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Stepbrother Master
His Plaything
Stepbrother
Master
Ava Jackson
Sinopse
Três meses.
Três meses presa em uma fazenda distante em Montana com o mais novo
marido da minha mãe... e seu filho sombrio e pensativo.
Não deveria me importar que o talento do meu novo meio-irmão com
cordas ultrapassa laçar o gado desgarrado. Não deveria ligar que cada olhar dele
diz que me quer... mas que vai lutar contra isso até o amargo fim.
Eu não deveria ligar que enquanto o verão passa, minha atração derruba o
meu bom senso e agora estou agonizando para chamar meu meio-irmão de...
Mestre.
Capítulo 1
l
Emma
Esperava que o quarto casamento da minha mãe fosse por interesse como
de costume. Eu tiraria alguns dias de folga, voaria para algum local exótico, ficaria
sorrindo para todos e fingiria que tudo isso não terminaria com a minha mãe
chorando pelo telefone. Mas o mais recente noivo possuía um rancho em Montana
— e me convidou para ficar com eles no verão de seu casamento.
Tentei declinar de todas as formas que possivelmente poderia. Eu tinha
acabado de me formar em Stanford, depois de quatro anos ralando muito, e no
outono comecei a ensinar em D.C. — uma escola carente de ensino médio. Este era
o meu último verão livre antes da Vida Real começar. Eu apenas queria relaxar.
Então Mamãe me visitou na escola e todas as minhas razões
cuidadosamente pensadas entraram em colapso. — Este é diferente, Emma. — ela
disse. — Finalmente encontrei a minha alma gêmea. E você vai estar tão ocupada
em breve. Por favor, pense em ir... isso significaria muito para mim. — Não havia
forma de conseguir resistir ao convite de Mamãe. Mesmo enquanto amaldiçoava
minha falta de firmeza, cedi.
O jato particular foi o primeiro indicador de que o meu futuro padrasto
realmente podia ser diferente. Quer dizer, no sentido que ele era podre de rico.
Talvez mãe finalmente tenha encontrado alguém que não vai tomar cada centavo
dela, pensei enquanto bebia vinho branco em meu assento ao lado da janela,
admirando o Oeste Americano que se espalhava debaixo de mim. Embora, se ele for
tão rico, tenho certeza de que há um acordo pré-nupcial.
O jato pousou em uma pista de pouso particular no meio do nada. Assim que
a aeromoça abriu a porta, um vento quente e completamente seco bateu em meu
rosto, esticando a minha pele como uma máscara. Até meu cabelo pareceu
quebradiço. Pestanejei afastando as lágrimas, procurando a escada para descer.
Um cowboy de verdade se encostou contra uma caminhonete preta
brilhante e cromada nas proximidades. Com o chapéu de vaqueiro, as botas de
vaqueiro gastas, colete de couro e o bigode branco inclinado para baixo, ele
poderia ter saído de um filme de John Wayne. Tentei não encará-lo enquanto ele,
sem palavras, puxava as minhas malas do interior do avião e as jogava no fundo da
caminhonete. Ainda bem que eu não trouxe nada muito frágil.
— Obrigada. — Eu disse depois de um tempo.
Ele me deu um aceno curto e brusco. — Senhorita. — Depois subiu no
assento do motorista e ligou o motor. O.k, então. Entrando no caminhão agora...
antes que ele vá embora sem mim.
As montanhas cobertas com gramíneo pareciam não ter fim e o cowboy não
falou durante a viagem inteira. Minhas perguntas sobre Montana foram recebidas
com grunhidos ou sacudidas de queixo. Eu finalmente desisti e me concentrei em
observar o horizonte, onde uma pequena casa de bonecas se tornou numa extensa
mansão de pedra e madeira.
Pouco tempo depois, reduzimos a velocidade no portão da frente da
Fazenda Wild Cliffs antes de continuar até a casa. O cowboy saiu e deixou a minha
bagagem na varanda da frente. Fiquei em silêncio, chocada, enquanto observava a
mansão na minha frente. Era uma diferença gritante do condomínio em Napa que
Mamãe adquiriu do Marido Número Três em seu último divórcio. Meu
acompanhante colocou a cabeça dentro da cabine da caminhonete e olhou para
mim, a testa franzida com aborrecimento. Ele não disse nada, mas obviamente
estava esperando que eu tirasse a minha bunda da caminhonete. Assenti
embaraçada e abri a minha porta. Desci, me perguntando se cairia de cara, mas
então meus pés tocaram o estribo. Mal fechei a porta atrás de mim antes que ele
fosse embora, deixando uma nuvem de poeira em seu rastro e a mim neste
estranho novo mundo.
Um homem sem camisa dobrou a esquina da casa com sacos enormes
içados sob cada ombro que pareciam pedras. Ele jogou-os ao chão como se não
pesassem nada. E teve a minha completa atenção. Sexy. Maldição.
Ele tinha o tipo de corpo que você não esperava ver fora das revistas de
fitness masculino.
Fechei a minha boca e mordi o lábio para me certificar de que não ficaria
boquiaberta novamente. Esse cara é de verdade? Bronzeado, com ombros largos,
peitoral em perfeita forma e seis gomos definidos. Meus olhos desceram. Risque
aquilo — oito gomos. Forcei meu olhar para cima e percebi que ele havia feito uma
pausa em sua tarefa.
Ele tinha me avistado? A aba de seu chapéu de palha de cowboy ocultava
seus olhos. Seu corpo era rígido e o pouco que pude ver de seu rosto estava ainda
mais rígido: maçãs do rosto delineadas e um maxilar quadrado, acentuado por
lábios carnudos.
Merda. Eu estou encarando, me repreendi. Mas então seu chapéu se inclinou
para baixo e presumi que ele estava fazendo a mesma coisa. Por reflexo, escovei os
franzidos do meu vestido de verão rosa e amarelo, querendo saber como estava o
meu estado amarrotado de viagem.
Forcei-me a dar um passo para frente e erguer a cabeça ao caminhar. Não
podia ficar de pé aqui como uma imbecil o dia todo. Um segundo homem se juntou
a ele, mais jovem, mais magro e de alguma forma... mais principiante. Ambos me
observavam enquanto eu ia para a casa. Ambos inclinaram os chapéus, mas
nenhum disse uma palavra.
Não tinha ideia por que meu coração bateu mais forte quando passei por
eles, mas bateu. Eu agarrei a maçaneta da porta, sentindo seus olhos em mim
quando entrei.
Talvez este verão não seja tão ruim afinal.
a
Mal tive tempo de olhar ao redor do hall de entrada antes que mamãe
fizesse um alvoroço. — Emmie! — Ela me envolveu num abraço apertado,
pressionando um beijo muito Europeu em cada bochecha. — Como foi seu vôo?
Você parece bem. Oh, é tão bom ver você.
— Você está agindo como se não me visse há meses. Foram apenas algumas
semanas. — Eu disse, incapaz de conter o meu sorriso enquanto a apertava. Era
bom vê-la novamente — especialmente com a mesma expressão apaixonada e feliz,
que tinha no rosto quando me convidou pela primeira vez a vir aqui. — Meu vôo
foi excelente. Sinceramente não tinha que enviar um jato.
Ela finalmente me soltou. — Besteira. Sabe que eu apenas quero o melhor
para a minha filha.
Abri minha boca para argumentar, mas ela se afastou quando um homem
alto e de cabelos escuros entrou pela cozinha, secando as mãos. — Russ, esta é
Emma! Estou tão feliz pelos dois finalmente se conhecerem.
Um sorriso sincero se espalhou por seu belo rosto. Eu já podia ver por que
Mamãe gostava dele.
— Bem, finalmente. Sua mãe fala sem parar sobre você, Emma. Então, fico
feliz em finalmente dar um rosto ao nome. — Estendeu a mão em um aperto
úmido, mas firme. — Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o
resto do verão.
Passos rangeram atrás de mim e Russ olhou sobre o meu ombro. — Ei,
momento perfeito, Ford. Agora não tenho que localizá-lo para conhecer Emma.
Eu me virei para ver... o homem atraente do lado de fora. Eu comecei a
sorrir, mas Russ continuou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o
rancho.
Sem.Chance.No.Inferno.
Minha libido murchou como uma alface velha. Meu futuro meio-irmão tinha
o corpo mais bonito que já vi em um homem. E uns oito gomos que eu queria
delinear com a minha língua. Em que planeta isso é justo?
Eu estendi a minha mão de modo educado e senti um arrepio quando sua
pele se conectou com a minha. Notei quão grande a mão dele era — e quão ásperas
estavam por causa de seu trabalho — quando ele segurou. Desta vez, deixei meus
olhos demorarem nele por apenas um momento. Não era preciso ser um gênio
para perceber a semelhança familiar: a altura, a estrutura e — agora que estava
sem o chapéu — o cabelo preto e os olhos azuis. Um olhada em Russ me deu uma
boa idéia de como Ford ficaria em aproximadamente trinta anos.
Os olhos azuis de Ford eram sérios... quase frios. O que aconteceu com o
olhar que tinha acariciado meu corpo inteiro lá fora? Aparentemente, estive
imaginando coisas. Definitivamente ele não tinha me despindo com os olhos mais
cedo. Somente o pensamento fez coisas em meu ventre. E mais abaixo. Eu me
esbofeteei mentalmente. Emma má! Nenhum pensamento deste tipo com um cara
que está a sete dias de entrar para a família.
Não consciente do meu tumulto interior, Russ sorriu para nós. — Por que
você e sua mãe não colocam tudo em dia enquanto vou pegar bifes para grelhar?
Mamãe comentou em um sussurro teatral. — Temos uma governanta
encantadora, mas Russ gosta de queimar uma carne de vaca de vez em quando.
Parte de toda a experiência de 'homem da fazenda'.
Russ bateu em sua bunda com a toalha enquanto passava. Mamãe gritou e
virou-se para sorrir para ele. Não conseguia decidir se me sentia enojada ou ria,
então dei uma olhada em Ford. — Então... você administra este lugar todo, hein?
Ele assentiu com a cabeça, mas isso foi tudo.
Eu tentei novamente. — Desde quando você tem estado no comando?
— Desde a faculdade. — Sua voz era profunda e tranquila; de modo que
teria sido atraente se, lembrei-me à força, ele não estivesse prestes a ser o meu
novo meio-irmão.
— É estranho ter seu pai como chefe?
Ele me estudou por um segundo. — Meu pai está aposentado, portanto, eu
sou o chefe aqui. — Sua voz era tão glacial e insensível quanto a expressão em seu
rosto. — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém tem que ficar atento por
ele.
O que diabos isso quer dizer? Sua postura ficou tensa quando olhou para a
janela. Eu segui sua linha de visão para onde os nossos respectivos pais agiam
como adolescentes, brincando de apalpar as nádegas enquanto fingiam grelhar.
Voltei meu olhar rapidamente para Ford. Isso não era algo que eu queria ver — e
aparentemente ele sentia o mesmo. Alguma coisa me dizia que ele era o menos
feliz sobre este romance repentino e o casamento próximo. Procurei uma forma de
quebrar o silêncio constrangedor.
Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Ford se afastou. —
Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar.
E logo depois saiu. Encarei suas costas, tentando arduamente não perceber
como seu jeans desgastado se agarrava a bunda perfeita: redonda e firme.
Mamãe voltou para dentro de casa, estremecendo quando a porta bateu
atrás de Ford. — Está tudo bem aqui?
Dei-lhe um olhar irônico. — Ford não parece ser do tipo que "finge que
gosta".
Mamãe fez um ruído pensativo. — Ele é um pouco... hum... tímido. — disse
finalmente. — Ele demora um pouco a se abrir. Você tem que conhecê-lo.
Mentira. Ele não é tímido; é um idiota. Decidi tentar o meu melhor para
ignorá-lo por enquanto — tanto seu humor amargo quanto sua masculinidade
perturbadora. Eu precisava mudar de assunto. — Posso ver o seu vestido de
casamento, mãe?
Ela imediatamente se iluminou novamente. — É claro. Eu estava morrendo
para te mostrar. Ainda estou decepcionada que você não pôde vir comigo para a
última prova. — Ela jogou um braço ao meu redor e apertou-me de lado. — Mas
agora que concluiu a faculdade, tenho você só para mim pelo verão. O vestido está
no armário do quarto de hóspedes, mas vou mudá-lo de local, assim terá espaço
para as suas coisas.
Ela conversou sobre seus planos para o casamento e o nosso verão
enquanto eu a seguia para o andar de cima. Eu ainda estava cética quanto ao
Marido Número Quatro, mas a excitação de Mamãe estava se tornando contagiosa.
Não a via tão animada e sinceramente apaixonada desde que Papai morreu quando
eu tinha doze anos. Se não fosse por ela ser a minha mãe, sua rotina de
companheira apaixonada por Russ seria completamente engraçadinha.
E a fazenda em si não algo ruim. O pouco que tinha visto de Wild Cliffs tinha
sido o bastante para me encantar. A mansão rústica, com a linda visão das
montanhas distantes, a vista das ondulações das colinas e um lago particular... tudo
parecia a foto perfeita.
Quando chegamos ao quarto de hóspedes, notei que alguém trouxe as
minhas malas. Também percebi que este quarto sozinho era maior que do meu
apartamento em Stanford. — Quem é este? — Apontei para a fotografia
emoldurada de um homem uniformizado de aparência selvagem na cômoda. — Ele
vem para o casamento?
— Esse é o irmão mais velho de Ford, Nixon. Ele agora está no exterior em
uma missão de treinamento da Marinha, mas nos enviou um cartão muito amável.
Me lembre de mostrá-lo a você.
Passos brandos ecoaram pelo corredor. — Senhora? Está procurando... —
uma mulher vestindo um avental entrou com um espanador de pó; parecia ter
mais ou menos a minha idade, mas com cabelos e olhos escuros. Ela parou na
soleira da porta quando me viu. Algo sobre sua rápida olhada de cima a baixo me
irritou. Pareceu severa e calculista, como se estivesse tentando me marcar com um
rótulo de preço.
— Eu disse a você, me chame de Cynthia. Somos todos uma família aqui. —
Mamãe se virou para mim. — Celeste, esta é minha filha. Emma, este é o meu anjo
da guarda. Quando cheguei aqui há três meses, não conseguia fazer nada sem ela.
Ela é a garota mais atenciosa e meiga — além de você, é claro. — ela acrescentou
rapidamente.
Celeste sorriu, mas era tão forçado, que achei que a cara dela poderia
rachar. — Ah, certo. Emma. Então você vai ficar só até depois do casamento? —
Sem esperar pela minha resposta, ela sorriu para a mãe. — Não se preocupe,
Cynthia. Este lugar é muito grande, me perdi por semanas quando cheguei aqui.
Você conseguiu se sentir em casa em tão pouco tempo.
Não sabia dizer se as palavras dela foram sarcásticas ou se tinha um tom
naturalmente desagradável. Eu apostaria em ambos.
— Apenas mais sete dias. — Mãe suspirou. — Eu sou tão sortuda. Russ é... o
homem que eu nunca imaginei que encontraria. E apenas olhar este vestido. — Ela
abriu o closet e ligou a luz.
Céus. O vestido de casamento era maravilhoso. Uma cascata suave de chiffon
marfim descia pela cintura marcada, aberto nas costas com longas ondulações dos
fios de cetim. O corpete de mangas translúcidas compridas era carregado de
apliques de renda floral, acentuado com pérolas. Elegante e sofisticado, sem
sacrificar um pingo de sensualidade. Pelo canto do meu olho, vi o olhar de Celeste
se tornar faminto.
— É desenhado sob-medida. — disse a mãe. — Ótimo para senhoras iguais a
mim, com um pequeno adicional ao redor da barriga.
— Como se você precisasse de qualquer ajuda. — disse Celeste.
Inspire com força; Pense antes de falar.
— Se eu fosse do tipo sonhadora... bem... talvez um dia eu vá encontrar o
que você encontrou com o Sr. Bennett. Só espero não ter que procurar muito. —
Seu olhar foi até a janela, avistei Ford no pátio abaixo, mais uma vez, carregando
sacos de pedras. Se Celeste pareceu faminta enquanto observava o vestido de
casamento, agora parecia completamente voraz. Tentei não deixar isso me
incomodar. Mas fez um pouco de sentido por que ela agia como uma completa
vadia... mas não explicava o comportamento dele.
Celeste, de repente, virou a cabeça na minha direção. — Está saindo com
alguém, Emma?
Pega de surpresa, respondi. — Não no momento. — Disse a mesma para não
me intrometer, mas não consegui segurar a pergunta. — E você? Os olhos dela
voltaram a vagar para a janela. Dando um sorriso do tipo felino, quieto e
provocante.
Fabuloso. Uma linda mansão rústica, uma mãe incandescentemente feliz e
uma governanta desagradável e alucinada. Franzi a testa. Não poder colocar um
dedo em Celeste me incomodava tanto. Seja como for, com certeza, eu não estava
entusiasmada com o parecer brilhante de Mamãe. Deus sabia que ela não era a
melhor analista em caráter do mundo — pelo menos, não com os homens. Mas não
queria criticar alguém que tinha acabado de conhecer, também. Tentei dar a
Celeste o benefício da dúvida. Talvez ela só estava tentando ser legal com a nova
esposa de Russ para solidificar sua posição.
Russ gritou — Hora do jantar! — no andar de baixo, e coloquei Celeste no
fundo da minha mente. Estou analisando demais as coisas. Provavelmente só preciso
dormir um pouco... mas primeiro, tenho que ter uma refeição com a minha nova
família.
Enquanto nós três entravamos na sala de jantar enorme, de teto abobado de
madeira nua e uma lareira de pedra não esculpida, percebi que estávamos em
quatro. Ford havia retornado.
Ele nos interrompeu — Eu já volto — e foi na direção do mesmo corredor
do quarto de hóspedes que havíamos estado. Merda. O quarto dele era perto do
meu? Deus, porque faz isto comigo? Ainda estava tentando meditando na ideia de
comer à mesa com meu novo meio-irmão; Não tenho ideia ainda de como lidar em
passar um verão inteiro no corredor dele. Meu estômago ficou tenso. Nervos, é isso.
São apenas os nervos. Nada a ver com ambos os fatos de que meu futuro meio-
irmão era lindo de morrer e um completo idiota.
Preciso começar a mentir melhor para mim mesma.
Capítulo 2
l
Ford
a
Contudo, meu alívio não durou muito tempo porque meu telefone vibrou
com uma mensagem. Deixei as pedras do rio que ainda estava transportando
caírem para verificar.
Pai: Sua bunda precisa estar em casa para o jantar.
Eu: Sim, senhor.
Pai: E ser legal com Emma.
Não respondi a esse último texto. O que eu deveria dizer? Que seria tão
agradável com Emma que ela iria ser apresentada a maravilha dos orgasmos
múltiplos? Que a teria ocupando a extremidade do meu pau? Sem chance.
Então voltei para dentro de casa e aguentei o jantar. Mastiguei meu bife —
excelente carne de vaca — e escutei Emma e Cynthia tagarelar sobre o casamento.
Embora, para ser justo, a maior parte da tagarelice veio de Cynthia. Mas ainda
assim, toda vez que Emma abriu a boca para responder a uma das perguntas de
sua mãe, fantasiei com a minha mordaça de bola entre seus lábios rosa carnudos. O
que depois me fez pensar sobre seus outros lábios rosa carnudos.
Porra. Eu tinha que dar o fora de lá antes que crescesse uma ereção do
tamanho de um pinheiro.
Então afastei minha cadeira, pedi desculpas e escapei para a paz e a
tranquilidade do celeiro do cavalo. Inspirei o doce cheiro do feno e o aroma
grosseiro proveniente das baias. Um relincho da minha égua favorita era um som
bem-vindo. As besteiras que Mac dizia eram para quem estava ouvindo-o, ou não.
— Cara, você deveria ter visto o rabo dessa garota. Estou. Fodido. Meu pau
poderá nunca mais ser o mesmo depois que ela passou com aquilo. Estarei
arruinado para todas as outras bucetas. Isso é um fato. Estou te dizendo.
Dobrei a esquina e vi Mac encostado contra a baia, com TJ, meu peão de
confiança e o mais talentoso da fazenda, e Griff, ambos sentados sobre os fardos de
palha. TJ geralmente não era do tipo de falar muitas besteiras sobre mulheres. Ele
tendia a ser o tipo respeite-as e elas virão. Não tinha certeza de quanta sorte ele
tinha tido com essa abordagem, mas independentemente disso, era um bom
homem. Griff raramente falava. Apenas mastigava petiscos ou um palito de dente.
Ou ambos.
A primeira vez que Cynthia o viu escarrar suco de tabaco no gramado da
frente, quase desmaiou. E depois se ofereceu para comprar-lhe uma escarradeira
antiga. Meus pensamentos sobre Cynthia imediatamente restauraram os
pensamentos sobre sua filha, a que um dos meus peões estava falando merda.
Às vezes, ser o chefe é um saco. Agora não era uma dessas vezes.
— Mais uma palavra saindo da sua boca sobre aquela mulher, e você
montará cercas por seis meses consecutivos. A única ação que vai conseguir será
da sua própria mão... fui claro?
Minha voz estava fria e severa, um tom que não usava frequentemente com
os caras. Mas desta vez, eu queria que não houvesse nenhum dúvida de que quis
dizer aquilo.
— Mas você a viu...
— Não estou brincando, Mac. Ela está fora dos limites. Não olhe para ela.
Não fale com ela. Não fale sobre ela. Ela não é assunto seu e nunca será.
Mac se mostrou disposto a brigar, e suspeitei que era porque eu estava o
repreendendo na frente de Griff e TJ. Provavelmente poderia ter sido mais
diplomático sobre isso, mas eu não estava brincando. Ela não era para ele.
Tampouco, para mim.
Aguardei, esperando Mac dizer mais alguma coisa, mas não disse. Ele se
afastou da baia, pegou o Gatorade do chão e seguiu em direção a saída.
Isso deixou Griff me estudando e TJ boquiaberto.
— Você tem algum problema com isso, TJ?
Ele balançou a cabeça e perdeu o olhar de choque pintado em seu rosto. —
Não, Senhor. — Ele se levantou do fardo de feno. — Acho que vou ficar com a parte
da cerca, estava planejando montar isso hoje.
E então éramos só Griff e eu — um homem que eu confiava e respeitava,
cujo meu próprio respeito ganhei com sangue, suor e determinação. Ele ainda não
acreditava que o garoto rico havia aceitado administrar esta fazenda, e eu estava
determinado a provar o contrário.
Sua risada era baixa e sua voz áspera, por causa do charuto, ressoou pelo
celeiro. Eu esperava que fizesse um comentário sobre a minha futura meia-irmã,
mas em vez disso disse: — Seu pai vai me forçar a ir para o casamento? Eu não uso
ternos. Nem mesmo mo meu maldito funeral.
— Tenho certeza de que ele ficaria grato, mas se você não preferir, a escolha
é sua.
Griff assentiu com a cabeça uma vez. — Vou pensar nisso. — Ele moveu o
palito de dente para a outra extremidade da boca. — Aquela garota faz muitas
perguntas. Acho que ela não sabe a diferença entre um cavalo de sela e merda de
vaca.
— Você provavelmente está certo sobre isso. — respondi, pensando sobre a
conversa no jantar.
Griff se esticou, as articulações estalando com o esforço.
— Então, acho que vamos descobrir quanto tempo ela dura.
Ele caminhou para fora do celeiro, e mais uma vez me deixaram sozinho
com os pensamentos em Emma. Talvez se ela desse o fora daqui rápido o
suficiente, eu poderia manter a maldita mordaça de bola no meu saco de
brinquedo, onde isso pertencia.
Capítulo 3
l
Emma
Antes mesmo que Celeste tivesse recolhido seu prato de jantar, Ford
desapareceu novamente. A expressão afável de Russ vacilou por um momento, mas
Mamãe tocou seu braço e ele sorriu para ela. Contive a vontade de perguntar onde
Ford estava indo. Também estava nos evitando — caso em que, todos deveriam
estar deixando-o de mau humor — ou estava tentando nos dar o nosso próprio
espaço. O que quer que fosse, Ford se esfriar um pouco do lado de fora poderia
acabar sendo uma coisa boa.
Estavamos conversando tomando um café enquanto Celeste removia os
pratos. Uma hora de conversa fiada depois, Russ bocejou e pousou a caneca com
um som abafado. — Acho que é hora de verificar o interior das minhas pálpebras.
Você vem, Cyn?
Mamãe me olhou num relance quando Russ afastou sua cadeira. — Você
precisa de qualquer tipo ajuda para desfazer as malas, querida?
— Não, obrigada. Vou apenas retirar o que preciso para hoje à noite e lidar
com o resto de manhã. — Inclinei-me para beijá-la na bochecha. — Boa noite, mãe.
Russ esperou Mamãe se levantar e, em seguida, caminhou em direção a
escada que conduzia à sua ala da casa. Coloquei o meu prato e a minha caneca na
pia da cozinha. Foram as únicas louças que Celeste não recolheu. Entendi a
mensagem clara como o dia: Eu não era bem-vinda no que ela considerava seu
território. Mamãe estava muito envolvida na agitação do planeamento do
casamento e apaixonada para notar a declaração silenciosa que Celeste estava
fazendo. Mas isso era algo para outro dia; Eu também estava muito cansada para
lidar com Celeste agora.
Subi para o meu quarto e vasculhei minhas malas, até encontrar o meu
shampoo e o roupão de banho longo e macio. Mesmo estando morta de sono, eu
sabia que não conseguiria dormir sem um banho rápido; estava despenteada e suja
por viajar o dia todo.
Tirei a roupa e atravessei o corredor, bufando de raiva quando encontrei a
porta fechada. Não havia nada que pudesse fazer além de esperar. Ou isso, ou se
perder para sempre tentando encontrar outro banheiro nesta casa enorme e escura.
Finalmente a porta se abriu. Uma linda garota em uma camisola
transparente saiu. Seu cabelo estava bagunçado, as bochechas ruborizadas... Estava
claro que ela tinha acabado de ser fodida. Ela chiou quando me viu e saiu correndo
pelo corredor para o quarto de Ford como um rato assustado. Fiquei boquiaberta
até que a situação finalmente se encaixou. Todos estavam transando aqui exceto eu?
Atrás de mim, Ford parou na entrada do banheiro. Virei-me para olhar e
imediatamente me arrependi.
Ele não usava nada além de uma toalha levemente envolvida na cintura.
Tirei meus olhos da trilha de pêlos escuros que desciam em seu abs e percebi que
ele estava me encarando. Não me encarando com raiva, apenas... atrevido. Este era
o seu território, e ele estava me desafiando a desafiá-lo ou fugir com o rabo entre
as pernas. Todos decidiram me provocar esta noite?
"Você vai para o chuveiro ou o que?" ele finalmente perguntou.
Estreitei meus olhos para ele. Foda-se, amigo. Não é como se eu precisasse de
aprovação para ficar aqui.
Ele não demostrou nenhum sinal de movimento para me deixar passar. Fui
forçada a me espremer ao redor dele através da entrada, tão perto que sua mão
roçou meu quadril. Minha pele se arrepiou onde ele me tocou através do robe. Com
um último olhar para minhas pernas nuas, ele finalmente seguiu a garota de volta
para seu quarto. Observei sua bunda firme enquanto ele se afastava e disse a mim
mesma que só estava fazendo isso para incomodá-lo. Definitivamente, não perdi o
controle sobre os meus próprios hormônios. Com certeza, não. Não todos.
a
Os dias até o casamento se arrastaram. Enquanto mãe e Russ se
aconchegavam desatentos em sua ala, eu estava aprisionada, com Ford a apenas
algumas portas abaixo. E ele deixou claro que não gostava que eu invadisse o seu
espaço. Quando me virava, ele estava bem ali — me cobiçando, olhando feio para
mim, bloqueando meu caminho, se exibindo pouco vestido. Ele fazia tudo ao
mesmo tempo: me irritava e deixava excitada como o inferno. Sentia que estava
sendo provocada. Eu não sabia por que não me suportava; não sabia por que não
conseguia afastar meus pensamentos sujos sobre ele.
Trancar-me em meu quarto para evitá-lo não funcionou. Adormeci, folheei
todos os livros do meu e-reader e até mesmo repintei as unhas dos pés. O tédio só
tornou mais difícil ignorar os meus desejos. E ser preguiçosa durante o dia
significava estar acordada à noite, quando com certeza vislumbraria o
aparentemente interminável fluxo de ficantes, entrando e saindo do quarto dele.
Em minha terceira noite em Wild Cliff, já estava farta. Não suportava ficar
deitada na cama, tentando dormir mais. Eu precisava de ar fresco. Precisava ficar
longe o suficiente do quarto de Ford para parar de me perguntar se ele dormia nu.
Coloquei as roupas que havia usado no jantar do dia anterior e me espreitei para o
andar de baixo.
Quando abri a porta da frente, a brisa fresca da noite acariciou meu rosto.
Inspirei profundamente: poeira, grama, animais, fumaça de lenha e o aroma
estranho que aprendi que era o cheiro do ar realmente puro. As estrelas cintilavam
no intenso céu escuro, mais brilhante e numerosas do que eu já tinha visto na
cidade. Minha cabeça já está se tranquilizando .
Não sai com qualquer objetivo em particular. Fiquei na varanda por um
tempo, apenas apreciando a tranquilidade da noite. Eventualmente os meus olhos
vagaram até o estábulo. Como qualquer garota no mundo, um vez tinha sido
obcecada por "pôneis mágicos". Agora que vi verdadeiros rebanhos e um show de
cavalos correndo no pasto, animados e graciosos, eu estava apaixonada
novamente. Talvez pudesse visitá-los um pouco.
Tomada por pensamentos de afagar narizes suaves e oferecer torrões de
açúcar, dei a volta por baixo da passarela de tijolo na frente da casa. Mas quando
saio da direção do estábulo, se tornando uma trinha de terra, ouvi um barulho
estranho. Parecia que vinha da sala de equipamentos. Confusa, aventurei-me mais
perto e para ouvir novamente — aquele estalo nítido, seguido rapidamente por um
gemido baixo que era quase o mesmo som.
A luz iluminava através da fenda na porta do quarto de arreios. Dei uma
olhada através do pequeno espaço e arfei.
Uma mulher nua ajoelhada no chão de concreto. Não consegui ver o rosto
dela. Seus braços estavam levantados sobre a cabeça, os pulsos atados por uma
corda branca; a outra extremidade da corda desaparecia nas vigas. A pele pálida de
sua bunda estava coberta do que pareciam dolorosas marcas vermelhas.
E Ford estava na frente dela, com um chicote de montaria.
Ele usava apenas um jeans azul velho e desbotado. A luz forte da única
lâmpada exposta na sala de arreios se moldou ao seu corpo incrível em um plano
nítido e ângulos de sombra, definindo cada músculo. E consegui vi uma coisa em
particular muito claramente: o pau longo e grosso, esticado contra o zíper. Minha
boca ficou seca.
Com um movimento de pulso esperiente, Ford bateu a chibata sobre a
nádega direita dela. O movimento foi rápido e dinâmico, como se tivesse muita
prática, e os tendões em seu antebraço franziram com a força que pôs no golpe. A
mulher deu um soluço agudo alto e desesperado. Suas costas arquearam,
empurrando a bunda em minha direção, e pude ver sua buceta molhada. Uma nova
marca floresceu na pele sensível.
— Apenas mais três, cadelinha. — Ford gritou. Sua voz grave tomou um,
novo e estranho, tom áspero que fez meu clitóris responder em atenção. — Você
consegue. Pediu por isso. A menos que não se importe mais com a recompensa?
A mulher balançou a cabeça rapidamente, fazendo um som gutural. O cabelo
castanho claro deslizou para o lado revelando uma correia de couro ao redor da
base do crânio. Ela estava amordaçada.
Não conseguia tirar meus olhos deles. Devo chamar mãe? Devo chamar a
polícia? Mas a mulher amarrada estava se contorcendo aos golpes de Ford, não se
afastando deles e gemia como uma gata no cio com cada palavra de seus lábios
carnudos. O que quer diabos estava acontecendo aqui, ela gostava. Adorava. Ela
não estava assustada de nenhuma maneira — e eu também não. Algum outro
sentimento tinha me congelado no lugar. Uma estranha fascinação que descia para
o fundo do estômago.
Com um choque, percebi que estava esfregando minhas coxas, tentando
aliviar a dor quente do desejo. Mudei de posição um pouco e me senti molhar.
Engoli com dificuldade. Minha mão deslizou sob a minha saia de malha fina
— apenas para conferir, disse a mim mesma. Já sabia que estava quase tão
encharcada quanto a mulher na minha frente. Até mesmo tocando através da
minha calcinha, meus dedos sentiram a umidade.
Ford golpeou uma, duas, três vezes mais, fiel à sua palavra, e a mulher
gemeu a cada estalo estridente. Ele estava respirando com dificuldade, mas não de
esforço. Seus olhos me queimaram sem sequer olharem em minha direção. O olhar
no rosto dele era de alguma forma distante e próximo ao mesmo tempo,
consumido pela necessidade absoluta do aqui e agora. Quase inconscientemente,
agitei a palma da minha mão.
Ele jogou a chibata no chão fazendo barulho. Se abaixou por trás da mulher,
um joelho de cada lado de suas pernas. — Boa garota. — ele ronronou. Agora sua
voz era hipnótica, ao invés de comandando abertamente, e coberta com pecado. —
Está pronta para que eu te foda?
Sem esperar por uma resposta, enfiou dois dedos dentro dela. Ela gritou
contra a mordaça e se empurrou para trás, tentando levá-lo mais profundo. Ele
rosnou em apreço e começou a meter a mão dele selvagemente. — Como uma boa
cadelinha; Está tão molhada para mim. — Ele arfou. Sua mão livre se movendo
para o zíper.
Minha força de vontade fracassou. De repente não me importava se Ford era
meu meio-irmão, um completo idiota ou um extraterrestre. Eu só precisava gozar.
Agora. Quando meus dedos começaram a esfregar pra valer, sufoquei um gemido
alto de alívio.
A cabeça de Ford virou. Seus olhos encontraram os meus e se arregalaram,
depois endurecem em fúria.
Quebrando o encanto erótico. De repente, senti-me como a voyeur que era.
Empurrou a porta, tropecei e fugi para a casa.
Não parei de correr até que estivesse segura no andar de cima no meu
quarto, cheia de vergonha e excitação persistente. A qualquer momento, Ford
subiria as escadas em meu encalço. Se não me odiava antes, com certeza odiaria
agora. Como pude espioná-los assim? Que tipo de pervertida eu era? Não me
lembrava da última vez que meu corpo tinha reagido tão violentamente a algo.
Minha libido tinha tirado meu cérebro da sela e assumido as rédeas. Se Ford
tivesse me parado, se tivesse me ordenado a chegar mais perto, se tivesse me
perseguido quando corri e me empurrado no chão como presa...
— Droga. — murmurei em voz alta. Minha buceta ainda doía, exigindo que
eu terminasse o que comecei. Tenho que parar com essa merda. Aqui e agora. Sem
me masturbar 'acidentalmente' pensando em meu meio-irmão. Depois do que eu
tinha acabado de ver, porém, sabia que nunca conseguiria tirar aquela imagem de
Ford da minha cabeça — parado perto daquela mulher com uma chibata de
montaria na mão e a crua luxúria em seus olhos.
Mesmo se uma ducha fria pudesse ajudar, não tinha coragem de me
aventurar fora do quarto. Mas após passarem os minutos sem nenhum sinal de
Ford, minha tensão começou a aliviar. Talvez ele não fosse me confrontar afinal. Se
ele queria agir como se nada disso tivesse acontecido, eu estava mais do que feliz
em participar. Algumas refeições familiares terrivelmente embaraçosas e todo o
episódio seria esquecido.
Só precisava vestir o pijama novamente, ir para a cama e fingir que não
tinha visto nada. Satisfeita com essa decisão, comecei a puxar a minha blusa sobre
a cabeça.
E então, Ford entrou de súbito.
Capítulo 4
l
Ford
l
Emma
1
(Emoção) mistura de tristeza e felicidade.
recepção... Só precisava molhar meu bico. — Com uma piscadela para mim, ele
acrescentou: — e roubar um minuto das três garotas encantadoras.
Celeste deu-lhe um sorriso forçado. Se a Mamãe não estivesse na sala, eu
tinha a sensação de que ela teria dito a ele exatamente onde enfiar seu bico.
Embora, não tinha certeza se ela queria que Mac desse o fora ou só prestasse
atenção nela em vez de mim.
Mãe só riu. — Cuidado, cavalheiro. Logo vou ser uma mulher casada.
— Mas há a regra número um. — disse Mac. — Sempre tenha algo doce para
dizer a esposa do chefe... pelo menos, quando o chefe não está. — Ele levantou a
cabeça em minha direção. — O mesmo vale para a filha do patrão.
Tarde demais, percebi que ele estava esperando que eu respondesse. Pisei
na bola completamente.
Mac era muito atraente e parecia ser um cara legal, mas eu simplesmente
não conseguia entrar no balanço para flertar com ele. A mesma coisa sempre
aconteceu com TJ, também. Nenhum dos peões da fazenda conseguiam estar à
altura de Ford. Ele estava só... em um outro nível. Sexy, másculo, no controle,
confiante sem esforço. Mesmo quando se comportava friamente, apenas fazia
contraste com o resto quente dele. E há duas noites atrás, tinha vislumbrado como
era quando ele se deixava queimar.
Imagine se eu ficaria obcecada por um cara daqui que não posso ter.
Bem, isso não era exatamente verdade. Eu poderia tê-lo. Ele tinha deixado
bastante óbvio o que queria fazer comigo. Diabos, ele literalmente me deu um
convite aberto para seu quarto. Mas o ponto era, que não devia. Não importava o
quão curiosa estava sobre submeter-me à Ford. Não importava o quanto queria
compartilhar o prazer que sua "cadelinha" tinha claramente sentindo.
Naquela noite, agachada do lado de fora da porta do quarto de correias, algo
tinha pegado fogo dentro de mim. Uma parte crua e selvagem em mim que nem
sabia que existia — e eu estava morrendo para explorá-la. Mas havia certas linhas
que nunca deveriam ser ultrapassadas. Tentei ignorar a vozinha pervertida na
minha cabeça que sussurrou, ele só é tecnicamente seu irmão.
Mac tomou sua água desajeitadamente. — Uau. Público difícil.
Merda. Eu estava totalmente desatenta e havia pisado na bola. De novo.
Parecendo decepcionado, Mac colocou seu copo na tábua de escorrer e
voltou lá para fora. Mamãe se virou para mim. — Queria me perguntar alguma
coisa, querida?
Eu balancei minha cabeça. — Não importa, não era importante. — Celeste se
sentou à mesa, enxugando a testa, e ela era a última pessoa na Terra que eu queria
por perto ao abrir minha alma. Olhei pela janela da cozinha, a tempo de ver um
Ford sem camisa, carregando uma pesada caixa de decorações sob cada braço.
Rapidamente, me concentrei extremamente no minúsculo laço que eu estava
amarrando.
a
A manhã seguinte amanheceu quente, clara e calma. O dia perfeito para um
casamento.
Os convidados começaram a chegar logo após o nosso pequeno café da
manhã atrasado; Russ ofereceu-lhes café e assentos na sala de estar até que
saíssem para o quintal. A maioria estava aqui por ele, mas também apareceram um
número surpreendente de parentes e velhos amigos de escola de Mamãe. Eles
ajudaram ou assistiram enquanto Ford, TJ e Mac organizaram as cadeiras no
gramado e estenderam um extenso tapete branco, levando ao gazebo à beira do
lago privado. Como dama de honra, fiquei feliz de me esconder dentro de casa e
ajudar Mamãe com seu vestido e maquiagem. Eu seria forçada a olhar melhor para
aquele homem em breve.
Com as primeiras notas baixas da banda, ajudei Mamãe a se preparar e
acompanhei-a até o altar. Ford tinha o menor sorriso possível, enquanto estava
atrás de seu pai. Não parecia exatamente extasiado, mas também não parecia
irritado. Tinha começado a se sentir mais seguro sobre sua nova madrasta? Ou
estava apenas com medo de Russ assassiná-lo se ele arruinasse o casamento? A
música terminou e disse a mim mesma para parar de me preocupar.
A cerimônia durou menos de uma hora. Depois de algumas palavras do
ministro sobre o amor como a mais verdadeira expressão de fé, Mamãe e Russ,
cada um recitou um poema — "Convite ao amor", por Paul Dunbar para ela, "Mais
como um arco" por John Ciardi para ele. Quando ele deslizou o anel de diamante no
dedo dela, a maneira que ela sorriu para ele me fez sentir uma estranha
tranquilidade. Podia ter sido o tempo bonito, com o céu de Montana nos cercando
como um oceano, mas vê-los olhar um nos olhos do outro... Não pude deixar de me
contagiar um pouco com seu otimismo. Não via mãe feliz assim há muito tempo.
Talvez as coisas realmente dessem certo às vezes. Talvez o que ela tinha com Russ
duraria.
Me atingiu novamente que Mamãe e eu estavamos ambas prosseguindo com
nossas próprias vidas. Apenas por momentos como este, percebi que estava feliz
de ter vindo a Wild Cliff.
Apenas mais onze semanas para partir. Não tinha certeza se aquele tempo
era muito longo ou muito curto.
Capítulo 6
l
Ford
Era estranho para todos os filhos adultos assistirem ao pai caminhar até o
altar? Tinha que ser. Não podia ser só eu.
