqui. — Ele abriu o pacote fechado e
retirou um canudo para ela.

—Obrigada. — Colocando o canudo na bebida, ela tomou um gole


do refrigerante de laranja frio. —Perfeito!
—Veja, não sou um vizinho horrível.

—Não, desculpe. — Ela gostava de ficar perto dele. Estar tão íntima
com ele lembrou o quão excitante ele era. Seus braços eram fortes e não
tinham qualquer tatuagem. A camiseta que ele usava estava esticada
sobre o peito, destacando o quão musculoso ele era, ou que ele gostava
de usar camisetas menores. —O que acontece agora?

—Agora, nós nos divertimos. — Ele agarrou sua mão e começou a


apresentá-la a seus amigos.

Ela descobriu que ele tinha muitos amigos, vários deles estavam
no negócio da arte.

—Você é uma profissional da limpeza? — Perguntou Danny. Ele


era um planejador de eventos.

—Sim. Limpo praticamente qualquer coisa. Somos contratados por


empresas, ou para limpeza pessoal de casas. Qualquer coisa que seja
uma bagunça, nós limpamos.

—Há um local que eu estava olhando para a última exposição de


arte do meu cliente, mas o prédio acaba de ser recentemente renovado.
A decoração está acabada, mas está uma bagunça. Os construtores
levaram suas ferramentas, mas não houve ninguém até o momento para
limpar o local.

—Você tem uma foto? — Perguntou ela.

Ele puxou o celular e começou a mostrar as imagens.

—Sim, podemos fazer isso.


—Perfeito.

Ela deu a ele o número de seu negócio e pegou o dele.

—Você está usando meus amigos para fazer negócios? —


Perguntou Brant, colocando o braço em volta dos seus ombros.

—Não me culpe. Ele me perguntou. Mas se você não quiser eu


posso recusar o serviço.

—Não, Danny é inofensivo e isso impedirá que ele reclame por não
encontrar o local perfeito. Esteja avisada baby, você vai ter muito
trabalho jogado no seu caminho.

Eles saíram para o quintal, onde as pessoas estavam dançando.


Brant possuía uma piscina, estava cheia de homens e mulheres se
beijando. Percebendo seu olhar na ação, ela bebeu seu refrigerante e
percebeu que estava se divertindo.

—Este é o meu irmão, Sean. — Disse Brant.

—Prazer em conhecê-la. — Disse Sean sorrindo.

Ela sacudiu a mão de Sean e começou a conversar com ele. Ele era
um especialista em negócios e tinha uma coisa para esportes. Brant
nunca deixou o seu lado, o que a deixou nervosa, mas ela gostou. Elisha
gostava de estar em sua companhia. Ele não era tão ruim depois de
tudo.
Vários de seus convidados já tinham saído e Kasey estava sentada
ao lado dele. Brant não se importava com sua merda regular quando
seu olhar estava na bela e sexy vizinha que estava atualmente jogando
bilhar com seu irmão. Ela estava descontraída, rindo de todas as piadas
de Sean, apenas sendo sexy como o inferno. Sua necessidade de atraí-
la ficava mais forte quanto mais a olhava.

—Eu nunca soube que Sean curtia mulheres mais velhas. — Disse
Kasey.

Brant virou-se para ela. Kasey tinha a mesma idade que ele, mas
Elisha era mais nova do que os dois por alguns anos. Claro, sua vizinha
era mais velha que Sean, mas pelo tom da voz de Kasey, ela não gostava
de ser ignorada. Sean não deu atenção a Kasey e muitas vezes a tratou
com desdém.

Brant estava fodendo Kasey, ele não se importava se sua família


gostava dela ou não. Seu irmão não aprovava seu relacionamento com
Kasey. Quanto a ele, Kasey era uma foda fácil, e isso era tudo.

—Você tem um problema com Elisha? — Ele perguntou.

—Ela está dando em cima dele. É realmente triste. Ela deveria ficar
com seu tipo de gente. — Kasey estava atirando olhares malígnos em
direção a sua vizinha.

—Seu tipo? Por que diabos você está falando isso? — Kasey estava
começando a lhe dar nos nervos. Esta era a sua maldita festa, a primeira
com Elisha, e achou que era a mais divertida. Ele não precisou tocar em
nenhum álcool para desfrutar da própria festa, e ele sempre precisava
de álcool para passar por elas.
—Você sabe, pessoas gordas. Elas não são como nós. Elas não são
quentes, elas precisam ir a um Buffet para comer tudo que puderem.

Brant estava olhando Kasey com nojo agora, ele tinha que se
perguntar o que ele viu nela para fodê-la. Ela era uma pessoa
desagradável, não era alguém que queria ficar e conhecer.

—Eu quero você fora da minha casa.

Ele ficou de pé, entrando na cozinha. Kasey o seguiu.

—Como?

—Você não é mais convidada. Saia da minha casa. — Ele girou e a


encarou.

Kasey riu. —Você está brincando? Nós dois sabemos que eu sou o
melhor tipo de mulher para cuidar das suas necessidades. — Ela se
moveu em direção a ele, parecia que estava prestes a tocá-lo. Ele
agarrou seu pulso, impedindo-a de tocá-lo.

—Eu não quero suas mãos no meu corpo. Você é uma vagabunda,
mas pensei que você fosse uma pessoa decente. Agora, você é apenas
uma cadela e uma puta. — Ele segurou seu pulso firme enquanto a
movia para a porta da frente.

—Você está me machucando.

Ele abriu a porta e a empurrou para fora. —Não se preocupe em


voltar. Leve seu traseiro daqui vadia, e dê o fora da minha casa.
—Bem. Você acha que pode encontrar alguém melhor do que eu?
Vá em frente. Eu sou a melhor que você vai conseguir. — Ela agitou o
cabelo e virou. Ele estava tão bravo que estava tremendo.

—O que aconteceu? — Perguntou Sean.

Brant virou para seu irmão que estava segurando uma cerveja em
uma mão e um refrigerante na outra.

—Digamos apenas que Kasey me deixou saber seus pensamentos


sobre Elisha, e eu não gostei deles.

—Eu sempre disse que ela era uma cadela, mas você nunca
acreditou em mim.

—Eu acredito em você agora. Ela era fácil, eu nunca tive trabalho
para fodê-la.

—Eu quero saber o que ela disse para você mudar de idéia?

Brant olhou em volta para se certificar de que Elisha não estava


por perto. —Ela me disse que Elisha não deveria estar aqui, ela deveria
estar com seu próprio tipo de gente.

—Seu próprio tipo de gente? — Sean perguntou, parecendo


confuso.

—Pessoas gordas.

A boca de Sean caiu. —O que? Sério?

—Sim. Não posso acreditar que ela falou essa merda.


Seu irmão apenas riu. —Ela claramente não sabe como é uma
verdadeira mulher. Maldita puta. Eu disse que ela era uma má notícia.

—Eu sei.

—Vamos, Elisha está chutando minha bunda. — Sean voltou para


a mesa de bilhar e quando ele entrou na sala, viu Elisha olhando a arte
em suas paredes.

—Ei, querida. — Disse Sean.

—Este trabalho é fantástico. Onde você comprou isso?

—Eu possuo um estúdio no centro da cidade onde eu exibo várias


obras de arte.

—Você tem?

—Sim. — Brant não quis dizer a ela imediatamente que era um


artista.

—Posso comprar algumas? Eu adoraria ter algo assim na minha


parede. — Ela apontou para um quadro do sol se pondo.

—Eu estarei no escritório segunda-feira. Você pode ir até lá. — Ele


queria ver o que ela pensava de seu trabalho.

—Você quer que eu esteja no escritório na segunda-feira? —


Perguntou Sean.

—Não. É o seu dia de folga. Você pode fazer outra coisa.


Pegando um taco, ele o alinhou e jogou. Durante a próxima hora
ele ficou com Sean e conheceu Elisha. Descobriu que ela podia ser bem
refrescante. Sean se manteve flertando com ela, a fazendo rir.

Brant simplesmente gostava de vê-la sair da concha.

Por volta da uma, ela cobriu a boca com a mão e deu um bocejo.

—Desculpe rapazes, eu tenho que encerrar a noite.

—Eu vou...

Brant empurrou Sean no peito e avançou para frente. —Eu vou


com você até a sua casa.

—Eu moro aqui ao lado. Não é como se eu tivesse que andar muito.

—Ainda assim, eu gostaria de acompanhá-la.

—OK. Foi ótimo finalmente conhecer você, Sean. — Disse Elisha.

Sean puxou-a para um abraço e ela riu. Brant não gostou da


sensação de ciúmes que o atingiu por testemunhar o irmão receber um
simples abraço.

Seguindo-a em direção a sua porta da frente, ele admirou sua


bunda cheia e arredondada. Ela tinha curvas em todos os lugares
certos. Seu pênis começou a se contorcer enquanto ele observava seus
quadris balançarem de um lado para o outro. Ele queria fodê-la, aquele
pensamento fez com que ele percebesse por que ficou tão bravo quando
ela o chamou de vizinho horrível. Brant queria deixá-la suja, espalhar
suas coxas e fodê-la, mas ela não suportaria.
—Eu me diverti muito esta noite. — Disse ela, virando-se para ele
quando fechou a porta. Juntos caminharam em direção a sua casa.

—Estou feliz que você veio. Agora eu sei que nunca devo desistir
quando se trata de você. Você virá eventualmente.

—Eu conversei com minha irmã, ela me disse que posso ser
bastante difícil como vizinha. — Ela colocou alguns fios de seus cabelos
na orelha. —Eu realmente não deveria ter sido má com você.

—Está bem. Começamos com o pé errado.

—Você teve orgias em seu jardim, no entanto. Isso tornou


impossível limpar minhas janelas.

—Você poderia ter assistido.

—Eu... não. Isso é demais para mim. Eu não vou te assistir com
outras mulheres. Eu não sou um tipo de voyeur.

Ele riu, imaginando que ela pressionava seu nariz contra a janela
observando ele foder uma mulher qualquer. —Você gosta de manter
tudo limpo?

—Sim. É uma maldição, para ser sincera. Eu deixo minha irmã


louca quando vou visitá-la. Eu tenho que me impedir de limpar sua
bagunça. Não é bom. — Ela encolheu os ombros. —Queria poder mudar
isso.

—Você sempre gostou de limpar? — Ele perguntou, querendo


saber mais sobre ela.
—Sempre gostei do meu espaço limpo, mas nunca fui tão obsessiva
antes. — Ela riu. —Minha irmã pensa que preciso de um homem que
me distrairá o suficiente para não pensar em limpar. Que pensarei
somente em sexo.

O pau dele ficou ainda mais duro. Ele ficaria mais do que feliz em
distraí-la o suficiente para que ela não pensasse em limpar.

—Segunda-feira você virá ao meu escritório? — Ele perguntou,


precisando sair dali antes de cometer um erro.

—Sim. Eu me diverti hoje à noite, Brant. Vejo você na segunda-


feira.

Ele a viu destrancar a porta e entrar, fechando-a antes de virar e


voltar para sua própria casa.

—Você a acompanhou até a porta dela?

—Sim.

—Você está apaixonado por ela? — Sean perguntou, sorrindo.

—Cale a boca. Eu não estou apaixonado por ela.

—Mas você quer fodê-la?

—Isso eu não posso negar.

—Estou contente que você tenha visto o erro que era sua relação
com Kasey. Aquela mulher é uma puta.
—Bem, ela não virá mais aqui. — Ele caiu em sua cadeira e tomou
um gole da cerveja que Sean lhe entregou.

—E quanto a Elisha? Será que ela virá mais vezes? — Sean


perguntou.

Brant realmente esperava que sim.


í

Elisha sentiu-se bem. Ela voltou para a casa de Beth no domingo


e pela primeira vez no fim de semana ela não tentou limpar algo. Beth e
Andrew até comentaram sobre o fato dela ter se divertido com as
crianças ao invés de olhar para a casa com um olhar crítico.

—Uma noite de festa e você está curada.

As palavras de Beth a fizeram sorrir. Ela não acreditava que


estivesse curada, não por um longo tempo.

—Porque você está sorrindo? — Perguntou Anna. Anna estava com


ela desde o início quando começou seu negócio de limpeza. Juntas, elas
desenvolveram a empresa e Elisha se certificou de que Anna tivesse tudo
o que sempre quis. Elas passaram pelo inferno, e pelo reconhecido céu,
ela era sua empregada mais confiável.

Elisha tinha oferecido fazer de Anna uma parceira, mas ela não
queria ser sócia, apenas uma empregada.

—Você se lembra do vizinho do qual eu estava falando?

—Aquele que tem orgias e está sempre tendo festas?

—Sim. Fui a uma das suas festas neste fim de semana.


—Você se rebelou! — Anna se levantou, tirando a máscara do
rosto. Elas estavam completamente cobertas de roupas brancas
enquanto limpavam uma casa que já havia sido habitada por viciados.
Ela ouviu a polícia no outro quarto, que também atravessava algum
caos que os cercava. Esse tipo de trabalho era perigoso e eles tinham
que garantir que seus corpos fossem protegidos de possíveis agulhas e
drogas. As luvas que usavam eram grossas, mas tinham que manter a
atenção no trabalho. —Não sei como alguém pode viver aqui.

—Eles não viveram exatamente aqui. Eles sobreviveram aqui,


depois seguiram em frente.

Elisha se levantou, empurrando a máscara para o cabelo e girando


em círculos. Cada uma delas tinha um caminho limpo da entrada para
o centro da sala.

—Isso vai levar muito tempo para realmente ser limpo. — Disse
Anna.

—Ei, senhoras, como vocês estão? — Carl, um dos policiais,


perguntou.

—Isso está horrível. Como isso foi negligenciado por tanto tempo?
— Perguntou ela.

—Merda assim é sempre negligenciada. Custa ao governo limpar


um lixo como este. Você acha que se trata só de tirar o lixo, mas também
há o remanejamento das pessoas que encontramos dentro.

O celular de Elisha começou a tocar, ela pediu desculpas,


puxando-o da parte de trás da calça.
Ela saiu da casa para o ar fresco.

—Olá! — Ela disse.

—Olá, é Elisha?

—Sim, é. Quem está falando? — Ela tirou a máscara de sua cabeça


e respirou profundamente. O cheiro de urina, algo podre, e pior ainda,
fezes exalavam da casa.

—É Danny. Nós nos encontramos na festa na casa de Brant neste


fim de semana.

—Danny, ei, o que posso fazer por você?

—Eu estava esperando que você estivesse disposta a aceitar o


trabalho de limpeza desse local que eu estava falando para você?

—Eu deveria ligar para você, certo?

—Certo, mas eu vi na internet que sua empresa é muito


recomendada e resolvi ligar.

Elisha não pôde deixar de sorrir. Ter um site tinha sido idéia de
Anna.

—Excelente. Eu vou ter que fazer um orçamento para garantir que


possamos realmente limpar o lugar que você escolheu. — Ela tinha sido
chamada para limpar lugares que nem sequer eram estáveis o suficiente
para que as pessoas entrassem, com paredes em ruínas e outras coisas
assim.

—Estou livre esta tarde.


Elisha mordeu o lábio. Ela queria ir e olhar a obra de arte que
Brant tinha oferecido. Parte dela queria avançar e fazer mais negócios,
mas ela não queria ir. Esta foi a primeira vez que ela não estava pulando
na oportunidade de conhecer um novo cliente.

—Não estou livre. Que tal na terça de manhã? — Ela perguntou.

—Certo. Estou ansioso para revê-la.

—Eu também.

Ela desligou o telefone e o colocou de volta no bolso.

—Nós não podemos mais fazer a limpeza. — Disse Anna.

Virando-se ela viu que sua amiga já estava tirando as roupas do


trabalho.

—O quê?

—Os policiais não podem arriscar nossas vidas. Somos uma


empresa independente que eles contrataram. Há muito perigo para nos
deixar continuar.

—Realmente sinto muito, senhoras, mas não posso arriscar. —


Disse Carl.

—O que você vai fazer? — Elisha perguntou.

—Limpar a maior parte da bagunça. Há uma empresa que lida com


lugares como este e especializada em remover as agulhas. — Carl
encolheu os ombros. —Eu queria que não houvesse empresas lá por
essa merda, mas existem.
—Quando terminar você nos ligará, certo? — Perguntou ela.

—Você será a primeira pessoa que chamaremos. — Carl assentiu


com a cabeça antes de se virar e voltar para a casa.

—Uau, estamos livres para o resto do dia! A menos que você tenha
outro trabalho. —Perguntou Anna.

—Não, você pode ir. Há um lugar que eu quero ir de qualquer jeito.

—Um encontro?

—Não é um encontro.

Anna riu. —Você não precisa se preocupar com nada. Ligue para
mim se um trabalho aparecer. Eu vou assar alguns cupcakes para que
as crianças decorem quando chegarem em casa.

Ela viu Anna retirar o traje branco e ir para o carro. Elisha olhou
para o seu corpo e se encolheu. Ela vestia o traje branco por cima de
um par de jeans antigos e manchados de alvejante. A camisa também
estava rasgada. Para trabalhos como esse, ela não gostava de usar sua
roupa boa.

Entrando em seu carro, ela dirigiu para casa para mudar de roupa.
Ela sempre se trocava independentemente de onde estivesse. Colocando
a roupa suja em uma cesta, ela colocou o traje branco na máquina de
lavar.

Ela decidiu por um vestido de verão, um cardigã e um par de


sandálias. Elisha nunca tinha usado sapatos. Decidindo-se contra a
maquiagem, ela voltou para o carro enquanto Sean estava indo para sua
própria porta da frente.

Sean assobiou depois que ela lhe deu um aceno. —Você está
bonita, vizinha.

—Eu estou apenas indo ver seu irmão.

—Ele está esperando por você. Ele vai adorar. — Sean inclinou-se
contra a cerca.

Não sabia o que mais dizer a ele, então sorriu e começou a andar
em direção ao carro.

—Você não sabe nada sobre Brant, não é? — Sean perguntou.

Olhando para trás, ela lhe deu um sorriso. —Eu não sei o que você
quer dizer.

—Quem é Brant? O que ele faz para ganhar a vida?

—Eu penso que ele tem uma galeria onde mostra todas as obras
que compra.

—Sim, algo assim. Vejo você mais tarde, vizinha.

—Tchau, Sean.

Confusa pelo irmão de Brant, ela não permitiu que ele a impedisse
de se dirigir para a galeria. Ela realmente esperava vê-lo novamente.
—Ela não tem ideia de que você é um artista, não é? — Sean disse.

Brant segurou o celular no ouvido, escutando seu irmão. —Ainda


não quero que ela saiba.

