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Stepbrother Master

His Plaything
Stepbrother
Master
Ava Jackson 
Sinopse

Três meses.
Três meses presa em uma fazenda distante em Montana com o mais novo
marido da minha mãe... e seu filho sombrio e pensativo.
Não deveria me importar que o talento do meu novo meio-irmão com
cordas ultrapassa laçar o gado desgarrado. Não deveria ligar que cada olhar dele
diz que me quer... mas que vai lutar contra isso até o amargo fim.
Eu não deveria ligar que enquanto o verão passa, minha atração derruba o
meu bom senso e agora estou agonizando para chamar meu meio-irmão de...
Mestre.
Capítulo 1

l
Emma

Esperava que o quarto casamento da minha mãe fosse por interesse como
de costume. Eu tiraria alguns dias de folga, voaria para algum local exótico, ficaria
sorrindo para todos e fingiria que tudo isso não terminaria com a minha mãe
chorando pelo telefone. Mas o mais recente noivo possuía um rancho em Montana
— e me convidou para ficar com eles no verão de seu casamento.
Tentei declinar de todas as formas que possivelmente poderia. Eu tinha
acabado de me formar em Stanford, depois de quatro anos ralando muito, e no
outono comecei a ensinar em D.C. — uma escola carente de ensino médio. Este era
o meu último verão livre antes da Vida Real começar. Eu apenas queria relaxar.
Então Mamãe me visitou na escola e todas as minhas razões
cuidadosamente pensadas entraram em colapso. — Este é diferente, Emma. — ela
disse. — Finalmente encontrei a minha alma gêmea. E você vai estar tão ocupada
em breve. Por favor, pense em ir... isso significaria muito para mim. — Não havia
forma de conseguir resistir ao convite de Mamãe. Mesmo enquanto amaldiçoava
minha falta de firmeza, cedi.
O jato particular foi o primeiro indicador de que o meu futuro padrasto
realmente podia ser diferente. Quer dizer, no sentido que ele era podre de rico.
Talvez mãe finalmente tenha encontrado alguém que não vai tomar cada centavo
dela, pensei enquanto bebia vinho branco em meu assento ao lado da janela,
admirando o Oeste Americano que se espalhava debaixo de mim. Embora, se ele for
tão rico, tenho certeza de que há um acordo pré-nupcial.
O jato pousou em uma pista de pouso particular no meio do nada. Assim que
a aeromoça abriu a porta, um vento quente e completamente seco bateu em meu
rosto, esticando a minha pele como uma máscara. Até meu cabelo pareceu
quebradiço. Pestanejei afastando as lágrimas, procurando a escada para descer.
Um cowboy de verdade se encostou contra uma caminhonete preta
brilhante e cromada nas proximidades. Com o chapéu de vaqueiro, as botas de
vaqueiro gastas, colete de couro e o bigode branco inclinado para baixo, ele
poderia ter saído de um filme de John Wayne. Tentei não encará-lo enquanto ele,
sem palavras, puxava as minhas malas do interior do avião e as jogava no fundo da
caminhonete. Ainda bem que eu não trouxe nada muito frágil.
— Obrigada. — Eu disse depois de um tempo.
Ele me deu um aceno curto e brusco. — Senhorita. — Depois subiu no
assento do motorista e ligou o motor. O.k, então. Entrando no caminhão agora...
antes que ele vá embora sem mim.
As montanhas cobertas com gramíneo pareciam não ter fim e o cowboy não
falou durante a viagem inteira. Minhas perguntas sobre Montana foram recebidas
com grunhidos ou sacudidas de queixo. Eu finalmente desisti e me concentrei em
observar o horizonte, onde uma pequena casa de bonecas se tornou numa extensa
mansão de pedra e madeira.
Pouco tempo depois, reduzimos a velocidade no portão da frente da
Fazenda Wild Cliffs antes de continuar até a casa. O cowboy saiu e deixou a minha
bagagem na varanda da frente. Fiquei em silêncio, chocada, enquanto observava a
mansão na minha frente. Era uma diferença gritante do condomínio em Napa que
Mamãe adquiriu do Marido Número Três em seu último divórcio. Meu
acompanhante colocou a cabeça dentro da cabine da caminhonete e olhou para
mim, a testa franzida com aborrecimento. Ele não disse nada, mas obviamente
estava esperando que eu tirasse a minha bunda da caminhonete. Assenti
embaraçada e abri a minha porta. Desci, me perguntando se cairia de cara, mas
então meus pés tocaram o estribo. Mal fechei a porta atrás de mim antes que ele
fosse embora, deixando uma nuvem de poeira em seu rastro e a mim neste
estranho novo mundo.
Um homem sem camisa dobrou a esquina da casa com sacos enormes
içados sob cada ombro que pareciam pedras. Ele jogou-os ao chão como se não
pesassem nada. E teve a minha completa atenção. Sexy. Maldição.
Ele tinha o tipo de corpo que você não esperava ver fora das revistas de
fitness masculino.
Fechei a minha boca e mordi o lábio para me certificar de que não ficaria
boquiaberta novamente. Esse cara é de verdade? Bronzeado, com ombros largos,
peitoral em perfeita forma e seis gomos definidos. Meus olhos desceram. Risque
aquilo — oito gomos. Forcei meu olhar para cima e percebi que ele havia feito uma
pausa em sua tarefa.
Ele tinha me avistado? A aba de seu chapéu de palha de cowboy ocultava
seus olhos. Seu corpo era rígido e o pouco que pude ver de seu rosto estava ainda
mais rígido: maçãs do rosto delineadas e um maxilar quadrado, acentuado por
lábios carnudos.
Merda. Eu estou encarando, me repreendi. Mas então seu chapéu se inclinou
para baixo e presumi que ele estava fazendo a mesma coisa. Por reflexo, escovei os
franzidos do meu vestido de verão rosa e amarelo, querendo saber como estava o
meu estado amarrotado de viagem.
Forcei-me a dar um passo para frente e erguer a cabeça ao caminhar. Não
podia ficar de pé aqui como uma imbecil o dia todo. Um segundo homem se juntou
a ele, mais jovem, mais magro e de alguma forma... mais principiante. Ambos me
observavam enquanto eu ia para a casa. Ambos inclinaram os chapéus, mas
nenhum disse uma palavra.
Não tinha ideia por que meu coração bateu mais forte quando passei por
eles, mas bateu. Eu agarrei a maçaneta da porta, sentindo seus olhos em mim
quando entrei.
Talvez este verão não seja tão ruim afinal.

a
Mal tive tempo de olhar ao redor do hall de entrada antes que mamãe
fizesse um alvoroço. — Emmie! — Ela me envolveu num abraço apertado,
pressionando um beijo muito Europeu em cada bochecha. — Como foi seu vôo?
Você parece bem. Oh, é tão bom ver você.
— Você está agindo como se não me visse há meses. Foram apenas algumas
semanas. — Eu disse, incapaz de conter o meu sorriso enquanto a apertava. Era
bom vê-la novamente — especialmente com a mesma expressão apaixonada e feliz,
que tinha no rosto quando me convidou pela primeira vez a vir aqui. — Meu vôo
foi excelente. Sinceramente não tinha que enviar um jato.
Ela finalmente me soltou. — Besteira. Sabe que eu apenas quero o melhor
para a minha filha.
Abri minha boca para argumentar, mas ela se afastou quando um homem
alto e de cabelos escuros entrou pela cozinha, secando as mãos. — Russ, esta é
Emma! Estou tão feliz pelos dois finalmente se conhecerem.
Um sorriso sincero se espalhou por seu belo rosto. Eu já podia ver por que
Mamãe gostava dele.
— Bem, finalmente. Sua mãe fala sem parar sobre você, Emma. Então, fico
feliz em finalmente dar um rosto ao nome. — Estendeu a mão em um aperto
úmido, mas firme. — Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o
resto do verão.
Passos rangeram atrás de mim e Russ olhou sobre o meu ombro. — Ei,
momento perfeito, Ford. Agora não tenho que localizá-lo para conhecer Emma.
Eu me virei para ver... o homem atraente do lado de fora. Eu comecei a
sorrir, mas Russ continuou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o
rancho.
Sem.Chance.No.Inferno.
Minha libido murchou como uma alface velha. Meu futuro meio-irmão tinha
o corpo mais bonito que já vi em um homem. E uns oito gomos que eu queria
delinear com a minha língua. Em que planeta isso é justo?
Eu estendi a minha mão de modo educado e senti um arrepio quando sua
pele se conectou com a minha. Notei quão grande a mão dele era — e quão ásperas
estavam por causa de seu trabalho — quando ele segurou. Desta vez, deixei meus
olhos demorarem nele por apenas um momento. Não era preciso ser um gênio
para perceber a semelhança familiar: a altura, a estrutura e — agora que estava
sem o chapéu — o cabelo preto e os olhos azuis. Um olhada em Russ me deu uma
boa idéia de como Ford ficaria em aproximadamente trinta anos.
Os olhos azuis de Ford eram sérios... quase frios. O que aconteceu com o
olhar que tinha acariciado meu corpo inteiro lá fora? Aparentemente, estive
imaginando coisas. Definitivamente ele não tinha me despindo com os olhos mais
cedo. Somente o pensamento fez coisas em meu ventre. E mais abaixo. Eu me
esbofeteei mentalmente. Emma má! Nenhum pensamento deste tipo com um cara
que está a sete dias de entrar para a família.
Não consciente do meu tumulto interior, Russ sorriu para nós. — Por que
você e sua mãe não colocam tudo em dia enquanto vou pegar bifes para grelhar?
Mamãe comentou em um sussurro teatral. — Temos uma governanta
encantadora, mas Russ gosta de queimar uma carne de vaca de vez em quando.
Parte de toda a experiência de 'homem da fazenda'.
Russ bateu em sua bunda com a toalha enquanto passava. Mamãe gritou e
virou-se para sorrir para ele. Não conseguia decidir se me sentia enojada ou ria,
então dei uma olhada em Ford. — Então... você administra este lugar todo, hein?
Ele assentiu com a cabeça, mas isso foi tudo.
Eu tentei novamente. — Desde quando você tem estado no comando?
— Desde a faculdade. — Sua voz era profunda e tranquila; de modo que
teria sido atraente se, lembrei-me à força, ele não estivesse prestes a ser o meu
novo meio-irmão.
— É estranho ter seu pai como chefe?
Ele me estudou por um segundo. — Meu pai está aposentado, portanto, eu
sou o chefe aqui. — Sua voz era tão glacial e insensível quanto a expressão em seu
rosto. — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém tem que ficar atento por
ele.
O que diabos isso quer dizer? Sua postura ficou tensa quando olhou para a
janela. Eu segui sua linha de visão para onde os nossos respectivos pais agiam
como adolescentes, brincando de apalpar as nádegas enquanto fingiam grelhar.
Voltei meu olhar rapidamente para Ford. Isso não era algo que eu queria ver — e
aparentemente ele sentia o mesmo. Alguma coisa me dizia que ele era o menos
feliz sobre este romance repentino e o casamento próximo. Procurei uma forma de
quebrar o silêncio constrangedor.
Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, Ford se afastou. —
Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar.
E logo depois saiu. Encarei suas costas, tentando arduamente não perceber
como seu jeans desgastado se agarrava a bunda perfeita: redonda e firme.
Mamãe voltou para dentro de casa, estremecendo quando a porta bateu
atrás de Ford. — Está tudo bem aqui?
Dei-lhe um olhar irônico. — Ford não parece ser do tipo que "finge que
gosta".
Mamãe fez um ruído pensativo. — Ele é um pouco... hum... tímido. — disse
finalmente. — Ele demora um pouco a se abrir. Você tem que conhecê-lo.
Mentira. Ele não é tímido; é um idiota. Decidi tentar o meu melhor para
ignorá-lo por enquanto — tanto seu humor amargo quanto sua masculinidade
perturbadora. Eu precisava mudar de assunto. — Posso ver o seu vestido de
casamento, mãe?
Ela imediatamente se iluminou novamente. — É claro. Eu estava morrendo
para te mostrar. Ainda estou decepcionada que você não pôde vir comigo para a
última prova. — Ela jogou um braço ao meu redor e apertou-me de lado. — Mas
agora que concluiu a faculdade, tenho você só para mim pelo verão. O vestido está
no armário do quarto de hóspedes, mas vou mudá-lo de local, assim terá espaço
para as suas coisas.
Ela conversou sobre seus planos para o casamento e o nosso verão
enquanto eu a seguia para o andar de cima. Eu ainda estava cética quanto ao
Marido Número Quatro, mas a excitação de Mamãe estava se tornando contagiosa.
Não a via tão animada e sinceramente apaixonada desde que Papai morreu quando
eu tinha doze anos. Se não fosse por ela ser a minha mãe, sua rotina de
companheira apaixonada por Russ seria completamente engraçadinha.
E a fazenda em si não algo ruim. O pouco que tinha visto de Wild Cliffs tinha
sido o bastante para me encantar. A mansão rústica, com a linda visão das
montanhas distantes, a vista das ondulações das colinas e um lago particular... tudo
parecia a foto perfeita.
Quando chegamos ao quarto de hóspedes, notei que alguém trouxe as
minhas malas. Também percebi que este quarto sozinho era maior que do meu
apartamento em Stanford. — Quem é este? — Apontei para a fotografia
emoldurada de um homem uniformizado de aparência selvagem na cômoda. — Ele
vem para o casamento?
— Esse é o irmão mais velho de Ford, Nixon. Ele agora está no exterior em
uma missão de treinamento da Marinha, mas nos enviou um cartão muito amável.
Me lembre de mostrá-lo a você.
Passos brandos ecoaram pelo corredor. — Senhora? Está procurando... —
uma mulher vestindo um avental entrou com um espanador de pó; parecia ter
mais ou menos a minha idade, mas com cabelos e olhos escuros. Ela parou na
soleira da porta quando me viu. Algo sobre sua rápida olhada de cima a baixo me
irritou. Pareceu severa e calculista, como se estivesse tentando me marcar com um
rótulo de preço.
— Eu disse a você, me chame de Cynthia. Somos todos uma família aqui. —
Mamãe se virou para mim. — Celeste, esta é minha filha. Emma, este é o meu anjo
da guarda. Quando cheguei aqui há três meses, não conseguia fazer nada sem ela.
Ela é a garota mais atenciosa e meiga — além de você, é claro. — ela acrescentou
rapidamente.
Celeste sorriu, mas era tão forçado, que achei que a cara dela poderia
rachar. — Ah, certo. Emma. Então você vai ficar só até depois do casamento? —
Sem esperar pela minha resposta, ela sorriu para a mãe. — Não se preocupe,
Cynthia. Este lugar é muito grande, me perdi por semanas quando cheguei aqui.
Você conseguiu se sentir em casa em tão pouco tempo.
Não sabia dizer se as palavras dela foram sarcásticas ou se tinha um tom
naturalmente desagradável. Eu apostaria em ambos.
— Apenas mais sete dias. — Mãe suspirou. — Eu sou tão sortuda. Russ é... o
homem que eu nunca imaginei que encontraria. E apenas olhar este vestido. — Ela
abriu o closet e ligou a luz.
Céus. O vestido de casamento era maravilhoso. Uma cascata suave de chiffon
marfim descia pela cintura marcada, aberto nas costas com longas ondulações dos
fios de cetim. O corpete de mangas translúcidas compridas era carregado de
apliques de renda floral, acentuado com pérolas. Elegante e sofisticado, sem
sacrificar um pingo de sensualidade. Pelo canto do meu olho, vi o olhar de Celeste
se tornar faminto.
— É desenhado sob-medida. — disse a mãe. — Ótimo para senhoras iguais a
mim, com um pequeno adicional ao redor da barriga.
— Como se você precisasse de qualquer ajuda. — disse Celeste.
Inspire com força; Pense antes de falar.
— Se eu fosse do tipo sonhadora... bem... talvez um dia eu vá encontrar o
que você encontrou com o Sr. Bennett. Só espero não ter que procurar muito. —
Seu olhar foi até a janela, avistei Ford no pátio abaixo, mais uma vez, carregando
sacos de pedras. Se Celeste pareceu faminta enquanto observava o vestido de
casamento, agora parecia completamente voraz. Tentei não deixar isso me
incomodar. Mas fez um pouco de sentido por que ela agia como uma completa
vadia... mas não explicava o comportamento dele.
Celeste, de repente, virou a cabeça na minha direção. — Está saindo com
alguém, Emma?
Pega de surpresa, respondi. — Não no momento. — Disse a mesma para não
me intrometer, mas não consegui segurar a pergunta. — E você? Os olhos dela
voltaram a vagar para a janela. Dando um sorriso do tipo felino, quieto e
provocante.
Fabuloso. Uma linda mansão rústica, uma mãe incandescentemente feliz e
uma governanta desagradável e alucinada. Franzi a testa. Não poder colocar um
dedo em Celeste me incomodava tanto. Seja como for, com certeza, eu não estava
entusiasmada com o parecer brilhante de Mamãe. Deus sabia que ela não era a
melhor analista em caráter do mundo — pelo menos, não com os homens. Mas não
queria criticar alguém que tinha acabado de conhecer, também. Tentei dar a
Celeste o benefício da dúvida. Talvez ela só estava tentando ser legal com a nova
esposa de Russ para solidificar sua posição.
Russ gritou — Hora do jantar! — no andar de baixo, e coloquei Celeste no
fundo da minha mente. Estou analisando demais as coisas. Provavelmente só preciso
dormir um pouco... mas primeiro, tenho que ter uma refeição com a minha nova
família.
Enquanto nós três entravamos na sala de jantar enorme, de teto abobado de
madeira nua e uma lareira de pedra não esculpida, percebi que estávamos em
quatro. Ford havia retornado.
Ele nos interrompeu — Eu já volto — e foi na direção do mesmo corredor
do quarto de hóspedes que havíamos estado. Merda. O quarto dele era perto do
meu? Deus, porque faz isto comigo? Ainda estava tentando meditando na ideia de
comer à mesa com meu novo meio-irmão; Não tenho ideia ainda de como lidar em
passar um verão inteiro no corredor dele. Meu estômago ficou tenso. Nervos, é isso.
São apenas os nervos. Nada a ver com ambos os fatos de que meu futuro meio-
irmão era lindo de morrer e um completo idiota.
Preciso começar a mentir melhor para mim mesma.
Capítulo 2

l
Ford

Meu pai estava pensando com o pau.


Não era algo que eu quisesse pensar porque nenhum filho quer pensar no
pau do pai, mas era um fato que tinha que enfrentar.
Joguei os dois sacos de cinquenta quilos com pedras do rio no chão e
observei a nova caminhonete da fazenda passar até parar na frente da casa. Se a
minha futura madrasta não tivesse a necessidade de ter aquelas malditas pedras
revestindo a passarela antes do casamento, eu estaria buscando nosso novo
hóspede. Em vez disso, tive que enviar Griff. Apesar de ser tão velho quanto a
Terra, Griff ainda pode se mover depressa quando quer. A forma que ele bateu a
porta e se apressou para pegar a bagagem deixaria óbvio até mesmo para um
homem cego que queria acabar logo com aquela tarefa.
Não podia dizer que o culpava.
Aguardei, meus olhos protegidos pelo chapéu da exposição dos raios do
nascer do sol, para ver nossa última recém-chegada.
Uma meia-irmã.
Uma mimada insuportável.
Só o que eu precisava.
A mãe dela já havia se adaptado e recebido permissão para adicionar um
toque feminino à casa. Não sabia o que tinha de errado com a casa antes, mas
tínhamos almofadas decoradas agora, pelo amor de Deus. Quem precisa de malditas
almofadas decoradas? Eu e o meu pai sobrevivemos muito bem antes das
almofadas decoradas e as pedras de rio, mas parecia que havia um novo xerife na
cidade: Cynthia Carter Yates Palmer — e que podia corrigir os Bennett em poucos
dias. O que me leva de volta ao meu pai pensando com o pau.
Só para constar, ele amava as malditas almofadas. E Cynthia, ao que parecia.
Eu não estava pensando que Cynthia era interesseira. Ok, isso estava mais
para estava tentando não pensar isso dela. O fato de que era apenas alguns anos
mais nova do que o meu pai era definitivamente um ponto para ela, assim como o
fato de que não havia ouvido meu pai rir tanto há anos como tinha nos últimos
meses.
Eu estava tentando. De verdade, estava tentando muito.
Mas quando a ouvi dizer ao meu pai que tínhamos de enviar o jato particular
para a filha dela, sai de imediato antes fosse tentado a compartilhar a minha
opinião.
E agora, finalmente, a filha estava aqui.
A porta do lado do passageiro da caminhonete se abriu quase um minuto
depois de Griff já ter saído.
Ela estava esperando que ele abrisse a porta? Balancei minha cabeça. Já havia
imaginado uma verdadeira esnobe irritante quando vi as sandálias rosa e as longas
pernas bronzeadas deslizarem para fora da caminhonete e ficarem penduradas por
um momento antes de conseguirem encontrar o estribo. Quando ela desceu da
cabine, seu vestido de verão amarelo e rosa se moldou as curvas de sua bunda. E
que bunda era. Redonda e suculenta, como um pêssego.
Porra.
O cabelo loiro estava preso num rabo de cavalo baixo e um par de óculos
escuros gigantes cobriam a metade de seu rosto. Não deveria dar a mínima de
como o seu rosto se parecia, mas, droga, se eu pudesse parar a curiosidade que
despertou dentro de mim. Se ele se igualasse ao pequeno corpo firme, que meus
olhos estavam devorando, este iria ser o verão mais longo de toda minha vida.
Ela levantou a mão protegendo os olhos e assimilando a casa da fazenda. É
uma bela visão, com certeza. Não é de fato uma casa, nem mesmo uma mansão. Meu
pai fez para si mesmo antes de se aposentar jovem. Não pude resistir, me perguntei
se ela estava examinando da mesma forma calculista que eu jurava ter visto no
rosto de sua mãe.
A maçã geralmente não cai tão longe da árvore, não é?
Não pude deixar de me endireitar quando ela segurou os óculos de sol do
rosto e os levantou para o topo de sua cabeça.
Nem. Fodendo.
Meu gemido já havia saído, antes que tivesse o bom senso de contê-lo. Mac
assobiou baixo.
— Gostosa. Maldição. Eu não me importaria de montar aquela potranca.
Meu olhar feroz em direção a fazenda o silenciou. — Quer permanecer neste
emprego? Então vá colocar seus olhos sobre o gado e os cavalos. Mantenha-os
longe da garota.
— Desculpe, Chefe, mas odeio discordar de você. Aquilo não é nenhuma
garota. É uma mulher feita.
Desgraçado. Agora, minha atenção estava novamente nela. Especificamente,
nas mamas. Aquele vestido devia estar amassado no chão de algum quarto, não
cobrindo o corpo dela. Os pequenos botões brancos esticados sobre o peito farto,
apenas me esperando para desabotoá-los, expor o que com certeza seriam lindos
seios e chupar os mamilos.
O que diabos eu estava pensando? Me livrei do pensamento perturbador.
Essa garota seria a minha maldita meia-irmã em questão de dias.
O que significava que estava fora dos limites, em primeiro lugar, uma buceta
convencida é boa para... — imaginei aquela mistura perfeita de arrogância e
insolência se submetendo a mim, mãos atadas em suas costas, de joelhos e de
preferência com a boca sexy aberta e esperando por meu pau.
A boca da garota caiu aberta, sincronizada com os meus pensamentos, e
meu pau criou vida própria.
Maldição.
Me refreei quando percebi que sua expressão era um resultado direto de
Griff jogar suas malas dentro da casa... um tanto informal.
Lembrar de que estava acostumada a ser tratada como uma verdadeira
princesa — com transporte aéreo particular — apagou o meu desejo crescente. E
ficou apagado até mesmo quando se pavoneou em direção a casa.
Mac fez uma pausa em sua tarefa, a boca do garoto caiu aberta. O balanço
daqueles quadris tinham o hipnotizado. Gostaria de dizer que ela estava colocando
algo extra em seu andar para chamar nossa atenção, mas eu havia feito um estudo
cuidadoso das mulheres e tudo sobre elas durante anos. Estava disposto a apostar
no fato de que ela não tinha idéia de que estava caminhando como se estivesse
indo para a cama de seu amante.
Uma visão passou pelo o meu cérebro — eu, esperando no meu quarto,
escorado na cabeceira da minha cama e ela exibindo aquela bunda maravilhosa na
minha direção. Diria-lhe para parar e se virar, para se curvar e se expor para mim,
para me deixar ver sua bunda e buceta submissa antes de foder ambos. A imagem
era tão real que eu conseguia imaginar suas coxas úmidas de excitação e o aroma
saindo dela. Eu comeria aquela linda buceta primeiro, saboreando o gosto forte e
doce.
Ela reduziu os passos na calçada há alguns metros de mim, me dando um
sorriso sem jeito e tímido. Imaginei que gosto teria quando a fodesse com a minha
língua.
O que diabos eu estava fazendo?
Retribui seu sorriso com um aceno abrupto, não encontrando seus olhos e
grato pelo chapéu proteger os meus. Não poderia ser responsabilizado pelo que
veria no meu olhar agora.
Assim que a porta se fechou atrás dela, sabia que era só uma questão de
tempo antes de meu pai me esperar entrar para nos apresentar. Apresentações que
eu não queria participar e, contudo, não podia evitar. A aspereza dos meus
arredores podia ter apagado os modos que haviam sido ensinados desde a minha
infância, mas eles não tinham desaparecido completamente. Esvaziei a última
carga de pedras, fiz o meu caminho até a porta da frente e abri calmamente as
dobradiças.
— Estamos felizes por ter você conosco para as festividades e o resto do
verão. — Ouvi meu pai dizendo.
Sim. Muito contentes de ter outra mulher estudando o espaço da casa e
calculando mentalmente o valor da propriedade.
Pai olhou por cima do ombro da loira. — Ei, momento perfeito, Ford. Agora
não tenho que localizá-lo para conhecer Emma. — Ela virou-se para me enfrentar,
um sorriso se espalhando em seu rosto... que morreu em seguida quando meu pai
acrescentou. — Emma, este é Ford, meu filho. Ele administra o rancho.
Ela realmente não sabia que eu estava lá fora?
Seu olhar de choque sugeria que não tinha nenhuma idéia. Bem, isso não era
tão interessante?
Ela ofereceu a mão e eu apertei, saboreando a sensação da palma macia e
delicada contra a minha áspera, e tentando obter algum tipo de informação sobre
ela — Será que ela gosta de bruto? Recuaria com nojo se lhe dissesse que queria
amarrá-la e foder aquela bunda macia perfeita? Forcei meus instintos a pararem;
Absolutamente, não obtive nada tentando lê-la. Ela estava completamente fora dos
limites.
E eu precisava dar o fora dali antes que convencesse a mim mesmo do
contrário.
Meu pai disse algo sobre ela se atualizar com a mãe, mas eu já estava
tentando descobrir uma maneira de sair dessa situação extremamente incômoda.
Cynthia riu e sussurrou algo engraçadinho sobre o meu pai, o que ele respondeu
batendo na bunda dela com a toalha, como um adolescente.
Jesus. Estes dois.
Emma limpou a garganta e parecia tão desconfortável quanto me sentia.
— Então... você administra este lugar todo, hein?
Sua pergunta soou forçada, mas era uma distração bem-vinda.
Assenti.
— Desde quando você tem estado no comando?
Ela realmente se importava, ou isso era aquele papo educado que deixei para
trás quando abandonamos o Vale do Silício por Montana?
Dado que esta não era uma pergunta de sim ou não, respondi com o mínimo
de informação. — Desde a faculdade.
Esperava que fosse desistir, considerando que eu mal estava participando,
mas ela prosseguiu. — É estranho ter seu pai como chefe?
Ela claramente não sabia que meu pai estava aposentado e que o único
chefe neste lugar era eu. Esse fato nunca tinha me incomodado até ele fazer uma
viagem para a Califórnia para trazer um pouco de vinho e voltar com uma noiva.
Talvez se estivesse mais envolvido com as operações, não teria saído em primeiro
lugar e a fazenda não estaria sendo invadida por Cynthia e agora por Emma.
Olhei-a por um momento antes de colocá-la a par de que eu era o chefe por
aqui e em seguida acrescentei: — Provavelmente uma coisa boa, porque alguém
tem que ficar atento por ele.
Sua cabeça virou com às minhas palavras e quase pude vê-la perceber que
eu não estava convencido com toda esta história entre nossos pais. Não preciso
ficar parado aqui nem mais um minuto, desperdiçando o meu tempo, para deixar
meu ponto de vista claro.
— Desculpe. Tenho trabalho a fazer antes do jantar. — Eu disse, antes de
me virar e caminhar de volta para a porta da frente.