Mas assistindo meu pai prometer amar, honrar e respeitar uma mulher me
desiquilibrou. E não apenas porque a mulher em questão tinha uma filha que
também me desiquilibrava completamente.
Ela segurou meu braço com força quando a conduzi para fora do altar,
enquanto se retiravam para a festa do casamento. Ela tirou a mão rapidamente
com algum pedido de desculpa sobre a necessidade de ver algo na recepção.
Forçado a comparecer novamente as fotos de família, não pude evitar, mas
me perguntei quão sinceros seus sorrisos eram. Especialmente porque tinha me
evitado desde então.
O brinde dela na recepção sob a grande tenda branca tinha sido simples e
sincero. Lembrou-me também que ela tinha feito isso muitas mais vezes do que eu.
Minha confiança na longevidade do novo casamento do meu pai não era
particularmente elevada. Eu me considerava um realista e o histórico de Cynthia
deixava muito a desejar. Só esperava que desse certo, para o bem de ambos.
Os convidados estavam conversando e misturando-se, e o bar já tinha um
fluxo constante de pessoas circulando. Eu era um deles. Peguei uma cerveja e
decidi participar de um jogo de bebidas por nenhuma razão em particular: toda vez
que Emma me olhava e depois desviava o olhar quando a pegava me encarando, eu
beberia.
Não demorou muito tempo para terminar a minha primeira cerveja.
Cerveja número dois foi algo parecido com isto:
Emma reorganizava o buquê da mãe na mesa; nossos olhos se travavam. Eu
bebi.
Emma conversava com uma convidada idosa e a ajudou em nossa mesa.
Seus olhos pousaram onde eu estava encostado no bar. Eu bebi.
Emma pegou uma taça de champanhe da bandeja do garçom e olhou
diretamente para mim, enquanto me sentava na mesa. Eu bebi.
Emma terminou um segundo copo de champanhe e permitiu ser puxada
para a pista de dança pelo filho do nosso vizinho, que tinha aproximadamente
cinco anos de idade. Ela olhou para mim, sorrindo, antes de voltar rapidamente sua
atenção para o pequeno cowboy. Eu bebi.
Eu continuei este jogo até outra cerveja antes de mudar para uísque e
finalmente desistir porque acabaria muito embriagado.
E agora eu queria arrastá-la da pista de dança para o meu quarto, arrancar
aquele vestido azul sensual e prendê-la na minha cama antes de fazê-la gozar tao
forte que esquecesse o próprio nome. E o toque de todos os outros homens.
Cada olhar dela aumentava a possessividade crescente dentro de mim. Meu
aperto testou a força do copo, e eu me forcei a relaxar enquanto o levantava para
os meus lábios e balançava o conteúdo. Não me importava que este único malte
custasse mais do que muita gente tinha conseguido em um mês. Estava mais
preocupado em tirar da cabeça a mulher que zombava de mim a vinte pés de
distância.
Jurava por Deus que ela estava fazendo isso intencionalmente. Evitando-me
— ficando pelo menos vinte pés de distância sempre — e ainda mantendo aqueles
olhos azuis brilhantes pousando em mim. Seu último copo de champanhe a deixou
mais ousada. Eu não estava bêbado. Sabia quando uma mulher estava interessada.
E essa mulher? Ela estava preparada e pronta. Mas isso não significava que eu
poderia me precipitar e satisfazer meus instintos primitivos. Não, esta situação
requeria planejamento cuidadoso e discrição.
Quando ela dançou com Griff, fiquei um tanto surpreso. Foi engraçadinho
vê-la puxar o velho excêntrico de seu lugar e convencê-lo a dançar uma música de
passo duplo. Onde Emma tinha aprendido passo duplo, não conseguia sequer
adivinhar.
Minha diversão morreu rapidamente, assim que Mac interveio e girou-a
para longe de Griff, puxando-a para perto de seu corpo, quando a música mudou
para algo mais lento. Tive que me virar de costas, ir até o bar para um
reabastecimento e me contentar com o fato de que ele teria tempo de sobra para
refletir sobre seu movimento idiota pelas costas em sua sela enquanto cavalgasse
cercando no sol escaldante.
Retornei à minha posição na borda da tenda, olhando e esperando. A música
finalmente terminou, Mac tirou o chapéu e saiu da pista de dança. Era melhor o
pequeno desgraçado procurar uma mulher à sua altura.
A banda seguiu em outra maldita música lenta e outro cowboy que não
entendia muito bem o significado de 'não pôr as mãos' se adiantou para Emma.
TJ. Aparentemente, não deu ouvidos ao meu alerta também. Os filhos da
puta.
Mac era o tipo de cara que pensava mais com o pau do que com o cérebro
quando se aproximava de mulheres, e apenas pensava em molhar o pau. Eu não
podia dizer o mesmo sobre o TJ. Ele era um cara esperto. Pensativo. Procurando
uma mulher para instalar-se na fazenda e começar a fazer bebês.
E odiei como ele olhava para a Emma. Como se ela pudesse ser aquela
mulher. Os olhos dela dispararam para mim novamente, e os encontrei, esperando
que pudesse ler a irritação e a posse queimando através de mim. Ela ruborizou,
deixou os olhos desviarem dos meus e olhou novamente para o rosto de TJ,
colocando as mãos atrás do pescoço dele.
Oh, querida, sua bundinha apetitosa vai pagar por esse movimento.
Minha palma formigou com a necessidade de tê-la sob a minha mão. Essa
necessidade se intensificou vários graus quando o som claro de sua risada flutuou
pela pista de dança e seu leve sorriso se alargou em sua face. TJ levantou a mão
para acariciar um cacho em sua face... e quase perdi meu aperto meu bom senso.
A única coisa que me evitou? Ironicamente, meu pai. Nada como o lembrete
de que a mulher que queria sob você era sua meia-irmã.
Pai, já há vários uísques de sua própria experiência, parou ao meu lado e
tilintou nossos copos. Ele seguiu meu olhar para a pista de dança.
— Você vai ser gentil com Emma enquanto Cyn e eu estivermos ausentes,
ou vai se ver comigo quando voltarmos.
As palavras soaram como se ele estivesse falando com uma pessoa de treze
anos de idade e não de vinte e cinco.
— Imagino que tanto nos comportaremos como ficaremos bem, pai. — Não
acrescento, porque se não me comportasse, haveria uma boa chance das coisas
sairem de controle muito rápido.
Papai tomou um gole de seu whisky e me estudou. — Ela não conhece
ninguém aqui e vamos ficar fora por uma semana. Não a quero deixada ao Deus
dará o tempo inteiro. Espero que a faça sentir-se bem-vinda e certifique-se de que
não está entediada.
— Então espera que eu largue tudo e me torne seu diretor entretenimento?
Os olhos de meu pai, da mesma cor que os meus, ficaram sombrios. —
Compartilhe suas refeições, pegue seu cavalo de equitação, mostre a ela a fazenda.
Melhor ela estar feliz e sorridente quando voltarmos.
Cada palavra que saiu da sua boca me deu várias ideias. Eu precisava
terminar esta conversa — agora.
— Claro, pai. — Eu disse, mas ele estava observando Cyn atentamente, que
parecia que estava saindo da tenda e indo em direção a casa.
Pai me deu um aceno distraído. — Bom. Sabia que podia contar com você.
Agora preciso ver a minha noiva. — Ele não esperou pela minha resposta, apenas
cruzou a tenda mais rápido do que já tinha o visto se mover.
E seguir os movimentos do meu pai devolveu a minha atenção a pista de
dança e Emma. Onde ainda estava enrolada nos braços do TJ.
Deixei meu copo, agora vazio, na bandeja de um garçom que passava. Estava
farto. Meu caminho foi curto e direto.
TJ e Emma ficaram quietos quando parei em cima deles.
O olhar de TJ era cúmplice. Ousado. Ele estava me provocando de
propósito? Agora, eu não ligava.
Minha voz soou áspera, até para mim, quando disse. — Acredito que me
prometeu uma dança, Emma.
O choque iluminou seus olhos e retornaram a TJ.
Não olhe para ele, Emma. Ele não vai te salvar.
Pude ver o momento em que ela decidiu ceder, para apenas não fazer uma
cena. TJ tirou o chapéu para nós dois.
— Chefe. Emma.
Eu assentiu em resposta e puxei Emma para dentro dos meus braços. Seu
corpo estava duro, quase de madeira — o oposto da mulher flexível e apaixonada
que tinha sido apenas há alguns dias atrás.
Inclinei-me e falei em seu ouvido. — Pensou que porque não fizeram uma
dança da dama de honra e do padrinho, atravessaria esta noite sem eu ter você em
meus braços?
Sua resposta foi calma, de modo a não transmitir, e peguei o menor sinal de
pânico nisso. — Por que está fazendo isso? E se alguém...
— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha
nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.
— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — Ela se virou
rapidamente para pressionar o quadril contra meu tesão crescente, que estava
escondido entre nós.
— Não posso evitar o que você faz comigo. — Admiti.
Emma não se afastou, mas se pressionou em mim novamente, seus olhos
fixados as abotoaduras do meu smoking.
— Você não deveria fazer isso a menos que esteja preparada para lidar com
as consequências. — Minha voz saiu grave, quase um rosnado.
Finalmente levantou o olhar para mim, seus olhos com um toque de malícia.
— Acho que posso lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.
Sua completa reviravolta tinha-me levantando as sobrancelhas e meu pau
endurecendo ainda mais contra seu estômago.
— Não gosto muito de garotinhas que gostam de provocar quando têm um
pouco de champanhe abastecendo a coragem. — Eu sabia exatamente quanto ela
tinha bebido, porque a observei de perto a noite toda. Mas acho que não era o
suficiente para prejudicar seu julgamento e impedi-la de tomar uma decisão
consciente quando finalmente ficamos sozinhos.
— Não é o champanhe, e posso não ser tão experiente quanto você, mas não
estou brincando. — Ela engoliu e sua coragem pareceu vacilar por um momento
antes que acrescentasse. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com
isso.
Lentamente nos movi para fora da pista de dança, e estávamos próximos da
entrada da tenda quando ela fez essa admissão. O que era provavelmente é bom,
porque ninguém poderia me ouvir dizer-lhe: — É melhor ter certeza de que quer
isso, porque pode acabar recebendo mais do que esperava.
A hora de colocar nossas cartas e ver se queríamos a mesma coisa tinha
chegado. Cada olhar que tinha me atirado esta noite dizia que ela queria. Eu só
precisava que dissesse as palavras.
— Eu quero isso. — Emma disse, sua voz calma, mas confiante.
Graças a Deus.
Capítulo 7
l
Emma
a
Ford me conduziu ao redor do lago particular para o gazebo onde nossos
pais tinham se casado há apenas algumas horas antes. Uma lua crescente refletiu
sob a água, dividida em fragmentos de luz branca. A recepção ainda estava em
pleno andamento do outro lado, mas se alguém achasse que era uma noite para
passeio, nada iria impedi-los de nos ver.
Ele esmagou nossas bocas num forte beijo e, então, se afastou rapidamente,
me deixando ofegante. — Você sabe, sou oficialmente seu meio-irmão agora. Ainda
há uma chance de voltar atrás.
— Sei disso. — Se ele não entrasse em mim nos próximos cinco minutos, eu
ia entrar em combustão espontânea. Até mesmo o pensamento de ser descoberta
não me esfriava - apenas adicionava um fascínio proibido a aquilo que estávamos
prestes a fazer. — Não me peça para fazer essa decisão, novamente.
Com uma risada baixa e sombria, ele começou a desfazer a gravata de seda
preta. — Enquanto tiver certeza.
Agora que se trata de sexo, é positivamente brincalhão.
Ele se moveu para frente, me pressionando contra uma das colunas do
gazebo. — Eu vou amarrar suas mãos. — disse, acariciando minha bochecha. — Se
não quer isso, fale agora.
— Eu te disse que queria isso, e é verdade. — Sem ser solicitada, cruzei
meus pulsos. O que havia visto no quarto dos equipamentos ainda estava ardendo
em minha mente; Sonhei sobre cada detalhe. Nesta parte, pelo menos, sabia o que
fazer.
Com um ruído baixo e satisfeito, começou a trabalhar. A seda fria e suave
deslizou sobre meus pulsos. Quando ele recuou novamente, estirei o nó
experimentalmente. Estava apertado, mas não doloroso. Acho que já sabia que ele
tinha muita prática nisto. Abaixei minhas mãos, ciente de repente de como meus
seios pareciam, comprimidos pela parte superior dos meus braços.
Ford observou de perto enquanto eu testava minhas amarras. Com mais
coragem do que realmente sentia, olhei em volta e disse: — E então? O que está
esperando?
— Não seja tão impaciente, cadelinha. — Uma mão agarrou meu quadril. A
outra subiu as minhas costas até minha nuca, segurando-a assim poderia me
provar quando quizesse . Ele mordeu a minha clavícula exposta - suave por agora,
mas com a promessa de mais depois - e trilhou beijos demorados em meu pescoço.
Cada toque corria diretamente entre minhas pernas. — Você tem que escolher uma
palavra de segurança primeir. — ele murmurou no meu ouvido.
Bem agora, mal conseguia me lembrar o que era palavra regular. Meus
pensamentos se mantinham dispersos e flutuando, como o luar no lago. Ainda
podia ouvir a música de jazz da recepção flutuando sobre a água. A possibilidade
de ser apanhada correu pela minha mente novamente, e me contorci com
excitação.
Ele se aproximou de mim para abrir meu vestido. Sua ereção roçando
contra minha buceta molhada, separada apenas por algumas camadas de pano, e
meu estômago se amarrou em nós. Eu estava em um frenesi, desesperada para
tocá-lo, ser tocada por ele, perdendo-me no prazer que tinha sido negado por
muito tempo. Sabia que deveria impedi-lo até que entendessemos tudo, mas não
podia me ouvir pensando acima dos meus instintos gritando: deixe-o fazer o que
quiser com você. Sua pulsação constante acelerou através de nossas roupas; Talvez
estivesse mantendo a calma, mas estava ficando tão selvagem quanto eu.
A frente do meu vestido cedeu na frente. Ele puxou para baixo, dobrando-o
até que o tecido pesado cobrisse meus braços amarrados. Meus mamilos
endurecidos pelo ar fresco da noite. Por um momento, ele olhou avidamente meus
seios libertos. Então se ajoelhou para lamber e chupar a carne macia e delicada.
Abri minha boca, mas apenas um gemido saiu.
Ele afastou a cabeça e olhou para mim. — Já pensou na sua palavra de
segurança?
Meu rosnado de frustração soou como um gemido. Eu ia chorar. E talvez,
matá-lo depois. — Eu não... Eu não sei... — Gaguejei.
— Então acho que a escolha é minha. Baseado na linda cor dos seus
mamilos... — Ele rolou os dois entre o indicador e o polegar, enquanto falava,
quase ocioso. — O que acha de 'rosa'?
Tudo o que conseguia fazer era acenar, sem fala, tremendo de necessidade.
Capítulo 8
l
Ford
l
Emma
Fiquei no assento ao lado de Ford até que engoli minha bebida ardente.
Então me levantei, me sentindo inquieta. Meu sistema tinha definitivamente
precisado desse whisky, mas ainda não era o suficiente para aliviar minha libido
furiosa. E se eu não podia ter o homem sentado ao meu lado — ou ficar tão bêbada
que acabaria me atirando nele novamente — então a comida teria que fazer.
Enquanto rondava a tenda de recepção, o bolo de casamento demolido
chamou minha atenção. Provavelmente não machucaria nada se eu pegasse uma
segunda fatia. Apenas um punhado de pessoas acima ainda estavam fazendo
barulho, e pareciam mais interessados na dança lenta ou aproveitando a bebida
grátis. Os velhos e os pais com crianças pequenas tinham ido para casa há algumas
horas. Mamãe e Russ estavam longe para serem vistos. Provavelmente já lá em
cima, pensei, e imediatamente me senti enojada. A imagem certamente me esfriou
um pouco, mas não queria me prolongar nela.
Cortei uma fatia grossa e caprichada do bolo. Não era novidade,
considerando Mamãe viciada em doces, o fornecedor tinha dado tudo de si. O prato
de papel quase curvado sob o peso do chocolate denso e agridoce com chantilly e
baunilha, coberta com ganache brilhante. Mas todo o valor calórico açucarado do
mundo não poderia se igualar a frustração sexual que eu sentia.
Contemplei o lago enquanto levava cada garfada macia para minha boca.
Aquele maldito gazebo era apenas pouco visível à luz do luar. Dei uma risadinha,
lembrando do olhar no rosto de Ford no meu comentário de "três dedos". Afinal
depois de todos os choques que tinha me dado na semana passada, merecia um
gostinho de seu próprio remédio.
— O que é tão engraçado? — perguntou uma mulher atrás de mim.
Girei, quase derrubando o bolo do meu prato. Celeste estava parada com
uma taça de champanhe na mão e um leve sorriso que não alcançava seus olhos. —
Sinto muito. Não quis assustá-la.
Mas também aposto que seu coração não está partido. Não estava com
vontade de falar com ninguém, muito menos com Celeste. —Tudo bem. —
Respondi. — Estava apenas... lembrando de algo de mais cedo.
— Antes de você e Ford desapareceram? — Seu sorriso de serpente não se
moveu uma polegada.
Pestanejei para ela. Ok, mas que diabos? Isto era um interrogatório? — Uh...
— Minha mente voou em todas as direções ao mesmo tempo, deixando-me
tropeçar em minhas palavras. Se ela tinha nos notado saindo juntos, não havia
razão para insistir que não tínhamos.
Mas eu precisava mentir? Afinal, éramos meio-irmãos agora. Para todos que
conhecia, estavamos transportando o material da recepção para a casa ou
mostrando ao tio da Mamãe as estrelas ou algo assim. — Realmente, passamos um
tempo fora. Ele pode ser um cara muito engraçado quando quer.
Sua testa enrugado. — É mesmo? Ele sempre é tão sério comigo. Deve estar
meio bêbado agora. — Ela olhou para onde Ford ainda estava sentado, tomando
um segundo uísque. — Mas gosto do tipo forte e silencioso, e você?
Também era uma coisa boa ela gostar do som de sua própria voz, ou eu teria
que pensar rápido. Fiz um barulho incomunicável enquanto mastigava, então engoli
e respondi: — Algumas vezes. Depende do cara, eu acho.
Olhando não convencida, Celeste olhou para Ford novamente. — Eu deveria
terminar de arrumar as malas... oh, eu mencionei? Russ e Cynthia estão me
mandando para um cruzeiro enquanto estão em lua de mel. Eu tentei dizer que não
- é muita generosidade - mas insistiram porque eu tinha trabalhado tão
arduamente com o casamento.
— Oh, isso é muito legal da parte deles. — Eu disse. — Acho que vamos ter
de sobreviver sem você por uma semana.
Ela assentiu seriamente. Ainda não tinha notado meu sopro de sarcasmo, ou
tinha decidido ignorá-lo. — De qualquer forma, acho que vou dizer oi para Ford
rapidinho. Deixá-lo saber como o smoking está bonito nele. — Seu sorriso se
tornou predatório. — Só entre nós, ele parece ainda melhor fora daquilo.
Eu segurei uma carranca. Será que ela e Ford haviam transado antes? Por
alguma razão eu duvidava disso - mas sua tentativa de blefe me irrita mesmo
assim. Estava cansada de navegar com vários quilos de indireta que despejava. Ela
claramente não estava tentando fazer amigos com uma conversa de garotas. Ela
queria arrancar alguma reação de mim. Qual a reação, não sabia.
Precisava parar de analisar as besteiras dela e apenas sair dali. Meu prato
finalmente estava vazio e eu não estava interessada em assistir Celeste pendurada
em Ford. — Acho que vou descansar esta noite. — disse. — Vejo você quando
voltar.
— Tchau. — respondeu por cima do ombro, já a caminho da mesa de Ford.
Joguei meu prato no lixo e entrei na casa escura. Uma vez na segurança do
meu quarto, tirei meu vestido de dama de honra e despenquei na cama. Por apenas
um minuto encarei as madeiras do teto arredondado.
Dormir com meu meio-irmão... o que diabos tinha pensado? Claro, eu quis
isso e ainda fiz. Não podia negar isso. Mas agora que estava um pouco afastada da
situação, percebi que eu tinha desviado de uma bala. Meus hormônios tinham me
deixado temporariamente insana, isso era tudo. Isso nunca teria acontecido se eu
passasse um tempinho a mais só comigo mesma.
Falando nisso, nunca conseguiria dormir sem algum alívio. Suspirei e deixe
minha mão rastejar para baixo. Quando fechei os olhos, senti as mãos de Ford na
minha pele, as tiras ao redor dos meus pulsos onde sua gravata de seda havia se
mantido. Corri minha língua sobre os lábios, ainda inchados de seus beijos
poderosos.
Mas congelei, dedos deslizando para a parte superior da minha calcinha, ao
baques surdos de passos. Surgiram nas escadas, aproximando-se e então parou na
minha porta por um breve instante antes de continuar. Acho que Ford teve o
suficiente de Celeste, pensei. Ele também tinha descrito nosso encontro como um
erro, ou...
Minha mente se encheu com a imagem de Ford na sua própria cama,
fazendo o que eu estava prestes a fazer, e algo ruim em meu ventre doía com
desejo.
Este ia ser o verão mais longo da minha vida.
a
Após um café da manhã antecipado - Celeste foi liberada e nossos pais
foram para Napa Valley. Eles estariam excursionando as vinhas por uma semana,
ficando numa vila perto da adega, onde se conheceram. Ford e eu teriamos o lugar
só para nós.
Ainda comendo aos poucos o último dos meus ovos mexidos, limpei o
batom de Mamãe da minha testa onde tinha me dado o beijo de despedida. Esta
casa era muito grande em um bom dia; agora, com apenas duas pessoas fazendo
barulho, seus corredores vazios pareciam cavernoso.
Espiei Ford na mesa através da ampla sala de jantar. Ele tinha devorado sua
comida, mas ainda continuava na mesa. Ele me viu o olhando e encontrou meus
olhos com um olhar frio, indiferente. Rapidamente olhei de novo para minha
comida. Ele ia mencionar a noite passada? Eu queria?
Sem esperar para descobrir, levantei-me e fui até à cozinha. Precisava parar
de me enlouquecer e tirar Ford da minha mente. Enquanto enxaguava meu prato e
o arrumava na máquina de lavar, tentei pensar em como poderia me manter
ocupada. Não queria sair com os peões, e eles tinham seu próprio trabalho para
fazer de qualquer jeito. Talvez pudesse fazer uma turnê na fazenda. Bem, não nela
toda - quarenta mil hectares parecia um inferno de enorme - mas podia lidar em
seguir uma cerca por algumas horas. Sem alguma idéia melhor, decidi fazer isso e
comecei a vasculhar a geladeira pelos acompanhamentos de um sanduíche.
Passos se aproximaram por trás de mim. — O que está fazendo? — Ford
perguntou.
Sem virar, resmungei. — Fazendo um sacola de lanches. — Droga, por que
tinha dito isso? Agora teria que explicar o porquê, e ele podia perguntar onde eu
estava indo.
Mas sua única resposta foi. — Não use a maionese. Ela vai te fazer passar
mal, se estiver andando ao sol o dia todo.
Isso me fez olhar para trás onde se inclinou contra o batente. Acho que ele
podia perceber que queria ficar sozinha... ou talvez simplesmente não desse a mínima
no que ando fazendo. De qualquer forma, não devia ter esperado uma mãe de
terceiro grau. — Você quer vir? — As palavras saíram antes que pudesse pensar.
Ele empurrou a cabeça dele. — Agora que o maldito casamento finalmente
acabou, não posso adiar o trabalho por mais tempo. — Enquanto saia da cozinha,
ele comentou: — Você devia se curvar mais vezes.
Eu resisti ao impulso de jogar o frasco de mostarda nas costas dele.
Lá fora, não havia nuvens, mas uma brisa morna carregava o cheiro terroso
de chuva antes do amanhecer. Saí na grama alta e amarelada por uma cerca que
mal podia avistar. Ocasionalmente o som distante de cascos flutuou entre as
colinas, mas as únicas criaturas que vi na minha caminhada foram alguns roedores
da pradaria com cauda preta. Joguei minhas cascas de pão quando parei para
almoçar. Eles se aproximara apenas o suficiente para pegar seus prêmios, então
correram de volta ao subsolo.
O sol subiu e desceu do céu novamente. Quando estava a um polegar de
largura acima do horizonte, percebi que tinha ficado fora provavelmente por muito
tempo. Me apressei em voltar.
Assim quando o sol caiu, meus pés encontraram a passarela de tijolo,
levando para a casa. A luz brilhava da janela da cozinha, uma olhar acolhedor para
a face sombria da mansão. Quando abri a porta da frente, o rico cheiro de alho,
orégano e tomates me cumprimentou. Encontrei Ford na cozinha, mexendo uma
enorme panela de sopa vermelha borbulhante.
— Você fez isto?
— Quem mais está aqui? — ele respondeu, sem pausar a mão.
Me aproximei para inspecionar o pote: moluscos, caranguejos, ostras e
mexilhões. Minha boca encheu de água. Viver na Califórnia e me deu um gosto por
frutos do mar, e sempre que visitei a Mamãe em Napa, ela sempre nos convidou
para o melhor cioppino2 da cidade. Quando mesmo mencionei que gostava disso?
Quanto custava o marisco fresco em Montana? Mais surpreendente de todos, por
que Ford estava sendo tão atencioso? Mas o que saiu da minha boca foi: — Não
sabia que você sabia cozinhar.
2
Sopa de pescados e mariscos
Ele olhou para cima e bufou. — Alguém tinha. Consegui uma boa parada no
trabalho, então pensei em fazer o jantar pelos os próximos dias.
Eu sorriu para ele. — Um jantar que acontece de ser uma das minhas
comidas favoritas.
— Você não é a única californiana no mundo. Eu cresci no Vale do Silício.
Vamos misturar isso. — Entrei em seu lugar enquanto ele começava a pegar as
taças e os copos de vinho dos armários.
— Isso é uma vergonha. — disse. — E eu aqui pensando que você tinha
decidido a ganhar o meu coração através do meu estômago.
— Claro que não. Nunca ouviu falar 'doces são elegantes, mas licor é mais
rápido'? É por isso que... — Ele puxou uma garrafa de Riesling da geladeira. — Eu
trouxe isto da adega. Nossos pais não deveriam ser os únicos a ganharem um bom
vinho bem agora.
Estamos flertando? Outra coisa que não teria esperado de Ford. Ele parecia
mais o tipo "Então você quer foder ou o quê?". Não exatamente tão rude, mas
rápido e simples. Ele não tinha tempo de jogar jogos de amor — e com sua
aparência de cair o queixo — não precisava.
Isso não é apenas a razão disto ser estranho, me forcei a lembrar. Meio-
irmãos normais não estariam falando um com o outro assim. Ou um jantar chique a
dois, também.
De alguma forma, porém, não me obriguei a pensar muito nisso. Isso era
divertido. Eu merecia desfrutar de minhas últimas férias de verão com meu novo
meio-irmão. O fato de que tinhamos quase transado ontem era pura coincidência.
Se isso me trouxe aqui, então eu seria uma pessoa fazendo coisas estranhas.
Que se foda, pensei e me servi um copo de vinho.
Capítulo 10
l
Ford
3
Seu tom tornou-se mais nítido quando acrescentou. — Fezisto muitas vezes com
Celeste?
Coloque os copos de vinho na borda da banheira com um tilintar. — O que
diabos está querendo dizer?
— Isto. — ela estendeu as mãos fora. — O vinho, as luzes e as estrelas.
Não pude segurar uma risada. — As estrelas? Eu não posso levar o crédito
por elas, querida.
— Você sabe o que quero dizer.
Ela lutou tanto para manter sua expressão dura que nem parecia queestava
prestes a rir. Me aproximei um pouco mais até que minha coxa tocou a dela,
estendi e tirei de seu rosto alguns fios de cabelo.
— Eu nunca cozinhei para uma mulher antes. — meu tom de voz era suave,
quase igual ao tom que usaria com um cavalo assustado.
— Eu pensei que estava cozinhando para você, não para mim. — ela
respondeu.
— Você acha que eu iria realmente ter todo esse trabalho para cozinhar
para mim?
Ela deu de ombros e seus seios levantaram a água por um segundo antes
que a espuma os cobrissem novamente. Minha atenção concentrou-se em uma
única parte de mim, porque sou um homem de sangue quente, e todo o sangue do
meu corpo estava no meu pau, antes mesmo que pudesse encara-la.
— E Celeste? — ela perguntou.
Tudo que pude fazer foi negar com a cabeça. — Celeste nunca fez parte da
exibição, como você mesma disse. Eu sei que ela é uma mulher gananciosa, só está
interessada por mim por eu ser filho de um rico fazendeiro. Além do mais, não sei
como você pode pensar que eu poderia olhar para ela quando tenho você. Você é
tudo quevejo, Emma. Não importa se eu estou olhando para você ou não. Você está
em toda parte, o tempo todo. Sob a minha pele, no meu sangue. — acariciei meu
polegar sobre sua bochecha, ainda espantado com o quão suave era sua pele.
— Quando estou deitado na cama à noite, tão desesperado por um alívio
porquejuro que consigo sentir você só deseus pés tocarem o fim do corredor. E
quando estou quase quebrando minha mão ao redor do meu pau até gozar
chamando o seu nome.
Sua boca abriu-se em um pequenoO.
— Essa sua boca me dá ideias, Emma. Fico pensando como me sentiria bem
com seus lábios ao redor do meu pau.
Suas pupilas dilataram e sua respiração ficou fraca. Com certeza ninguém
foi tão sincero com ela até hoje, mas teria que se acostumar com isso, porque eu
pretendia dizer-lhe todas as coisas sujas que queria fazer com ela.
Inclinei-me para mais perto. — Não é assim, Emma? Você gosta quando eu
te digo o que quero fazer com você? Isso não faz você ficar molhada? "
Ela engoliu, mas não respondeu. Mas isso não adiantaria nada.
— Espero uma resposta, quando faço uma pergunta, querida.
Eu ainda não sabia quando tinha decidido que não ia trata-la como meu
animal de estimação, como tratei todas as outras que tinha tomado, mas algo em
mim tinha mudado e esta mulher era a causa disso.
Ela assentiu com a cabeça.
— Fale, Emma.
— Sim, fico molhada quando você me diz que quer meus lábios em torno de
seu pau.
Porra. Eu. — E fico duro como uma pedra de ouvir você dizer isso, querida.
Lembra-se de sua palavra de segurança?
— Rosa. — ela respondeu.
— Boa garota. Você se lembra quando deve usá-la?
— Quando algo for demais para suportar.
— Muito bem.
Suas palavras trouxeram a minha mente a lembrança de como isso
começou, a linda cor que tinha a ver com seu mamilo, que eu queria ver agora.
Porra, eu queria mais do que vê-los, os queria na minha boca debaixo da minha
língua, entre meus dentes.
Abaixei minha cabeça e rocei meus lábios ao longo de sua mandíbula,
arrepios triunfante percorreram através de seu corpo. Gostei de saber o quanto eu
lhe afetava e como estava completamente envolvida no momento.
— Ajoelhe-se para mim, querida. Quero ver esseslindos seios. — ela abriu
os olhos, e não consegui segurar o meu sorriso. Mesmo com o choque,
obedeceuminha ordem. Murmurei outra palavra. — Boa menina. —e alcancei as
amarras de seu biquíni. — Estou feliz que você tenha decidido seguir as ordens e
usar o biquíni ao invés de um maiô.
Ela ficou boquiaberta novamente. — Como sabe eu estava pensando em
usar um maiô?
— Porque mesmo que tenhamos nos conhecido agora, sei o que você pensa
e como você reage.
Uma vez que tive o nó desfeito, puxei cuidadosamente as tiras para revelar
seus seios, cada centímetro de pele era um exemplo de total perfeição, porra.
Toquei em ambos os seios, e abaixei minha boca roçando meus lábios.
Seu peito subiu e abaixou quando alcancei o mamilo direito, e suas palavras
saíram um pouco instáveis. — O que você faria se eu tivesse desobedecido?
Levantei meus olhos com minha língua ainda na aréola e mais tremores
acumularam-seno corpo dela. Retirei-me por um centímetro, não a liberando de
minhas mãos
— Eu colocaria você sobre meu joelho e deixaria sua bunda vermelha e faria
exatamente o que eu vou fazer agora,você vai gozar mais duro do que já gozou em
toda sua vida. — fiz uma pausa, logo que havia descrito seu castigo, decidindo que
deveríamos conversas, Emma e eu estávamos esperando por isso.
— Esse provavelmente é um bom momento para discutir limites, querida.
— Limites? — ela perguntou.
— Sim. Seus limites rígidos. Coisas que você não quer tentar.
Ela mordeu seu lábio inferior, e parei de pensar por um momento. Puta merda,
meu pau ficou ainda mais duro, então decidi ajudá-la.
— Tenho certeza de que você já é boa com restrições.
Ela assentiu com a cabeça. — Sim. — eu sabia que nós dois podíamos
recordar a maneira como amarrei as mãos da prostituta.
— E um pouco de espancamento moderado.
Ela assentiu com a cabeça mais uma vez com o olhos arregalados.
— O que me diz de jogo anal? —porra, diga que sim.Essa bunda implora
para ser fodida desde o primeiro dia que a vi.
— Eu... Nunca fiz nada assim, mas estou disposto a tentar...
Essa é minha garota. Dei um aceno leve com a cabeça. — Bom. Se alguma
coisa acontecer, nós discutiremos isso primeiro. Quero que se sinta confortável
para experimentar coisas novas comigo.
Ela respirou fundo quando fechei minha boca em seu mamilo sugando,
lambendo e mordiscando, fechei meu polegar e o indicador sobre o outro, rolando
entre meus dedos até começou a se esfregar e contorcer contra minha coxa,
desesperada para o contato que iria fazê-la gozar.
Os jatos da hidromassagem explodiam atrás e uma ideia borbulhou junto
com a água cheia de espuma. Agarrei Emma por seus quadris e a puxei.
— O que você está...
— Confie em mim. Você vai amar isso.
Apertei alguns botões no painel de controle antes de nos posicionar, então
nós dois enfrentamos um dos jatos como uma vibração intensa. Puxei a tira
desatando o nó da parte de baixo de seu biquíni, jogando-o na borda, em seguida
posicionei Emma bem no nível da pressão da água para que atingisse diretamente
em sua buceta.
Seu protesto foi silenciado quando minha mão escorregou em torno de seus
quadris e cobriu sua bucetado contato com o jato de água. A finalidade de meus
movimentos devem ter atordoado ela, porque murmurou. — Oh, merda.
— Vou cuida de você, querida. Eu disse que eu ia fazer você gozar mais duro
do que já gozou em toda a sua vida. —disse com um sussurro em sua orelha.
O jato explodiu atingindo-a novamente, e abri com meus dedos os lábios de
sua buceta, deixando o pulso suave da água atingir seu clitóris.
— Oh merda. — Emma respirou, contorcendo-se. — Oh merda. Eu não
posso.
— Sim, você pode.
Aágua diminuiu, e deslizei dois dedos sobre seu centro, antes de mergulha-
los para dentro dela. Baixando meus lábios sua nuca, arrastei meus dentes ao longo
de seu ombro.
— Ah — o resto de tudo o que ela estava prestes a dizer foi abafado por um
outro pulso de água contra seu clitóris, ela gemeu e arqueou o corpo.
Os músculos de sua buceta contraíram-se contra meus dedos por um
momento.
Controlar o orgasmo de Emma foi a melhor coisa que já fiz na minha vida.
Quando seu corpo parou de tremer,deslizei novamente para sentar-me e a
aconcheguei em meu colo. Não pude deixar de pensar o quão bem ela estava em
meus braços, tê-la assim seria a maneira mais perfeita de terminar todas as noites.
Capítulo 11
l
Emma
Ford
No que diz respeito ao sexo eu nunca tinha ficado sem transar. E se alguém
me perguntasse há algumas semanas, eudiria que minha vida sexual era perfeita.
Mesmo nos confins de Montana, eu tinha uma variedade de mulheres para
me manter entretido. Mas isso foi antes de Emma. Agora que a tive, não tinha
certeza de que qualquer outra mulher, pudesse satisfazer meus desejos
novamente. E francamente, se eu fosse o tipo de homem que ficasse nervoso por
qualquer coisa, esse pensamento poderia ter feito isso. Somente mentiria e
desfrutaria o tempo que tivemos na fazenda com os nossos pais fora.
Não havia lugar mais belo na terra do que Montana na primavera. Havia
uma razão para chama-la de ‘Estado do Céu Maravilhoso’ e em um dia como hoje,
eu só queria ficar admirando o céu e o verde vibranteda floresta. O gado
mugiaàcerta distância, enquanto aguardava por Emma junto aos dois veículos
estacionadosentre a casa e o celeiro. Ontem, eu havia mostrado a ela a fazenda. Era
impossível cobrir cada hectare, mas tinha montado ao longo de algumastrilhas
principais. Fiquei surpreso quão bem ela tinha montado a cavalo, estava natural
emuito sexy. Não havia nada que quisesse fazer mais do que soltar minha rédea,
desmontar, arrastá-la para o chão e fodê-la até que perdesse o sentindo. Mas eu
tinha avistado Griff no quadriciclo verificando o rebanho, e se aproximando da
porteira. Não fui contra ter uma reunião, mas não queria a presença de Griff. O
velho poderia ter um ataque cardíaco, e não queria ninguém caindo morto na
minha frente.
Por outro lado parecia estranho ter passado tanto tempo com Emma, além
do fato de que aparentemente tinha desenvolvido um senso de hospitalidade. Mas
Griff, parecia estarsuspeitando um pouco. Por isso hoje eu e Emma vamos para
bem mais longe dos caminhos comuns, portanto usaremos os quadriciclos, eu tinha
um cooleramarrado na parte de trás do meu, então não haverá nenhuma
necessidade de fazer nosso caminho de volta por um tempo.
Virei para ver Emma saindo da casa. Porra, essa mulher usava uma calça
jeans como ninguém. Eu não tinha dito muito a ela, exceto como se vestir, e sorri
quando ergueu o queixo ao receber a minha ordem, mas cumpriu. Como ela se
vestia como uma boneca, só podia imaginar a sequência de maldições que
provavelmente saíram de sua boca. Seu cabelo louro balançava com cada passo
atrevido, enquanto caminhava em minha direção.
Eu neguei com a cabeça. — Eu avisei para prender o seu cabelo.
Ela fez beicinho ansiosa para entrar no quadriciclo e sair, para que pudesse
mostrar a outra surpresa que tinha preparado. Esperei até que ficou na minha
frente, e vi o elástico em seu pulso, o puxei, agarreiseus ombros e a virei, antes
alisei seu cabelo para trás em um rabo de cavalo e escorreguei o elástico em volta.
Quando terminei, ela olhou para mim por cima do ombro, levantando as
sobrancelhas.
— Por que é tão bom nisso?
Pensei que ela não iria gostar de ouvir que estava longe de ser à primeira
vez que eu tinha tirado o cabelo de uma mulher de seu rosto... normalmente
porque eu estava prestes a prendê-la de outra maneira. Decidi não responder, era a
coisa mais sensata a se fazer. E também não estava pronto para explicarque com
ela as coisas pareciam diferentes. Inferno, eu mal podia admitir. Isso não era nada
mais do que uma pequena aventura de verão. Não podia haver nada mais que isso.
— Eu pensei que estaria mais interessada, em eu ser bom com outras coisas.
— falei diretamente em sua orelha. Ela estremeceu, e corri minhas mãos para
baixo de seus braços. — Vamos sair então posso lhe mostrar.
— Por que eu tenho a sensação que você não estáfalando sobre a fazenda?
— ele sussurrou.
— Porque você é uma garota inteligente.
Me afastei e agarrei o capacete do assento do segundo quadriciclo, um
pouco antes das grandes portas do celeiro deslizarem abertas com o sacudir das
dobradiças.
TJ saiu e nos estudou por um momento. — Você vai ficar fora por muito
tempo, chefe?
— Até o jantar. Você pode segurar as pontas até lá?
Ele assentiu com a cabeça, seus olhos correndo de cima a baixo apreciando
o corpo de Emma. Meus dedos fecharam em torno doplástico rígido do capacete, e
exercitei o meu controle. As palavras se mova vaqueiro,veio em minha garganta,
mas a forcei para baixo. Eu tinha o direito de dizer, mas não pela razão que eu
queria. Ainda assim, não podia ficar completamente calado.
— O gado não vai se supervisionar, TJ.
— Sim, senhor. —ele disse, antes de finalmente arrastar os olhos de Emma
e voltar para o celeiro.
Emma estava examinando o quadriciclo, então não tinha notado a situação.
Mais uma vez, um sorriso se espalhou sobre o meu rosto; ela estava passando a
mão sobre o assento com singela admiração.
— Eu realmente vou dirigir ?
— Você tem uma carteira de habilitação, certo?
Ela me jogou um olhar por cima do ombro. — É claro.
— Então sim, você vai dirigir. Pensei em colocá-la na parte detrás do meu, e
ter seus braços em volta do meu corpo, mas quero ter certeza de que você vai ter
uma boa vista da fazenda.
O sorriso dela ficou um pouco tímido. — Obrigada, Ford. Isso é muito gentil
da sua parte.