—Você sabe que as garotas gostam de um cara que desenha, certo?

—Oh, meu irmãozinho está com ciúmes por causa das bocetas que
eu consigo?

—Se você está falando sobre o tipo de Kasey, você não tem chance.
Ela não me atrai. Ela tem garras que fazem meu pau querer morrer, não
ficar feliz e excitado.

Ele não podia reclamar do julgamento de Sean sobre Kasey. Brant


concordou com ele. O problema era que ele gostava de uma boceta fácil
e Kasey tinha sido incrivelmente fácil. No entanto, ele estava começando
a ansiar por uma certa vizinha de cabelos escuros que gostava de
limpar.

Maldição, ele estava ferrado.

—Então, você vai tentar seduzir nossa vizinha sexy?

Falando sobre sua vizinha, Elisha escolheu esse momento para


atravessar a porta.

—Tenho que ir. — Ele desligou o telefone sem dizer adeus e sorriu
para Elisha. —Bem-vinda ao meu palácio.

Ela sorriu no momento em que o viu. —Brant, oi. Não estou me


intrometendo, estou?
—Não, a loja está vazia. — Sean estava na loja na parte da manhã,
e na hora do almoço Brant o havia enviado para casa. Elisha havia dito
que viria a tarde. Durante a manhã ele estava trabalhando em um
projeto especial. Agora, era ele que administrava a loja. Sean lhe disse
que venderam três peças esta manhã. Uma online e mais duas através
da loja física. Danny também entrou em contato sobre estar pronto em
um mês para uma nova exposição de arte, em um novo local.

Brant nunca gostou de fazer exposições locais com outros artistas,


mas sempre foi bom para os negócios.

Ela fechou a porta e começou a olhar ao redor. —Isso é incrível. —


Ela passou por ele em direção a um cenário invernal. Ele estava no
Canadá no ano anterior em uma cabana durante uma nevasca, então
usou a oportunidade para se inspirar. Brant gostou da sua reação ao
seu trabalho.

—O que você está pensando? — Ele perguntou.

—Este trabalho é muito, muito bom. Eu sempre evitei a arte para


ser honesta, pois sempre parecia um monte de porcaria. Eu gosto de
coisas impressas e vendidas em todas as lojas. Não é pretensioso.

—Você acha que isso é pretensioso?

—Não. Eu não acho. — Ela se moveu para um cenário de praia.


Ele estava sentado na beira, observando a maré subir. Brant fazia
esboços rústicos e depois voltava para sua casa e recriava a arte. —
Sinto calor quando olho para cada foto.

—O que você quer dizer?


—As pinturas ou desenhos, ou como elas são chamadas, elas não
são cópias, se isso faz sentido. Há calor e energia no que ele criou. Eu
amo isso. Muito cuidado e amor, não posso deixar de sorrir quando olho
para isso. — Ela se esticou como se estivesse tocando a pintura e depois
parou.

Ele a seguiu ao redor da sala, observando sua reação a alguns


trabalhos. Brant também tinha uma seção especial, proibida para
menores.

—Eu quero te mostrar outra coisa. — Ele a fez esperar em uma


porta antes de voltar para a frente da loja. Travando a porta, ele
encontrou Elisha onde a deixou.

—O que você quer me mostrar? — Perguntou ela.

—Você está com medo?

—Eu não sei.

—Eu acho que vamos ver. — Ele abriu uma porta e acendeu uma
luz especial. O quarto estava escuro com apenas focos sobre as
pinturas. Havia alguns clientes que só queriam o erótico em sua vida.
Ele tinha mais de uma dúzia de pinturas que havia desenhado e pintado
o sexo em muitas formas diferentes.

—O que é isso? — Perguntou ela.

—Eu chamo isso de sala do prazer sem regras.

Uma pintura era de um homem e de uma mulher envolvidos um


no outro, se beijando. O pau do homem estava pressionado contra a
mulher, seu corpo estava virado para que seus seios e boceta estivessem
em exibição. Em outra uma mulher estava sentada com as pernas
abertas.

—Eles são…

—Eu entendo se você os considerar grosseiros. Eles são apenas


para um mercado selecionado.

—Eles são lindos. — Ela se moveu pela sala e ele não pôde deixar
de observá-la.

—Você realmente pensa assim?

—Sim.

Ela tropeçou em algo, ele a pegou, colocando a mão na cintura


dela. —Cuidado, querida.

Ela soltou um suspiro e olhou por cima do ombro. —Desculpe.

Ele não podia deixar de olhar seus lábios. Apertando o quadril dela,
ele colocou a outra mão na sua bochecha, acariciando sua pele.

—O que você está fazendo? — Ela perguntou.

—Nada.

Sua pele era macia e sedosa ao toque.

—Isso não é ‘nada’.

—Não precisa ser nada, querida.


—Brant?

—Sim.

—Você é o artista aqui, não é? — Ela perguntou.

—Como você sabia?

—Suas iniciais, B.M. Brant Miller.

—Sim. Eu sou o artista.

—Sean me perguntou se eu sabia o que você fazia. E eu acabei de


somar dois e dois. Este estúdio, sua arte, seu conhecimento e sua
assinatura no canto, é tudo você.

Brant não sabia o que fazer sobre o que ela disse.

—Você conhece essas mulheres?

—Sim. Algumas delas são modelos.

—E os homens com elas?

—Namorados.

Havia uma pintura deles realmente fazendo sexo, seu pênis


pressionando nela. Ele tirou uma foto do ato porque o casal queria que
fosse desenhado. Brant não questionou o que seus clientes queriam. Ele
fez o que tinha que fazer.

—Eles permitem que você mostre isso? — Perguntou ela.


—O casal não está mostrando seus rostos. Sua identidade é um
segredo completo para todos, exceto para si mesmos e para mim.

—Eles não têm problema com isso sendo mostrado? — Perguntou


ela.

Brant riu. —Eles se divertem com isso. Não, não vou te dizer quem
são. Isso é privado.

—Eu não quero saber.

Ele ainda segurava seu quadril enquanto eles caminharam pela


pequena sala. Quando chegaram ao último, Brant não queria sair da
sala.

Seu pênis estava dificultando as coisas, as imagens eróticas não o


ajudaram com a excitação. Ele a queria, muito. Seu corpo era tão macio,
ele não queria deixá-la ir.

—O que você está fazendo? — Ela perguntou.

Brant a pressionou contra a porta, segurando suas mãos e


colocando-as acima de sua cabeça. —Há algo que eu queria fazer desde
o primeiro momento em que te vi. — Ele tomou posse de sua boca,
deslizando a língua entre os seus lábios, saboreando-a. No primeiro
momento ela ficou tensa em seus braços.

Ele parou e apoiou a cabeça contra a dela. —Eu quero você.

—Eu não estou conseguindo pensar.

—Não pense. Eu quero beijar você.


—Então me beije. — Ela disse.

—Ninguém pode nos ver. Você não precisa pensar sobre o que
estamos fazendo.

A luz foi desligada e ele aproveitou toda a vantagem, deslizando a


língua em sua boca, e desta vez, ela derreteu contra ele.

Ele soltou as mãos e agarrou sua cintura enquanto ela segurava


seus ombros com força. Seu sabor era como o céu, e ele não conseguia
obter o suficiente dela.

Seu beijo foi interrompido pelo celular tocando.

Ela se afastou, lambendo os lábios. —Você deve responder a isso.

Remexendo no bolso, ele puxou o celular e respondeu à chamada.


—Não vá a lugar nenhum.

Ele acendeu a luz, e foi como se a luz acendesse a realidade da


situação. Antes que ele pudesse detê-la, Elisha abriu a porta e saiu.

—Elisha. — Ele gritou para detê-la.

Correndo para a porta, descobriu que ela já tinha ido. Merda, o


que diabos acabou de acontecer?
í

Elisha entrou em casa e imediatamente foi em direção ao armário


de limpeza. Seu coração estava correndo, ela não conseguia se
concentrar em nada agora, já que seus lábios ainda pulsavam. O beijo
tinha dado a ela tanto prazer que a fez correr como uma criança. Ela
nem sabia por que tinha corrido.

—Ótimo, Elisha, ele vai achar que você é uma louca. — Ela tirou o
pano de pó e correu em direção a sala de estar. Abrindo a janela, ela
começou a sacudir o pó das cortinas.

Incapaz de lidar com os pensamentos correndo por ela, pegou seu


celular e ligou para Beth.

—Olá. — Disse Beth, respondendo segundos depois.

—Eu preciso falar. Beijei Brant!

—O vizinho sexy?

—Claro. Quem mais eu beijaria?

—Não foi bom?

Segurando o celular entre o ombro e a orelha, Elisha suspirou. —


Foi muito bom. O melhor beijo que já experimentei, e tive muitos beijos.

—Espere! Você o beijou, e depois o que aconteceu?

—Eu corri.
—Você correu?

—Sim, eu corri! Eu me sinto tão, oh foda-se, estúpida.

—Uau, você está usando a palavra foda?

Murmurando Elisha bateu o pé. —Isto não é uma piada.

—Eu não estou rindo, querida. Só estou tentando descobrir o que


está acontecendo.

—Não há nada acontecendo. Eu beijei meu vizinho na parte sexy


de seu estúdio e eu corri. Ele provavelmente pensa que eu sou uma
louca. — Ela limpou a mesa de café enquanto conversava com a irmã.

—Você está limpando, não é?

—Sim. Minha sala de estar está suja.

—Eu conheço você, Elisha. Sua sala de estar é impecável, e você


sabe disso.

—Eu não sei o que estou fazendo. — Elisha disse em pânico.

—Pare de limpar.

—Eu preciso limpar.

—Não, você não precisa. Você beijou seu vizinho sexy.

Elisha ficou de pé. Seu coração ainda estava correndo, ela olhou
pela janela, temendo quando Brant chegaria. Ele provavelmente riria do
jeito que ela estava agindo.
—Eu preciso me mudar.

—Porque você beijou um cara?

—Sim. Isso vai ser tão embaraçoso. Não vou poder olhar para ele
de novo. Ele provavelmente pensa que eu sou louca.

—Querida, você é uma pessoa louca. Você é a única mulher que


conheço que fugiu de um cara quente e sexy, e que está limpando a casa
em vez de tentar estar com aquele Deus. — Disse Beth.

Confusa, Elisha ofegou quando viu Brant estacionar fora de sua


casa. Suas janelas estavam abertas e ela caiu no sofá.

—Ele está aqui!

—Você parece muito mais estranha, Elisha. — Beth pareceu


divertida com o que estava acontecendo.

—Eu me abaixei, mas acho que ele me viu.

—Você soa infantil. — Beth disse.

Olhando por cima do sofá, ela ofegou.

—Sério mesmo que você está se escondendo atrás do sofá? Então


você acha que não precisa falar comigo? — Ele perguntou.

—Não.

—Sim. — Beth gritou na linha, Elisha desligou.

—Você vai sair daí e abrir a porta para que possamos conversar
corretamente?
—Sim. — Colocando o telefone na mesa de café, ela caminhou para
a porta da frente. Ela abriu e Brant entrou dentro de sua casa. —Apenas
entre. — Ao fechar a porta, ela voltou para a sala de estar e começou a
puxar as janelas, travando-as de volta. Uma vez que terminou, suas
mãos estavam livres novamente e ela olhou para seus panos de limpeza.

—Isso é o que você faz quando está nervosa? — Brant perguntou,


ficando atrás dela.

Quando ela se moveu, ele agarrou seus quadris e a manteve firme.


—Não terminei de conversar com você.

—O que você quer?

—Nós compartilhamos um beijo e você se assustou. Você faz isso


com os muitos caras com quem você está?

—Eu não estou com muitos caras. — Disse ela, tentando evitar a
questão.

—Estou brincando.

Suas mãos começaram a acariciar seu quadril, ela não podia


deixar de fechar os olhos e aproveitar a atenção que ele estava dando a
ela.

A boceta dela estava molhada, seus mamilos duros. Ela queria


suas mãos por toda parte, queria estar fora de suas roupas.

—Você está excitada, Elisha. Eu aposto que sua boceta está


molhada, apenas esperando para ser lambida e fodida.
—Você é meu vizinho. Isso é errado.

Ele riu, e até o som a deixou tonta. Ela não tinha sido tocada por
um longo tempo, e estava começando a sentir a falta disso.

—Não somos parentes, ambos somos adultos, não há nada de


errado com o que estamos fazendo.

Brant agarrou sua mão e colocou-a sobre seu pênis. Ele estava
pressionado contra sua bunda e ela o sentiu, duro.

—Brant...

—Nós nos beijamos e você correu. Me diga, por que você correu?

—Eu não sei.

—Você sabe querida.

—Eu não quero arruinar nossa amizade. Somos vizinhos.

—Que amizade? Você me chamou de horrível e indecente. Posso te


deixar indecente, Elisha. — Suas mãos saíram de seu quadril e foram
para os seus seios. Ela ofegou e fechou os olhos, curtindo a sensação
de suas mãos em seu corpo. —Eu não tenho que ser nada além de uma
transa, querida.

A tentação foi tão forte.

Ela envolveu seus dedos em torno de seu pau e começou a esfregá-


lo através da calça jeans. Ele era o maior homem que já sentira. Elisha
não tinha muito para comparar, mas ele se parecia muito bem.
Como seria ter um cara para dormir? Não, não dormir, foder.
Talvez essa palavra fosse muito vulgar. Ter sexo? Talvez?

Maldita seja, ela nunca foi boa em mostrar suas necessidades, nem
mesmo em pensar nisso. Sua irmã tinha dito a ela para começar a se
soltar, mas ela simplesmente não podia fazê-lo. Elisha nunca conseguiu
se soltar e abraçar o que queria.

—Você não precisa ter medo de mim. — Ele disse, sussurrando


contra sua orelha.

—Eu não estou com medo.

—Bom. — Ele sugou seu pescoço e o arrepio do seu toque a deixou


ofegante. —Você quer que eu pare?

—Não. Eu não quero que você pare.

Ele começou a desabotoar a camisa, e mesmo que ela quisesse


protestar, não podia.

Ela queria isso.

Ela o queria muito.

Entregue-se.

Deixe ir.

Tenha o que você nunca teve.

Agarrando seu pau um pouco mais apertado, ela começou a


acariciá-lo com mais força. Quando isso não foi suficiente, ela subiu e
deslizou a mão dentro do jeans, pegando-o. Ela ficou assustada quando
a carne nua de seu pau tocou sua mão. —Onde está sua cueca?

—Eu não uso. Eu gosto do meu pau livre. — Ele a girou, então ela
não teve escolha senão tirar a mão de suas calças. Brant não parou por
aí. Ele a moveu para que ela estivesse pressionada contra a parede da
sala de estar, longe da janela.

Ele abriu sua camisa enviando os botões para todos os lugares.

—Diga-me para parar, Elisha! — Ele disse.

Trincando os dentes, ela sacudiu a cabeça.

—Eu não sou um estuprador, meu amor. Se você quer que eu pare
apenas me diga. Eu não vou força-la.

—Eu sei. Eu quero você. Eu quero isso. — Admitir a verdade foi


um passo enorme para ela. Lambendo seus lábios secos, ela olhou para
seus olhos.

Ele puxou a camisa por cima da cabeça.

Segurando a mão no peito, ela fez uma pausa. —Isso não significa
nada. Nós não estamos comprometidos um com o outro. Não
precisamos transformar isso em algo, certo?

—Você está certa. Você é Elisha, minha vizinha. Eu sou Brant, seu
vizinho.

Elisha sorriu. —Eu gosto do som disso.


Ela não queria um relacionamento, nem qualquer coisa que
complicasse seu mundo. Tudo o que ela queria era se divertir.

Diversão? Ela nem sabia o que era isso.

O pau de Brant estava ameaçando explodir em seu jeans. Ele


estava incrivelmente duro. Danny tinha sido o único a interromper seu
beijo. Uma vez que ele cuidou da ligação, veio direto para casa, sem
sequer se preocupar em ver Sean. Ele odiou vê-la fugir dele. No
momento em que teve as mãos sobre ela, ele perdeu todo o sentido.

Ela estava tão limpa e inocente que ele tinha que deixá-la suja,
fodê-la.

Elisha segurou seus ombros, agarrando-o firmemente.

—Você quer que eu foda você? — Ele tinha muitos planos para seu
corpo e não podia esperar para começar.

—Deus, sim. — Ela passou as mãos por seu peito, para o cinto,
segurando o jeans. Ele queria fodê-la tão mal, e finalmente descobrir se
ela era tão apertada e molhada como imaginava. Brant passou muito
tempo se perguntando sobre a sensação de sua boceta sugando seu
pau. Mesmo quando ele estava com Kasey, ele pensou em Elisha. Foi o
que o safou.

—Diga-me para fodê-la. Diga-me o quanto você quer. — Ele


precisava ouvir ela dizer exatamente o que queria.
Ela balançou a cabeça. —Não posso fazer isso.

—Se você quer o meu pau, é exatamente o que você vai fazer. —
Ele só queria ouvir sua conversa suja. Uma de suas fantasias era ter
Elisha dizendo o que queria. Ele estava determinado a quebrar essa
capa externa dura que ela apresentava ao mundo e achar a mulher
presa dentro dela. —Diga-me, querida. Deixe-me ouvir essas palavras
sujas saírem da sua boca.

Ela parou por um segundo e hesitou. Parte dele esperava que ela
o jogasse fora de sua casa.

—Eu quero que você me foda. Por favor, Brant.

Maldita, ele não esperava isso. Seu pau já duro estava ameaçando
estourar o jeans. Agarrando seu rosto, ele a puxou para perto e apertou
seus lábios sobre os dela, beijando-a intensamente. Ele não esperou
muito tempo antes de deslizar a língua nos lábios, saqueando sua boca,
saboreando-a.

Suas unhas se afundaram na carne de seus ombros, mas ele não


se importava. Brant queria o seu toque, desejava suas mãos em todo o
seu corpo, dando-lhe todo o prazer que necessitava.

—Por favor. — Ela disse. Ele quebrou o beijo e começou a arrastar


os lábios pelo pescoço dela, mordiscando sua pele. Seus mamilos
ficaram ainda mais duros enquanto ele usava os dentes. Ela ofegou,
implorando um pouco mais.

Tirando os restos da camisa e atirando no chão, ele riu quando


suas mãos puxaram a fivela do seu cinto. Seus seios balançavam com
cada movimento, e ele não pôde deixar de admira-los e querer apenas
um pouco mais. O que ele viu em Kasey? Ela não era nada como Elisha,
ela era toda curvas, bunda e peitos. Foda-se, desde o momento em que
a viu pela primeira vez, tinha estado louco para colocar as mãos sobre
ela, e esse sentimento nunca desapareceu, nem mesmo agora. Ele a
queria muito, muito mal.