a
Contudo, meu alívio não durou muito tempo porque meu telefone vibrou
com uma mensagem. Deixei as pedras do rio que ainda estava transportando
caírem para verificar.
Pai: Sua bunda precisa estar em casa para o jantar.
Eu: Sim, senhor.
Pai: E ser legal com Emma.
Não respondi a esse último texto. O que eu deveria dizer? Que seria tão
agradável com Emma que ela iria ser apresentada a maravilha dos orgasmos
múltiplos? Que a teria ocupando a extremidade do meu pau? Sem chance.
Então voltei para dentro de casa e aguentei o jantar. Mastiguei meu bife —
excelente carne de vaca — e escutei Emma e Cynthia tagarelar sobre o casamento.
Embora, para ser justo, a maior parte da tagarelice veio de Cynthia. Mas ainda
assim, toda vez que Emma abriu a boca para responder a uma das perguntas de
sua mãe, fantasiei com a minha mordaça de bola entre seus lábios rosa carnudos. O
que depois me fez pensar sobre seus outros lábios rosa carnudos.
Porra. Eu tinha que dar o fora de lá antes que crescesse uma ereção do
tamanho de um pinheiro.
Então afastei minha cadeira, pedi desculpas e escapei para a paz e a
tranquilidade do celeiro do cavalo. Inspirei o doce cheiro do feno e o aroma
grosseiro proveniente das baias. Um relincho da minha égua favorita era um som
bem-vindo. As besteiras que Mac dizia eram para quem estava ouvindo-o, ou não.
— Cara, você deveria ter visto o rabo dessa garota. Estou. Fodido. Meu pau
poderá nunca mais ser o mesmo depois que ela passou com aquilo. Estarei
arruinado para todas as outras bucetas. Isso é um fato. Estou te dizendo.
Dobrei a esquina e vi Mac encostado contra a baia, com TJ, meu peão de
confiança e o mais talentoso da fazenda, e Griff, ambos sentados sobre os fardos de
palha. TJ geralmente não era do tipo de falar muitas besteiras sobre mulheres. Ele
tendia a ser o tipo respeite-as e elas virão. Não tinha certeza de quanta sorte ele
tinha tido com essa abordagem, mas independentemente disso, era um bom
homem. Griff raramente falava. Apenas mastigava petiscos ou um palito de dente.
Ou ambos.
A primeira vez que Cynthia o viu escarrar suco de tabaco no gramado da
frente, quase desmaiou. E depois se ofereceu para comprar-lhe uma escarradeira
antiga. Meus pensamentos sobre Cynthia imediatamente restauraram os
pensamentos sobre sua filha, a que um dos meus peões estava falando merda.
Às vezes, ser o chefe é um saco. Agora não era uma dessas vezes.
— Mais uma palavra saindo da sua boca sobre aquela mulher, e você
montará cercas por seis meses consecutivos. A única ação que vai conseguir será
da sua própria mão... fui claro?
Minha voz estava fria e severa, um tom que não usava frequentemente com
os caras. Mas desta vez, eu queria que não houvesse nenhum dúvida de que quis
dizer aquilo.
— Mas você a viu...
— Não estou brincando, Mac. Ela está fora dos limites. Não olhe para ela.
Não fale com ela. Não fale sobre ela. Ela não é assunto seu e nunca será.
Mac se mostrou disposto a brigar, e suspeitei que era porque eu estava o
repreendendo na frente de Griff e TJ. Provavelmente poderia ter sido mais
diplomático sobre isso, mas eu não estava brincando. Ela não era para ele.
Tampouco, para mim.
Aguardei, esperando Mac dizer mais alguma coisa, mas não disse. Ele se
afastou da baia, pegou o Gatorade do chão e seguiu em direção a saída.
Isso deixou Griff me estudando e TJ boquiaberto.
— Você tem algum problema com isso, TJ?
Ele balançou a cabeça e perdeu o olhar de choque pintado em seu rosto. —
Não, Senhor. — Ele se levantou do fardo de feno. — Acho que vou ficar com a parte
da cerca, estava planejando montar isso hoje.
E então éramos só Griff e eu — um homem que eu confiava e respeitava,
cujo meu próprio respeito ganhei com sangue, suor e determinação. Ele ainda não
acreditava que o garoto rico havia aceitado administrar esta fazenda, e eu estava
determinado a provar o contrário.
Sua risada era baixa e sua voz áspera, por causa do charuto, ressoou pelo
celeiro. Eu esperava que fizesse um comentário sobre a minha futura meia-irmã,
mas em vez disso disse: — Seu pai vai me forçar a ir para o casamento? Eu não uso
ternos. Nem mesmo mo meu maldito funeral.
— Tenho certeza de que ele ficaria grato, mas se você não preferir, a escolha
é sua.
Griff assentiu com a cabeça uma vez. — Vou pensar nisso. — Ele moveu o
palito de dente para a outra extremidade da boca. — Aquela garota faz muitas
perguntas. Acho que ela não sabe a diferença entre um cavalo de sela e merda de
vaca.
— Você provavelmente está certo sobre isso. — respondi, pensando sobre a
conversa no jantar.
Griff se esticou, as articulações estalando com o esforço.
— Então, acho que vamos descobrir quanto tempo ela dura.
Ele caminhou para fora do celeiro, e mais uma vez me deixaram sozinho
com os pensamentos em Emma. Talvez se ela desse o fora daqui rápido o
suficiente, eu poderia manter a maldita mordaça de bola no meu saco de
brinquedo, onde isso pertencia.
Capítulo 3

l
Emma

Antes mesmo que Celeste tivesse recolhido seu prato de jantar, Ford
desapareceu novamente. A expressão afável de Russ vacilou por um momento, mas
Mamãe tocou seu braço e ele sorriu para ela. Contive a vontade de perguntar onde
Ford estava indo. Também estava nos evitando — caso em que, todos deveriam
estar deixando-o de mau humor — ou estava tentando nos dar o nosso próprio
espaço. O que quer que fosse, Ford se esfriar um pouco do lado de fora poderia
acabar sendo uma coisa boa.
Estavamos conversando tomando um café enquanto Celeste removia os
pratos. Uma hora de conversa fiada depois, Russ bocejou e pousou a caneca com
um som abafado. — Acho que é hora de verificar o interior das minhas pálpebras.
Você vem, Cyn?
Mamãe me olhou num relance quando Russ afastou sua cadeira. — Você
precisa de qualquer tipo ajuda para desfazer as malas, querida?
— Não, obrigada. Vou apenas retirar o que preciso para hoje à noite e lidar
com o resto de manhã. — Inclinei-me para beijá-la na bochecha. — Boa noite, mãe.
Russ esperou Mamãe se levantar e, em seguida, caminhou em direção a
escada que conduzia à sua ala da casa. Coloquei o meu prato e a minha caneca na
pia da cozinha. Foram as únicas louças que Celeste não recolheu. Entendi a
mensagem clara como o dia: Eu não era bem-vinda no que ela considerava seu
território. Mamãe estava muito envolvida na agitação do planeamento do
casamento e apaixonada para notar a declaração silenciosa que Celeste estava
fazendo. Mas isso era algo para outro dia; Eu também estava muito cansada para
lidar com Celeste agora.
Subi para o meu quarto e vasculhei minhas malas, até encontrar o meu
shampoo e o roupão de banho longo e macio. Mesmo estando morta de sono, eu
sabia que não conseguiria dormir sem um banho rápido; estava despenteada e suja
por viajar o dia todo.
Tirei a roupa e atravessei o corredor, bufando de raiva quando encontrei a
porta fechada. Não havia nada que pudesse fazer além de esperar. Ou isso, ou se
perder para sempre tentando encontrar outro banheiro nesta casa enorme e escura.
Finalmente a porta se abriu. Uma linda garota em uma camisola
transparente saiu. Seu cabelo estava bagunçado, as bochechas ruborizadas... Estava
claro que ela tinha acabado de ser fodida. Ela chiou quando me viu e saiu correndo
pelo corredor para o quarto de Ford como um rato assustado. Fiquei boquiaberta
até que a situação finalmente se encaixou. Todos estavam transando aqui exceto eu?
Atrás de mim, Ford parou na entrada do banheiro. Virei-me para olhar e
imediatamente me arrependi.
Ele não usava nada além de uma toalha levemente envolvida na cintura.
Tirei meus olhos da trilha de pêlos escuros que desciam em seu abs e percebi que
ele estava me encarando. Não me encarando com raiva, apenas... atrevido. Este era
o seu território, e ele estava me desafiando a desafiá-lo ou fugir com o rabo entre
as pernas. Todos decidiram me provocar esta noite?
"Você vai para o chuveiro ou o que?" ele finalmente perguntou.
Estreitei meus olhos para ele. Foda-se, amigo. Não é como se eu precisasse de
aprovação para ficar aqui.
Ele não demostrou nenhum sinal de movimento para me deixar passar. Fui
forçada a me espremer ao redor dele através da entrada, tão perto que sua mão
roçou meu quadril. Minha pele se arrepiou onde ele me tocou através do robe. Com
um último olhar para minhas pernas nuas, ele finalmente seguiu a garota de volta
para seu quarto. Observei sua bunda firme enquanto ele se afastava e disse a mim
mesma que só estava fazendo isso para incomodá-lo. Definitivamente, não perdi o
controle sobre os meus próprios hormônios. Com certeza, não. Não todos.

a
Os dias até o casamento se arrastaram. Enquanto mãe e Russ se
aconchegavam desatentos em sua ala, eu estava aprisionada, com Ford a apenas
algumas portas abaixo. E ele deixou claro que não gostava que eu invadisse o seu
espaço. Quando me virava, ele estava bem ali — me cobiçando, olhando feio para
mim, bloqueando meu caminho, se exibindo pouco vestido. Ele fazia tudo ao
mesmo tempo: me irritava e deixava excitada como o inferno. Sentia que estava
sendo provocada. Eu não sabia por que não me suportava; não sabia por que não
conseguia afastar meus pensamentos sujos sobre ele.
Trancar-me em meu quarto para evitá-lo não funcionou. Adormeci, folheei
todos os livros do meu e-reader e até mesmo repintei as unhas dos pés. O tédio só
tornou mais difícil ignorar os meus desejos. E ser preguiçosa durante o dia
significava estar acordada à noite, quando com certeza vislumbraria o
aparentemente interminável fluxo de ficantes, entrando e saindo do quarto dele.
Em minha terceira noite em Wild Cliff, já estava farta. Não suportava ficar
deitada na cama, tentando dormir mais. Eu precisava de ar fresco. Precisava ficar
longe o suficiente do quarto de Ford para parar de me perguntar se ele dormia nu.
Coloquei as roupas que havia usado no jantar do dia anterior e me espreitei para o
andar de baixo.
Quando abri a porta da frente, a brisa fresca da noite acariciou meu rosto.
Inspirei profundamente: poeira, grama, animais, fumaça de lenha e o aroma
estranho que aprendi que era o cheiro do ar realmente puro. As estrelas cintilavam
no intenso céu escuro, mais brilhante e numerosas do que eu já tinha visto na
cidade. Minha cabeça já está se tranquilizando .
Não sai com qualquer objetivo em particular. Fiquei na varanda por um
tempo, apenas apreciando a tranquilidade da noite. Eventualmente os meus olhos
vagaram até o estábulo. Como qualquer garota no mundo, um vez tinha sido
obcecada por "pôneis mágicos". Agora que vi verdadeiros rebanhos e um show de
cavalos correndo no pasto, animados e graciosos, eu estava apaixonada
novamente. Talvez pudesse visitá-los um pouco.
Tomada por pensamentos de afagar narizes suaves e oferecer torrões de
açúcar, dei a volta por baixo da passarela de tijolo na frente da casa. Mas quando
saio da direção do estábulo, se tornando uma trinha de terra, ouvi um barulho
estranho. Parecia que vinha da sala de equipamentos. Confusa, aventurei-me mais
perto e para ouvir novamente — aquele estalo nítido, seguido rapidamente por um
gemido baixo que era quase o mesmo som.
A luz iluminava através da fenda na porta do quarto de arreios. Dei uma
olhada através do pequeno espaço e arfei.
Uma mulher nua ajoelhada no chão de concreto. Não consegui ver o rosto
dela. Seus braços estavam levantados sobre a cabeça, os pulsos atados por uma
corda branca; a outra extremidade da corda desaparecia nas vigas. A pele pálida de
sua bunda estava coberta do que pareciam dolorosas marcas vermelhas.
E Ford estava na frente dela, com um chicote de montaria.
Ele usava apenas um jeans azul velho e desbotado. A luz forte da única
lâmpada exposta na sala de arreios se moldou ao seu corpo incrível em um plano
nítido e ângulos de sombra, definindo cada músculo. E consegui vi uma coisa em
particular muito claramente: o pau longo e grosso, esticado contra o zíper. Minha
boca ficou seca.
Com um movimento de pulso esperiente, Ford bateu a chibata sobre a
nádega direita dela. O movimento foi rápido e dinâmico, como se tivesse muita
prática, e os tendões em seu antebraço franziram com a força que pôs no golpe. A
mulher deu um soluço agudo alto e desesperado. Suas costas arquearam,
empurrando a bunda em minha direção, e pude ver sua buceta molhada. Uma nova
marca floresceu na pele sensível.
— Apenas mais três, cadelinha. — Ford gritou. Sua voz grave tomou um,
novo e estranho, tom áspero que fez meu clitóris responder em atenção. — Você
consegue. Pediu por isso. A menos que não se importe mais com a recompensa?
A mulher balançou a cabeça rapidamente, fazendo um som gutural. O cabelo
castanho claro deslizou para o lado revelando uma correia de couro ao redor da
base do crânio. Ela estava amordaçada.
Não conseguia tirar meus olhos deles. Devo chamar mãe? Devo chamar a
polícia? Mas a mulher amarrada estava se contorcendo aos golpes de Ford, não se
afastando deles e gemia como uma gata no cio com cada palavra de seus lábios
carnudos. O que quer diabos estava acontecendo aqui, ela gostava. Adorava. Ela
não estava assustada de nenhuma maneira — e eu também não. Algum outro
sentimento tinha me congelado no lugar. Uma estranha fascinação que descia para
o fundo do estômago.
Com um choque, percebi que estava esfregando minhas coxas, tentando
aliviar a dor quente do desejo. Mudei de posição um pouco e me senti molhar.
Engoli com dificuldade. Minha mão deslizou sob a minha saia de malha fina
— apenas para conferir, disse a mim mesma. Já sabia que estava quase tão
encharcada quanto a mulher na minha frente. Até mesmo tocando através da
minha calcinha, meus dedos sentiram a umidade.
Ford golpeou uma, duas, três vezes mais, fiel à sua palavra, e a mulher
gemeu a cada estalo estridente. Ele estava respirando com dificuldade, mas não de
esforço. Seus olhos me queimaram sem sequer olharem em minha direção. O olhar
no rosto dele era de alguma forma distante e próximo ao mesmo tempo,
consumido pela necessidade absoluta do aqui e agora. Quase inconscientemente,
agitei a palma da minha mão.
Ele jogou a chibata no chão fazendo barulho. Se abaixou por trás da mulher,
um joelho de cada lado de suas pernas. — Boa garota. — ele ronronou. Agora sua
voz era hipnótica, ao invés de comandando abertamente, e coberta com pecado. —
Está pronta para que eu te foda?
Sem esperar por uma resposta, enfiou dois dedos dentro dela. Ela gritou
contra a mordaça e se empurrou para trás, tentando levá-lo mais profundo. Ele
rosnou em apreço e começou a meter a mão dele selvagemente. — Como uma boa
cadelinha; Está tão molhada para mim. — Ele arfou. Sua mão livre se movendo
para o zíper.
Minha força de vontade fracassou. De repente não me importava se Ford era
meu meio-irmão, um completo idiota ou um extraterrestre. Eu só precisava gozar.
Agora. Quando meus dedos começaram a esfregar pra valer, sufoquei um gemido
alto de alívio.
A cabeça de Ford virou. Seus olhos encontraram os meus e se arregalaram,
depois endurecem em fúria.
Quebrando o encanto erótico. De repente, senti-me como a voyeur que era.
Empurrou a porta, tropecei e fugi para a casa.
Não parei de correr até que estivesse segura no andar de cima no meu
quarto, cheia de vergonha e excitação persistente. A qualquer momento, Ford
subiria as escadas em meu encalço. Se não me odiava antes, com certeza odiaria
agora. Como pude espioná-los assim? Que tipo de pervertida eu era? Não me
lembrava da última vez que meu corpo tinha reagido tão violentamente a algo.
Minha libido tinha tirado meu cérebro da sela e assumido as rédeas. Se Ford
tivesse me parado, se tivesse me ordenado a chegar mais perto, se tivesse me
perseguido quando corri e me empurrado no chão como presa...
— Droga. — murmurei em voz alta. Minha buceta ainda doía, exigindo que
eu terminasse o que comecei. Tenho que parar com essa merda. Aqui e agora. Sem
me masturbar 'acidentalmente' pensando em meu meio-irmão. Depois do que eu
tinha acabado de ver, porém, sabia que nunca conseguiria tirar aquela imagem de
Ford da minha cabeça — parado perto daquela mulher com uma chibata de
montaria na mão e a crua luxúria em seus olhos.
Mesmo se uma ducha fria pudesse ajudar, não tinha coragem de me
aventurar fora do quarto. Mas após passarem os minutos sem nenhum sinal de
Ford, minha tensão começou a aliviar. Talvez ele não fosse me confrontar afinal. Se
ele queria agir como se nada disso tivesse acontecido, eu estava mais do que feliz
em participar. Algumas refeições familiares terrivelmente embaraçosas e todo o
episódio seria esquecido.
Só precisava vestir o pijama novamente, ir para a cama e fingir que não
tinha visto nada. Satisfeita com essa decisão, comecei a puxar a minha blusa sobre
a cabeça.
E então, Ford entrou de súbito.
Capítulo 4

l
Ford

O controle estava pulsando em minhas veias — o controle que só tenho


quando estou no meio de uma cena — evaporou no segundo que avistei Emma.
Meu pau, que eu tinha ralado para manter duro para Chelsea, diminuiu
rapidamente.
Depois que Emma e eu nos encaramos e ela virou as costas e fugiu, ajudei
Chelsea a sair de suas amarras, enrolei-a em um cobertor e sentei com ela
enquanto se acalmava. Alguns goles de água, algumas mordidas de chocolate e
encontrou seu equilíbrio novamente.
Eu a acompanhei até seu carro, e minha mente foi para a mulher na casa que
tinha acabado de foder com a minha noite. A razão de que havia Chelsea vinculado
em minhas cordas esta noite e sob minha mão era porque precisava aliviar a
tensão que Emma tinha despertado em mim.
Mas ela tinha tirado isso de mim.
E agora a garotinha curiosa tinha algumas explicações a dar.
Esterelizei, enrolei minhas cordas e reembalou meu saco de brinquedos.
Jogando-o por cima do ombro, seguindo até a passarela de tijolos e tudo o que eu
podia visualizar era o choque em seus olhos azuis brilhantes. E então o horror.
Era o suficiente para destruir um cara por dentro. Ela claramente não tinha
idéia do que havia interrompido. Provavelmente, estava ligando para a polícia
agora para comunicar que eu tinha uma mulher amarrada. O pensamento me fez
avançar um pouco mais rápido. Seria uma coisa se o deputado Jackson Harrison
respondesse à chamada — sabia pelos seus comentários que compartilhavamos
uma excentricidade — mas o resto do departamento do pequeno Condado iria me
arrastar primeiro, independentemente do meu sobrenome e fazer perguntas
depois.
Minha ala da casa — bem, o que tinha sido minha ala da casa — estava
quieta e escura.
Exceto pela luz suave que vinha debaixo da porta de Emma.
Eu não me incomodei em bater. Empurrei a porta, entrei e a tranquei atrás
de mim com um clique que fez Emma girar para me enfrentar.
Ela tinha a blusa na metade do caminho sobre a cabeça, tive um bom
vislumbre da pele suave e um sutiã rosa rendado. Meu pau flácido de repente não
estava mais mole. Ela puxou bruscamente a blusa para baixo, cobrindo-se, mas
meu pau não desceu como a maldita camisa. Não, esse filho da puta estava ficando
mais duro a cada segundo. Contive a vontade de me ajustar e forcei o foco para o
fato de que ela era a razão pela qual que eu não estava gozando na garganta de
Chelsea bem agora. Funcionou.
Minha frustração aumentou e alimentei a minha raiva.
— O que porra foi isso? — Minhas palavras eram duras e cortadas. Queria
ela no limite e tão incomodada quanto eu estava. Ela olhou para o chão por um
momento e usei aquele instante para mudar o meu pau para uma posição mais
confortável. Mas não fui rápido o suficiente ou sigiloso o bastante, porque quando
os olhos dela levantaram viram minha mão.
— O que... Sobre o quê está falando? — ela gaguejou, seus olhos subiram
rapidamente até os meus e depois desceram novamente.
Não acredito nisso, querida.
Ela entrelaçou os dedos, mudando de um pé para o outro, seus dedos do pé
rosa brilhante cravando no tapete espesso.
Atravessei a sala em dois passos e tive seu queixo entre os meus dedos,
forçando seu olhar subir até o meu. Não tinha certeza de quando decidi me mover.
— A menos que eu lhe diga que quero seus olhos no chão, quero eles em
mim quando estou falando com você.
Seus olhos azuis se arregalaram com surpresa. Aparentemente minha doce
nova meia-irmã não tinha muita experiência ser tratada com grosseria ou ordens.
A confirmação do que suspeitava me fez entrar em minha próxima pergunta. Uma
imprescendível.
— Você contou a alguém o que viu?
Ela engoliu, e sua surpresa desapareceu aos poucos quando decidiu tentar
ser corajosa.
— Ainda não, mas pode acreditar que vou. Onde está ela? Ainda está
amarrada? Você a machucou?
Suas perguntas eram como um tapa na cara. Qualquer mulher pensar que
um Dom abandonaria uma colega amarrada era abominável. Contive minha raiva
crescente, lembrando-me que ela claramente não tinha a mínima ideia do que
acabou de ver.
— Tem alguma ideia do que flagrou? — Perguntei. Não pude conter a
necessidade de educá-la. Disse a mim mesmo que era somente porque não queria
que ela fugisse e espalhasse que eu era um doente fodido que gostava de amarrar
mulheres e espancá-las. Embora que isso não seria uma declaração completamente
falsa.
Suas sobrancelhas se juntaram, endurecendo sua expressão. — Eu sei que vi
algo que não era correto. — Ela lançoas as palavras e senti como se estivesse
assistindo um gatinho aprendendo como afiar as garras pela primeira vez.
Ah, gatinha... Não julgue o que não entende.
Relaxei a pressão sob seu queixo e olhei ao redor do quarto. Vi o que
procurava na escrivaninha.
Um eReader.
Corri um risco calculado.
— Você parece o tipo de garota que passaria um bom tempo sentada com
um livro.
O queixo dela sacodiu baixo e recebi seu aceno de cabeça como um 'sim'.
— Você já leu alguma coisa sobre BDSM? Relações de Dom/sub? Troca de
poder?
— Isso é ficção. Não é algo que pessoas normais fazem. — As palavras dela,
embora julgadoras, não carregam um tom severo. Eram mais suaves, mais como
um questionamento.
Não pude deixar de roçar o meu polegar para frente e para trás abaixo de
seu queixo. Ela ficou tensa com o contato.
— Tem certeza de que é apenas ficção, cadelinha? Porque se fosse, seria
muito difícil acreditar que há um Dom parado na sua frente bem agora.
Soltei seu queixo e desci minha mão para o arco de sua garganta. Senti o
arrepio percorrer seu corpo contra meus dedos calejados.
— Eu... Não sei o que quer que eu diga. Não entendo o que você está... —
— Você não precisa dizer nada, cadelinha. E tudo o que você precisa
entender é que alguns homens têm... necessidades específicas. Além de
expectativas rigorosas. E acontece que eu sou um deles.
Seu pulso bateu fortemente contra meu toque, acelerando. Não tinha
certeza de como fez, mas a percepção tímida e submissa, que eu estava tendo dela
se transformou em algo completamente diferente.
Seus olhos brilharam, e ela se endireitou, deu um passo para o lado e
esbofeteou minha mão.
— Necessidades específicas e expectativas rigorosas? E o que isso requer
exatamente? A necessidade de amordaçar e amarrar uma mulher antes de fodê-la?
Que tal me dizer exatamente quais são essas necessidades e expectativas? Também
poderia aprender alguma coisa enquanto estou aqui neste verão.
Alguma coisa naqueles lindos lábios rosa, dizendo a palavra "fodê-la" me fez
querer fazer exatamente isso com sua boca. Meu pau pulsou contra o zíper, duro
como uma pedra. Evitei atender o seu pedido e me aproximei. Seu peito subiu e
desceu a cada respiração, e senti um sensação de vitória quando ela
inconscientemente se inclinou em minha direção.
Quer aprender algo neste verão? Veio ao lugar certo. Congelei assim que os
pensamentos se solidificaram em meu cérebro. Ela vai ser sua meia-irmã daqui a
poucos dias. E o que mais? Um bela bunda, uma convencida desagradável que não
tinha terminando o M.R.S. na faculdade.
— Não acho que uma princesinha arrogante como você poderia sequer
começar a entender o que um homem como eu precisa. Sem falar na existência de
uma chance no inferno de você fazer isso.
Seus olhos azuis zombaram de mim. — Me teste.
A resposta me chocou extrememente. Coloquei minha mão envolta de seu
ombro e a empurrei até que fosse forçada a recuar um passo. E depois outro — até
suas costas batessem na parede e eu estivesse bloqueando sua fuga.
— Você acha que poderia lidar com isso, querida?
Ela abriu a boca para responder, mas eu não esperei. Havia esperado o
bastante esta noite. Abaixei meus lábios até os dela e os devorei. Minhas mãos se
emaranharam em seu cabelo e inclinei sua cabeça, assim eu poderia aprofundar o
beijo. A pequena língua quente saiu e levei isso como um sinal verde para dar um
passo a mais. Movi minha perna esquerda, deslizando-a no meio de suas coxas.
Enganchei em sua saia, então desci uma mão à bainha e a empurrei para cima.
Agarrango a parte de trás de sua coxa, deslizei a minha mão cima... cima... até que
encontrei a pele macia e suave de sua bunda nua. Gemi em sua boca pela
descoberta, aprofundando o beijo. Sua bunda, que eu havia admirado abertamente
desde o primeiro dia, era suave e cheia, lutei contra a vontade de dar-lhe alguns
tapas , apenas para garantir que ela soubesse quem estava no comando agora. Suas
mãos subiram por meu peito e pressionei-a, querendo senti-la contra mim. Engoli
os pequenos choramingos que ela fez enquanto levava meu tempo acariciando
cada polegada de seu pequeno corpo delicioso e cheio de curvas
Porra. Se soubesse que ela estava usando um fio dental por baixo daquele
vestido, não podia ser considerado responsável pelas minhas ações. Recuei
aproximadamente um passo, e a palma da minha mão atormentou sua nádega
antes de deslizar entre suas pernas. Meu pau latejou insistentemente no segundo
que senti a renda umedecida cobrindo sua buceta. Ela se moveu, pressionando
contra a minha mão, e levou todo o meu controle para não empurrar aquela
barreira frágil de lado e mergulhar dois dedos dentro dela.
Me afastei do beijo apenas uma fração de polegada. — Porra, você está
molhada, baby. A sua buceta ficou molhada me observando mais cedo, ou enquanto
esperava minha mão sobre esta bucetinha quente?
Seu gemido em resposta era o som mais lindo que já tinha ouvido.
Eu queria entrar nela. Apenas a queria.
O pensamento me atropelou de uma forma sutil como um trem de carga.
Eu me afastei, tirando minha mão e colocando alguns centímetros
necessários para nos separar.
Seus olhos abriram confusos, e não consegui negar o forte orgulho
masculino que me cresceu em mim pela excitação aparente neles.
Ambos ficamos parados, polegadas distantes, aspirando oxigênio suficiente
para recobrar os níveis normais de funcionamento do nosso cérebro. Minha
atenção travou nela e em cada movimento. Quase consegui identificar o momento
que sua mente retornou para o que ela tinha visto no celeiro.
— Onde ela está? O que fez com a mulher? Você não me respondeu.
— Ela está em casa agora. Quente e enrola na cama, provavelmente
desejando que uma loirinha intrometida não tivesse interrompido uma cena que
garantia fazê-la gozar mais forte do que já gozou em sua vida antes.
— Por que vocês não... terminaram?
E essa não era a pergunta de 1 milhão de dólares da noite?
Decidi ser claro, porque esse era o tipo de cara que eu era e não me
desculpava por isso. — Talvez porque depois que te vi, não era ela quem eu queria
amarrada e de joelhos diante de mim.
Sua inspiração brusca e pupilas dilatadas estavam mais inebriadas do que o
Griff dando goles em bebidas baratas.
Voltei, minhas mãos circulando seus pulsos, puxando-os acima de sua
cabeça e prendendo-os na parede. Minha boca abaixou até a dela e saboreei mais o
proibido.
Era esse pensamento — saber que ela seria minha meia-irmã, daqui a uns
dias — que tinha que me afastar e atravessar para a porta, mesmo que ela ainda
estivesse arfando e necessitada.
Mas foi a minha maldita falta de filtro que me fez dizer: — Se quiser um
homem de verdade para te mostrar o prazer na submissão, sabe onde me
encontrar. Enquanto isso, tranque a porta.
A confusão em seu rosto era evidente quando fechei a porta.
Desci o caminho do corredor para o meu quarto e entrei, sem me preocupar
em trancar a porta. Se Emma tivesse coragem de vir pra mim esta noite, eu não iria
mandá-la embora, mesmo sabendo que esta foi a pior idéia que já tive em minha
vida.
Mas isso não me impediu de ir para o chuveiro, agarrar meu pau e imaginar
seus imensos olhos azuis e a perfeita boca rosa enquanto encontrava minha
própria libertação.
Capítulo 5