— Oh, querida, pensei em muitas coisas para hoje. Espere até você ver o que
tenho planejado. Agora vamos pegar o capacete e montar.
Depois que acomodei o capacete na cabeça de Emma, e mostrei como
operar o quadriciclo, partimos. Ela me seguiu enquanto estabeleci um ritmo fácil,
mas tornou-se mais ousada, a cada quarto de milha, logo, estava tentando vencer a
corrida. Eu estava me divertindo mais do que lembrava em meses, talvez até anos.
Não sabia o que ela pensava, mas essa natureza divertida me apanhou. Ela
não era nada do que eu esperava, quando pisou fora da caminhonete, não era
presunçosa, nem uma puta. O caso em questão, tinha acabado de deliberadamente
espirrar água de uma poça tentando me molhar, algo que ela pagaria quando
parássemos. Ela diminuiu quando nós passamos por uma parte de mata fechada,
assumi a liderança, acenando paraseguir a trilha. Fomos para a minha vista
panorâmica favorita, felizmente isso não exigiu uma subida muito perigosa. Uma
verificação rápida de meu espelho mostrou que Emma estava bem atrás, com um
sorriso ainda curvando seu rosto, juntamente com uma faixa de lama. Antes deste
momento especial, não sabia que lama poderia ser tão sexy, fora de um ringue de
luta na lama com algumas garotas peitudas rolando neles. Forcei meus olhos para a
trilha, caso contrário corria o risco de bater em uma árvore e ficar parecendo um
verdadeiro idiota.
Algumas voltas, e finalmente chegamos à clareira a beira da montanha. Com
exceção a essa parte de Montana, uma outra montanha se elevava. Eu gemi quando
saltei, estava desconfortável com minha ereção durante os últimos quilômetros da
viagem. Emma, desligou seu quadriciclo e tirou o capacete. Se antes pensei que sua
expressão de espanto foi singela, isto deveria se parecer como uma manhã de
Natal, quando ela era criança. Ela girou pegando algumas flores de‘sempre-
vivas’ que cercavam a clareira.
— Isso é muito lindo, Ford.
Eu sorri. Ela ainda não tinha visto a melhor parte. Corri para soltar o
refrigerador e mochila na parte de trás do meu quadriciclo. Carregando a mochila e
o cooler em uma mão, com a outra entrelacei meus dedos aos dedos de Emma.
— Vamos lá. Espere até você ver isso.
A puxei em direção às árvores. Assim deixamos os pinheiros para trás, ela
parou estagnada.
— Uau! — sua boca estava entreaberta, mesmo diante de sua reação sensual
eu não podia atribuir pensamentos lascivos nesse momento. Bem, talvez. Apenas
me dar um minuto para apreciar sua excitação. — É incrível!
— É meu lugar favorito na fazenda.
Ela desviou os olhos da vista para olhar para mim. — Você pode ver por
quilômetros.
— Sim. Muito disso é nosso. Terei que te ensinar a voar, em seguida nadar.
— deixei cair a mão com um gesto para o rio.
As ideias preconcebidas que tinha dela ainda eram fortes, porque eu
esperava que ela enrugasse o nariz e negasse, mas seus olhos se iluminaram
novamente.
— É mesmo? Isso seria legal.
— Que tal um pouco de comida? Tenho filé mignon com molho fresco,
vegetais, um bom vinho tinto, um queijo de cabra que sua mãe ama, e trufas de
chocolate.
Para minha surpresa ela enrugou o nariz para isso. Coloquei o cooler e a
mochila no chão.
— O que? Eu sei que não é vegetariana. Já te vi comer bife.
Emma ergueu os ombros. — Não é isso. É estranho saber que você cria as
vacas e as come. No meu mundo, bife vem tudo perfeitamente embrulhado no
supermercado. Só tenho que despejá-lo na grelha. Não há parto, marcação com
ferro quente, ou massacre envolvido.
Não pude deixar de sorrir. — É a vida. Pelo menos aqui, sabemos que o gado
é tratado com humanidade. Eles são nosso sustento, é do nosso interesse certificar
que tomamos o melhor cuidado que podemos. Temos orgulho do que fazemos.
— Eu sei. É difícil para uma garota da cidade superar, eu acho. Mas
costumava amassar uvas com os pés para fazer o vinho, acredito que seja a mesma
coisade você criar uma vaca e comer o bife.
— Mas é um bom bife.
Os ombros de Emma finalmente baixaram. —Então melhor comermos.
— Quero começar com a sobremesa primeiro. Curve-se sobre o quadriciclo.
Emma virou a cabeça para trás e arregalou os olhos. — Como?
— Você me ouviu. No caso de você estar se perguntando, é uma ordem.
— Espera, o que?
— Qual é a sua palavra de segurança, Emma?
— Rosa. — ela suspirou. Suas pupilas já estavam dilatando; seu corpo já se
atualizandocom as mudanças de planos.
— Bom. Agora. Curve-se. Trouxe mais do que apenas o almoço.
Ela sussurrou — Oh, merda. — era muito cativante querer puni-la por isso...
mas isso não significava que eu não daria alguma força especial para não cumprir
mais rapidamente.
Emma inclinou-seno assento do quadriciclo, descansando seus cotovelos no
banco. Não perdi tempo desabotoei sua calça, passando por sua bunda e a desci,
peguei sua curva exuberante, incapaz de segurar o gemido. Meu pau saltou contra
o zíper da minha calça jeans, e sabia que minha paciência seria testada neste
exercício tanto quanto seus limites.
Tirei sua calcinha para encontrar a pele lisa. — Puta merda, Emma. Você
tem uma bunda perfeita. Precisamos de uma nova regra: você não vai usar mais
calcinha. Da próxima vez que eu mandar você se curvar, quero você nua debaixo de
tudo o que estiver usando. E se estiver de saia, quero ser capaz de chegar por baixo
e sentir sua buceta apertada e molhada sem nada no meu caminho.
Ela respirou fundo. — Você gosta dessa ideia?
Empurrei seu jeans o resto do caminho e deixei a calcinha cair no chão, e ela
não precisava de nenhuma instrução minha para sairdelas e chutá-las de lado. Isso
foi muito bom; suas roupas não iriam volta por algum tempo.
Ela deve ter suposto que minha pergunta foi retórica, porque não
respondeu. Perfeita pra caralho. Puxei minha mão para trás e acertei um tapa firme
em sua bunda.
Ela puxou outra respiração. — O que foi isso?
— Você não me respondeu, querida. Espero uma resposta quando te faço
uma pergunta.
Ela ainda não respondeu, então puxei minha mão novamente. Antes de
acerta-la, ela disse. — Sim. Eu entendo, mas não pare. Por favor.
A resposta dela me surpreendeu. — Não pare o quê, querida?
Ela sussurrou. — Eu gosto. Quando você...
— Quando estou espancando sua bunda gostosa?
Emma assentiu com a cabeça rapidamente acrescentou: — Sim.
— Não poderia ser mais perfeito?
Deslizei minha mão sobre sua bunda antes de aterrissar vários tapas mais
afiados. Aliviei a ardência escorregando minha mão entre as pernas para encontrá-
la encharcada. Caralho. Ela abriu as pernas sem me perguntar... realmente não
poderia ser mais perfeita.
Meu pau duro, lutou pela liberdade contra meu zíper. Mas não era a vez dele
ainda. Logo, amigo. Rodei meus dedos em sua umidade e empurrei-os para dentro.
Seus músculos contraíram-se contra meus dedos, quando ela inclinou seus quadris.
Porra. Ela estava preparada e pronta para o próximo passo e o brinquedo
que eu tinha trazido.
— Vou incentivá-la ainda mais, Emma. Se a qualquer momento, sentir que é
demais, você sabe o que dizer e paramos.
— Sim. Eu sei.
— Boa garota.
Tirei minha mão do meio de suas pernas, peguei na bolsa o brinquedo e o
desembrulhei, em seguida removi da mochila um bom pedaço de corda.
— Se deite de bruços no banco e coloque as mãos atrás das costas.
Emma concordou, a posição arqueou sua bunda.
— Linda, querida. Muito bonita.
Fiz o trabalho de envolver a corda em um nó intrincado que se estendeu a
alguns centímetros acima de seus antebraços, observando para quaisquer pontos
de pressão, agarrei na bolsa uma tesoura. Assim poderia cortar as cordas
amarradas ao guidão do quadriciclo caso ela entrasse em pânico e precisasse soltá-
la.
— Droga, você está linda em minhas cordas.
Acariciei seus quadris, e ela estremeceu, deslizeiminhas mãos sob a lateral
de seu corpo até seu sutiã. Rolei os mamilos entre os polegares e dedos indicadores
apenas por um segundo, antes de correr para cobrir sua buceta.
— Você entende que essa linda buceta é minha, não é?
Escorreguei um dedo entre os lábios de sua buceta, e provoquei seu clitóris.
Lutei contra a vontade de moer o meu pau em sua bunda, e procurar meu próprio
alívio. Em breve, prometi. Em breve. Brinquei com ela até que se contorceu contra
minha mão, seus gemidos não ajudavam no meu autocontrole. Quando ela estava
oscilando à beira do orgasmo, tirei minha mão.
— Por favor.
— Não peça, querida. Vou dar o que você precisa.
Me abaixei agarrando o lubrificante dentro da bolsa. Emma ficou rígida e
levantou ligeiramente quando a substância fria, pegajosa escorreu em sua fenda.
Eu abaixei minha mão livre para que voltasse a sua posição.
— Se você não quiser isso, você sabe o que dizer, Emma. Caso contrário, vou
jogar com essa bunda gostosa, antes de te foder.
Seu quadril sacudiu contra o banco, e teria dado qualquer coisa para ter
meu pau dentro naquele momento, porque podia garantir que os músculos da sua
buceta teriam apertado firme contra meu pau. Mas talvez tenha sido uma boa coisa
que não estivesse dentro dela, porque provavelmente teria gozado. Circulei um
pouco sua fenda e pressionei levemente. Emma congelou.
— Não faça isso, querida. Você sabia que não estava fora dos limites e não
há nenhuma maneira no inferno que eu possa me manter longe dessa bunda
perfeita. — coloquei a mão em sua bochecha e acariciei com meu polegar. — Mas
não se preocupe. — apertei com mais força, até que o anel liso demúsculo deu
lugar ao meu dedo. — Meu pau continua em sua buceta apertada. Você vai ter que
contentar com um plug atése estender o suficiente para eu penetrar. — o aperto do
músculo tentou me manter fora, mas eu não ia deixá-lo ganhar. — Relaxe por mim,
Emma. Vou te manterbem e pronta para seu plug. Você vai se acostumar a usá-lo
até que esteja pronta para mim.
Seu quadril começou a se mover novamente, e cheguei ao redor para
provocar o clitóris com a outra mão. Sua buceta estava encharcada e necessitada.
Passei vários momentos fodendo sua bunda com meu dedo enquanto acariciava
seu clitóris e mais uma vez, a trouxe à beira. Ela estava implorando e suplicando
para gozar, no momento que me afastei para pegar o plug lubrificado, o pressionei
contra sua bunda.
— Pressione de volta, querida. Mostre quão bom pode ser, e então vou dar a
você um orgasmo arrasador.
Hesitante no início e depois com mais confiança, Emma empurrou contra o
plug. Adicionei pressão e aliviei após passar o anel tenso de músculo, quando
escorregou para dentro segurei na base alargada.
— Oh meu Deus. — ela respirou.
— Você se sente completa, querida?
— Sim, Ah meu Deus. — ela repetiu.
— Está bem? — perguntei.
Ela assentiu com a cabeça.
—Diga, Emma.
— Sim. Eu estou bem.
— Boa garota. Porque você está prestes a se sentir ainda mais completa.
Enfiei a mão no meu bolso, tirei um preservativo e rasguei com os dentes,
não retirando o polegar da mão esquerda da base do plugue. Precisava manter a
conexão contínua com ela, enquanto estava nesta posição vulnerável. Rolei o
preservativo e me posicionei em sua entrada. Uma vez que a cabeça do meu pau
estava no calor de sua buceta, comecei a deslizar para a frente.
— Puta que pariu. — gemi.
Ela estava tão apertada com o plug em sua bunda, que fiquei feliz por ter
escolhido um pequeno. Meu pau mal coube em seu buceta, algo a considerar para a
próxima, porque esta podia ser a melhor e mais curta foda da minha vida. Esforcei-
me para ir devagar, para saborear o aperto de seu corpo e os tremores ondulando
através dela. Os gemidos de Emma aumentaram elevando meu prazer grau por
grau. Alcancei seu clitóris com dois dedos da mão direita e dedilhei.
— Ford. Por favor, eu vou.
— Já? — não consegui manter a risada fora de minha voz.
— Por favor. — ela gemeu.
Pressionei mais seu clitóris e aumentei meu ritmo, mantendo minhas
estocadas suaves e constante, até que seu corpo se abateu praticamente
estrangulando meu pau.
— Puta merda!
Seu grito ecoou através dos hectares e colinas, ondulando pelas campinas,
seguido por meu gemido de prazer, quando meu orgasmo explodiu de minhas
bolas e esvaziei dentro do preservativo.
Meu último pensamento antes de gozar no banco do quadriciclo foi: quem
me dera que não tivesse havido nada entre nós.
Capítulo 13
l
Emma
Na nossa última noite sozinhos, logo após o jantar, nos sentamos no sofá, e
isso rapidamente virou uns amassos, como se fôssemos adolescentes. Me afastei
para respirar.
— Que tal um pouco, hum... umas palmadas hoje à noite? Você sabe. Com
uma raquete.
A mudança na expressão de Ford foi sutil; Ele nem sequer me deixou
continuar. Mas eu podia ouvir a supresa em sua voz quando disse. — Você não
parecia interessada quando coloquei essa ideia na mesa.
— Eu não estava. — admiti. Eu não estava assustada nem nada, apenas fiz
uma pausa tão longa que Ford mudou de assunto. — Mas então eu só... não
consegui parar de pensar nisso. — mordi meu lábio, sorrindo. — Especialmente
quando estava sozinha na cama.
Apenas o pensamento de estar à mercê de Ford, e o ardor da raquete,fez a
minha boca ficar seca. Agora, porém, sabia que era de excitação, em vez de medo.
Como nossos pais voltariam amanhã cedo, não pude resistir me entregar a
submissão, no toque de mestre de Ford, uma última vez.
Se a velocidade com que ele me arrastou, era qualquer dica, Ford sentia o
mesmo.
Agora deitada de barriga para baixo em seus lençóis, senti seu perfume
exclusivo de suor e sabão, sem ver uma réstia de luz. Meus pulsos e tornozelos
foram algemados aos pés da cama. Eu tinha esperado por dez ou talvez quinze
minutos para Ford terminar os preparativos, era difícil de acompanhar com os
olhos vendados. Meu mundo escuro estava cheio de sensibilidade, em sintonia com
cada ruído, cada cheiro, e pegando a dica ao longo de minha pele. Conhecendo
Ford, ele estava tomando seu tempo de propósito, me deixando desenvolver um
frenesi de antecipação. Isso definitivamente estava funcionando; desloquei contra
meu apoio e senti o desejo já difundido entre minhas pernas. A maçaneta
finalmente virou. Os pés descalços se aproximaram suavemente da cama.
— Você está pronta?
— Sim, senhor, —e adicionei, — Minha palavra de segurança é rosa.
Ele riu. — Boa garota.
Um dedo tocou minha nuca e acariciou lentamente minha espinha,
demorando na parte das minhas costas. Eu tremia, tensa. Ele ia enfiar o dedo na
minha buceta, ou na minha bunda? Não esqueci do nosso dia com vista
panorâmica. Ele apertou a minha bunda firme e dei um grito agudo.
— Você está nervosa, esta noite, querida. — ele fez uma pausa. — Você sabe,
podemos fazer outra coisa. Sexo excêntriconão é como recitar o alfabeto, não
precisa ir para XYZ só porque você já fez o ABC. Não adianta se você não tem
autocontrole.
Eu balancei minha cabeça. — Eu sei. Mas eu... quero descobrir como é. O que
aquela mulher na sala de arreios sentiu.
Ele respirou fundo. — Maldição, Emma. —disse. Sua voz tinha um tom
rouco. — Você acostuma comisso rapidamente. Nunca vi alguém se adaptar tão
bem.
— O que posso dizer? Eu tenho um bom professor. — balancei minha bunda
em sua direção. — Agora comece a bater.
Ele deu um pequeno bufo de riso. — Com esse tom de voz, jovem senhora.
— ouvi um barulho de madeira na carne, e percebi que ele bateu a raquete em sua
mão para que eu pudesse ouvir sua força. — Acho que vou te esquentar. Levante
seu quadril.
O plástico quente cutucou minha buceta encharcada. Corri para obedecer à
sua ordem. O vibrador deslizou facilmente, apesar de sua circunferência, seu
comprimento parecia me estender, até que me senti completa como me sentia com
pau enorme de Ford. Uma protuberância curva, achatada na base, encaixou sem
folga contra meu clitóris. Ele tateou ao redor por um segundo, e choraminguei
quando começou a vibrar. Que seja abençoado um homem que possui um vibrador,
trabalhando para o prazer da sua mulher. Se isso não era amor, estava perto.
As mãos dele deixaram minha buceta, e pousaram na minha bunda
novamente, massageando a pele macia até que esquentou e vibrou. Não tentei
mecontorcer. O vibrador estava perfeitamente sintonizado, me estimulando, me
deixando louca. Distraída, não estava preparado para sua primeira palmada.
Uma palmada. Ebalancei para a frente, abrindo minha boca. O golpecutucou
o vibrador contra o meu clitóris e o ponto G. A bochecha esquerda da minha bunda
queimou com um paradoxo de prazer e dor, que eu iria me tornar viciada. Mais
uma palmada. E outra. Um gemido explodiu do fundo no meu peito. A este ritmo,
eu ia gozar antes que chegássemos a parte divertida. Mas isso não importava, Ford
poderia arrancar de mim um orgasmo após o outro. Nunca tinha gozado tantas
vezes seguidas como fiz com ele. Só de saber que estava por perto já me deixava
pronta para a ação.
Depois de meia dúzia de palmadas, eu estava um tremendo caos e minha
bundapegando fogo. Minhas coxas estavam escorregadias com suor e meus
próprios sucos.
— Você é uma boa menina. — Ford disse baixo. — Pronta para coisas
difíceis?
— Sim, senhor. Por favor. — eu gemia. Me forçando a relaxar quando a
raquete veio assobiando para baixo, ao mesmo tempo rachando sobre ambas as
nádegas.
Puta merda. Ele tinha me batido com a mão várias vezes, mas isso eraum
outro nível. As lágrimas saltaram em meus olhos e mordi meu lábio. Mas o calor
doloroso, espalhou combinando com o calor do prazer em minha buceta e clitóris,
misturando-se até que eu não conseguia identificar qual era qual. Ford esperou
tempo suficiente para deixar o fogo diminuir, então atacou de novo, e outra vez.
Cada golpe veio mais rápido do que o anterior.
De repente toda vergonha caiu. Me contorcia, rangendo contra a cama, ávida
por qualquer sensação que pudesse ter. Atrás de mim, a respiração de Ford veio
com grunhidos de esforço e excitação. Estava perdendo a sanidade. Eu queria que
ele dentro de mim e queria que continuasse a bater. Tinha permanecido na borda
pelo que pareceu anos, um tapa mais ardente, mais uma coisa qualquer, me jogaria
novamente.
O vibrador caiu no chão, e gritei agarradaaos lençóis, soluçando o nome de
Ford. A raquete bateu contra o chão de madeira e senti um corpo musculoso e
suado caindo na cama atrás de mim. Seu coração batia selvagem desenhando uma
tatuagem nas minhas costas. O vazio deixado pelo vibrador foi preenchido
subitamente com seu pau. Gritei assim que me colocou arqueada,
insuportavelmente sensível e ainda com fome para mais. Meu segundo orgasmo já
estava construindo. Suas estocadas selvagens de punição,enrolaram na boca do
meu estômago apertando cada vez mais. Seu quadril bateu contra a minha bunda,
enviando choques de prazer e dor. Com um rosnado, ele mordeu na dobra do meu
pescoço, e todo o meu corpo sofreu espasmos novamente enquanto seu pau
pulsava dentro de mim.
Senti uma estranha perda quando ele se retirou e me desamarrou. A coisa
mais assustadora era que sabia que minhas experiências com ele tinham me
arruinado para outros homens. Sexo baunilha não poderia ser comparado com as
coisas pervertidas que Ford tinha mostrado ao meu corpo. A venda foi retiradados
meus olhos, e pisquei com o brilho repentino.
— Você pode falar? — Ford perguntou, procurando meu rosto.
Abri minha boca para dizer claro que posso, e não consegui. Meus olhos
arregalaram. Uau. Não tinha ideia de que algo podia ser tão intenso.
Confundindo o meu espanto com pânico, Ford acariciou meu cabelo.
— Sshiii, está tudo bem. Apenas descanse. — um vestígio daquela nota
hipnótica de Dom, ainda permanecia em sua voz. Ele sentou-se contra a cabeceira
da cama e me aconchegou ao seu lado. Sem mover o braço que me
segurava,inclinou para pegar uma garrafa de água do criado-mudo. — Você pode
beber? Ou devo dar isso para você?
A ideia tinha um certo apelo, mas meu orgulho venceu. Assenti com a cabeça
e peguei a garrafa. Quando a água tocou minha língua, percebi que estava
morrendo de sede. Assim que tinha engolido metade da garrafa, devolvi a ele que a
colocou de volta no criado-mudo. — Você quer comer algo?
—Humm... não. — resmunguei, me aconchegando contra seu corpo quente.
— Direito de descanso.
Ford riu. — Sim. Você tem uma madrugada de palmadas dentro de você.
Ele olhou para mim, sua expressão quase afetuosa e possessiva. Ou isso foi
só um pensamento? Eu não tinha energia para quebra-cabeças, me virei para
descansar meu rosto em seu abdômen.
— Você estava incrível, querida. — ele continuou depois de um minuto.
Senti as vibrações de sua voz grave na minha bochecha. — Mesmo arriscando a
estragar tudo com você, estou impressionado.
Um suspiro de contentamento me escapou. Os dedos deslizaram pelo meu
cabelo novamente, então mudou para acariciar minhas costas, como se eu fosse um
gato, os traços longos e amplos eram suaves ao invés de excitantes. Levantei minha
cabeça e abaixei com seu suspiro lento.
Eu não tive a intenção de ficar, mas me sentia tão esgotada e suas carícias
eram tão suaves... Eu estava dormindo antes que percebesse.
a
Na manhã seguinte, devoramos um par de omeletes enormes,
estávamos morrendo de fome após o exercício da noite passada. Depois disso, no
entanto, demoramos com nosso café. Toda parte inferior do meu corpo estava
agradavelmente dolorida, e ainda senti a marca da mordida onde Ford tinha me
reivindicado como sua.
De alguma forma minha cabeça estava descansando no ombro de Ford.
Como na noite anterior, ele não me moveu. Mas seu corpo enrijeceu com o barulho
de pneus na estrada de terra, e minha cabeça foi retirada de seu ombro.
— O quê? — perguntei, irritada por perder meu travesseiro. — É só uma
caminhonete.
—Estão de volta.
Oh, merda. Eu não tinha aprendido a reconhecer os sons da fazenda ainda.
Ford poderia dizer sobre o som diferente de cada caminhonete... ou talvez
soubesse que os empregadosnormalmente não iriam se aproximar assim da casa.
Eu me levantei rapidamente.
Poucos minutos depois, três vozes familiares flutuaram no ar, e nossos pais
entraram pela porta da frente com Celeste. Aparentemente, eles tinham buscado
ela quando estava regressando para a fazenda.
Enquanto abracei a minha mãe e cumprimentei Russ, Ford passou por eles
sem dizer uma palavra. Ele voltou com o resto de suas bagagens e começou a levá-
laspara os seus quartos. Foi uma ótima desculpa para nos socorrer, mas desejei
que ele não tivesse me deixado sozinha. Meus olhos desviaram para o seu jeans e a
forma como ficava perfeito em sua bunda, quando subiu a escada. Talvez seja
melhor se nós não ficarmos muito perto.
— Ufá! — Celeste disse. — Eu vou fazer para vocês um café da manhã, e
então tenho que deitar. Este fuso horário está me matando.
— Já tomamos café da manhã, obrigada. — eu disse.
— Você fez? A esta hora? —Celeste olhou para o relógio na parede.
Minha mãe disse —Não precisa fazer nada. Eu me viro até você ter um
descanso.
Celeste agitou a mão dela. — São apenas alguns sanduíches.
— Deixe-a fazer o trabalho dela, querida.— Russ disse curvado enquanto
desamarrava suas botas.
Fiz uma careta quando Celeste se apressou para a cozinha. Seria uma coisa...
se ela realmente quisesse nos alimentar. Mas ela fez um estardalhaço quanto ao
fato de estar cansada, depois não nos deixou ajuda-la. Tudo o que ela queria era ser
vista como um mártir.Tanto faz. Virei minha atenção para minha mãe.
— Como foi a viagem?
— O resort foi incrível! — ela respondeu. — Havia um spa, um restaurante
cinco estrelas... você poderia apenas sobreviver lá.
Ford voltou para o hall de entrada, enquanto minha mãe continuou. — Russ
não quer me falar quanto custou, mas deve ter sido uma fortuna! As diárias, todos
os jantares e passeios pelas vinícolas, e ainda muitas outras coisas. — ela deu um
sorriso afetuoso para Russ. — Ele não se preocupa com esse tipo de coisa.
— Você também não deveria. — respondeu o Russ. — O que é meu é seu
agora, lembra-se?
Mamãe riu. — Suponho que vai levar algum tempo para me acostumar.
Uma linha apareceu na testa de Ford. Querendo saber qual era o problema
dele,interrompi. — Legal soa como uma Estância Turística, mas me preocupei com
vocês.Vocês se divertiram?
— Oh, sim! —minha mãe disse. — Todas as manhãs eles colocavam uma
pequena cesta de pães frescos na porta, para que nós pudéssemos tomar café
quando quiséssemos. Foi a coisa mais fofa. Durante o dia jogamos croquet, tênis, e
fizemos caminhadas... degustamos vinhos, claro. E nosso chalé tinha um terraço
privado, onde podíamos ver o pôr do sol.
Lá vai ela, jorrando sobre as comodidades novamente.Mas eu sabia como
elase sentia. Eu ainda estava me acostumando com o risco de ficar insana com os
homens da família Bennetts. Depois de viver com um orçamento bastante rigoroso
por tanto tempo, minha mãe ficou encantada com os luxos que Russ podia pagar
sem nem sequer pestanejar.
— Ou tentar assistir. — enfim, Russ comentou. — Mal podíamos ver o
horizonte com tantas maltidas árvores. O norte da Califórnia é lindo, mas acho que
viver nessa fazenda fez de mim homem de Montana para sempre.
— Vamos lá, querido, não foi tão ruim sair do campo. Naquele dia chuvoso
foi uma ótima desculpa para nos aconchegarmosperto da lareira. — ela brincou,
Russ riu e a beijou.
Essa era a minha deixa. Havia tanta coisa que não queria ouvir sobre os
aspectos particulares, da sua lua de mel. Mas antes que pudesse educadamente
pedir licença, minha mãe voltou-se para nós.
— O que as crianças fizeram durante toda a semana? Espero que vocês
tenham se mantido entretidos.
Meu estômago caiu em minhas sandálias. Ford e eu nos divertimos, tudo
bem... na banheira de hidromassagem, em seu quarto, na floresta, no estábulo e
praticamente todos os cômodos da casa.
— Nós, Ah, não fizemos muito. — gaguejei. Sentindo meu rosto quente. Eu
estava corando? Eles poderiam ver isso? Diga alguma coisa, merda!
Ford interrompeu sua voz perfeitamente normal. — Claro que fizemos. Eu levei
Emma a cavalo ao longo de algumas das principais trilhas da fazenda. Ela amou os
pôneis e as vacas. Para alguém que nunca tinha montado antes, ela estava muito
bem.
Não ria, eu repetia para mim mesma.
— Bem, é verdade? — Russ disse. — Devemos sair em algum momento
como uma família, agora que a Ford mostrou como dominar as rédeas.
Merda. Não. Ria.
Ford na verdade esboçou um sorriso. — Eu a chicoteei de alguma maneira
com exercícios vigorosos. Também fomos com o quadriciclo para a vista
panorâmica na floresta, fazer um piquenique. — bem, aquele piquenique. Com sua
cesta cheia de guloseimas muito especiais. De repente Ford ergueu as sobrancelha
para mim. — Nós apostamos uma corrida, não foi?
— Sim. — eu disse, me apressando para prosseguir com o jogo. Era quase
irritante, quão sereno e confiante ele estava. Onde aprendeu a ser um bom
mentiroso?
— Não é seu lugar favorito, Ford? — Russ sorriu, aprofundando as rugasnos
cantos dos olhos. — Eu não deveria ter-me preocupado com vocês.
Hein? Preocupado em que sentido? Tentei esforçar para me acalmar,
ninguém estava fazendo acusações. Mas parecia que todas as coisas erradas e sujas
que tínhamos feito estavam pintadas na minha testa.
Ford olhou torto. — Eu te disse que eu não iria deixá-la se virar sozinha, pai.
Não podia dizer se ele estava irritado ou envergonhado.
Celeste escolheu aquele momento para ressurgir, e anunciou— A comida
está na mesa, agora eu vou sair. — como uma onda, ela desapareceu da sala.
Fomos todos para a sala de jantar para conversarmos sobre a viagem, como
também sobre nossos tempo sozinhos na fazenda, enquanto nossos pais comiam.
Debaixo da mesa, a mão de Ford se próximou da minha, como para me
tranquilizar, no entanto afastei. Eu tinha que começar a controlar todas as reações
do meu corpo, que automaticamente respondia quando estava perto de Ford. Nada
mais de toques casuais, olhares persistente, ou beijo na boca, peito arfante e
calcinha molhada isso era provavelmente impossível. Mas eu tinha aquele
esconderijo desde que vim para a fazenda, certo? Tentei ignorar a voz na minha
cabeça que zombou, Sim, durante uma semana inteira. Esconderijo maravilhoso
também.
Finalmente nossos pais terminaram seus sanduíches e Ford pediu licença
dizendo que tinha trabalho a fazer. Fui para meu quarto, aliviada... mas já receosa
para a hora do jantar.
Capítulo 14
l
Ford
Me sentar para jantar com meu pai, minha madrasta e Emma carregava um
toque surreal. Insisti que ela era na verdade minha meia-irmã, mas a dura pressão
imprimida contra meu zíper não parecia entender o mesmo. Talvez porque eunão
me importasse com rótulos neste ponto. Ela era só Emma, e estava se tornando
muito mais a cada dia. Ter ela amarrada em minha cama foi... inebriante. Suas
reações, seu entusiasmo, eratudo o que eu poderia ter pedido. Nossa última
semana juntos, vendo até que ponto estávamos interligados, dentro e fora da cama,
mudou tudo, e eu não sabia exatamente o que fazer sobre isso ainda. Mas isso era
para outro dia.
— Qualquer coisa que preciso saber sobre o que aconteceu, enquanto
estávamos fora? — meu pai perguntou,me puxando dos meus pensamentos para
voltar para a conversa.
— Desculpe, o que?
Meu pai levantou uma garfada de purê de batata na boca e mastigou, dando
tempo para reunir meus pensamentos antes de prosseguir com sua pergunta.
— Relatório. Atualização. Resumo.
— Oh. Nada digno de nota. Está tudo bem com o gado. O ferreiro estava fora.
Os cavalos estão em forma. Estou pensando quetalvez seja preciso contratar mão
de obra, mesmo que Griff não admita, ele está começando a ir cada vez mais
devagar e gostaria de tirar algum peso de suas costas. Sei que ele vai tentar
acompanhar os caras mais jovens, mas seria ideal ele se aposentar.
— Ele vai argumentar sobre ser mandado para pastar. — comentou meu
pai.
— Eu sei, mas não precisamos colocar para ele dessa forma. Eu vou apenas
tirar lentamente suas responsabilidades. Talvez levá-lo a treinar um novo cara
para tomar um pouco do seu tempo, e pode ser um processo gradual.
Meu pai deu de ombros. — Se você acha que pode andar por esse campo
minado sem explodir uma perna,vou deixar para você lidar com ele.
Por alguns minutos, o único som na sala era o tilintar dos talheres de
pratarias chinesas.
Peguei outra fatia de pão da cesta a tempo de ver o meu pai pegar o prato de
purê de batatas, Cynthia o pegou de suas mãos e deslizou a salada. Uma parte de
mim estava contente de ver alguém tomar conta do meu pai novamente, mas eu
não podia evitar, me perguntei quanto tempo isso duraria. Esta não era a primeira
lua de mel de Cynthia. Antes que pudesse pensar mais sobre isso, Cynthia enxugou
os lábios no guardanapo e começou a falar.
— Emma, querida, eu sabia que você iria adorar este lugar. Estou tão feliz
que você tenha dado uma chance para a fazenda. Há tantas coisas para ver e fazer.
Há muito tempo não me sinto tão ativa.
Emma deu uma mordida forteno garfo antes de engolir. Um rubor rosa
tingiu suas bochechas, me fazendo lembrar a cor de sua bunda, antes de tê-la
atingido com a raquete. A vontade de provocá-la era muito forte para ceder.
— Emma estava ativana semana passada. — eu disse, olhando para cima
quando terminei de passar manteiga no meu pão o levando para os meus lábios. —
Tivemos oportunidade de fazer muitas coisas, e nos divertimos bastante. Acredito
que Montana deu a ela uma gama de experiências impactantes. Ela estava em boas
mãos enquanto você estava fora.
Emma não perdeu o duplo sentido; O rosa virou-se lentamente para
vermelho. Provocá-la assim com certeza era muito imaturo, mas ela tinha perdido
a hora do almoço quando falamos sobre 'cordas' e 'equitação'.
Cynthia se endireitou em sua cadeira, sorrindo. — Estou tão feliz que vocês
tenham se dando bem, fiquei preocupada. — ela olhou incisivamente para mim.
— Eu odeio dizer isso, Ford, mas você não é um homem fácil de se aproximar.
Estou feliz por ter sido tão acolhedor com a minha garota.
—Isso é mais uma coisa que eu amo em você, Cyn. —avoz do meu pai
aumentou sobre a mesa de jantar. — Não tenha medo de dizer como ele é. Assim
nos mantêm honestos.
Olhei fixamente para Cynthia. — Não se preocupe.Acho que estamos nos
dando muito bem. — comi minha batalha e olhei para a garota em questão. As
bochechas dela estavam aquecidas em um vermelho brilhante. — Eu acho que é
seguro dizer que Emma e eu... temos um ao outro. Passamos a semana passada
reforçando esse laço de amizade por toda a fazenda.
Emma se engasgou com o bife, tossindo no guardanapo por quase um
minuto antes de empurrar-se para longe da mesa.
— Desculpe-me. Eu... Eu preciso ir, não me sinto bem.
Assistimos em silêncio Emma desaparecer pelo corredor.
— Mas afinal o que aconteceu? — Cynthia disse, levantando e seguindo a
filha.
Meu pai olhou para mim, com a testa enrugada. — Você tem alguma ideia
sobre o que foi isso?
Eu balancei minha cabeça. — Não. Não faço ideia.
Nós dois terminamos nossa refeição, mas a minha parecia rançosa no
meuestômago. Eu tinha empurrado Emma longe demais? Fiz asneira com certeza.
Eu pensei que nós estávamos dividindo uma brincadeira inocente, mas não
tinha percebido o que ela realmente estava sentindo até que foi tarde demais. Ela
teve que fugir de mim. Com raiva ou nojo ou talvez até medo... seja o que for, eu
nãoqueria ver novamente aquele olhar que me foi dirigido. Algo frio infiltrou-se
nas minhas veias. Senti muito medo por talvez ter prejudicado a confiança que
vinha construindo. Limpei meu prato rapidamente e pedi licença. Eu precisava
consertar tudo o que tinha acabado de fazer. Pela primeira vez em muito tempo...
Eu não tinha certeza do meu próximo passo.
Capítulo 15
l
Emma
Sai para o meu quarto e fechei a porta. Meu estômago ainda embrulhando. O
que Ford estava pensando, ao balançar a nossa vida sexual na frente da minha mãe
e Russ assim?
Mas eu já sabia que esta não era a pior parte. Todas as provocações
clarearam tudo, deixando-me ver como nossa relação realmente estava errada. A
verdadeira questão aqui era: o que diabosestavapensado ? O que eu esperava
quando me envolvi com ele?
Alguém bateu na porta. A voz de minha mãe veio em seguida abafada me
chamando. — Está tudo bem? Precisa de mim para trazer-lhe alguma coisa?
Tentei recompor-me. — Sim, mãe. Quero dizer, não... pode entrar.
Ela teria se escondido no corredor até que conseguisse entender o que tinha
acontecido comigo?
Minha mãe abriu a porta, franzindo a testa. — Está passando mal? — ela
esticou a mão para colocar na minha testa. — Você não parece febril, mas você está
corada.
— Meu Deus, mãe. —eu suspirei. Por um momento, me arrependi de tê-la
convidado a entrar. Eu já sentia como se tivesse viajado no tempo, de volta ao
ensino médio,se não tivesse cuidado, ela iria me enfiar em um carrinho de bebê em
breve. —Não se preocupe. Estou bem. É só... — optei por uma mudança de tema.
— Todas essas coisas levam algum tempo para se acostumar. Acho que me
empolguei me divertindo com a Ford. — eu me chutei mentalmente. — Acho que
fiquei muito tempo no sol, ou fiz muito exercício, ou talvez tenha comido algo que
não me fez bem...
Oh Deus, por que eu não conseguia parar de divagar?
Mas minha mãe assentiu com um sorriso de compreensão. — Você nunca
faz nada pela metade. — ela riu. — Mesmo quando você realmente deve fazer.
Assim que você tenta fazer algo, você quer dominar, faça chuva ou sol. É
ótimo que você tenha gostado tanto Montana, mas da próxima vez que sair com
Ford, não se esforce tanto. Ele vem fazendo essas coisas há mais tempo do que
você.
Eu devolvi o sorriso um pouco tímido e triste. — Está bem, mãe. Vou tentar
ir mais devagar.
Ela tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. — Foi tão bom revê-la neste
verão. Sei que estou um pouco repetitiva, mas estou realmente feliz que você esteja
se relacionando bem com seu novo meio-irmão. — ela fez uma pausa, olhando para
baixo rapidamente. — Eu sei que é difícil lidar com a sua mãe enviando
constantemente novos parentes em torno de sua vida. Você realmente tem sido
uma fortaleza durante todo este tempo.
Eu interrompi. — Não se culpe por...
— Deixe-me acabar, querida. — ela suspirou, pensativa, ao invés de
impacientemente. — O que estou tentando dizer em é... você está acostumada a
esse tipo de coisa. Mas Ford não esta. Então quando cheguei aqui ele era um pouco
cuidadoso e tímido.
Eu quase quis rir. — Tímido. — era a última palavra que usaria para
descrever Ford. Mas lembrei-me do primeiro dia que nos conhecemos: a suspeita
do temperamento frio e a luxúria em seus olhos, a maneira que agiu como um cão
de guarda de seu pai. Talvez minha mãe não tivessemuito longe do objetivo nesse
ponto.
— Você e Ford tiveramum começo difícil, mas parece que passar um tempo
sozinho com você, fez bem a ele.— seu tom de voz suavizou ainda mais, para a
mesma ternura que sempre mostrou quando falava sobre seu novo marido. —
Russ é uma das melhores coisas que já aconteceu comigo. Sinto-me em casa aqui...
isso significa tanto.
Isso me surpreendeu, jamais tinha visto minha mãe tão feliz e apaixonada.
Finalmente tinha terminado a sua maré de azar. Este casamento veio para
ficar.
Se eu não estragasse tudo com seu enteado.
Meu estômago revirou com uma mistura de tristeza, culpa e raiva. Eu odiava
mentir para mamãe. Sempre fomos próximas, visto que éramos presentes uma na
vida da outra, mas agora estava mentindo. O fato de que ela não sabia que eu
estava a empurrando para longe da verdade, não mudou nada.
— Sim, mãe. Obrigada... — eu a abracei, lutando contra as lágrimas
repentinas, enquanto respirava seu perfume, aquele cheiro de jasmim e rosa de
minhas primeiras memórias. — Eu... Acho que vou para a cama agora. Ainda me
sinto meio mal.
Ela apertou minhas costas e beijou minha bochecha. — Durma bem,
querida.
Concordei, com medo que minha voz partisse se falasse, e logo ela fechou a
porta atrás de si. Então sentei-me na cama apoiando minha cabeça em minhas
mãos. Meus pensamentos correndo em círculos. O que diabos eu vou fazer?
Mas não tive muito tempo parapensar. Ouvi passos se aproximando da
minha porta, mais pesados e mais espaçados do que os da minha mãe. A porta se
abriu para revelar o homem que eu mais ou menos queria ver.
— O que você está fazendo aqui? — as palavras saíram mais duras do que
eu pretendia. — Vamos ser apanhados.
— Pelo amor de Deus, relaxe. —Ford se aproximou e descansou a mão no
meu ombro. Por alguma razão, não me afastei. — É normal um cara se preocupar
com sua irmã. Nossos pais acham que estou aqui para saber se você está bem.