Ele se abaixou e caiu de joelhos diante dela. Brant não teve


paciência para remover a calça jeans com os dentes, então com bruscos
puxões ele a tinha nua. Deslizando as mãos nas coxas, agarrou seus
quadris antes de voltar para baixo para agarrar sua calcinha. Ele não
tirou com jeitinho. Ele as puxou, rasgando o material em dois.

—Ei! — Ela disse, sem parecer irritada com ele. Na verdade, ela
parecia sem fôlego, e ele adorava esse som dela.

—Qual é o problema, querida?

Brant colocou um beijo no seu estômago, olhando para ela.

—Você arruinou minha calcinha.

—Eu vou comprar novas. — Outro beijo no quadril e ele agarrou


seu traseiro, puxando-a um pouco mais perto. As cortinas ainda
estavam abertas, mas a menos que alguém realmente chegasse na
janela e olhasse, ninguém os veria. Ele não acreditava que chegariam
ao quarto agora. Brant estava desesperado para entrar dentro dela, para
mergulhar seu pau rígido no fundo de sua pequena boceta. Sua boca
estava salivando, ele queria um pouco do sabor. Apenas um pouco do
céu, era tudo o que ele precisava.
Ele abriu suas coxas e olhou para ela. A boceta dela estava
completamente nua e ele viu o quanto estava excitada. Sua excitação
escorria dos lábios de sua boceta.

—Bem, Elisha, você está cheia de surpresas.

Incapaz de resistir abriu os lábios de sua boceta e deslizou a língua


no clitóris. Ela era tão doce que ele tinha que ter outra prova.

—Abra mais suas pernas. — Ele disse.

Ela fez o que ele pediu sem discutir, o que também o surpreendeu.
Havia um incêndio dentro de Elisha, uma paixão que ela cobria com sua
limpeza obsessiva. Ele ia mexer com ela, mostrar a ele que ser um pouco
suja poderia ser uma coisa boa.

Deslizando a língua de seu clitóris, ele pressionou sua boceta e seu


sabor explodiu em sua língua. Ele a bebeu, subindo para cercar seu
clitóris e provocá-la um pouco mais. Sua boceta era a mais saborosa
que já havia comido, e ele não gostava de fazer sexo oral.

Kasey continuava tentando persuadi-lo a fazer, mas ele


simplesmente não estava interessado. Com Elisha, ele comeria sua
boceta com prazer por horas.

—Está tão bom! — Ela bateu a mão contra a parede, ofegando


enquanto ele sugava seu clitóris profundamente em sua boca, sentindo-
o entre os dentes. —Oh meu Deus, sim, merda, tão bom.

Afastando-se, Brant se levantou e fechou as cortinas.

—O que você está fazendo?


—Eu não vou arriscar alguém vir à sua porta e ver o que estou
prestes a fazer com você. — Ele voltou para ela, pegou sua mão e a levou
em direção a mesa de café.

—Você quer que eu me deite na mesa? Onde sirvo café?

—Toda vez que você olhar para ela, você vai se lembrar de como eu
lambi sua boceta, e fodi você quando estava gritando meu nome. —
Antes que ela tivesse a chance de discutir ele a ajudou a se deitar na
mesa. Ela ofegou quando a madeira fria bateu nas suas costas. A
superfície era suave, então não havia risco dela se machucar enquanto
ele a levava ao orgasmo.

Ele posicionou seus pés e agarrou seus quadris, puxando-a até a


extremidade da mesa. Os lábios de sua boceta estavam ligeiramente
abertos, revelando seu clitóris. Colocando os dedos sobre sua boceta,
ele se afastou, observando enquanto levava um dedo para dentro dela.
Ela o segurou, e cara, ela estava tão apertada. Ele iria ter que deixá-la
agradável e molhada apenas para que pudesse levá-lo. Brant não era
um homem pequeno. Ele era grande, e algumas mulheres haviam
reclamado do quão grande ele era. Ele se certificaria que ela estivesse
molhada e pronta para ele antes de entrar nela. Se ele tivesse que fazê-
la gozar várias vezes, ele faria. Brant precisava que ela aproveitasse isso,
desejasse o seu toque e estivesse implorando por mais.

Adicionando um segundo dedo em sua boceta, ele gemeu. —Você


não fodeu muito, não é?

—Você sempre fala sujo?


—Sim. Só há uma maneira de conversar durante o sexo. — Tirando
os dedos da boceta dela, ele os ergueu para ver. —O sexo é suposto ser
sujo, amor. Se não estiver bagunçado e você não estiver gritando, então
não está fazendo certo.

Lambendo o creme de seus dedos, ele observou sua reação. Ela


parecia um pouco aturdida, suas bochechas estavam vermelhas.

Pressionando o polegar sobre o clitóris dela, ele o deslizou de um


lado para o outro, observando o orgasmo começar a se construir. —Você
não respondeu minha pergunta.

—Que pergunta você quer que eu responda? — Ela perguntou.

—Você já teve muito sexo?

—Não.

—Quanto tempo se passou desde que esteve com um homem? —


Ele estava curioso e com ciúmes ao mesmo tempo. Fazia uma semana
que ele esteve com uma mulher, mas Kasey não contava mais.

—Um ano, talvez um pouco mais.

—Uma noite ou namorado?

—Eu não tenho uma noite. Nunca tive.

Brant se perguntou por que qualquer homem deixaria essa


mulher. Claro, sua necessidade de limpar era uma porra assustadora,
mas ela era sexy e quente. Agora ela estava na mesa de café, levando
seus dedos dentro dela, esperando por seu pau. Ele levaria sua limpeza
se ela lhe desse algum dia da semana.

—Por favor, pare de me torturar.

—Eu apenas comecei.


í

Elisha ofegou quando ele torceu os dedos dentro dela. Ela nunca
sentiu um prazer como esse. Todas as ideias ou objeções morais sobre
foder seu vizinho se evaporaram com cada toque que ele deu em seu
corpo. Não havia necessidade de limpeza, ou encontrar uma desculpa
para não estar com Brant. O corpo dela tinha estado só, e ele estava
despertando a necessidade que ela manteve por um longo tempo
escondida. Ela não tinha tido muitos namorados ao longo dos anos, e
aqueles que ela teve, nunca a fizeram se sentir assim.

O sexo sempre foi na cama, debaixo de cobertores, talvez com a


roupa fora. Foda-se, ela sentia-se bem em estar nua e na luz. Sentiu-se
ainda melhor em estar na sua mesa de café quando Brant a fodeu com
a mão. Caramba! Sua boca cobriu seu clitóris, sugando-o em sua boca.
O prazer estava fora deste mundo, e era diferente de qualquer coisa que
ela já sentira.

Mordendo o lábio, ela tentou segurar o orgasmo que estava perto.


Se ela soltasse agora, ele riria dela e ela não conseguiria lidar com esse
tipo de constrangimento. Nenhum homem a fez gozar com a mão ou a
boca. Nenhum de seus namorados anteriores gostava de fazê-lo, mesmo
que ela gostasse de chupar seu pau.
Ela tinha sentido o pau de Brant, ele era enorme. Elisha queria
levá-lo na boca e chupar com força. Ele puxou os dedos para dentro e
para fora dela, pressionando cada vez mais com cada impulso.

—Goze para mim. — Ele disse, murmurando as palavras contra


seu clitóris.

Ao fechar os olhos, ela tentou lutar contra seu orgasmo, para ser
apropriada, mas nada podia impedir o prazer que suas mãos estavam
criando. Ele brincou com o clitóris com a língua e ela entrou em
erupção, vindo em seus dedos enquanto ele trabalhava seu corpo.

—Brant! — Ela gritou seu nome em voz alta enquanto ele a


empurrava para o auge e a segurava lá. Seus toques eram suaves, mas
eles a mantinham montando seu orgasmo, fazendo com que durasse o
maior tempo possível.

Elisha adorou cada segundo, e quando estava descendo do


orgasmo, ele a ajudou lentamente até parar de tocar sua boceta. Ele deu
um beijo em seu clitóris, fazendo-a ofegar mais uma vez. —Uau! — Ela
disse, sem fôlego.

—Você é realmente especial, Elisha.

Ela não podia deixar de sorrir. —Você é o primeiro homem a fazer


isso.

—O que? Chupar sua boceta?

—Sim. E você também é o primeiro homem a me fazer gozar,


ninguém se importou o suficiente para me fazer vir. — Suas bochechas
tinham que estar incandecentes. Ela estava tão envergonhada.
—Nem mesmo seus namorados?

—Não. Eles não gostavam.

Brant riu. —Não se preocupe com nada, amor. Eu vou compensar


todo o tempo que você perdeu. Adorei chupar sua boceta, você é
deliciosa. — Ele lambeu os lábios e ela cobriu seu rosto.

—Não! — Ela disse.

Ele agarrou suas mãos e as puxou para longe. —Olhe para mim.
— Ele disse.

Ela abriu os olhos e olhou para ele.

—Quando estamos juntos, sozinhos assim, você não precisa se


envergonhar. Não há espaço para isso aqui.

—Eu nunca estive assim.

—Estamos prestes a transar, Elisha. Eu não quero uma mulher


formal e adequada debaixo de mim. Quero ouvi-la gritar meu nome e
implorar para que eu foda você. Eu não faço um bom sexo. Fodo duro,
sujo e áspero. — Ele passou as mãos pelo corpo dela e segurou seus
seios. —Para mim, estes peitos são perfeitos, e sua boceta vai levar meu
pau. Não seja adequada comigo. Seja a Elisha, a que ninguém mais
consegue ver.

—E se ela não estiver lá?

—Eu vi parte dela na noite de sábado, querida. Então eu a vi no


meu estúdio hoje, eu a senti na minha boa. Você quer isso e você me
quer. Dê a mim o que ninguém mais conseguiu. Me dê sua necessidade,
eu me certificarei de que você não irá querer mais nada.

Seria tão bom simplesmente deixar ir e ter um cara com quem ela
pudesse estar.

—Ok. — Apenas uma vez ela adoraria fazer isso. Se soltar e ser ela
mesma com alguém.

Ele alcançou o bolso de trás e tirou a carteira do jeans.

—O que você está fazendo? — Ela perguntou.

—Estou limpo, mas não queria assumir que você estava protegida
pela pílula. Você está protegida?

—Não.

Ele mostrou um pacote de alumínio. —Eu tenho dois comigo,


amor.

—Eu tenho preservativos no meu quarto. — Ela não gostava de


tomar pílula, pois nunca se adaptou a elas. Elisha usou todos os tipos
de contraceptivos. Seu médico ofereceu de implante a injeção. Ela
odiava agulhas e não havia nenhuma maneira dela ter um tubo de
plástico em seu braço. O próprio pensamento lhe deu arrepios. Ela não
estava tendo nada em seu corpo ou fora dele.

Que nojo!

Seja você mesma.

Sentada, ela tirou o preservativo dele. —Posso?


—Se você acha que pode fazer. — Ele ergueu as mãos e deu a ela
o espaço que ela precisava. Elisha não podia se ajudar. O pau dele
estava duro como uma rocha, e ele era enorme. Ele tinha que ser o maior
homem com quem já esteve. Envolvendo os dedos ao longo do
comprimento, ela moveu a mão para cima e para baixo, observando
como a ponta vazava. —Porra, querida, você está tentando me fazer
gozar?

—Você é tão grande!

—É o que todas as meninas dizem.

Ela riu. —Eu vi algumas das meninas com quem você esteve. —
Ela deslizou o polegar através da fenda no topo. —Alguma delas o
satisfez? — Olhando nos olhos dele, ela pegou o polegar em sua boca e
lambeu seu creme.

—Porra!

—Essa não é uma resposta. — Sentindo-se poderosa, ela o


empurrou para trás um pouco e saiu da mesa, descendo de joelhos
diante dele. Ele se afastou um pouco para dar espaço a ela, então ela
capturou seu pênis entre os lábios e o sugou.

—Porra, querida, isso é o paraíso! — Ele disse.

Ela sorriu ao redor do seu pênis, passando a língua contra a fenda


na ponta. Ele tinha gosto almiscarado e um pouco salgado. Olhando
para cima, ela viu que ele estava olhando diretamente para ela. —Você
está me provocando de propósito?
—Talvez um pouco! — Ela disse, soltando seu pau o suficiente para
conversar.

—Você é uma pequena safada.

—Você me disse para ser eu mesma. — Ela deslizou a língua pela


veia grossa ao lado, pressionando um beijo contra sua coxa. —Essa é
quem eu sou.

Ele afundou os dedos em seus cabelos, segurando um punhado. A


leve dor a fez gemer e ela pegou novamente o pau em sua boca, levando-
o até a parte de trás da garganta. No momento em que ele bateu no
fundo da garganta, ela se afastou, sugando forte na ponta.

—Isso é o suficiente! Não quero gozar na sua boca. E do jeito que


você está sugando o meu pau, não demoraria muito antes de eu
realmente te dar a minha porra.

Ele a afastou, Elisha rasgou o preservativo, deslizando-o ao longo


do comprimento.

—Volte para a mesa de café. — Ele disse.

Aproximando-se da mesa, ela abriu as coxas e as ergueu até os


cotovelos, observando-o.

—Eu amo seus olhos em mim, amor.

Ele rastejou entre suas coxas e ela olhou para baixo, observando
enquanto deslizava seu pênis entre as dobras da sua boceta. A ponta
coberta pelo preservativo golpeou seu clitóris, ela ofegou quando o
prazer atravessou seu corpo inteiro.
Não foi suficiente. Ela queria sentir seu pau pressionando dentro
dela. Fazia muito tempo que tinha feito sexo, e ela estava desesperada
por isso, por ele.

—Por favor Brant, nos tire dessa miséria. — Disse ela.

—Você está na miséria por precisar do meu pau?

—Foda-me.

Ela observou enquanto ele se moveu para baixo e alinhou a ponta


do seu pau em sua boceta. Elisha não podia desviar o olhar. Ela tinha
que observar o que ele estava fazendo. Ele pressionou a cabeça dentro
dela e começou a esticar seus músculos pouco utilizados. Amanhã, ela
sentiria sem dúvidas o que eles haviam feito juntos.

—Deixe-me saber se eu machucar você. — Ele disse.

—Você não vai me machucar.

Elisha realmente acreditava que ele não ia machucá-la. Duvidava


que ele fosse capaz de machucá-la.

—Você é tão apertada, baby, tão apertada. — Ele avançou,


deslizando seu pênis dentro dela lentamente. Estava muito lento, e
Elisha queria que ele batesse cada centímetro dentro dela.

—Foda-me, por favor, Brant. Apenas me foda. — Ela alcançou


atrás dele, agarrando sua bunda e instigando-o a levá-la. Pela primeira
vez em sua vida, ela queria ser tomada, ser fodida, ser controlada.
Sua mendicância estava deixando Brant louco. Ele não queria
machucá-la, mas ele estava desesperado para apenas dirigir seu pau
profundamente dentro de sua boceta. A tentação estava lá e era como
um incêndio que queimava intensamente dentro dele. Ele precisava
disso.

Tenso, ele bateu cada um dos seus 25 centímetros dentro de sua


boceta molhada.

Ela gritou seu nome e ele fez uma pausa dentro dela depois de
chegar até o punho. Não havia outro lugar para ele ir. Brant viu a ligeira
dor em seu rosto e se arrependeu de entrar tão rápido nela.

—Desculpe querida. — Ele disse.

—Não é sua culpa. É minha.

Rangendo os dentes, ele balançou a cabeça. —Não peça desculpas.

—Você estava tentando ser cuidadoso para que eu me


acostumasse com você dentro de mim. Eu pedi por isso.

—Eu vou ficar parado e deixar você se acostumar com o meu


tamanho. — Este teve que ser o momento mais estranho de toda a sua
vida. Ele tinha fodido um monte de mulheres, ele teve uma grande
quantidade em uma noite, mas ele nunca tinha feito isso. Brant levou
seu tempo, ele testou para ver como uma mulher estava apertada.
Elisha era a mulher mais apertada com quem tinha estado, e ele até se
sentiu mal por pensar nisso.

—Você é grande!

—Eu sei.

—Seu ego está entrando no caminho. — Suas mãos saíram de sua


bunda para segurar seus braços. —Eu nunca estive com um cara tão
grande quanto você.

—Novamente, isso é um elogio. — Ele passou as mãos para cima e


para baixo em seu corpo, agarrando seus seios no processo. Provocando
seus mamilos, ele os viu crescer ainda mais, e seu pau tinha uma mente
própria enquanto pulsava profundamente dentro dela. —Eu avisei você,
amor.

—Eu sei.

Ele olhou para onde eles se juntaram. Os lábios de sua boceta


estavam espalhados em torno de seu pau e ele achou a visão ainda mais
excitante do que antes. Ela tomou seu pau tão fundo dentro dela que
ele podia sentir cada contração da sua boceta. Incapaz de resistir, ele
se moveu para baixo e abriu os lábios de sua vagina, vendo a base do
seu pênis. Ele saiu de sua boceta e ela gemeu, fazendo-o parar.

—Você está bem, querida? — Ele perguntou.

—Sim. Estou bem.

—Diga-me se você não estiver. Eu não quero machucá-la.


—Estou bem. São apenas meus músculos que não estão
acostumados a serem usados. — Ela mexeu um pouco os quadris e ele
gemeu.

—Eu não vou poder manter o controle.

—Você não me machucaria.

Ele não queria, mas um homem só tinha controle até certo ponto,
e ela não tinha ideia de quão quente ela era. Brant tinha fantasiado com
sua vizinha por algum tempo. Era difícil para ele não explodir dentro
dela, ou pelo menos no preservativo que os mantinham protegidos.

—Você está certa querida, eu não iria machucá-la, mas eu não


tenho muito controle. — Ele começou a mergulhar nela, tomando seu
tempo. Tudo o que ele queria fazer era olhar para onde eles estavam
unidos, mas em vez disso ele observou sua reação. —Como você se
sente? — Ele perguntou.

—Eu me sinto bem. Isso é realmente bom. — Ela começou a se


levantar para encontrá-lo, levando-o um pouco mais fundo.

Brant puxou para fora e deslizou de volta para dentro. Ele manteve
seu olhar nela todo o tempo, esperando que ela lhe dissesse para parar.
Ele amava o sexo, gostava mais que qualquer coisa, mas não queria ferir
ninguém, e ele realmente não queria machucar sua mulher.

—Mais forte! — Disse ela.