l
Emma

O frio concreto sob os pés descalços. Os braços erguidos, esticados pela


corda, deixando-me indefesa. Não conseguia sequer virar a cabeça, mas sabia que
Ford estava atrás de mim. Senti seus olhos sobre meu corpo nu.
De repente, ele agarrou meus quadris. Seus dedos se cravaram, asperos o
suficiente para machucar. Seu pau quente e duro pressionado contra a parte
inferior das minhas costas como um ferro em brasa. Gemi através da apertada
correia de couro entre meus dentes e me ergui nas pontas dos pés, moendo contra
ele, implorando para meu captor fazer o seu pior. Uma mão forte deslizou sob
minha barriga, descendo, entre as minhas coxas...
Pisquei acordada, desorientada. Demorei um minuto para entender onde eu
estava. Quando a bruma sonolenta finalmente se dissipou, atirei meu travesseiro
na parede, segurando um grito de frustração. Eu não sabia o que era pior — meu
subconsciente me traindo assim, em primeiro lugar, ou meu consciente me
interrompendo justo quando cheguei a parte boa.
Havia passado menos de uma semana desde que eu cheguei. Menos de dois
dias desde que Ford me encurralou no quarto sobre o que tinha visto. Ele
finalmente tinha quebrado o carregado impasse sexual entre nós — deixando
remediar numa nova forma ainda mais angustiante. Agora sabia qual a sensação
dos seus lábios nos meus. Quão talentosos seus dedos eram. Que tipo de coisas
queria me ensinar.
À noite, me agitava e virava, tentando esquecer. Durante o dia, evitava Ford
o máximo possível, lançando-me nos preparativos de última hora do casamento.
Não podia mais negar que o queria. Mas não podia ceder, também. Ficar obcecada
pelo meu próprio meio-irmão era errado de vários modos. E não era apenas meu
meio-irmão, ele era um Dom e um mulherengo — algo que não me atraia. Eu
precisava seguir em frente, aliviar minha cabeça dos pensamentos pornográficos
que ele e seu corpo quente e seu pau grande tinham criado, e desfrutar do meu
último verão de liberdade com a minha mãe. Certo. Como se isso fosse acontecer. Eu
estava oficialmente mais excitada do que um adolescente em um set pornô.
— Emma? Emma!
Eu pisquei. — Hum?
— Eu disse, você poderia me passar a tesoura? — Mamãe repetiu com um
pingo de impaciência na voz.
— Oh. Claro. — Dei-lhe a tesoura que estava segurando enquanto estava
desorientada.
Estávamos sentadas na mesa da cozinha preparando as lembrancinhas para
os convidados. Mamãe tinha encomendado uma caixa de sabonetes artesanais de
leite de cabra — um termo que nunca pensei que encontraria — com a ideia de
envolvê-los em bonitos saquinhos de algodão. Meu trabalho em nossa linha de
montagem de duas mulheres era amarrá-los com fita rosa. No entanto, como Ford
me deixou temporariamente demente, eu estava agora até os cotovelos com sabão
de cabra.
Mãe cortou alguns quadrados extras de tecido para si mesma, depois olhou
para mim novamente. Rezei para que um Eu quase transei com Ford não estivesse
escrito na minha cara. Quando eu era uma adolescente, ela praticamente podia ler
minha mente se quisesse. Ou talvez eu era apena uma péssima mentirosa.
— Está se sentindo bem, querida? — ela disse finalmente. — Tem estado
tão distraída ultimamente.
Sabia que ela não quis dizer isso de um modo repreensivo, mas ainda me
senti culpada. Seu grande dia era amanhã e eu não conseguia tirar o pau de Ford da
minha cabeça por tempo suficiente para ajudar. — Estou bem, mãe. Apenas
pensando sobre... — Peguei um embrulho e pensei em algo plausível. — Minha
oferta de trabalho. Tenho que achar um apartamento em Washington e tirar
minhas impressões digitais e, hum... como um milhão de outra coisas antes de
começar no outono.
Mamãe assentiu prudentemente, seu sorriso se tornando um pouco
agridoce1. — É muita coisa para se preocupar. — disse ela. Depois riu. — Crescer
não é divertido, não é? Pelo menos ainda tenho mais alguns meses para mimá-la.
Olhei para baixo para o bolo redondo de sabão na minha mão. Ela estava
certa. Agora que eu tinha encontrado um emprego adulto de verdade, não teríamos
muitos mais dias como este. Claro, tiraria férias, mas ainda não a veria quase tão
frequentemente quanto costumava. Para um verão a dois com Mamãe, eu estava
mais do que disposta a aguentar o comportamento estranho de Ford — para não
mencionar o meu.
— Cuidado para não segurá-lo por muito tempo. — mamãe disse vivamente,
já amarrando a fita em outra sacolinha de sabonetes. — Pode derreter. — Seu tom
soava exatamente como quando eu tinha oito anos, prestes a perder o meu sorvete
de casquinha para o sol quente.
Eu engoli o nó que tinha se formado de repente na minha garganta. — Ei,
mãe?
— Ei, Emmie? — Ela repetiu, provocando.
Mas antes que eu pudesse terminar, Celeste ressoou na cozinha. — Como
estão as senhoritas?
Senti uma pontada de irritação com a interrupção. Nós estávamos indo muito
bem antes de você se intrometer no nosso momento.
— Oh, você sabe... devagar e sempre. — mãe respondeu com um aceno de
sua mão. — Muito obrigado por todo seu trabalho esforçado. Não tinha certeza se
estaríamos prontos a tempo, mas acho que vamos conseguir.
— Não há problema... é meu trabalho, certo? — Celeste, olhou para baixo
para os ladrilhos sujos e suspirou. — Embora deseje que certos homens tirassem
as botas enlameadas antes de invadir a casa. Acabei de limpar o banheiro do
primeiro andar ontem e aqui estou eu novamente.
— Todo mundo está falando de mim. — cantarolou uma voz masculina lá
fora. A tela da porta se abriu e Mac foi até a pia da cozinha.
— A música não é 'todo mundo está falando para mim'? — Eu apontei.
— Licença poética. — Ele começou a encher um copo com água. — Não diga
Ford que entrei aqui. Estou quase terminando de organizar as mesas para a

1
(Emoção) mistura de tristeza e felicidade.
recepção... Só precisava molhar meu bico. — Com uma piscadela para mim, ele
acrescentou: — e roubar um minuto das três garotas encantadoras.
Celeste deu-lhe um sorriso forçado. Se a Mamãe não estivesse na sala, eu
tinha a sensação de que ela teria dito a ele exatamente onde enfiar seu bico.
Embora, não tinha certeza se ela queria que Mac desse o fora ou só prestasse
atenção nela em vez de mim.
Mãe só riu. — Cuidado, cavalheiro. Logo vou ser uma mulher casada.
— Mas há a regra número um. — disse Mac. — Sempre tenha algo doce para
dizer a esposa do chefe... pelo menos, quando o chefe não está. — Ele levantou a
cabeça em minha direção. — O mesmo vale para a filha do patrão.
Tarde demais, percebi que ele estava esperando que eu respondesse. Pisei
na bola completamente.
Mac era muito atraente e parecia ser um cara legal, mas eu simplesmente
não conseguia entrar no balanço para flertar com ele. A mesma coisa sempre
aconteceu com TJ, também. Nenhum dos peões da fazenda conseguiam estar à
altura de Ford. Ele estava só... em um outro nível. Sexy, másculo, no controle,
confiante sem esforço. Mesmo quando se comportava friamente, apenas fazia
contraste com o resto quente dele. E há duas noites atrás, tinha vislumbrado como
era quando ele se deixava queimar.
Imagine se eu ficaria obcecada por um cara daqui que não posso ter.
Bem, isso não era exatamente verdade. Eu poderia tê-lo. Ele tinha deixado
bastante óbvio o que queria fazer comigo. Diabos, ele literalmente me deu um
convite aberto para seu quarto. Mas o ponto era, que não devia. Não importava o
quão curiosa estava sobre submeter-me à Ford. Não importava o quanto queria
compartilhar o prazer que sua "cadelinha" tinha claramente sentindo.
Naquela noite, agachada do lado de fora da porta do quarto de correias, algo
tinha pegado fogo dentro de mim. Uma parte crua e selvagem em mim que nem
sabia que existia — e eu estava morrendo para explorá-la. Mas havia certas linhas
que nunca deveriam ser ultrapassadas. Tentei ignorar a vozinha pervertida na
minha cabeça que sussurrou, ele só é tecnicamente seu irmão.
Mac tomou sua água desajeitadamente. — Uau. Público difícil.
Merda. Eu estava totalmente desatenta e havia pisado na bola. De novo.
Parecendo decepcionado, Mac colocou seu copo na tábua de escorrer e
voltou lá para fora. Mamãe se virou para mim. — Queria me perguntar alguma
coisa, querida?
Eu balancei minha cabeça. — Não importa, não era importante. — Celeste se
sentou à mesa, enxugando a testa, e ela era a última pessoa na Terra que eu queria
por perto ao abrir minha alma. Olhei pela janela da cozinha, a tempo de ver um
Ford sem camisa, carregando uma pesada caixa de decorações sob cada braço.
Rapidamente, me concentrei extremamente no minúsculo laço que eu estava
amarrando.

a
A manhã seguinte amanheceu quente, clara e calma. O dia perfeito para um
casamento.
Os convidados começaram a chegar logo após o nosso pequeno café da
manhã atrasado; Russ ofereceu-lhes café e assentos na sala de estar até que
saíssem para o quintal. A maioria estava aqui por ele, mas também apareceram um
número surpreendente de parentes e velhos amigos de escola de Mamãe. Eles
ajudaram ou assistiram enquanto Ford, TJ e Mac organizaram as cadeiras no
gramado e estenderam um extenso tapete branco, levando ao gazebo à beira do
lago privado. Como dama de honra, fiquei feliz de me esconder dentro de casa e
ajudar Mamãe com seu vestido e maquiagem. Eu seria forçada a olhar melhor para
aquele homem em breve.
Com as primeiras notas baixas da banda, ajudei Mamãe a se preparar e
acompanhei-a até o altar. Ford tinha o menor sorriso possível, enquanto estava
atrás de seu pai. Não parecia exatamente extasiado, mas também não parecia
irritado. Tinha começado a se sentir mais seguro sobre sua nova madrasta? Ou
estava apenas com medo de Russ assassiná-lo se ele arruinasse o casamento? A
música terminou e disse a mim mesma para parar de me preocupar.
A cerimônia durou menos de uma hora. Depois de algumas palavras do
ministro sobre o amor como a mais verdadeira expressão de fé, Mamãe e Russ,
cada um recitou um poema — "Convite ao amor", por Paul Dunbar para ela, "Mais
como um arco" por John Ciardi para ele. Quando ele deslizou o anel de diamante no
dedo dela, a maneira que ela sorriu para ele me fez sentir uma estranha
tranquilidade. Podia ter sido o tempo bonito, com o céu de Montana nos cercando
como um oceano, mas vê-los olhar um nos olhos do outro... Não pude deixar de me
contagiar um pouco com seu otimismo. Não via mãe feliz assim há muito tempo.
Talvez as coisas realmente dessem certo às vezes. Talvez o que ela tinha com Russ
duraria.
Me atingiu novamente que Mamãe e eu estavamos ambas prosseguindo com
nossas próprias vidas. Apenas por momentos como este, percebi que estava feliz
de ter vindo a Wild Cliff.
Apenas mais onze semanas para partir. Não tinha certeza se aquele tempo
era muito longo ou muito curto.
Capítulo 6

l
Ford

Era estranho para todos os filhos adultos assistirem ao pai caminhar até o
altar? Tinha que ser. Não podia ser só eu.
Mas assistindo meu pai prometer amar, honrar e respeitar uma mulher me
desiquilibrou. E não apenas porque a mulher em questão tinha uma filha que
também me desiquilibrava completamente.
Ela segurou meu braço com força quando a conduzi para fora do altar,
enquanto se retiravam para a festa do casamento. Ela tirou a mão rapidamente
com algum pedido de desculpa sobre a necessidade de ver algo na recepção.
Forçado a comparecer novamente as fotos de família, não pude evitar, mas
me perguntei quão sinceros seus sorrisos eram. Especialmente porque tinha me
evitado desde então.
O brinde dela na recepção sob a grande tenda branca tinha sido simples e
sincero. Lembrou-me também que ela tinha feito isso muitas mais vezes do que eu.
Minha confiança na longevidade do novo casamento do meu pai não era
particularmente elevada. Eu me considerava um realista e o histórico de Cynthia
deixava muito a desejar. Só esperava que desse certo, para o bem de ambos.
Os convidados estavam conversando e misturando-se, e o bar já tinha um
fluxo constante de pessoas circulando. Eu era um deles. Peguei uma cerveja e
decidi participar de um jogo de bebidas por nenhuma razão em particular: toda vez
que Emma me olhava e depois desviava o olhar quando a pegava me encarando, eu
beberia.
Não demorou muito tempo para terminar a minha primeira cerveja.
Cerveja número dois foi algo parecido com isto:
Emma reorganizava o buquê da mãe na mesa; nossos olhos se travavam. Eu
bebi.
Emma conversava com uma convidada idosa e a ajudou em nossa mesa.
Seus olhos pousaram onde eu estava encostado no bar. Eu bebi.
Emma pegou uma taça de champanhe da bandeja do garçom e olhou
diretamente para mim, enquanto me sentava na mesa. Eu bebi.
Emma terminou um segundo copo de champanhe e permitiu ser puxada
para a pista de dança pelo filho do nosso vizinho, que tinha aproximadamente
cinco anos de idade. Ela olhou para mim, sorrindo, antes de voltar rapidamente sua
atenção para o pequeno cowboy. Eu bebi.
Eu continuei este jogo até outra cerveja antes de mudar para uísque e
finalmente desistir porque acabaria muito embriagado.
E agora eu queria arrastá-la da pista de dança para o meu quarto, arrancar
aquele vestido azul sensual e prendê-la na minha cama antes de fazê-la gozar tao
forte que esquecesse o próprio nome. E o toque de todos os outros homens.
Cada olhar dela aumentava a possessividade crescente dentro de mim. Meu
aperto testou a força do copo, e eu me forcei a relaxar enquanto o levantava para
os meus lábios e balançava o conteúdo. Não me importava que este único malte
custasse mais do que muita gente tinha conseguido em um mês. Estava mais
preocupado em tirar da cabeça a mulher que zombava de mim a vinte pés de
distância.
Jurava por Deus que ela estava fazendo isso intencionalmente. Evitando-me
— ficando pelo menos vinte pés de distância sempre — e ainda mantendo aqueles
olhos azuis brilhantes pousando em mim. Seu último copo de champanhe a deixou
mais ousada. Eu não estava bêbado. Sabia quando uma mulher estava interessada.
E essa mulher? Ela estava preparada e pronta. Mas isso não significava que eu
poderia me precipitar e satisfazer meus instintos primitivos. Não, esta situação
requeria planejamento cuidadoso e discrição.
Quando ela dançou com Griff, fiquei um tanto surpreso. Foi engraçadinho
vê-la puxar o velho excêntrico de seu lugar e convencê-lo a dançar uma música de
passo duplo. Onde Emma tinha aprendido passo duplo, não conseguia sequer
adivinhar.
Minha diversão morreu rapidamente, assim que Mac interveio e girou-a
para longe de Griff, puxando-a para perto de seu corpo, quando a música mudou
para algo mais lento. Tive que me virar de costas, ir até o bar para um
reabastecimento e me contentar com o fato de que ele teria tempo de sobra para
refletir sobre seu movimento idiota pelas costas em sua sela enquanto cavalgasse
cercando no sol escaldante.
Retornei à minha posição na borda da tenda, olhando e esperando. A música
finalmente terminou, Mac tirou o chapéu e saiu da pista de dança. Era melhor o
pequeno desgraçado procurar uma mulher à sua altura.
A banda seguiu em outra maldita música lenta e outro cowboy que não
entendia muito bem o significado de 'não pôr as mãos' se adiantou para Emma.
TJ. Aparentemente, não deu ouvidos ao meu alerta também. Os filhos da
puta.
Mac era o tipo de cara que pensava mais com o pau do que com o cérebro
quando se aproximava de mulheres, e apenas pensava em molhar o pau. Eu não
podia dizer o mesmo sobre o TJ. Ele era um cara esperto. Pensativo. Procurando
uma mulher para instalar-se na fazenda e começar a fazer bebês.
E odiei como ele olhava para a Emma. Como se ela pudesse ser aquela
mulher. Os olhos dela dispararam para mim novamente, e os encontrei, esperando
que pudesse ler a irritação e a posse queimando através de mim. Ela ruborizou,
deixou os olhos desviarem dos meus e olhou novamente para o rosto de TJ,
colocando as mãos atrás do pescoço dele.
Oh, querida, sua bundinha apetitosa vai pagar por esse movimento.
Minha palma formigou com a necessidade de tê-la sob a minha mão. Essa
necessidade se intensificou vários graus quando o som claro de sua risada flutuou
pela pista de dança e seu leve sorriso se alargou em sua face. TJ levantou a mão
para acariciar um cacho em sua face... e quase perdi meu aperto meu bom senso.
A única coisa que me evitou? Ironicamente, meu pai. Nada como o lembrete
de que a mulher que queria sob você era sua meia-irmã.
Pai, já há vários uísques de sua própria experiência, parou ao meu lado e
tilintou nossos copos. Ele seguiu meu olhar para a pista de dança.
— Você vai ser gentil com Emma enquanto Cyn e eu estivermos ausentes,
ou vai se ver comigo quando voltarmos.
As palavras soaram como se ele estivesse falando com uma pessoa de treze
anos de idade e não de vinte e cinco.
— Imagino que tanto nos comportaremos como ficaremos bem, pai. — Não
acrescento, porque se não me comportasse, haveria uma boa chance das coisas
sairem de controle muito rápido.
Papai tomou um gole de seu whisky e me estudou. — Ela não conhece
ninguém aqui e vamos ficar fora por uma semana. Não a quero deixada ao Deus
dará o tempo inteiro. Espero que a faça sentir-se bem-vinda e certifique-se de que
não está entediada.
— Então espera que eu largue tudo e me torne seu diretor entretenimento?
Os olhos de meu pai, da mesma cor que os meus, ficaram sombrios. —
Compartilhe suas refeições, pegue seu cavalo de equitação, mostre a ela a fazenda.
Melhor ela estar feliz e sorridente quando voltarmos.
Cada palavra que saiu da sua boca me deu várias ideias. Eu precisava
terminar esta conversa — agora.
— Claro, pai. — Eu disse, mas ele estava observando Cyn atentamente, que
parecia que estava saindo da tenda e indo em direção a casa.
Pai me deu um aceno distraído. — Bom. Sabia que podia contar com você.
Agora preciso ver a minha noiva. — Ele não esperou pela minha resposta, apenas
cruzou a tenda mais rápido do que já tinha o visto se mover.
E seguir os movimentos do meu pai devolveu a minha atenção a pista de
dança e Emma. Onde ainda estava enrolada nos braços do TJ.
Deixei meu copo, agora vazio, na bandeja de um garçom que passava. Estava
farto. Meu caminho foi curto e direto.
TJ e Emma ficaram quietos quando parei em cima deles.
O olhar de TJ era cúmplice. Ousado. Ele estava me provocando de
propósito? Agora, eu não ligava.
Minha voz soou áspera, até para mim, quando disse. — Acredito que me
prometeu uma dança, Emma.
O choque iluminou seus olhos e retornaram a TJ.
Não olhe para ele, Emma. Ele não vai te salvar.
Pude ver o momento em que ela decidiu ceder, para apenas não fazer uma
cena. TJ tirou o chapéu para nós dois.
— Chefe. Emma.
Eu assentiu em resposta e puxei Emma para dentro dos meus braços. Seu
corpo estava duro, quase de madeira — o oposto da mulher flexível e apaixonada
que tinha sido apenas há alguns dias atrás.
Inclinei-me e falei em seu ouvido. — Pensou que porque não fizeram uma
dança da dama de honra e do padrinho, atravessaria esta noite sem eu ter você em
meus braços?
Sua resposta foi calma, de modo a não transmitir, e peguei o menor sinal de
pânico nisso. — Por que está fazendo isso? E se alguém...
— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha
nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.
— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — Ela se virou
rapidamente para pressionar o quadril contra meu tesão crescente, que estava
escondido entre nós.
— Não posso evitar o que você faz comigo. — Admiti.
Emma não se afastou, mas se pressionou em mim novamente, seus olhos
fixados as abotoaduras do meu smoking.
— Você não deveria fazer isso a menos que esteja preparada para lidar com
as consequências. — Minha voz saiu grave, quase um rosnado.
Finalmente levantou o olhar para mim, seus olhos com um toque de malícia.
— Acho que posso lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.
Sua completa reviravolta tinha-me levantando as sobrancelhas e meu pau
endurecendo ainda mais contra seu estômago.
— Não gosto muito de garotinhas que gostam de provocar quando têm um
pouco de champanhe abastecendo a coragem. — Eu sabia exatamente quanto ela
tinha bebido, porque a observei de perto a noite toda. Mas acho que não era o
suficiente para prejudicar seu julgamento e impedi-la de tomar uma decisão
consciente quando finalmente ficamos sozinhos.
— Não é o champanhe, e posso não ser tão experiente quanto você, mas não
estou brincando. — Ela engoliu e sua coragem pareceu vacilar por um momento
antes que acrescentasse. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com
isso.
Lentamente nos movi para fora da pista de dança, e estávamos próximos da
entrada da tenda quando ela fez essa admissão. O que era provavelmente é bom,
porque ninguém poderia me ouvir dizer-lhe: — É melhor ter certeza de que quer
isso, porque pode acabar recebendo mais do que esperava.
A hora de colocar nossas cartas e ver se queríamos a mesma coisa tinha
chegado. Cada olhar que tinha me atirado esta noite dizia que ela queria. Eu só
precisava que dissesse as palavras.
— Eu quero isso. — Emma disse, sua voz calma, mas confiante.
Graças a Deus.
Capítulo 7