— Mas eu.
— Eles não sabem. Confie em mim. — ele disse. — Mesmo que soubessem,
nós somos adultos. Não é da conta deles. Não temos nenhuma razão para nos
preocuparmos.
Eu queria muito acreditar nele. Só de ouvir sua voz calma, confiante, me
deixou com vontade de cair em seus braços fortes e acolhedores. Ele não deixaria
que nada de ruim acontecesse comigo. Apesar de tudo, comecei a relaxar.
— É assim mesmo. — ele disse com um sorriso leve.
Prendendo o meu olhar, Fordsegurou meu queixo. Meu corpo respondeu
automaticamente e meu rosto virou-se para ele.
Ele inclinou-se para um beijo lento e persistente, que fez meu corpo doer.
Então, com os lábios ainda escovando os meus, ele murmurou. — Eu quero foder
você novamente.
Um ruído suave de surpresa e desejo me escapou. Esse calor familiar, que
sentia sempre quando estava perto de Ford estava subindo rapidamente sob a
minha pele.
— Não suporto não estar dentro de você. Quero te fazer gozar e sentir seu
corpo contorcendo-se contra o meu.
Ele me beijou outra vez, mais selvagem e com mais fome do que antes, e
desta vez correspondi. De alguma forma a sua outra mão já estava na minha coxa;
em seguida subiu, e arqueei em direção a ela. Me rendendo lentamente e
derretendo sob seu toque...
Mas a memória do sorriso da minha mãe ressurgiu. Ela e Russ
provavelmente estavam comendo a sobremesa agora, ou assistindo TV abraçados
no sofá, ou fazendo alguma outra coisa de casal, confortáveis e tranquilos na
felicidade conjugal... enquanto seus filhos estavam envolvidos pela luxúria bem
acima de suas cabeças. A náusea e a culpa oprimiram qualquer outra coisa que eu
estava sentindo. Foi só por um momento, mas foi suficiente para me afastar de
Ford.
Ele piscou, uma linha apareceu entre suas sobrancelhas.
— Qual é o problema?
Não era óbvio? Ele estava apenas brincando comigo novamente? As únicas
palavras que consegui encontrar foram: — Eu não posso. Me desculpe.
— Ei, pare. — ele olhou para baixo por um minuto. —Eu agi como um idiota
esta noite, não te culpo, se você estiver brava.
— Não, estou... bem, mais ou menos. — balancei minha cabeça. Foi legal da
parte dele confessar, mas eu não conseguia seguir outro caminho. — No entanto,
não foi isso que eu quis dizer. Eu estava falando sobre tudo isso. Nós. É muito
estranho.
Ford tocou a minha mão novamente e dei um passo me afastando da cama.
Ele bufou. —Se deixar por um segundo, eu estou tentando me desculpar.
— Obrigada, eu agradeço; Eu realmente agradeço. — tentei não parecer
frustrada e cai em algum lugar na região do sarcasmo. — Mas se você estava
ouvindo, sabe por qual motivo fiquei chateada. — esse sentimento de união "jantar
feliz em família," foi tão horrivel enfrentar a acusação sexual entre mim e Ford. Até
a memória fez a minha pele arrepiar.
— Você não achou estranho ontem à noite. Ou na noite anterior. Ou
qualquer umadas dúzia de vezes que te comi na semana passada. — Ford
respondeu um pouco mais alto.
Ele não estava se gabando por sua conquista, não havia nenhum sorriso em
seu rosto ou na voz. Ele parecia genuinamente, confuso e irritado.
Minha raiva inflamou-se em resposta. Por que ele não percebeu? Depois de
tudo o que tinha acabado de dizer, como poderia ele ainda não perceber? Como ele
não podia se sentir tão assustado quanto eu estava? Antes que pudesse-me conter,
explodi.
— Mas essa semana, Ford! Nossos pais estão de volta. Somos uma família
agora. — dei uma risada sem humor. — Deus. Fizemos asneira.Deixei-me esquecer
que você é meu meio-irmão por alguns dias, mas eu não aguento mais. Mesmo que
eu quisesse, não posso.
— E você quer ? — seu olhar queimou dentro de mim.
—N...não com nossos pais em casa! — eu menti rapidamente. Tal como
ontem, e todos os dias desde que o vi, meu corpo queimava por ele. No meu
coração, sabia que a semana passada foi mais do que um deslize de bom senso. Se
podia ser brutalmente honesta comigo mesma, o que sentia por Ford era mais
profundo do que o meu corpo. Nenhum homem nunca tinha-me dado ordens como
ele fez, ou me deu tanto prazer.
— Então eu fui apenas um grande erro para você? — ele exigiu.
Estreitando-me com o olhar e apertando os músculos da sua mandíbula. Ele estava
completamente chateado agora, de repente percebi que não parecia apenas
chateado, era como se tivesse sentido algum tipo de dor.
Mas isso não fazia diferença. Mesmo que fizesse mal a nós dois, não podia
recuar.
Eu engoli o caroço na minha garganta. — Essa não é a questão. Nunca daria
certo entre nós a longo prazo. Nossos pais são casados, agora e precisamos
começar a agir como uma família. Você é meu meio-irmão. Eu sou sua meia-irmã.
— virei para esconder as lágrimas estúpidas, ilógicas que encheram meus olhos.
— Desculpe, Ford. Foi bom enquanto durou, mas... por favor, vá.
Capítulo 16
l
Ford
— Ir? Você só quer que eu vá? É isso. É dessa maneira que você vai acabar
com isso. Eu me excedi um pouco no jantar, e você quer fugir?
Enfiei a mão pelo meu cabelo e me virei para encarar a porta. Eu tive que
desviar o olhar, precisava me recompor, antes de dizer algo que não podia voltar
atrás. Normalmente, não era difícil manter-me fechado, mas algo em relação a
Emma tinha rasgado o meu autocontrole desde o início.
Virei-me para encará-la, e uma parte de mim esperava que ela estivesse
sorrindo e rindo. Suas palavras fossem uma piada, eque agora ela esperasse que eu
a puxasse para a cama e a colocasse sobre o meu joelho para fazer jorrar fora suas
besteiras. Mas seu rosto estava definido em uma máscara fria e severa. Nem sequer
havia um vislumbre de diversão da Emma atrevida, que eu tinha conhecido. Era
como olhar para uma estranha. E odiei isso. As palavras saíram antes que eu
pudesse segura-las.
— Então é assim que vai ser. — uma risada cruel escapou de meus lábios
enquanto Emma acenava bruscamente com a cabeça. — Acho que é o melhor de
qualquer forma. Nenhum de nós realmente acredita que este casamento vai durar.
Você vai estar aqui no verão, mas depois quanto tempo mais você acha que sua
mãe realmente estará aqui? Nem sequer colocaria a proababilidade de sermosuma
família até o feriado de Ação de Graças. Então acho que não terá que se preocupar
com isso ser estranho.
O rosto de Emma mudou quando puxou uma respiração, curvando-se como
se eu tivesse lhe dado um soco no estômago, entãorapidamente se endireitou
recuperando seu temperamento explosivo.
— Então você está basicamente dizendo que minha mãe não é melhor que
Celeste, que esta atrás de um cara rico, para levá-la para um passeio e obter o que
puder dele? Bem adivinhe, Ford? Foi bom eu ter decidido acabar com isso agora,
porque esta claro que você não sabe nada sobre mim ou minha mãe. Agora saía do
meu quarto.
Que se foda. Virei-me e alcancei a maçaneta da porta, rasgando-a aberta, eu
queria bater ao fechar, mas sabia que não podia arriscar atraindo a atenção. Eu
precisava sair desta casa então caminhei para o celeiro.
a
Longas horas na sela davam a um homem bastante tempo para pensar, e
fuilonge o suficiente para cobrir uma grande área, literal e figurativamente. Evitar
os lugares onde eu tinha estado comEmma não a manteve fora dos meus
pensamentos. Na verdade, eu pensava nela ainda mais. E minha conclusão? Acho
que posso ter estragado tudo. Imensamente. Fiquei olhado fixamente para ela
enquanto dizia as coisas sobre sua mãe, em seguida ela se curvou como se tivesse
com dor.
Merda.
Puxei Richter, meu cavalo e dei um tapinha em seu pescoço.
— Bom garoto.
Parei em frente a meu acampamento favorito. Encontrei esse lugar por
acaso na primavera passada. Tinha uma saliência rochosa, com uma bela vista eum
poço de água quente. Eu realmente considerei trazer Emma aqui para passar a
noite, mas tínhamos ficado tão envolvidos, e não queria deixa-la fora da minha
cama.
Emma.
Malditos pensamentos.
Desmontei, peguei meu equipamento eme preparando para fazer uma
fogueira. Trouxe bastante uísque para esquecer durante a noite, pelo menos
esperava por isso. Mas quando olhava para as chamas, só podia ver seu rosto, seus
sorrisos, a maneira que seus olhos turvavam com prazer, como seu nariz enrugava
quando ria.
Estou ferrado.
a
Eu fiquei longe de casa por dois dias, esperando que a distância pudesse
meajudar a obter um controle das minhas emoções, mas isso não fez nada exceto
tornar a situação pior. Ainda sentia sua falta. Eu não era orgulhoso demais para
admitir isso. O velho Ford, teria percorrido sua agenda telefônica e ligado para uma
mulher disposta a virrapidamente, para obter o tipo de prazer que eu tinha a
oferecer. Mas não consegui reunir qualquer apetite para isso, ou para qualquer
coisa. Até mesmo o meu troféu, carne com ervas que eu tinha caçado tinha gosto de
merda. E essa descoberta me fez ver de fato, eu tinha um grande problema. Bem,
isso e o fato de querer puxar a arma do meu coldre e disparar contra Mac e TJ,
quando eles estavam babando em cima de Emma vestida com um short, que teria
envergonhadoaté Daisy Duke. Eu não preciso salientar que meu pau aprovava de
todo o coração.
— O que ela fez agora? — murmurei, desmontando e enganchando as
rédeas de Richter num poste perto do celeiro. — Vocês não têm trabalho a fazer?—
gritei para os empregados da fazenda. Mac e TJ se afastaram da cerca.
— Desculpe, chefe. —Mac disse. — Só estávamos observando para ver se a
Srta. Emma precisava de ajuda com sua jardinagem.
Emma estava de joelhos, outra posição que meu pau gostava me lembrei,
arrancando as ervas daninhas dos canteiros de flores ao longo da frente da casa.
Ela estendeu as mãos para a parte de trás para limpa-las em seu short,
balançando seu traseiro, aquele maldito short não deixava nada para a imaginação.
Eu queria ir até lá, colocá-la sobre meus joelhos e deixar sua bunda vermelha para
mostrar a qualquer um que ela me pertencia. Exceto que ela não me pertencia. Ela
tinha deixado isso perfeitamente claro.
— Observando para ver se ela precisava de ajuda há cem metros de
distância? Certo, voltem para a merda do trabalho. — rosnei.
Mac se virou e foi para o celeiro, mas TJ ficou ao meu lado. — Peço
desculpas se você acha que estávamos aqui falando merda sobre sua meia-irmã.
Não é bem assim. Ela é uma mulher e tanto. Você sabe que eu estou esperando para
me casar, e ela é exatamente o que estou procurando. Acho que ela e eu
poderíamos ter algo real.
Cada instinto possessivo em mim inflamou-se, e eu não queria nada mais do
que agarrá-lo pelo pescoço, e dizer-lhe que não havia nenhuma chance de merda
para ele, porque ela já era minha.Mas não consegui.
TJ Continuou. — Hoje cedo, ela queria ir para um passeio e tentou por os
arreios em Delilah por conta própria. Estava muito bonita. Ela não sabia muito
sofre o freio. Tudo estava ao contrário, mas Delilah, é uma coisa doce, apenas se
levantou e deixou Emma agitada sobre ela. E a maldita parte mais bonita? Emma
ficava perguntando para a égua, 'agora onde é que isto vai?' como se Delilah
realmente pudesse responder. — TJ abanou a cabeça. — Claro, sendo o cowboy
cavalheiro que sou, entrei para oferecer minha ajuda.
Eu cerrei os dentes para impedir de dizer a ele para ficar com o resto da
história para si. Eu não queria ouvi-lo, mas novamente porque era sobre
Emma...uma parte de mim me obrigou a ouvir. Virei-me e caminhei para o celeiro,
esperando que os dois não me seguissem. Mas claro, TJ veio atrás, e continuou
falando.
— Eu mostrei a ela as cordas e começamos a conversar, e ela me disse tudo
sobre o trabalho, que tinha ajudado crianças carentes. Ela tem tanta paixão pelo
que faz. O brilho praticamente sai dela. Acabei por levá-la para um passeio na trilha
para não ficar perdida, e homem, eu poderia falar com ela pelo resto da minha vida.
Emma é o tipo de garota que você encontra, e compra um anel para colocar no
dedo tão rápido quanto você puder para nunca deixá-la ir.
Pisando no interior do celeiro frio, automaticamente cerrei meu punho, o
desejo de lança-lo através da parede, zumbia através de mim. Se TJ dissesse mais
uma palavra, eu iria perder o controle, e tudo que Emma estava querendo tão
desesperadamente esconder fingindo que nunca tinha acontecido seria
escancarado.
Porra.
Minha salvação veio de uma fonte improvável. — TJ,Mac vai treinar alguns
bezerros de corte, é a sua vez de orientá-lo. Estou velho demais para
ensinaralguém sobre essa merda. — disse Griff, se arrastando para o celeiro. O
velho fez o seu caminho para os fardos de palha para descansar, encostando seu
corpo magro em uma viga. Puxando do bolso uma pequena lata de comida
industrializada, ele passou o abridor ao redor. Uma vez que estava satisfeito,
retirou a tampa, manuseou e começou a comer. Quando que terminou o ritual
familiar, TJ tinha desaparecido do celeiro, e Griff passou a olhar para mim.
— Você está pronto para parar de pensar em si mesmo, rapaz?
O velho não dizia muita coisa, mas quando falava não desperdiçava
palavras. Sempre ia direto ao ponto.
Eu tentei desviar. — Você nunca irá se aposentar, velho?
— Não estamos falando sobre mim. Tem algo acontecendo entre você e
aquela garota, e se você não se recompor rápido vai perdê-la.
Fiquei atordoado em silêncio por um momento, e meu estômago revirou. O que ele
sabe? Aparentemente não tínhamos tomado tanto cuidado na semana passada.
Merda.
— Não tenho ideia sobre o que você está falando. — as palavras tinham
gosto de cinzas na minha língua. Mesmo tentando negar me senti muito mal.
— Você pode mentir para mim e para todos se quiser, mas mentir para si é
uma perda de tempo.
Enfiei meus dedos pelo meu cabelo, dei meia dúzia de passos para perto dos
fardos e me sentei na frente de Griff.
— Ela que acabou com tudo.
Griff tirou uma garrafa do bolso, e levantou-a para a boca por um segundo
antes de responder. — E isso é tudo? Você andou por aí como um urso depois de
ser picado por uma tonelada de abelhas, por ter comido o mel. Você está bem por
ela ter terminado?
— Eu não disse que estava tudo bem com isso.
— Então o que diabos você vai para fazer sobre isso?
— Eu não sei. Eu não... aceitei isso muito bem. Disse coisas que não devia.
Griff bufou uma risada. — Então peça desculpa. Mande flores. Seja
romântico. Um velho não deveria ter que explicar como essa merda funciona, para
um cara esperto como você.
— Eu sei. Só que ainda não descobri como. Preciso consertar isso. Preciso
agir como um homem e fazê-la entender que não vou deixar que ela vá embora,
mesmo que isso fosse facilitar nossas vidas.
Griff assentiu com a cabeça. — É a melhor coisa a se fazer. Porque você não
seria o garoto punk, que veio para cá recém-formado da faculdade,pensando que
sabia comandar essa fazenda melhor do que qualquer outro maldito vaqueiro, se
não fosse um homem de atitude. — seus olhos azuis encontraram os meus. — E só
para que saiba, Ford, você fez um ótimo trabalho. Tenho orgulho de você, rapaz.
Agora saia daqui e vá pegar a garota.
Meu peito se apertou com orgulho, ao receber finalmente a aprovação de
Griff, algo tinha mudado desde o dia em que eu tinha voltado a morar na fazenda,
como ele disse, eu era um garoto punk recém-saído da faculdade.
— Obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim.
—Eu precisava dizer. Agora saía daqui paspalho.
Caminhei para a porta do celeiro, minha confiança que sempre foi minha
marca registrada, caminhava a minha frente. Griff estava certo; Precisava parar de
pensar em mim e ficar com a garota. Porque porra, ela era minha. E não ia deixar
que fosse embora.
Só que assim que passei do limite da porta do celeiro, todo o inferno parecia
ter se soltado. TJ estava correndo em direção a casa gritando.
— Você precisa levar Mac ao hospital!A o osso da perna esta para fora!
Merda.
Capítulo 17
l
Emma
Dois dias depois e Ford ainda estava evitando a casa tanto quanto possível,
e eu estava muito bem com isso. A raiva que senti sobre as coisas que ele disse de
minha mãe mal tinha esfriado. Se ele queria ficar de mal-humor como um garoto
que tinha se descontrolado, eu apenas tinha encontrado uma razão para me
encaixar na vida da fazenda.
Decidi selar Delilah, uma das éguas mais lentas e menos entusiasmada, para
levá-la a fazer alguns exercícios suaves. Mas aparentemente eu não tinha
entendido muito sobre equitação, como eu e Ford pensávamos. Toda vez que
pensei que tinha descoberto um pedaço, encostando-o para conectar com outro,
percebia que não tinha ideia de como anexar a terceira peça. Felizmente, TJestava
passando e me deu uma mão. Ele até escapou por algumas horas para me mostrar
uma das trilhas de equitação da fazenda.
Nós caminhamos sobre as colinas verdes, nossas éguas parando aqui e ali
para comer. Meu humor melhorou enquanto conversávamos, TJ parecia
genuinamente interessado em minhas aulas em Stanford e o trabalho que estava
me esperando no fim do verão. Mas a atmosfera descontraída não durou. Eu
acabava me distraindo, querendo saber o que Ford estava fazendo, ou pensando
em seus beijos apaixonados, então a lembrança de suas palavras faziam tudo ferver
novamente.
Quem me dera se eu pudesse me interessar em TJ. Um cavalheiro bonito,
atencioso, que não era meu maldito meio-irmão. Porque tinha de ficar obcecada
pelo cara mais inapropriado de todo o Condado? Por que não posso escolher
porquem devo estar atraída?
Quando voltamos, procurei um trabalho que pudesse fazer, e fui capinar os
canteiros de flores na frente da casa. Mas mesmo me ocupando não conseguia tirar
da minha cabeça as besteiras de Ford. Especialmente porque podia senti-lo me
observando do estábulo.
Espero que consiga uma boa olhada, amigo, porque isso é tudo o quevocê
vai ter de agora em diante.
Dei várias punhaladas com a espátula no mato como se estivesse tentando
matar a própria terra. Onde diabos Ford queria chegar, afinal? Como podia até
mesmo pensar essas coisas, quanto mais dizer? Ele não sabia qualquer coisa sobre
a minha família. Não tinha ideia do que passamos com a morte do meu pai, e como
isso tinha quase destruído minha mãe, de várias maneiras.
O relacionamento deles foi como algo saído deLeave It To Beaver4:Eram
namorados no ensino médio, casaram jovens, meu pai trabalhava e minha mãe era
dona de casa. Um dia, cheguei em casa do colégio e a encontrei chorando no sofá,
com o telefone ainda na mão. Meu pai tinha apenas... caído morto, em cima da sua
mesa no trabalho, foi o que nos disseram. Foi uma espécie de aneurisma cerebral.
Em um único telefonema, tínhamos perdido o único homem que mamãe
havia amado e nossa única fonte de renda.
A vida da minha mãe girava em torno de nós. Ela nunca teve um emprego,
nem foi para faculdade. Mas o pouco dinheiro que meus pais tinham guardado não
foi o suficiente, então mamãe poupou mais que podia e procurou um trabalho. Sem
qualquer experiência ou habilidade, porém, não teve muito sucesso, e quando ela
conseguiu um emprego, foi demitida porque estava muito destruída
emocionalmente para se concentrar.
Seu emprego mais longo foi como recepcionista em uma empresa de direito
privado. O sócio majoritário era viúvo, então simpatizou-se com ela, como entendia
a situação pela qual estava passando não ficou muito irritado com seus pequenos
erros. Ele era um homem gentil, um pouco velho e solitário, e quando ele propôs
casamento... Minha mãe foi realista sobre suas opções. Ela não sabia mais como me
sustentar, então aceitou. Sem surpresa, o casamento durou apenas alguns anos, já
que eles estavam casados pelas razões erradas. Mamãe casou-se novamente depois
disso, não porque ela precisava do dinheiro, pois o primeiro divórcio tinha deixado
o suficiente para uma vida modesta, mas porque não suportava ficar sozinha. Mas
morar na casa de um homem, não é o mesmo que estar apaixonada por ele. Ela
4
Leave It To Beaver, é uma das primeiras séries de comédia escrita do ponto de vista de uma
criança.Com vários dramas de televisão, teve início em 1950.
nunca conseguiu superar o que teve com meu pai.Não até que finalmente conheceu
Russ. E eu estive tão perto de estragar seu relacionamento.
Lentamente tirei tudo do canteiro, exceto o que pertencia ali: Iúcas
vermelhas, Flor-de-duas-esporas azuis, Colombina amarelo manteiga, Flor-de-cera
rosa pálido e Arbustosvioleta florescendo de Hissopo e Lavanda Inglesa. Ao meu
lado um amontoado de ervas daninhas retiradas, suas folhas moles e pesadas
comraízes sujas e secas. Minhas pernas doíam pelo longo tempo que passei de
joelhos, minhas mãos pareciam estar na carne viva e meus ombros queimavam.
Meu humor estava ainda pior do que quando tinha começado; pensar sobre a
história da minha família foi exatamente a coisa mais errada a se fazer.
Eu queria poder limpar minha mente tão facilmente quanto este jardim.
Talvez a pausa para o almoço ajudasse. A julgar pelo sol, tinha trabalhado
durante horas. Um pouco de comida elevaria a taxa de açúcar no meu sangue, e me
distrairia enquanto decidia de que maneira gastaria o resto do meu dia. Sem ideias
melhores, entrei na casa e fui para a cozinha.
O ar-condicionado da casa fez meus braços arrepiarem. Não tinha notado
que estava apenas superaquecida até meu suor começar a esfriar. Ao entrar na
cozinha abri a geladeira, deixando o frio me atingir enquanto procurava o que
comer. Um pão integral, presunto fatiado, salada de melancia, as sobras do jantar
da noite passada... nada chamou minha atenção. Eu não estava com muito apetite
nos últimos dois dias. Mas sabia que meu estômago ficaria mais sensível se o
deixasse vazio.
— Você quer comer alguma coisa?
Eu quase bati a cabeça no teto da geladeira, recuei fechando a portae olhei
para Celeste, inclinando-se com uma mão na ilha da cozinha. Por que ela tem
sempre que aparecer assim do nada? Eu suspirei em frustração.
— Você me assustou.
— Desculpe. — disse, não parecendo realmente arrependida. Ela puxou um
banco e sentou-se. — Você sabe, é bom que eu a tenha encontrado aqui. Quero
falar com você.
Eu vasculhei no armário para encontrar, manteiga de amendoim e geleia. Se
ela queria ser enigmática comigo, então podia fazer isso enquanto eu comia.
— Sobre o quê?
— Você e Ford.
Minhas entranhas congelaram. Forcei-me a fazer meu sanduíche, abrir a
gaveta de talheres peguei um prato, dando um passo após o outro, como se Celeste
não tivesse preste a derrubar uma bomba potencial para arruinar a minha vida.
— Isso não responde minha pergunta. Poderia ser mais específica? —
perguntei, mantendo minha voz mais calma possível.
— Ora, Emma. Você sabe exatamente do que estou falando. — seu lábio
enrolou como se tivesse com nojo de um rato morto que teve que limpar. — Como
esses olhares pegajosos que você dá a ele, estou surpresa que seus pais ainda não
tenham notado. Como você pôde fazer isso com eles? Como você é capaz de fazer
isso com seu próprio irmão... só de pensar me fazter vontade de vomitar.
Está bem. Eu estava um pouco em pânico. Mas até agora, ela não tinha dito
nada que eu já não tivesse me culpado mais de uma centena de vezes. Quando a
censura veio de seus lábios, sobre meus pensamentos mais profundos e mais
vergonhosos, isso simplesmente me irritou. Eu estava preocupada o tempo todo
para o caso de Russ ou minha mãe descobrir, mas nunca me ocorreu que Celeste
seria a bisbilhoteira. Não gosto de ser surpreendida, especialmente por alguém
como ela.
De repente, fiquei sem insultos para oferecer uma resposta. Eu tinha usado
todos ao ficar com raiva de Ford. Se eu mentisse sobre ter transado com ele, ela ia
continuar acreditando, em tudo que queria acreditar e continuaria me
perseguindo. Minha paciência estava em farrapos, e eu não tinha energia suficiente
para ser discreta, especialmente com a mulher que foi uma cadela comigo desde
que cheguei aqui. Abaixe o frasco de geleia e encontrei seu olhar frio.
— Uma pergunta rápida, Celeste: o que te faz pensar que minha vida é da
sua conta?
O rosto dela ficou duro por uminstante. — Céus. Nem sequer nega isso?
— Sinceramente estou curiosa, Celeste. Por que tem que enfiar o nariz em
tudo? Há um nome científico para tudo o que se passa com você? — desfrutei de
seu olhar de indignação e voltei a espalhar a manteiga de amendoim no pão. Eu
sabia que estava sendo imatura, mas não cheguei a me sentir menos satisfeita. —
Fique fora disso.
— Eu não vou deixar uma... uma puta arrogante de faculdade roubá-lo de
mim! Você sabia que Ford era meu, mas só entrou aqui e...
— Não, eu sabia que você o queria. — ela moveu-se com toda a sutileza de
um cão urinando em sua árvore favorita. — E não me importo. Porque quem ele
fode é uma decisão dele, não minha. — pensei em mencionar que Ford sabia
exatamente o que ela estava planejando, e nunca ia cair nessa, então decidi guardar
isso. Eu não seria a única a tornar esta conversa ainda mais complicada do que já
estava. — Você não pode reclamar seus direitos sobre outro ser humano.
— Talvez não. Mas posso tornar as coisas mais difícies para ele não ter
tempo de se distrair com você. — seu tom de repente se iluminou, meloso fazendo-
me virar novamente. Ela usava o sorriso falso que eu tinha visto nela muitas vezes.
— Como isso soa? Não conto a seus pais sobre o pequeno jogo doente que
você tem jogado com Ford. Em troca, você não o toca para o resto do verão, e não
entrará em contato com ele depois que você for embora.
Segurei um riso sem emoção. Eu praticamente já tinha destruído nossa
relação,então não tinha nenhuma chantagem real. Mas o que devo dizer agora?
Mesmo que as coisas tivessem acabado entre nós, eu ainda queria proteger
do conhecimento de minha mãe o que tínhamos feito. Aceito o acordo, Celeste será
fiel à sua palavra?
A porta da frente foi aberta, seguida por passos barulhentos e rápidos. Virei-
me quanto TJ entrou correndo e veio até cozinha.
— Desculpe interromper, senhoritas. — ele disse. — Mas Ford está a
caminho de St. Peter's.
Meu coração pulou em minha garganta. Um hospital? Ele se machucou? Vai
se "foder" foi a última coisa que eu tinha dito a ele? Merda. O que eu tinha feito?
Celeste parecia quase tão chocada quanto eu. — O que aconteceu? —ela
perguntou.
— Mac quebrou sua perna. — respondeu TJ. — De onde eu estava,parecia
muito mal. Ford o colocou na caminhonete e dirigiu para o hospital.
O medo foi drenado para fora de mim, deixando-me um pouco aliviada. Foi
quase imediatamente seguido pela culpa, Mac era um ser humano sentindo dor, eu
não podia me sentir aliviada.
Mas o pensamento de Ford se machucar me assustou muito. E foi então que
percebi o quão ferrada estava. Gostando ou não... Eu ainda tinha sentimentos por
ele. Sentimentos sérios.
— Vamos atrás deles? — perguntei.
TJ negou com a cabeça. — Não faria qualquer diferença. Isso vai demorar o
tempo que for preciso, não importaquantos de nós estaremos lá. — ele suspirou e
tirou o chapéu e franziu suas sobrancelhas.
— Oh. Bem... Obrigada por ter avisado. — eu disse. Minhas palavrasfizeram
me senti medíocre, mas TJ deu-me um sorriso reconfortante.
— Claro, senhorita Emma. — ele inclinou a cabeça para Celeste, que ainda
estava atrás de mim. — Eu nunca deixaria nenhuma de vocês esperando por
notícias. Ele não vai voltar até depois do jantar, ou talvez até mais tarde,
dependendo de como vai estar o pronto-socorro.
Enquanto TJ foi para contar a má notícia a Russ, Celeste me atirou um olhar
sombrio, então segui TJ. Com certeza, meus dias estavam contados. Mas ela não era
estúpida. Se me entregasse agora que Mac estava com a perna quebrada, iria
roubar seu momento. De qualquer forma, eu não tinha tempo para ficar realmente
nervosa com suas ameaças. Celeste iria esperar até que tudo isto passasse, e eu
tinha receio sobre as minhas opções: prometer a ela o que queria, ou me atrever a
desafia-la a fazer o seu pior.Há cinco minutos atrás, pensei que sabia que tinha
tomado a atitude mais inteligente. Mas agora... Não tinha tanta certeza se poderia
arranjar a coragem necessária para fazer um acordo com ela.
Capítulo 18
l
Ford
a
No dia seguinte, depois de ter passado vinte minutos incansáveis
eimpressionante na minha bagunça de roupas de férias, fomos para o carro e
dirigimos para o Condado. O centro de detenção parecia uma típica escola melhor
do que eu esperava: meia dúzia de edifícios baixos, com telhado vermelho
distribuídos por um grande gramado, aparado. No escritório principal, Ford
apresentou-me ao Superintendente, um homem de meia-idade loiro e
calvochamado Ted Wright.
Ted apertou a mão Ford evitando olhar para mim . — Bem-vindo ao centro
de reabilitação Oak Creek e Miss Carter. — ele cresceu. — Esta instituição serve até
vinte delinquentes femininos entre as idades de dez e dezoito anos...Onde disse
que foi para a faculdade?
Distraída por ele soar como um folheto, quase não entendi sua pergunta.
— Não acho que disse. Mas acabei de me formar em Stanford.
— Como o mundo é pequeno, e uma ótima faculdade. O sobrinho da minha
esposa apenas recebeu a carta de aceitação. — Ted entrou no hall, acenando para
seguirmos. — E o que você estudou?
Desta vez eu tinha uma resposta pronta para disparar. — Matemática de
nível secundário e Ciências, com ênfase no ensino de recuperação de jovens em
risco. Eu fiz o meu ensino para alunos no nívelsecundário. Mas eu também tenho o
curso de pedagogia e psicologia do desenvolvimento, que concentraram-se sobre o
nível de ensino fundamental.
Ele nos mostrou as salas de aula, dormitórios, sala de aconselhamento, Ted
se manteve lançando perguntas repentinas. Ford seguiu-me um passo atrás,
commãos nos bolsos, deixando-me falar. Finalmente a turnê terminou no escritório
principal. Acenando para uma mulher de cabelo curto em um terninho verde
escuro, Ted disse.
— Eu quero que conheça Maddie Baker. Ela é a gerente aqui. Maddie, esta é
Emma Carter.
— Prazer em conhecê-la. — respondi, apertando a mão bem cuidada e
pensando no que estava acontecendo.
— Com base na sua formação e experiência a Senhorita Carter tem muitas
qualificações. — Ted pigarreou alto, fazendo minha esperança despencar. — Mas
as instalações juvenil rural como se esta, não recebe muitos candidatos...
especialmente aqueles bem treinados, talentoso como você parece ser.
Maddie interrompeu. — O que Ted quer dizeré que seria uma honra tê-la
conosco.
Ford me deu uma rápida olhada de soslaio que disse: pode crer que sim.
— É mesmo? Mas... Eu nem mesmo passei por uma entrevista. — gaguejei.
Ford tinha passado o meu currículo todo pelo telefone ou algo assim?
Ted apenas riu. — Eu sei reconhecer um bom professor quando vejo um.
— Agora, sobre seus deveres. — Maddie disse vivamente. — As aulas são
ministradas por oito horas todos os dias da semana durante todo o ano. Só temos
um professor agora, então você vai lidar com aulas de Matemática e Ciências para
todos os níveis. Quando pode começar? Assumindo, claro, que você passe seus
antecedentes.
Uma centelha de emoção explodiu em um verdadeiro brilho. Isso estava
realmente acontecendo, e percebi que era aqui exatamente onde eu estava
destinada a ficar. Se eu soubesse mais sobre lei juvenil, poderia ter visto esta
oportunidade de emprego, mesmo sem o conselho de Griff. Essas meninas
precisavam de mim mais do que os alunos de D.C., seria mais fácil para Lincoln
High School encontrar um substituto qualificado do que para Oak Creek encontrar
alguém. E se trabalhar aqui deixava-me perto de Ford, poderia considerar que isso
foi apenas a cereja no bolo. Eu queria pular de alegria, beijar Ford na frente de
todos o assustando, mas em vez disso eu respondi friamente.
— Adorei a oportunidade, e posso começar assim que precisarar de mim.
Capítulo 20
l
Emma
a
Havia algumas desvantagens para sexo no carro, como a limpeza, mas dado
o meu aquecimento pós-orgasmo...eu tive um momento difícil para lidar. Mas com
cada quilômetro mais perto de chegamos a fazenda minha apreensão aumentava.
— O que exatamente vamos falar com eles? —perguntei.
Mais uma vez, meus dedos estavam entrelaçados com os dedos fortes de
Ford, em uma aperto firme. Estar com um homem que possuía uma mão como
essa, era maravilhoso, e eu estava começando a perceber que ele poderia pegar
minha mão, que o seguiria para qualquer lugar.
— Nós só vamos falar com eles. Sem besteiras. Sem desculpas. Somos
adultos. Temosa sorte de saber que os nossos pais genuinamente querem que
sejamos felizes. — ele olhou para mim antes de olhar para a estrada. — Não acho
que vai ser uma produção tão grande quanto você está imaginando, querida.
— Isso é tão... Eu não sei. Estranho?
— Ponha-se no lugar deles. Quão estranho foi para sua mãe dizer para você
que ia se casar novamente? Como você acha que ela se sentiu? E meu pai? Para vir
para casa e me dizer que ele tinha caído de amor por uma mulher no espaço de
uma semana? Estranho, com certeza, mas você acha que por um minuto eles
deixaram aquele embaraço impedi-los de ficar juntos?
Ok, o homem tinha um ponto válido. — Então vamos entrar, e dizer a eles.
—minha apreensão foi drenada pelo rosto confiante de Ford. —E se eles se
assustarem?
Ele atirou-me um sorriso devastador. — Lidamos com isso. Você é minha,
Emma. Sem susto, ou caso contrário nossos pais vão nos impedir de ficarmos
juntos. Tenha um pouco de fé, está bem?
Puxei uma respiração. Eu poderia ter fé, poderia fazer muitas coisas com
Ford ao meu lado. Ou atrás de mim. Ou abaixo de mim. Ou em cima de mim. Com
esses pensamentos dei a ele um sorriso sedutor.
— Droga, Emma. Não me faça te levar primeiro para o celeiro, para dar
umas palmadas na sua bunda até que ela fique vermelha, para que você possa se
comportar.
— Eu não sei se isso era para ser uma suposta ameaça... mas você
definitivamente está errando o alvo.
Sua risada encheu a cabine da caminhonete, junto com algo que parecia
muito, "pelo menos eu sei o que vamos fazer depois."
Quando paramos, Ford estacionou na garagem pedindo para que eu o
esperasse, logo que saltou veio para o meu lado e abriu a porta me ajundando a
saltar.
— Não se preocupe. Emma,temos tudo sobre controle.
Assentindo com a cabeça, respondi. — Você está certo.
Mais uma vez agarrei sua mão e senti que juntos nós poderiamos dominar o
mundo.
a
Entrei na cozinha, meu corpo ainda sentindo o aperto esmagador dos
braços de minha mãe e de Russ. Dizer que as coisas tinham saído melhores do que
esperava era puro eufemismo. Os olhares horrorizados e desafios acusatório?
Completamente ausente. Os sorrisos felizes e felicitações? Autênticos e
enormes. Eu não sabia se seria capaz de parar de sorrir por vários dias.
Até que Celeste saiu da despensa segurando um saco de supermercado, e
uma expressão azeda que imediatamente torceu suas feições ao me ver.
Não. Apenas não ia aceitar isso,Montana podia ser o Oeste, mas não era o
Oeste Selvagem, e esta fazenda era de fato grande o suficiente para nós duas. Tinha
chegado o momento de fazer as pazes. E eu não ia fugir de Celeste.
Recusei a deixar meu sorriso vacilar enquanto ela me estreitava com o
olhar.
— Você não tem que parecer tão presunçosa. Embora, eu não devesse estar
surpresa. Você está provavelmente disposta a fazer o que quiser...
Eu ergui uma mão. — Chega Celeste já foi o suficiente. Estou cansada de
tudo isso que estamos fazendo. — ela fechou a boca, então tomei isso como minha
oportunidade perfeita para continuar. — Eu vou ficar aqui na fazenda,para sempre.
E nossos pais sabem que eu e Ford estamos juntos. Eles estão
completamente bem com isso. Então, você não precisa gostar de mim, mas vamos
ter que descobrir uma maneira de nos entender.
Celeste ficou rígida. — Então me demita. Isso é o que você quer fazer, não é?
Eu neguei com a cabeça. — Não. Você vai trabalhar aqui enquanto quiser.
Essa casa é sua também, e certamente não é minha intenção de mandá-la embora.
Só quero ter a certeza de que fique claro que Ford não é uma opção.
Eu esperava uma resposta maliciosas, mas o que ouvi foi algo totalmente
diferente: Ela riu e sacudiu os ombros enquanto envolvia um braço em torno de si
e o outro levantou para seu rosto.
— Nem quero Ford. Meu Deus, Eu sou uma idiota. Eu pensei que... apenas
talvez... se conseguisse que ele me notasse, eu nunca teria que me preocupar
novamente. Mas Mac tinha que arruinar tudo!
Certo, agora eu estava completamente perdida. —Mac?
Celeste tirou a mão do rosto. — Você não pode escolher por quem vai se
apaixonar... mesmo quando sabe o que é melhor. — ela sacudiu a cabeça
acrescentando. — Eu disse a mim mesma que nunca iria me apaixonar por um
cowboy, mas ele simplesmente conquistou o meu coração, e agora não há nenhuma
maneira de retira-lo.
Meu cérebro girou para acompanhar a conversa. Celeste e Mac? Desde
quando? O que?
Ela se aproximou da mesa reunindo a sacola novamente e pegou meu olhar
confuso.
— Eu estou cuidando dele enquanto está acamado no quarto de Griff. Como
Griff vai visitar o seu sobrinho, Mac e eu vamos ter um tempinho para nós, não que
vá acontecer muita coisa já que sua perna esta machucada. — seu sorriso
amoleceu. — Mas vai ser bom ter um tempo sozinho.Isso me dá a oportunidade
para falar sobre o que vamos fazer.
Com isso, ela caminhou para fora da cozinha, com um olhar melancólico no
rosto. A porta do fundo fechou com um clique tranquilo, antes da voz de Ford
enchera cozinha.
— Ela esta ainda causando problemas?
—Não.
Levantei-me e virei para olha-lo. Adorei não ter de olhar por cima do meu
ombro ou dele,para ver quem poderia estar nos observando. Gostei de saber
quepodia atravessar a cozinha envolver meus braços em volta dele e apertar sua
bunda sem consequências, não que eu não estivesse completamente excitada para
experimentar. Então eu fiz exatamente isso.
Ford enfiou seus dedos pelo meu cabelo e inclinei meu rosto em sua direção.
— Você tem certeza que está tudo bem?
Estendi a mão e envolvi meus braços em volta do pescoço, ficando na ponta
dos pés ao mesmo tempo que puxei o rosto dele em direção a meu.
— Completamente bem. Absolutamente perfeito. — sussurrei, antes de
pressionar os meus lábios nos dele. A mão de Ford segurou a parte de trás da
minha cabeça, e não falamos por um tempo.
Epílogo
Emma
Uma brisa quente, bateu em nossas costas suadas enquanto minha mãe,
Ford, e eu andávamos em direção a fazenda. Não tinha chovido por semanas e o pó
da trilha revestiu minha garganta.
— Ford? Me dá um pouco da sua água?
— Já bebeu tudo? —mesmo me provocando, Ford guiou Richter para mais
perto da minha égua e entregou seu cantil. Tomei um gole e devolvi.
— Oh, vocês são tão fofos juntos! — minha mãe disse atrás de nós. Seu
cavalo estava mais interessado nas flores silvestres na borda da trilha que em
acompanhar a passada rápida de nossos cavalos.
Dei um gemido simulado. — Por favor mãe, acalme-se. Eu precisava de uma
bebida.