Retirando-se do seu calor, ele colocou apenas a ponta do pênis


dentro dela. Ela mordeu o lábio e gritou para ele fodê-la.
Brant não a escutou e tomou seu tempo, pressionando dentro dela
e puxando para fora. Ele construiu um ritmo lento e constante.

—Você não é quem está no controle aqui, baby. Eu estou. Eu sou


o único com o pau dentro de você. Você é a única que implora por mim.
— Ele colocou sua mão em seu estômago e deslizou para baixo, para
que seu polegar pressionasse seu clitóris. Ela estava molhada e com
cada palavra que ele falava, ela parecia estar ficando mais excitada. —
Você gosta de ser controlada, não é?

Ela balançou a cabeça, mas não disse nada.

—Você pode esconder tudo o que quiser, mas nós dois sabemos a
verdade, e a verdade é que você quer ser minha, não é? Você quer ter
meu pau dentro de você, fodendo você, porra! — Ele retardou seus
esforços e trabalhou seu clitóris, deixando-a louca com os toques mais
leves. Olhando para baixo, ele viu que seu pau já estava coberto com
sua excitação e ela estava ficando ainda mais molhada para ele.

—Sim, eu quero isso.

Puxando-a completamente, ele agarrou seus quadris e a trouxe


para o chão. Ele não lhe deu a chance de discutir ou lutar. Segurando
seu pau, ele bateu dentro dela. Ele agarrou suas mãos, levantando-as
acima de sua cabeça e travando-as no lugar com uma das dele, batendo
ainda mais duro. Capturando seus lábios, ele a empurrou forte contra
o chão, conduzindo seu pau para o abraço acolhedor de sua boceta.
Elisha gritou e chorou para ele não parar de fode-la.

Ele a levantou e a levou ao orgasmo acariciando seu clitóris


enquanto a fodia ao mesmo tempo. A boceta dela o apertando foi sua
ruína, e Brant não conseguiu mais segurar, empurrou dentro dela e
encontrou seu orgasmo. Cada parte do seu corpo vibrava por estar
dentro dela. Ao fechar os olhos, ele desmoronou de tal maneira que
conduziu Elisha para seu lado, de frente para ele, para que não a
esmagasse.

O sangue bombeou ao redor do seu corpo e ele respirou fundo,


descendo do melhor orgasmo de sua vida. Brant não conseguiu se
lembrar de um momento em que ele esteve tão perdido de prazer.

—Isso foi incrível! — Elisha disse, chamando a atenção para ela.

Os olhos dela brilhavam, e ela parecia relaxada e feliz. Ele nunca


a viu tão feliz antes. Brant a olhava, como um tipo de viciado. Elisha era
seu vício. Ele adorava observá-la, como ela se movia, como ela falava, a
tensão dos seus ombros. Havia uma história inteira sobre ela e ainda
assim ele nunca conseguiu ver nada disso. Ao contrário de todas as
outras mulheres em sua vida, a quem ele tinha sido capaz de entender
dentro de momentos, Elisha era um ponto de interrogação para ele.

Ela era uma vizinha brilhante e nunca se queixou, até


recentemente. Seu quintal sempre estava limpo, sem lixo. Ela colocava
suas caixas de lixo no horário e sua casa sempre parecia imaculada.
Quando ele a observou, viu essa mulher primitiva e adequada que
também estava lutando para se libertar, para sair da prisão que a
amarrava. Em seus braços, a verdadeira Elisha havia saído livre, e em
sua festa, ela se permitiu estar solta. Esta mulher em seus braços não
gostava de ser limpa. Estava viva, cheia de vida e pronta para viver ao
máximo.
—Você está olhando para mim. — Ela disse.

—Você é uma mulher linda e eu gosto de olhar para mulheres


bonitas.

Suas bochechas coraram e ele agarrou seu rosto. —O que você está
fazendo?

—Estou tocando você. Você está corando e estou curioso para


saber o por quê?

—Eu não entendo.

Brant sorriu. —Acabei de lamber sua boceta, te fodi na mesa de


café e você está corando por que estou chamando você de linda?

—Eu acho que não estou acostumada com isso. Não estou
acostumada a ser elogiada.

—Ah, seus namorados eram omissos?

—Deveríamos realmente ter essa conversa com...

—Meu pau dentro de você?

—Eu estava tentando ser discreta.

—Eu não me preocuparia com isso. Discreto não tem nada a ver
com sexo. Conte-me sobre seus namorados.

—Você vai me falar sobre suas namoradas? — Perguntou ela.

—Não.
—Então eu não vou falar sobre meus namorados.

—A razão pela qual não vou falar sobre minhas namoradas é


porque eu nunca tive uma. — Ele disse, admitindo a verdade para ela.

—O que? Você nunca teve uma namorada? Nenhuma?

—Não, nunca tive namorada, nem mesmo uma. Triste, não é? —


Ele perguntou, sem se sentir triste.

—Você se sente triste? Você realmente não parece.

—Nunca me importei em ter uma namorada. Eu vejo meus amigos


com elas e eles estão sempre irritados. Veja, eu posso ser aberto e
honesto. Agora é sua vez.

Ela soltou um suspiro e desabou no chão. Ela acariciou seu peito


e Brant ficou chocado com o fato dele não estar tentando se livrar dela.
Na maioria das vezes, com as mulheres com quem ele ficava, tentava se
livrar delas logo após o sexo. Uma vez que ele conseguia o que queria,
elas tinham que sair, ou ele tinha que sair o mais rápido possível. Com
Elisha, ele queria conversar, ouvir mais sobre ela, descobrir tudo da sua
vida.

—Meus namorados tinham mais coisas ruins do que boas.

—O que você quer dizer?

—Eles não gostavam do quão limpa eu era. Agora que eu penso


nisso, a única queixa que eles tiveram foi sobre o quanto eu limpei.
Ficava aborrecida durante o sexo e me encontrava pensando no meu
próximo trabalho de limpeza. Deus, isso é tão embaraçoso.
—Você disse que nunca alcançou um orgasmo com qualquer um
deles.

—Não. Eles simplesmente não me emocionaram. Não sei se é a


palavra certa ou não. — Ela encolheu os ombros. —Eu acho que sou
um pouco defeituosa.

—Você não tem qualquer defeito.

—Mesmo? Você já ouviu falar de uma mulher que pensa em


limpeza e desordem enquanto um cara está transando com ela?

—Você pensou sobre isso enquanto eu tinha meu pau dentro de


você? — Ele perguntou.

Ela franziu a testa e pensou nisso. —Não.

—Então confie em mim, aqueles bastardos estavam errados. — Ele


não gostou do pensamento de alguém tocando nela. Elisha era dele.

De onde vieram esses pensamentos?

—Então, o que acontece agora?

—O que você quer que aconteça?


í

No domingo seguinte

—O que está acontecendo entre você e o vizinho terrível? —


Perguntou Beth.

Elisha fez uma pausa enquanto comia um pedaço de aipo. —O


que?

—Você nunca me disse o que aconteceu depois do confronto. Eu


estava esperando uma ligação.

Elisha deu uma mordida no aipo tentando ganhar tempo para que
não precisasse responder. —Você poderia ter me ligado a qualquer
momento. Eu não a impeço de me ligar.

Beth começou a cortar o aipo pronto para colocar na salada de


repolho. As crianças estavam no quintal brincando em uma grande
piscina e Andrew estava acendendo a churrasqueira. Eles tinham vários
de seus vizinhos em torno do churrasco, e se Elisha soubesse, teria
ficado em casa. Bem, ela teria convidado Brant, o que ela fez todos os
dias na semana passada. Talvez ela devesse ter vergonha de pedir ao
vizinho que saciasse suas necessidades, mas ela simplesmente não
podia se ajudar. Ele a despertou de tal forma que ela simplesmente não
podia evitar. Ela o queria muito. Durante o trabalho, se viu pensando
nele e o que queria fazer com ele.

Ele já tinha seu número de telefone celular agora, e enviou


mensagens sobre o que ele queria fazer com ela. Eles não podiam usar
sua casa enquanto Sean estivesse lá, e ela sabia que Brant gostava de
foder onde quisesse. Eles não estavam vinculados por regras. Ambos
tinham sexo onde eles quisessem.

Ontem, eles mal passaram por sua porta, ele a empurrou contra
ela e começarem a foder ali mesmo. Os preservativos que ela possuía há
alguns meses já haviam acabado. Ela teve que ir comprar alguns novos
naquela manhã. Elisha não conseguiu se lembrar da última vez que teve
que comprar camisinha.

De fato, os preservativos que ela usou podem ter pertencido ao seu


ex.

—Terra para Elisha.

—O quê? — Perguntou, voltando para o agora.

—Algo aconteceu entre você e o vizinho sexy.

—Nada aconteceu. — Ela fez o melhor que pôde para evitar sorrir.

—Elisha, sou mais velha do que você e sempre fui capaz de saber
quando está mentindo. Você está tão distraída que nem sequer limpou
minhas conservas de vegetais, e você sempre faz isso.

Respirando fundo, Elisha olhou para a irmã mais velha. —Algo


pode ter acontecido.
Ela pegou a tigela de vegetais cortadas, levando-as para a mesa no
quintal. Elisha sorriu para alguns dos vizinhos de sua irmã, não muito
interessada em falar ou conhecê-los. Ela deu um aceno rápido a Andrew
e entrou na cozinha.

—O que aconteceu?

—Eu estou em um interrogatório?

—Você me ligou na segunda-feira para falar sobre um beijo, e você


nunca me disse o que aconteceu quando ele veio te ver. Você é a única
pessoa que conheço que fugiu de um cara gostoso que queria te beijar.
Isso simplesmente fez você ficar completamente estranha. — Beth
franziu a testa, balançando a cabeça.

—Nunca afirmei ser normal.

—E você mostra isso, Elisha, o tempo todo.

—Sobre o que as senhoras estão falando? — Perguntou Andrew.

—Elisha fodeu com seu vizinho! — Beth disse.

—Beth!

—Eu duvido disso. — Andrew disse, rindo.

O que!

—Desculpe? — Perguntou virando para olhar o cunhado.

—Você não faria isso aleatoriamente com um cara qualquer. Não é


limpo e decente.
Colocando as mãos nos quadris, ela olhou para Andrew, zangada
com ele. —Eu vou ter que discordar de você. Eu fodi com meu vizinho.
Eu o fodi a semana toda.

Andrew sorriu. —É uma boa ideia que eu o convidei então. Ei,


Brant, como você está?

Ela girou só para descobrir que não havia ninguém lá. —Você é um
idiota. — Quando ela voltou, descobriu que Andrew não estava mais lá.

Beth estava rindo, segurando seu estômago. —Você deveria ter


visto seu rosto.

—Não é engraçado.

Beth deu de ombros. —Então, você está dormindo com seu vizinho.

—Eu não chamaria isso de dormir.

Sua irmã assobiou. —Você gosta dele?

—Ele é um artista.

—E? Ele poderia ser um pateta total.

—Sim. Eu gosto dele. Eu realmente gosto dele. — Elisha sorriu


incapaz de se ajudar. —Ele me faz rir.

—Isso é um passo acima de praticamente todos os homens com


quem você esteve certo?

—Sim. — Elisha se sentou na ilha da cozinha. —O que eu faço?

—Sobre o que?
—Andrew está certo, não sou eu, de jeito nenhum.

—Querida, Andrew é um cara que mal pode lidar com a gravidez


da sua esposa. Falando em gravidez, você está protegida, certo?

—Eu não vou engravidar. Eu vi você, isso me ensinou. — Ela viu o


flash de dor cruzar o rosto de Beth e ela tentou reparar o dano. —Eu
sinto muito.

Beth levantou a mão. —Você sabe que Andrew e eu não queríamos


engravidar, certo?

—O que? Achei que vocês dois queriam isso.

—Sou grata por todos os nossos filhos e sei que temos muitos
deles. Quatro é muita coisa. — Beth sacudiu a cabeça. —Andrew e eu
tivemos muitos planos, e quando digo muitos planos quero dizer, viajar
pelo mundo, curtir um ao outro, terminar a faculdade.

—Você ficou grávida no ensino médio.

—Estávamos juntos desde os onze, Elisha. Ele é o único menino


com quem eu estive. O único homem que eu quero como meu marido, e
ele é um pai maravilhoso. Falamos sobre o que seria nossas vidas, e às
vezes, há um pouco de anseio de que não cometeríamos esse erro. Não
me interprete mal, não mudaríamos o que aconteceu. Nós amamos
nossos filhos, mas nós paramos de vez em quando para pensar em como
nossa vida poderia ter sido.

—Andrew te ama.
—Eu sei. Nunca duvidei do seu amor por mim e ele nunca duvidou
do meu. — Beth suspirou. —Às vezes, Elisha, você pega o que a vida
lança para você. Se ela joga uma bola, você chuta um pouco. Se não,
você continua correndo.

—Eu não acho que isso faz algum sentido.

Beth alcançou a ilha e pegou suas mãos. —Não pense no que deve
fazer com Brant. Deixe seus próprios sentimentos dominarem isso. Se
você quer fazer sexo com ele e nada mais, então faça sexo com ele.
Divirta-se, porque um dia você vai envelhecer e olhar para trás. Nunca
olhe para trás com arrependimentos, pois essa é a coisa mais difícil de
fazer.

—Você tem arrependimentos?

—Sem arrependimentos. Eu sempre quis crianças, e teremos


tempos de fazer o que sempre quisemos quando estivermos um pouco
mais velhos. — Beth se levantou. —É melhor ir e começar a servir a
comida.

Elisha ajudou a irmã e ficou com Andrew na churrasqueira,


preparando bifes e ajudando a servir.

—Eu não queria ofender você lá. Você é minha irmãzinha de todas
as maneiras que importam. Eu amo Beth e ela a ama, e se preocupa
com você.

—Ela se preocupa comigo?


—O tempo todo. Ela está orgulhosa do seu negócio, mas ela se
preocupa que isso ocupa muito do seu tempo. Ela quer que você seja
feliz.

—Eu estou feliz.

—Brant te faz feliz?

—Sim ele faz. É só, humm, é só... — Ela não conseguiu pensar no
que deveria dizer no caso dele ter um pouco de superproteção.

—Entendi. Não gosto disso, mas entendi. Desde o primeiro


momento que eu vi Beth na escola, eu a amei. Eu fui seu melhor amigo,
e lentamente mostrei que nenhum outro homem a amaria como eu.
Espero que um dia algum cara olhe para você e se sinta da mesma forma
que eu faço por Beth.

—Obrigada. — Andrew era brincalhão, raramente se deixando


levar a sério. Ela nem sempre se comportava com ele, e agora, estava
vendo um lado dele que duvidava que muitas pessoas tivessem visto.
Sua família estava abrindo os olhos para tudo o que estava ao seu redor,
e naquele momento, ela realmente esperava que encontrasse o que Beth
e Andrew compartilhavam.

—Onde está sua namorada? — Perguntou Sean.

—Na casa de sua irmã.


—Sentindo falta dela?

—Estou fazendo compras porque um pequeno pirralho continua


comendo minha comida e me irritando. Por que você se incomodou em
vir? — Brant perguntou, virando-se para o irmão. Eles estavam no
supermercado local comprando mantimentos para a semana seguinte.
Sean tinha um apetite que rivalizava com o dele, e como estava em casa,
estava acabando com tudo. Nem havia pão para fazer torradas, e ele
sempre tinha pão.

—O que mais havia para fazer? Eu estava entediado, e além disso,


você sempre compra comida sem graça.

—Eu compro comida que posso comer.

—Você passou todas as noites com Elisha e você sempre chegou


em casa satisfeito. Ouvi vocês dois comendo no jardim. Aposto que ela
é uma boa cozinheira.

Elisha era uma cozinheira fantástica, mas ele não estava prestes a
contar isso a Sean. No momento em que ele estava sozinho com sua
vizinha sexy, ele queria fazer coisas impróprias com ela. Mesmo agora,
parado no supermercado, estava desesperado por ela. Ele ia vê-la hoje
à noite. Eles fizeram um acordo. Ele aliviava seu desejo e ela fazia o
mesmo por ele.

—Kasey tem ligado. — Sean disse.

—Kasey?

—Sim, ela se desculpou e disse o que queria fazer com você. Uma
vez que você não respondeu, ela entrou em mais detalhes sobre o que
ela queria fazer com você. Depois que você não respondeu, ela começou
a insultá-lo e então a Elisha, e uma vez que eu ouvi a imundície sair de
sua boca, eu disse onde ela poderia levar a bunda dela e o que poderia
fazer com isso. — Sean disse.

—Do que ela chamou Elisha? — Brant perguntou, ficando com


raiva.

—Você não quer saber.

—Me diga agora.

Sean suspirou. —Gorda, feia, toda essa merda má que as cadelas


parecem gostar de chamar uma a outra. Eu não entendo por que elas
fazem isso. Essa merda é doente. Mulheres deveriam se apoiar, e no
entanto, elas não fazem.

Brant apertou os dentes. —Ela não foi ao estúdio. Eu nem sabia


que ela tinha ligado.

—Espero que não tenhamos uma bomba em nossas mãos.

—Kasey não será um problema.

—Eu não sei. Quando uma foda começou a chamá-lo de volta? —


Perguntou Sean.

Brant não podia argumentar. Pelo resto da viagem ao redor do


supermercado, Sean não disse mais nada sobre Kasey. Seu irmãozinho
estava muito ocupado discutindo sobre o que realmente entrava na
cesta de compras.
Brant não era o melhor cozinheiro, então ele tentava comprar
coisas já pré-cozidas, o que tinha Sean reclamado. Brant não era um
cozinheiro, nunca seria um cozinheiro e se Sean queria uma mulher que
cozinhasse para ele, deveria voltar para a casa de seus pais.

—Por que você não convidou Elisha para a nossa casa? —


Perguntou Sean.

—Nossa casa? Não, é a minha casa e você está invadindo. Quando


você vai sair?

—Eu estou em férias de verão. Qual é o problema?

—O problema é que eu não quero meu irmãozinho por perto


quando estou com minha mulher.

—Sério? Você tem um problema em foder uma mulher? Você


nunca teve um problema antes.

Brant terminou de pagar pela comida e seguiu seu irmão lá fora.


—Elisha não é como as outras mulheres.

—Ela tem uma boceta, não é? — Sean perguntou.

—Cuidado com a língua. — Ele não queria que ela fosse


desrespeitada. Maldito inferno, o que estava errado com ele? Sean
sempre criticou Kasey e ele nunca se importou, e apenas uma palavra
contra Elisha e ele já estava com raiva.

—Uau, ela é diferente para você! Você está ficando um pouco bravo
comigo.
Brant colocou os mantimentos no porta-malas do carro. —Eu não
acho isso engraçado.