l
Emma

No momento em que a recepção começou, coloquei a maior distância


possível entre o Ford e eu. Ainda estava terrivelmente ciente de que ele estava me
observando, mas ao mesmo tempo, prazerosamente embriagada e feliz pela
Mamãe. Algo que não descobri estava no ar, um tipo de... despreocupação. Como se
o futuro não fosse algo para se preocupar — ou porque não existia, ou porque tudo
iria ficar bem no final. Não tinha certeza. Mamãe tinha agarrado a felicidade onde
quer que a encontrasse, e isso nem sempre tinha dado certo, mas finalmente, as
coisas deram certo para ela. Talvez eu devesse tentar essa atitude, também. Pare de
pensar tanto sobre a vida e apenas viva.
Mais fácil falar do que fazer. Por isso dancei com todos os homem que
pediram, até mesmo arrastei o velho Griff para a pista, tudo em um esforço para
evitar de notar como Ford parecia delicioso em seu smoking. Era uma batalha
perdida.
Enquanto dançava com o TJ, Ford olhava para mim de uma forma que
deixou minhas bochechas quentes. Com raiva, luxúria, posse. Forcei-me a desviar o
olhar e voltar ao rosto do TJ, deixando a mão que tinha apoiado em seu se mover
para sua nuca.
— Está tendo um bom verão, Srta. Emma? — TJ perguntou.
— Sim. — Respondi com um sorriso. Não podia evitar de gostar de TJ.
Provavelmente ninguém poderia. Ele tinha um jeito cavalheiro, apenas áspero o
suficiente em torno das bordas para ser ainda mais charmoso. E sua aparência não
era ruim - tinha um corpo como de uma capa de romance Ocidental.
— Bem, se houver algo que possa fazer por você, basta gritar. Como um
passeio à cidade... num cavalo ou caminhão, o que achar melhor. — Ele mostrou
rapidamente um sorriso torto.
Eu ri. Mac teria dito algo como: — uma visita particular a casa de um peão.
— Espere, você está certo sobre isso. — Ele tirou uma mecha perdida de
cabelo do meu rosto.
Por trás da cabeça de TJ, Russ monopolizava Ford no posto de 'observador
de Emma' na borda da tenda. Não consegui ouvir o que estavam falando, mas Ford
parecia mais irritado a cada segundo. Ao menos ele finalmente tinha parado de
arrancar meu vestido com os olhos. Aliviada e estranhamente desapontada, tentei
focar novamente na dança com TJ.
Mas mesmo uma bronca de seu pai — agora meu padrasto, também,
lembrei a mim mesma — não impedia Ford por muito tempo. Assim que Russ foi
na direção de Mamãe, Ford caminhou pela pista de dança, se aproximando até que
nenhum de nós pudesse ignorá-lo.
Ele e o TJ trocaram um longo olhar. Comunicando o quê, não sei exatamente,
mas a tensão na atmosfera era inconfundível. Quando pensei que TJ havia pisado
em merda, Ford virou sua atenção completamente para mim. — Acredito que me
prometeu uma dança, Emma.
Não te prometi nada, eu estava tentada a dizer. Mas não queria armar um
barraco no meio da recepção da Mamãe. Olhei de relance para TJ para avaliar seus
sentimentos e o vi já à beira de desistir. E tinha que admitir, a ideia de chegar perto
de Ford não era desagradável. Oh, que diabos - uma dança não podia machucar.
Assenti para Ford.
Com uma rápida despedida, meu parceiro de dança saiu. TJ estava longe de
ser estúpido; Ele sabia não desperdiçar seu tempo se colocando entre Ford e algo
que ele queria. Senti-me de repente paranóica. O quanto o peão da fazenda sabia?
Talvez pensava que Ford estava sendo superprotetor com sua nova meia-irmã. Não
havia forma que pudesse buscar por informações sem torná-lo suspeito. E se ele
pensava que havia algo acontecendo entre nós... iria manter sua boca fechada, já
que Ford era o chefe, ou havia uma possibilidade de contar aos nossos pais?
Mas antes que pudesse me perguntar demais, Ford praticamente me
arrastou em seus braços. Enrijeci contra ele, assustada e muito consciente de seu
corpo por baixo do smoking. Após evitá-lo por tanto tempo, sua proximidade agora
me deu uma sensação eufórica, muito mais potente e perigosa do que minha
excitação do champanhe.
Ele inclinou a cabeça. Tremi quando seu hálito fez cócegas em minha orelha.
— Pensou que porque não fizeram uma dança da dama de honra e do padrinho, —
ele disse lentamente. — atravessaria esta noite sem eu ter você em meus braços?
— Por que está fazendo isso? — Silvei. Isso saiu muito ofegante do que eu
pretendia. — E se alguém...
— Não há absolutamente nada impróprio sobre eu dançar com a minha
nova meia-irmã. Seria estranho se não dançasse.
Eu estava imaginando o sorriso na voz dele? Miserável. Talvez uma dança
de irmãos não era inerentemente estranha, mas ele me segurava muito perto, com
sua mão, nem sequer uma polegada acima da minha bunda. Estávamos quase
moendo juntos. Meu rosto aqueceu quando ele endureceu contra minha barriga.
— Não me chame de meia-irmã se vai esfregar isso em mim. — repliquei,
enpurrando meu quadril em sua virilha para dar ênfase.
O olhar de Ford não vacilou. — Não posso evitar o que você faz comigo. —
A nota de sinceridade na dele me fez parar. Queria constrangê-lo, mas ele
não estava nem tentando esconder o quanto me queria bem agora. Estava sendo
completamente franco consigo mesmo - seu corpo, seus desejos. A realização me
encheu igualmente de inveja e choque.
Mas fiquei ainda mais chocada comigo mesma quando me pressionei mais. E
meu Deus, a protuberância na calça dele parecia enorme.
A voz de Ford se tornou rouca, quase um rosnado: — Você não deveria fazer
isso a menos que esteja preparada para lidar com as consequências.
Um calafrio desceu pela minha espinha. Fiz isso com ele. E ele fez isso
comigo - o calor se espalhando em meu ventre era como um ímã. Tinhamos
provocado um ao outro e agora ele estava aqui, pronto para me reinvindicar
quando dissesse a palavra. Senti uma estranha justaposição eletrizante de poder e
vulnerabilidade.
Antes que meu bom senso podesse me atingir, respondi. — Acho que posso
lidar com quaisquer consequências que você possa inventar.
Rá rá. Isso arrancou uma reação dele. Seus olhos faíscaram com interesse e,
em seguida, estreitaram ligeiramente. — Não gosto muito de garotinhas que
gostam de provocar quando têm um pouco de champanhe abastecendo a coragem.
— Não é o champanhe... — Essa poderia ser a desculpa que eu usaria
amanhã de manhã, mas agora, estava bêbada por outra coisa. — ...e posso não ser
tão experiente quanto você, mas não estou brincando. — Engoli, me encorajando,
depois, confessei. — Não paro de pensar nisso. Diabos, eu até sonho com isso.
Ele me estudou de modo aguçado enquanto nos afastavamos da multidão
principal de dançarinos. — É melhor ter certeza de que quer isso, porque pode
acabar recebendo mais do que esperava.
Era isso. O ponto sem retorno. Não porque eu tinha medo de Ford — se eu
mudasse de idéia no último minuto, sabia que ele me deixaria ir. Mas agora, ainda
tinha uma negação plausível. Poderia me afastar em definitivo, culpar tudo que
aconteceu entre nós, a má sorte, os hormônios, tudo... e passar o resto do verão
sendo torturada por sua presença atraente. Se dissesse que sim, não seria mais
capaz de mentir para mim mesma.
Mas aquilo era exatamente o que eu estava vivendo, não era? Uma mentira.
Novamente, senti aquela sensação de leveza de antes e de repente,
claramente percebi que a vida era curta. Por que diabos deveria mentir para mim
mesma? Por que não deveria me entregar? Apenas ganhar o que queria, sem
importar o que um hipotético terceiro pensaria?
Meu coração acelerou com antecipação. Muito antes que tivesse admitido a
mim mesma, algo profundo em meu interior havia decidido por mim.
Finalmente eu disse: — Eu quero isso.
Ford não perdeu tempo. Com um rosnado, me puxou da pista de dança e me
apressei meio passo atrás dele.

a
Ford me conduziu ao redor do lago particular para o gazebo onde nossos
pais tinham se casado há apenas algumas horas antes. Uma lua crescente refletiu
sob a água, dividida em fragmentos de luz branca. A recepção ainda estava em
pleno andamento do outro lado, mas se alguém achasse que era uma noite para
passeio, nada iria impedi-los de nos ver.
Ele esmagou nossas bocas num forte beijo e, então, se afastou rapidamente,
me deixando ofegante. — Você sabe, sou oficialmente seu meio-irmão agora. Ainda
há uma chance de voltar atrás.
— Sei disso. — Se ele não entrasse em mim nos próximos cinco minutos, eu
ia entrar em combustão espontânea. Até mesmo o pensamento de ser descoberta
não me esfriava - apenas adicionava um fascínio proibido a aquilo que estávamos
prestes a fazer. — Não me peça para fazer essa decisão, novamente.
Com uma risada baixa e sombria, ele começou a desfazer a gravata de seda
preta. — Enquanto tiver certeza.
Agora que se trata de sexo, é positivamente brincalhão.
Ele se moveu para frente, me pressionando contra uma das colunas do
gazebo. — Eu vou amarrar suas mãos. — disse, acariciando minha bochecha. — Se
não quer isso, fale agora.
— Eu te disse que queria isso, e é verdade. — Sem ser solicitada, cruzei
meus pulsos. O que havia visto no quarto dos equipamentos ainda estava ardendo
em minha mente; Sonhei sobre cada detalhe. Nesta parte, pelo menos, sabia o que
fazer.
Com um ruído baixo e satisfeito, começou a trabalhar. A seda fria e suave
deslizou sobre meus pulsos. Quando ele recuou novamente, estirei o nó
experimentalmente. Estava apertado, mas não doloroso. Acho que já sabia que ele
tinha muita prática nisto. Abaixei minhas mãos, ciente de repente de como meus
seios pareciam, comprimidos pela parte superior dos meus braços.
Ford observou de perto enquanto eu testava minhas amarras. Com mais
coragem do que realmente sentia, olhei em volta e disse: — E então? O que está
esperando?
— Não seja tão impaciente, cadelinha. — Uma mão agarrou meu quadril. A
outra subiu as minhas costas até minha nuca, segurando-a assim poderia me
provar quando quizesse . Ele mordeu a minha clavícula exposta - suave por agora,
mas com a promessa de mais depois - e trilhou beijos demorados em meu pescoço.
Cada toque corria diretamente entre minhas pernas. — Você tem que escolher uma
palavra de segurança primeir. — ele murmurou no meu ouvido.
Bem agora, mal conseguia me lembrar o que era palavra regular. Meus
pensamentos se mantinham dispersos e flutuando, como o luar no lago. Ainda
podia ouvir a música de jazz da recepção flutuando sobre a água. A possibilidade
de ser apanhada correu pela minha mente novamente, e me contorci com
excitação.
Ele se aproximou de mim para abrir meu vestido. Sua ereção roçando
contra minha buceta molhada, separada apenas por algumas camadas de pano, e
meu estômago se amarrou em nós. Eu estava em um frenesi, desesperada para
tocá-lo, ser tocada por ele, perdendo-me no prazer que tinha sido negado por
muito tempo. Sabia que deveria impedi-lo até que entendessemos tudo, mas não
podia me ouvir pensando acima dos meus instintos gritando: deixe-o fazer o que
quiser com você. Sua pulsação constante acelerou através de nossas roupas; Talvez
estivesse mantendo a calma, mas estava ficando tão selvagem quanto eu.
A frente do meu vestido cedeu na frente. Ele puxou para baixo, dobrando-o
até que o tecido pesado cobrisse meus braços amarrados. Meus mamilos
endurecidos pelo ar fresco da noite. Por um momento, ele olhou avidamente meus
seios libertos. Então se ajoelhou para lamber e chupar a carne macia e delicada.
Abri minha boca, mas apenas um gemido saiu.
Ele afastou a cabeça e olhou para mim. — Já pensou na sua palavra de
segurança?
Meu rosnado de frustração soou como um gemido. Eu ia chorar. E talvez,
matá-lo depois. — Eu não... Eu não sei... — Gaguejei.
— Então acho que a escolha é minha. Baseado na linda cor dos seus
mamilos... — Ele rolou os dois entre o indicador e o polegar, enquanto falava,
quase ocioso. — O que acha de 'rosa'?
Tudo o que conseguia fazer era acenar, sem fala, tremendo de necessidade.
Capítulo 8

l
Ford

— Preciso de mais do que um aceno de cabeça, cadelinha. Preciso que fale.


— Seus grandes olhos azuis me encarram e forcei a me concentrar nas coisas
importantes primeiro. Não importava quão boa era a sensação de seus pequenos
mamilos rosa rolando entre os meus dedos ou quão atraentes aqueles perfeitos
lábios vermelhos pareciam, precisava estabelecer o básico primeiro.
— O qu... O quê? — ela ofegou.
— Sua palavra-chave, Emma. Diga-a.
Seus lábios formaram a palavra, e saiu como um sussurro.
— Mais alto.
A bruma de luxúria nos olhos dela estava lançando faíscas de rebeldia.
Gostava de espírito em minhas subs, e Emma decididamente tinha.
— Rosa, que droga. Agora pode acelerar isso?
— Acho que a primeira lição precisa ser paciência, cadelinha - e a melhor
maneira de ensiná-la é provocá-la até que esteja implorando para gozar. Vai ser
seu lembrete de que sou eu quem manda aqui - não você. Vai receber o que te dar e
acredite quando digo que vou me certificar que ame isso.
— Mas...
— Não me faça te amordaçar, Emma. Porque eu vou. — Avisei. Abaixei
minha boca até seu ouvido e falei diretamente nele. — A menos que esteja
esperando atrair audiência.
Ela não respondeu. Diabos, não tinha certeza se ela respirava.
Abri minha boca, para perguntar se ela estava comigo, mas respondeu: —
Está bem.
Seus lábios roçaram meu maxilar, quando disse a palavra. Não sei se o
contato foi intencional, mas porra. Se meu pau já não estivesse duro como pedra,
teria ficado. O que essa mulher tinha que precisava de tão pouco para me
satisfazer?
Necessitando afirmar o controle da situação, soltei seus mamilos e rocei as
palmas das mãos sobre seus seios, até o pescoço e enterrei meus dedos em seu
cabelo. Puxando para trás, me inclinei e esmagei minha boca na dela novamente. O
gosto de champagne e Emma aguçou minha fome para uma dor quase primitiva.
As mãos, mesmo atadas, correram meu peito, como se estivesse
desesperada por contato. Elas se atrapalharam com o botão das minhas calças
formais e puxaram o zíper.
Devia ter parado, mas eu queria suas mãos em mim e seu entusiasmo fez
esta loucura parecer ser a melhor ideia que já tive. Afastei meus lábios dos dela
para incitá-la.
— É isso, cadelinha. Solte meu pau. Quero sentir suas mãos envolvidas em
torno de mim.
Ela inalou bruscamente, e adorei saber que meus comandos a chocaram.
— Isso te deixa molhada, Emma? Quando digo que quero meu pau em suas
mãos? Você ficaria molhada se dissesse que queria meu pau entre seus perfeitos
lábios vermelhos, também?
Ela se atrapalhou com o zíper, se devido as minhas palavras ou as
restrições, não tinha certeza.
— Responde-me, cadelinha. Quando fizer uma pergunta, espero que me
responda.
O zíper deslizou para baixo e suas mãos cercaram meu pau, quando ela
sussurrou. — Sim. Muito molhada.
Jesus. Eu segurei um gemido. Ela me segurou mais apertado e meti entre
suas palmas.
— Boa garota.
Deixei-a me agarrar e me acariciar por apenas alguns momentos antes que
eu soubesse que tinha de parar. Mais tempo, e poderia não merecer me considerar
um homem — para não falar, um Dom. Precisava tomar as rédeas, ficar sob
controle, e Emma precisava ser a única ofegante sob meu toque, pronta para
despedaçar.
— Basta. — Eu disse, desembaraçando meus dedos do cabelo dela.
Ela congelou, seus grandes olhos azuis me encarando. — Eu fiz algo?
Eu balancei minha cabeça e um sorriso se puxou dos cantos da minha boca.
— Não, cadelinha. É a minha vez de jogar.
Ela tirou as mãos do meu pau, e silenciei o gemido que ameaçou sublevar-se
ao perder seu toque. Minhas mãos cairam para a saia de seu vestido e deslizaram
para baixo o tecido de seda, até chegar a bainha. Os olhos dela dispararam de um
lado para outro, procurando alguém que pudesse ver o que eu estava prestes a
fazer.
— Olhos em mim, cadelinha. Apenas em mim.
— Mas...
— Você só precisa se preocupar com o que eu quero, e eu vou me preocupar
com todo o resto. Essa é a beleza disto. Pode relaxar, se coloque em minhas mãos e
tem minha palavra de que não vou trair essa confiança.
Ela piscou duas vezes. — Não posso acreditar que estamos realmente
fazendo isso. A coisa toda de confiança. Mal te conheço.
Parei. — Você disse que queria isto.
— Eu quero. Só... é apenas tão... real quando coloca isso assim.
— É real. Tão real quanto você quer que seja. Tem a sua palavra de
segurança, tudo o que precisa fazer é falar, e tudo pára. — Deslizei as mãos sob a
bainha do seu vestido e subindo por suas coxas. — Por exemplo, se não quer que
eu descubra como sua buceta está apertada, deve dizer isso bem agora, porque
senão meus dedos vão se enterrar dentro de você.
Pude sentir um arrepio de corpo inteiro atravessá-la. Reduzi meus
movimentos, dando-lhe tempo para protestar. Ela não fez. Arrastando um polegar
ao longo da frente de sua calcinha, já podia dizer que ela estava encharcada. Meu
pau, que estava mal colocado dentro de minha calça social, ficou tenso quase ao
ponto de doer. Olhos azuis vidrados com luxúria — uma expressão que eu tinha
visto tantas vezes antes, mas que era mais bonita em Emma. Meu polegar deslizou
para baixo, provocando as bordas da calcinha dela.
— Quero isso fora de você. — disse e usei minha outra mão para levantar a
frente do vestido até sua cintura e tirá-la por suas pernas. Ela movimentou seus
quadris, me ajudando a remover sua calcinha, e lutei contra o impulso de rasgá-la.
Uma vez que a barreira final se foi, meus dedos a encontraram novamente, sem
perder tempo escorregando entre suas pernas e atormentando o calor agradável.
— Jesus, querida. Está tão molhada. Como um maldito sonho.
Ela se pressionou em meu toque quando provoquei sua entrada. Porra. Não
sabia mais quem estava provocando — Emma ou eu. Pare com essa merda. Deslizei
um dedo dentro dela e não consegui conter uma maldição.
Coloquei lentamente um segundo dedo para se juntar ao primeiro, fodendo-
a lentamente. Dolorosamente lento. Seus choramingos e gemidos me incitaram,
suas mãos amarradas alcançaram meu pescoço e o rodearam, arrastando minha
cabeça para baixo. Meus lábios encontraram os dela e nosso beijo foi selvagem:
lábios, dentes e língua. De alguma forma, minha mão livre encontrou o caminho
atrás de seu cabelo e inclinei sua cabeça para o lado para aprofundar.
Profundo.
Até mesmo pensar na palavra fazia meu pau pulsar com impaciência.
Me afastei, mas ainda podia sentir sua respiração em meus lábios. — Eu
preciso estar dentro de você. Agora.
— Sim. Sim. Agora.
Eu a soltei e deixei minhas mãos caírem sob sua bunda, levantando-a. —
Coloque as pernas em volta de mim.
Ela obedeceu minha ordem e meu pau se ajustou contra sua buceta. A
cabeça arrastando através do calor escorregadio quanto eu a levantava e abaixava,
provocando a ambos. Na descida seguinte, desacelerei e alinhei meu pau para
deslizar à vontade. Afastei meus quadris para impulsionar — um impulso que
sabia que me levaria direto para o céu.
Mas então eu congelei.
A razão que me sentia tão bem? Eu não tinha camisinha.
— Porra. O preservativo.
— O quê?
— Preservativo. Eu esqueci uma maldita camisinha.
A compreensão foi um balde de água gelada.
Mas. Que. Porra. Minhas mãos ainda estavam segurando a bunda de Emma,
mas ela já estava lutando para descer. Eu a desci.
— Merda. — Ela respirou, empurrando o vestido para baixo. Segui seu
exemplo e fechando o zíper da minha calça novamente. — Não consigo acreditar...
o que eu estava pensando?
O que ela estava pensando? O que eu estava pensando? Jesus. Eu nunca tinha
esquecido uma camisinha na minha vida. Nunca. E também nunca deixei uma
submissa descarrilhar uma cena totalmente. Não sabia o que Emma estava fazendo
comigo. Eu precisava sair e colocar a minha cabeça no lugar.
— Deveríamos voltar para a recepção. — As palavras saíram severas e
baixo, mas não fiz nada para suavizá-las. Meu olhar agarrou a seda preta aos meus
pés. Sua calcinha. Eu a apanhei e ofereci. — Precisa pôr isto outra vez.
Ela aceitou a calcinha enrolada, mas olhou interrogativamente para ela. —
Acho que não vou colocá-la de volta... Considerando que estava no chão.
Parecia que a ligação tinha acabado, sua natureza obstinada crescendo.
Queria vê-la curvada a mim — mesmo em algo simples.
— Emma, você vai usar sua calcinha.
— Ford. — disse ela, levantando o queixo. — Ela realmente não é
necessária. Apenas coloque-a em seu bolso ou algo assim.
Eu me aproximei, prendendo-a contra a parede do gazebo. Minha voz era
baixa e meu tom não tolerava argumentos. — Acho que não entendeu, cadelinha.
Não vai deixar este gazebo sem a calcinha cobrindo essa bucetinha apertada. Não
posso ser responsabilizado pelos meus atos se souber que você está aqui fora, não
usando nada debaixo do vestido, ou dançando com outros homens.
Sua boca caiu aberta, o que só me fez querer empurrá-la contra a parede e
começar tudo de novo.
Eu me afastei. Quando não fez nenhum movimento para voltar a vestir sua
calcinha, falei bruscamente: — Agora, Emma. Ou vou te colocar no meu colo e não
vai se sentar pelo resto da noite porque sua bunda está vermelha.
Sua boca se fechou, ela colocou um pé e, em seguida, o outro em sua
calcinha e subiu por suas pernas. A expressão dela se tornou teimosa. — Aqui. Feliz
agora?
— Estaria mais feliz se estivesse com bolas enterradas profundamente
dentro de você. Agora vamos lá.
Eu estava tentado a pegar sua mão e arrastá-la de volta à recepção atrás de
mim, mas não queria levantar qualquer suspeita sobre onde estavamos. Não que
qualquer um dissesse o que estavamos fazendo, mas não queria desafiar o destino.
Em vez disso, fui diretamente para o bar.
— Marker's. Três dedos. Puro.
Meu olhar se precipitaram na risadinha à minha esquerda que irrompeu. Os
olhos azuis de Emma estavam brilhando, e ela tinha mordido o lábio inferior.
— O que é tão engraçado? — Perguntei.
Ela balançou a cabeça e olhou para o barman. — Nada. Vou ter o mesmo.
O barman serviu ambos os drinks e levamos eles para uma mesa vazia.
Sentei-me e engoli um bom gole. Surpreendentemente, Emma afundou no assento
ao meu lado. Ela ainda tinha aquele sorriso no rosto.
— O quê? — Perguntei, tomando mais um gole.
Ela mordeu o lábio de novo. — Acho que esta é a minha única chance de
conseguir três dedos hoje, hein?
Cuspi meu uísque por todo o chão.
Esta mulher vai ser a minha morte.
Capítulo 9