Nós estávamos voltando de um piquenique na floresta. O tempo todo,
mamãe tinha falado algo sobre nós, sempre que fazíamos qualquer coisa
semelhante a um casal: quando deitei minha cabeça no ombro de Ford, e ele me
ofereceu um pedaço do seu bolo, até mesmo o fato de encostarmos nossas mãos
quando tentamos pegar uma maçã no mesmo momento.
Russ apareceu em nosso passeio, mas depois do almoço de hoje, ele tinha
saído da fazenda no caminhão, e nem minha mãe nem a Ford me contaram o que
ele estava fazendo. Eu sabia que minha mãe tinha seu lado bobo, mas nunca
esperei que Ford entrasse no jogo dela.Mas como ele gostava de jogosno quarto
então não podia estar surpresa...suspirei com um sorriso, apenas um pouco
irritada. Mesmo quando minha nova família decidiu se juntar para me esconder
algo, não deixei de amar o modo como vivia: calma, feliz e livre.
Nossos cavalos relincharam quando entramos no celeiro. Eles sabiam que
isso significava que seu trabalho tinha terminado por hoje e tudo o que queriam
era um pouco de feno. Desmontei Delilah e afrouxei sua sela, cuidando para não
prender o meu anel de noivado como da última vez, e comecei a levá-la para a
frente na rédea solta. Eu sorri, era praticamente um profissional.
Enquanto caminhávamos levando nossos cavalos para suas baias, ouvi o
barulho de cascalho sendo triturado pelo ronco de um motor. Olhei para minha
mãe através da luz fraca.
— É Russ?
Ela me deu um sorriso manhoso. — Talvez. Vá olhar lá fora...nós cuidaremos
do seu cavalo.
Quando olhei para Ford para me dar uma pista, ele apenas estendeu a mão,
seus lábios ligeiramente sorrindo com diversão.
Oh, eu desisto! Terei que descobrir sozinha por que eles estão agindo de
maneira estranha.
Passei as rédeas de Delilah para Ford e sai para fora, piscando rápido.
Perto da casa, um carro prateado acabava de parar .A porta do motorista se
abriu e um borrão de saia de seda, blusa com babados voou para fora, gritando.
— Emma!
— Avery! — gritei, antes de caminhar para ela e a envolver em um abraço
esmagador.
Avery Palmer era minha meia-irmã do terceiro casamento de minha mãe.
Quando eu era adolescente, eu e mamãe nos mudávamos com muita
frequência a era difícil fazer amigos permanentes, então fiquei emocionada quando
mamãe se casou com alguém, que tinha uma filha um ano mais nova que eu. Foi
como ganhar uma irmã de Natal, de imediato nós conversamos sobreestereótipo
feminino. Minha mãe ficou com o Senhor Palmer apenas por alguns anos, mas eu e
a Avery ainda mantínhamos contato, mesmo depois que ela deixou a Califórnia
para estudar em London College of Fashion.
— Não te vejo há muito tempo. — eu disse. — Como vai?
Ela deu um gemido exagerado. — Fico feliz de ter terminado aquele
semestre sangrento! Às vezes pergunto-me se me formar cedo vale a pena...
especialmente depois da mais recente notícia do casamento da Senhorita Cynthia.
— Cada vez que te vejo você parece um pouco mais britânica. — provoquei.
— Aposto que os rapazes americanos adoram quando volta para casa para
visita-los.
— Está um pouco dificil encontrar rapazes tanto Americano como Britânico
a maioria deles andam em um nível de relacionamento diferente. — ela disse,
deliberadamente exagerar o sotaque. — Só pareço uma mutante descendente de
uma patricinha triste. —rapidamente, ela colocou dois dedos sobre os lábios
cereja. Como sempre, suas unhas estavam primorosamente pintadas; a obra-prima
de hoje contava com um toque de glitter azul em marfim polonês, sobrepostos com
flores de prata. — Esqueça que eu disse isso, foi rude como o inferno.
Eu ri. — Bem, seja lá o que for, você terminou com os exames finais e agora
vai poder relaxar com a gente. — coloquei meu braço em volta de seus ombros.
— Já comeu? Nós já almoçamos... hum, mas acho que temos uns bifes na geladeira...
Nós sempre temos bife.
Eu parei quando notei que ela não estava prestando atenção. Segui seu
olhar para a caminhonete que tinha acabado de chegar do outro lado do jardim da
frente. Russ tinha saído e estava agora falando alto, com um homem de cabelo
preto e uniforme de militar azul acinzentado. Algo nele me pareceu familiar.
Eu sorri sarcasticamente para Avery. — Oh, eu vejo o que você está realmente com
fome para isso.
— Vá a merda. — ela respondeu, sem qualquer sinal de estar realmente
brava. — Quem é esse?
Boa pergunta. Olhei fixamente para o homem, por um segundo. Então me
lembrei de onde tinha visto aquela fisionomia esculpida antes, nos quadrosno
quarto de hóspedes.
— Oh! Esse é o nosso outro meio-irmão. O novo marido da nossa mãe tem
dois filhos, Ford e Nixon.
Avery franziu a testa. — Meio-irmão? Droga. Que sorte a minha.
— Nunca diga nunca. Apontei para a Ford, que tinha saído do estábulo para
acolher Nixon. — Eu tenho um deles.
O olhar dela caiu para o diamante brilhando na minha mão. — Então isso é...
dele?
Assenti, mordendo meu lábio contra um enorme sorriso tolo. Ford tinha
proposto casamento a poucos dias atrás, e eu ainda mal podia acreditar. Meu anel
era absolutamente deslumbrante. Um modesto de 2 quilates, feito a mão por um
joalheiro local por especificações exatas de Ford. Eu realmente gostei do anel como
gostava do homem que me deu.
— Uau. Isso é uma tremenda pedra. Sem duvida soube como escolher.
Antes que eu pudesse rir e diz-lhe para se calar, nossa mãe veio para
abraçar Avery. Logo em seguida ela recebeu os cumprimentos de Nixon, Ford e
Russ. Não perdi o duplo sentido no olhar de Nixon quando viu Avery, admirando a
minha meia-irmã da cabeça aos pés, antes que seus olhos azuis vívidos, finalmente
encontrassem os dela. O rosto de Avery estava ligeiramente corado e sua boca
curvada em um sorriso sutil, surpreso mas ainda sensual.
Você vai ter ele, garota, pensei.
Quando Ford veio para o meu lado, apertou minha mão. Eu ainda ficava
maravilhada com esse pequeno gesto, como podíamos apenas serafetuosos sem
pensar em nada, sem precisar esconder de ninguém e sem nos preocuparmos
sobre o dia que seríamos descobertos. E pensar que a meia hora mais
terrivelmente embaraçosa da minha vida, foi quando nós revelamos a nossa
relação para minhamãe e Russ. Mas olhando de onde eu estava agora tinha válido a
pena cada minuto. Agora podemos desfrutar um do outro na presença de qualquer
pessoa. E nossa vida perfeita estava apenas começando.
His Plaything
Ava Jackson
Sinopse
Aviso: Se você não consegue lidar com um Fuzileiro da marinha com uma
boca suja e um pau enorme que quer transformá-la em seu brinquedo, esse não é
um livro para você. Continue.
Um imbecil que você poderia expulsar do quarto.
Esse é o cenário que encontro: meu novo companheiro de quarto fodendo
uma loira na mesa da cozinha.
Isso é certo, antes olhei com cuidado para seu pau gigante. Dica: calcinha
molhada.
Ah, e mencionei que ele é um fuzileiro naval?
Um semestre. É o tempo que tenho que aguentar, e depois vou embora,
formada, para entrar no mundo real.
Mas posso sobreviver tanto tempo sem me tornar... Seu brinquedo?
Capítulo 1
l
Nixon
5
“Frog hog”, mulheres que se prostituem com oficiais da marinha.
— Obrigada, querido. É uma bunda cansada. Acabei de sair de um turno de
trabalho.
— Oh? Quer remarcar? — provoquei, já seguindo em sua direção. — Posso
agendar você para a próxima sexta-feira.
— Nem no inferno. — ela virou e sentou-se na mesa da sala, afastando os
joelhos para revelar uma calcinha preta com laço. — Eu sempre tenho energia para
o meu marinheiro favorito. Especialmente depois que passou tanto tempo fora. —
uma mão arrastou da sua barriga para o seu decote, desfazendo os botões um a
um, revelando os seios redondos enormes mal contidos pelo sutiã.
Puta merda. Meus olhos não tinham sido agraciados com uma visão tão
deliciosa em muitos meses, e era quase o suficiente para me fazer babar. Bem, dois
podem jogar esse jogo. Tirei a minha camiseta e não perdi seu olhar lascivo de
apreciação.
Ela lambeu os lábios pintados de cereja. — Venha aqui e me foda.
— Ei, só porque ganho minha vida recebendo ordens não significa que você
está no comando aqui. — sorrindo, dei um passo entre suas pernas e empurrei-a
para deitar de costas, balançando meu quadril para deixá-la sentir o quão duro eu
estava.
Ela gemeu e se contorceu contra meu corpo. — Espertalhão. E se chupar seu
pau primeiro?
Apesar de tudo puxei uma respiração profunda. Que homem de sangue
quente poderia recusar o efeito explosivo de um boquete de Pam? Além disso,
provavelmente era melhor. Depois de meses de nada mais que me masturbar,
minha resistência não estaria boa o suficiente, e eu estava mais do que capaz de
ficar duro para duas rodadas seguidas. Concordei com ela.
— Nesse caso, eu vou permitir. Só desta vez.
Ela imediatamente se passou por baixo, entre a mesa e eu, se ajoelhando.
Encarando-me por intermédio de sua mascará de cílios, descarada e sedutora,
desabotoou meu jeans e puxou meu pau duro como rocha. Ela segurou a base com
uma mão, lambeu uma lenta linha até à ponta, circulando a língua em torno da
cabeça. Meu quadril tremeu. Apoiei-me na mesa com uma mão e a outra
emaranhei em seu cabelo, enquanto ela mergulhava a boca toda.
Eu dei um gemido longo e alto. Pam sempre chupava meu pau como se
tivesse tentando tirar a minha vida. A este ritmo, eu ia gozar a qualquer momento.
Era exatamente o que ela queria. Suas bochechas escavaram e sacudiu a cabeça
mais rápido, apertando o punho, sua língua tocou diretamente no ponto sensível
onde à cabeça encontra o eixo, sua mão livre em uma concha em minhas bolas, e eu
disse um palavrão em voz alta.
De repente, a imagem de Avery passou pela minha cabeça. O calor correu
através de mim como um raio. Os lábios suaves de pêssego da minha meia-
irmãfechados em torno do meu pau. Seus cílios tremendo ao me dar um olhar
furtivamente tímido, querendo saber se estaria me agradando, querendo provar a
minha porra. Ah, porra ah.
Antes que percebesse, gozei forte. Pam cavou as unhas postiças nas minhas
coxas e engoliu cada gota. Então, sem hesitar, ela tirou a calcinha e deitou
novamente na mesa com as pernas abertas. Dois dedos deslizaram para seu
clitóris, provocando meu próprio espetáculo privado.
— Rápido, ou vou terminar o serviço. — ela gemeu.
Balancei minha cabeça, tentando dissipar a imagem sedutora e
desorientadora de Avery, de joelhos na minha frente.
— Nem pense que vou deixar você ter toda a diversão. — respondi.
Agarrei os pulsos de Pam com uma mão, empurrando com a outra a blusa
para cima. Eu lambi e massageei seus seios firmes até que se contorceu com
antecipação, fazendo barulhos articulados sem palavras, que passaram direto pela
minha espinha. Essa dor familiar de dureza foi rastejando rapidamente para meu
pau novamente. Tirei minha calça, puxando uma camisinha do bolso e rolei-a.
Não perdi mais tempo com qualquer preliminar; Ela estava encharcada
desde o instante em que entrou aqui, e Deus sabia que não aguentaria esperar
outro segundo. Eu apenas empurrei seus joelhos até seus ombros e a penetrei.
— Sim! — ela gritou.
Meti rápido e profundo, fodendo-a de uma forma que garantiria que ela
ainda estaria me sentindo amanhã. Seus seios saltavam enquanto lutava para
encontrar meus impulsos. Sua buceta tão quente, molhada e incrivelmente ansiosa,
agarrando meu pau como se nunca fosse deixar sair. Eu não tinha percebido o
quanto tinha implorado por isto até que experimentei novamente. Eu abaixei
minha cabeça para mordiscar seus enormes seios redondos, que balançavam
tentadoramente na minha cara. Os seios de Avery provavelmente seriam menores,
mas firmes e bem formados para compensar. A pele dela era pálida em vez de
bronzeada, mostraria todos os tipos de sinais de chupada que eu pudesse deixar.
Tarde demais, me lembrei. Porra! Por que não podia manter Avery fora da
minha cabeça? Eu não conseguia parar de imaginar como ela ficaria debaixo de
mim, não conseguia parar de sobrepor o rosto dela em cima do de Pam. Toda vez
que repelia um pensamento dela, mais dois apareciam.
Por que diabos Avery estava vindo para cá tão de repente, afinal? Por que
tinha que invadir todos os aspectos da minha vida? Vou ter que perguntar isso a
ela, quando chegar. Por agora apenas rosnei na boca de Pam, nosso beijo distraído,
manchando o batom brilhante e tentando de tudo para afugentar a fantasia com
minha linda meia-irmã.
Capítulo 2
Avery
O som das rodas das minhas malas de repente suavizou quando rolei da
calçada para a entrada acarpetada. Caminhando, olhei em volta, tentando não ficar
boquiaberta com o opulento complexo de condomínio do meu meio-irmão.
Paredes com painéis de carvalho, pisos de mármore preto e branco, vasos de
orquídea em cada mesa de acento. Um candelabro de cristal pendurado sobre uma
área do salão de baixo-relevo contendo uma mesa de centro de vidro oblongo, e
várias cadeiras antigas estofadas em azul e ouro. Caramba... Bem, acho que a
família Bennett tem uma tonelada de dinheiro.
Estudar em Londres foi incrível, mas o e-mail do meu pai foi o oposto do incrível.
Ei, a propósito, não posso pagar seu aluguel e as mensalidades de sua
faculdade, então você tem que ir morar com um cara que mal conhece.
Ao mesmo tempo, porém, era bom estar na Califórnia. As boutiques e
restaurantes familiares, eu sonhava com as pessoas bronzeadas. A brisa suave,
quente que sempre cheirava a sal. O sol ardente, como se nunca tivesse visto uma
nuvem. E as praias de areia branca e ondas azuis de Coronado Island, do outro lado
da Baía de San Diego, com pequenas cabanas onde turistas alugavam bicicletas e
tomavam coquetéis de fruta em cafés históricos.
Então era isso, apesar de ter sido arrastada abruptamente a essa estranha
situação, me sentia muito bem. Eu ia viver em uma cidade linda de cair o queixo,
em um apartamento caro, e só pensava em chutar a bunda do meu último
semestre. Formar mais cedo. Conquistar o mundo surpreendente da moda. Tudo
daria certo.
Ainda assim, senti um nervosismo persistente enquanto arrastava minhas
malas até o apartamento de Nixon no sexto andar. Estava grata pelo lindo lugar
que ia viver, e chegando um pouco antecipada. Se isso o irritar? Como ele se
sentiria em estar preso a uma garota como companheira de quarto?
Tentei silenciar minhas dúvidas, chequei o número do apartamento e bati
duas vezes na porta. Nenhuma resposta. Após mais algumas batidas e mais espera,
tentei a maçaneta e senti que girou. Talvez tivesse deixado seu apartamento
aberto, caso eu aparecesse, enquanto ele estivesse fora? Não querendo esperar no
corredor até ele voltar, coloquei minha cabeça para dentro.
Gemidos femininos imediatamente atingiram meus ouvidos. Meu rosto
corou ligeiramente. Ele tinha deixado um filme pornô ou algo assim?
Provavelmente teria que me acostumar com esse tipo de coisa, se ia morar com um
cara. Os gemidos aumentaram e pareciam mais reais. Havia uma mulher real e ao
vivo aqui? Ah, merda, e se eu estivesse no endereço errado? Arrastei-me para
dentro do apartamento... E finalmente vi meu novo meio-irmão.
Nu como veio ao mundo. Fodendo uma loira na mesa de jantar em plena luz
do dia.
Desejei gritar ao invés disso sufoquei um suspiro. Nixon virou a cabeça com
o ruído. Nossos olhos se encontraram. Esperava que ele fosse gritar ou perder o
bom senso, talvez até mesmo rir. Mas ele só olhou levemente surpreso. Como se o
tivesse interrompido enquanto estava no final de um bom livro em vez de com um
ser humano.
Ele se retirou e virou para me encarar. Sua parceira sentou para ver o que
estava acontecendo. Ela parecia uma boneca Barbie, com grandes seios falsos e
uma longa crina loira oxigenada. Seus olhos fortemente maquiados arregalaram ao
me ver. Mas meus olhos estavam concentrados na virilha de Nixon, na sua longa,
ereção grossa, latejante, mal contida pelo látex liso esticado em torno dele.
— Oi, mana. — disse casualmente.
Só essas duas palavras. O que? Meu cérebro estava explodindo e meu
estômago estava implodindo e ele só disse Oi, mana? Um grito estrangulado me
escapou, e fugi para o corredor como um coelho aterrorizado. De alguma forma
consegui segurar minhas malas em vez de arremessá-las na cara dele.
Por pura sorte, encontrei o quarto de hóspedes vazio e bati a porta atrás de
mim. Meu rosto estava pegando fogo. Eu tinha agido com indignação. Mas em outro
nível, algo mais primitivo, arranhando acima da vale do meu ventre, tudo o que
havia testemunhado estava queimado em minha mente.
Não conseguia parar de lembrar da cena que encontrei quando entrei. Como
poderia algo tão enorme caber dentro de alguém? O único cara que eu tinha
dormido não chegava perto do tamanho de Nixon. Os gemidos daquela mulher
eram tão altos, e o pau de Nixon brilhava com a umidade quando se virou para me
encarar. Ela devia estar se sentido bem. Incrível, mesmo. A bunda dele estava tensa
com a força de seus golpes duros. Com um pau assim, acho que ele mal teria que se
mover para fazer uma mulher gozar. Mudei de um pé para o outro, tentando aliviar
a tensão, reunida entre as minhas pernas, o lustroso poliéster do meu macacão
deslizando por minha pele. Por que de repente eu estava tão ciente dessa
sensação? E quando ficou tão quente aqui? Meus braços nus estavam arrepiados
por causa do ar condicionado e ainda me sentia suada.
Minha atenção animou ao som de vozes abafadas na sala de estar. Será que
eles iam continuar de onde pararam? Nixon não parecia se importar com minha
presença, e não me pareceu que eles tinham acabado. Uma parte muito pequena,
muito vergonhosa de mim, queria que continuasse para que pudesse ouvir tudo.
Puta merda, o que estava errado comigo? Aquele cara lá fora, com o corpo mais
perfeito e o maior pau que já tinha visto, não, não Cale a boca, faz parte da minha
família. Mas eu ainda não conseguia parar de ouvir.
As vozes continuaram por um minuto, muito calmamente escolhendo suas
palavras. A voz profunda de Nixon definitivamente estava fazendo a maior parte da
conversa. Persuadindo-a a voltar para cima da mesa? Pedindo desculpas pela
interrupção embaraçosa? Então alguns passos abafados e o clique de uma porta se
fechando. Seu brinquedo deve ter ido embora essa noite.
Assustei-me com uma batida na porta do meu quarto. Depois que tinha me
esforçado para ouvir os sons distantes de sua conversa, o barulho tão perto soou
alto e acusatório. Merda! Claro, ele quer falar comigo enquanto estou sentada aqui
comendo ele com os olhos mentalmente. Corri para ajeitar o rabo de cavalo, tirar a
poeira inexistente do meu macacão oliva Kate Spade, tudo para adiar a entrada
dele.
— Espere! — disse.
A porta se abriu. Nixon não fez uma tempestade, não gritou ou fez uma
carranca, mas a raiva que saia dele era impossível de confundir. Eu dei um passo
para trás, e sem perceber a parte de trás dos meus joelhos colidiram contra a
armação da cama. Um arrepio me percorreu, a cama, estávamos no meu quarto, eu
estava no apartamento dele, e não podia dizer se era medo, excitação ou pura
adrenalina. Sua energia masculina dominou completamente o quarto pequeno.
De repente me surpreendeu o quão grande ele era. Quão alto, largo e
musculoso. Ser fodida por Nixon deveria ser como ir a um parque de diversões,
andar numa montanha-russa, gritar e ter seu coração batendo muito forte. Ele
ainda cheirava a sexo e suor almiscarado, dos momentos antes de ser
interrompido. Seu jeans desbotado montava baixo em seu quadril saliente,
revelando a borda inferior de oito gomos em seu abdómem e o início de um escuro
caminho da felicidade. Sua camiseta gola V manga curta pendia sob seus peitorais
musculosos. Estava impresso na parte da frente: “O Único Dia Fácil Foi Ontem.” Eu
disse a mim mesma, estava apenas lendo a citação em vez de olhar para seus
músculos. Tanto quanto eu apreciei o homem vestido, não pude deixar de perder o
seu aspecto nu.
Ele cruzou os braços sobre o peito enorme, os olhos azuis de gelo me
perfurando. Era absurdo, mas naquele momento, cada um dos seus bíceps
expostos pareciam tão grande quanto minha cabeça. Eu poderia sentar-me na
dobra do seu braço como um balanço na varanda? Poderia ele me segurar pela
cintura enquanto me fodia contra a parede? Então percebi que estava me olhando,
ele disse algo, e eu precisava parar de pensar com meu clitóris. Eu pisquei para ele
como uma idiota.
— Desculpe o quê?
— Isso não vai funcionar. — ele repetiu.
Certo. Estava aqui por dez minutos, e já estamos tendo problemas de
colegas de quarto. Concordei, limpei a garganta na tentativa de limpar minha
mente.
— Não poderia concordar mais. — respondi. Ele pareceu um pouco
surpreso por um segundo, como se estivesse esperando mais discussões. Mas sua
expressão endureceu novamente quando continuei. — Não quero ver essa merda
quando chegar. Se eu for viver aqui, você não pode trazer mulheres estranhas e
transar por todo o apartamento. É nojento.
Esforçando-me para olhar em seus olhos, cruzei meus braços e endireitei
minhas costas para igualar a postura dele. Ele não podia mais viver como um
homem das cavernas. E se eu tivesse que estabelecer a lei, mais cedo ou mais tarde,
podia muito bem ser agora.
Capítulo 3
l
Nixon
Tudo que pude fazer foi ficar olhando. O que diabos ela disse para mim?
Metade de mim queria estrangular minha nova irmã... A outra metade queria
fodê-la sem sentido.
Agora que tive a chance de dar uma boa olhada para ela, vi que tinha imaginado
errado sobre o que ela usaria: um estranho macacão verde escuro, sem mangas.
Mas de alguma forma, ela conseguiu fazer com que parecesse bom. As partes que
não eram suavemente cobertas por tecido só chamavam a atenção para a pele
macia. O pálido pescoço praticamente implorava para ser mordido. Com seus
saltos baixos e cintura alta, as pernas dela pareciam ter cerca de dez milhas de
comprimento. Até os mais inocentes detalhes batiam direito no meu pau. Eu
imaginei os lábios com gloss rosa fazendo beicinho ou abertos com prazer, as
unhas rosa, segurando os lençóis da cama ou arranhando minhas costas, seus
dedos dos pés curvando enquanto ela gozava duro. Quão próximo sua buceta
perfeita estava dessa cor rosa chiclete?
Porra! Fique concentrado em seu objetivo, Nixon. Não importa quão
fodível ela pareça, eu tenho que me desligar de suas besteiras agora. Uma garota
malcriada não ia entrar aqui e mandar em mim. Eu balancei minha cabeça
bruscamente, ao olhar para ela.
— Desculpe, mas esta é minha casa e meu pau. Vou usar os dois como bem
entender.
— Ser colegas de quarto não funciona desse jeito! — ela reagiu. — Eu tenho
o direito de comer, dormir e fazer minha lição de casa aqui. Este lugar é meu,
também.
Ela nem sequer hesitou. No mínimo, eu tinha que admirar a contragosto sua
coragem. Mas isso era tudo.
— Se tenho algo a dizer sobre esse assunto é, esta não é a sua casa.
Ela vacilou por um segundo e, depois me olhou com coragem renovada.
— Seu pai apenas casou com a minha madrasta, lembra? — ela ergueu seu
polegar e o mindinho para imitar um telefone e um falso soluço. — Boo hoo, Nixon
não para de esconder prostitutas no apartamento. Não é minha culpa se tenho de
viver com ele. Por que ele é tão cruel? — a voz dela voltou ao normal. — Reclamo
com a Cynthia, ela reclama para Russ, e Russ vai se arrastar de tão longe para cima
de seu alvo.
Eu levantei um dedo. — Certo, em primeiro lugar: nunca mais chame Pam
de prostituta novamente. Ela é uma garota legal. Na verdade, é uma mulher adulta,
o que significa que pode foder com quem quiser. Mesmo se não fosse minha amiga,
não merece seus insultos banais. Então amadureça. — fiz uma pausa para apreciar
o olhar de choque no rosto de Avery. — Consegue ver o esquema aqui? Como as
outras pessoas vivem a vida sexual delas não é da sua conta.
— Se torna da minha conta quando você e sua amiga. — ela cuspiu a palavra
como se estivesse tentando tirar o gosto de sua boca. — Rolam nus por toda parte
da casa. As pessoas têm de comer na mesa!
Eu ergui minhas mãos. — Então vou limpar quando terminarmos. Solução
fácil. Ainda bem que tivemos esta conversa.
— Isso não é nem perto do que eu quis dizer, e você sabe disso! Todas as
suas... Coisas precisam parar. Sem vadias aleatórias no apartamento. Sem sexo
quente em cada superfície horizontal. — ela jogou os pulsos em um gesto rápido de
não, fazendo um sinal sonoro com suas pulseiras e agitando seu peito. Que droga.
— É só um semestre. Eu não vou transar também, então acho que você vai
sobreviver.
Eu não conseguia decidir, se queria rir ou socar a parede. Como diabos eu
manteria meu pau seco por mais de sete semanas? Mais catorze semanas, se contar
a missão de treinamento que fui atribuído para depois que terminasse minha
licença. Eu estava esperando desde Novembro passado e nada no mundo poderia
me manter por mais um segundo. Mas tive que admitir, meu pai tinha interferido o
bastante no meu negócio por um dia, e realmente prefiro que meu apartamento
não vire uma zona de guerra. Não queria estar constantemente em desacordo com
Avery... Então eu tinha um dilema nas mãos.
Mas e se a solução estivesse olhando para mim? Meus lábios se curvaram
enquanto olhava para Avery com uma nova intenção. Se eu não tinha permissão
para trazer mulheres estranhas em casa, e ela não estava fazendo sexo com
alguém... Talvez nós poderíamos matar dois coelhos com uma cajadada.
Deixei meus olhos cair em seu corpo novamente. Era lindo, e provavelmente
não tinha chegado a uma boa sessão suada de foda, em um tempo, ou talvez nunca.
Eu ficaria mais que feliz cumprindo essa função. Mas por outro lado, a
personalidade dentro desse corpo parecia dura como uma tábua... Mesmo que suas
roupas fossem caras, não entendi o sentido dela ser arrogante. Mas tudo era sexy,
quem era eu para reclamar sobre isso? Ela se cuidava e gostava de sentir-se bem
arrumada. Etiquetas de grifes polvilham suas roupas e as pulseiras de ouro em
cada braço me diziam muito. Sua veia explosiva foi uma boa surpresa; Ela
provavelmente pesava 54 quilos, mas não hesitou em repreender um Fuzileiro
Naval construído com tijolos, uma parede de dois metros. Um cara não conhece
esse tipo de garota todos os dias. E tenho que dizer, mesmo me irritando um
pouco, gostei do que vi até agora, e quero ver mais. Não tivemos muita chance de
interagir durante nossa semana na fazenda. Agora que estamos vivendo juntos, eu
definitivamente não me importaria de conhecê-la melhor.
A linha de raciocínio descarrilou quando Avery retrucou. — O quê? Eu disse
algo engraçado?
Fiquei a encarando em silêncio. — Não, só pensando. — eu disse
lentamente. Dane-se, a única maneira de descobrir o que está em cima da mesa é
pedir. — Então o que propõe?
— Hein? Eu não acabei de dizer o que quero?
— E eu disse que era ridículo. Mas desde que você aparentemente não
estava escutando, vamos esclarecer algumas coisas. — levantei minhas
sobrancelhas para ela até ter certeza que ia ficar em silêncio. — Passei nove meses
com as tropas. Você entende o que isso significa? Trinta e seis semanas sob fogo
inimigo, assando vivo em algum deserto abandonado com apenas minha mão para
me fazer companhia. — ela piscou seus grandes olhos verdes. Minha nossa. Se o
nível de franqueza tinha ofendido sua delicada sensibilidade, ela estava em um
mundo completamente diferente. — E depois eu estive visitando a família na
fazenda. Você se lembra dessa parte. Não é exatamente uma oportunidade
privilegiada para caçar buceta. — seu rubor inocente me fez querer pressionar
mais ainda. Quão vermelhas eu poderia fazer essas bochechas ficarem? Segurando
as minhas mãos nas costas, dei meio passo mais perto, inclinado ligeiramente para
frente para enfatizar a diferença de altura entre nós. Seus cílios longos, enrolados
vibraram, e ela molhou os lábios, respirando quase imperceptivelmente mais
rápido. Eu tinha feito o palpite certo; Ela era uma dessas mulheres que gostava de
ser comandada, comecemos com a vibração de macho alfa. Em um tom
perigosamente baixo, concluí. — Então eu estava planejando passar os próximos
dois meses me re-familiarizando com as bucetas... Quentes... Molhadas.
— Por que você está me dizendo isso? — ela finalmente rangeu. Seus olhos
eram enormes piscinas no rosto vermelho brilhante.
— Por que aquela coisa anterior com Pam mal conseguiu me descontrair.
— meus lábios arquearam em um sorriso duro, com fome. — Você disse que vamos
viver juntos por um semestre inteiro. Isso é o que, quatro meses, do caralho? Nós
dois precisamos de um pouco de diversão, e posso te dizer agora que minha mão
não vai acabar com isso. Então, se não quer que eu transe com outras mulheres por
todo apartamento... Que tal ajudarmos um ao outro? — meu sorriso se tornou
lascivo.
— Você... Quer... — ela gaguejou. As emoções brilharam em seu rosto,
rápidas demais para contar choque, desejo ou raiva. — Isso é nojento. Você é
nojento! Somos praticamente parentes! — seu tom subiu para um grito. — Saia do
meu quarto!
Então, é raiva. Merda. Talvez esse não fosse o melhor momento.Peguei sua
sugestão educada e virei meus calcanhares. A porta bateu atrás de mim tão
depressa que quase pegou minha bunda na saída.
Não havia nada que eu pudesse fazer, mas levei minhas bolas tristes para o
chuveiro e me masturbei. E agora, nem tentei me impedir de imaginar Avery
debaixo de mim. Esses quatro meses vão ser longos.
Capítulo 4
Avery
Nixon
Apesar de ter saído do banho um pouco mais calmo, ainda não tinha
nenhuma estratégia. O que diabo ia fazer com essa garota? Meu pai disse para ser
hospitaleiro, então alimentá-la seria um bom começo. Nada pode realmente dar
errado num jantar.
Vesti uma calça e fiz um inventário rápido da geladeira e despensa; Não
queria ir à loja novamente. Tortilhas de milho. Um saco de camarão congelado,
arroz, salsa e abacate. Tostadas de mariscos e arroz espanhol? Isso era bom, certo?
Mesmo se não fosse ela provavelmente não se importaria, de alguma forma,
duvidava que houvesse boa comida no estilo Baja6 em Londres. Mas o que ela
gostava de beber? Consegui encontrar uma garrafa de vinho branco de só Deus
sabe quando... Claro, qualquer coisa. Vinho sempre era uma boa opção para beber
amigavelmente com as mulheres.
Andei em volta da cozinha por mais um tempo, distribuindo um par de
pratos na mesa do café da manhã, assim não teríamos que comer onde eu tinha
acabado de espalhar as pernas da minha vizinha. Então cortei um limão, espremi
na minha cerveja Corona geladinha e cai na frente da TV. Eu tinha que falar com
Avery eventualmente, mas com certeza não queria começar outro jogo de gritos.
Esperaria para começar a cozinhar até que ela saísse de sua toca.
Apenas quando pensei que ela tinha morrido, ouvi passos no corredor. Me virei no
sofá.
— Ei, você...
O que eu estava dizendo mesmo?
6
“Baja é praticamente uma mistura entre as culinárias mexicana, americana e espanhola”.
Avery estava vestindo um biquíni. Não era o biquíni mais escandaloso que
eu já tinha visto, longe disso na verdade, dado que as coisas eram bem animadas
nas praias do Sul da Califórnia. Mas era muito sexy. Essa era uma garota que sabia
como escolher roupas que mostravam suas curvas perfeitamente.
Eu nem sequer tentei evitar de olha-la. Que homem poderia resistir uma
visão assim? Mas ao mesmo tempo, eu não era um menino estúpido que não
conseguia ler a atmosfera. Ela provavelmente ainda estava assustada com o que
aconteceu anteriormente, e a última coisa que eu queria fazer era recomeçar a
argumentar mais uma vez. Então guardei meus comentários para mim e disse.
— Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as sete, você estando aqui ou
não.
— Oh. Hum... Tudo bem. Obrigada... — ela pareceu surpresa, mas não
perdeu tempo, se retirou imediatamente.
Considerei uma sessão improvisada de punheta, tendo como protagonista
Avery na praia como uma garota poderosa, depois optei por uma segunda cerveja
em vez disso. Ela provavelmente esqueceria sua bolsa ou qualquer outra coisa, e
enlouqueceria com a visão de um homem segurando seu próprio pau.
Um pouco depois das seis, desliguei o decepcionante jogo de futebol na TV...
Comecei a cozinhar. Assim que levei o arroz e tomate para ferver, a porta da frente
foi aberta. Bem na hora... Ela era mais obediente do que eu esperava. Ou talvez
estivesse com muita fome para se preocupar em mostrar seu ponto de vista.
— Ei. — ela disse enquanto desaparecia no corredor. Uma única palavra,
não era grandiosa, mas aceitei isso como um progresso.
O chuveiro ligou e deligou; a porta do quarto abriu e fechou. Quando ouvi os
passos novamente, chamei.
— O jantar está pronto.
— Você esterilizou a mesa? — ela respondeu. — Existe qualquer outro lugar
neste apartamento que eu deva evitar tocar?
Evidentemente sua insolência tinha voltado enquanto estava fora. Com uma
calma forçada, respondi. — Eu limpei. Não vamos comer na mesa, de qualquer
forma. Use o raio dos seus olhos.
Ela zombou, silenciosamente, tocando na garganta, parecia que isso vinha
pré-programado em todas as garotas da faculdade. Eu quase poderia imagina-la
revirando os olhos, mas ela arrastou o banco sentando-se no seu lugar e se
estabelecendo de qualquer maneira. Resistindo ao impulso de fazer uma
observação sarcástica optei apenas por servir a comida.
Por quase dez minutos, focamos na nossa refeição em silêncio. Pelo menos a
roupa dela não era tão perturbadora; Ela havia mudado para uma legging e uma
camisa de colarinho branca.
— A comida está boa? — finalmente perguntei.
Ela assentiu com a cabeça. — Está ótima. Obrigada...
Mais um minuto se passou e eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça.
— Você parece diferente.
Suas sobrancelhas franziram — O quê?
— Quando nos conhecemos na fazenda. Você parecia meio britânica.
— Oh... Hein? Eu não mudaria tão rápido. — ela retirou outra colherada de
arroz. — Deve ser porque estou rodeada do sotaque sulista da Califórnia
novamente.
Depois de mais uma rodada de silêncio constrangedor, coloquei meu garfo
na mesa. Foda-se. Isso estava ficando doloroso. Precisávamos falar sobre nossa
situação de vida, se ela ia fingir que não havia nada de errado, então só tinha que
forca-la.
— Avery. — disse categoricamente. Ela olhou para cima, e continuei. — Eu
sei que nossa conversa anterior não foi boa.
Ela bufou. — Isso é certeza.
Estreitei os olhos, mas continuei. — Nós precisamos conversar sobre as
regras de colegas de quarto ou apartamento ou o que você quiser chamá-lo. Que tal
nós afirmarmos um recomeço?
Ela cruzou os braços. — Bem. Por onde você quer começar?
Estou tão feliz que tenha perguntado Senhorita Perfeita. Bem-vinda a bordo.
— Em primeiro lugar, há apenas um banheiro. Então você não pode deixar
suas coisas femininas penduradas por todo o lado. Não quero ver um milhão de
frascos de shampoos no banheiro, ou qualquer absorvente espalhado no balcão.
Eu sabia que era um pouco mesquinho, mas foda-se. Um homem não pode
deixar o pau bloqueado tão facilmente.
— Bem, desde que o grande homem viril esta tão ofendido pela biologia
básica feminina, é uma coisa boa que eu não menstrue. — ela retrucou.
— Sobre o que você está falando? Você é uma dessas malucas que fazem
controle de natalidade com remédios? — perguntei. Não fazia ideia do porque
perguntei, não era da minha conta. Mas... Havia algo em seu tom, sangrando
através da resposta, e a expressão dela era séria... Até mesmo sombria.
Ela olhou para baixo. Eu esperava que me dissesse para cuidar da minha
vida, mas ela não fez.
— Eu... Tinha células cancerígenas. — ela murmurou.
Espera. Que diabos?Isso definitivamente não era a conversa de jantar casual
que esperava. Tomei um gole profundo da minha cerveja enquanto lutava por uma
resposta. Maldição. Como já tinha conseguido errar novamente? O que poderia
dizer para uma confissão tão pessoal?
— Não quero dizer que tinha tipo, câncer, câncer. — ela prosseguiu, me
salvando de ter que inventar uma resposta. — Mas foi isso que matou a minha mãe.
Então quando encontraram células malignas, quando eu tinha vinte anos, tive que
decidir o que fazer. Eu poderia passar por uma pequena cirurgia, e correr o risco
do câncer voltar um dia, ou conseguir uma histerectomia completa. Apenas... Tirar
tudo antes que pudesse se espalhar.
— Jesus. — eu disse e imediatamente desejei não ter feito.
Quanta perspicácia. Nixon, seu idiota inútil.Eu tinha visto Avery como uma
menina, um incômodo imaturo com todas as preocupações de uma garota normal
da faculdade, quando ela já tinha enfrentado algumas coisas difíceis. Ela viu sua
mãe morrer, percebeu que a mesma coisa poderia acontecer com ela, e se recusou
a tomar seu destino desistindo. Fora da minha linha de trabalho, quantos jovens de
vinte e um anos foram forçados a confrontar sua própria morte assim?
Ela assentiu com a cabeça algumas vezes, mais para ela do que para mim.
— Minha mãe foi diagnosticada quando tinha vinte e três anos, logo depois que me
teve,ela não tratou rápido o suficiente... Morreu quando tinha trinta e um. Não
queria cometer o mesmo erro. Cheguei à conclusão que a infertilidade não era um
preço tão alto a se pagar. Se eu quiser filhos, posso sempre adotar. — ela brincou
com o último pedaço de comida. — Pelo menos posso planejar viver tempo
suficiente para criá-los.
Sem pensar, estendi a mão para colocar sobre a dela. Toda a ousadia na qual
normalmente confiava tinha dissolvido. Eu ainda não sabia o que dizer, então disse
calmamente.
— Sinto muito.
Avery olhou surpresa, mas não recuou. — Eu... Não se preocupe. É passado. — ela
sorriu. —Meio que acabei com o humor agora. — balancei minha cabeça, abri a
boca para dizer que não era um problema, mas ela interrompeu. — Então o que é
ser um fuzileiro? É realmente tão perigoso quanto às pessoas fazem soar?
— Pode ser. — respondi. — Mas nós treinamos muito, para nos
certificarmos de que estamos preparados para qualquer situação. — tirei minha
mão de cima da dela para assinalar itens com os dedos. — Natação e mergulho,
combate armado e desarmado, armar e desarmar explosivos, rapel, navegação,
pequenas unidades táticas... Demora mais de um ano para conseguir o tridente. E
então você treina uma especialidade que é destinada a complementar as
habilidades dos seus outros parceiros. Nunca termina.
Ela assentiu lentamente. — Uau. Parece violento.
Eu ri. — É muito brutal. Mas gosto disso. A adrenalina, a maneira que estou
constantemente me testando é disso que preciso... Além disso, sirvo o meu país. —
lembrando a pergunta que na verdade ela fez, diminuí. — Devo explicar que os
fuzileiros representam o mar, ar e terra. A Marinha originalmente criou fuzileiros
para reconhecimento secreto nas áreas costeiras, mas hoje, iniciamos ataques por
terra e ar. Somos especializados em ambientes extremos: desertos, selvas,
montanhas, tundras7. Você provavelmente ouviu falar sobre isso no noticiário, mas
era uma equipe do SEAL8 que pegou o Osama Bin Laden. Fazemos missões,
matamos ou capturamos alvos terroristas específicos, resgatamos reféns, paramos
a atividade de milícias...
A expressão de Avery se transformou em admiração. — Então você é tipo,
um herói na vida real.