Sean inclinou a cabeça para o lado e todos os sinais de brincadeira


desapareceram. —Talvez você precise descobrir por que você é tão
protetor com ela.

—O que?

—Nenhuma mulher deixou você querendo ser seu cavaleiro em


armadura brilhante e, no entanto, Elisha, essa mulher que você mal
conhece, já te deixou todo protetor. Tenha cuidado, irmãozão. Seu
coração pode não ser tão frio quanto você pensa.

Brant não acreditava que seu coração estivesse frio, não por um
longo tempo. Elisha estava sob sua pele e não havia como se afastar
dela. Eles ficaram em silêncio e entraram no carro.

—Eu vou sair esta noite, se quiser convidar Elisha para tomar
algumas bebidas ou algo assim.

—Você está ficando fora?

—Talvez. Estou me sentindo com sorte.

—Tenha cuidado quando você estiver fora. — Brant disse,


preocupado com seu irmão.

—Eu posso me cuidar, e eu não pretendo chatear ninguém, nem


entrar em qualquer briga. Eu não gosto de brigar por uma boceta.
Balançando a cabeça, Brant ligou o rádio e ouviu as mais recentes
músicas que estavam explodindo. Ele passou pela casa de Elisha e viu
que ela ainda estava fora. Droga, ele não gostou do fato de que sentia
falta dela. Era errado sentir falta dela. Afinal, eles não tinham um
relacionamento, eles faziam sexo.

Eles guardaram a comida, e mais uma vez tiveram a geladeira e


freezer cheios. Ele cortou o gramado e foi tomar banho enquanto Sean
estava saindo. Ele fez o irmão prometer que ligaria caso estivesse em
algum tipo de problema. Brant amava seu irmão, e se alguma coisa
acontecesse com ele, nunca se perdoaria.

Após o banho pegou um livro e sentou na sala de estar, olhando


as páginas. Ele não estava com vontade de pintar ou desenhar nada.
Olhando para o relógio, se perguntou se Elisha estava passando a noite
na sua irmã. Ela raramente fazia isso, ou pelo menos era o que ela lhe
falava.

“Ela não está em um relacionamento. Ela pode sair e se divertir.”

Ela não vai sair. Ela está na casa de sua irmã.

Agarrando o celular, ele abriu para ver que não havia mensagem
de texto.

“Você está se transformando em uma menina.” Estalando sua


língua, ele balançou a cabeça. “Você não precisa ligar para ela.” Abrindo
seu livro, tentou ler pela terceira vez, mas nada estava acontecendo.
Deixando o livro no chão, ele pegou seu celular e antes que
pudesse questionar o que estava prestes a fazer, enviou-lhe uma
mensagem.

Brant: Meu irmão saiu. Você está vindo?

“Por que você enviou isso? Por que você fez isso?” Ele estava sentado
sozinho em sua casa e não tinha nada para fazer. Foi por isso que ele
manteve Kasey por perto, para casos de tédio.

Seu celular vibrou.

Elisha: Acabei de chegar em casa. Você quer que eu vá até


você?

Brant sorriu. “Oh, querida, eu quero.”


í

Elisha levantou a mão, prestes a bater na porta de Brant quando


ele abriu. Não houve palavras quando ele envolveu seu braço em volta
da sua cintura e a puxou para dentro de casa. Ele a pressionou contra
a porta, reclamando seus lábios. Seu pau descansou contra seu
estômago e ela ofegou com o tamanho. Mesmo depois de uma semana
de sexo, ela ainda não tinha se acostumado com ele dentro dela. Ela
adorava o quão grande ele era, mas também amava o jeito que ele usava
as mãos e a boca. Não havia uma parte dele que ela não gostasse, ela
gostava de cada centímetro.

Ele soltou sua cintura para pegar seu rosto e reclamou seus lábios,
beijando-a com força. Sua língua deslizou em sua boca e ela derreteu
contra ele.

O churrasco tinha sido divertido, mas o tempo todo ela estava


checando seu celular e esperando por ele.

—Você parece muito sexy neste vestido, mas eu prefiro você fora
dele. — Ele disse, abrindo o zíper na parte de trás. Ele deslizou por suas
costas e começou a soltar o vestido. Ela soltou um suspiro enquanto o
ar fresco da noite roçava a pele exposta. Brant a puxou para longe da
porta e começou a remover sua própria roupa ao mesmo tempo em que
a deixava nua. Ele a conduziu por um longo corredor em direção às
escadas.
—Para onde vamos? — Perguntou ela.

—Para o meu quarto. Já faz tempo que eu quero ter você em uma
cama de verdade.

Eles nunca chegaram a uma cama. Aquele era um pequeno detalhe


que ela não contou para sua irmã. Ela podia ver sua irmã dizendo algo
sobre isso.

Quando entraram em seu quarto, ambos estavam completamente


nus.

—Sean não está aqui? — Ela perguntou.

—Não, ele não está aqui e não vai estar pelo resto da noite. Eu não
me importaria se ele estivesse aqui. Não tenho vergonha de você, Elisha,
nem do que estamos fazendo.

Ela ia beijar seus lábios e recuou. —Você acha que eu tenho


vergonha de você?

—Não, é só...

—O que?

—Você não me convidou para conhecer sua irmã.

—Nós nos divertimos muito na semana passada. Eu não queria


que você se sentisse pressionado sobre o que estávamos fazendo.

Eles estavam em pé no quarto e ela se afastou dele, cruzando os


braços.
—Não faça isso. — Ele disse, agarrando seu braço, a puxando para
si. —Você não precisa esconder quem você é de mim, querida.

—Estou confusa no momento. — Ela tentou se afastar de seus


braços, mas ele não a deixaria ir. Elisha ficou satisfeita ele não a soltar,
mas precisava ter espaço. Tudo a confundiu. Ela gostava de estar em
seus braços, cercada pelo seu calor. Eles ainda não passaram a noite
inteira juntos, e parte dela ficou satisfeita com isso. Tinha a sensação
de que isso ia mudar esta noite. —Temos algo casual acontecendo.

—Os parceiros casuais ainda podem estar juntos, compartilhando


memórias.

—Você quer conhecer minha irmã e seu marido?

—Eu acho que sim. Eu os vi visitando você.

—Isso é realmente novo e não quero me precipitar nem nada.

—Eu não estou me sentindo pressionado. — Ele passou a mão


pelos braços dela. Ela olhou para baixo para ver seu pênis rígido
apontando para ela.

—Onde você trabalha? — Ela perguntou.

—O que?

—Sua arte, onde você desenha ou pinta?

—A loja que você visitou tem um estúdio na parte de trás. É onde


toda a magia acontece. Às vezes estou criando peças encomendadas,
mas eu faço tudo naquele edifício. — Ele se afastou. —Às vezes eu faço
esboços grosseiros aqui.

Ela viu quando ele puxou um bloco de desenhos de debaixo de sua


cama.

—Eu desenho à noite quando quero relaxar.

Ele entregou a ela.

—Eu posso ver?

—Eu não tenho nenhum segredo. Sou um livro muito aberto. —


Mordendo o lábio, ela respirou fundo e se sentou na cama. O primeiro
desenho era de Sean bebendo cerveja. Ela reconheceu a imagem
instantaneamente. Lá estavam alguns desenhos de pessoas aleatórias
que ela não conhecia, e virando a página, ela viu uma dela e de Sean
jogando sinuca a duas semanas atrás.

—Você sabe que estou trabalhando com Danny?

—Ele disse. Você está preparando o local para mostrar uma


seleção do meu trabalho. Ele está entusiasmado com isso.

—E você não está?

—Eu gosto de estar ao redor das pessoas, mas não estou atrás de
toda a atenção. — Ele a impediu de virar a página. —Você vê quão bonita
você é?

—Brant!?
—Eu estou falando sério. — Ele tirou o livro dela e o colocou sobre
sua cômoda. Brant virou-se e se moveu em direção a ela, segurando
suas mãos e fazendo ela ficar em pé. —Se você pudesse ver o que eu
vejo, você saberia o que quero dizer. — A luz estava ligada e ele inclinou
a cabeça para trás para que ela estivesse olhando para a luz. —Seu
cabelo é tão escuro que contrasta com sua pele pálida. Seus olhos azuis
são tão profundos que me lembram do oceano toda vez que eu olho para
eles. Você tem uma beleza que não pode ser descrita por ângulos e
simetria. Desde o primeiro momento em que te vi, não pude desviar o
olhar. Fiquei fascinado por você.

—Brant? Você está dizendo coisas românticas.

—E? Isso não é permitido? Eu sou um artista, Elisha. Deveria ter


uma licença artística em relação a você? — Ele a girou ao redor, virando-
a para enfrentar o espelho. —Eu quero que você olhe para si mesma. —
Brant tirou o cabelo de seu ombro e apertou um beijo contra seu pulso.
—O que eu vejo é uma mulher apaixonada que está presa dentro de si
mesma.

—Brant?

—Deixe-me terminar. Eu permiti que você me impedisse de fodê-


la, e agora vou te dizer exatamente o que penso sobre você. — Ele
agarrou suas mãos e então as colocou em seus lados. —Você tem lindos,
grandes e preciosos seios que me fazem querer chupá-los o dia todo. Eu
sonho com eles sobre mim, enquanto me movo em sua boceta.

—Brant, por favor...


—Ainda não. Eu não terminei com você. — Ele deslizou as mãos
para seus seios, provocando seus mamilos.

Sua boceta ficou encharcada em cada um de seus toques. Ele a


deixava louca, a fazendo querer muito mais, e ainda assim ela não o
afastava. Ela fechou as pernas e Brant impaciente as empurrou abertas.

—Você precisa de mim, querida?

—Você sabe que eu preciso de você. — Ela precisava de seu toque


experiente para apagar o fogo que ele criara.

—Então me deixe te mostrar exatamente o que eu gosto em você.


— Ele deslizou as mãos para baixo de cada um dos lados dela, e ela
gemeu quando ele o fez. —Você é cheia de curvas como o inferno, e isso
me excita.

—Ser gorda te excita?

Ele soltou um suspiro. —Você não é gorda. Você é curvilínea. Você


pode tomar o meu pau e segue o ritmo que eu gosto. Você não tem ideia
do que isso faz para mim. Você me deixa duro, e tudo o que quero fazer
é inclinar você na superfície mais próxima e fodê-la. — Ele mordeu a
orelha dela, sugando a carne em sua boca e fazendo-a ofegar. —Eu vou
te elogiar e você sabe o quê? Você pode me elogiar. Eu não tenho
vergonha.

—Como você gostaria que eu o elogiasse? — Ela perguntou,


amando a maneira como ele a tocava, a maneira como ele falava com
ela. Ele a estava deixando louca, mas ela adorava tudo o que ele fazia.
—Você pode me dizer o quão bonito eu sou. Como eu tenho o maior
pau do mundo e como eu faço você ofegar por mais.

—Eu não vi todos os paus do mundo para compará-lo. — Ela não


pôde evitar brincar.

—Certo, acho que você teve indulto suficiente por um minuto. —


Ele a virou para que ela estivesse de frente para ele e colocou os lábios
sobre ela. Ela se derreteu, agarrando-se em seus ombros enquanto ele
fodia sua boca com a língua. Nunca havia nada limpo sobre a posse de
Brant.

Ela não pensou em limpar, nem em sua agenda. No momento em


que ela estava em sua companhia, em seus braços, isso era tudo o que
importava para ela. Ele tirou-a de sua habilidade de ser neurótica, e ela
adorou a liberdade que finalmente tinha para se divertir.

Elisha o deixou louco, mas ele não a teria de outra maneira. Brant
a moveu de costas para a cama e continuou a beijá-la, pressionando-a
sobre as cobertas. Finalmente, ele se afastou e deu um passo para trás.
—Fique de joelhos.

Ela fez o que ele ordenou sem questionar, e ele demorou alguns
segundos admirando as curvas redondas do seu traseiro. Tudo o que
ele queria fazer era dar uma mordida em sua bunda antes de fodê-la
com força.
Agarrando um preservativo da gaveta onde ele mantinha o
suprimento, o rasgou e deslizou sobre ele. Avançando atrás dela, ele
passou as mãos pelos lábios de sua boceta e gemeu.

—Você sempre está tão molhada para mim.

—Eu nunca estive assim.

—Tão molhada e pronta?

—Tudo isso. Nunca desejei tanto isso. É incrível, Brant, eu nunca


quero parar.

Ele entendeu suas necessidades mais claramente do que jamais


pensou. Brant também não queria parar. Ela tinha ficado debaixo de
sua pele e para ele não havia como voltar atrás.

—Você sabe como me parar, Elisha. Apenas diga as palavras e vou


parar.

Ela ficou quieta. Ele provocou sua boceta, tocando o clitóris com
um dedo, e com a outra mão pressionou dois dedos dentro dela,
esticando sua boceta. Ela começou a empurrar de volta contra o dedo,
tentando fazê-lo ir mais fundo. Ele puxou os dedos de sua boceta e os
empurrou na entrada de sua bunda.

Elisha ficou tensa.

—Você já teve sua bunda fodida?

—Não.
—Você quer ter seu traseiro cheio com meu pau? — Perguntou. Ele
pressionou um pouco contra o seu traseiro e ela ficou tensa novamente,
sem deixá-lo ir tão profundo.

—Eu não sei.

—Está bem. Podemos experimentar isso. — Algumas mulheres


ficaram selvagens quando ele brincou com sua bunda e outras nunca
gostaram. Ele imaginou que era pessoal para cada pessoa, amar ou
odiar. Ele queria foder seu traseiro, mas só se ela gostasse.

Ele provocou seu clitóris até que ela estivesse praticamente


pingando e alinhou a ponta do seu pênis contra sua boceta. Lentamente
ele pressionou a cabeça contra sua boceta e continuou acariciando seu
ânus.

Elisha ficou selvagem em seus braços, empurrando de volta contra


o seu pênis e levando mais do que ele estava disposto a dar no início.

—Continue baby, foda o meu pau. Pegue o que quiser. Foda-me.

Ela bateu de volta, pegando tudo dele e ele agarrou seus quadris.

Seus gritos de prazer só serviram para despertá-lo ainda mais. Ele


queria ouvi-la implorar que a fodesse e fizesse mais com ela.

—É tão bom. — Disse ela, ofegante em voz alta.

Rodando seus quadris, ele tentou se aprofundar um pouco, mas


tinha todo ele dentro dela. Ele apertou o dedo contra a bunda dela,
alisando com sua excitação. Ela gemeu, pressionando contra ele.
Ele empurrou a ponta do dedo e seu anel apertado de músculos o
reteve, mas ele não estava prestes a ser parado. Brant puxou para fora
de sua boceta apenas para cair de volta dentro dela. Ela relaxou sob o
dedo e ele trabalhou dentro dela.

—Porra!

—Você quer que eu pare?

—Não. Sim. Eu não sei.

Brant riu. —O que é querida? Você quer que eu pare ou continue?

—Não pare, por favor, não pare.

Ele adorou a ouvir implorar. Quando ela implorava, ele ficava mais
do que feliz em dar-lhe o que ela queria. Fodendo sua boceta, ele viu seu
pênis escorregar e sair de seu corpo. Ele observou sua boceta levá-lo, e
mesmo quando ele tentou se afastar, ela continuou sugando-o de volta.
Isso era o que ele amava sobre bocetas apertadas e ele nunca queria
parar de fodê-la. Ele queria constantemente trabalhar seu pau dentro
dela. Ela continuava implorando, gritando seu nome enquanto ele a
fodia ainda mais.

Elisha gemeu e implorou, e ele nunca deu a ela uma chance de


superar cada toque.

—Seu traseiro é tão apertado quanto sua boceta e eu quero foder


você aqui, Elisha. Você vai deixar?

—Sim. Deus, sim, não pare.


Ele acrescentou um segundo dedo à sua bunda, empurrando-a
enquanto ele a fodia. —Foda-me de volta, querida.

Brant continuou a fodendo com mais força e ela recuou contra


ele.

—Toque seu clitóris. Eu quero sentir você em volta do meu pau.

Ela alcançou entre suas coxas e começou a tocar seu clitóris. Sua
boceta apertou em torno de seu pau enquanto ele a fodia. Brant olhou
para seu pau entrando e saindo daquela boceta apertada, incapaz de
desviar o olhar. Ela era tão bela e apertava seu pau como um sonho.
Seu traseiro apertou os dedos e ele não queria parar.

Rangendo os dentes, ele tentou adiar o orgasmo, mas era


impossível. Ela era incrível.

—Foda-se, baby. — Ele estava muito perto do orgasmo. Em


segundos ele sentiu sua boceta pulsar quando ela veio por todo o seu
pau. Tirando os dedos de sua bunda, ele agarrou seus quadris e bateu
dentro dela uma e outra vez até que seu orgasmo entrou em erupção
para fora dele, enchendo seu preservativo. Ambos estavam ofegantes
quando seu orgasmo desapareceu.

—Uau. — Disse ela.

—Você sabe, querida, você está fazendo maravilhas para o meu


ego. Tudo o que você diz quando estou dentro de você é “uau”.

Ela riu. —Eu não posso reclamar.


Saindo de seu calor, ele agarrou seus quadris e praticamente a
levou para o chuveiro.

—O que você está fazendo? — Ela perguntou.

Ele os empurrou para o banheiro, fechou a porta e ligou o chuveiro.


Brant riu quando Elisha gritou seu nome, batendo o braço quando a
água caiu sobre eles. Estava gelada. Ele removeu o preservativo,
amarrou o final e abriu o box o suficiente para jogá-lo no lixo.

—Eu deveria matá-lo. — Elisha estava amontoada no canto, com


os braços cruzados, tentando ficar quente. Ele simplesmente não podia
resistir a provocá-la.

—Venha me matar com essas garras. — Ele abriu os braços e se


virou no chuveiro.

Brant aproximou-se dela, colocando as mãos em volta do seu


pescoço, fechando a distância, beijando seus lábios.

No início ela não derreteu contra ele. Ele lambeu o lábio inferior
antes de mergulhar no interior e aprofundar o beijo. Segundos
passaram e finalmente suas mãos se afundaram em seus cabelos e ela
estava pressionando contra ele.

—Foda-se, querida, você me deixa duro o tempo todo! — Ele disse.

—Eu não sei o que está acontecendo comigo quando estou com
você. Você me faz querer fazer coisas loucas. — Ela soltou um suspiro
e desceu as mãos pelo peito dele, para pegar seu pau.
Ele afundou os joelhos diante dela com a água correndo ao redor
deles. Ao levantar a perna dela sobre o ombro, ele deslizou a língua
contra o clitóris, sugando o botão. Ele deslizou para baixo, fodendo ela
com a língua, uma e outra vez. Ela era tão gostosa, e ele queria mais.
Ele era um bastardo ganancioso.