l
Emma

Fiquei no assento ao lado de Ford até que engoli minha bebida ardente.
Então me levantei, me sentindo inquieta. Meu sistema tinha definitivamente
precisado desse whisky, mas ainda não era o suficiente para aliviar minha libido
furiosa. E se eu não podia ter o homem sentado ao meu lado — ou ficar tão bêbada
que acabaria me atirando nele novamente — então a comida teria que fazer.
Enquanto rondava a tenda de recepção, o bolo de casamento demolido
chamou minha atenção. Provavelmente não machucaria nada se eu pegasse uma
segunda fatia. Apenas um punhado de pessoas acima ainda estavam fazendo
barulho, e pareciam mais interessados na dança lenta ou aproveitando a bebida
grátis. Os velhos e os pais com crianças pequenas tinham ido para casa há algumas
horas. Mamãe e Russ estavam longe para serem vistos. Provavelmente já lá em
cima, pensei, e imediatamente me senti enojada. A imagem certamente me esfriou
um pouco, mas não queria me prolongar nela.
Cortei uma fatia grossa e caprichada do bolo. Não era novidade,
considerando Mamãe viciada em doces, o fornecedor tinha dado tudo de si. O prato
de papel quase curvado sob o peso do chocolate denso e agridoce com chantilly e
baunilha, coberta com ganache brilhante. Mas todo o valor calórico açucarado do
mundo não poderia se igualar a frustração sexual que eu sentia.
Contemplei o lago enquanto levava cada garfada macia para minha boca.
Aquele maldito gazebo era apenas pouco visível à luz do luar. Dei uma risadinha,
lembrando do olhar no rosto de Ford no meu comentário de "três dedos". Afinal
depois de todos os choques que tinha me dado na semana passada, merecia um
gostinho de seu próprio remédio.
— O que é tão engraçado? — perguntou uma mulher atrás de mim.
Girei, quase derrubando o bolo do meu prato. Celeste estava parada com
uma taça de champanhe na mão e um leve sorriso que não alcançava seus olhos. —
Sinto muito. Não quis assustá-la.
Mas também aposto que seu coração não está partido. Não estava com
vontade de falar com ninguém, muito menos com Celeste. —Tudo bem. —
Respondi. — Estava apenas... lembrando de algo de mais cedo.
— Antes de você e Ford desapareceram? — Seu sorriso de serpente não se
moveu uma polegada.
Pestanejei para ela. Ok, mas que diabos? Isto era um interrogatório? — Uh...
— Minha mente voou em todas as direções ao mesmo tempo, deixando-me
tropeçar em minhas palavras. Se ela tinha nos notado saindo juntos, não havia
razão para insistir que não tínhamos.
Mas eu precisava mentir? Afinal, éramos meio-irmãos agora. Para todos que
conhecia, estavamos transportando o material da recepção para a casa ou
mostrando ao tio da Mamãe as estrelas ou algo assim. — Realmente, passamos um
tempo fora. Ele pode ser um cara muito engraçado quando quer.
Sua testa enrugado. — É mesmo? Ele sempre é tão sério comigo. Deve estar
meio bêbado agora. — Ela olhou para onde Ford ainda estava sentado, tomando
um segundo uísque. — Mas gosto do tipo forte e silencioso, e você?
Também era uma coisa boa ela gostar do som de sua própria voz, ou eu teria
que pensar rápido. Fiz um barulho incomunicável enquanto mastigava, então engoli
e respondi: — Algumas vezes. Depende do cara, eu acho.
Olhando não convencida, Celeste olhou para Ford novamente. — Eu deveria
terminar de arrumar as malas... oh, eu mencionei? Russ e Cynthia estão me
mandando para um cruzeiro enquanto estão em lua de mel. Eu tentei dizer que não
- é muita generosidade - mas insistiram porque eu tinha trabalhado tão
arduamente com o casamento.
— Oh, isso é muito legal da parte deles. — Eu disse. — Acho que vamos ter
de sobreviver sem você por uma semana.
Ela assentiu seriamente. Ainda não tinha notado meu sopro de sarcasmo, ou
tinha decidido ignorá-lo. — De qualquer forma, acho que vou dizer oi para Ford
rapidinho. Deixá-lo saber como o smoking está bonito nele. — Seu sorriso se
tornou predatório. — Só entre nós, ele parece ainda melhor fora daquilo.
Eu segurei uma carranca. Será que ela e Ford haviam transado antes? Por
alguma razão eu duvidava disso - mas sua tentativa de blefe me irrita mesmo
assim. Estava cansada de navegar com vários quilos de indireta que despejava. Ela
claramente não estava tentando fazer amigos com uma conversa de garotas. Ela
queria arrancar alguma reação de mim. Qual a reação, não sabia.
Precisava parar de analisar as besteiras dela e apenas sair dali. Meu prato
finalmente estava vazio e eu não estava interessada em assistir Celeste pendurada
em Ford. — Acho que vou descansar esta noite. — disse. — Vejo você quando
voltar.
— Tchau. — respondeu por cima do ombro, já a caminho da mesa de Ford.
Joguei meu prato no lixo e entrei na casa escura. Uma vez na segurança do
meu quarto, tirei meu vestido de dama de honra e despenquei na cama. Por apenas
um minuto encarei as madeiras do teto arredondado.
Dormir com meu meio-irmão... o que diabos tinha pensado? Claro, eu quis
isso e ainda fiz. Não podia negar isso. Mas agora que estava um pouco afastada da
situação, percebi que eu tinha desviado de uma bala. Meus hormônios tinham me
deixado temporariamente insana, isso era tudo. Isso nunca teria acontecido se eu
passasse um tempinho a mais só comigo mesma.
Falando nisso, nunca conseguiria dormir sem algum alívio. Suspirei e deixe
minha mão rastejar para baixo. Quando fechei os olhos, senti as mãos de Ford na
minha pele, as tiras ao redor dos meus pulsos onde sua gravata de seda havia se
mantido. Corri minha língua sobre os lábios, ainda inchados de seus beijos
poderosos.
Mas congelei, dedos deslizando para a parte superior da minha calcinha, ao
baques surdos de passos. Surgiram nas escadas, aproximando-se e então parou na
minha porta por um breve instante antes de continuar. Acho que Ford teve o
suficiente de Celeste, pensei. Ele também tinha descrito nosso encontro como um
erro, ou...
Minha mente se encheu com a imagem de Ford na sua própria cama,
fazendo o que eu estava prestes a fazer, e algo ruim em meu ventre doía com
desejo.
Este ia ser o verão mais longo da minha vida.
a
Após um café da manhã antecipado - Celeste foi liberada e nossos pais
foram para Napa Valley. Eles estariam excursionando as vinhas por uma semana,
ficando numa vila perto da adega, onde se conheceram. Ford e eu teriamos o lugar
só para nós.
Ainda comendo aos poucos o último dos meus ovos mexidos, limpei o
batom de Mamãe da minha testa onde tinha me dado o beijo de despedida. Esta
casa era muito grande em um bom dia; agora, com apenas duas pessoas fazendo
barulho, seus corredores vazios pareciam cavernoso.
Espiei Ford na mesa através da ampla sala de jantar. Ele tinha devorado sua
comida, mas ainda continuava na mesa. Ele me viu o olhando e encontrou meus
olhos com um olhar frio, indiferente. Rapidamente olhei de novo para minha
comida. Ele ia mencionar a noite passada? Eu queria?
Sem esperar para descobrir, levantei-me e fui até à cozinha. Precisava parar
de me enlouquecer e tirar Ford da minha mente. Enquanto enxaguava meu prato e
o arrumava na máquina de lavar, tentei pensar em como poderia me manter
ocupada. Não queria sair com os peões, e eles tinham seu próprio trabalho para
fazer de qualquer jeito. Talvez pudesse fazer uma turnê na fazenda. Bem, não nela
toda - quarenta mil hectares parecia um inferno de enorme - mas podia lidar em
seguir uma cerca por algumas horas. Sem alguma idéia melhor, decidi fazer isso e
comecei a vasculhar a geladeira pelos acompanhamentos de um sanduíche.
Passos se aproximaram por trás de mim. — O que está fazendo? — Ford
perguntou.
Sem virar, resmungei. — Fazendo um sacola de lanches. — Droga, por que
tinha dito isso? Agora teria que explicar o porquê, e ele podia perguntar onde eu
estava indo.
Mas sua única resposta foi. — Não use a maionese. Ela vai te fazer passar
mal, se estiver andando ao sol o dia todo.
Isso me fez olhar para trás onde se inclinou contra o batente. Acho que ele
podia perceber que queria ficar sozinha... ou talvez simplesmente não desse a mínima
no que ando fazendo. De qualquer forma, não devia ter esperado uma mãe de
terceiro grau. — Você quer vir? — As palavras saíram antes que pudesse pensar.
Ele empurrou a cabeça dele. — Agora que o maldito casamento finalmente
acabou, não posso adiar o trabalho por mais tempo. — Enquanto saia da cozinha,
ele comentou: — Você devia se curvar mais vezes.
Eu resisti ao impulso de jogar o frasco de mostarda nas costas dele.
Lá fora, não havia nuvens, mas uma brisa morna carregava o cheiro terroso
de chuva antes do amanhecer. Saí na grama alta e amarelada por uma cerca que
mal podia avistar. Ocasionalmente o som distante de cascos flutuou entre as
colinas, mas as únicas criaturas que vi na minha caminhada foram alguns roedores
da pradaria com cauda preta. Joguei minhas cascas de pão quando parei para
almoçar. Eles se aproximara apenas o suficiente para pegar seus prêmios, então
correram de volta ao subsolo.
O sol subiu e desceu do céu novamente. Quando estava a um polegar de
largura acima do horizonte, percebi que tinha ficado fora provavelmente por muito
tempo. Me apressei em voltar.
Assim quando o sol caiu, meus pés encontraram a passarela de tijolo,
levando para a casa. A luz brilhava da janela da cozinha, uma olhar acolhedor para
a face sombria da mansão. Quando abri a porta da frente, o rico cheiro de alho,
orégano e tomates me cumprimentou. Encontrei Ford na cozinha, mexendo uma
enorme panela de sopa vermelha borbulhante.
— Você fez isto?
— Quem mais está aqui? — ele respondeu, sem pausar a mão.
Me aproximei para inspecionar o pote: moluscos, caranguejos, ostras e
mexilhões. Minha boca encheu de água. Viver na Califórnia e me deu um gosto por
frutos do mar, e sempre que visitei a Mamãe em Napa, ela sempre nos convidou
para o melhor cioppino2 da cidade. Quando mesmo mencionei que gostava disso?
Quanto custava o marisco fresco em Montana? Mais surpreendente de todos, por
que Ford estava sendo tão atencioso? Mas o que saiu da minha boca foi: — Não
sabia que você sabia cozinhar.

2
Sopa de pescados e mariscos
Ele olhou para cima e bufou. — Alguém tinha. Consegui uma boa parada no
trabalho, então pensei em fazer o jantar pelos os próximos dias.
Eu sorriu para ele. — Um jantar que acontece de ser uma das minhas
comidas favoritas.
— Você não é a única californiana no mundo. Eu cresci no Vale do Silício.
Vamos misturar isso. — Entrei em seu lugar enquanto ele começava a pegar as
taças e os copos de vinho dos armários.
— Isso é uma vergonha. — disse. — E eu aqui pensando que você tinha
decidido a ganhar o meu coração através do meu estômago.
— Claro que não. Nunca ouviu falar 'doces são elegantes, mas licor é mais
rápido'? É por isso que... — Ele puxou uma garrafa de Riesling da geladeira. — Eu
trouxe isto da adega. Nossos pais não deveriam ser os únicos a ganharem um bom
vinho bem agora.
Estamos flertando? Outra coisa que não teria esperado de Ford. Ele parecia
mais o tipo "Então você quer foder ou o quê?". Não exatamente tão rude, mas
rápido e simples. Ele não tinha tempo de jogar jogos de amor — e com sua
aparência de cair o queixo — não precisava.
Isso não é apenas a razão disto ser estranho, me forcei a lembrar. Meio-
irmãos normais não estariam falando um com o outro assim. Ou um jantar chique a
dois, também.
De alguma forma, porém, não me obriguei a pensar muito nisso. Isso era
divertido. Eu merecia desfrutar de minhas últimas férias de verão com meu novo
meio-irmão. O fato de que tinhamos quase transado ontem era pura coincidência.
Se isso me trouxe aqui, então eu seria uma pessoa fazendo coisas estranhas.
Que se foda, pensei e me servi um copo de vinho.
Capítulo 10

l
Ford

— Você trouxe um biquíni? — perguntei a Emma quando terminamos de


lavar e secar os pratos.
Nós tínhamos conversado durante todo o jantar e limpeza da cozinha. Bem,
também flertamos muito, nunca tinha feito isso desde então... Não que eu me
lembrasse. Foi perturbador em alguns níveis, mas algo em relação a Emma
somente fazia com que eu me soltasse.
— Biquíni?
Ela olhou para mim ao fechara porta do armário. Parecia tão incrível... em
sua saia rosa e blusa branca. Era simples, mas feminina e isso tinha mantido meu
pau duro durante todo o jantar, bem isso e sua risada. Merda. O que estava
acontecendo comigo? Encontrei seu olhar determinado e consegui recuperar meu
controle novamente.
— Sim, um biquíni, para o Ofurô.
Ela mordeu o lábio inferior. — Tem certeza que é uma boa ideia?
— Por que não seria?
Ela deu de ombros. —Eu não sei... só pensei que...
Interrompendo, eu disse. — Emma, não pense tanto. Vá colocar seu biquíni.
Ela levantou seu lindo queixo um pouco eabriu a boca, provavelmente para
discutir, mas fechei o espaço entre nós e levei meu polegar para seus lábios.
— Por favor. — eu disse, ela engoliu e assentiu lentamente.— Boa garota.
Emma saiu da cozinha, olhando para mim por cima do ombro, enquanto
caminhava. Abri a porta do armário e fechei depois de pegar duas taças. Voltando-
me para o refrigerador retirei uma garrafa de vinho branco,o meu favorito, esse
era mais doce que o vinho que degustamos no jantar... e perfeito para a sobremesa.
Subi para o quarto e vesti minha sunga, lutando contra o desejo de ir mais devagar,
quando passei pela porta do quarto de Emma. Fiquei me perguntando se ela estava
indecisa sobre a escolha de seu biquíni. Podia imagina-la parada em frente
apenteadeira se perguntando qual deveria escolher. Eu estava contando com sua
boa vontade para me agradar. Ela não percebeu isso, mas suas tendências naturais
para submissão estavam lá, apenas esperando para ser explorada.
Bati na porta do quarto de Emma e fui até o terraço para tirar a tampa da
banheira de Ofurô, a água já estava borbulhando, acendi as pequenas luzes brancas
penduradas na pérgola3 de madeira e comecei a derramar o vinhoquando ela
apareceu, usando um roupão branco felpudo.
Seu olhar de surpresa podia ter me irritado antes, mas hoje... esta noite eu
estava vendo um lado diferente dela.
— Os cowboys podem ser românticos também, Emma.
Ela arqueou as sobrancelhas. — Não sabia que o romance fazia parte do
acordo.
Dei um passo em sua direção para encara-la de frente, envolvendo minha
mão no cinto de seu roupão — Se você quiser que seja assim.
Ela me estudou e aparentemente viu algo para sua satisfação, porque
assentiu com a cabeça. Suas mãos escorregaram para o cinto o desatando, os lados
do roupão caíram revelando um pequeno biquíni turquesa. Um sorriso estendeu-se
por meu rosto.
— Você é uma boa menina.
O encolher de ombros dela não era apenas cativante, fez seus seios saltarem
deliciosamente. Quando sua bochecha corou, estendi minha mão, ela segurou e
subiu as escadas para o ofurô. Pisando com cuidado na água, afundou-se até que
apenas seus ombros e o topo de seus seios estavam visíveis. Eu a segui sentando
um pouco afastado. Quando sua expressão tornou-se mais dura peguei as taças de
vinho na borda e comecei a me aproximar.
— Você faz isso frequentemente, para se exibir para as mulheres? Porque
isso parece uma cena de sedução bastante praticada.
O que? Bastante praticada?

3
Seu tom tornou-se mais nítido quando acrescentou. — Fezisto muitas vezes com
Celeste?
Coloque os copos de vinho na borda da banheira com um tilintar. — O que
diabos está querendo dizer?
— Isto. — ela estendeu as mãos fora. — O vinho, as luzes e as estrelas.
Não pude segurar uma risada. — As estrelas? Eu não posso levar o crédito
por elas, querida.
— Você sabe o que quero dizer.
Ela lutou tanto para manter sua expressão dura que nem parecia queestava
prestes a rir. Me aproximei um pouco mais até que minha coxa tocou a dela,
estendi e tirei de seu rosto alguns fios de cabelo.
— Eu nunca cozinhei para uma mulher antes. — meu tom de voz era suave,
quase igual ao tom que usaria com um cavalo assustado.
— Eu pensei que estava cozinhando para você, não para mim. — ela
respondeu.
— Você acha que eu iria realmente ter todo esse trabalho para cozinhar
para mim?
Ela deu de ombros e seus seios levantaram a água por um segundo antes
que a espuma os cobrissem novamente. Minha atenção concentrou-se em uma
única parte de mim, porque sou um homem de sangue quente, e todo o sangue do
meu corpo estava no meu pau, antes mesmo que pudesse encara-la.
— E Celeste? — ela perguntou.
Tudo que pude fazer foi negar com a cabeça. — Celeste nunca fez parte da
exibição, como você mesma disse. Eu sei que ela é uma mulher gananciosa, só está
interessada por mim por eu ser filho de um rico fazendeiro. Além do mais, não sei
como você pode pensar que eu poderia olhar para ela quando tenho você. Você é
tudo quevejo, Emma. Não importa se eu estou olhando para você ou não. Você está
em toda parte, o tempo todo. Sob a minha pele, no meu sangue. — acariciei meu
polegar sobre sua bochecha, ainda espantado com o quão suave era sua pele.
— Quando estou deitado na cama à noite, tão desesperado por um alívio
porquejuro que consigo sentir você só deseus pés tocarem o fim do corredor. E
quando estou quase quebrando minha mão ao redor do meu pau até gozar
chamando o seu nome.
Sua boca abriu-se em um pequenoO.
— Essa sua boca me dá ideias, Emma. Fico pensando como me sentiria bem
com seus lábios ao redor do meu pau.
Suas pupilas dilataram e sua respiração ficou fraca. Com certeza ninguém
foi tão sincero com ela até hoje, mas teria que se acostumar com isso, porque eu
pretendia dizer-lhe todas as coisas sujas que queria fazer com ela.
Inclinei-me para mais perto. — Não é assim, Emma? Você gosta quando eu
te digo o que quero fazer com você? Isso não faz você ficar molhada? "
Ela engoliu, mas não respondeu. Mas isso não adiantaria nada.
— Espero uma resposta, quando faço uma pergunta, querida.
Eu ainda não sabia quando tinha decidido que não ia trata-la como meu
animal de estimação, como tratei todas as outras que tinha tomado, mas algo em
mim tinha mudado e esta mulher era a causa disso.
Ela assentiu com a cabeça.
— Fale, Emma.
— Sim, fico molhada quando você me diz que quer meus lábios em torno de
seu pau.
Porra. Eu. — E fico duro como uma pedra de ouvir você dizer isso, querida.
Lembra-se de sua palavra de segurança?
— Rosa. — ela respondeu.
— Boa garota. Você se lembra quando deve usá-la?
— Quando algo for demais para suportar.
— Muito bem.
Suas palavras trouxeram a minha mente a lembrança de como isso
começou, a linda cor que tinha a ver com seu mamilo, que eu queria ver agora.
Porra, eu queria mais do que vê-los, os queria na minha boca debaixo da minha
língua, entre meus dentes.
Abaixei minha cabeça e rocei meus lábios ao longo de sua mandíbula,
arrepios triunfante percorreram através de seu corpo. Gostei de saber o quanto eu
lhe afetava e como estava completamente envolvida no momento.
— Ajoelhe-se para mim, querida. Quero ver esseslindos seios. — ela abriu
os olhos, e não consegui segurar o meu sorriso. Mesmo com o choque,
obedeceuminha ordem. Murmurei outra palavra. — Boa menina. —e alcancei as
amarras de seu biquíni. — Estou feliz que você tenha decidido seguir as ordens e
usar o biquíni ao invés de um maiô.
Ela ficou boquiaberta novamente. — Como sabe eu estava pensando em
usar um maiô?
— Porque mesmo que tenhamos nos conhecido agora, sei o que você pensa
e como você reage.
Uma vez que tive o nó desfeito, puxei cuidadosamente as tiras para revelar
seus seios, cada centímetro de pele era um exemplo de total perfeição, porra.
Toquei em ambos os seios, e abaixei minha boca roçando meus lábios.
Seu peito subiu e abaixou quando alcancei o mamilo direito, e suas palavras
saíram um pouco instáveis. — O que você faria se eu tivesse desobedecido?
Levantei meus olhos com minha língua ainda na aréola e mais tremores
acumularam-seno corpo dela. Retirei-me por um centímetro, não a liberando de
minhas mãos
— Eu colocaria você sobre meu joelho e deixaria sua bunda vermelha e faria
exatamente o que eu vou fazer agora,você vai gozar mais duro do que já gozou em
toda sua vida. — fiz uma pausa, logo que havia descrito seu castigo, decidindo que
deveríamos conversas, Emma e eu estávamos esperando por isso.
— Esse provavelmente é um bom momento para discutir limites, querida.
— Limites? — ela perguntou.
— Sim. Seus limites rígidos. Coisas que você não quer tentar.
Ela mordeu seu lábio inferior, e parei de pensar por um momento. Puta merda,
meu pau ficou ainda mais duro, então decidi ajudá-la.
— Tenho certeza de que você já é boa com restrições.
Ela assentiu com a cabeça. — Sim. — eu sabia que nós dois podíamos
recordar a maneira como amarrei as mãos da prostituta.
— E um pouco de espancamento moderado.
Ela assentiu com a cabeça mais uma vez com o olhos arregalados.
— O que me diz de jogo anal? —porra, diga que sim.Essa bunda implora
para ser fodida desde o primeiro dia que a vi.
— Eu... Nunca fiz nada assim, mas estou disposto a tentar...
Essa é minha garota. Dei um aceno leve com a cabeça. — Bom. Se alguma
coisa acontecer, nós discutiremos isso primeiro. Quero que se sinta confortável
para experimentar coisas novas comigo.
Ela respirou fundo quando fechei minha boca em seu mamilo sugando,
lambendo e mordiscando, fechei meu polegar e o indicador sobre o outro, rolando
entre meus dedos até começou a se esfregar e contorcer contra minha coxa,
desesperada para o contato que iria fazê-la gozar.
Os jatos da hidromassagem explodiam atrás e uma ideia borbulhou junto
com a água cheia de espuma. Agarrei Emma por seus quadris e a puxei.
— O que você está...
— Confie em mim. Você vai amar isso.
Apertei alguns botões no painel de controle antes de nos posicionar, então
nós dois enfrentamos um dos jatos como uma vibração intensa. Puxei a tira
desatando o nó da parte de baixo de seu biquíni, jogando-o na borda, em seguida
posicionei Emma bem no nível da pressão da água para que atingisse diretamente
em sua buceta.
Seu protesto foi silenciado quando minha mão escorregou em torno de seus
quadris e cobriu sua bucetado contato com o jato de água. A finalidade de meus
movimentos devem ter atordoado ela, porque murmurou. — Oh, merda.
— Vou cuida de você, querida. Eu disse que eu ia fazer você gozar mais duro
do que já gozou em toda a sua vida. —disse com um sussurro em sua orelha.
O jato explodiu atingindo-a novamente, e abri com meus dedos os lábios de
sua buceta, deixando o pulso suave da água atingir seu clitóris.
— Oh merda. — Emma respirou, contorcendo-se. — Oh merda. Eu não
posso.
— Sim, você pode.
Aágua diminuiu, e deslizei dois dedos sobre seu centro, antes de mergulha-
los para dentro dela. Baixando meus lábios sua nuca, arrastei meus dentes ao longo
de seu ombro.
— Ah — o resto de tudo o que ela estava prestes a dizer foi abafado por um
outro pulso de água contra seu clitóris, ela gemeu e arqueou o corpo.
Os músculos de sua buceta contraíram-se contra meus dedos por um
momento.
Controlar o orgasmo de Emma foi a melhor coisa que já fiz na minha vida.
Quando seu corpo parou de tremer,deslizei novamente para sentar-me e a
aconcheguei em meu colo. Não pude deixar de pensar o quão bem ela estava em
meus braços, tê-la assim seria a maneira mais perfeita de terminar todas as noites.
Capítulo 11
l