— Oh Deus, não. Não diga isso. Eu estou apenas fazendo meu trabalho. — eu
tinha tomado o resto da minha cerveja; Provavelmente a última pela noite. — Se
sou alguma coisa, é um masoquista. — antes que ela pudesse continuar com essa
7
Tundra é um bioma no qual a baixa temperatura impede o desenvolvimento de árvores. Existem três
tipos de tundras: tundra ártica, tundra alpina e tundra antártica.
8
SEAL. É a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos.
admiração de herói novamente, mudei de assunto. — Você está estudando coisas
de moda, certo? Parece que você se dá bem com isso.
Ela riu. — Sim, coisas de moda. Eu amo roupas e maquiagens desde que
estava no ensino médio. Era algo que eu e minha mãe gostávamos de fazer juntas,
só não quero deixar isso acabar. — foi incrível como de repente o rosto dela
iluminou.
— Então o que vai fazer com isso depois se formar? — perguntei.
Ela baixou a cabeça. — Se eu pudesse levar meu hobby e fazer uma carreira
nisso... Não consigo pensar em nada que prefiro fazer para viver. O que eu
realmente quero é começar um Blog de moda. Não para celebridades, elas já têm
ajuda mais do que suficiente. Apenas para pessoas comuns. — seu sorriso suavizou
em uma estranha doçura. — Mães, senhoras, adolescentes descobrindo quem elas
querem ser. Garotas da minha idade que estão trabalhando por um salário mínimo
e vivendo de macarrão instantâneo, mas ainda querem um pouco de graça em suas
vidas. Todo mundo merece se sentir bem e definir como pretendem se mostrar,
não importa quanto dinheiro ou tempo livre tenham. — ela parou, subitamente
auto consciente, lançando seus olhos para mim e depois para longe. — Mas você
provavelmente acha bobagem 'coisas de moda'.
— Ei, eu estava só brincando. — acenei ligeiramente com a mão em um
gesto de acalme seu coração. — Não posso dizer que entendo o que há de tão
mágico nisso, mas você obviamente se importa, então... Isso é importante. Parece
que você está dando duro para fazer seu sonho acontecer. Tenho de respeitar isso.
Ela piscou, como se tivesse esperando que eu tirasse sarro dela, então deu
um grande sorriso brilhante dessa vez. — Você precisa de ajuda para limpar a
cozinha?
Eu balancei minha cabeça. — Não. Só vou jogar tudo na máquina de lavar
louça.
Percebi tarde demais, que ela tinha feito uma oferta de paz. Mas não parecia
ofendida. Enquanto ela tomava o último gole de seu vinho, comecei a recolher
todos os pratos e panelas sujas, ainda tentando me acostumar a ter outra pessoa
no meu espaço. Parece que a gatinha tem seu lado fofo, quando as garras não estão
para fora. Na verdade, provavelmente não pôde obter um sem o outro; a mesma
natureza apaixonante que a tornava feroz também a fazia afetuosa. Ela ainda era
um pouco ingênua e inocente, mas era engraçada ao invés de irritante.
Pela segunda vez hoje, me ocorreu que eu queria saber mais sobre ela. Foi
uma sensação estranha. Meu trabalho exigia um estilo de vida que não combinava
bem com coisas típicas de namoro, então a fase de conhecer um ao outro não era
algo que alcancei muitas vezes. Mas eu estava preso com Avery pelos próximos
meses. Então por que diabos não?
Capítulo 6
l
Avery
Depois do jantar, me sentei no sofá da sala com Nixon, segurando uma taça
de Chardonnay gelado. Eu estava começando a ficar cansada, talvez um pouco
tonta, mas a tensão começou a aliviar entre nós e não queria deixar que isso
terminasse ainda. Como é que um dia que tinha começado com meu meio-irmão
nu, transando, sem mencionar o argumento insano logo em seguida, ao fim acabar
com a gente conversando durante o jantar como amigos?
Geralmente nunca falava sobre a morte da Mamãe, especialmente em minha
primeira conversa com alguém. Mas por alguma razão... Só não consigo definir
qual, senti como se pudesse confiar nele. Ele não me decepcionou, mesmo que não
tivesse conhecimento o bastante para me responder.
Não conseguia esquecer a maneira como seus olhos iluminaram quando
falou sobre ser um fuzileiro. Sua devoção era tão intensa, mas tinha vislumbrado
um lado humilde, doce também, quando ele tinha dispensado meu elogio
admirado. Definitivamente não esperava que se importasse com minha paixão por
roupas bonitas. Mesmo que seu trabalho fosse bem mais sério, me ouviu falar
sobre minha carreira como se moda fosse tão importante, quanto prender
bandidos e salvar vidas.
No entanto, a atmosfera calma logo se tornou tensa novamente. Nixon
estava inclinado para frente no sofá, com os cotovelos sobre os joelhos, deixando a
cerveja dele oscilar precariamente entre seus dedos.
— Ainda há uma última coisa que precisamos conversar. — ele disse.
— Essa regra de 'nenhuma mulher estranha no apartamento'... Esta brincando,
certo?
Engoli meu gole de vinho e balancei minha cabeça com firmeza. — Ainda
estou cem por cento séria.
— Bem, então estou muito sério na minha oferta de antes. — ele olhou para
mim, com olhos arregalados. — Eu sou um homem de sangue quente, Avery. Já te
disse que passei nove meses no Oriente Médio, e a única ação que tive foi com a
minha própria mão. Então, eu vou foder alguém e ponto final. Se vai viver comigo
até se formar e não quer que outras mulheres venham aqui, então... — seus lábios
arquearam e ele deu de ombros. — Há uma solução fácil. Temos dois participantes
dispostos sentados bem aqui.
Fiz uma carranca, ignorando a centelha de calor que cintilou no meu ventre.
Essa merda de novo? Estava começando a pensar que ele havia aprendido a lição,
mas estava claro que seria demais esperar por isso.
— Dois participantes dispostos? Talvez queira contar novamente. Use os
dedos se ajudar.
Um sorriso mal puxou a boca dele quando balançou a cabeça lentamente.
— Vamos lá. Eu vi você olhando meu pau mais cedo.
Todas as células do meu cérebro gritavam um impasse. Abri minha boca
para negar, chamá-lo de estúpido, pervertido ou responder com algo inteligente,
qualquer coisa. Mas nem uma única palavra saiu.— Você fez questão de dar uma
boa olhada, antes de sair em disparada. Agora, por que uma mulher jovem e
saudável faria isso? — ele levantou suas sobrancelhas para mim. — Hum? Será que
você nem mesmo tem necessidades físicas?
Eu finalmente desengasguei. — Patético, não precisa falar sobre mim e
minhas necessidades na mesma frase.
— Você não precisa ficar na defensiva. — ignorando completamente o meu
balbuciar, ele continuou. — Isso não precisa ser uma grande coisa. É só sexo. — ele
virou-se para mim, seus olhos ardentes, e me senti aquecendo novamente. — Sem
compromisso. Sempre que quisermos. — fiquei muda novamente. Ele colocou sua
cerveja na mesa do café e relaxou no sofá. — Em minha opinião, seria uma vitória.
Estive com muitas mulheres para saber o que diabos eu estou fazendo. — sua mão
deslizou até a parte superior da coxa. Eu engoli incapaz de olhar longe seu zíper.
Isso era apenas uma dobra em seu jeans, ou era seu pau duro? — Eu posso te fazer
gozar tão forte que vai esquecer seu nome.
— Pare. — resmunguei. Eu não quero ouvir mais. Ou melhor, eu queria
desesperadamente ouvir mais, mas não queria querer isso.
Ele acenou com a mão quase ociosamente. — Bem, enfim, meu ponto é: nós
podemos aliviar nossa tensão. E você pode ter sua zona livre de sexo. — ele pegou
sua garrafa novamente e tomou mais um gole de cerveja. — A oferta está em cima
da mesa. É tudo o que vou dizer. Quando você decidir, sabe onde eu estou.
Sim, eu sabia. Sabia exatamente que ele estaria não mais do que um metro
de distância, não me deixando esquecer as imagens que colocou na minha mente.
Desfilando seu lindo corpo na minha frente. Despindo-me com seus olhos. Mesmo
agora, sentia o cheiro fresco de sabão masculino. Era diferente do almíscar
anterior, mas ainda intoxicante. Como me concentrar em alguma coisa quando
podia sentir sua presença no ar como uma promessa de vida sexual? Como poderia
levar uma vida normal com Nixon permanentemente na borda da minha
consciência?
Mais importante, porque ainda não tinha dito a ele para ir para o inferno? Já
devia estar andando pelo corredor agora, gritando e batendo a porta do meu
quarto. Meu cérebro devia estar de férias. Essa era a única explicação para o
porquê ainda estava aqui, ouvindo a proposta louca de Nixon com olhos
arregalados e o queixo caído. Tínhamos feito uma conexão inesperada, durante o
jantar mais cedo, mas todos os pequenos momentos de conversa franca no mundo,
não podiam fazer bem a essa ideia.
— Você é basicamente meu meio-irmão. — consegui finalmente cuspir.
— Isso não estragaria tudo?
Ele encolheu os ombros. — Se somos parentes, é só mais pela remota
possibilidade técnica. Então... Não, não realmente.
— Sim, realmente! — eu estava ficando frustrada. Como poderia ele ainda
não me entender? Era como se nós dois estivéssemos olhando para a mesma lasca
de pintura e vendo duas cores diferentes. — Cynthia é minha madrasta, então
quando se casou com Russ, ele se tornou meu padrasto. Faça as contas.
— Quanto a Emma e Ford? Ninguém se importou e eles estão juntos.
— Eu, hum...
Honestamente, eu não tinha pensado muito nessa situação. Simplesmente
aceitei como as coisas estavam. Mas era verdade que, no papel, eles eram mais
estreitamente relacionados do que eu e Nixon...
Eu balancei minha cabeça. Essa linha de pensamento era perigosa;
Precisava voltar essa conversa para os trilhos.
— Isto é sobre nós, não eles. — insisti. — Não importa o que você pensa. Eu
o considero meu meio-irmão, então não há mais nada a dizer.
Talvez se dissesse muitas vezes, ele começaria a acreditar, e a parte
responsável do meu cérebro acordaria e afugentaria todos esses pensamentos
sujos.
— Hm... Justo. Ainda, porém, não é como se estivéssemos quebrando alguma
lei. — não respondi, e Nixon esfregou o queixo proeminente, quieto por um
momento. Então ele perguntou abruptamente. — Com quantos homens esteve?
O que? A indignação me rasgou, me deixando pasma e piscando para ele
como um peixe fora d'água. Como ele sai perguntando algo assim? Como ele ousa!
Quando tomei fôlego para gritar que não era da sua maldita conta, o que saiu foi:
— Um.
Um sorriso francamente pecaminoso enrolou lentamente em seus lábios.
Ele parecia um gato que tinha visto um pássaro com a asa quebrada. Como se me
tivesse bem onde queria, e brincaria comigo em seu tempo livre.
— Sério? — ele murmurou. — Nesse caso... Posso mostrar coisas que você
apenas sonhou. — sua vozbaixou até perto de um gemido. — Você ficaria tão
apertada ao redor do meu pau, Avery. Eu provavelmente teria que trabalhar a
abrindo com meus dedos primeiro, até que estivesse encharcada, tremendo,
desesperada por mim. Então eu iria deslizar devagarinho, deixando que você
sentisse cada polegada, antes de fazer com força... Você não saberia o que a atingiu.
Eu quase engasguei. Cada palavra passou em linha reta entre as minhas
coxas com calor latejante. Nixon lambeu os lábios perversamente e minha buceta
doía, querendo tanto sentir aquela língua percorrendo meu clitóris. Querendo
aquele pau longo e grosso para me preencher até que não pensasse em nada além
do prazer. A parte de mim que considerava vergonha essa situação com meio-
irmãoestava à beira de ser expulsa do lugar do condutor. Tanto que se Nixon
tocasse meu joelho, minhas pernas poderiam se abrir. Se ele subisse em cima de
mim agora, eu deixaria, imploraria, dando a ele tudo que tinha.
Abortar, abortar! Meu cérebro gritava comigo. Eu tinha que tomar o
controle, agora, ou meu corpo não me daria outra chance. Saltei, colocando o meu
copo de vinho na mesa de café tão rápido que quase o derrubei.
— É tarde. — gaguejei. — Eu vou dormir. Sinto muito.
Sem esperar por sua resposta, fugi de Nixon pela segunda vez nesse dia.
Nem sequer olhei para trás enquanto corria pelo corredor. Eu realmente não
estava arrependida, mas ainda queria ver a reação dele. Eu não sabia o que seria
pior: ele franzindo a testa com decepção, encolhendo os ombros em bem seja o que
for,ou olhando avidamente para minha bunda. Não conseguia lidar com isso agora.
Bebi muito vinho, viajei muito, muito sol, muita testosterona em um espaço muito
pequeno. A verdade estava aqui: nada sobre esta noite era minha culpa.
E outra vez, tentei desculpar por meus hormônios enlouquecidos. Mas
quando tinha escovado os dentes e vestido meu pijama e me aconchegado debaixo
dos lençóis de seda suave, e percebi que na verdade não tinha dito não para Nixon.
Capítulo 7
Nixon
No dia seguinte, meu alarme disparou às quatro e meia da manhã. Vesti uma
calça de moletom e uma camiseta velha, enchi minha garrafa de água e caminhei
até à praia de Coronado, para encontrar com meu companheiro de equipe Logan
para nossa corrida regular de 16 quilômetros.
Agora era o horário mais calmo deste lugar. A praia o calçadão e suas lojas
estavam quase desertos. O sol não nasceria na verdade por mais uma hora e meia,
mas o horizonte brilhava alaranjado, e o frio do ar estava perfeito para exercício
difícil. Movi para onde Logan estava se aquecendo perto do portão.
— O que se passa? — perguntei. — Fazendo algo interessante com o seu tempo
livre?
— Não. — resmungou, terminando seu alongamento. — Está pronto para ir?
Eu ri um pouco. Eu conhecia Logan quase minha carreira inteira da
marinha, e ele nunca foi de desperdiçar palavras. No geral, era um cara legal,
confiável, equilibrado, difícil, mas pensativo. No passado, eu tinha resolvido alguns
problemas pessoais com seus conselhos, ou apenas pensava em voz alta ao redor
dele.
— Quando estiver pronto.
Logan se levantou e começamos a correr. Durante cinco ou dez minutos, o
único som era dos nossos tênis batendo na areia molhada, o barulho das ondas e
algumas gaivotas gritando à distância. Normalmente falamos um pouco nos
primeiros 12 quilômetros ou mais, antes de realmente pouparmos nosso fôlego e
nos concentramos em queimar o restante do percurso. Eu definitivamente tinha
um tema em mente para hoje. Mas não sabia o que dizer sobre a minha nova
companheira de quarto, ou que tipo de resposta que queria de Logan. Então deixei
cair em silêncio confortável.
— Minha nova irmã Avery acabou de se mudar. — disse depois de um
tempo.
— Fez sem aviso prévio. — Obrigado por isso, pai. Logan não disse nada.
Mas sua cabeça virou ligeiramente, então continuei. — Este é seu último semestre
na UCSD, então estará fora da vista novamente em janeiro próximo, mas...
Eu parei. A sua curta estadia seria boa ou ruim? Ainda mal sabia como me
sentia por este acordo. Por um lado, queria foder Avery até perder o juízo desde
que nos conhecemos, ela tinha conseguido despertar meu interesse ainda mais. De
outro lado, fiquei como um convidado que fizeram regras estúpidas em relação a
sua vida privada.
Depois que ficou claro que não ia completar a frase, Logan disse. — Sim.
Boa sorte, eu acho.
Eu dei uma risada sem humor. — Para mim ou para ela?
— Para qualquer um. Você já viveu com uma mulher antes?
— Eu me alistei logo após a escola. Então depois de viver sob o teto do meu pai fui
direto viver na Marinha. — levantei minha cabeça para olhar para ele. — Que
diferença faz? Não é como se não entendesse as mulheres.
Ele balançou a cabeça. — É diferente. Compartilhei minha casa com uma
amiga. Não por muito tempo, embora. — sua expressão tornou-se sombria. — Ei...
O que você vai fazer depois dos SEALs? Vai deixar a Marinha?
— Não sei. — não esperava por esta súbita mudança de assunto, muito
menos uma pergunta tão absurda. — Claro que não. Você me conhece. Eu amo cada
maldito segundo. — onde mais eu poderia conseguir o mesmo tipo de adrenalina,
aquela camaradagem e fluxo concentrado que vinha com o trabalho em equipe no
meio do perigo? — Quando eu ficar velho demais para o serviço ativo, apenas me
juntarei a uma Equipe Reserva do SEAL, ou uma Unidade Especial de Guerra Naval
ou algo assim. Ainda não tenho certeza.
— Você nunca pensa em casar ou ter filhos?
Eu dei uma casca de riso. — Lembra com quem você está falando? — então
olhei para Logan, percebendo que poderia tê-lo humilhado. — Não que essas coisas
sejam ruins. Por que, você quer?
— Às vezes. Mesmo que não tenha feito, ainda quero a opção, sabe? — ele
parou por um momento. — Já reparou que todos os caras em nossa equipe são
solteiros? Há uma boa razão. Ninguém realmente quer um SEAL. Não em longo
prazo, de qualquer maneira.
Eu bufei — Então estou imaginando todas aquelas prostitutas de
marinheiro na minha agenda.
Não que teria muita chance de bater quaisquer daqueles traseiros por um
tempo.Ele deu um grunhido negativo, uma mistura entre o ceticismo e a decepção.
— Tenho certeza de que são ótimas garotas, mas todas estão atrás de uma
noite. Elas só querem uma boa transa e se gabar sobre ganhar um SEAL. Qualquer
mulher que esteja interessada em algo mais do que isso... É esperta o suficiente
para ficar longe dos rapazes neste tipo de trabalho. Quem casaria com alguém que
vive com um estilo de vida como o nosso?
Ouvir Logan derramar sua coragem assim foi bizarro. Nunca soube que ele
tinha sequer considerado se casar, muito menos se preocupasse tanto com isso.
Mas desconsiderei. Não estava preparado pensar em um namoro sério, muito
menos casamento.
Em silêncio novamente, terminamos nossos 16 quilômetros só quando o sol
apareceu no horizonte, e em seguida, caminhamos de volta para minha casa com
calma. Conforme nos aproximamos do condomínio, avistei uma figura familiar,
encostado em uma das colunas da entrada, estava Fox, outro companheiro nosso.
Ele estava jogando algo no seu celular, mas colocou no bolso quando nos viu
chegando.
— Ei, vocês finalmente terminaram de desperdiçar o tempo? — gritou.
— Tivemos um ótimo treino, obrigado por perguntar. O bebê já dormiu? —
respondi.
Ele me mostrou o dedo, e eu ri. Aos vinte e três anos, Fox era o mais velho
do nosso time, e nunca deixamos ele nos chatear a respeito disso. Mas ele sabia
como fazer uma piada. Ele deveria, já que ele estava sempre fazendo isso.
— Pode rir filho da puta. Enquanto vocês dois estavam correndo em
círculos, eu estava me despedindo. — Fox agarrou sua virilha, deixando claro
exatamente o tipo de despedida que tinha dado. — A senhorita mais gostosa que já
conheci. Ela parece com Salma Hayek.
— Tenho certeza de que sua boneca inflável vai estar lá quando você voltar.
—Logan disse com uma cara séria.
Fox e eu começamos a rir. Era tão raro Logan se inclinar ao nosso nível que
a simples surpresa sempre era hilariante. Mas era cedo e pessoas normais ainda
estavam dormindo, então mandei todos calarem antes de irmos para dentro.
Eles me seguiram pelo corredor e subimos as escadas para o meu
apartamento. Quando abri a porta da frente, ouvi a água correndo no banheiro.
Hein... Avery deve estar no chuveiro. Nunca pensei que uma menina da faculdade
acordaria tão cedo em um sábado.
Fox levantou as sobrancelhas. — Você tem uma amiga?
— Minha nova irmã está morando aqui agora. — eu disse. — É uma longa
história. Vamos comer primeiro.
Ele olhou em direção ao banheiro de novo, quase especulativamente, então
deu de ombros. — Funciona para mim. Estou muito faminto.
Bufei com a maneira com que Fox arrastou para fora aquela última palavra
em um gemido. Você pensa que ele nunca come exceto quando está por aqui.
— Então sanguessuga, você pode fazer as batatas.
Fox resmungou, mas começou a lavar e cortar as batatas para fazê-las fritas.
Cortei alguns bifes de presunto enquanto Logan oleava e aquecia duas frigideiras
de ferro fundido. Era bom voltar à nossa velha rotina de licença: uma corrida antes
do amanhecer para fazer o sangue circular, seguido de um pequeno almoço,
explodindo em gargalhadas e vadiando por aí juntos. Talvez fôssemos jogar algum
jogo no videogame ou o basquete mais tarde e, então procurar alguns bares depois
de escurecer. Mesmo que não pudesse trazer mais mulheres para cá,
provavelmente não seria muito difícil conseguir uma mulher para me levar para
casa dela. Isso ainda era um pé no saco, no entanto... Eu sempre preferi a minha
cama.
Quando quebrei o último dos oito ovos na frigideira pequena, a porta do
banheiro rangeu. Todos três olhamos para ver Avery saindo.
Uma Avery muito nua.
Seus seios redondos perfeitos eram maiores do que eu esperava mais
atrevido. Mamilos perfeitos endurecidos em picos... Um estômago liso e macio,
quadris levemente bronzeados, afilando-se para coxas magras. Aninhado entre
aquelas coxas... Uma buceta lisa, completamente nua.
Pelo amor de deus.
Todos ficaram em silêncio chocados, incapazes de mover um músculo ou
fazer qualquer coisa além de beber no modo de exibição. Mesmo que pudesse ter
sido apenas uma fração de segundo, pareceu uma eternidade até ela finalmente
reparou em nós. Com um grito de pavor, abraçou-se em uma vã tentativa de se
encobrir e fugiu pelo corredor. Seu belo traseiro firme balançou apenas
ligeiramente enquanto correu para o quarto.
Nosso feitiço quebrou quando a porta bateu atrás dela. Girei para encarando
meus amigos antes que qualquer um deles pudesse dizer uma palavra. Logan
pegou a dica e rapidamente voltou ao trabalho de fritar os bifes de presunto,
embora seu rosto estivesse uma poeira vermelha.
Fox nem se quer moveu seu sorriso de satisfação. — Uau, Nixon, você
realmente tem... — começou.
— Tem certeza que quer terminar essa frase? — rebati.
Sua boca fechou tão rápido, que ouvi os dentes dele clicarem juntos. Bom,
pensei, a criança pode aprender.
Minha mente estava uma bagunça de excitação e raiva. Eu ainda estava
repetindo essa breve vislumbre do corpo de Avery, várias vezes, incapaz de
acreditar quão sexy e perfeita ela estava. Nunca seria capaz de esquecer um único
detalhe. Assim que estivesse sozinho, provavelmente eu acabaria masturbando
com a imagem, até que meu pau estivesse dolorido demais para continuar. Mas eu
não era o único homem aqui que tinha visto suas curvas sensuais. Eu não era o
único homem que sabia como era Avery nua, a cor exata dos seus mamilos rosados
e cada polegada de sua pele cremosa, a pinta logo acima de sua nádega direita, das
linhas bronzeadas do biquíni que tinha visto ontem, em torno de seus seios e
virilha. Eu odiava isso.
Não me lembrava da última vez que tinha estado tão irritado. Mesmo que
Fox e Logan fossem meus amigos mais próximos, senti como se estivesse a cinco
segundos de espanca-los até que tivessem sofrido apenas danos cerebrais o
suficiente para apagar o que tinham visto. Uma voz na minha cabeça sussurrou
distante da razão, calma cara, isto é um exagero. Mas eu mal podia ouvi-la sobre o
fluxo de sangue em meus ouvidos.
Lavei minhas mãos rapidamente e joguei a espátula de omelete para Fox.
— Eu já volto. Não deixe os ovos queimarem. — disse enquanto caminhava
para o quarto de hóspedes. Parece que eu e minha querida irmã precisamos ter
uma pequena conversa.
Capítulo 8
l
Avery
Quando acordei, a fina luz brilhando através das minhas cortinas ainda era
um lilás anêmico. Olhei cansada para o despertador, e gemi quando vi que era só
cinco e meia. Tempo nem sequer deveria existir numa manhã de sábado. Eu enrolei
para voltar a dormir, com a intenção de pelo menos mais três horas.
Mas meu subconsciente já tinha girado em ação. Eu não conseguia parar de
pensar na proposta maluca de Nixon de ontem à noite. Meu corpo não me tinha
traído assim desde... Bem, possivelmente nunca, mas definitivamente desde o
colegial. Ainda me sentia quase bêbada, como uma adolescente derretendo com
algumas fantasias de seu primeiro beijo. Não.
Depois de tentar desligar meu cérebro por cerca de dez minutos, desisti e
sai da cama. Esta vigília irritante claramente não ia embora. Talvez um bom banho
quente ajude de alguma forma, acalme, me deixando entender essa bagunça, ou
ambos. Sempre posso tirar um cochilo de tarde se precisar. Ainda de pijama, espiei
o corredor e vi que a porta do quarto de Nixon estava fechada. Ele ainda devia estar
dormindo... Como uma pessoa sã. Tirei minha roupa e entrei no banheiro.
A explosão de água quente me aliviou quase instantaneamente. Enquanto
ensaboava meu cabelo, tentei bolar um plano para hoje. Nixon não podia mais
continuar levando seu plano, eu não o conhecia bem, como abordá-lo? Melhor
manter isso profissionalmente. Só negócios. Deixá-lo saber que não gosto de suas
brincadeiras.
Desliguei a torneira, limpei o vapor do espelho e comecei a pentear meu
cabelo. Esse chuveiro realmente tinha feito algum bem depois de tudo. Senti-me
solta, revigorada e pronta para assumir o mundo, ou pelo menos uma conversa
muito estranha. Olhei ao redor procurando por uma toalha e não encontrei nada.
Porcaria. Durante esse motim contra as regras de Nixon "nada feminino", tinha
pendurado meu shampoo e estava muito distraída por meus pensamentos para
verificar até mesmo a toalha antes entrar no chuveiro. Mordi meu lábio,
considerando as opções. Bem... Ainda assim, era 06h00min no sábado, certo? Ele
provavelmente não estava acordado.Voltar furtivamente ao meu quarto não seria
grande coisa.
Eu andava nua no corredor...
Grande. Erro. Maldito.
Nixon estava na cozinha. Com dois homens estranhos. Todos me encararam.
Gritando de horror, corri para meu quarto e bati a porta atrás de mim. Eu
tinha que me cobrir. Corri para colocar meu roupão, as mãos trêmulas com choque
e constrangimento. Meu coração estava batendo tão alto que mal ouvi, mas
definitivamente havia uma conversa na cozinha. Eles estavam rindo de mim? Quem
diabos eram outros caras? Será que alguma coisa funcionaria em meu favor
enquanto estivesse morando aqui, ou devo abandonar a esperança agora?
A porta abriu novamente e assustei. Nixon entrou depois de mim,
carrancudo.
— O que diabos foi isso? — ele exigiu.
Meu rosto estava pegando fogo. Senti-me como um cervo paralisado.
— Não sabe bater? — rangi.
— Fiz uma pergunta.
Absolutamente assustada por sua invasão e sua expressão irritada, gaguejei
uma resposta. — Eu... Esqueci minha toalha...
— Ah, é isso? Você deu aos meus amigos um bom show para adicionar ao
seu banco de fantasias masturbatórias. — sua voz era um rosnado baixo,
combinando para manter a conversa de ser ouvida. — Agora não tenho nenhuma
chance no inferno de mantê-los longe de você. Não que ia ser fácil antes.
Ele estava tão ridiculamente irritado, que a minha raiva deflagrou em
resposta, dominando minha paralisia por um momento. — O que você está falando
mesmo? Quem são eles? E por que eles perderiam a cabeça por causa disto? Se
alguém deve ficar louca aqui, sou eu.
— Eles são meus companheiros, Fox e Logan.
Quando ele não continuou, percebi que ele achou que tinha explicado.
— Hum, certo. — isso respondeu à minha pergunta de segunda, mas nem
chegamos perto da primeira. Balancei minha cabeça e abri minhas mãos em um
gesto, e daí? . Minha próxima pergunta só saiu. — Por que você se importa que me
vejam?
Ele levantou suas sobrancelhas como se eu tivesse sendo estúpida.
— Colegas de equipe, Avery. Nós fomos enviados juntos. — eu só fiquei
olhando para ele até que continuou. — Eles não veem uma mulher em nove meses.
Ah. Agora entendi. Será que todas as garotas com um irmão mais velho têm
que lidar com esta porcaria superprotetora? Cruzei meus braços e dei meu melhor
olhar mortal.
— Controle-se. Eu sou sua meia-irmã, não sua filha de quatorze anos de
idade. Sou perfeitamente capaz de decidir com quem namoro, — só para irritá-lo
ainda mais, adicionei. — e com quem eu durmo.
— É mesmo?
— Cale-se! Você não pode puxar do ato 'em questão grande irmão' em um
momento e tentar-me foder no próximo!
— Não sei por que não. — ele surtou. — Agora vista alguma roupa. De
preferência calça de moletom ou uma camiseta de gola alta ou algo assim.
— O que? Em agosto?
Mas ele já tinha batido minha porta atrás dele. Sentei na cama, muito
zangada. Bolas qual era o problema? Se não o conhecesse, poderia chamar isso de
ciúmes.
Em seguida, me levantei outra vez e fui para o meu guarda-roupa. Bem, eu
só teria que dizer a Nixon onde ele poderia enfiar suas opiniões, e sabia
exatamente como fazer isso. Escolhi a roupa mais provocante, contudo ainda
casual: um short curto Daisy Dukes que mal cobria minha bunda, um top branco
apertado sem sutiã. Então passei um pouco de bronzeador e sombra nude nos
olhos para uma luz natural ao olhar. Isso vai mostrar-lhe o que penso de suas birras
estúpidas.
Meu estômago roncou com o cheiro de fritura do café da manhã. Tentando
esquecer meu desastre anterior, respirei fundo, cavei fundo para encontrar minha
coragem e fiz meu melhor passo para a cozinha.
— Desculpe por isso, rapazes. — anunciei.
Nixon parecia que tinha engolido um limão. Segurei uma risada maléfica.
Oh, você não gosta da minha roupa? Boa sorte em gritar comigo sobre isso sem
parecer um idiota na frente de seus amigos.
— Não há nada que se desculpar. — disse um dos outros homens. Havia
uma melodia inconfundivelmente de paquera na voz dele. Ele parecia quase ter a
minha idade e a de Nixon, com um corpo Impressionante e um sorriso brilhante.
O segundo tipo só balançou a cabeça, os olhos colados aos meus. Foi quase
engraçado quão duro ele estava tentando não olhar para o resto de mim. Do tipo
forte e silencioso, hein? Ou talvez apenas tímido.Ele era visivelmente mais velho que
o cara que tinha falado primeiro. Seu rosto estava sério, no entanto, era calmo e
gentil, que de alguma forma minimizou o fato de que ele estava ainda mais suave
do que Nixon. Não pensei que isso fosse possível.
Nixon deu um tapa na cabeça do primeiro cara e falou sobre seu comentário
indignado. — Esse idiota é Fox. O que sabe ter bons modos é Logan. Pessoal, esta é
Avery. — a introdução já parecia relutante, e então acrescentou significativamente.
— Lembrem-se, a nova meia-irmã que lhes falei.
Eu queria revirar meus olhos. Por quanto tempo Nixon ai manter essa
merda de marcação de território machista? Em vez disso, dei um belo sorriso para
os dois homens. Estava muito ocupada em pânico para obter uma boa olhada neles
antes, mas ambos eram muito quentes em sua própria maneira. Um inabalável e
educado, o outro enérgico e um pouco impertinente. Como a diferença entre um
Saint Bernard e um Border Collie. Mesmo se não tivesse provocando Nixon estaria
interessada em falar com eles. Desde que ele estava visivelmente irritado... Iria
matar dois coelhos com uma cajadada.
— Muito prazer! — chiei. — Nixon já pode ter dito, mas eu vou para UC San
Diego. Vou morar aqui até me formar em dezembro. — então estarei fora daqui.
Balancei em direção as frigideiras amontoadas. — Precisa de alguma ajuda com a
comida?
Logan finalmente anunciou. — Terminamos, mas obrigado. Você quer
comer conosco?
Aceitei a oferta dele antes que Nixon pudesse dizer qualquer coisa.
— Se você tem espaço para mais um, parece ótimo. Estou com muita fome.
Isso não era mesmo uma mentira, estava há mais de uma hora, e só a visão
de toda a comida estava dando água na boca.
Nixon parecia um pouco irritado por eu ter estragado sua festa masculina,
mas não fez nenhum movimento para me impedir. Sentei-me a mesa de jantar
quando os três homens começaram a transferir o seu café da manhã da cozinha.
Logo a mesa de jantar gemeu com uma montanha fumegante de presunto frito
batatas e ovos mexidos. A enorme porção quase não deixou qualquer espaço para
os pratos.
Eles começaram com conversa fiada na tentativa de me incluir. Mas logo
entraram em uma gíria militar estúpida que me deixou totalmente perdida.
BOHICA9? FUBAR10? Sala de diversão e monster mashes11? Sneak12 e peek13, Evasão e
Fuga, rope-a-dope14... Dizem o quê?A testosterona no ar era quase irresistível. O
pouco que pude entender da conversa é que era cheia de palavrões, piadas sujas e
anedotas de combate. Eles recordavam e riam sobre o perigo de arrepiar os
cabelos como se fosse uma divertida excursão ao zoológico. Sentindo-me um pouco
ignorada, desisti de tentar acompanhar e me concentrei apenas em comer. Que
provavelmente foi uma jogada inteligente, o grande volume de calorias que já
tinham comido era incrível, e eles podiam acabar cavando embaixo de minha parte
se eu não fosse cuidadosa.
— Ei, Avery. — Fox disse de repente. — Você conhece Nixon há uns dias,
certo? É estranho estar vivendo com alguém que é basicamente um estranho?
Peguei um bocado enorme de presunto, e murmurei, — Hein? — da forma
menos sensual possível.
Nixon grunhiu. — A única coisa que é estranha por aqui é o seu rosto, Fox.
— Meu rosto é o favorito e você sabe disso. Está com ciúmes da minha
aparência atraente.
Finalmente consegui engolir acompanhado de um copo de café. — Nós, nos
conhecemos há algumas semanas. Estava visitando seu pai em Montana depois que
9
Bohica: Gíria para indicar que uma adversa situação que está preste a se repetir. “Incline-se, aqui vem
ele novamente”. Muito usado entre os militares, especialmente a marinha.
10
Fubar: Gíria militar da Segunda Guerra Mundial, “fodido além de todo o reconhecimento”.
11
Monster mashes: Duas pessoas feias fazendo sexo.
12
Sneak: Uma pessoa considerada furtiva, que apronta silenciosamente e de forma clandestina.
13
Peek: Espiar furtivamente de um esconderijo.
14
Rope-a-dope: Uma estratégia para parecer fraco para convencer um adversário para atacar e cair em
uma armadilha.
ele se casou com minha madrasta. Então passou... — escolhi minhas próximas
palavras com cuidado. Por mais tentador que fosse rasgar Nixon, também não
queria lidar com mal humor infinito mais tarde. — Temos que resolver algumas
coisas.
Eu não pude evitar olhar para Nixon, julgando a reação dele, vi os olhos de
Logan percorrer entre nós ao mesmo tempo. Quanto a isso... Parece que o bebê tem
uma babá.
—Bem, se você estiver interessado em conhecê-lo melhor, eu tenho algumas
histórias bizarras sobre Nixon. — Fox deu um sorriso torto, mostrando suas
covinhas. — Eu adoraria contar lhe algum dia.
Eu tive que rir da terrível insinuação. — Sou toda ouvido.
Nixon empurrou abruptamente sua cadeira. — Para a próxima. — ele
interrompeu. —Vocês me dão uma mão com os pratos?
Logan se levantou, sacudindo a cabeça para Fox, que franziu a testa, mas
obedeceu. Os três homens marcharam de volta para a cozinha, me deixando
sozinha na mesa, empurrei o resto do ovo em torno de meu prato... Mais uma vez
pensei como ia sobreviver ao semestre.
Quando Cynthia originalmente sugeriu para morar aqui, ela fez parecer que
teria o apartamento inteiro para mim, desde que Nixon estava fora em missões
militares. Foi por isso que Russ apresentou a ideia em primeiro lugar. Mas desde
que eu tinha entrado pela porta, Nixon invadiu cada polegada quadrada do meu
espaço pessoal, praticamente sem parar. Para não mencionar os outros dois caras
enormes que acabaram de ver cada polegada quadrada de mim, a parte traseira e a
frente. As coisas provavelmente seriam diferentes, se ele não tivesse de licença.
Mas eu estava meus nervos espedaçados.
Talvez preciso afastar por um tempo. Esconder-me no meu quarto para dar
espaço para ambos respirar. Mesmo se Nixon não utilizasse disto, eu seria capaz de
me reorganizar... Ou até mesmo descobrir como obter a vantagem. Lutando para
recuperar um senso de calma, levei minha caneca de café meio cheia para meu
quarto, insistindo para mim mesma que não estava a fugindo novamente.
As próximas horas passaram rápidas e ao mesmo tempo lentas. Enganei-me
organizando meu material escolar para segunda-feira, desembalei a última
bagagem, reorganizei as coisas, enquanto mantinha minhas orelhas sempre em
direção à animação na sala de estar. Eventualmente a porta da frente abriu, então
fechou, e o apartamento ficou quieto. Fox e Logan tinham desaparecido. Eu não
tinha certeza se Nixon tinha saído, também, ou só se fechou em seu quarto. De
qualquer forma, fiquei agradecida pelo indulto. Sua masculinidade constante era
muito perturbadora.
a
Para a primeira semana do meu semestre, me dediquei a evitar
Nixon como uma praga. Tomei meu café da manhã a caminho da aula, estudando
na cafeteria por horas a fio, e jantei fora com meus amigos. Nas raras ocasiões em
que ia para casa para nada além de dormir, fiz meu melhor para ficar no meu
quarto. Só me aventurei na cozinha para comer quando ouvia a porta da frente
bater ou ligar o chuveiro. Eu estava um pouco orgulhosa das minhas técnicas de
distração, mas ainda irritada por precisar usá-las em tudo. Era absurdo me
esconder do meu colega de quarto, como um ladrão. Como é que eu ia continuar
assim por mais quatro meses?
Pelo menos havia vantagens para viver como uma eremita. Na quinta-feira,
eu já tinha terminado toda minha leitura para as próximas duas semanas. Eu decidi
ter uma noite de folga. Com tudo o que tinha passado ultimamente, eu merecia um
pouco de mimo.
Depois do jantar, fui para casa para um banho rápido e me enrolei na cama,
ainda vestida com o meu roupão macio. Apoiei-me em alguns travesseiros e puxei
meu leitor de livro. Meu autor favorito tinha lançado seu romance há quase um
mês, mas como a minha vida, estava de cabeça para baixo, eu ainda não tinha lido
muito ainda. Mas a sorte estava ao meu lado esta noite. Parecia que a história
estava finalmente ficando interessante:
Não havia nenhum escândalo responsável por um guerreiro ferido Jayla
tentou dizer a si. Ela tinha comprado a habilidade de Garrett como mercenária para
reconquistar o trono do seu pai. Era justo que ela limpasse os ferimentos doloridos
em seu serviço. Seu senso de realeza não tolerava nada menos. Mas os dedos dela
tremiam em seu corpo, o brilho do suor na luz da fogueira.
Oh... Eu quase poderia imaginar os músculos magros e tensos de Garrett. Ele
era esquisito, como Nixon? O mercenário "sexy" foi apresentado a caminhar de
volta ao início e há muito que esqueci exatamente como ele era. Definitivamente
cicatrizes de batalha, apesar de tudo. Nixon tinha alguma cicatriz? Eu não vi
nenhuma, mas talvez tivesse ocupada demais olhando seu pau para notar. Forcei
minha atenção de volta para a história. Droga tinha pulado alguns parágrafos sem
perceber.
Ela não podia negar o que ela sentia por Garrett, ou deixar de reparar como
ele olhava para ela. Seria tão fácil deixar se levar o que ambos queriam. Mas ela
tinha prometido se casar com Duke Wagnaf em troca de sua ajuda. Quando ela fosse
mais uma vez a princesa de Orvany, ele se tornaria o príncipe.
Naquele dia, porém, foram muito longe. Agora, Garrett estava próximo.
Ela inclinou-se em seu toque, sua ousadia surpreendeu os dois. Garrett não
perdeu tempo colocando-a abaixo do fogo. Seus lábios se encontraram no primeiro
beijo selvagem de muitos. Sua mão escorregou sob a saia e ela engasgou com sua
habilidosa tortura. "Por favor", ela implorou, "Eu estou mais que pronta”.
Minha respiração veio um pouco mais rápida, deixei uma mão vaguear,
deslizando em meu roupão imitando do toque de Garrett. A outra mão manteve
rolando a tela:
Jayla gemeu quando ele a encheu. Suas estocadas rápidas, com certeza
atingiram profundamente em seu centro. Foi tão bom finalmente fechar a lacuna
entre eles, um prazer tão intenso, ela mal poderia tomar um fôlego para gritar. Mas
ela gritou. Antes que percebesse, foi se desfazendo em torno dele.