—Tão bom! — Ela disse.

Ainda não terminei com você. — Ele pressionou a língua contra o


clitóris e ao mesmo tempo envolveu seus dedos ao redor de seu pênis,
acariciando-se. Brant já havia vindo uma vez esta noite, mas ele a queria
novamente. Ele estava começando a acreditar que não importava
quantas vezes ele a fodesse, nunca conseguiria tirá-la de seu sistema.

Elisha tinha ficado debaixo de sua pele e não havia mais como
voltar atrás.
í

O sol atravessou a janela despertando Elisha. Ela piscou algumas


vezes e bocejou. Seu corpo doía em todos os lugares certos, e ela não
estava surpresa de estar assim após a noite passada com Brant. Já era
tarde no momento em que terminaram um com o outro. Ele passou o
braço em volta da sua cintura e se aconchegou contra ela, dizendo que
ela não precisava sair.

Olhando para o relógio, viu que era um pouco depois das sete e
seu primeiro trabalho não era até as dez, então ela tinha tempo para
desperdiçar. Brant ainda tinha um braço em volta da sua cintura e ela
não conseguiu resistir a olhar para ele. Dormindo, ele parecia tão
pacífico, mas conhecia o diabo que ele tinha no interior.

A noite passada tinha sido quente e suja, e ela adorou.


Deslocando-se debaixo dele, ficou no pé da cama e não pôde deixar de
sorrir. Ela ia fazer café da manhã para ele. Empurrando sua camisa, ela
foi ao banheiro. Na lixeira viu cinco preservativos usados e corou.
Mesmo depois de tudo o que tinham feito, ela ainda estava corando. Ela
não sabia se deveria estar envergonhada por esse fato ou não.

Entrando na cozinha, ela encontrou o espaço bastante limpo e


ficou surpresa por não querer limpar rapidamente. Esticando os braços
acima da cabeça, soltou um gemido e começou a caça em sua cozinha.
Sua cozinha estava cheia de tudo, como se ele gostasse de cozinhar.
Enquanto crescia, ela cozinhou uma refeição por semana com a
supervisão de sua mãe. Era uma das razões pelas quais ela queria sua
própria família, com crianças. O ideal de Elisha era estar em pé no fogão,
cuidando da comida com alegria, cozinhando sopas quando sua família
estivesse doente.

Em vez disso, ela cozinhava para si mesma, o que era difícil de


fazer, pois muitos ingredientes eram sempre embalados para dois ou
mais. Ela estava solteira, então quando chegava em casa, ela tinha que
dividir todos os pacotes e congelá-los. Um pacote com quatro peitos de
frango iria para quatro pacotes individuais. Era lamentável que ela
agora pensasse no que queria em sua vida, e não era algo que alguma
vez conseguiria.

Beth estava vivendo o sonho enquanto Elisha estava existindo e


limpando.

Abrindo um armário, viu uma mistura instantânea de panqueca,


ela passou por cada armário, encontrando a maioria das coisas já pré-
misturadas ou embaladas.

Agarrando um pouco de bacon, ovos e tomates fora da geladeira,


olhou para os suprimentos e começou a cozinhar. Primeiro fez a massa
de panqueca, adicionando um pouco mais de açúcar, e se ela estivesse
em casa, acrescentaria apenas um toque de extrato de morango, ela
amava frutas para o café da manhã. Não havia fruta à vista. Panquecas
pareciam ser a coisa certa para cozinhar. Com as panquecas
descansando, ela começou a colocar o bacon em uma bandeja pronta
para ir ao forno.
—Brant sabe que você está aqui?

Ela tinha ficado tão absorvida no que estava fazendo que nem
sequer escutou a porta. —Ele, err, não me deixou ir para casa na noite
passada. — Suas bochechas aqueceram mais uma vez.

—Isso é adorável! — Sean disse, movendo-se para se sentar na ilha


da cozinha.

—Eu pensei que você estivesse fora à noite toda...

—Eu estava, voltei agora. Já é de manhã, querida. Onde está o


meu irmão? Você o amarrou? Disse a ele que você ia fazer café da manhã
e ele não poderia expulsá-la?

Antes que ela tivesse a chance de responder, Brant entrou, bateu


Sean na cabeça e caminhou até o seu lado. —Comporte-se. Elisha não
precisa me amarrar. — Ele passou o braço pela cintura dela e a puxou.
—O que você está fazendo? — Ele perguntou.

—Eu estou fazendo o seu café da manhã. Espero que esteja tudo
bem?

—Estou mais do que feliz com você fazendo o café da manhã. Eu


adoro comer. — Sean disse. —Especialmente quando uma mulher sexy
está cozinhando.

Olhando para as coxas expostas, a vergonha de Elisha estava


completa. —É melhor ir me vestir.

—Não. Ignore meu irmão. Ele é um idiota total e não é alguém com
quem precisa se preocupar. De modo nenhum.
—Eu não estou tentando ser malvado. Eu amo suas pernas,
Elisha.

—Cale a boca! — Brant disse. Ele deu um beijo nos lábios dela. —
Você está cozinhando o café da manhã?

Ela não podia deixar de lamber os lábios. —Sim.

—Eu estou bem com isso. Preciso de toda a energia que posso
obter. — Brant se afastou e se sentou com seu irmão.

Colocando um pouco de manteiga em uma frigideira, ela disse. —


Por que você tem tudo pré-cozido?

—Não sei cozinhar. — Brant disse.

—Ele realmente não sabe. Deve ser uma refeição pronta ou alguma
merda assim. —Sean disse.

Brant olhou para o irmão. —Se você tem um problema com isso,
pode dar meia volta e voltar para sua faculdade.

—Ele é sempre assim?

—Quase sempre. — Disse Sean. —Mas ele me ama. Eu sou seu


irmãozinho e ele não deixa nada acontecer comigo. — Sean descansou
a cabeça no ombro de seu irmão, batendo os olhos enquanto fazia isso.

Brant apenas explodiu rindo. —Como alguém pode ficar com raiva
desse rostinho? Ele é tão adorável! — Ele agarrou a bochecha de Sean,
dando-lhe uma leve apertada.

Ela não podia deixar de rir quando um assustado Sean se afastou.


—Ei, você tem uma irmã, Elisha?

—Eu tenho.

—Talvez você possa nos apresentar. Eu realmente sou bom na


cama. Tenho muitas mulheres dispostas a dizer o quão bom eu sou.

Elisha riu. —Eu tenho uma irmã e também tenho um cunhado.


Ela está muito feliz e casada, e Andrew chutaria sua bunda.

—Eu sou mais duro do que pareço.

—Beth está felizmente casada e tem alguns filhos. Você não tem
chance no inferno. Ela também é mais velha do que eu, então não.

—Maldição! — Sean encolheu os ombros. —Há muito mais peixes


no mar. Eu não gostaria de ferir a população feminina e me estabelecer
com uma mulher.

—Eu não sei se eu deveria levá-lo a sério ou não.

—Leve-me a sério. Isso é o que eu sou, baby. — Ele inflou o peito


para fora e Elisha bufou. Sean era adorável.

—Você vê por que estamos na sua casa a maior parte do tempo?


— Brant perguntou.

—Não. Eu gosto dele. Ele é como um ursinho, e ele é tão doce... —


Elisha sorriu para Brant enquanto Sean começou a gemer.

Ela ouviu os irmãos conversando enquanto terminava o café da


manhã. Fritando os ovos, preparou os tomates e finalmente fez as
panquecas. Tirando o bacon do forno, colocou toda a comida na frente
dos irmãos e sentou-se entre eles. Brant colocou a mão na parte de trás
da cadeira e continuou acariciando seu lado. Ela adorava quando ele
lhe fazia pequenas carícias, embora fosse difícil para ela se concentrar
em qualquer coisa além de seu toque. Ele sabia como incendiá-la e
estava fazendo um excelente trabalho para deixá-la louca e ansiar por
seu toque.

—Uau, é oficial, você pode fazer com que as misturas prontas


compradas na loja tenham um sabor incrível. O que há nas panquecas?
— Sean perguntou.

—Extrato de morango. Encontrei alguns na parte de trás do seu


armário.

—Sim, foi comprado durante a fase do morango de Sean há cerca


de um mês. Ele estava tentando ganhar uma garota e tudo o que ela
comia eram morangos. — Brant disse.

—Eu esqueci completamente que estava lá.

Elisha comeu sua comida, consciente de que Brant continuava


olhando para ela. Quando o café da manhã terminou, ela foi para o
andar de cima quando Brant não a deixou limpar. Ela estava pegando
os sapatos quando ele entrou no quarto. Elisha juntou suas roupas de
baixo antes de se vestir.

—Sinto muito pelo meu irmão. — Disse Brant apoiado contra o


batente da porta com os braços cruzados. Ele parecia realmente
imponente da forma como ficou ali, alto e cobrindo toda a porta.

—Por quê? Ele é doce e encantador. Ele é sempre assim?


—Ele me deixa louco, mas sim. Ele está passando o verão comigo.
Em algumas semanas estará de volta à faculdade.

—E você ficará sozinho?

—Sim. Vou sentir falta dele quando for embora. Ele não tem
nenhum filtro entre o cérebro e a boca.

Ela caminhou em direção a ele e foi colocar a mão em seu


estômago e parou. Ela poderia tocá-lo? Ela era permitida? Ela estava
fora de sua zona de conforto com Brant. Para ser honesta, seus outros
namorados não tinham tomado tempo para passar a noite com ela.
Brant foi o primeiro homem com quem dormiu, especialmente com ele
enrolado em torno dela a noite toda.

—Você pode me tocar, baby. Não vou morder.

Colocando as mãos na sua cintura, ela se aproximou. —Você não


precisa se desculpar pelo seu irmão. Acontece que eu gosto dele. Gostei
de estar em sua companhia na festa e eu gosto dele agora, e sem o filtro.

—Você tem certeza?

—Não fique tão preocupado com ele. Ele é um querido, e aqui entre
nós dois, ele sabe disso. — Ela lambeu os lábios, olhando para seu peito
antes de olhar para ele. —Todos os domingos eu vou à casa da minha
irmã. É um hábito que eu adquiri. Gostaria de vir comigo no próximo
domingo?

—Você está bem com isso?


—Somente se você estiver. Eu não quero que você se sinta
pressionado ou qualquer coisa do tipo.

—Eu não me sinto pressionado. — Ele deu um beijo em seus


lábios. —Estou ansioso por isso!

Beijando os lábios dele, Elisha fechou os olhos, aquecendo-se na


proximidade dele. —Eu tenho que ir trabalhar.

—Vejo você à noite?

—Conte com isso.

—Ela é incrível. Eu a amo! — Disse Sean, três dias depois.

Brant estava no seu estúdio trabalhando em uma de suas mais


recentes encomendas, mas seu olhar se afastou do esboço em que
estava trabalhando. Danny o chamou e lhe disse que o evento estava
acontecendo como planejado. A maior parte do seu trabalho foi
concluído, mas ele simplesmente não estava sentindo inspiração para
terminar. A única imagem em que ele queria trabalhar era aquela que
era para seu próprio prazer pessoal.

—Você está me ouvindo?

—Você está me dizendo o quanto você ama a minha mulher e


espera que eu fique de boca calada e ouça quão maravilhosa ela é. —
Nos últimos três dias, seu relacionamento tomou outro passo quando
Sean se juntou a eles para jantar. Era quinta-feira, e depois de ter
cozinhado em sua casa na segunda, ela fez o mesmo na terça. Na
quarta-feira Sean chegou à sua casa pela manhã. Ela estava cozinhando
para os dois e ele se perguntou se ela tinha percebido que estava
acontecendo uma mudança.

Ele não se importaria com a mudança se desenvolvendo entre eles,


quando ele amava sua companhia e sua comida. A principal
preocupação de Brant era que Elisha mudasse de ideia.

—E você não acha que ela é maravilhosa?

—Eu sei que ela é maravilhosa. Eu sou o único que a namora.

—Isso mudou para namoro? — Sean perguntou, sentando-se no


banco mais próximo dele. Seu irmão o deixava louco.

—Não sei o que está acontecendo.

—Você não está se tornando um fracote, não é?

Abaixando suas tintas, ele virou-se para Sean. —Você tem toda
minha atenção. Qual é o problema?

Sean levantou as mãos. —Você não precisa ficar temperamental.


Eu só estava perguntando como seu relacionamento está indo.

Esfregando seu rosto, Brant se virou para olhar a pintura que


estava fazendo. Ele não estava sentindo o que estava mostrando.

—Posso ter alguma privacidade, por favor?

—Você não está gostando de quão perto você está ficando, não é?
—Sean, eu gosto dela, tudo bem. Eu penso que é mais do que
gostar dela, e esse tipo de sentimento me assusta. Eu quero me
aproximar dela, mas Elisha é arisca. Eu vou conhecer a irmã dela e
estarei me movendo devagar.

—Você quer que ela se mova um pouco mais rápido?

Brant olhou para o irmão e decidiu ser sincero com ele. —Eu quero
fazer uma reivindicação dela, então ela não terá a chance de sair.

—É tão ruim?

—Eu não sei se é ruim, ou o que sentir. Nunca me senti assim por
Kasey, nem por qualquer outra mulher. Eu nem estive com Elisha
durante tanto tempo, e na maioria das vezes, era apenas sexo. Nenhum
de nós tem qualquer reclamação sobre o outro. —E ele queria que isso
mudasse. Brant soltou um suspiro. —Eu preciso de algum espaço.

—Ok, essa é a minha dica para ir trabalhar.

—Você está certo. É para isso que estou te pagando. E eu pago


muito bem. — Ele esperou por Sean partir antes de fazer o seu caminho
em direção à porta e trancar. Voltou para o quarto, passou pelo trabalho
encomendado e puxou fora o cobertor que cobria a sua própria obra
pessoal. Era uma pintura de Elisha, como a maioria dos seus desenhos
tinham sido ultimamente. Esta foi uma tirada da memória de dois dias
atrás. Já estavam em sua casa e ele tinha despertado primeiro e olhava
para baixo. Ele tinha tirado uma foto dela em seu telefone celular para
que pudesse pintá-la quando estivesse sozinho. O cobertor cobrindo a
bunda dela e um pouco das suas costas. A curva do seio era visível, ela
estava deslumbrante.
Ela era perfeita para ver, linda.

Ele queria trazê-la aqui para que pudesse fazer muitos esboços
dela.

—O que diabos está de errado comigo?

Brant não conseguia parar de pensar nela, e a cada chance ele


estava ao seu redor. Normalmente as mulheres estavam perseguindo-o,
mas desta vez, sentia-se como se ele estivesse perseguindo-a.

Seu celular começou a tocar e ele enfiou a mão no bolso, puxando-


o e respondendo sem sequer procurar ver quem estava chamando.

—Brant. — Ele disse.

—Ei, querido, eu senti falta de você. — Kasey murmurou na linha


como se ela fosse um maldito gato.

—O que você quer?

—Eu preciso de você baby. Eu preciso do seu grande pau e do seu


toque experiente. Ninguém me deixa tão bem quanto você.

Sua voz estava lhe dando nos nervos, ele não queria nada com ela.

—Você não está respondendo a nenhuma das minhas chamadas.

—Eu não quero mais vê-la. Nunca tivemos nada. Eu não quero
estar perto de você, ou saber o que você precisa. Está tudo acabado,
terminado, acabou.

—Por favor, Brant.


—Não. Eu não estou interessado e eu já falei isso antes, mas você
se recusa a me ouvir. — Ele terminou com essa mulher. —Pare de ligar.

—É aquela puta, não é? Sua vizinha gorda? O que ela tem que eu
não tenho?

—Ela tem classe, e você sabe o que? Ela me tem. — Brant desligou
e colocou o cobertor sobre a imagem de Elisha. Ele voltou para a loja
principal para encontrar Sean jogando em seu celular. —Você não vai
acreditar em quem acabou de me ligar.

—Jennifer Lawrence?

—Não.

—Kate Winslet?

—Não.

—Você está certo, eu não acreditaria em você se essas duas


gostosas o chamassem. — Sean ergueu os olhos do celular. —Quem
chamou?

—Kasey.

Sean explodiu rindo. —Você tem sua própria garota obsessiva. Eu


teria cuidado se fosse você. Ela está toda psicótica e vai arrancar suas
bolas.

—Eu nem posso acreditar que pensei que você seria sério sobre
esse assunto.
—Ei, se você está falando sério e você está preocupado, então vai
na polícia. Kasey sempre foi um pouco louca, mas não pensei que seria
assim.

—Pode ser que não seja. — Brant passou a mão por seu rosto, não
gostando do estresse de pensar em Kasey como um problema.

—Diga-me você. Ela é louca e eu avisei sobre ela. — Sean levantou-


se do assento. —Você acha que ela machucaria Elisha?

—Não, homens e mulheres se separam o tempo todo.

—Eles fazem, mas as mulheres não perseguem seus exs. — Sean


olhou para a porta. —Falando de mulheres, aqui está sua linda mulher.

Brant virou-se para encontrar Elisha entrando na loja. Ela estava


vestida com um vestido de verão rosa que fazia maravilhas por seus
cabelos escuros e pele pálida.

—Ei pessoal, estou indo ao mercado e eu estava pensando em


pegar um pouco de carne para o churrasco. Eu ainda tenho que estrear
a minha churrasqueira. O que vocês acham? Gostariam de vir a minha
casa hoje à noite? Bifes e salada de batata. Será que consigo atraí-los
para minha casa?

—Estou totalmente dentro. — Sean disse.

Elisha virou-se para Brant. —E você? Posso atraí-lo para o lado


negro?
—Eu já estou no lado negro e pensei que fosse eu fazendo todo o
atrativo. — Ele puxou-a em seus braços e colocou um beijo em seus
lábios. —Conte comigo.

—Certo, vou fazer as compras. Eu vejo vocês mais tarde.

—Você pode apostar que vai me ver. — Sean disse.

Brant a observou sair da loja e aproximou-se da porta. Kasey não


causaria um problema. Ele estava noventa e nove por cento seguro
disso. O que ele tinha com Kasey era apenas sexo. O que ele tinha com
Elisha era algo mais. Além disso, as mulheres não ficam loucas e
perseguem.

Ele esperava que estivesse certo.


í

Elisha parou na loja, pegou muitos bifes e um pouco de pimenta.


Ela amava a comida um pouco picante. Estacionando o carro na sua
garagem, olhou para cima e sua boca caiu aberta. A palavra PUTA
estava pintada na porta dela.