Emma

Eu não podia acreditar. Estava presa em uma banheira de ofurô,me


desintegrando. A ereção do meu meio-irmão pressionando contra a fissura da
minha bunda, e seus lábios murmurando palavras sujas, na minha orelha. Quem
era essa mulher na qual eu tinha me transformado? Ela vivia para o prazer, seus
nervos cantarolando sensualmente e totalmente sem pudor, com cada
movimentocausado pelo erotismo. Essa mulher se contorcia nos braços de Ford,
para enfiar a mão dentro de sua sunga e acariciar aquele pau enorme e duro,
apenas para senti-lo pulsando em sua mão, o imaginando em outro lugar.
Nesse momento percebi... o quanto amava isso. Me sentia lasciva,
gananciosa e mais viva do que nunca. Os meus músculos ainda tremiam com as
consequências do meu orgasmo, mas isso só tinha aguçado o apetite. Não me
importava mais com o fato de Ford ser meu meio-irmão. Tudo o que importava era
a nova Emma que ele me fez descobrir,e a sua disposição para satisfazê-la.
— Mas já? — ele disse baixo. — Você deve estar muito reprimida.
Merda, eu estou. Estava desesperada para colocar minhas mãos, nesta coisa
enorme desde o primeiro dia. O tom, possessivo em sua vozme fez estremecer. Se
era para ele falar desse jeito, eu queria deixar Ford me dominar. Queria que me
deixasse exausta como se eu fosse seu brinquedo.
— Bem... isso soa como algo que posso cuidar. Segure na borda da banheira.
Com uma pequena relutância, soltei seu pau e fiz como ordenou. Meus
dedos encontraram um pacote de camisinha. Esse arrogante filho de uma...! O calor
suave percorreu por minha espinha, e não pude deixar de rir.
— Você presumiu que transaríamos aqui?
— Como eu disse, querida, eu te conheço. — ele enrolou a mão no meu
cabelo e inclinou minha a cabeça para trás, o suficiente para expor a minha
garganta. A antecipação sacudiu através de mim. — Normalmente eu prolongaria
isso, diria para ser paciente, mas já estou cansado de esperar para ter você.
De repente, ele sentou-se, me puxando para seu colo. Contorci para me orientar e
montei seus quadris.
— Foda meu pau, Emma. Mostre o que você pensa quando está sozinha à
noite.
Não precisava dizer duas vezes. Me atrapalhei para abrir o preservativo,
rolei em seu pau e me afundei com um grito. Ele era enorme, fiz um som
desesperado, como se tivesse me esforçando para caber tudo dentro.
—Tome um tempo para se adaptar. — ele disse, com os dentes cerrados.
— Droga, você é apertada. Essa buceta está estrangulando meu pau. Vá devagar,
querida.
Como ordenado, leveimeu tempo, puxando uma respiração profunda e
relaxando meus músculos internos, para que meu corpo pudesse aceitar a invasão,
que estava desejando desesperadamente. Uma vez que ele estava totalmente
enterrado, soltei um grito de alívio, ao mesmo tempo ouvi ele amaldiçoar. Devagar,
subi e desci encontrando meu ritmo. Apesar de todas as minhas preocupações -
com os nossos pais descobrindo o nosso segredo, e tudo que aconteceu com
Celeste - em relação a este verão, deixei ele enfiar seu pau gigante em mim, o
montando com tudo o que ele tinha.
Finalmente, eu podia ter minha dose de Ford. Não havia outro lugar que
precisávamos estar agora, ninguém nos interromperia ou saberiam onde tínhamos
ido. Novamente, me afundei em seu comprimento o quanto pude, apertandosuas
pernas com as minhas. Minhas mãos molhadas se agarram em seus ombros largos
e musculosos. Seu cabelo preto colado a testa com água e suor. Sua mão molhada
subiu para traçar meu maxilar e pescoço, e minha pulsação aqueceu, causando
arrepios. Nossos corpos emitiam vapor, como se estivéssemos fervendo a água da
banheira em torno de nós.
— Goze para mim, Emma. — Ford disse. —Você já está perto, não está? Sua
buceta doce esta apertando meu pau... me sinto tão incrível.
Incapaz de falar, respondi com um gemido alto, cadenciado. Minhas coxas
tremiam enquanto subia e descia, atacando seu pau direto nesse ponto perfeito
dentro de mim. Ele agarrou meus quadris para me mover mais rápido. Um ruído
como soluço rasgou minha garganta. Parecia tão bom, tão intenso que beirava a
dor. Independente se me agarrasse ou soltasse, receava que ia desmaiar de
qualquer maneira.
— É isso, querida. Você pode fazer isso.Me deixe sentir você gozar.
A boca dele desceu para mordiscar e chupar meu pescoço, sem vacilar em
seus impulsos. Todo o meu ser estava derretido e tenso, tão perto que não podia
parar agora, ah meu deus...
O prazer esmagador me abalou. E cai em cima de Ford, meus sentidos
lentamente sumindo, tremendo com a sensação dele pulsando dentro de mim. Mas
ele não me deixou descansar por muito tempo.
— Eu não ainda terminei com você. — ele soprou na minha orelha. Seus
braços escorregaram ao meu redor, um atrás de meus ombros e um sob os joelhos.
— O que diabos você está...
Gritei quando ele me levantou em um movimento suave, e saiu da banheira
caminhando pelo terraço como se eu não pesasse nada.
— Eu quero você na minha cama, — respondeu, — e isso é o que eu vou ter.
Descansei minha bochecha contra seu peitoral perfeito, considerando
morder seu mamilo, então decidi aproveitar o passeio ao invés de me arriscar e ele
me soltar. A água escorria de nós deixando um rastro por todo caminho da escada,
e pelo corredor até o banheiro. Ford me colocou no chão suavemente, com cuidado
para para não escorregar e ligou o chuveiro. Eu admirei seu estreito traseiro
esculpido, quando entrou no spray fumegante. Ele se virou, parecendo divertido ao
me verolhando.
— Venha. — disse. — Precisamos tirar o cloro.
— Oh, claro. Isto definitivamente não é uma desculpa para me manter nua e
toda ensaboada. — mesmo dizendo isso, entrei no chuveiro atrás dele.
— Desde quando preciso de uma desculpa para fazer alguma coisa para
você?
Ele deslizou as mãos sobre minhas costelas, provocando cocegas com os
dedos no lado dos meus seios, todo caminho abaixo até apertar minha bunda. Sua
boca quente perseguiu as gotas de água sobre minha clavícula,deixando meus
mamilos duros.
Em um impulso perverso, agarrei o pulso dele. Segurei seu olhar intenso
enquanto levantava sua mão, para os meus lábios. Primeiro beijei a ponta de dois
dedos, então levei na minha boca, minha língua deslizou e voltou lentamente,
movendo minha cabeça propositalmente para cima e para baixo. Os olhos dele
queimaram e sua respiração acelerou. Sua boca se curvou em uma expressão quese
parecia com um sorriso; mas na realidade, era um flash predatório dos dentes,
prontos para me dominar num instante. Eu queria andar ainda mais fundo na
caverna do tigre.
Meu desejo logo foi concedido. — Você está limpa o suficiente. — disse
Ford, mal contendo o desejo em sua voz áspera. — Mas eu vou consertar isso
agora.
Ele desligou o chuveiro e me arrastou para o outro lado do corredor.
Eu nunca tinha entrado em seu quarto, apenas tive um vislumbre através da
porta entreaberta, e era enorme quase como uma suíte master. Mas que tivesse a
chance de olhar em volta,Ford me jogou em cima da cama.
— Eu quero fazer você gozar até que esqueça seu nome. — ele mordeu meu
pescoço e choraminguei. — Até que me peça para parar.
Não podia imaginar isso acontecendo novamente. Eu já tinha gozado duas
vezes, mas então, meu apetite parecia sem fim. Como se pudéssemos transar até o
amanhecer, e isso nem sequer fizesse diferença.
— Ah, sim. — ofeguei.— Depressa!
De repente Ford mudou seu peso, prendendo meus braços e pernas.
— Está me dando ordens?— sua expressão tornou-se perversa. — Talvez eu
devesse apenas amarrá-la e provocá-la por um tempo. Uma ou duas horas.
Eu tremi em desespero. O pensamento de me ser negado, me fazia sentir
simultaneamente frenética e ainda mais excitada.
— Não estou tentando lhe dizer como fazer seu trabalho. Só quero que faça
isso rápido. — contorci meus quadris, para dar ênfase.
Com um sorriso sombrio, ele empurrou meus joelhos até meus ombros.
— Eu vou deixar isso passar, querida. Só desta vez.
Ele se inclinou sobre o criado-mudo para pegar outro preservativo. Fez um
trabalho rápido de rasgar o pacote e rolar em seu pau. Assim que se alinhou com a
minha entrada, os meus gemidos ecoaram no alto do teto, quando ele finalmente
deslizou para dentro. Ele me penetrava mais duro desta vez. Mais rápido. Como se
não conseguisse se segurar.
Nossas bocas desempenharam um beijo confuso e desesperado. Me agarrei
aos músculos de suas costas, enquanto ele batia sua pélvis impiedosamente contra
meu clitóris. Ele era tão grande e tão grosso, que parecia bater em todos os lugares
ao mesmo tempo, iluminando o centro de prazer que eu mal sabia que tinha. No
momento que recuperei meu folego, Ford se retirou quase inteiramente e
mergulhou de volta, tirando o ar dos meus pulmões novamente. Ecada vez que
fazia esse movimento, massageava meu ponto G.
— Isto é o que imaginei cada vez que olhei para você. — ele murmurou.
—Masturbei todas as noites... às vezes tive que fugir no meio do dia, porque eu
tinha visto seu lábios deslizarem sobre sua colher no café da manhã, ou um leve
vento levantando sua saia.
Ford diminuiu por um momento, quebrando o nosso beijo para se colocar
de joelhos novamente empurrando ainda mais duro em um novo ângulo. Eu
choraminguei, e minhas mãos caíram agarrando os lençóis. Tão profundo, tão
completo, atingindo exatamente onde eu precisava.
— Imaginei você exatamente assim. Seus tornozelos em torno de meus
ombros e seus peitos deliciosos saltando enquanto te fodo até perder seus
sentidos. — ele agarrou meus quadris com mais força com uma mão e esfregou
meu clitóris com a outra. — Quando você não puder andar amanhã, vou mantê-la
na minha cama e fazer tudo de novo.
Fiquei desorientada e minha pele se intoxicou. Eu queria sentir mais do que
o queimar sutil atrás do prazer. Queria lembrar-me dele dentro de mim cada vez
que me movesse na manhã seguinte. O puro prazer pulsou concentrando-se em
minha barriga, expulsando todos os outros pensamentos. Um ruído selvagem saiu
do fundo no meu peito. Eu estava tão dolorosamente perto; que a qualquer
momento, me perderia. Vamos Ford me faça desmontar completamente.
Nossos olhos se fixaram. Aquele olhar ardente irresistível, determinado a
me possuir, foi o que finalmente me empurrou sobre a borda. Arqueei minhas
costas com um grito, enquanto onda apósonda de espasmos me fazia estremecer.
— Porra, Emma. — Ford rosnou na dobra do meu ombro, sua barba por
fazer arranhando meu pescoço. Ele deu algumas estocadas mais vigorosas,
instáveis, e se acalmou.
Por vários momentos apenas ofegamos. Me senti desossada e
deliciosamente dolorida. Após essa avalanche de orgasmos, acho que fui enganada
anteriormente, meu tesão foi finalmente superado pela exaustão.
Por fim Ford desembaraçou nossos corpos e se sentou,me atirando um meio
sorriso satisfeito. A satisfação de um trabalho bem feito... emvários sentidos. Eu
provavelmente parecia tão completamente fodida como me sentia.
— Quer mais uma rodada? — ele disse finalmente.
— Cala a boca. — gemia. Eu teria jogado um travesseiro nele se tivesse
energia.
— Você parece disposta. — a pior parte foi que eu estava completamente
certa, de que ele não estava brincando sobre a segunda rodada.Ele balançou as
pernas fora da cama. — Se você já está cansada, podemos pegar de onde paramos
mais tarde.
Gostei da bela vista que tive enquanto ele caminhava para o meu lado, e nu
me ofereceu o braço.Surpresa com o gesto cavalheiresco, quando ele me puxou
paraficar em pé. Apesar de suas palavras gentis na banheira, pensei em hoje como
uma coisa independente. Não passou por minha cabeça como eu ou Ford, íamos
nos sentir depois desse alívio rápido. Claro que isso não passou nem perto de ser
desagradável, pelo contrário.Eu acho que estou bem em ter um amigo de foda tão
talentoso como Ford, mesmo que seja meu meio-irmão.
Percebi que ainda estava segurando o braço de Ford. E, mais precisamente,
que ele me observava.
— Você está bem para andar sozinha? —ele perguntou.
Rapidamente soltei, me sentindo auto consciente. — Sim, estou bem.
Eu não era uma flor delicada, que não aceitava um pouco de jogo duro. E
não queria abusar da hospitalidade no quarto dele. Claro, isso era mais que um
caso de uma noite, mas uma noite foi tudo o que tivemos até agora. Mesmo a ideia
de Ford me escoltando no corredor me fez senti muito íntima.
Ele fez um barulho como se não tivesse acreditando no que tinha acabado
de acontecer. — Então vou ver você amanhã.
Isso resolveu as coisas. Ele não tinha me expulsado, mas também não me
convidado para passar a noite. Não era exatamente uma surpresa, conhecendo
Ford, e eu estava bem com isso. Afinal, nenhum de nós tinha ido para este jogo
para abraços e flores. Nosso acordo funcionaria melhor do jeito que estava. E o
mais importante, se ficasse mais tempo, acabaria caindo em sua cama novamente.
Eu não tinha certeza se meu pobre corpo poderia levar um 3º Round. Ou
foram quatro até agora? Forcei a prestar atenção e dei a Ford um aceno
concordando.
— Vejo você amanhã. — disse enquanto ele se afastava.
Fui para o meu quarto, orgulhosa por apenas cambalear um pouco, e
desmaieiassim que bati a minha cabeça no travesseiro.
Capítulo 12
l

Ford

No que diz respeito ao sexo eu nunca tinha ficado sem transar. E se alguém
me perguntasse há algumas semanas, eudiria que minha vida sexual era perfeita.
Mesmo nos confins de Montana, eu tinha uma variedade de mulheres para
me manter entretido. Mas isso foi antes de Emma. Agora que a tive, não tinha
certeza de que qualquer outra mulher, pudesse satisfazer meus desejos
novamente. E francamente, se eu fosse o tipo de homem que ficasse nervoso por
qualquer coisa, esse pensamento poderia ter feito isso. Somente mentiria e
desfrutaria o tempo que tivemos na fazenda com os nossos pais fora.
Não havia lugar mais belo na terra do que Montana na primavera. Havia
uma razão para chama-la de ‘Estado do Céu Maravilhoso’ e em um dia como hoje,
eu só queria ficar admirando o céu e o verde vibranteda floresta. O gado
mugiaàcerta distância, enquanto aguardava por Emma junto aos dois veículos
estacionadosentre a casa e o celeiro. Ontem, eu havia mostrado a ela a fazenda. Era
impossível cobrir cada hectare, mas tinha montado ao longo de algumastrilhas
principais. Fiquei surpreso quão bem ela tinha montado a cavalo, estava natural
emuito sexy. Não havia nada que quisesse fazer mais do que soltar minha rédea,
desmontar, arrastá-la para o chão e fodê-la até que perdesse o sentindo. Mas eu
tinha avistado Griff no quadriciclo verificando o rebanho, e se aproximando da
porteira. Não fui contra ter uma reunião, mas não queria a presença de Griff. O
velho poderia ter um ataque cardíaco, e não queria ninguém caindo morto na
minha frente.
Por outro lado parecia estranho ter passado tanto tempo com Emma, além
do fato de que aparentemente tinha desenvolvido um senso de hospitalidade. Mas
Griff, parecia estarsuspeitando um pouco. Por isso hoje eu e Emma vamos para
bem mais longe dos caminhos comuns, portanto usaremos os quadriciclos, eu tinha
um cooleramarrado na parte de trás do meu, então não haverá nenhuma
necessidade de fazer nosso caminho de volta por um tempo.
Virei para ver Emma saindo da casa. Porra, essa mulher usava uma calça
jeans como ninguém. Eu não tinha dito muito a ela, exceto como se vestir, e sorri
quando ergueu o queixo ao receber a minha ordem, mas cumpriu. Como ela se
vestia como uma boneca, só podia imaginar a sequência de maldições que
provavelmente saíram de sua boca. Seu cabelo louro balançava com cada passo
atrevido, enquanto caminhava em minha direção.
Eu neguei com a cabeça. — Eu avisei para prender o seu cabelo.
Ela fez beicinho ansiosa para entrar no quadriciclo e sair, para que pudesse
mostrar a outra surpresa que tinha preparado. Esperei até que ficou na minha
frente, e vi o elástico em seu pulso, o puxei, agarreiseus ombros e a virei, antes
alisei seu cabelo para trás em um rabo de cavalo e escorreguei o elástico em volta.
Quando terminei, ela olhou para mim por cima do ombro, levantando as
sobrancelhas.
— Por que é tão bom nisso?
Pensei que ela não iria gostar de ouvir que estava longe de ser à primeira
vez que eu tinha tirado o cabelo de uma mulher de seu rosto... normalmente
porque eu estava prestes a prendê-la de outra maneira. Decidi não responder, era a
coisa mais sensata a se fazer. E também não estava pronto para explicarque com
ela as coisas pareciam diferentes. Inferno, eu mal podia admitir. Isso não era nada
mais do que uma pequena aventura de verão. Não podia haver nada mais que isso.
— Eu pensei que estaria mais interessada, em eu ser bom com outras coisas.
— falei diretamente em sua orelha. Ela estremeceu, e corri minhas mãos para
baixo de seus braços. — Vamos sair então posso lhe mostrar.
— Por que eu tenho a sensação que você não estáfalando sobre a fazenda?
— ele sussurrou.
— Porque você é uma garota inteligente.
Me afastei e agarrei o capacete do assento do segundo quadriciclo, um
pouco antes das grandes portas do celeiro deslizarem abertas com o sacudir das
dobradiças.
TJ saiu e nos estudou por um momento. — Você vai ficar fora por muito
tempo, chefe?
— Até o jantar. Você pode segurar as pontas até lá?
Ele assentiu com a cabeça, seus olhos correndo de cima a baixo apreciando
o corpo de Emma. Meus dedos fecharam em torno doplástico rígido do capacete, e
exercitei o meu controle. As palavras se mova vaqueiro,veio em minha garganta,
mas a forcei para baixo. Eu tinha o direito de dizer, mas não pela razão que eu
queria. Ainda assim, não podia ficar completamente calado.
— O gado não vai se supervisionar, TJ.
— Sim, senhor. —ele disse, antes de finalmente arrastar os olhos de Emma
e voltar para o celeiro.
Emma estava examinando o quadriciclo, então não tinha notado a situação.
Mais uma vez, um sorriso se espalhou sobre o meu rosto; ela estava passando a
mão sobre o assento com singela admiração.
— Eu realmente vou dirigir ?
— Você tem uma carteira de habilitação, certo?
Ela me jogou um olhar por cima do ombro. — É claro.
— Então sim, você vai dirigir. Pensei em colocá-la na parte detrás do meu, e
ter seus braços em volta do meu corpo, mas quero ter certeza de que você vai ter
uma boa vista da fazenda.
O sorriso dela ficou um pouco tímido. — Obrigada, Ford. Isso é muito gentil
da sua parte.
— Oh, querida, pensei em muitas coisas para hoje. Espere até você ver o que
tenho planejado. Agora vamos pegar o capacete e montar.
Depois que acomodei o capacete na cabeça de Emma, e mostrei como
operar o quadriciclo, partimos. Ela me seguiu enquanto estabeleci um ritmo fácil,
mas tornou-se mais ousada, a cada quarto de milha, logo, estava tentando vencer a
corrida. Eu estava me divertindo mais do que lembrava em meses, talvez até anos.
Não sabia o que ela pensava, mas essa natureza divertida me apanhou. Ela
não era nada do que eu esperava, quando pisou fora da caminhonete, não era
presunçosa, nem uma puta. O caso em questão, tinha acabado de deliberadamente
espirrar água de uma poça tentando me molhar, algo que ela pagaria quando
parássemos. Ela diminuiu quando nós passamos por uma parte de mata fechada,
assumi a liderança, acenando paraseguir a trilha. Fomos para a minha vista
panorâmica favorita, felizmente isso não exigiu uma subida muito perigosa. Uma
verificação rápida de meu espelho mostrou que Emma estava bem atrás, com um
sorriso ainda curvando seu rosto, juntamente com uma faixa de lama. Antes deste
momento especial, não sabia que lama poderia ser tão sexy, fora de um ringue de
luta na lama com algumas garotas peitudas rolando neles. Forcei meus olhos para a
trilha, caso contrário corria o risco de bater em uma árvore e ficar parecendo um
verdadeiro idiota.
Algumas voltas, e finalmente chegamos à clareira a beira da montanha. Com
exceção a essa parte de Montana, uma outra montanha se elevava. Eu gemi quando
saltei, estava desconfortável com minha ereção durante os últimos quilômetros da
viagem. Emma, desligou seu quadriciclo e tirou o capacete. Se antes pensei que sua
expressão de espanto foi singela, isto deveria se parecer como uma manhã de
Natal, quando ela era criança. Ela girou pegando algumas flores de‘sempre-
vivas’ que cercavam a clareira.
— Isso é muito lindo, Ford.
Eu sorri. Ela ainda não tinha visto a melhor parte. Corri para soltar o
refrigerador e mochila na parte de trás do meu quadriciclo. Carregando a mochila e
o cooler em uma mão, com a outra entrelacei meus dedos aos dedos de Emma.
— Vamos lá. Espere até você ver isso.
A puxei em direção às árvores. Assim deixamos os pinheiros para trás, ela
parou estagnada.
— Uau! — sua boca estava entreaberta, mesmo diante de sua reação sensual
eu não podia atribuir pensamentos lascivos nesse momento. Bem, talvez. Apenas
me dar um minuto para apreciar sua excitação. — É incrível!
— É meu lugar favorito na fazenda.
Ela desviou os olhos da vista para olhar para mim. — Você pode ver por
quilômetros.
— Sim. Muito disso é nosso. Terei que te ensinar a voar, em seguida nadar.
— deixei cair a mão com um gesto para o rio.
As ideias preconcebidas que tinha dela ainda eram fortes, porque eu
esperava que ela enrugasse o nariz e negasse, mas seus olhos se iluminaram
novamente.
— É mesmo? Isso seria legal.
— Que tal um pouco de comida? Tenho filé mignon com molho fresco,
vegetais, um bom vinho tinto, um queijo de cabra que sua mãe ama, e trufas de
chocolate.
Para minha surpresa ela enrugou o nariz para isso. Coloquei o cooler e a
mochila no chão.
— O que? Eu sei que não é vegetariana. Já te vi comer bife.
Emma ergueu os ombros. — Não é isso. É estranho saber que você cria as
vacas e as come. No meu mundo, bife vem tudo perfeitamente embrulhado no
supermercado. Só tenho que despejá-lo na grelha. Não há parto, marcação com
ferro quente, ou massacre envolvido.
Não pude deixar de sorrir. — É a vida. Pelo menos aqui, sabemos que o gado
é tratado com humanidade. Eles são nosso sustento, é do nosso interesse certificar
que tomamos o melhor cuidado que podemos. Temos orgulho do que fazemos.
— Eu sei. É difícil para uma garota da cidade superar, eu acho. Mas
costumava amassar uvas com os pés para fazer o vinho, acredito que seja a mesma
coisade você criar uma vaca e comer o bife.
— Mas é um bom bife.
Os ombros de Emma finalmente baixaram. —Então melhor comermos.
— Quero começar com a sobremesa primeiro. Curve-se sobre o quadriciclo.
Emma virou a cabeça para trás e arregalou os olhos. — Como?
— Você me ouviu. No caso de você estar se perguntando, é uma ordem.
— Espera, o que?
— Qual é a sua palavra de segurança, Emma?
— Rosa. — ela suspirou. Suas pupilas já estavam dilatando; seu corpo já se
atualizandocom as mudanças de planos.
— Bom. Agora. Curve-se. Trouxe mais do que apenas o almoço.
Ela sussurrou — Oh, merda. — era muito cativante querer puni-la por isso...
mas isso não significava que eu não daria alguma força especial para não cumprir
mais rapidamente.
Emma inclinou-seno assento do quadriciclo, descansando seus cotovelos no
banco. Não perdi tempo desabotoei sua calça, passando por sua bunda e a desci,
peguei sua curva exuberante, incapaz de segurar o gemido. Meu pau saltou contra
o zíper da minha calça jeans, e sabia que minha paciência seria testada neste
exercício tanto quanto seus limites.
Tirei sua calcinha para encontrar a pele lisa. — Puta merda, Emma. Você
tem uma bunda perfeita. Precisamos de uma nova regra: você não vai usar mais
calcinha. Da próxima vez que eu mandar você se curvar, quero você nua debaixo de
tudo o que estiver usando. E se estiver de saia, quero ser capaz de chegar por baixo
e sentir sua buceta apertada e molhada sem nada no meu caminho.
Ela respirou fundo. — Você gosta dessa ideia?
Empurrei seu jeans o resto do caminho e deixei a calcinha cair no chão, e ela
não precisava de nenhuma instrução minha para sairdelas e chutá-las de lado. Isso
foi muito bom; suas roupas não iriam volta por algum tempo.
Ela deve ter suposto que minha pergunta foi retórica, porque não
respondeu. Perfeita pra caralho. Puxei minha mão para trás e acertei um tapa firme
em sua bunda.
Ela puxou outra respiração. — O que foi isso?
— Você não me respondeu, querida. Espero uma resposta quando te faço
uma pergunta.
Ela ainda não respondeu, então puxei minha mão novamente. Antes de
acerta-la, ela disse. — Sim. Eu entendo, mas não pare. Por favor.
A resposta dela me surpreendeu. — Não pare o quê, querida?
Ela sussurrou. — Eu gosto. Quando você...
— Quando estou espancando sua bunda gostosa?
Emma assentiu com a cabeça rapidamente acrescentou: — Sim.
— Não poderia ser mais perfeito?
Deslizei minha mão sobre sua bunda antes de aterrissar vários tapas mais
afiados. Aliviei a ardência escorregando minha mão entre as pernas para encontrá-
la encharcada. Caralho. Ela abriu as pernas sem me perguntar... realmente não
poderia ser mais perfeita.
Meu pau duro, lutou pela liberdade contra meu zíper. Mas não era a vez dele
ainda. Logo, amigo. Rodei meus dedos em sua umidade e empurrei-os para dentro.
Seus músculos contraíram-se contra meus dedos, quando ela inclinou seus quadris.
Porra. Ela estava preparada e pronta para o próximo passo e o brinquedo
que eu tinha trazido.
— Vou incentivá-la ainda mais, Emma. Se a qualquer momento, sentir que é
demais, você sabe o que dizer e paramos.
— Sim. Eu sei.
— Boa garota.
Tirei minha mão do meio de suas pernas, peguei na bolsa o brinquedo e o
desembrulhei, em seguida removi da mochila um bom pedaço de corda.
— Se deite de bruços no banco e coloque as mãos atrás das costas.
Emma concordou, a posição arqueou sua bunda.
— Linda, querida. Muito bonita.
Fiz o trabalho de envolver a corda em um nó intrincado que se estendeu a
alguns centímetros acima de seus antebraços, observando para quaisquer pontos
de pressão, agarrei na bolsa uma tesoura. Assim poderia cortar as cordas
amarradas ao guidão do quadriciclo caso ela entrasse em pânico e precisasse soltá-
la.
— Droga, você está linda em minhas cordas.
Acariciei seus quadris, e ela estremeceu, deslizeiminhas mãos sob a lateral
de seu corpo até seu sutiã. Rolei os mamilos entre os polegares e dedos indicadores
apenas por um segundo, antes de correr para cobrir sua buceta.
— Você entende que essa linda buceta é minha, não é?
Escorreguei um dedo entre os lábios de sua buceta, e provoquei seu clitóris.
Lutei contra a vontade de moer o meu pau em sua bunda, e procurar meu próprio
alívio. Em breve, prometi. Em breve. Brinquei com ela até que se contorceu contra
minha mão, seus gemidos não ajudavam no meu autocontrole. Quando ela estava
oscilando à beira do orgasmo, tirei minha mão.
— Por favor.
— Não peça, querida. Vou dar o que você precisa.
Me abaixei agarrando o lubrificante dentro da bolsa. Emma ficou rígida e
levantou ligeiramente quando a substância fria, pegajosa escorreu em sua fenda.
Eu abaixei minha mão livre para que voltasse a sua posição.
— Se você não quiser isso, você sabe o que dizer, Emma. Caso contrário, vou
jogar com essa bunda gostosa, antes de te foder.
Seu quadril sacudiu contra o banco, e teria dado qualquer coisa para ter
meu pau dentro naquele momento, porque podia garantir que os músculos da sua
buceta teriam apertado firme contra meu pau. Mas talvez tenha sido uma boa coisa
que não estivesse dentro dela, porque provavelmente teria gozado. Circulei um
pouco sua fenda e pressionei levemente. Emma congelou.
— Não faça isso, querida. Você sabia que não estava fora dos limites e não
há nenhuma maneira no inferno que eu possa me manter longe dessa bunda
perfeita. — coloquei a mão em sua bochecha e acariciei com meu polegar. — Mas
não se preocupe. — apertei com mais força, até que o anel liso demúsculo deu
lugar ao meu dedo. — Meu pau continua em sua buceta apertada. Você vai ter que
contentar com um plug atése estender o suficiente para eu penetrar. — o aperto do
músculo tentou me manter fora, mas eu não ia deixá-lo ganhar. — Relaxe por mim,
Emma. Vou te manterbem e pronta para seu plug. Você vai se acostumar a usá-lo
até que esteja pronta para mim.
Seu quadril começou a se mover novamente, e cheguei ao redor para
provocar o clitóris com a outra mão. Sua buceta estava encharcada e necessitada.
Passei vários momentos fodendo sua bunda com meu dedo enquanto acariciava
seu clitóris e mais uma vez, a trouxe à beira. Ela estava implorando e suplicando
para gozar, no momento que me afastei para pegar o plug lubrificado, o pressionei
contra sua bunda.
— Pressione de volta, querida. Mostre quão bom pode ser, e então vou dar a
você um orgasmo arrasador.
Hesitante no início e depois com mais confiança, Emma empurrou contra o
plug. Adicionei pressão e aliviei após passar o anel tenso de músculo, quando
escorregou para dentro segurei na base alargada.
— Oh meu Deus. — ela respirou.
— Você se sente completa, querida?
— Sim, Ah meu Deus. — ela repetiu.
— Está bem? — perguntei.
Ela assentiu com a cabeça.
—Diga, Emma.
— Sim. Eu estou bem.
— Boa garota. Porque você está prestes a se sentir ainda mais completa.
Enfiei a mão no meu bolso, tirei um preservativo e rasguei com os dentes,
não retirando o polegar da mão esquerda da base do plugue. Precisava manter a
conexão contínua com ela, enquanto estava nesta posição vulnerável. Rolei o
preservativo e me posicionei em sua entrada. Uma vez que a cabeça do meu pau
estava no calor de sua buceta, comecei a deslizar para a frente.
— Puta que pariu. — gemi.
Ela estava tão apertada com o plug em sua bunda, que fiquei feliz por ter
escolhido um pequeno. Meu pau mal coube em seu buceta, algo a considerar para a
próxima, porque esta podia ser a melhor e mais curta foda da minha vida. Esforcei-
me para ir devagar, para saborear o aperto de seu corpo e os tremores ondulando
através dela. Os gemidos de Emma aumentaram elevando meu prazer grau por
grau. Alcancei seu clitóris com dois dedos da mão direita e dedilhei.
— Ford. Por favor, eu vou.
— Já? — não consegui manter a risada fora de minha voz.
— Por favor. — ela gemeu.
Pressionei mais seu clitóris e aumentei meu ritmo, mantendo minhas
estocadas suaves e constante, até que seu corpo se abateu praticamente
estrangulando meu pau.
— Puta merda!
Seu grito ecoou através dos hectares e colinas, ondulando pelas campinas,
seguido por meu gemido de prazer, quando meu orgasmo explodiu de minhas
bolas e esvaziei dentro do preservativo.
Meu último pensamento antes de gozar no banco do quadriciclo foi: quem
me dera que não tivesse havido nada entre nós.
Capítulo 13
l
Emma