"Não terminei com você ainda, minha senhora," Ele soprou em sua orelha. O
sangue dela agitou novamente na promessa de sua voz rouca. Por apenas uma noite,
ela se rendeu à paixão.
Logo, perdi a noção do tempo, absorta na luxúria proibida dos personagens
e minha própria necessidade de alívio. Pouco a pouco, minha imagem mental de
Garrett se transformou em Nixon, seu cabelo escuro e penetrantes olhos azuis e
corpo esculpido. Quando percebi, estava também longe, longe demais para me
importar.
Capítulo 9
l
Nixon
A princípio parecia que não podia passar sem me livrar de Avery. Mas
depois do almoço no sábado, me virei enquanto lavava os pratos para ver uma
cadeira de repente vazia. Ela DESAPARECEU por quase uma semana inteira. Eu
poderia contar o número de vezes que a tinha visto, em uma mão, uma mão muito
cansada, graças a sua regra de nada de sexo, e por alguma razão desconhecida, eu
estava seguindo. O que diabo estava acontecendo com aquela mulher? Estava
estudando a história do batom, ou seja, lá sobre o que suas aulas eram realmente a
manteria tão ocupada? Ela estava cozinhando metanfetamina em seu quarto? Ou
este pequeno desaparecimento era apenas uma besteira feminina? Minha
curiosidade estava me matando.
Finalmente, na noite de quinta-feira, cheguei em casa depois de me divertir
com Fox e Logan, e encontrei a porta do quarto fechada. Ela nunca fazia isso, a
menos que estivesse escondida lá dentro. Eu arrumei meus sapatos sujos de areia
no suporte e andei para mais perto da porta dela. Podia ouvir barulhos estranhos
lá dentro; Eles eram muito tranquilos, mas ela estava definitivamente em casa. Se
eu quisesse confrontá-la sobre por que estava me evitando, era agora ou nunca.
— Você está viva? — perguntei. Quando nenhuma resposta veio, franzi a
testa. Não tinha como ela não ouvir,comecei a abrir a porta. — Vamos lá, Avery,
precisamos conversar sobre...
As palavras ficaram presas na garganta. Fiquei lá como um idiota,
segurando a maçaneta, incapaz de acreditar no que estava vendo.
Minha meia-irmã estava deitada sobre a cama, com as coxas espalhadas e a
mão enterrada entre elas. Pura luxúria sacudiu por mim e meu pau pulsou
instantaneamente, doloroso. Ela parecia um poster da Playboy roubado direto dos
meus sonhos eróticos. Os olhos fechados apertados, testa franzida, bochechas
coradas de rosa. Seu robe tinha caído aberto para revelar seus mamilos duros e
lábios liso de sua buceta. Trabalhou quase freneticamente, dois dedos brilhantes
mergulhando fundo enquanto esfregava o clitóris com a palma da mão. O som do
seu dedo a fodendo harmonizando com seus gemidos desesperados, ela não estava
clamando em êxtase, percebi através da minha neblina de excitação. Ela estava
frustrada e insatisfeita. Lutando pelo alívio que estava fora de alcance. Ela estava
tão excitada como eu estive todo esse tempo?
Os olhos de Avery piscaram, então estalaram totalmente abertos, quando
olhou mim. Ela deu um grito estridente e puxou o roupão ao redor de seu corpo
lindo.
— O que... Nixon! Que diabo? Por que você nunca bate? — ela gritou,
esforçando-se para amarrar a cinto.
— Eu, hum... Ouviu barulhos vindos do seu quarto. Eu estava preocupado.
— Você realmente pensa que sou burra o suficiente para acreditar nisso? —
ela pegou um travesseiro e jogou, ele caiu perto do meu pé. — Fora!
OK, essa não foi a melhor desculpa que já bolei... Mas eu não vou deixar
escapar esta oportunidade. Seu olhar vacilou enquanto a espreitava mais perto,
prendendo-a com meu olhar animado.
— É mesmo? Parece que você poderia usar alguma ajuda. Eu ficaria feliz em
dar uma mão. — lambi meus lábios. — Ou uma língua.
Os olhos dela escureceram e os meus brilharam. Seus cílios vibraram, ao
olhar para baixo, só por uma fração de segundo, rápido o suficiente que poderia ter
confundido com timidez. Mas não havia nenhuma maneira que ela pudesse perder
a ereção furiosa em meu jeans. Ela estava lutando consigo. Isso significava que
alguma parte dela estava a pensando em minha oferta.
O ar estava tão denso e pesado como uma tempestade. Arriscando-me,
sentei ao lado de Avery na cama, mantendo meus pés no chão. Não a toque, ainda
não. Mas eu estava perto o suficiente para sentir o cheiro de sua excitação. O pouco
espaço entre nós rachou com energia sexual. Logo, eu pretendia fechar essa
distância por completo.
— Você... Eu tinha tudo sob controle. — disse, tentando soar indignada. Mas
a voz dela tremeu e pude ouvir um tom áspero da necessidade. Ela não tinha-se
retirado, nem me mandado sair da cama.
Balancei minha cabeça, incapaz de segurar um sorriso. — Você não pode se
esconder de mim. Eu vi você com um dedo enterrado dentro da sua buceta, se
lembra?
Ela deu o mais baixo, e mais bonito grito constrangedor, que eu já tinha
ouvido. Com um esforço, me forcei a voltar a por as mãos na obra. Por assim dizer.
— Eu sei como é a aparência de mulher quando está gozando, e você não
estava em qualquer lugar perto disso.
Não pude deixar de notar seus lábios rosados quase da mesma cor que seus
mamilos, pressionados em uma linha fina.
— Certo. Como eu poderia esquecer a sua experiência quase divina? Até
você pode aprender algo sobre as mulheres, quando transou o suficiente para
encher uma agenda de telefone. — sou apenas a mais recente nessa grande lista,
elanão tinha que adicionar.
Merda, eu disse o que não deveria. Praguejei silenciosamente amaldiçoando
a boca grande do meu companheiro de equipe. — Certo, concedido, Fox não
mentiu ontem. Eu já tive minha quota de vezes selvagens e loucas. — estendi a mão
para descansar sobre a mão dela. — Agora, no entanto... Tudo o que estou
pensando é em você. — e sua bucetinha linda e apertada, que parece muito boa para
comer.
Se ela tivesse vacilado ou desviado o olhar, teria sido o fim de tudo. Mas ela
apenas me olhava, olhos arregalados e respirando com dificuldade. Como se
tivesse me desafiando a falar. Como um gato de rua, uma coisa meio selvagem, seu
nervosismo perfeitamente equilibrado com sua curiosidade e desejo. Tudo o que
eu fizesse em seguida decidiria tudo. O menor erro poderia desequilibrar a balança
mental e enviá-la pelos ares. Ou lutar, tendo em conta que tinha visto sua maré de
azar ardente.
Tomando mais um voto de confiança, levei seus dedos ainda molhados no
meu nariz. Ela piscou uma expressão intermitente de confusão ao choque, mas não
puxou a mão. Meus olhos fecharam, enquanto inalava seu almíscar doce e
inebriante. Só o cheiro de sua excitação me fez sentir como se tivesse tomado uma
dose de tequila, turvando minha mente e queimando todo o caminho até o
estômago. Meu pau forçou contra meu zíper. Antes que percebesse, meus lábios
tinham fechado em torno de seus dedos. Levei-os fundo, chupando e lambendo
para obter cada gota picante, desejando que pudesse sentir seus sucos na fonte em
vez disso.
Ela choramingou, e quase gemi em resposta. Ah, foda-se, um golpe e eu
estaria viciado. Queria esse doce barulhinho de seus lábios novamente. Seus
olhosestavam enormes, suas lindas jades verde quase eclipsadas pelas pupilas
negra. Ela estava completamente cativada. Todo o julgamento cauteloso em seu
olhar tinha evaporado, deixando somente a luxúria. Pura rendição.
Sabendo que não mentiria agora, perguntei — Quanto tempo faz que você
não goza?
Meus lábios roçaram os dedos dela enquanto eu falava.
Seus lábios entreabriram pegos de surpresa da pergunta. Mas ela não
desviou o olhar. Eventualmente, relutantemente, ela respondeu:
— Muito tempo.
Isso era um crime contra a humanidade. Minha mente estava correndo,
pulando de uma imagem para a imagem em uma névoa de luxúria. A mista
expressão de choque e desejo de Avery quando me viu fodendo Pam. Nosso
primeiro jantar, quando me disse segredos dolorosos sem deixar seu sorriso
valente vacilar. Seu salto no corredor pelada e pingando do chuveiro. Zombando de
mim e flertando com os meus amigos, naquela roupa criminalmente atraente.
Desde sábado passado, senti que estava constantemente duro como pedra, só
esperando a chance de tê-la. Eu tinha intensificado minhas rotinas de treino e
comecei a me masturbar duas vezes por dia, como se fosse um maldito adolescente
novamente, mas ainda não consegui desligar essa obsessão. Mesmo quando saí
para os bares, onde podia ficar com uma vadia qualquer, nenhuma mulher fez meu
sangue pegar fogo como o mero pensamento de Avery fazia.
Certo. Então, tudo o que queria era levá-la a se libertar. Estava prestes a
mostrar a ela que eu era um morto para as fodas aleatórias, sério na minha
proposta desde o primeiro dia. Especificamente, a parte de fazê-la gozar tão duro
que esqueceria seu próprio nome, e então iria continuar, novamente, até que
nenhum de nós pudesse tomar outro segundo de prazer. Uma vez que
experimentasse o que eu poderia fazê-la sentir, estava disposto a apostar que ela
não iria embora.
Ainda segurando o pulso, deixei minha outra mão vaguear até o rosto dela, sem
aviso prévio ao longo de sua mandíbula para seu queixo.
— Se me quer fora daqui, vou embora. Eu prometo. Mas eu também
prometo que... Se não disser não, agora... Vou beijar você.
Ela fez um barulho suave, gutural que apenas mal soou como uh-huh. Era
necessitado e melancólico, quase um gemido e eu não pude resistir por mais
tempo. Minha mão escorregou por trás da sua cabeça, puxando-a para perto.
Inclinei a cabeça e fechei meus lábios no dela.
Sua boca se abriu para mim imediatamente. As nossas línguas quentes
deslizaram uma sobre a outra em uma exploração sensual. Meus dedos
entrelaçados em seu longo cabelo úmido; Ela cheirava a sexo e shampoo floral.
Mesmo após o banho, podia sentir o pequeno vestígio de baunilha do batom que
ela deve ter usado naquele dia. Mordi seu lábio inferior, provocando e degustando
a carne macia, e ela suspirou em êxtase. Seu pequeno corpo se apertava e contorcia
contra mim, tentando se aproximar. Suas mãos agarram nos meus bíceps, então
meus ombros e costas, como se ela não pudesse se decidir onde tocar primeiro.
Incapaz de resistir ao calor beijei com força, a língua patinando ao longo do céu de
sua boca. Minha outra mão deslizou de seu robe para copo e acariciei seus seios
firmes e atrevidos. Ela gemeu e a senti se derreter contra os travesseiros. Esse
beijo era a resposta que precisava, ela queria cada parte tanto quanto eu a queria.
Perguntei-me se ela poderia provar seu próprio sabor nos meus lábios e gemi com
o pensamento.
O pensamento que Avery era minha, finalmente toda minha, era quase
demais para suportar. Logo, iria ouvir seus gritos bem na minha orelha em vez de
através de uma porta. Mas eu não podia simplesmente abrir suas pernas e levá-la
ainda. Mesmo que não precisasse, ela merecia um pouco mais de sutileza do que
isso. Eu queria aproveitar o momento.
Afastei-me e quase perdi minha determinação no olhar perdido no rosto
dela. — Faz strip tease para mim. — pedi tão suavemente, quanto pude
controlando meu pau prestes a explodir. — Quero ver você.
Avery estava preparada e pronta, e nem hesitou. Observando minha reação,
ela subiu de joelhos e desamarrou seu robe. Fiquei olhando avidamente enquanto
escorregou dos seus ombros para revelar o corpo perfeito, que eu tinha
vislumbrado no sábado passado. Desabotoei minha calça, dando um suspiro de
alívio quando meu pau dolorido saltou livre e chutou para fora quando puxei
minha camisa sobre minha cabeça. Deixei ela me olhar por um momento antes de
adicionar.
— Agora se deite de costas e abra as pernas.
Uma vez que obedeceu, me deitei entre seus joelhos me sustentando em
meus cotovelos. Esta seria a minha primeira boa olhada nela, e seria amaldiçoado
se não tomasse o meu tempo.
Ela era rosa, lisa e perfeita porra. Dei ao seu clitóris de uma longa e lenta
lambida de baixo para cima e apreciei seu suspiro alto. Mas não tive paciência
agora para jogar muito por aí, ela provavelmente também não teria. Rapidamente
estabeleci em pinceladas firmes, lado a lado com a parte plana da minha língua,
provocando sua abertura com a ponta dos meus dedos. Tão logo seus ruídos
começaram a diminuir, me dizendo que tinha-se acostumado ao que estava
fazendo, escorreguei um dedo lá dentro até a segunda junta. Depois outro dedo.
Então os passei para provocar seu ponto G, enquanto minha língua continuou
trabalhando em seu clitóris.
De repente ela deu um grito selvagem, cortante e resistiu. As coxas dela
prenderam minha cabeça e suas unhas cravaram no meu couro cabeludo. Seus
músculos internos entraram em espasmos em torno de meus dedos, tão forte, que
não conseguiria puxa-los para fora se tentasse. Continuei com tudo o que tinha até
ela choramingar e me empurrar para longe, dizendo:
— Pare.
Porra mulher, você veio como um trem de carga. Senti um estranho flash de
orgulho territorial. Do nada, pensei no primeiro amante de Avery. O cara que tinha
feito sexo com ela, eu nem o conhecia, mas de repente ele me irritou. Ele já tinha
comido ela? Ele era tão bom nisso como eu? Se algo a julgar pela sua reação
explosiva, a resposta a uma ou ambas dessas perguntas provavelmente era "não".
Uma pena. Mas eu estava aqui agora, e mostraria a Avery quão incrível o sexo
poderia ser.
— Tão sexy. — comentei com as sobrancelhas levantadas. — Você
realmente deve ter estado reprimida. — ela assentiu com a cabeça lentamente, e eu
sorri. Poderia acostumar a vê-la assim. Lambi os meus dedos os limpando e
satisfeito com a forma como ela passou a olhar a minha boca. — Você está pronta
para o evento principal? — perguntei.
Uma sombra cruzou seu rosto. Hesitação. — Eu...
— Ei, está tudo bem. Não quero que esteja insegura. — inclinei sobre seu
corpo para outro beijo, mais gentil desta vez. Então soprei em sua orelha: — A
primeira vez que fizermos isto, vai ser porque você está implorando para montar
meu pau.
Ela estremeceu os olhos vidrados por um segundo. — Certo. — então ela
olhou para baixo entre os nossos corpos para meu pau ainda duro. — Você não...
Quer gozar?— perguntou.
— Bem, eu não me importaria. — a piada caiu um pouco furada; Eu
precisava tanto que doía e estava pingando sobre os lençóis. — Mas não se sinta
como se tivesse que fazer qualquer coisa se não estiver confortável.
— Não, eu estou bem. — seu olhar se manteve arremessando entre meus
olhos e meu pau duro. —Talvez... Eu possa cuidar disso para você?
Eu não poderia acenar rápido o suficiente. Sim, por favor. Ela era tão bonita.
Tão curiosa e excitada, mas ainda tímida demais para dizer "boquete" em voz alta,
mesmo quando estava prestes a fazê-lo.
Sentei-me contra a cabeceira da cama e Avery se ajoelhou entre minhas
pernas. Com olhos e bochechas rosa, enrolou a mão em torno de meu eixo e correu
a língua na cabeça escorregadia. Fiz um ruído gutural que era para ser de apoio,
mas saiu desesperado. Ela balançou a cabeça dela, hesitante no início, depois com
crescente confiança, cintilou a língua em toda a parte inferior sensível e seu punho
apertou e bombeou.
Ficou na pura medida técnica, não foi o melhor boquete que já tive na minha
vida, mas não tinha ideia que a doce princesinha da moda era boa em chupar pau, e
ela estava claramente se divertindo. O ruído que fez enquanto ofegava para
respirar, e a visão de seus lábios brilhantes, deslizando em meu pau era quase o
suficiente para explodir minha carga. Logo, meus gemidos eram apenas por
incentivo. Já podia sentir o calor na minha barriga, chegando a ferver, meus
músculos todos enrijecendo e soltando de uma vez. Tentei dar um desconto; Eu
estava em abstinência por nove meses, insanamente quente por uma semana e
brincando com Avery por quase uma hora. O tempo não estava do meu lado.
— Avery... Eu vou... — minhas palavras dissolveram em um gemido áspero
enquanto ela sugava ainda mais forte. Mordi meu lábio e longos jorros
percorreram meu corpo deixando todo formigando, e ela engoliu cada gota. Antes
que qualquer um de nós pudesse recuperar o fôlego, a puxei em meu corpo para
um profundo e ardente beijo. Meu pau usado se contorceu com o sabor do meu
esperma na boca dela. Eu precisava dar o fora daqui, ou nunca a deixaria.
— Porra. — ofegante. — Foi incrível.
Um sorriso orgulhoso, quase felino contraiu seus lábios. Mas parecia um
pouco sem brilho. Agora que a névoa de excitação tinha começado a diminuir, ela
tinha acordado rapidamente para o que tinha feito. Eu não tinha ideia de como ela
ia acabar se sentindo sobre isso, e minha presença provavelmente não iria ajudá-la
a descobrir isso. Com certeza eu não gostaria de alguém olhando por cima do meu
ombro enquanto lutava com coisas pessoais. Outra razão para eu fazer uma saída
rápida.
— Tenho que acordar cedo amanhã para me encontrar com Logan. — disse
rapidamente. — Caso contrário passaria mais tempo. Mas vou ver você no jantar,
certo?
Ela abriu a boca, então hesitou. Será que ela pensou que eu iria chupá-la e
deixá-la? Será que ela estava machucada? Ou apenas pronta para mais uma
rodada?
Finalmente ela assentiu com a cabeça e disse. — Sim. Vou estar em casa por
volta das cinco e meia.
Ela me deixou levantar e me observava enquanto me vestia. Quando fechei a
porta do quarto atrás de mim, ela disse. — Boa noite! — a voz dela era
inesperadamente alegre.
Não percebi o porquê até que estava de pé na pia do banheiro, lavando os
seus sucos do meu rosto. "Mas eu vou ver você no jantar, certo?" Em vez de se
esconder de mim, como fez na semana passada. Parei meu rosto enterrado em uma
toalha úmida. Eu tinha perguntado a Avery se iria comer comigo. De uma forma
que parecia que estava com saudades dela.
O que tinha de mais... Talvez estivesse.
Capítulo 10
l
Avery
a
Quando cheguei em casa, fiquei surpresa ao encontrar Logan e Fox
relaxando no sofá. Um jogo de basquete soava alto da televisão de tela plana.
Através da janela da sala, podia ver Nixon do lado de fora na varanda, cutucando o
churrasco com o pegador. O cheiro da carne grelhada e fumaça de carvão
flutuavam no ar.
Ao som da porta da frente, Logan se virou e sorriu.
— Ei, Avery.
— Hum... Ei, pessoal. — respondi, esmagando minha decepção.
Nixon tinha esquecido essa festa com todas as emoções de ontem à noite, ou
tinha mentido sobre jantar comigo. Ou é só um cara típicamente idiota que pensa
que um grande encontro em grupo é tão bom quanto uma refeição individual.
Fox no sofá deixou cair à cabeça para olhar para mim de cabeça para baixo.
— Bem na hora! O jogo deve começar em poucos minutos. Exibição de pré-
temporada. Você é uma garota dos Lakers ou Clippers?
Oh, bem. Acho que apenas devo aproveitar a festa. — Como qualquer tipo de
garota. — gritei enquanto me dirigia para o meu quarto.
Joguei minha bolsa em cima da cama, tirei meus dedos das minhas sandálias de
salto de Steve Madden e mudei de minha saia plissada para umas calças capri
macia.
Quando voltei ao fundo do corredor, Logan estava no balcão, derramando
vinho tinto no copo. Podia sentir o cheiro frutado, até mesmo o buque de flores
sobre a fumaça de churrasco do lado de fora.
— Aqui. — ele disse. — Compramos um Merlot, quando fomos à loja de
bebidas.
— Oh, obrigada. Que surpresa agradável. — eu disse verdadeiramente
satisfeita. Nixon não me parecia ser um cara de vinho. Ele deve ter pegado minha
falta de entusiasmo para a cerveja.
— Sem problemas. — respondeu Logan. — Que bom que gostou.
Quando ergui o copo para um gole, meus olhos correram novamente a
silhueta de Nixon na janela. Nem sabia o que queria dizer, e ainda estava louca para
falar com ele. Provavelmente não era super educado pegar a bebidas de Logan e
depois abandoná-la, mas não conseguia concentrar em outra coisa senão Nixon
agora.
Após um minuto de silêncio constrangedor, eu disse, — Acho que vou... Ir
verificar a situação da comida. —Dah. Quão suave Avery.
Mas Logan não pareceu se importar com minha total falta de boas maneiras.
Ele simplesmente abaixou a cabeça e foi recuperar seu lugar no sofá. Ao mesmo
tempo aliviada e nervosa, dei um passo para fora, fechando a porta da varanda
atrás de mim.
Quatro bifes enormes e um pacote de papel alumínio com batatas cobertas
na grelha. Nixon inclinou a cabeça para olhar para mim enquanto vigiava a comida.
Minha barriga tremeu; mesmo com esse pequeno contato visual me senti
explosiva. Com a carga de promessa.
— Então. — ele disse calmamente. — Será que você pensou sobre a noite
passada durante todo o dia de hoje, também?
Calma. Parece que estamos cortando direto no ponto. — Sim. — admiti sem
hesitação.
— Então eu deveria ir para o seu quarto esta noite. — ele respondeu. Foi
uma declaração, não uma pergunta.
Tinha lutado para manter afastada durante a aula, todas aquelas memórias
superaquecidas, mas elas regressaram misturando e me afundando em fantasias.
Mais cedo, me perguntei como teria me sentido se tivesse deixado Nixon
transar comigo. Agora minha chance de descobrir estava aqui. Tão logo que seus
amigos fossem embora... Tudo o que teria que fazer era pedir. Ou implorar.
Apesar da noite quente, sem vento, eu tremia muito. Todas as minhas
dúvidas, minhas perguntas ansiosas sobre o que tudo isso significava e como isso
afetaria nossa relação, de repente me senti muito longe. Enquanto os olhos do meu
meio-irmão estavam em mim, nada mais importava.
Assim quando abri minha boca para responder, a porta se abriu, Fox e
Logan amontoaram na varanda.
Gostava dos amigos de Nixon. Eu realmente gostava. Mas naquele momento,
queria socá-los.
Fox se jogou em uma cadeira da varanda. — Ei, os bifes não estão prontos
ainda?
Se Nixon estava irritado com a interrupção, ele fez um bom trabalho
escondendo. — Eu não sei. Os grãos verdes estão no fogão?
— O que isso tem a ver com o bife? — Fox abriu sua lata de cerveja
Guinness.
— Não há nada. Uma dessas cervejas é para mim?
Torcendo seu sorriso em falsa indignação, Fox olhou entre mim e Logan em
rápida simulação. — Você está vendo isso? Você vê o que ele me faz passar? Não
acumule informações essenciais, cara. As informações querem ser livres.
— Nós simplesmente colocamos. — Logan ofereceu, colocando uma lata no
alto da prateleira do lado da grelha.
— Que diabos, uma resposta direta. Bebida! Obrigado, senhor. — Nixon
entregou os bifes e eles assobiaram bem alto. — Seus serviços para esta grande
nação não serão reconhecidos.
Logan riu enquanto se sentava. Eu teria rido, também, se não tivesse tão
frustrada. Estava presa a um nó o dia todo, e apenas quando comecei a falar com
Nixon, os amigos dele tinham entrado. Quanto tempo tenho que esperar para
terminar nossa conversa? Fox e Logan mostraram todos os sinais de acampar aqui
até que a comida acabasse. Desisti quando Nixon abriu sua lata de Guinness.
Enquanto os bifes chiavam na churrasqueira afastada, os rapazes bebiam suas
cervejas e tentei meu melhor para desfrutar do meu vinho.
Finalmente, Nixon virou a cabeça para anunciar. — Eu vou checar os
legumes e buscar os pratos. Alguém pode tomar conta?
Logan se aproximou da churrasqueira e Nixon entrou no apartamento. Com
um sorriso torto, Fox imediatamente se virou para mim, como se tivesse esperado
para esta janela de oportunidade.
— Ah, Finalmente a sós. — ele ignorou o bufar de Logan. — Há algumas
coisas que você deve saber sobre seu novo meio-irmão.
Imagens de ontem novamente brilharam espontaneamente em minha
mente, e a palavra meio-irmão de repente parecia unhas num quadro negro.
— Então o que você quer ouvir primeiro? Talvez a vez que ele quase foi
preso por atentado ao pudor?
Fiquei boquiaberta. O... O que?
Por cima do ombro, Logan atirou um olhar ilegível para mim. Devo ter
parecido tão chocada quanto me senti.
— Oh, sim. Estávamos todos no restaurante, e nosso pedido estava
demorando muito, então ele foi encontrar a garçonete. Depois desapareceu,
também. Acabou que ele a encontrou, sem dúvida... No beco nos fundos. — Fox deu
uma gargalhada. — Ele tinha tirado e exibido muita coisa bem antes, mas o carma
finalmente o pegou.
Eu estava além de horrorizada. Claro, Nixon estava longe de ser
inexperiente com mulheres, eu soube disso desde que nos conhecemos. Mas nunca
pensei que era um maldito maníaco sexual. Alguém que vivia só para pegar novos
pedaços excitantes de bunda. Alguém que faria qualquer coisa para transar...
Pensei que ele tivesse algum respeito, alguns padrões.
— Também foi naquele ano, onde ele esteve todo obcecado com sexo a três.
— Fox continuou. — Algumas histórias bem legais aqui. Não tenho certeza
qual é a melhor, aquela sobre as contorcionistas ou sobre as gêmeas suecas
idênticas. — ele tocou os dedos nos lábios por um segundo. — Bem, falar sobre as
gêmeas, provavelmentenão é apropriado. Não tenho certeza porque elas
precisavam de mais um, quando elas poderiam jogar ping-pong15 com...
— Fox!
15
Ping-pong: Um ato sexual envolvendo três pessoas. Uma pessoa fica de quatro, enquanto umafode
sua boca a outra fode a buceta ou anús.
Todos nós assustamos até mesmo Logan. Nixon olhou da porta com um
punhado de pratos e um rosto tempestuoso.
— Você quer comprar um bilhete só de ida desta varanda, cara? Posso te
dar um gancho de direita se não calar a boca. — a voz de Nixon era quase um
rosnado.
O sorriso de Fox tinha desaparecido. Ele levantou as mãos em sinal de
rendição meio sério, embora o efeito tenha sido arruinado por ele ainda segurar a
lata de cerveja.
— Está bem, cara. Merda. Toma um calmante.
Mas era tarde demais. O dano já tinha sido feito.
Ontem à noite, quando Nixon tinha sussurrado tão gentilmente, coisas sujas
no meu ouvido, eu tinha pensado que era especial. Pensei que ele me queria. Eu
devia ter adivinhado. Ele era apenas um jogador que perseguia qualquer coisa com
dois seios e uma bunda. Ele havia dito tudo o que eu queria ouvir. Eu tinha
comprado a linha, e o anzol com peixe. Como pude ter sido tão estúpida? Eu estava
realmente assim tão desesperada?
Piscando para conter as lágrimas, engoli tentando firmar minha voz.
— Desculpe. Eu, hum... Sinto uma enxaqueca chegando. Vou me deitar.
Sem esperar por uma resposta, corri para dentro do meu quarto e fechei a
porta.
Capítulo 11
Nixon
a
No dia seguinte, quando estava indo para a cama, notei que a luz
ainda estava brilhando sob porta do quarto de Avery. Bati, e depois de uma longa
pausa, ouvi o seu chamado.
— O quê?
— Posso entrar?
— Sim.
Abri a porta e vi Avery debruçada sobre sua mesa, vestindo moletom e uma
camiseta, com o rosto banhado no brilho de seu laptop. Um livro grosso estava
aberto em seu cotovelo e mais três empilhados nas proximidades.
— Você está ocupada? — perguntei.
— O que lhe parece? — então ela suspirou esfregou sua testa entre o
polegar e os outros dedos. — Estou cansada, desculpe. Eu só estou arrependida de
ter aceitado essa quarta turma. Tenho que entregar um trabalho quarta-feira, e
tenho um milhão de outras coisas para fazer, mas meu cérebro simplesmente
desliga cada vez que olho para esta maldita linha de trabalho.
Fui até ficar atrás dela, me apoiei na parte traseira de sua cadeira de
escritório. — Parece que você precisa de uma pausa.
— Não. — ela gemeu, arrastando a palavra em várias sílabas. — Isso é
exatamente o oposto do que eu preciso. Eu tenho que tomar coragem e acabar com
isso!
— Apenas dez minutos. Isso vai ajudá-la a se concentrar, eu prometo. —
Comecei a massagear seus ombros e ela fez um pequeno, barulho surpreso, que
rapidamente se transformou em um gemido misto de dor e prazer. Eu murmurei,
— Nossa, você está dura como uma tábua.
— Eu não estou... Surpresa... — a vozdela veio em rajadas tensas enquanto
meus dedos cavaram mais fundo nos músculos rígidos. — Estou sentada aqui... Há
cinco horas... Ah, por que você parou?
Sentei-me na cama e dei uma batidinha. — Vamos. A menos que eu continue
todos os nós, simplesmente se espalharão nos músculos novamente, e você estará
de volta onde você começou. — eu não tinha ideia se era ou não verdade, mas fazia
sentido o suficiente.
Sua boca se contorceu em ceticismo. Finalmente, porém, ela saiu de sua
cadeira e colocou a face para baixo sobre a cama. Montei a bunda dela, rezando
para meu pau não fazer uma aparição nos próximos dez minutos, e retomei a
massagens na sua parte superior das costas. Ficamos em silêncio, quebrados
apenas por um chiado ocasional ou suspirar de Avery.
Depois que tinha trabalhado meu caminho até a parte baixa das costas, me
arrisquei.
— Ei.
— Hum?
Houve uma imprecisão sonhadora em seu tom de voz e me perguntei se a
tinha acordado.
Respirei fundo e mergulhei de cabeça na sinceridade. — Na noite de sexta-
feira passada, Fox disse um monte de coisas sobre mim. — quando ela não reagiu,
continuei, — Eu não vou mentir dizendo que nada disso aconteceu. Mas está tudo
no passado. Eu não sou mais aquele cara. — bufei uma pequena risada. — Você
tem que entender que eu era jovem e idiota. Mesmo antes de eu ter o meu tridente,
mencionei que estava fazendo meu treinamento de pré-seleção, e as meninas
faziam fila em volta do quarteirão para tirarem suas calcinhas. Isso não significava
nada para ninguém. Elas só queriam ficar com um SEAL, como se fôssemos troféus
e nós aceitamos as suas ofertas. Inferno, a maioria dos caras ainda agem assim.
Avery não disse nada. Sua respiração veio suavemente, ela nem sequer
abriu os olhos. Mas eu sabia que estava ouvindo cada palavra que disse. O que
mais, ela queria estar convencida. Caso contrário, não teria ficado tão chateada
com o meu passado. Tudo que eu tinha que fazer agora era apenas me concentrar.
— Dormir com alguém foi divertido por alguns anos. Mas eu não poderia
importar menos sobre esse tipo de coisa agora. Tudo isso está no passado. Eu
posso prometer uma coisa. — inclinando para falar em seu ouvido, abaixei a minha
voz a um murmúrio íntimo. — Se fizermos isso, e eu quero dizer realmente fazer
isso... Será só você e eu. Ninguém mais. Eu não compartilho, e espero que você
também não. — meus lábios roçaram seu pescoço, e a ouvi engatar uma respiração.
— Então você não tem nada para se preocupar.
A minha massagem tornou mais suave e mais sensual. Gradualmente
minhas mãos varreram mais para fora, roçando os lados de seus seios através da
fina camisa de algodão. Com uma onda de calor, percebi que ela não estava usando
um sutiã. Espalhei beijos sobre seu pescoço e ombros os tornando cada vez menos
casto. Logo suas bochechas estavam vermelhas e as costas subiam e desciam com
respirações rápidas. Quando me atrevi a correr minhas mãos sob seus seios, senti
que os mamilos tinham endurecido em pequenos pontos, e ela não me impediu.
Queríamos um ao outro. Nós dois sabíamos que não havia nenhuma
maneira que ela não pudesse sentir a dureza pressionando sua bunda bem
torneada. Quando comecei a empurrar sua camiseta para cima, ela se contorceu
virando entre as minhas pernas e ajudou a tirá-la. Minha respiração ficou presa na
visão de seus seios perfeitos. Tinha sido apenas alguns dias desde que tive Avery
pela primeira vez debaixo de mim, mas pareciam meses. Dividido entre o desejo de
me apressar e o desejo de saboreá-la, a despi lentamente, beijando cada polegada
de pele nua. Com exceção de alguns murmúrios suaves de prazer, ela ficou tão
silenciosa quanto um ratinho. Quando estava ajoelhado entre suas pernas, olhei
para ela.
— Tem certeza de que está tudo bem?
Ela assentiu com a cabeça lentamente, suas bochechas coradas e lábios
rosados separados, não queria perder mais tempo. Eu respirei, saboreando o
cheiro de sua excitação, então coloquei o beijo mais gentil possível em seu
clitóris. Ela gemeu e se contorceu. Incapaz de segurar comecei a lamber com
determinação. Logo as unhas deixaram uma trilha de formigamento no meu couro
cabeludo, oprimido, mas ainda desesperado por mais. Pela primeira vez na minha
carreira militar, me arrependi de ter cabelo curto, porque isso significava que ela
não podia meter os dedos no meu cabelo. Seus gritos subiram alto até que ela
quase chorou, cada músculo tremendo quando o orgasmo tomou conta dela. Isso
só aguçou meu apetite, eu não podia esperar mais um segundo para finalmente ter
tudo dela. Me levantei e coloquei meus braços sob os ombros e joelhos.
— O que? — ela murmurou ainda confusa com o prazer.
— Preciso de você na minha cama — eu disse com a voz rouca. Quando me
endireitei, ela rangeu e se agarrou a minha nuca. — Não se preocupe. Eu entendo
você.
Embriagado com desejo a levei para o meu quarto e a deitei. Senti seus
olhos ardentes em mim enquanto corria para tirar minhas roupas. Rolei uma
camisinha e seu suspiro misturou com meu gemido quando alinhei meu pau até
sua entrada e empurrei para dentro, tão lento que senti como uma tortura celestial.
Sua pele já brilhava com um fino de suor. Normalmente gostava de foder por trás,
mas para a minha primeira vez com Avery, queria ver seu rosto. Ver seus longos
cílios escuros tremendo, sua boca aberta enquanto gemia, de modo que soubesse
que ela estava gostando disso tanto quanto eu. Eu nunca tinha trabalhado tão duro
para fazer sexo na minha vida. Não cozinhava para as mulheres ou levava flores ou
lhes mandava massagens. Então, agora, ia perfeitamente saborear os frutos do meu
trabalho. Eu ia assistir Avery desmoronar debaixo de mim. Ela desmoronou de
novo e de novo e de novo. Até que caímos no sono agarrados, com um braço em
volta de sua cintura fina e o outro ao redor de sua cabeça sedosa.
Na manhã seguinte, acordei com a cama vazia, o cheiro persistente de
Avery, e o som distante de água correndo no banheiro. Ela deve ter escapado em
algum momento durante a noite. Talvez se sentisse estranha por transar comigo
novamente, talvez dormir juntos ainda era muito íntimo para ela. Ou talvez ela
tenha acordado antes. Seja qual for seu motivo para me deixar, eu já a queria
novamente. Agora que tinha tido um gostinho de Avery, eu não poderia dar a ela a
chance de mudar de ideia sobre mim. Precisava dela na minha vida, precisava de
seu toque seu gosto e agradá-la todos os dias necessários. Apenas o pensamento de
suas curvas nuas, úmidas e ensaboadas, fez meu pau se contorcer. Sem preocupar
em me vestir, rolei para fora da cama e fui para corredor juntar-me a ela.
Capítulo 12
Avery
Nixon
Depois que Avery voltou para casa, passamos o resto da terça-feira juntos,
então quarta-feira de manhã e à noite. Poucas horas aqui, algumas horas lá, e o
tempo que podíamos roubar entre os estudos de Avery. Parecia estávamos nos
esgueirando, com rapidinhas escondidas como um casal de colegiais, mas não me
sentia tão relaxado e satisfeito em anos. Era incrível como, apenas em poucas
semanas atrás, o pensamento de alguém invadindo meu espaço tinha feito meu
sangue ferver. Agora eu estava feliz que Avery tinha-se mudado e ainda mais feliz
que confiava em mim.
Na quinta-feira a tarde, nós tiramos proveito das aulas só na parte da
manhã de Avery, para ficar abraçados no sofá o resto do dia. Na TV um estúpido
reality show sobre competições de bolo, nenhum de nós estávamos prestando
muita atenção. Meus pés estavam apoiados na mesa do café. Avery estava deitada
na dobra do meu braço, com a cabeça aconchegada no meu peito, respirando como
se estivesse meio dormindo enquanto eu acariciava seu cabelo. Como as mulheres
conseguem ter seus cabelos tão macios? Shampoo especial? Algo a ver com
estrogênio?
— Eu estive pensando sobre algo. — Avery murmurou sem abrir os olhos, e
por um momento absurdo, pensei que ia ler a minha mente. — Onde você
aprendeu a cozinhar?
Flexionei meus dedos em seu cabelo ondulado, passando delicadamente as
pontas dos meus dedos sobre o couro cabeludo e senti quando ela tremeu um
pouco.
— No serviço militar.
— De verdade?
Olhei para ela. Ela provavelmente não podia ver minhas sobrancelhas
levantadas, mas podia me sentir mudar de posição ligeiramente. — Sim, realmente.
—É tão surpreendente? — perguntei.
— Bem, você sabe. — a mão dela fez um movimento vago. — A maioria das
pessoas acha que cozinhar é feminino. Achei que você seria... — ela tentou
despistar.
— O que, não é muito viril saber como me alimentar? — brinquei. — Você
tem que aprender habilidades práticas nas forças armadas. Costurar, limpar, Lavar,
engomar, primeiros socorros, coisas assim. Quero dizer, quem mais vai fazer isso?
— Eu sempre pensei que havia... Não sei um pessoal ou alguém para
cozinhar para vocês.
— Às vezes existem. Mas quando você está numa missão remota, escondido
em uma caverna ou caminhando pela floresta, saber como fazer rações comestíveis
é muito útil. — eu ri. — É sempre engraçado ver o doloroso despertar dos novos
recrutas. Especialmente os idiotas tipo “superiores e orgulhosos”. Eles pensam
que o serviço vai ser como vida real de Call of Duty16, toda coragem e glória... Ah,
você deveria ver a cara deles quando descobrem que sua mãe não vem junto com
eles. Sempre alegra o meu dia.
Avery começou a rir, se contorcendo contra mim, até que não pude deixar
de rir, também. Ouvi meu celular tocar, por cima de suas risadinhas. Tirei do meu
bolso. Não reconhecendo o número, respondi cauteloso.
— Olá?
— Suboficial Nixon Bennett?
Avery se afastou inquieta e percebi que enrijeci inconscientemente
endireitando minhas costas. Havia alguns oficiais cuja classificação, você poderia
ouvir pelo telefone, e este era um deles.
— Sim, senhor. A que devo a honra?
— Calma filho. Sou o Capitão Harry Sutherland.
Capitão Sutherland? Semelhante, ao líder geral da Naval Special Warfare
Group ONE? O homem que supervisionou um quarto de todas as Forças Especiais
16
Call of Duty, é uma série de jogos de videogames, os primeiros jogos lançados tem como cenário a
Segunda Guerra Mundial.
da Marinha já existente? Perguntando-me se deveria ter-me borrado todo, quase
perdi o que ele disse em seguida.— Estou ligando para informá-lo que você está
sendo premiado com uma estrela de prata.
Levei um momento para engolir. — Desculpe-me, senhor?
— Por seu desempenho em sua última missão na Síria.
Lambi meus lábios de repente ressecados. — Essa missão foi cumprida por
causa de meus companheiros de equipe, senhor. Tudo o que consegui devo ao
trabalho árduo deles.
Ele deu uma risada seca. — Essa é uma boa frase. Certifique-se de incluí-la
em seu discurso de aceitação.
Não havia nada para dizer sobre isso. — Obrigado, senhor.
— Seu vôo para Arlington NAS North Island parte às 07h00min de amanhã.
Um carro da Marinha vai estar às 06h15min em frente ao endereço fornecido para
buscá-lo. Você retornará às 20h00min no sábado.
— Sim, senhor.