Ela caminhou até sua casa. Estava tão irritada que alguém veio e
pintou uma palavra tão vil na sua porta. Era tão difícil limpar a tinta
spray, ela estava tão furiosa naquele momento.

Ela chamou Carl e inclinou-se contra o carro, esperando por seu


amigo chegar. Carl era o policial com quem trabalhou e em quem ela
confiava como amigo.

Ele não a fez esperar muito tempo.

—Ei, Elisha.

Ela deu-lhe um aceno. —Eu estava em um trabalho esta manhã e


fui até a loja. Quando voltei, vi isso. — Ela apontou para a porta.

—Você tem inimigos?

—Não. Eu limpo para viver. Eu não saio tornando a vida difícil para
ninguém.

—Eu sei, querida, mas eu tenho que fazer todas essas perguntas.
—Eu sei. Eu sei. — Ela se afastou enquanto Carl fazia seu
trabalho, falando em seu rádio.

—Você está vendo alguém? — Carl perguntou.

—O que?

—Você tem alguém no momento?

—Estou vendo alguém, mas ele não faria isso.

—Como você sabe? — Carl perguntou.

—Ele é meu vizinho.

—Eu vou precisar conversar com ele.

Ela pegou o celular e chamou o número de Brant. Isso era tão


humilhante. E se fosse uma das exs de Brant? Ela não sabia com
quantas mulheres ele tinha estado antes. Ambos tiveram um passado.
Seu passado era muito mais colorido do que o dela. Ela não tinha
exatamente uma longa fila de amantes esperando por ela, ou
decepcionados por ela ter terminado.

—Ei, querida, como vai?

—Ehhh, aconteceu uma coisa, meu amigo Carl é policial e ele quer
falar com você. — Ela entregou o telefone para o Carl e mordeu o lábio,
quando ele começou a falar sobre a porta, ela só conseguiu ouvir um
lado da conversa. Ele se afastou e pegou um caderno de seu carro. Ele
estava de volta quando ela ouviu o que ele disse. —Vou falar com ela e
ver o que posso fazer. Ok.
Carl devolveu o telefone para ela.

—Ei! — Ela disse.

—Ei, estou a caminho de casa. — Brant disse.

—Você não precisa fazer isso.

—Sim. Eu preciso.

—Você sabe quem pode ter feito isso?

—Sim, eu sei.

Carl tirou algumas fotografias e deu um passo atrás, esperando.

—Eu tenho que ir. Vou ver você quando chegar em casa. — Ela
desligou o telefone e deu a Carl sua total atenção.

—Então, parece que Brant tem uma ex que não gosta de estar no
seu passado. Eu tirei algumas fotos e vou interrogá-la, mas não há
muito que eu possa fazer agora.

—Certo. — Ela olhou em direção à porta. —Pelo menos posso


limpar isso? É muito rude e injusto. Brant era solteiro quando eu
comecei a dormir com ele.

Carl riu. —Eu estava esperando você dizer isso. Sim, você pode
limpar. Tenho as fotos e um nome. Tome cuidado e me ligue se alguma
coisa acontecer.

—Obrigada.
Ela fez seu caminho para sua casa, colocou os bifes na geladeira e
pegou seus produtos de limpeza.

Dez minutos depois Brant estacionou na própria vaga e veio por


trás dela.

—Sinto muito amor. — Ele disse.

—Você não precisa se preocupar com isso. Bem, isso é uma droga
porque eu estou tendo que limpar, e a tinta spray é um pé no saco para
sair. — Ela esfregou ainda mais duro. —Eu não tive a chance de abrir a
churrasqueira.

—Estou em casa mais cedo. Sean está fechando a loja.

—Você sabe quem fez isso? —Ela perguntou.

—Eu tenho uma ideia e eu disse a Carl, seu amigo.

—Ele disse que ia falar com ela. Presumo que você terminou com
ela e ela não queria isso.

—Não, ela não queria isso pelo visto. Mas não acho que ela seja
capaz de ser uma vândala. Estou na verdade surpreso com isso tudo.
— Brant disse.

Levantando-se, ela limpou o suor da testa. —Eu só estou chateada


porque ela me deu um trabalho extra. Tinta spray para limpar me irrita.
— Ela lhe sorriu. —Mas não tem problema, estamos bem.

Ela viu a preocupação nos olhos de Brant.

—Pare de se preocupar.
—Eu nunca tinha rompido com ela antes e não tinha ideia de como
ela realmente era.

Elisha deu de ombros. —Não adianta lamentarmos o que ela pode


ou não fazer. Aconteceu e agora acabou. Carl vai falar com ela, e se ela
for inteligente, vai manter distância. Era um palavrão na minha porta,
nada mais. — Ela pôs os braços ao redor de sua cintura. —Eu acho
muito fofo que você se importa.

—Não quero que sua irmã fique chateada por que eu não estava
cuidando de você.

—Ela não pensaria isso. — Abrindo a porta, ela agarrou os


produtos de limpeza e eles fizeram o seu caminho para dentro de casa.
Ela ainda não podia acreditar que a apenas duas semanas atrás ela
achava que ele fosse um péssimo vizinho. Nem em como os sentimentos
dela tinham mudado.

Ela tirou o avental, removendo suas luvas de borracha e guardou


tudo. Brant pairava perto dela e ela riu. —Vá e acenda a churrasqueira.
Vou preparar os bifes e começar com essas batatas.

Ele pegou seu rosto em suas mãos e a forçou a olhar para ele. —
Não quero que nada aconteça com você.

—Não vai acontecer nada. Eu estou bem e você está bem. Nós
estamos bem.

Brant reclamou seus lábios, sua língua deslizando dentro de sua


boca e ela se abriu para ele. O desejo entrou em erupção em sua carne
quando o beijo se aprofundou, deixando-a sem fôlego. —Eu vou acender
o fogo.

Ela riu e o viu sair.

Agarrando várias batatas, ela as lavou, descascou e as deixou na


água para ferver. Enquanto a água fervia, ela trabalhou no molho.
Colocando um pouco de bacon em uma frigideira, acendeu o fogo alto e
esperou que fritasse. Ao mesmo tempo colocou maionese, creme de leite
e manteiga em uma tigela, salpicou com pimenta e uma pitada de sal.
Quando o bacon estava crocante, ela deixou esfriar e o adicionou à
mistura cremosa.

Isso era outra coisa que ela adorava fazer para relaxar. Não havia
nada melhor do que preparar uma salada de batatas. Pegando os bifes
da geladeira, ela começou a temperá-los quando Sean entrou em sua
casa sem bater.

—Você está bem? — Ele perguntou.

Ela riu. —Eu estou mais do que bem. Pare de se preocupar.

—Kasey pode ser perigosa.

—Ela pintou 'PUTA' na minha porta. Não é exatamente original, e


tenho certeza que eu poderia levá-la se chegássemos as vias de fato.

—Não é engraçado. — Disse Sean. —As mulheres podem ser putas


totais.

—Eu sou uma mulher. Nós estamos de olho nela, Sean, não se
preocupe. Você tem que confiar em Carl. Ele é um bom homem.
—Ela terá um aviso sobre isso. — Disse Sean.

—Olha, eu confio na lei, ok? Por favor, pare de se preocupar. — Ela


havia polvilhado cada bife com pimenta e os entregou a Brant. —Vá e
os coloque para grelhar. — Ela enxotou ele para fora e sorriu.

Carl tinha dado a Kasey um aviso, e como foi o seu primeiro delito,
não havia mais nada que qualquer um deles pudesse fazer. Brant não
estava feliz com isso e não gostava de deixar Elisha sozinha. O maior
problema foi o fato de que ele não poderia fazê-la parar de trabalhar
porque uma de suas exs estava sendo louca.

—Você vai ficar de olho na casa dela hoje? — Brant pediu.

—Tenho meus binóculos e uma garrafa térmica com sopa. Eu


estou preparado para um dia de acampamento. Eu também tenho
pornografia no meu tablet e uma meia. — Sean disse.

—Você é nojento! — Brant disse rindo. Ele realmente amava o


humor de seu irmão.

—Isso veio do cara que levou metade da noite fodendo sua mulher.
Elisha não foi exatamente silenciosa. — Sean balançou a cabeça, mas
claramente teve o sentido de não tentar imitar seus sons. Brant gostou
de fazê-la gritar. O sexo deveria ser alto e bagunçado, e ele estava
fazendo ela se sentir a vontade para que pudesse tomar aquele local
intocado. Não demoraria muito para que ele pudesse levá-la, ela já
estava acostumada a tomar seus dedos. Ela ficava selvagem quando ele
tocava sua bunda.

Ela foi para sua casa se preparar para o trabalho, e ele iria busca-
la.

—Nunca deixe que ela ouça você dizer isso.

—Eu não vou. Você sabe que semana que vem é a minha última
semana aqui, então você estará sozinho até o Natal.

—Você virá para cá? — Ele perguntou.

—Sim. Mamãe e papai não me deixam levar mulheres em casa para


foder. — Sean tomou um gole de sua bebida e olhou para o livro de
estudo.

Brant quase desmaiou em estado de choque. Seu irmão nunca


estudou, ou pelo menos ele nunca o viu estudar.

—Eu tenho que ir. Me ligue se alguma coisa acontecer.

—Nada vai acontecer. Com sorte ela se mudou para outro cara com
um grande pau. — Sean disse.

Brant nem sequer se incomodou em pegar a isca do seu irmão.


Saindo de casa, ele encontrou Elisha já caminhando em sua direção.
Ela usava jeans e uma camisa vermelha que moldava suas curvas,
destacando seus grandes seios, quadris e coxas grossas. Ele adorava
quando ela envolvia aquelas coxas ao redor de seus quadris e montava
seu pau.
Ele não conseguia mais escolher uma posição favorita. Se ele a
levava por trás, ele conseguia brincar com a sua bunda e ver seu pau
entrando e saindo. Quando ela estava em cima, empurrando seus
quadris, ele observava seus seios balançarem enquanto ele batia dentro
dela. Havia tantas posições e tantas vantagens em fodê-la.

Seu pênis começou a engrossar e ele a puxou para dentro de seus


braços. —Você está me deixando duro.

—Você sempre está duro. Isso não é minha culpa. — Ela beijou
seus lábios e se contorceu em seus braços. —Vamos, Beth está ansiosa
para conhecê-lo.

Entrando no carro, ele saiu do estacionamento e seguiu as


instruções que Elisha lhe deu.

Beth morava em um bairro agradável que tinha vários grupos de


crianças brincando na rua. Ela apontou para a grande casa no final da
rua e ele puxou para dentro.

—Tia Elisha! — Disse um pequeno pacotinho, correndo para o


carro.

Saindo do carro, ele observou enquanto Elisha a pegava, ela


começou a saltar para cima e para baixo, e a menina riu. —Charlotte,
eu quero que você conheça meu amigo, Brant.

—Ele é seu namorado. Mamãe me contou.

—Charlotte, deixe-a respirar. — Uma morena saiu da casa e


caminhou até eles. Ela puxou Elisha contra ela, dando um abraço antes
que sua atenção se voltasse para ele. —E quem é você?
—Beth, este é Brant. Brant, esta é minha irmã, Beth.

—Prazer em conhecê-la.

—É bom conhecer um homem que realmente traz um sorriso ao


rosto da minha irmã, mesmo que ela tente esconder isso. Vamos, vamos
lá!

Mais crianças estavam correndo pela casa, e o som de seu pai


rosnando e perseguindo-as os seguiu.

—Andrew! — Disse Beth.

Um homem um pouco mais velho do que Brant apareceu no


batente da porta, sorrindo. —O quê?

—Elisha e Brant estão aqui.

—Eu já estou indo.

Eles ficaram sozinhos e Beth os conduziu para a cozinha. —O


coração da casa! — Beth disse. —Então, Elisha me disse que você é um
artista.

—Eu tento ser um, e isso paga as contas. — Ele colocou a mão no
ombro de Elisha. Ela cobriu a mão dele com a sua, olhando para ele e
sorrindo.

—Vamos tentar não ter um interrogatório, Beth. Eu o trouxe para


que vocês o conheçam e não para ele ser bombardeado com perguntas.
—Onde está a diversão nisso? — Andrew perguntou entrando na
cozinha. —As crianças estão brincando no jardim. — Ele se moveu atrás
de Beth e beijou sua bochecha.

Brant viu seus anéis correspondentes e já havia visto as fotografias


deles. Eles se casaram jovens e ficaram grávidos jovens.

—Por que você e eu não vamos acender a churrasqueira? O verão


está quase no fim e não demorará muito para guardar minha belezinha.
— Andrew beijou Beth e caminhou para a porta.

Beijando Elisha, Brant abraçou-a firmemente contra ele e abriu


caminho.

Andrew estava sentado em uma espreguiçadeira, olhando para os


filhos. —Sente-se. Não tenho cervejas para oferecer.

—Vou aceitar um refrigerante.

Andrew jogou uma lata para ele.

—Beth é muito protetora com sua irmã e eu tenho que dizer que
eu sinto o mesmo.

—Você é protetor com ela?

—Ela é uma irmã para mim, Brant. Uma irmãzinha. O tipo de irmã
que você não quer ouvir coisas desagradáveis.

Brant franziu a testa e olhou para ele. —Eu sou mais jovem que
você alguns anos. Não estou prestes a começar a compartilhar segredos
de quarto.
—Bom. — Andrew tomou um gole de sua bebida. —Então, quais
são suas intenções quando se trata de Elisha?

—Eu não sei.

—Eu não vou permitir que você a machuque.

—Não tenho intenção de machucá-la. Eu simplesmente não sei o


que responder a sua pergunta. Elisha e eu estamos nos conhecendo, e
estamos nos divertindo.

—Você quer mais dela? — Andrew perguntou.

—Eu não sei. — Ele estava sendo tão honesto quanto ele poderia
ser. A última coisa que ele queria fazer era assustar Elisha com
necessidades e desejos que ela não sentia.

—Beth e eu engravidamos no ensino médio, e no começo eu queria


correr. Eu não queria uma criança naquela idade. Eu queria festejar e
me divertir um pouco, mas a verdade é que só havia uma pessoa com
quem eu queria festejar e me divertir. — Andrew riu. —Eu queria que
Beth deixasse sua gravidez para trás e corresse comigo, o que não
poderíamos fazer. Só havia uma pessoa que eu queria, e essa mulher
está naquela casa. Estou vivendo um sonho e há vezes que vejo o medo
nos olhos de Beth. Você vê, ela acha que não estou feliz com a minha
vida, mas eu estou. Ela é minha alma gêmea, e desde que estou com
ela, não me importo com o que aconteça. Podemos ter uma centena de
crianças, desde que ela esteja do meu lado em todos os momentos.
Tenho certeza de que ela não permite que esses pensamentos se
manifestem. Às vezes, porém, as inseguranças ganham.
—Por que você está me contando isso?

—Quando se trata de Elisha, quero que você considere ser tudo ou


nada. — Andrew disse. —Elisha o esconde bem, mas ela é uma mulher
de tudo ou nada.

—Ela será uma mãe incrível! — Brant disse.

—Ela será, mas ela seria uma esposa ainda mais incrível.
Considere isso, Brant. Você se importa com ela, você pode até mesmo
amá-la. Não esconda o que deseja. Elisha trabalha bem com a verdade.
í

Uma semana depois

Eles tinham visto Sean sair e agora tinham as duas casas à


disposição. Sean não queria sair e Elisha sentia falta dele. Fazia apenas
vinte e quatro horas, mas sua personalidade era enorme. Ver Sean sair,
fez com que ela, pela primeira vez, sentisse falta de ir à casa de sua irmã
para o jantar. Ela cozinhou para ela e Brant. Eles haviam compartilhado
uma refeição e passaram o resto da noite fazendo sexo. Bem, ela
começou a pensar nisso como fazendo amor.

Brant pediu que ela fosse em seu estúdio, pois havia algo que
queria mostrar a ela. A segunda-feira estava provando ser um dia lento,
e ela deu a Anna o resto do dia de folga. Elas ainda estavam limpando
para Danny, se preparando para uma exposição dentro de duas
semanas e não seria muito tempo até que elas tivessem terminado. Ele
tinha decoradores, e ela e Anna limparam a bagunça que eles deixaram
para trás. Brant a convidou como sua namorada. Toda vez que pensava
nisso, ela tinha vertigens.

O relacionamento deles tomou um rumo diferente, mas ela não


sabia o que fazer com o que estavam experimentando.
Batendo na porta do estúdio, ela esperou. O sinal de fechado
estava na porta principal, ela se perguntou como ele estava vendendo
sua arte. Ela agora possuía três de suas peças, e amava todas e cada
uma delas.

—Você está atrasada. — Disse ele.

—O que? Estava ocupada.

Ele a puxou para dentro, trancando a porta de novo.

—Você está sendo realmente misterioso no momento. — Disse ela.

—Venha. — Ele a levou para seu estúdio principal, onde todo o


trabalho acontecia. Ela o viu desenhando em pequenos cadernos
quando estavam sozinhos. Ontem à noite ela estava aconchegada nele
quando ele começou a desenhar. Ele não mostrou o que estava fazendo
e ela fez o melhor para não invadir seu espaço.

—Eu quero algo de você. — Disse ele. —Na verdade, há algo que
eu quero mostrar.

—Você está falando muito rápido, e estou meio que lutando para
entender.

—Você me inspira, Elisha. Quero lembrar do nosso tempo juntos,


e você sabe o quê? É mais fácil lhe mostrar.

Eles entraram em uma sala que estava cheia de luz, tinham várias
telas cobertas com cobertores.
—Tudo bem, nada até agora para assustar ou me aterrorizar. O
que está acontecendo?

Brant começou a remover os cobertores e Elisha ofegou com o que


ele estava mostrando. Vários desenhos dela. Uma dela dormindo, outras
eram de seu corpo, exibindo suas perna e depois a curva de seu seio.

—Você está me desenhando?

—Não fique brava. Eu simplesmente não consigo parar. Não vou


mostrar isso a ninguém. Isto é para mim, e só para mim.

Ela colocou uma mão sobre a boca e olhou em volta para os seis
desenhos. —Eu não estou brava. Estou honrada!

—Eu quero desenhar você, Elisha, nua. Eu gostaria que você fosse
minha modelo, se isso for possível. — Ele se moveu para a extremidade
da sala e começou a puxar uma espreguiçadeira para o centro da sala.

—Você quer que eu fique nua para que você possa me desenhar?

—Sim.