Na nossa última noite sozinhos, logo após o jantar, nos sentamos no sofá, e
isso rapidamente virou uns amassos, como se fôssemos adolescentes. Me afastei
para respirar.
— Que tal um pouco, hum... umas palmadas hoje à noite? Você sabe. Com
uma raquete.
A mudança na expressão de Ford foi sutil; Ele nem sequer me deixou
continuar. Mas eu podia ouvir a supresa em sua voz quando disse. — Você não
parecia interessada quando coloquei essa ideia na mesa.
— Eu não estava. — admiti. Eu não estava assustada nem nada, apenas fiz
uma pausa tão longa que Ford mudou de assunto. — Mas então eu só... não
consegui parar de pensar nisso. — mordi meu lábio, sorrindo. — Especialmente
quando estava sozinha na cama.
Apenas o pensamento de estar à mercê de Ford, e o ardor da raquete,fez a
minha boca ficar seca. Agora, porém, sabia que era de excitação, em vez de medo.
Como nossos pais voltariam amanhã cedo, não pude resistir me entregar a
submissão, no toque de mestre de Ford, uma última vez.
Se a velocidade com que ele me arrastou, era qualquer dica, Ford sentia o
mesmo.
Agora deitada de barriga para baixo em seus lençóis, senti seu perfume
exclusivo de suor e sabão, sem ver uma réstia de luz. Meus pulsos e tornozelos
foram algemados aos pés da cama. Eu tinha esperado por dez ou talvez quinze
minutos para Ford terminar os preparativos, era difícil de acompanhar com os
olhos vendados. Meu mundo escuro estava cheio de sensibilidade, em sintonia com
cada ruído, cada cheiro, e pegando a dica ao longo de minha pele. Conhecendo
Ford, ele estava tomando seu tempo de propósito, me deixando desenvolver um
frenesi de antecipação. Isso definitivamente estava funcionando; desloquei contra
meu apoio e senti o desejo já difundido entre minhas pernas. A maçaneta
finalmente virou. Os pés descalços se aproximaram suavemente da cama.
— Você está pronta?
— Sim, senhor, —e adicionei, — Minha palavra de segurança é rosa.
Ele riu. — Boa garota.
Um dedo tocou minha nuca e acariciou lentamente minha espinha,
demorando na parte das minhas costas. Eu tremia, tensa. Ele ia enfiar o dedo na
minha buceta, ou na minha bunda? Não esqueci do nosso dia com vista
panorâmica. Ele apertou a minha bunda firme e dei um grito agudo.
— Você está nervosa, esta noite, querida. — ele fez uma pausa. — Você sabe,
podemos fazer outra coisa. Sexo excêntriconão é como recitar o alfabeto, não
precisa ir para XYZ só porque você já fez o ABC. Não adianta se você não tem
autocontrole.
Eu balancei minha cabeça. — Eu sei. Mas eu... quero descobrir como é. O que
aquela mulher na sala de arreios sentiu.
Ele respirou fundo. — Maldição, Emma. —disse. Sua voz tinha um tom
rouco. — Você acostuma comisso rapidamente. Nunca vi alguém se adaptar tão
bem.
— O que posso dizer? Eu tenho um bom professor. — balancei minha bunda
em sua direção. — Agora comece a bater.
Ele deu um pequeno bufo de riso. — Com esse tom de voz, jovem senhora.
— ouvi um barulho de madeira na carne, e percebi que ele bateu a raquete em sua
mão para que eu pudesse ouvir sua força. — Acho que vou te esquentar. Levante
seu quadril.
O plástico quente cutucou minha buceta encharcada. Corri para obedecer à
sua ordem. O vibrador deslizou facilmente, apesar de sua circunferência, seu
comprimento parecia me estender, até que me senti completa como me sentia com
pau enorme de Ford. Uma protuberância curva, achatada na base, encaixou sem
folga contra meu clitóris. Ele tateou ao redor por um segundo, e choraminguei
quando começou a vibrar. Que seja abençoado um homem que possui um vibrador,
trabalhando para o prazer da sua mulher. Se isso não era amor, estava perto.
As mãos dele deixaram minha buceta, e pousaram na minha bunda
novamente, massageando a pele macia até que esquentou e vibrou. Não tentei
mecontorcer. O vibrador estava perfeitamente sintonizado, me estimulando, me
deixando louca. Distraída, não estava preparado para sua primeira palmada.
Uma palmada. Ebalancei para a frente, abrindo minha boca. O golpecutucou
o vibrador contra o meu clitóris e o ponto G. A bochecha esquerda da minha bunda
queimou com um paradoxo de prazer e dor, que eu iria me tornar viciada. Mais
uma palmada. E outra. Um gemido explodiu do fundo no meu peito. A este ritmo,
eu ia gozar antes que chegássemos a parte divertida. Mas isso não importava, Ford
poderia arrancar de mim um orgasmo após o outro. Nunca tinha gozado tantas
vezes seguidas como fiz com ele. Só de saber que estava por perto já me deixava
pronta para a ação.
Depois de meia dúzia de palmadas, eu estava um tremendo caos e minha
bundapegando fogo. Minhas coxas estavam escorregadias com suor e meus
próprios sucos.
— Você é uma boa menina. — Ford disse baixo. — Pronta para coisas
difíceis?
— Sim, senhor. Por favor. — eu gemia. Me forçando a relaxar quando a
raquete veio assobiando para baixo, ao mesmo tempo rachando sobre ambas as
nádegas.
Puta merda. Ele tinha me batido com a mão várias vezes, mas isso eraum
outro nível. As lágrimas saltaram em meus olhos e mordi meu lábio. Mas o calor
doloroso, espalhou combinando com o calor do prazer em minha buceta e clitóris,
misturando-se até que eu não conseguia identificar qual era qual. Ford esperou
tempo suficiente para deixar o fogo diminuir, então atacou de novo, e outra vez.
Cada golpe veio mais rápido do que o anterior.
De repente toda vergonha caiu. Me contorcia, rangendo contra a cama, ávida
por qualquer sensação que pudesse ter. Atrás de mim, a respiração de Ford veio
com grunhidos de esforço e excitação. Estava perdendo a sanidade. Eu queria que
ele dentro de mim e queria que continuasse a bater. Tinha permanecido na borda
pelo que pareceu anos, um tapa mais ardente, mais uma coisa qualquer, me jogaria
novamente.
O vibrador caiu no chão, e gritei agarradaaos lençóis, soluçando o nome de
Ford. A raquete bateu contra o chão de madeira e senti um corpo musculoso e
suado caindo na cama atrás de mim. Seu coração batia selvagem desenhando uma
tatuagem nas minhas costas. O vazio deixado pelo vibrador foi preenchido
subitamente com seu pau. Gritei assim que me colocou arqueada,
insuportavelmente sensível e ainda com fome para mais. Meu segundo orgasmo já
estava construindo. Suas estocadas selvagens de punição,enrolaram na boca do
meu estômago apertando cada vez mais. Seu quadril bateu contra a minha bunda,
enviando choques de prazer e dor. Com um rosnado, ele mordeu na dobra do meu
pescoço, e todo o meu corpo sofreu espasmos novamente enquanto seu pau
pulsava dentro de mim.
Senti uma estranha perda quando ele se retirou e me desamarrou. A coisa
mais assustadora era que sabia que minhas experiências com ele tinham me
arruinado para outros homens. Sexo baunilha não poderia ser comparado com as
coisas pervertidas que Ford tinha mostrado ao meu corpo. A venda foi retiradados
meus olhos, e pisquei com o brilho repentino.
— Você pode falar? — Ford perguntou, procurando meu rosto.
Abri minha boca para dizer claro que posso, e não consegui. Meus olhos
arregalaram. Uau. Não tinha ideia de que algo podia ser tão intenso.
Confundindo o meu espanto com pânico, Ford acariciou meu cabelo.
— Sshiii, está tudo bem. Apenas descanse. — um vestígio daquela nota
hipnótica de Dom, ainda permanecia em sua voz. Ele sentou-se contra a cabeceira
da cama e me aconchegou ao seu lado. Sem mover o braço que me
segurava,inclinou para pegar uma garrafa de água do criado-mudo. — Você pode
beber? Ou devo dar isso para você?
A ideia tinha um certo apelo, mas meu orgulho venceu. Assenti com a cabeça
e peguei a garrafa. Quando a água tocou minha língua, percebi que estava
morrendo de sede. Assim que tinha engolido metade da garrafa, devolvi a ele que a
colocou de volta no criado-mudo. — Você quer comer algo?
—Humm... não. — resmunguei, me aconchegando contra seu corpo quente.
— Direito de descanso.
Ford riu. — Sim. Você tem uma madrugada de palmadas dentro de você.
Ele olhou para mim, sua expressão quase afetuosa e possessiva. Ou isso foi
só um pensamento? Eu não tinha energia para quebra-cabeças, me virei para
descansar meu rosto em seu abdômen.
— Você estava incrível, querida. — ele continuou depois de um minuto.
Senti as vibrações de sua voz grave na minha bochecha. — Mesmo arriscando a
estragar tudo com você, estou impressionado.
Um suspiro de contentamento me escapou. Os dedos deslizaram pelo meu
cabelo novamente, então mudou para acariciar minhas costas, como se eu fosse um
gato, os traços longos e amplos eram suaves ao invés de excitantes. Levantei minha
cabeça e abaixei com seu suspiro lento.
Eu não tive a intenção de ficar, mas me sentia tão esgotada e suas carícias
eram tão suaves... Eu estava dormindo antes que percebesse.

a
Na manhã seguinte, devoramos um par de omeletes enormes,
estávamos morrendo de fome após o exercício da noite passada. Depois disso, no
entanto, demoramos com nosso café. Toda parte inferior do meu corpo estava
agradavelmente dolorida, e ainda senti a marca da mordida onde Ford tinha me
reivindicado como sua.
De alguma forma minha cabeça estava descansando no ombro de Ford.
Como na noite anterior, ele não me moveu. Mas seu corpo enrijeceu com o barulho
de pneus na estrada de terra, e minha cabeça foi retirada de seu ombro.
— O quê? — perguntei, irritada por perder meu travesseiro. — É só uma
caminhonete.
—Estão de volta.
Oh, merda. Eu não tinha aprendido a reconhecer os sons da fazenda ainda.
Ford poderia dizer sobre o som diferente de cada caminhonete... ou talvez
soubesse que os empregadosnormalmente não iriam se aproximar assim da casa.
Eu me levantei rapidamente.
Poucos minutos depois, três vozes familiares flutuaram no ar, e nossos pais
entraram pela porta da frente com Celeste. Aparentemente, eles tinham buscado
ela quando estava regressando para a fazenda.
Enquanto abracei a minha mãe e cumprimentei Russ, Ford passou por eles
sem dizer uma palavra. Ele voltou com o resto de suas bagagens e começou a levá-
laspara os seus quartos. Foi uma ótima desculpa para nos socorrer, mas desejei
que ele não tivesse me deixado sozinha. Meus olhos desviaram para o seu jeans e a
forma como ficava perfeito em sua bunda, quando subiu a escada. Talvez seja
melhor se nós não ficarmos muito perto.
— Ufá! — Celeste disse. — Eu vou fazer para vocês um café da manhã, e
então tenho que deitar. Este fuso horário está me matando.
— Já tomamos café da manhã, obrigada. — eu disse.
— Você fez? A esta hora? —Celeste olhou para o relógio na parede.
Minha mãe disse —Não precisa fazer nada. Eu me viro até você ter um
descanso.
Celeste agitou a mão dela. — São apenas alguns sanduíches.
— Deixe-a fazer o trabalho dela, querida.— Russ disse curvado enquanto
desamarrava suas botas.
Fiz uma careta quando Celeste se apressou para a cozinha. Seria uma coisa...
se ela realmente quisesse nos alimentar. Mas ela fez um estardalhaço quanto ao
fato de estar cansada, depois não nos deixou ajuda-la. Tudo o que ela queria era ser
vista como um mártir.Tanto faz. Virei minha atenção para minha mãe.
— Como foi a viagem?
— O resort foi incrível! — ela respondeu. — Havia um spa, um restaurante
cinco estrelas... você poderia apenas sobreviver lá.
Ford voltou para o hall de entrada, enquanto minha mãe continuou. — Russ
não quer me falar quanto custou, mas deve ter sido uma fortuna! As diárias, todos
os jantares e passeios pelas vinícolas, e ainda muitas outras coisas. — ela deu um
sorriso afetuoso para Russ. — Ele não se preocupa com esse tipo de coisa.
— Você também não deveria. — respondeu o Russ. — O que é meu é seu
agora, lembra-se?
Mamãe riu. — Suponho que vai levar algum tempo para me acostumar.
Uma linha apareceu na testa de Ford. Querendo saber qual era o problema
dele,interrompi. — Legal soa como uma Estância Turística, mas me preocupei com
vocês.Vocês se divertiram?
— Oh, sim! —minha mãe disse. — Todas as manhãs eles colocavam uma
pequena cesta de pães frescos na porta, para que nós pudéssemos tomar café
quando quiséssemos. Foi a coisa mais fofa. Durante o dia jogamos croquet, tênis, e
fizemos caminhadas... degustamos vinhos, claro. E nosso chalé tinha um terraço
privado, onde podíamos ver o pôr do sol.
Lá vai ela, jorrando sobre as comodidades novamente.Mas eu sabia como
elase sentia. Eu ainda estava me acostumando com o risco de ficar insana com os
homens da família Bennetts. Depois de viver com um orçamento bastante rigoroso
por tanto tempo, minha mãe ficou encantada com os luxos que Russ podia pagar
sem nem sequer pestanejar.
— Ou tentar assistir. — enfim, Russ comentou. — Mal podíamos ver o
horizonte com tantas maltidas árvores. O norte da Califórnia é lindo, mas acho que
viver nessa fazenda fez de mim homem de Montana para sempre.
— Vamos lá, querido, não foi tão ruim sair do campo. Naquele dia chuvoso
foi uma ótima desculpa para nos aconchegarmosperto da lareira. — ela brincou,
Russ riu e a beijou.
Essa era a minha deixa. Havia tanta coisa que não queria ouvir sobre os
aspectos particulares, da sua lua de mel. Mas antes que pudesse educadamente
pedir licença, minha mãe voltou-se para nós.
— O que as crianças fizeram durante toda a semana? Espero que vocês
tenham se mantido entretidos.
Meu estômago caiu em minhas sandálias. Ford e eu nos divertimos, tudo
bem... na banheira de hidromassagem, em seu quarto, na floresta, no estábulo e
praticamente todos os cômodos da casa.
— Nós, Ah, não fizemos muito. — gaguejei. Sentindo meu rosto quente. Eu
estava corando? Eles poderiam ver isso? Diga alguma coisa, merda!
Ford interrompeu sua voz perfeitamente normal. — Claro que fizemos. Eu levei
Emma a cavalo ao longo de algumas das principais trilhas da fazenda. Ela amou os
pôneis e as vacas. Para alguém que nunca tinha montado antes, ela estava muito
bem.
Não ria, eu repetia para mim mesma.
— Bem, é verdade? — Russ disse. — Devemos sair em algum momento
como uma família, agora que a Ford mostrou como dominar as rédeas.
Merda. Não. Ria.
Ford na verdade esboçou um sorriso. — Eu a chicoteei de alguma maneira
com exercícios vigorosos. Também fomos com o quadriciclo para a vista
panorâmica na floresta, fazer um piquenique. — bem, aquele piquenique. Com sua
cesta cheia de guloseimas muito especiais. De repente Ford ergueu as sobrancelha
para mim. — Nós apostamos uma corrida, não foi?
— Sim. — eu disse, me apressando para prosseguir com o jogo. Era quase
irritante, quão sereno e confiante ele estava. Onde aprendeu a ser um bom
mentiroso?
— Não é seu lugar favorito, Ford? — Russ sorriu, aprofundando as rugasnos
cantos dos olhos. — Eu não deveria ter-me preocupado com vocês.
Hein? Preocupado em que sentido? Tentei esforçar para me acalmar,
ninguém estava fazendo acusações. Mas parecia que todas as coisas erradas e sujas
que tínhamos feito estavam pintadas na minha testa.
Ford olhou torto. — Eu te disse que eu não iria deixá-la se virar sozinha, pai.
Não podia dizer se ele estava irritado ou envergonhado.
Celeste escolheu aquele momento para ressurgir, e anunciou— A comida
está na mesa, agora eu vou sair. — como uma onda, ela desapareceu da sala.
Fomos todos para a sala de jantar para conversarmos sobre a viagem, como
também sobre nossos tempo sozinhos na fazenda, enquanto nossos pais comiam.
Debaixo da mesa, a mão de Ford se próximou da minha, como para me
tranquilizar, no entanto afastei. Eu tinha que começar a controlar todas as reações
do meu corpo, que automaticamente respondia quando estava perto de Ford. Nada
mais de toques casuais, olhares persistente, ou beijo na boca, peito arfante e
calcinha molhada isso era provavelmente impossível. Mas eu tinha aquele
esconderijo desde que vim para a fazenda, certo? Tentei ignorar a voz na minha
cabeça que zombou, Sim, durante uma semana inteira. Esconderijo maravilhoso
também.
Finalmente nossos pais terminaram seus sanduíches e Ford pediu licença
dizendo que tinha trabalho a fazer. Fui para meu quarto, aliviada... mas já receosa
para a hora do jantar.
Capítulo 14
l

Ford

Me sentar para jantar com meu pai, minha madrasta e Emma carregava um
toque surreal. Insisti que ela era na verdade minha meia-irmã, mas a dura pressão
imprimida contra meu zíper não parecia entender o mesmo. Talvez porque eunão
me importasse com rótulos neste ponto. Ela era só Emma, e estava se tornando
muito mais a cada dia. Ter ela amarrada em minha cama foi... inebriante. Suas
reações, seu entusiasmo, eratudo o que eu poderia ter pedido. Nossa última
semana juntos, vendo até que ponto estávamos interligados, dentro e fora da cama,
mudou tudo, e eu não sabia exatamente o que fazer sobre isso ainda. Mas isso era
para outro dia.
— Qualquer coisa que preciso saber sobre o que aconteceu, enquanto
estávamos fora? — meu pai perguntou,me puxando dos meus pensamentos para
voltar para a conversa.
— Desculpe, o que?
Meu pai levantou uma garfada de purê de batata na boca e mastigou, dando
tempo para reunir meus pensamentos antes de prosseguir com sua pergunta.
— Relatório. Atualização. Resumo.
— Oh. Nada digno de nota. Está tudo bem com o gado. O ferreiro estava fora.
Os cavalos estão em forma. Estou pensando quetalvez seja preciso contratar mão
de obra, mesmo que Griff não admita, ele está começando a ir cada vez mais
devagar e gostaria de tirar algum peso de suas costas. Sei que ele vai tentar
acompanhar os caras mais jovens, mas seria ideal ele se aposentar.
— Ele vai argumentar sobre ser mandado para pastar. — comentou meu
pai.
— Eu sei, mas não precisamos colocar para ele dessa forma. Eu vou apenas
tirar lentamente suas responsabilidades. Talvez levá-lo a treinar um novo cara
para tomar um pouco do seu tempo, e pode ser um processo gradual.
Meu pai deu de ombros. — Se você acha que pode andar por esse campo
minado sem explodir uma perna,vou deixar para você lidar com ele.
Por alguns minutos, o único som na sala era o tilintar dos talheres de
pratarias chinesas.
Peguei outra fatia de pão da cesta a tempo de ver o meu pai pegar o prato de
purê de batatas, Cynthia o pegou de suas mãos e deslizou a salada. Uma parte de
mim estava contente de ver alguém tomar conta do meu pai novamente, mas eu
não podia evitar, me perguntei quanto tempo isso duraria. Esta não era a primeira
lua de mel de Cynthia. Antes que pudesse pensar mais sobre isso, Cynthia enxugou
os lábios no guardanapo e começou a falar.
— Emma, querida, eu sabia que você iria adorar este lugar. Estou tão feliz
que você tenha dado uma chance para a fazenda. Há tantas coisas para ver e fazer.
Há muito tempo não me sinto tão ativa.
Emma deu uma mordida forteno garfo antes de engolir. Um rubor rosa
tingiu suas bochechas, me fazendo lembrar a cor de sua bunda, antes de tê-la
atingido com a raquete. A vontade de provocá-la era muito forte para ceder.
— Emma estava ativana semana passada. — eu disse, olhando para cima
quando terminei de passar manteiga no meu pão o levando para os meus lábios. —
Tivemos oportunidade de fazer muitas coisas, e nos divertimos bastante. Acredito
que Montana deu a ela uma gama de experiências impactantes. Ela estava em boas
mãos enquanto você estava fora.
Emma não perdeu o duplo sentido; O rosa virou-se lentamente para
vermelho. Provocá-la assim com certeza era muito imaturo, mas ela tinha perdido
a hora do almoço quando falamos sobre 'cordas' e 'equitação'.
Cynthia se endireitou em sua cadeira, sorrindo. — Estou tão feliz que vocês
tenham se dando bem, fiquei preocupada. — ela olhou incisivamente para mim.
— Eu odeio dizer isso, Ford, mas você não é um homem fácil de se aproximar.
Estou feliz por ter sido tão acolhedor com a minha garota.
—Isso é mais uma coisa que eu amo em você, Cyn. —avoz do meu pai
aumentou sobre a mesa de jantar. — Não tenha medo de dizer como ele é. Assim
nos mantêm honestos.
Olhei fixamente para Cynthia. — Não se preocupe.Acho que estamos nos
dando muito bem. — comi minha batalha e olhei para a garota em questão. As
bochechas dela estavam aquecidas em um vermelho brilhante. — Eu acho que é
seguro dizer que Emma e eu... temos um ao outro. Passamos a semana passada
reforçando esse laço de amizade por toda a fazenda.
Emma se engasgou com o bife, tossindo no guardanapo por quase um
minuto antes de empurrar-se para longe da mesa.
— Desculpe-me. Eu... Eu preciso ir, não me sinto bem.
Assistimos em silêncio Emma desaparecer pelo corredor.
— Mas afinal o que aconteceu? — Cynthia disse, levantando e seguindo a
filha.
Meu pai olhou para mim, com a testa enrugada. — Você tem alguma ideia
sobre o que foi isso?
Eu balancei minha cabeça. — Não. Não faço ideia.
Nós dois terminamos nossa refeição, mas a minha parecia rançosa no
meuestômago. Eu tinha empurrado Emma longe demais? Fiz asneira com certeza.
Eu pensei que nós estávamos dividindo uma brincadeira inocente, mas não
tinha percebido o que ela realmente estava sentindo até que foi tarde demais. Ela
teve que fugir de mim. Com raiva ou nojo ou talvez até medo... seja o que for, eu
nãoqueria ver novamente aquele olhar que me foi dirigido. Algo frio infiltrou-se
nas minhas veias. Senti muito medo por talvez ter prejudicado a confiança que
vinha construindo. Limpei meu prato rapidamente e pedi licença. Eu precisava
consertar tudo o que tinha acabado de fazer. Pela primeira vez em muito tempo...
Eu não tinha certeza do meu próximo passo.
Capítulo 15
l
Emma