Apesar da euforia que ameaçava sufocar a minha voz, não pude evitar
pensar que isso era terrível no momento. Claro que fiquei muito feliz, afinal de
contas este prêmio era a terceira maior condecoração por bravura nas Forças
Armadas dos Estados Unidos, mas também estava odiando ter que sair, bem
quando Avery e eu finalmente tínhamos feito algum progresso. Nós nem sequer
podíamos passar grande parte da noite juntos, desde que eu tinha que estar pronto
para a ação em menos de onze horas. Ah, bem. O dever me chama... Não que eu
pudesse dizer ao Pentagon para aguentar até que eu tranquilizasse minha situação
com minha mulher.
— Tenho certeza de que não preciso lembrá-lo que os negócios do SEAL
nunca são divulgados, mesmo no caso de honras militares. Seu comandante de
equipe e seu líder de pelotão já foram notificados, e vamos lidar com a imprensa a
nossa própria maneira, então você pode considerar-se sob uma ordem de sigilo até
segunda ordem.
Esquecendo-me de que ele não podia me ver, concordei e respondi.
— Entendido, senhor.
— Bom. Tenha um bom dia filho, e parabéns. — o telefone clicou em tom de
discagem.
Desliguei ainda um pouco atordoado e Avery voltou a se aconchegar ao meu
lado.
O que foi isso? — ela perguntou. Eu podia sentir seu coração batendo
acelerado.
—Uh... — mesmo que os detalhes não fossem informações classificadas, eu
estava muito relutante em dizer a Avery; Não queria ela me admirando novamente
sobre essa coisa toda de herói na vida real. — Eu tenho que sair da cidade amanhã
de manhã. Muito cedo.
Sua mão apertou firme meu bíceps. — Você sendo enviado novamente?
— O que? Não. É só por uns dias. Eu vou estar de volta no final do sábado à
noite. — dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça. — Eu te diria, mas... Negócios da
Marinha. Você sabe.
— Sim, eu entendo. — o tom dela estava resignado, não era feliz, mas
também não era magoado. Ela sabia que não deveria pressionar para obter
detalhes. E mais, sabia que eu era casado com meu trabalho.
Mas eu ficaria arrasado se deixasse que Avery se sentisse em segundo plano.
Eu dei nela outro aperto, depois me levantei.
— Como estávamos falando sobre comida... Eu tenho que fazer as malas
rapidinho, mas depois disso, você quer fazer o jantar?
Ela se espreguiçou e deixou escapar um ruído. — Com certeza. Você esta a
fim de que?
— Você. — disse, abaixando minha voz. Em seguida, adicionei um tom
normal. — Mas carne refogada com arroz é aceitável em segundo lugar.
— Hmm... — em vez de rir ou monstrar a língua para mim, Avery olhou
maliciosamente pensativa. — Comida primeiro.
— Isso significa que você será a sobremesa?
— Talvez. Agora vá se preparar para sua grande missão secreta, Major
pervertido. Eu vou começar a cortar os legumes.
— Isso é Suboficial Pervertido para você, civil. — disse enquanto caminhava
para o meu quarto.
Rapidamente dobrei minhas roupas brancas e alguns pares de meias e
cuecas em minha mala, já suprimindo um sorriso de antecipação. Eu parecia estar
sorrindo muito estes dias.
Depois de jantar mais cedo e assistir metade de um filme, fomos para a
cama. Mas não dormimos. Eu estava mais que disposto há perder uma hora
preciosa de sono para segurar Avery firme, balancei dentro dela até que tremeu
abafando seus gemidos contra meu pescoço. Nós lentamente, pressionamos
suavemente pele com pele, muito parecido como fazer amor.
Capítulo 14
Avery
17
Dear Abby é uma coluna de conselhos fundada em 1956 por Pauline Phillips.
— Não adianta. Todos os homens são iguais. Eu apenas... Eu estou farta.
— Você me daria uma chance para provar que está errada?— Logan
perguntou.
— Como você faria isso?
— Deixaria levá-la a um encontro. Amanhã à noite.
Olhei para o Logan, mas não consegui perceber qualquer indício de que ele
estava brincando. Eu definitivamente não esperava essa evolução hoje. Até Fox
parecia um pouco surpreso.
— Uh... — comecei, sem saber como terminar.
Logan sorriu. Aparentemente meu silêncio, foi lisonjeiro. — Você já foi a
The Pointe antes?
— Não, mas já ouvi falar. — eu disse e imediatamente me senti idiota. Não
havia como eu não pudesse ter ouvido falar dele. The Pointe era um dos
restaurantes mais caros na ilha de Coronado, na praia de Glorietta Bay. Dei uma
olhadela para Fox novamente. — Ele esta falando a verdade?
Tão a sério como nunca o tinha visto, Fox respondeu. —Você não tem nada
com que se preocupar. Logan é um rapaz bom. Somos companheiros há anos, e eu
nunca o vi dormindo com qualquer uma. Ele só teve duas namoradas, ambas muito
sérias, e as tratava como rainhas.
Isso não foi bem o que eu quis dizer. Mas foi o que eu precisava saber, e
Logan não pareceu ofendido por falarmos dele, como se não estivesse presente. Ou
como se estivesse em um julgamento. Acho que ele não me culpa por estar com um
pouco de suspeita nesse momento.
Certo, então Logan não era um prostituto em fúria. Que já o colocaram
várias centenas de pontos à frente de Nixon. Mas isso era o suficiente? Logan na
verdade me queria, ou sentiu pena? E eu o queria? Seria só um casinho patético
para esquecer?
Ou estava pensando demais sobre isso? Ele não estava pedindo para casar
com ele, pelo amor de Deus. Era só um encontro. Por que não deixar um homem
bonito doce, me levar para um jantar chique? O simples ato de voltar para o jogo
do romance poderia ser bom para mim. Pelo menos, eu ficaria fora de casa. Uma
noite de estudo perdido valeria a distração, e seria um impulso a minha auto
estima. Provavelmente encontraria alguma perspectiva valiosa, sobre todas as
minhas emoções em conflito em relação a Nixon. E talvez, apenas talvez, realmente
fosse possível restaurar minha fé nos homens.
Ah, o que diabos... Você só se vive uma vez.
Já me sentindo incentivada, concordei. — Certo. Eu adoraria ir.
Capítulo 15
Nixon
Mesmo que tinha pegado um vento favorável e consegui estar de volta à Ilha
Norte quase uma hora mais cedo, minha pele ainda arrepiava com impaciência. Nas
últimas 36 horas, mal tive tempo para respirar, quanto mais ligar para Avery, tudo
o que eu queria, era ver como ela estava, ouvir sua voz. Eu nem sabia. Nunca tinha-
me afastado de uma mulher assim antes. Quando nós tínhamos parado na porta da
frente e ela disse, "Já tenho saudades", automaticamente respondi, "Eu também" e
fui surpreendido com o quanto eu realmente quis dizer isso. Agora tudo o que
conseguia pensar era voltar para casa novamente. Avery girando ao som da porta,
me dando um sorriso animado, correndo para os meus braços para um beijo...
Finalmente cheguei à entrada principal do prédio. Peguei minha mala em
uma mão, saudei o motorista com a outra e fui para dentro antes mesmo que o
carro da Marinha tivesse voltado para a rua principal. Subi pela escada de dois em
dois degraus ao mesmo tempo, muito impaciente para esperar pelo elevador. Ao
abrir a porta da frente, chamei.
— Estou de volta! — quando nenhuma resposta veio, olhei em volta. —
Avery?
Ainda nada. Mas ouvi um breve gotejamento de água, então deixei a mala na
porta de entrada e virei o corredor do banheiro. Bingo.
Os lábios vermelhos acetinados se separaram em concentração, Avery
inclinou-se perto do espelho para pintar uma linha consistente ao longo de sua
pálpebra, que brilhava de bronze à luz fluorescente. Seus cílios eram longas ondas
de fuligem negra. Uma bolsa prateada cheia de escovas, frascos e pincéis estava em
cima da pia. Eu tinha visto mulheres passando maquiagem algumas vezes,
geralmente quando ficava a noite em suas casas, que não era algo frequente, mas
parecia sempre um projeto de arte meticulosa e eu nunca tinha visto de perto
antes. Na verdade, ainda não me interessava com o que Avery estava fazendo. Eu
só queria vê-la.
Ela era uma deusa: elegante e intensa e atraente, tudo ao mesmo tempo. O
vestido vermelho vinho agarrava a suas curvas e mergulhando em um baixo V para
revelar as primeiras ondas de seu decote. O tecido era sólido até seus seios, mas
transparente e laçado onde cobria seus ombros e pescoço; insinuando a pele macia
abaixo, era de alguma forma mais tentadora do que apenas revelá-la sem rodeios.
O cabelo dela caía em suas costas em ondas brilhantes. As correias de seus
saltos altíssimos acariciavam os tornozelos magros. Entre o vestido, que terminava
apenas acima do joelho, e esses saltos, as pernas pareciam bem torneadas e firmes.
Já imaginei elas envolvidas em torno da minha cintura, seus calcanhares
mexendo, me estimulando a impulsionar mais rápido, mais profundo...
— Uau, querida, você está incrível. — sorrindo, fui para trás dela,
estendendo a mãos para envolver sua cintura. Eu queria pressionar contra sua
bunda deliciosa e deixá-la sentir exatamente o quanto gostei de sua roupa. —
Espero que esteja tudo bem tirar tudo isso, por que...
Avery evitou quase se inclinado dentro da prateleira de toalhas para fugir
do meu alcance.
Ops. Parece que interrompi o ritual misterioso.— O que? Fiz você borrar sua
maquiagem ou algo assim? Desculpe-me.
Ela fez um barulho irritável.
— Eu não falo. — resmunguei. — Querida. O que há de errado?
Sem fazer contato visual, ela finalmente respondeu. — Estou ocupada. — a
voz dela estava nivelada.
— Sim, eu vejo isso. — provoquei. — Qual é a ocasião? Quer sair hoje à noite
ou algo assim?
Geralmente eu gostava de ser o único a fazer planos, e agora estava
esgotado da viagem. Mas qualquer coisa que envolva Avery ainda contava como
uma agradável surpresa.
— Não. — ela molhou o pincel pequeno debaixo da torneira, tocando
levemente isso em seu pó compacto e começou a passar na outra pálpebra preta.
— Uh... Tudo bem. — meu bom humor desvaneceu rapidamente a vista da
incerteza. — Então por que você toda arrumada?
Por que tinha de jogar Vinte Perguntas com ela para descobrir? Por que ela
não me olhava? Talvez tivesse posto sua melhor roupa "sexy" só para me dar as
boas-vindas, mas esta estranha tensão no ar estava realmente me fazendo duvidar
disso.
— Por que, minha roupa é da sua conta? — ela respondeu casualmente.
OK, isso é... Agora sabia que não era apenas minha imaginação, algo estava
definitivamente errado. Mas não sabia qual era o problema, ou de onde tinha
vindo. Só tinha desaparecido por dois dias. Só por uma noite. O que diabo pode ter
mudado? Isto não podia ser culpa minha, eu não estava nem fisicamente presente,
pelo amor de Deus amor. Mas ela estava agindo como se me odiasse. Finalmente
desisti e perguntei. — Você está com raiva de mim? Eu fiz algo errado? — nem a
menor pista para me ajudar a descobrir o que estava acontecendo aqui.
— Me diz você. —ela pegou um frasco pequeno e borrifou alguma coisa
clara no seu pincel e, em seguida, limpou na toalha de papel, deixando uma mancha
preta desarrumada.
— Huh? — Ora porra. Não era nem uma resposta. — Sobre o que está
falando? Eu pelo menos posso ter uma dica aqui? — minha paciência com este jogo
estava ficando sem combustível.
Sem dizer uma palavra, Avery fechou o zíper da bolsa de maquiagem e
levou-a para o quarto dela. Esforcei-me para esperar no corredor ao invés de
segui-la. Mas quando elavoltou, apressou-se passando direto, mantendo distância.
—Onde diabo vai? — quase gritei. Não queria xingar, mas poderia me
desculpar mais tarde. Depois que descobrisse quem era essa garota e que tinha
feito com Avery.
Ela parou na porta da frente, uma mão sobre a fechadura e a outra
segurando a bolsa enfeitada com contas pretas. Pela primeira vez naquela noite,
ela me olhou diretamente nos olhos. Foi um clarão de puro ódio.
— Você realmente quer saber? Tudo bem. Tenho um encontro com o Logan.
— ela virou-se e saiu. — Então não me espere.
Com isso, bateu a porta atrás dela... Deixando-me em silêncio, atordoado
como uma espécie de resposta. Ela tinha que estar brincando comigo. Por que... Eu
não tinha nenhuma outra explicação para o que aconteceu.
O que tinha acontecido? Lentamente, caminhei para a sala de estar e
afundei no sofá. A TV estava desligada, mas fiquei olhando para ela de qualquer
maneira. Este sentimento era pior que helicóptero descendo sobre território
inimigo. Pelo menos eu estaria preparado para essa situação. Nenhum dos meus
treinamentos tinha abrangido qualquer coisa sobre mulheres. O que fazer quando
sua namorada te paralisa ao sair de sua própria casa? De repente me senti como na
casa de um estranho.
Era inquietante, como os significados de "casa" e "Avery" já tinham
começado a esbarrar um no outro. Antes de Avery se mudar, eu nunca fui
particularmente ligado a meu apartamento; era só onde pendurava meu chapéu
quando não tinha nada melhor para fazer. Ele só se tornou especial porque ela
estava aqui. E quando ela saiu, alguma coisa tinha ido com ela. Uma coisa que eu só
podia sentir pelo vazio inexpressivo deixado para trás.
Eu pensei que pudesse perder Avery antes, quando a conheci, não quando
eu tinha assumido que ela estava me esperando. Aquilo não era nada comparado
com o que eu estava sentindo. A necessidade de ir atrás dela e arrasta-lá arranhou
através de mim. Mas era mais do que uma reação possessiva, eu estava
absolutamente intrigado pelo que tinha acontecido. Não havia explicação racional
para isso. Eu estava tão ansioso para voltar para casa para estar com ela. O que
diabo tinha acontecido em dois dias malditos? Eu precisava ligar para Logan, ou
melhor, ainda, ir até a seu apartamento e dar um soco bem na cara. Se ele me
escapasse, iria localizá-los e exigir saber o que estava acontecendo.
Mas até eu sabia que era uma ideia estúpida, quando via uma. Ir atrás de
Avery e depois brigar com um dos meus melhores amigos apenas me faria perder a
razão. Eu precisava acalmar e obter um controle sobre as minhas emoções, antes
de chegar perto de qualquer um deles. Eu estava com o humor para dizer coisas
que nunca poderia voltar atrás. Estava sentindo falta de algo, era claro. Então, eu
esperaria. Talvez Avery me desse ao mínimo uma maldita explicação para o que
diabos estava acontecendo quando voltasse. Se ainda assim ela não quisesse falar,
iria massacrar Logan. Ele não fazia ideia do tipo de território que tinha entrado,
porque eu não iria compartilhar com meus amigos. De qualquer forma, precisava
esfriar cabeça e ter alguma perspectiva, antes de tomar outra vez esta situação.
Tinha que haver algum tipo de explicação e perder a cabeça seria apenas
estragar mais as coisas com Avery.
Mas eu ainda não pude resistir em enviar uma mensagem para Logan:
Não se esqueça de que ela é minha meia-irmã. Se alguma parte de você tocar
nela, eu vou arrancar a porra da sua mão.
Um momento depois, meu telefone zumbiu com a resposta de Logan:
10-4 “Ok, entendido.”
Capítulo 16
Avery
18
Salada caprese, salada italiana feita de mussarela fresca, tomate, manjericão temperado com sal
azeite.
— Bem, eu sou uma designer de moda, e eventualmente quero um blog
sobre conselhos de beleza e notícias ligadas à moda. Ano passado estudei em
Londres. — escola e trabalho eram temas geralmente seguros.
— Você foi criada aqui?
— Sim, em Irvine. Papai conheceu Cynthia, que é a minha madrasta, em um
In-N-Out Burger. — eu ri um pouco. — É praticamente a história mais 'sulista da
California' que já ouvi.
Ainda tinha deixado de dizer o nome mãe, e Logan foi gracioso o suficiente
para não mencionar isso.
— Foi um romance de colegas de trabalho? Os olhos que se encontram por
cima da fritadeira? — ele perguntou em vez disso, os lábios equivocados.
— Não, mas você sabe, eu não estou... Totalmente certa do que papai faz. —
eu ri novamente. — Sua empresa faz semicondutores. Ele tem algum tipo de
posição de gestão desconhecida.
O garçom escolheu aquele momento para reaparecer e estabelecer dois
pratos fumegantes. Aproveitei a oportunidade para alterar o assunto.
— Quanto a você? — perguntei, levantando uma garfada de pato para os
meus lábios. — Sempre esteve nas forças armadas?
— Basicamente. Eu larguei a faculdade e entrei na Marinha, quando tinha
vinte anos depois me tornei fuzileiro, quando tinha vinte e dois. — ele ficou em
silêncio quando começou a cortar sua vitela. Apenas quando pensei que tinha
cometido um erro, levantando a questão de seu trabalho, Logan continuou. —
Estou pensando em desistir no próximo ano ou dois. Acho que tive um bom
passeio.
— Então por que quer parar agora?
Ele deu uma bufada tranquila e uma risada. — Bem... Isto não é um grande
tema para o primeiro encontro, mas já que perguntou... Quero sossegar em breve.
Ter esposa, filhos, o pacote completo. Eu gosto da vida de fuzileiro, mas não é o
lugar para um homem de família.
Uau, claro que não esperava essa resposta. Mas fazia sentido.Eu assenti
lentamente.
— Eu entendo. Você está longe de casa o tempo todo, e seu horário é
impossível de prever. Se você tivesse uma família, realmente seria difícil lidar com
o tipo de riscos que assume.
Ainda mais um motivo para estar feliz, que tudo o que tive com Nixon tinha
acabado. Seria terrível me apaixonar por ele e depois vê-lo sair em missões
perigosas, o tempo todo. Sentada em casa, como um das donas de casa em um
documentário da Segunda Guerra Mundial, solitária e ansiosa, rezando para que a
próxima carta que eu recebesse não começasse com: Lamentamos informar-te...
Minha garganta apertou com o pensamento de Nixon morrendo milhares de
milhas longe de mim, tinha que parar de ficar nervosa. Claro, a morte sempre era
uma tragédia terrível, mesmo para um idiota como Nixon. Mas não fui eu quem
tinha escolhido para me juntar as forças armadas. Se ele queria galopar ao redor
em lugares exóticos e levar um tiro, então ele poderia ir em frente. Eu não devia
deixar nada sobre ele partir meu coração.
Tarde demais, percebi que Logan tinha acabado de dizer uma coisa, e eu
estava ocupada sonhando acordada com Nixon. Mais uma vez.
— Meu pai fez isso. — Logan estava no meio da resposta. — Estou
orgulhoso dele agora, mas quando eu era criança, não me importava sobre honras
e operação. Odiava não ser capaz de jogar com o meu pai. — ele olhou para seu
champanhe por um momento e depois tomou um gole. — Então eu realmente
quero fazer parte da vida dos meus filhos.
— Bem, eu concordo. O que é o objetivo de casar e ter filhos, se você nunca
consegue ver qualquer um deles? Mas... — eu tentei e não consegui imaginar este
tanque corpulento vendendo carros usado ou sentado em um quarto em fazenda.
— O que você faria em vez disso?
— A Marinha já me abordou para uma posição de instrutor. Minha posição
vai subir o que significa melhor salário, e eu poderei aplicar para um posto
permanente para onde eu queria viver. — ele fez uma pausa. — Talvez perto de
San Diego.
Eu estava imaginando esse aspecto? Não tentei analisar o comentário de
San Diego. Mesmo como uma possibilidade de vaga, planejar sua carreira em torno
de mim seria verdadeiramente estranho para um primeiro encontro.
Provavelmente foi uma coincidência. Sua família vivia nas proximidades, ou ele
ironicamente desfrutava de luzes de Natal em palmeiras, ou queria ficar perto de
seus amigos, tão difícil quanto era acreditar que alguém pudesse gostar de Nixon
tanto assim.
Merda estou pensando nele outra vez! Forcei-me a sorrir para Logan.
—Você tem tudo planejado, hein? — arrisquei, estendendo a mão para
descansar meus dedos em sua mão. — Eu acho que é bom que você saiba o que
quer.
Logan piscou, depois sorriu e esfregou o polegar sobre os nós dos meus
dedos.
— Não há nada de errado em saber, há?
— Bem, não, e... É agradável. Ouvir um cara com menos de trinta anos falar
sobre seu futuro, quer dizer.
Embora parecesse que estivesse com muita pressa de se casar. Mesmo que
eu tenha achado o lado sério de Logan cativante, ainda era um pouco demais para a
minha vida agora. Se eu quisesse sobreviver no jornalismo de moda, teria uma
tonelada de trabalho pela frente.
Mas Ei, então se tivessem uma mísera incompatibilidade? Não é grande
coisa. Não era como se estivesse me casando com ele no curso da meia-noite. Este
encontro era apenas por diversão. Experimentar um ao outro para ver se nos
encaixávamos. Realmente foi muito bom finalmente interagir com um homem
adulto, em vez de um menino crescido que só queria beber, transar e explodir as
coisas, como se sua vida fosse um jogo.
Quase timidamente, Logan puxou sua mão para esfregar a parte de trás do
pescoço.
— Então você disse que você estudou no exterior? Como foi?
— Londres foi incrível. — eu suspirei. — Tive aulas com todos esses
professores famosos, e até fui a alguns eventos da semana de moda...
Falamos sobre meu trabalho escolar e aspirações enquanto terminávamos
nosso prato principal. Não era novidade que, Logan não sabia muito sobre moda.
Mas prestou muita atenção a tudo o que eu disse, respondendo sempre com
perguntas bem consideradas e observações, me incentivando na direção por mais
detalhes. Tendo em vista seu interesse aparentemente genuíno, era impossível de
me preocupar que estava falando muito sobre mim. Provavelmente nunca estive
em um encontro tão agradável.
Mas apenas "agradável". Eu não senti nenhuma faísca, ou calor intenso que
cantarolava entre Nixon e eu, sempre que nossos olhos se encontravam. Quanto
mais tentava concentrar em Logan, mais encontrava minha mente vagueando para
Nixon. O homem sentado à mesa a luz de vela a beira-mar, com sorriso suave e
olhos cor de avelã convidativa, me fazia sentir nada mais do que um irmão, tudo
isso enquanto eu ansiava por meu meio-irmão. O que havia de errado comigo?
Como eu poderia conseguir? Minha frustração distraída cresceu até que me
levantei do meu lugar.
— Pode segurar esse pensamento? — perguntei, tendo apenas uma vaga
ideia do que tinha falado. — Eu já volto. Preciso ir ao banheiro.
Muito nervosa para esperar pela resposta de Logan, me apressei para
dentro do restaurante.
Felizmente, não havia mais ninguém no banheiro. Com as mãos apoiadas em
ambos os lados da pia em mármore preto, olhei para o espelho, tentando fazer meu
melhor para me recompor. Eu tinha que respirar. “Pare de se culpar”. Admirei a
consolidação, recuperando meu legítimo orgulho, me lembrei de o que Nixon tinha
feito e era por isso que estava aqui com Logan e quão melhor eu estava do que com
aquele mentiroso safado. Mas não importava quantas vezes repeti silenciosamente
eu sou uma deusa filha da puta, isso não durava. Debaixo desse vestido
glamouroso, este rosto cuidadosamente maquiado, sabia que não havia nada mais
que uma garota triste e confusa. Aparentemente, porém, toda essa besteira de
beleza ainda era o suficiente para enganar os homens.
Meus pensamentos voltaram ao apartamento, Nixon tinha parado no seu
caminho e olhado para mim como água no deserto. Bem, isso era muito mal para
ele. Eu estava inatingível. Se ele me queria, deveria ter pensado nisso antes de
mentir sobre os negócios da Marinha, para ir para Lás Vegas no fim de semana
para transar com Pam.
Mas... Droga, em um pequeno momento, eu queria Nixon de volta. Odiava
nós dois por isso. Nos conhecêssemos a menos de um mês, e ele já tinha deixado
grandes impressões digitais em todo o meu coração. Mesmo quando estava em um
jantar romântico, em um belo restaurante cinco estrelas com outro homem, não
conseguia parar de pensar sobre esse idiota. O que mais queria, pelo amor de
Deus? Logan foi fantasticamente perfeito. Bonito, bondoso, atencioso, maduro. Ele
tinha uma vida centrada. No entanto, era evidente que não podia dizer o mesmo
de mim. Aqui estava eu, escondida no banheiro como uma colegial cujo namorado
a tinha deixado mesmo antes do baile.
Certo, então era totalmente patética. Tudo bem. Eu podia lidar com isso.
Tinha que voltar lá antes que Logan pensasse que estava tendo algum problema
médico humilhante. E para fazer isso, tinha que me lembrar de por que vim neste
encontro em primeiro lugar.
Precisando inflamar, a necessidade de não me importar, a necessidade de
reacender meus motores e queimar esse veneno, busquei uma imagem que me
enchesse de raiva. Mas tudo o que pude pensar foi, em Nixon rindo com Pam sobre
como tinham me enganado, ele beijando seu pescoço, em seu espalhafatoso quarto
de hotel em Vegas, acariciando os seios dela, muito maiores do que os meus,
fechando os olhos com um gemido enquanto ele deslizava dentro dela, só me fez
sentir vontade de vomitar, toda a bile. Nenhum alívio. Talvez este doença
desaparecesse com o tempo, mas agora, doía tanto que eu não aguentava.
Eles provavelmente batizaram cada superfície plana de seu quarto no seu
hotel brega, pensei e lágrimas voltaram num piscar de olhos. Cerrei os dentes e me
apressei para voltar ao restaurante, quase batendo a porta do banheiro.
Quando me aproximei a nossa mesa, Logan perguntou. — Quer sobremesa?
Eu estava admirando os figos cozidos com mel.
Engoli em seco, desejando que a minha voz não me revelasse. — Isso parece
bom, mas... De repente não estou-me sentindo tão bem. Podemos acabar a noite
mais cedo?
Ele arqueou as sobrancelhas e me preparei para a pergunta sobre o que
estava errado. Mas tudo o que ele disse foi. — Oh, claro. Sinto muito, que você não
esteja se sentindo bem. Deixe-me pagar a conta.
Depois sinalizar para nosso garçom e pagar a conta, Logan segurou meu
cotovelo enquanto andamos para o posto do manobrista. Seu comportamento
cavalheiresco só me fez-me odiar ainda mais. Ele não se encaixava em qualquer
uma das minhas bagagens emocionais. Estava sendo tão bom para mim e não
conseguia nem me sentir feliz com isso, e ele não tinha ideia. Isso era muito injusto
para todos os envolvidos, e culpa de tudo isso era de Nixon.
Quando chegamos a minha caminhonete Dodge verde-floresta, Logan fez
uma pausa, olhando para mim.
— Você está bem para dirigir? Ou quer uma carona?
— Não, estou bem. — isso era uma mentira deslavada, mas agora não
queria companhia. Eu tinha muito em que pensar. E possivelmente chorar. Olhei
para minhas unhas pintadas de bordô. — Desculpe por isso. Diverti-me muito, eu
só...
— Ei, não se preocupe. As coisas acontecem. — Logan se inclinou
ligeiramente, como se quisesse me dar um beijo na testa, depois hesitou e apertou
minha mão em vez disso. — Sinta-se melhor, ok?
— Vou tentar — eu disse incapaz de devolver o sorriso.
Capítulo 17
Nixon
Avery
A atitude de Nixon definitivamente tinha mudado. Ele estava... Mais frio. Não
frio, mas não havia sua paquera habitual, também. Evidentemente alguns dias
tinham satisfeito seu apetite pela atenção feminina, e nem sequer tentou acertar as
coisas comigo. Aparentemente tudo o que tivemos para os cinco minutos que
estamos juntos não valeria nem um pensamento. Ou talvez estivesse
choramingando porque perdeu Pam. As coisas estavam obviamente muito sérias
entre eles, se ele estava voando para outra cidade só para passar o tempo com ela.
Então, por que eles não invocaram a cláusula de exclusividade em seu
relacionamento? Talvez porque Nixon era incapaz? Independentemente do motivo,
a atenção de Nixon tinha gradualmente se afastado, até que desapareceu.
Enquanto agonizava com meu sentimento, tive que encarar os fatos. Fui um
caso passageiro para ele. Uma novidade. Era mesmo hora de seguir em frente. Não
queria começar nada com Logan, o capítulo Nixon da minha vida tinha acabado.
Tivemos uma boa diversão, e o sexo foi incrível, tive a desagradável sensação de
que eu iria lutar para encontrar aquele padrão para o resto da minha vida, mas
tudo estava acabado.
E talvez isto tenha sido uma bênção disfarçada. Se nossa relação estava
condenada ao fracasso desde o início, então era melhor acabar tudo antes que
pudesse ficar séria... Antes que meu coração estivesse mais ligado ao seu. Quanto
mais cedo arrancasse esta atadura, tudo em uma explosão rápida de agonia, mais
cedo eu poderia desfrutar do ar na minha pele novamente.
Na semana seguinte, tentei meu melhor para fazer isso. Passei longas horas
no centro de San Diego. Indo para a aula e os horários de atendimento dos meus
professores na biblioteca, ficava fora até tarde com os meus amigos, qualquer coisa
para ficar ocupada e longe do nosso apartamento. Eu queria concentrar em minha
vida e deixar a vida que tinha começado com Nixon. Tentar enterrar ou negar essas
memórias seria impossível. Tudo o que podia fazer era dar espaço para respirar.
Deixar os meus sentimentos desvanecer naturalmente ao longo do tempo.
Embora esquecer fosse mais difícil quando eu ainda estava presa vivendo
com o cara. Virar no corredor e inesperadamente ver seu rosto não deixava de
reabrir as minhas feridas. Mas cada vez, doía menos e a cura seria mais rápida.
Tudo o que podia fazer era esperar até o final do semestre. Eu podia lidar com isso,
era apenas alguns meses mais.
Quem diria? Talvez nessa altura, poderíamos ser algo como amigos.
a
Na tarde de sexta-feira, enquanto estava sentada na cama, trabalhando no
meu laptop, ouvi uma batida tranquila, mas firme.
— Sim? — eu disse relutante em deixar meu ninho quente de linho.
A porta abriu-se para revelar um olho azul. — Eu vou dar uma corrida na
praia. Quer vir junto?
Meu primeiro impulso seriaperguntar o que ele tinha na manga. Mas agora,
eu tinha começado a me sentir melhor em ver Nixon em torno do apartamento.
Esta seria uma boa oportunidade para conversar cara a cara. Amigos fazendo
exercício pode ser divertido. Ao menos, ia ter um bom treino hoje.
— Claro — respondi, — só vou trocar.
— Legal. Encontramos na sala de estar. — seus olhos desapareceram e a
porta se fechou.
Pulei da cama, puxando meu cabelo em um rabo de cavalo, troquei minha
calça esfarrapada por uma calça capri de ioga e uma blusa azul-marinho. Mesmo
que ultimamente tivesse um pouco mais confortável com Nixon, ainda não estava
pronta para vestir um short de ginástica e top na frente dele.
Mas meu queixo caiu quando dobrei o corredor e o vi esperando ao lado do
sofá. Evidentemente ele não sentia as mesmas reservas sobre a roupa, como eu.
Além de seus tênis de qualidade, usava apenas um short vermelho que pendia de
seus quadris, revelando uma trilha escura de pelos e os profundos vincos
musculosos ao longo de ambos os lados do seu abdômen. Tudo levando meus olhos
direto até...
Eu engoli a baba. Podia ver através do short, o contorno de seu longo e
grosso pau do outro lado da sala, e o pouco que não podia ver, minha memória
estúpida, traidora preenchia para mim. O resto de Nixon era apenas como uma
distração. Seu peitoral perfeito implorava para ser beijado e lambido. Suas coxas
podiam causar acidentes de trânsito. Cada parte do seu corpo incrível me lembrava
de todas as coisas pecaminosas que ele tinha feito.
Por que eu? Não tinha passado nem cinco minutos, e já estavaxingando por
concordar com o pedido de Nixon. Esse desgraçado estava praticamente me
provocando, nossa corrida amigável seria nada menos que uma tortura erótica.
Talvez um meteoro atingisse a terra antes de chegar à pista de corrida? Eu só podia
esperar.
Descemos a escada e saímos para o dia quente e abafado de setembro. Eu
não tinha ideia de aonde estávamos indo, então não podia andar na frente, mas
segui atrás de Nixon, sua bunda tensa atraiu meus olhos como um ímã. Então fui
para o lado dele, tentando fazer o meu melhor para ignorar o corpo quente,
musculoso a menos de dois passos de mim.
Surpreendentemente, ficou mais fácil quando nós realmente atingimos o
caminhoao longo da borda da praia. Eu poderia dizer que Nixon tinha abrandado
por minha causa, mas ele ainda era o Senhor Fitness, e tive de me concentrar, se
quisesse acompanhá-lo. Quando minhas pernas e pulmões começaram a arder,
tirei lentamente da minha cabeça os pensamentos pervertidos. Tudo o que existia
era o impacto dos meus sapatos no chão. As ondas azuis esverdeadas apenas
alguns quilômetros. As gaivotas grasnando, o barulho dos carros distantes. Era
quase pacífico.
— Você vai sair com o Logan de novo? — Nixon perguntou de repente,
quebrando meu devaneio.
— Huh? — a pergunta levou um segundo para ser processada. — Oh. Ah, eu
não sei. Provavelmente não.
— Por que isso?
Tudo bem... Nenhuma coisa estranha em tempo recorde. — Por que não
quero. — respondi categoricamente. Talvez tenha sido um pouco rude, mas Nixon
foi primeiro me bisbilhotando.
— Oh. — parecia que ele não sabia como responder a isso. Assim que
resolvi voltar à tranquilidade, Nixon começou falar. — Você vai terminar a escola
em dois meses, certo? Têm planos para depois da formatura?
Se eu não o conhecesse bem, podia ter pensado que ele estava conversando
comigo. Ele apenas estava para conversa fiada?
— O que já falei. Começar um blog, escrever sobre moda e beleza, conseguir
dominar o mundo em cinco anos ou menos.
— Você pensa... Em se casar?
De onde diabos vêm isso? Perguntei-me. Então, tudo de repente ficou claro:
Nixon estava tentando fazer as pazes. Tentando ajudar a nos tornarmos amigos, e
eu esperava que pudéssemos ser. Nesse caso, não poderia ficar irritada com ele,
mesmo se ultrapassasse “o interesse educado na minha vida" e caísse bem no
território "intrometido". Eu estava mais que disposta a chegar a um acordo.
— Às vezes, em uma espécie 'devaneio ocioso' — respondi. — Mas nem por
isso. Não me vejo casada ainda. Agora, quero focar na construção da minha carreira
e só... Você sabe divertir. Ver até onde a vida me leva.
— Hum.
Agora ele parecia pensativo. Mas não comentou mais nada e logo o silêncio
caiu novamente.
Depois viramos e começamos a correr em direção ao condomínio,
finalmente senti coragem o suficiente para disparar a sua própria pergunta para
ele.
— E você? Você quer ser um cara doméstico?
Nixon piscou para mim. Depois de um longo momento, ele respondeu.
— Eu... Posso estar aberto a isso. Se a mulher certa aparecer.
Estávamos a menos de meio quilômetro de casa e meus pulmões estavam
pegando fogo, mas ainda tive de colocar uma pergunta para fora. Antes pudesse ter
medo, perguntei. — Pam é a mulher certa?
Ele parou em seu caminho e olhou para mim. — Que diabos você está
falando?
Livrando-me da surpresa, tropecei uma parada ao lado dele. Meu coração
estava batendo acelerado de emoção e cansaço. Quando eu tinha ensaiado este
confronto na minha cabeça, esperava que Nixon reagisse com culpa ou até mesmo
raiva. Sua resposta dura me deixou confusa.
Tentando não notar o suor na pele bronzeada, falei. — Quando você saiu da
cidade... Você me disse foi a trabalho, mas... — o estresse apertou em torno de meu
estômago e coluna vertebral, como se estivesse revivendo aquela conversa horrível
no saguão de novo. Tentando não explodir em lágrimas enquanto Pam ficou
parada, alheia, com seu punhado de lixo publicitário e sorriu infantilmente
animada. Antes que minha voz pudesse falhar, empurrei todas as palavras para
fora em uma respiração: — Eu encontrei Pam depois que você saiu e ela disse que
estava indo se encontrar com você, para uma escapadela romântica.
Nixon abriu e fechou a boca, sem palavras. O choque no rosto lentamente
deu lugar à fúria incandescente.
— Essa cadela de duas caras. — ele rosnou finalmente. — Não toquei nela
desde o dia em que você se mudou. Inferno, nós mal conversamos. Quando você
disse que não queria que eu levasse mulheres para casa, eu disse a Pam que não
podia mais vê-la. Disse que minha meia-irmã tinha-se mudado e estava tentando
ser respeitoso. Pam lançou corretamente um ‘foda-se’. Foi uma cena ruim. — ele
deu um meio rosnando, passando os dedos pelo seu cabelo. — Mas se estava
cozinhando essa besteira venenosa, ela é ainda pior do que eu pensava.
— Ela... Ela mentiu? Só para me irritar? — minha cabeça estava girando.
— Então você realmente não?
Porra. Bela maneira. Toda aquela destruição sentimental porque estava se
sentindo uma puta maliciosa sobre a perda de seu amante? Minha raiva aumentou,
mas a desliguei rapidamente. Eu não ia deixar isso arruinar este momento
também.
Minha decisão foi recompensada instantaneamente quando a expressão de
Nixon caiu em algo mais suave, e ardente. Algo um pouco desesperado
esperançoso.
— Não dormi com ninguém desde que nos conhecemos. Juro pela minha
vida. — ele estendeu a mão para apertar o meu ombro. — A única mulher que
quero é você.
Meu coração acelerou com suas palavras, e algo abaixo, também vibrou com
seu toque. Mas tentei manter meus pés no chão um pouco mais.
Independentemente de quão sincero ele parecia, ainda precisava de mais algumas
respostas.
— Então o que estava fazendo na semana passada?
Ele pressionou seus lábios juntos, então suspirou e acenou com a cabeça.
— Está bem. Este é o dia para revelar tudo, não é?
Enquanto andávamos para casa, Nixon finalmente me contou tudo sobre sua
viagem: a medalha, o Pentágono, a ordem de sigilo, tudo.
— Tive de manter meu paradeiro em segredo. — finalizou. — Caso
contrário eu teria contado tudo. — ele sorriu para mim, o primeiro sorriso real que
tinha visto desde nossa luta na semana passada. — Na verdade, estou quebrando o
protocolo agora, mas... Há coisas mais importantes.
Quando chegamos ao apartamento. Com uma concessão para as minhas
pernas doloridas, pegamos o elevador. Mas quando chegamos ao sexto andar,
Nixon marchou direto passando nosso apartamento e começou a bater na porta ao
lado, como se tivesse tentando arrombá-la.
— O que diabos você está fazendo? — corri atrás dele, me perguntando se
tinha perdido o juízo.
Pam abriu a porta vestindo short preto mostrando seu traseiro e um
tubinho metálico violeta que mal continham os enormes seios. Puta merda, onde
esta o ataque de cegueira espontânea quando preciso de um? Eu me coçava para
dar a esta pobre mulher uma repaginada, mas isso seria muita bondade. Após a
implosão de minha relação com Nixon, o sofrimento no inferno da moda era o
mínimo que ela merecia.
— Que porra é essa, Pam? — Nixon rosnou antes que ela pudesse falar. —
Como diabos você sai espalhando merda por aí sobre viajar comigo?
— Ah, isso. — sua expressão confusa rapidamente se transformou em
irritação. — Se você tem toda a história, porque vem arrombar minha porta?
Nixon fez um gesto para mim. Ela me lançou um olhar ácido e segurei a
vontade de me mexer.
— Por que você deve a ela um pedido de desculpas.
O riso dela soava mais como um grito. — Eu? Devo a ela? Depois você me
deixou como uma batata quente para ir transar com sua própria irmã? Sua buceta
foi feita de ouro ou algo assim, ou você apenas tem um fetiche por incesto?
— Você sabia que estávamos juntos? — resmunguei. De repente, tudo fez
sentido. A única razão que Pam inventaria um encontro amoroso com Nixon era se
soubesse que eu estava com ele, caso contrário, esse tipo de mentira não me
machucaria. Ela tinha que saber...
— O tempo todo. — seu lábio enrolou completamente indignado. —
Querendo ou não. Nossos apartamentos compartilham uma parede, lembra? Eu
podia ouvir suas merdas quase todas as noites.
— Então escorregasse um bilhete debaixo da nossa porta pedindo para
abaixar o tom. — Nixon cuspiu. — Um pequeno inconveniente não te dá o direito
de mexer com a vida de outras pessoas.
— Sim, eu disse uma mentira. Queria irritar a pequena Senhora Perfeita. Do
que adiantou? — ela levantou as mãos em sinal de rendição, mas desafiando. —
Não lamento. É você quem o está fodendo.
— Não se atreva a se fazer de mártir aqui. — a voz de Nixon tinha abaixado
em um rosnado. — Se você tem um pingo de decência.
Com um olhar que poderianos transformar em pedra, Pam bateu a porta na
nossa cara.
Capítulo 19
Nixon
Avery