Mordendo o lábio, ela olhou para várias de suas peças de arte e


não podia deixar de admirar sua habilidade. Ele era realmente
talentoso, era por isso que ela já possuía várias de suas obras. —Eu não
sei.

—Elisha, por favor. Você me inspira, é assim que eu vejo você.


Ninguém vai ver isso. Eles são meus.

—E a seção erótica que você exibe no andar de baixo?


—Isto é somente para nós dois.

Ela queria. Elisha queria lhe dar tudo. —Sim. Eu vou fazer isso,
com uma condição.

—Qual é a sua condição?

—Você fica nu comigo.

—Baby, isso não é um problema para mim. — Ele deu uma


piscadela e começou a tirar suas roupas.

Respirando profundamente, Elisha observou enquanto Brant se


despia, tirando a roupa ao mesmo tempo. Ele realmente era um
espécime perfeito de homem. Ela adorava vê-lo ficar nu e ver a forma
como seu corpo se movia. Brant era tão confiante, que estar ao seu redor
a preenchia com confiança.

—Onde você me quer? — Perguntou, aparecendo completamente


nua para ele ver.

—Eu quero você na espreguiçadeira, querida. — Ele pegou sua


mão e a levou para o assento bastante desconfortável. Brant a colocou
na posição em que ele queria desenhá-la, com um de seus braços ao
lado e o outro estendido nas costas. Um de seus joelhos estava inclinado
em direção ao teto e o outro estava parcialmente aberto.

—Você não acha que isso é um pouco exposto demais?

—Não, querida, você está linda. — Ele puxou um pouco do seu


cabelo para trás e fez uma pausa, avaliando ela, então voltou em direção
a sua tela.
—Posso falar?

—Sim, simplesmente não se mova demais.

Ela acenou e parou. —Isso é meio estranho para eu estar fazendo.

—Eu não imagino que nenhum dos seus namorados inúteis


tenham considerado pintar você para o seu prazer.

Elisha não pôde deixar de rir. —Meus namorados nem sabiam


como usar uma faca, muito menos um pincel. Eu acho que você é muito
bom e eu confio em você.

—Bom, a confiança é realmente importante.

Ele continuou pintando, ela fez o melhor para não se mover e


acreditava que estava conseguindo.

—Eu vou fazer algumas perguntas e não quero que você se mova.
Você acha que pode fazer isso por mim? — Ele perguntou.

—Certo.

—O que você acha do futuro?

—O que você quer dizer?

—Você sabe, onde você se vê em cinco anos? Ou melhor ainda, o


que você quer fazer nos próximos cinco anos? Com o que você sonhou
quando era mais jovem?

—Quando eu era mais nova eu sempre imaginei ter uma família.

—Você ainda quer uma família?


—Sim. Beth teve isso jovem, mas ela está vivendo o sonho real.
Sabe o que quero dizer?

—Sim.

Elisha estava curiosa sobre onde seus pensamentos estavam indo.


Olhando para o relógio, ela viu que uma hora já tinha se passado. Entre
eles falando, os silêncios e ele trabalhando, o tempo passou rápido.

—Você se importa que eu pergunte por que você quer saber? — Ela
perguntou.

—Porque tenho curiosidade em relação a uma coisa.

—E o que seria isso? — Ela observou enquanto ele colocava o


pincel de lado e caminhava em direção a ela. Ele se ajoelhou na frente
dela, mais uma vez ela ficou impressionada com sua confiança.

—Quando eu estou ao seu redor, eu me sinto vivo. É como se nos


últimos dez anos eu tivesse vivido de um jeito estranho, é como se eu
na verdade não estivesse vivendo.

Seu coração começou a bater. Isso era contra as regras, não era?

—O que você está tentando dizer?

—Não vivemos apenas um momento, querida. Confie que não vou


quebrar seu coração e nos dê uma chance.

—Você quer dizer como namoro?


—É exatamente o que quero dizer. Quero sair com você e conhecê-
la. Quero que possamos ter algo mais do que apenas sexo. Nos dê uma
chance. — Brant disse.

—Ok. — Elisha sorriu. —Gostaria de te beijar, mas meu artista


disse para eu não me mexer.

—Ele é um idiota.

Elisha gritou enquanto ele a puxava para dentro de seus braços,


quebrando a pose em que ele queria pintá-la. Ela envolveu seus braços
ao redor de seu pescoço e sentiu-se mais feliz do que nunca.

Ele reivindicou seus lábios, e qualquer dúvida que ela poderia ter
tido sobre o que seria deles, evaporou. Brant se sentou e a colocou sobre
o seu pau já duro.

Afundando o seu comprimento, ela mordeu o lábio e gemeu pelo


prazer de ser preenchida por ele.

Brant era um homem incrível, ela sabia que tinha sorte de estar
com ele. Ele a fez se sentir inteira e a completou de maneiras que ela
realmente não achou que fosse possível.

Os dias passaram e se transformaram em semanas. Brant dividiu


seu tempo entre estar com Elisha e estar no estúdio de arte. Na maior
parte do tempo, Elisha estava com ele quando estava pintando no
estúdio. Elisha se tornou sua inspiração. Ela se colocava nua para que
ele a desenhasse. Ela era uma mulher bonita, sexy e sensual, e ele
capturou isso em seu trabalho. Sempre que via seu trabalho acabado,
ela ficava tímida e um pouco envergonhada. Brant não compartilharia
essas peças, mesmo que ele considerasse ser seu melhor trabalho.
Elisha era toda sua e as pinturas eram para ele. Ele estava
constantemente em guarda por sinais de que Kasey poderia atacar sua
mulher, mas nada aconteceu. Sean manteve contato o tempo todo,
provocando-o sobre finalmente ser pego por uma mulher.

Brant não teve queixas. Desde o momento em que viu Elisha pela
primeira vez, ele estava intrigado por ela. Desde que a conheceu,
descobriu que sob todo o seu frio exterior, uma mulher estava
desesperada para sair e se libertar.

Ela estava fora fazendo compras na manhã de domingo enquanto


ele estava limpando as folhas que decoravam ambos os quintais quando
Kasey apareceu em sua casa. Ele ficou tenso, alcançando o telefone caso
precisasse.

—O que você está fazendo aqui? — Ele perguntou já na defensiva.

Kasey estava vestida de jeans compridos e um suéter grosso, que


ele nunca a tinha visto usar. Mesmo no frio do inverno, ela sempre expôs
seu corpo. Ela levantou as mãos. —Eu venho em paz para pedir perdão.
Não estou aqui para causar nenhum dano. Eu estava esperando que eu
pudesse ver sua vizinha.

—O que você quer com Elisha? Ela é minha garota agora, então é
melhor você ir embora.
Ele esperava que ela surtasse, mas em vez disso, Kasey inclinou a
cabeça e sorriu.

—Não estou aqui para causar problemas. Na verdade, eu vim pedir


desculpas. — Ela alcançou seu carro e tirou um pequeno buquê de
flores.

—O que é isso?

—Olhe, Carl veio me ver. Nós conversamos um pouco e depois


conversamos mais. —Kasey tinha um brilho nos olhos. —O que nós
tivemos, foi ótimo, mas não era o que eu estava procurando. Eu pensei
que talvez tivéssemos algo e meu temperamento tirou o melhor de mim.
Eu não sou mais essa pessoa, e chamar Elisha de puta foi muito baixo
até para mim. Eu vim me desculpar.

—Você está namorando Carl? O policial?

—Sim e estou feliz. Realmente muito feliz. Você está?

—Eu estou o quê? — Brant perguntou.

—Feliz. Você merece ser feliz.

Pensar sobre sua vida com Elisha sempre lhe colocava um sorriso
no rosto e ele assentiu com a cabeça. —Sim, estou feliz, mais do que
feliz. Eu tenho que dizer que você me assustou.

—Por quê?

—Eu pensei que você iria me causar alguns problemas.


—Eu cometi um erro. Todos nós podemos cometer erros, certo? Só
fiquei satisfeita por não ter ido longe demais. — Kasey respirou fundo.
—Você daria isso a Elisha por mim? — Ela perguntou.

Brant viu o carro de Elisha chegando. —Você pode dizer a ela você
mesma. — Ele se abaixou, pegando as folhas e movendo-as para a pilha
ao lado.

—O que está acontecendo? — Elisha perguntou saindo de seu


carro.

—Oi, eu sou Kasey.

Ele viu Elisha tensa e se moveu para o lado dela, colocando uma
mão sobre sua jaqueta. —Está tudo bem. — Ele disse.

—O que você quer? Você sabe, depois que você me chamou de


puta...

Ela estava o deixando excitado com sua atitude.

—Eu queria me desculpar por isso. Foi um erro, não deveria ter
feito o que fiz. Pensei que estava apaixonada por Brant, mas não estava.
— Ela estendeu as flores. —Realmente sinto muito pelo que fiz, e espero
que você possa me perdoar. Não causarei mais problemas.

—As flores são para mim?

—Sim, eu desejo a ambos um grande amor. — Kasey sorriu e então


deu um aceno a eles.
Elisha olhou para as flores, depois de volta para ele. —Eu não sei
o que aconteceu aqui.

—Nós estamos bem, e Kasey não vai mais ser um problema para
nenhum de nós. — Ele beijou seu pescoço. —Senti sua falta.

—Também senti sua falta.

—Quando Beth e Andrew chegam?

—Logo, mas temos tempo. Me ajude a descarregar o carro e


podemos fazer uma viagem no andar de cima. — Ela deu uma piscadela,
e ele não pôde deixar de rir dela.

—Deus, eu amo você! — Ele disse rindo.

Elisha fez uma pausa, ele também.

—O que?

Merda.

Ele não queria dizer agora. Ele estava determinado a esperar por
ela para avançar.

—Você me ouviu, baby.

Elisha respirou fundo, lambeu os lábios e olhou para ele. —Você


me ama?

—Sim, também me surpreendeu, acredite em mim.

—Você me ama.
Ela falou novamente e Brant agarrou suas bochechas, voltando
sua atenção para ele.

—Qual é o problema?

—Eu nunca pensei que você me amaria.

Brant colocou um beijo em seus lábios. —Eu ia fazer algo


elaborado e levá-la para jantar, mas não sou esse tipo de homem.

—Você gosta de soltar e fazer perguntas depois.

—Eu sinto muito. Eu te amo. Não sei como aconteceu. Você sabe
o quê? Eu sei. Você explodiu o meu mundo gritando com essa linda
boca. E você entrou aqui. — Ele colocou uma mão em seu coração. —
Eu te amo, Elisha. Eu te amo com todo o meu coração e minha alma, e
isso me assusta. Você me inspira todos os dias e eu não posso mais
viver sem você.

Lágrimas encheram seus olhos, ele as secou com os polegares. —


Não chore.

—Por que não posso chorar? Estou tão feliz. Eu pensei que era só
eu, mas não é. Eu amo você, Brant. Beth disse que eu deveria dizer.
Mas eu não poderia. Eu não podia simplesmente dizer algo assim.

Batendo os lábios sobre os dela, ele a silenciou com um beijo.

Não havia palavras para descrever o que ele estava sentindo


naquele momento. Ele a moveu em direção ao carro e fechou a porta.

—O que você está fazendo?


—Está frio o suficiente para que os mantimentos não estraguem.
Eu tenho que ter você agora. — Ele pegou sua mão e a levou de volta
para sua casa. Fechando a porta, ele a pressionou contra a porta e
começou a tirar suas roupas. Ele precisava dela nua e debaixo dele.

—Eu amo você! — Disse ela.

—Foda-se, Elisha, você está fazendo isso tão difícil.

—É o que eu quero. Eu te amo!

—Baby, eu amo você. — Eles tiraram a roupa um do outro e Brant


não se importou com o preservativo. Pegando-a, pressionou-a contra a
parede e a deslizou sobre seu pênis. Ela já estava molhada e quente. —
Eu te amo.

—Eu te amo. Temos muito tempo para compensar.

—Você se sente tão bem enrolada em torno do meu pau. — Ele


puxou para fora dela, apenas para entrar de novo.

—Sim Brant, foda-me.

Ele a fodeu forte e áspero contra a parede perto da porta. Não havia
preservativo entre eles, não era a primeira vez que eles tinham sexo
desprotegido. Ele adorava essa mulher, ela estava debaixo de sua pele.

Ele não podia viver sem ela.

—Case comigo! — Disse ele, derramando as palavras.

—O que?
—Você me ouviu. Case comigo. Não há outra mulher que eu queira.
Eu amo você e quero envelhecer com você.

—Sim. Eu vou me casar com você.

—Estou tão feliz que nenhum desses bastardos te roubou de mim.

—Meus ex namorados?

Ele bateu dentro de sua boceta, com ciúmes de qualquer homem


que esteve com ela. —Sim. Você pertence a mim agora.

Eles foderam e fizeram amor perto da porta durante a próxima


hora. Brant beijou todo seu corpo, amando cada centímetro de suas
curvas. Não havia uma parte de Elisha que ele não amava, por isso já
havia reivindicado seu traseiro.

Adorava quando ele pegava sua bunda e adorava prepará-la


quando queria a tomar. Mas hoje não era um daqueles dias.

—Minha irmã está chegando. — Ela disse.

Juntos eles recolheram suas roupas e se vestiram, preparando-se


para a chegada de sua irmã.

Brant estava trazendo outro saco de compras quando viu Elisha


de pé, em frente a geladeira, segurando a pequena caixa preta que ele
havia armazenado lá.

—Você iria propor hoje mesmo antes da visita de Kasey?

—Sean queria que eu esperasse até que ele pudesse vir te ver. Eu
não esperei. Eu queria sua resposta. Estava impaciente.
Ela riu. —É lindo!

Ele tirou a caixa dela, agarrou sua mão e deslizou o anel em seu
dedo. Foi um ajuste perfeito. —Você sabe que eu ouvi uma vez que se
você conseguir o tamanho do anel certo e deslizar muito facilmente, isso
significa que vamos viver felizes para sempre?

—Quem te contou isso?

—Eu não sei. Talvez eu tenha inventado. — Ele se inclinou perto.


—Eu prometo fazer você feliz, Elisha. Aconteça o que acontecer.

—Brant, você me faz feliz apenas por estar aqui. Eu amo você, e
isso nunca vai mudar. — Ela envolveu seus braços ao redor do seu
pescoço e o beijou.

—Espero ter te engravidado. — Ele disse.

—Cale a boca.
í

Três anos mais tarde

—O que você está fazendo? — Elisha perguntou.

—Esperando Sean e sua namorada. — Brant olhou por trás da


cortina e Elisha balançou a cabeça. Era Natal mais uma vez, ela
esfregou o estômago inchado, soltando um suspiro. Ela e Brant haviam
se casado há três anos, e durante esses três anos não houveram muitas
mudanças. Eles ainda possuíam as duas casas, embora vivessem na
sua.

Brant estava dando a Sean sua casa naquele Natal para que seu
irmão se aproximasse um pouco mais. Sean tinha se formado na
faculdade e esteve fazendo um estágio bem-sucedido no ano passado. O
estágio acabou e Brant queria ele em casa.

—Por que você quer ver sua namorada? — Ela perguntou,


movendo-se atrás dele, colocando a mão em seu ombro.

—É Sean. Você sabe o quanto ele pode ser irritante. Só estou


cuidando do meu irmão. — Brant virou-se para ela e se abaixou em
frente ao ventre dela. —O que você acha, carinha? Você acha que estou
sendo muito superprotetor com meu irmãozinho?
Seu filho chutou e Elisha estremeceu.

Ficar grávida provou ser bastante difícil para eles, levou três anos
para finalmente tornar seu sonho realidade.

—Ele está chutando muito mais agora, não é? — Brant perguntou,


esfregando a barriga dela.

—Está tudo bem. Estou me acostumando. — Ela deu tapinhas com


amor na barriga. —Você está feliz?

—Baby, eu estou mais do que feliz. Nosso médico disse que


ficaríamos grávidos e nós estamos. Tivemos que esperar três anos, mas
querida, passamos três anos maravilhosos, e você cresceu desde então.

Ela soltou um suspiro e bateu levemente em seu ombro. —O que?


Eu cresci? E você?

—Querida, eu não tive problemas com o excesso de limpeza. Seu


primeiro instinto não é mais pegar um pano e começar a limpar.

—Não, é pegar um bastão e bater no meu marido.

Brant a puxou para dentro de seus braços. —Você não quer dizer
isso. Você sabe que me ama.

Ela o amava e ele completou seu pequeno mundo. Elisha não


poderia passar um dia sem estar com ele. Ele completou seu mundo
agitado.

Inclinando-se perto, ele reclamou seus lábios, e como todas as


outras vezes, ela se derreteu contra ele, caindo para ele de novo.
—Eu te amo.

Antes que ela tivesse a chance de dizer qualquer coisa, eles


ouviram o som de um carro entrando no estacionamento. Brant agarrou
sua mão e eles saíram para ver seu irmão e a namorada. Ela tinha
ouvido falar de Sienna, e sabia que Brant iria sentir o choque.

Sean tinha deixado escapar que sua namorada também estava


grávida. Claro, ele pediu para ela não contar a Brant, o que ela odiou.
No entanto, Sean só havia dito a ela hoje e Brant não havia dado tempo
para ela dizer nada.

Saindo de casa, Brant sorriu e Sean saiu do carro.

—Brant, sinto muito, mas você precisa saber que estamos


totalmente apaixonados e não é como se você pudesse dizer algo. —
Disse Sean. —Você me disse que quando se amava uma mulher tinha
que encontrar alguma maneira de mantê-la.

Elisha riu quando Sean abriu a porta do passageiro e então ouviu


Sienna.

—Sean, apenas me ajude, por favor. — Sienna disse.

—Ele está apaixonado. — Elisha envolveu seu braço em torno da


cintura de Brant, então eles viram Sienna.

A namorada de Sean era bonita e estava completamente grávida.

—Você está tendo um filho? — Perguntou Brant.


—Eu não poderia deixar você me superar, irmão. Eu amo você e
quero um pouco de mim correndo por aí.

Incapaz de ajudar a si mesma, Elisha começou a rir enquanto


acolhia uma Sienna preocupada olhando para os irmãos.

—Você está grávido, estamos grávidos, então acho que também


posso fazer isso mais cedo. Feliz Natal, Sean! — Brant disse, entregando
uma chave.

—Não entendi.

Brant apontou para a casa. —Você pode viver ao nosso lado. A casa
é sua!

Elisha ficou de pé enquanto observava os dois irmãos se


abraçarem. Este era o homem que ela amava. Ele estava cheio de vida,
humor e o mais importante, amor.

Seu vizinho muito sujo lhe mostrou o que ela estava perdendo, e
ela não podia esperar para viver o resto de sua vida com ele.

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