Sai para o meu quarto e fechei a porta. Meu estômago ainda embrulhando. O
que Ford estava pensando, ao balançar a nossa vida sexual na frente da minha mãe
e Russ assim?
Mas eu já sabia que esta não era a pior parte. Todas as provocações
clarearam tudo, deixando-me ver como nossa relação realmente estava errada. A
verdadeira questão aqui era: o que diabosestavapensado ? O que eu esperava
quando me envolvi com ele?
Alguém bateu na porta. A voz de minha mãe veio em seguida abafada me
chamando. — Está tudo bem? Precisa de mim para trazer-lhe alguma coisa?
Tentei recompor-me. — Sim, mãe. Quero dizer, não... pode entrar.
Ela teria se escondido no corredor até que conseguisse entender o que tinha
acontecido comigo?
Minha mãe abriu a porta, franzindo a testa. — Está passando mal? — ela
esticou a mão para colocar na minha testa. — Você não parece febril, mas você está
corada.
— Meu Deus, mãe. —eu suspirei. Por um momento, me arrependi de tê-la
convidado a entrar. Eu já sentia como se tivesse viajado no tempo, de volta ao
ensino médio,se não tivesse cuidado, ela iria me enfiar em um carrinho de bebê em
breve. —Não se preocupe. Estou bem. É só... — optei por uma mudança de tema.
— Todas essas coisas levam algum tempo para se acostumar. Acho que me
empolguei me divertindo com a Ford. — eu me chutei mentalmente. — Acho que
fiquei muito tempo no sol, ou fiz muito exercício, ou talvez tenha comido algo que
não me fez bem...
Oh Deus, por que eu não conseguia parar de divagar?
Mas minha mãe assentiu com um sorriso de compreensão. — Você nunca
faz nada pela metade. — ela riu. — Mesmo quando você realmente deve fazer.
Assim que você tenta fazer algo, você quer dominar, faça chuva ou sol. É
ótimo que você tenha gostado tanto Montana, mas da próxima vez que sair com
Ford, não se esforce tanto. Ele vem fazendo essas coisas há mais tempo do que
você.
Eu devolvi o sorriso um pouco tímido e triste. — Está bem, mãe. Vou tentar
ir mais devagar.
Ela tirou alguns fios de cabelo do meu rosto. — Foi tão bom revê-la neste
verão. Sei que estou um pouco repetitiva, mas estou realmente feliz que você esteja
se relacionando bem com seu novo meio-irmão. — ela fez uma pausa, olhando para
baixo rapidamente. — Eu sei que é difícil lidar com a sua mãe enviando
constantemente novos parentes em torno de sua vida. Você realmente tem sido
uma fortaleza durante todo este tempo.
Eu interrompi. — Não se culpe por...
— Deixe-me acabar, querida. — ela suspirou, pensativa, ao invés de
impacientemente. — O que estou tentando dizer em é... você está acostumada a
esse tipo de coisa. Mas Ford não esta. Então quando cheguei aqui ele era um pouco
cuidadoso e tímido.
Eu quase quis rir. — Tímido. — era a última palavra que usaria para
descrever Ford. Mas lembrei-me do primeiro dia que nos conhecemos: a suspeita
do temperamento frio e a luxúria em seus olhos, a maneira que agiu como um cão
de guarda de seu pai. Talvez minha mãe não tivessemuito longe do objetivo nesse
ponto.
— Você e Ford tiveramum começo difícil, mas parece que passar um tempo
sozinho com você, fez bem a ele.— seu tom de voz suavizou ainda mais, para a
mesma ternura que sempre mostrou quando falava sobre seu novo marido. —
Russ é uma das melhores coisas que já aconteceu comigo. Sinto-me em casa aqui...
isso significa tanto.
Isso me surpreendeu, jamais tinha visto minha mãe tão feliz e apaixonada.
Finalmente tinha terminado a sua maré de azar. Este casamento veio para
ficar.
Se eu não estragasse tudo com seu enteado.
Meu estômago revirou com uma mistura de tristeza, culpa e raiva. Eu odiava
mentir para mamãe. Sempre fomos próximas, visto que éramos presentes uma na
vida da outra, mas agora estava mentindo. O fato de que ela não sabia que eu
estava a empurrando para longe da verdade, não mudou nada.
— Sim, mãe. Obrigada... — eu a abracei, lutando contra as lágrimas
repentinas, enquanto respirava seu perfume, aquele cheiro de jasmim e rosa de
minhas primeiras memórias. — Eu... Acho que vou para a cama agora. Ainda me
sinto meio mal.
Ela apertou minhas costas e beijou minha bochecha. — Durma bem,
querida.
Concordei, com medo que minha voz partisse se falasse, e logo ela fechou a
porta atrás de si. Então sentei-me na cama apoiando minha cabeça em minhas
mãos. Meus pensamentos correndo em círculos. O que diabos eu vou fazer?
Mas não tive muito tempo parapensar. Ouvi passos se aproximando da
minha porta, mais pesados e mais espaçados do que os da minha mãe. A porta se
abriu para revelar o homem que eu mais ou menos queria ver.
— O que você está fazendo aqui? — as palavras saíram mais duras do que
eu pretendia. — Vamos ser apanhados.
— Pelo amor de Deus, relaxe. —Ford se aproximou e descansou a mão no
meu ombro. Por alguma razão, não me afastei. — É normal um cara se preocupar
com sua irmã. Nossos pais acham que estou aqui para saber se você está bem.
— Mas eu.
— Eles não sabem. Confie em mim. — ele disse. — Mesmo que soubessem,
nós somos adultos. Não é da conta deles. Não temos nenhuma razão para nos
preocuparmos.
Eu queria muito acreditar nele. Só de ouvir sua voz calma, confiante, me
deixou com vontade de cair em seus braços fortes e acolhedores. Ele não deixaria
que nada de ruim acontecesse comigo. Apesar de tudo, comecei a relaxar.
— É assim mesmo. — ele disse com um sorriso leve.
Prendendo o meu olhar, Fordsegurou meu queixo. Meu corpo respondeu
automaticamente e meu rosto virou-se para ele.
Ele inclinou-se para um beijo lento e persistente, que fez meu corpo doer.
Então, com os lábios ainda escovando os meus, ele murmurou. — Eu quero foder
você novamente.
Um ruído suave de surpresa e desejo me escapou. Esse calor familiar, que
sentia sempre quando estava perto de Ford estava subindo rapidamente sob a
minha pele.
— Não suporto não estar dentro de você. Quero te fazer gozar e sentir seu
corpo contorcendo-se contra o meu.
Ele me beijou outra vez, mais selvagem e com mais fome do que antes, e
desta vez correspondi. De alguma forma a sua outra mão já estava na minha coxa;
em seguida subiu, e arqueei em direção a ela. Me rendendo lentamente e
derretendo sob seu toque...
Mas a memória do sorriso da minha mãe ressurgiu. Ela e Russ
provavelmente estavam comendo a sobremesa agora, ou assistindo TV abraçados
no sofá, ou fazendo alguma outra coisa de casal, confortáveis e tranquilos na
felicidade conjugal... enquanto seus filhos estavam envolvidos pela luxúria bem
acima de suas cabeças. A náusea e a culpa oprimiram qualquer outra coisa que eu
estava sentindo. Foi só por um momento, mas foi suficiente para me afastar de
Ford.
Ele piscou, uma linha apareceu entre suas sobrancelhas.
— Qual é o problema?
Não era óbvio? Ele estava apenas brincando comigo novamente? As únicas
palavras que consegui encontrar foram: — Eu não posso. Me desculpe.
— Ei, pare. — ele olhou para baixo por um minuto. —Eu agi como um idiota
esta noite, não te culpo, se você estiver brava.
— Não, estou... bem, mais ou menos. — balancei minha cabeça. Foi legal da
parte dele confessar, mas eu não conseguia seguir outro caminho. — No entanto,
não foi isso que eu quis dizer. Eu estava falando sobre tudo isso. Nós. É muito
estranho.
Ford tocou a minha mão novamente e dei um passo me afastando da cama.
Ele bufou. —Se deixar por um segundo, eu estou tentando me desculpar.
— Obrigada, eu agradeço; Eu realmente agradeço. — tentei não parecer
frustrada e cai em algum lugar na região do sarcasmo. — Mas se você estava
ouvindo, sabe por qual motivo fiquei chateada. — esse sentimento de união "jantar
feliz em família," foi tão horrivel enfrentar a acusação sexual entre mim e Ford. Até
a memória fez a minha pele arrepiar.
— Você não achou estranho ontem à noite. Ou na noite anterior. Ou
qualquer umadas dúzia de vezes que te comi na semana passada. — Ford
respondeu um pouco mais alto.
Ele não estava se gabando por sua conquista, não havia nenhum sorriso em
seu rosto ou na voz. Ele parecia genuinamente, confuso e irritado.
Minha raiva inflamou-se em resposta. Por que ele não percebeu? Depois de
tudo o que tinha acabado de dizer, como poderia ele ainda não perceber? Como ele
não podia se sentir tão assustado quanto eu estava? Antes que pudesse-me conter,
explodi.
— Mas essa semana, Ford! Nossos pais estão de volta. Somos uma família
agora. — dei uma risada sem humor. — Deus. Fizemos asneira.Deixei-me esquecer
que você é meu meio-irmão por alguns dias, mas eu não aguento mais. Mesmo que
eu quisesse, não posso.
— E você quer ? — seu olhar queimou dentro de mim.
—N...não com nossos pais em casa! — eu menti rapidamente. Tal como
ontem, e todos os dias desde que o vi, meu corpo queimava por ele. No meu
coração, sabia que a semana passada foi mais do que um deslize de bom senso. Se
podia ser brutalmente honesta comigo mesma, o que sentia por Ford era mais
profundo do que o meu corpo. Nenhum homem nunca tinha-me dado ordens como
ele fez, ou me deu tanto prazer.
— Então eu fui apenas um grande erro para você? — ele exigiu.
Estreitando-me com o olhar e apertando os músculos da sua mandíbula. Ele estava
completamente chateado agora, de repente percebi que não parecia apenas
chateado, era como se tivesse sentido algum tipo de dor.
Mas isso não fazia diferença. Mesmo que fizesse mal a nós dois, não podia
recuar.
Eu engoli o caroço na minha garganta. — Essa não é a questão. Nunca daria
certo entre nós a longo prazo. Nossos pais são casados, agora e precisamos
começar a agir como uma família. Você é meu meio-irmão. Eu sou sua meia-irmã.
— virei para esconder as lágrimas estúpidas, ilógicas que encheram meus olhos.
— Desculpe, Ford. Foi bom enquanto durou, mas... por favor, vá.
Capítulo 16
l

Ford

— Ir? Você só quer que eu vá? É isso. É dessa maneira que você vai acabar
com isso. Eu me excedi um pouco no jantar, e você quer fugir?
Enfiei a mão pelo meu cabelo e me virei para encarar a porta. Eu tive que
desviar o olhar, precisava me recompor, antes de dizer algo que não podia voltar
atrás. Normalmente, não era difícil manter-me fechado, mas algo em relação a
Emma tinha rasgado o meu autocontrole desde o início.
Virei-me para encará-la, e uma parte de mim esperava que ela estivesse
sorrindo e rindo. Suas palavras fossem uma piada, eque agora ela esperasse que eu
a puxasse para a cama e a colocasse sobre o meu joelho para fazer jorrar fora suas
besteiras. Mas seu rosto estava definido em uma máscara fria e severa. Nem sequer
havia um vislumbre de diversão da Emma atrevida, que eu tinha conhecido. Era
como olhar para uma estranha. E odiei isso. As palavras saíram antes que eu
pudesse segura-las.
— Então é assim que vai ser. — uma risada cruel escapou de meus lábios
enquanto Emma acenava bruscamente com a cabeça. — Acho que é o melhor de
qualquer forma. Nenhum de nós realmente acredita que este casamento vai durar.
Você vai estar aqui no verão, mas depois quanto tempo mais você acha que sua
mãe realmente estará aqui? Nem sequer colocaria a proababilidade de sermosuma
família até o feriado de Ação de Graças. Então acho que não terá que se preocupar
com isso ser estranho.
O rosto de Emma mudou quando puxou uma respiração, curvando-se como
se eu tivesse lhe dado um soco no estômago, entãorapidamente se endireitou
recuperando seu temperamento explosivo.
— Então você está basicamente dizendo que minha mãe não é melhor que
Celeste, que esta atrás de um cara rico, para levá-la para um passeio e obter o que
puder dele? Bem adivinhe, Ford? Foi bom eu ter decidido acabar com isso agora,
porque esta claro que você não sabe nada sobre mim ou minha mãe. Agora saía do
meu quarto.
Que se foda. Virei-me e alcancei a maçaneta da porta, rasgando-a aberta, eu
queria bater ao fechar, mas sabia que não podia arriscar atraindo a atenção. Eu
precisava sair desta casa então caminhei para o celeiro.

a
Longas horas na sela davam a um homem bastante tempo para pensar, e
fuilonge o suficiente para cobrir uma grande área, literal e figurativamente. Evitar
os lugares onde eu tinha estado comEmma não a manteve fora dos meus
pensamentos. Na verdade, eu pensava nela ainda mais. E minha conclusão? Acho
que posso ter estragado tudo. Imensamente. Fiquei olhado fixamente para ela
enquanto dizia as coisas sobre sua mãe, em seguida ela se curvou como se tivesse
com dor.
Merda.
Puxei Richter, meu cavalo e dei um tapinha em seu pescoço.
— Bom garoto.
Parei em frente a meu acampamento favorito. Encontrei esse lugar por
acaso na primavera passada. Tinha uma saliência rochosa, com uma bela vista eum
poço de água quente. Eu realmente considerei trazer Emma aqui para passar a
noite, mas tínhamos ficado tão envolvidos, e não queria deixa-la fora da minha
cama.
Emma.
Malditos pensamentos.
Desmontei, peguei meu equipamento eme preparando para fazer uma
fogueira. Trouxe bastante uísque para esquecer durante a noite, pelo menos
esperava por isso. Mas quando olhava para as chamas, só podia ver seu rosto, seus
sorrisos, a maneira que seus olhos turvavam com prazer, como seu nariz enrugava
quando ria.
Estou ferrado.

a
Eu fiquei longe de casa por dois dias, esperando que a distância pudesse
meajudar a obter um controle das minhas emoções, mas isso não fez nada exceto
tornar a situação pior. Ainda sentia sua falta. Eu não era orgulhoso demais para
admitir isso. O velho Ford, teria percorrido sua agenda telefônica e ligado para uma
mulher disposta a virrapidamente, para obter o tipo de prazer que eu tinha a
oferecer. Mas não consegui reunir qualquer apetite para isso, ou para qualquer
coisa. Até mesmo o meu troféu, carne com ervas que eu tinha caçado tinha gosto de
merda. E essa descoberta me fez ver de fato, eu tinha um grande problema. Bem,
isso e o fato de querer puxar a arma do meu coldre e disparar contra Mac e TJ,
quando eles estavam babando em cima de Emma vestida com um short, que teria
envergonhadoaté Daisy Duke. Eu não preciso salientar que meu pau aprovava de
todo o coração.
— O que ela fez agora? — murmurei, desmontando e enganchando as
rédeas de Richter num poste perto do celeiro. — Vocês não têm trabalho a fazer?—
gritei para os empregados da fazenda. Mac e TJ se afastaram da cerca.
— Desculpe, chefe. —Mac disse. — Só estávamos observando para ver se a
Srta. Emma precisava de ajuda com sua jardinagem.
Emma estava de joelhos, outra posição que meu pau gostava me lembrei,
arrancando as ervas daninhas dos canteiros de flores ao longo da frente da casa.
Ela estendeu as mãos para a parte de trás para limpa-las em seu short,
balançando seu traseiro, aquele maldito short não deixava nada para a imaginação.
Eu queria ir até lá, colocá-la sobre meus joelhos e deixar sua bunda vermelha para
mostrar a qualquer um que ela me pertencia. Exceto que ela não me pertencia. Ela
tinha deixado isso perfeitamente claro.
— Observando para ver se ela precisava de ajuda há cem metros de
distância? Certo, voltem para a merda do trabalho. — rosnei.
Mac se virou e foi para o celeiro, mas TJ ficou ao meu lado. — Peço
desculpas se você acha que estávamos aqui falando merda sobre sua meia-irmã.
Não é bem assim. Ela é uma mulher e tanto. Você sabe que eu estou esperando para
me casar, e ela é exatamente o que estou procurando. Acho que ela e eu
poderíamos ter algo real.
Cada instinto possessivo em mim inflamou-se, e eu não queria nada mais do
que agarrá-lo pelo pescoço, e dizer-lhe que não havia nenhuma chance de merda
para ele, porque ela já era minha.Mas não consegui.
TJ Continuou. — Hoje cedo, ela queria ir para um passeio e tentou por os
arreios em Delilah por conta própria. Estava muito bonita. Ela não sabia muito
sofre o freio. Tudo estava ao contrário, mas Delilah, é uma coisa doce, apenas se
levantou e deixou Emma agitada sobre ela. E a maldita parte mais bonita? Emma
ficava perguntando para a égua, 'agora onde é que isto vai?' como se Delilah
realmente pudesse responder. — TJ abanou a cabeça. — Claro, sendo o cowboy
cavalheiro que sou, entrei para oferecer minha ajuda.
Eu cerrei os dentes para impedir de dizer a ele para ficar com o resto da
história para si. Eu não queria ouvi-lo, mas novamente porque era sobre
Emma...uma parte de mim me obrigou a ouvir. Virei-me e caminhei para o celeiro,
esperando que os dois não me seguissem. Mas claro, TJ veio atrás, e continuou
falando.
— Eu mostrei a ela as cordas e começamos a conversar, e ela me disse tudo
sobre o trabalho, que tinha ajudado crianças carentes. Ela tem tanta paixão pelo
que faz. O brilho praticamente sai dela. Acabei por levá-la para um passeio na trilha
para não ficar perdida, e homem, eu poderia falar com ela pelo resto da minha vida.
Emma é o tipo de garota que você encontra, e compra um anel para colocar no
dedo tão rápido quanto você puder para nunca deixá-la ir.
Pisando no interior do celeiro frio, automaticamente cerrei meu punho, o
desejo de lança-lo através da parede, zumbia através de mim. Se TJ dissesse mais
uma palavra, eu iria perder o controle, e tudo que Emma estava querendo tão
desesperadamente esconder fingindo que nunca tinha acontecido seria
escancarado.
Porra.
Minha salvação veio de uma fonte improvável. — TJ,Mac vai treinar alguns
bezerros de corte, é a sua vez de orientá-lo. Estou velho demais para
ensinaralguém sobre essa merda. — disse Griff, se arrastando para o celeiro. O
velho fez o seu caminho para os fardos de palha para descansar, encostando seu
corpo magro em uma viga. Puxando do bolso uma pequena lata de comida
industrializada, ele passou o abridor ao redor. Uma vez que estava satisfeito,
retirou a tampa, manuseou e começou a comer. Quando que terminou o ritual
familiar, TJ tinha desaparecido do celeiro, e Griff passou a olhar para mim.
— Você está pronto para parar de pensar em si mesmo, rapaz?
O velho não dizia muita coisa, mas quando falava não desperdiçava
palavras. Sempre ia direto ao ponto.
Eu tentei desviar. — Você nunca irá se aposentar, velho?
— Não estamos falando sobre mim. Tem algo acontecendo entre você e
aquela garota, e se você não se recompor rápido vai perdê-la.
Fiquei atordoado em silêncio por um momento, e meu estômago revirou. O que ele
sabe? Aparentemente não tínhamos tomado tanto cuidado na semana passada.
Merda.
— Não tenho ideia sobre o que você está falando. — as palavras tinham
gosto de cinzas na minha língua. Mesmo tentando negar me senti muito mal.
— Você pode mentir para mim e para todos se quiser, mas mentir para si é
uma perda de tempo.
Enfiei meus dedos pelo meu cabelo, dei meia dúzia de passos para perto dos
fardos e me sentei na frente de Griff.
— Ela que acabou com tudo.
Griff tirou uma garrafa do bolso, e levantou-a para a boca por um segundo
antes de responder. — E isso é tudo? Você andou por aí como um urso depois de
ser picado por uma tonelada de abelhas, por ter comido o mel. Você está bem por
ela ter terminado?
— Eu não disse que estava tudo bem com isso.
— Então o que diabos você vai para fazer sobre isso?
— Eu não sei. Eu não... aceitei isso muito bem. Disse coisas que não devia.
Griff bufou uma risada. — Então peça desculpa. Mande flores. Seja
romântico. Um velho não deveria ter que explicar como essa merda funciona, para
um cara esperto como você.
— Eu sei. Só que ainda não descobri como. Preciso consertar isso. Preciso
agir como um homem e fazê-la entender que não vou deixar que ela vá embora,
mesmo que isso fosse facilitar nossas vidas.
Griff assentiu com a cabeça. — É a melhor coisa a se fazer. Porque você não
seria o garoto punk, que veio para cá recém-formado da faculdade,pensando que
sabia comandar essa fazenda melhor do que qualquer outro maldito vaqueiro, se
não fosse um homem de atitude. — seus olhos azuis encontraram os meus. — E só
para que saiba, Ford, você fez um ótimo trabalho. Tenho orgulho de você, rapaz.
Agora saia daqui e vá pegar a garota.
Meu peito se apertou com orgulho, ao receber finalmente a aprovação de
Griff, algo tinha mudado desde o dia em que eu tinha voltado a morar na fazenda,
como ele disse, eu era um garoto punk recém-saído da faculdade.
— Obrigado. Você não sabe o quanto isso significa para mim.
—Eu precisava dizer. Agora saía daqui paspalho.
Caminhei para a porta do celeiro, minha confiança que sempre foi minha
marca registrada, caminhava a minha frente. Griff estava certo; Precisava parar de
pensar em mim e ficar com a garota. Porque porra, ela era minha. E não ia deixar
que fosse embora.
Só que assim que passei do limite da porta do celeiro, todo o inferno parecia
ter se soltado. TJ estava correndo em direção a casa gritando.
— Você precisa levar Mac ao hospital!A o osso da perna esta para fora!
Merda.
Capítulo 17
l

Emma

Dois dias depois e Ford ainda estava evitando a casa tanto quanto possível,
e eu estava muito bem com isso. A raiva que senti sobre as coisas que ele disse de
minha mãe mal tinha esfriado. Se ele queria ficar de mal-humor como um garoto
que tinha se descontrolado, eu apenas tinha encontrado uma razão para me
encaixar na vida da fazenda.
Decidi selar Delilah, uma das éguas mais lentas e menos entusiasmada, para
levá-la a fazer alguns exercícios suaves. Mas aparentemente eu não tinha
entendido muito sobre equitação, como eu e Ford pensávamos. Toda vez que
pensei que tinha descoberto um pedaço, encostando-o para conectar com outro,
percebia que não tinha ideia de como anexar a terceira peça. Felizmente, TJestava
passando e me deu uma mão. Ele até escapou por algumas horas para me mostrar
uma das trilhas de equitação da fazenda.
Nós caminhamos sobre as colinas verdes, nossas éguas parando aqui e ali
para comer. Meu humor melhorou enquanto conversávamos, TJ parecia
genuinamente interessado em minhas aulas em Stanford e o trabalho que estava
me esperando no fim do verão. Mas a atmosfera descontraída não durou. Eu
acabava me distraindo, querendo saber o que Ford estava fazendo, ou pensando
em seus beijos apaixonados, então a lembrança de suas palavras faziam tudo ferver
novamente.
Quem me dera se eu pudesse me interessar em TJ. Um cavalheiro bonito,
atencioso, que não era meu maldito meio-irmão. Porque tinha de ficar obcecada
pelo cara mais inapropriado de todo o Condado? Por que não posso escolher
porquem devo estar atraída?
Quando voltamos, procurei um trabalho que pudesse fazer, e fui capinar os
canteiros de flores na frente da casa. Mas mesmo me ocupando não conseguia tirar
da minha cabeça as besteiras de Ford. Especialmente porque podia senti-lo me
observando do estábulo.
Espero que consiga uma boa olhada, amigo, porque isso é tudo o quevocê
vai ter de agora em diante.
Dei várias punhaladas com a espátula no mato como se estivesse tentando
matar a própria terra. Onde diabos Ford queria chegar, afinal? Como podia até
mesmo pensar essas coisas, quanto mais dizer? Ele não sabia qualquer coisa sobre
a minha família. Não tinha ideia do que passamos com a morte do meu pai, e como
isso tinha quase destruído minha mãe, de várias maneiras.
O relacionamento deles foi como algo saído deLeave It To Beaver4:Eram
namorados no ensino médio, casaram jovens, meu pai trabalhava e minha mãe era
dona de casa. Um dia, cheguei em casa do colégio e a encontrei chorando no sofá,
com o telefone ainda na mão. Meu pai tinha apenas... caído morto, em cima da sua
mesa no trabalho, foi o que nos disseram. Foi uma espécie de aneurisma cerebral.
Em um único telefonema, tínhamos perdido o único homem que mamãe
havia amado e nossa única fonte de renda.
A vida da minha mãe girava em torno de nós. Ela nunca teve um emprego,
nem foi para faculdade. Mas o pouco dinheiro que meus pais tinham guardado não
foi o suficiente, então mamãe poupou mais que podia e procurou um trabalho. Sem
qualquer experiência ou habilidade, porém, não teve muito sucesso, e quando ela
conseguiu um emprego, foi demitida porque estava muito destruída
emocionalmente para se concentrar.
Seu emprego mais longo foi como recepcionista em uma empresa de direito
privado. O sócio majoritário era viúvo, então simpatizou-se com ela, como entendia
a situação pela qual estava passando não ficou muito irritado com seus pequenos
erros. Ele era um homem gentil, um pouco velho e solitário, e quando ele propôs
casamento... Minha mãe foi realista sobre suas opções. Ela não sabia mais como me
sustentar, então aceitou. Sem surpresa, o casamento durou apenas alguns anos, já
que eles estavam casados pelas razões erradas. Mamãe casou-se novamente depois
disso, não porque ela precisava do dinheiro, pois o primeiro divórcio tinha deixado
o suficiente para uma vida modesta, mas porque não suportava ficar sozinha. Mas
morar na casa de um homem, não é o mesmo que estar apaixonada por ele. Ela

4
Leave It To Beaver, é uma das primeiras séries de comédia escrita do ponto de vista de uma
criança.Com vários dramas de televisão, teve início em 1950.
nunca conseguiu superar o que teve com meu pai.Não até que finalmente conheceu
Russ. E eu estive tão perto de estragar seu relacionamento.
Lentamente tirei tudo do canteiro, exceto o que pertencia ali: Iúcas
vermelhas, Flor-de-duas-esporas azuis, Colombina amarelo manteiga, Flor-de-cera
rosa pálido e Arbustosvioleta florescendo de Hissopo e Lavanda Inglesa. Ao meu
lado um amontoado de ervas daninhas retiradas, suas folhas moles e pesadas
comraízes sujas e secas. Minhas pernas doíam pelo longo tempo que passei de
joelhos, minhas mãos pareciam estar na carne viva e meus ombros queimavam.
Meu humor estava ainda pior do que quando tinha começado; pensar sobre a
história da minha família foi exatamente a coisa mais errada a se fazer.
Eu queria poder limpar minha mente tão facilmente quanto este jardim.
Talvez a pausa para o almoço ajudasse. A julgar pelo sol, tinha trabalhado
durante horas. Um pouco de comida elevaria a taxa de açúcar no meu sangue, e me
distrairia enquanto decidia de que maneira gastaria o resto do meu dia. Sem ideias
melhores, entrei na casa e fui para a cozinha.
O ar-condicionado da casa fez meus braços arrepiarem. Não tinha notado
que estava apenas superaquecida até meu suor começar a esfriar. Ao entrar na
cozinha abri a geladeira, deixando o frio me atingir enquanto procurava o que
comer. Um pão integral, presunto fatiado, salada de melancia, as sobras do jantar
da noite passada... nada chamou minha atenção. Eu não estava com muito apetite
nos últimos dois dias. Mas sabia que meu estômago ficaria mais sensível se o
deixasse vazio.
— Você quer comer alguma coisa?
Eu quase bati a cabeça no teto da geladeira, recuei fechando a portae olhei
para Celeste, inclinando-se com uma mão na ilha da cozinha. Por que ela tem
sempre que aparecer assim do nada? Eu suspirei em frustração.
— Você me assustou.
— Desculpe. — disse, não parecendo realmente arrependida. Ela puxou um
banco e sentou-se. — Você sabe, é bom que eu a tenha encontrado aqui. Quero
falar com você.
Eu vasculhei no armário para encontrar, manteiga de amendoim e geleia. Se
ela queria ser enigmática comigo, então podia fazer isso enquanto eu comia.
— Sobre o quê?
— Você e Ford.
Minhas entranhas congelaram. Forcei-me a fazer meu sanduíche, abrir a
gaveta de talheres peguei um prato, dando um passo após o outro, como se Celeste
não tivesse preste a derrubar uma bomba potencial para arruinar a minha vida.
— Isso não responde minha pergunta. Poderia ser mais específica? —
perguntei, mantendo minha voz mais calma possível.
— Ora, Emma. Você sabe exatamente do que estou falando. — seu lábio
enrolou como se tivesse com nojo de um rato morto que teve que limpar. — Como
esses olhares pegajosos que você dá a ele, estou surpresa que seus pais ainda não
tenham notado. Como você pôde fazer isso com eles? Como você é capaz de fazer
isso com seu próprio irmão... só de pensar me fazter vontade de vomitar.
Está bem. Eu estava um pouco em pânico. Mas até agora, ela não tinha dito
nada que eu já não tivesse me culpado mais de uma centena de vezes. Quando a
censura veio de seus lábios, sobre meus pensamentos mais profundos e mais
vergonhosos, isso simplesmente me irritou. Eu estava preocupada o tempo todo
para o caso de Russ ou minha mãe descobrir, mas nunca me ocorreu que Celeste
seria a bisbilhoteira. Não gosto de ser surpreendida, especialmente por alguém
como ela.
De repente, fiquei sem insultos para oferecer uma resposta. Eu tinha usado
todos ao ficar com raiva de Ford. Se eu mentisse sobre ter transado com ele, ela ia
continuar acreditando, em tudo que queria acreditar e continuaria me
perseguindo. Minha paciência estava em farrapos, e eu não tinha energia suficiente
para ser discreta, especialmente com a mulher que foi uma cadela comigo desde
que cheguei aqui. Abaixe o frasco de geleia e encontrei seu olhar frio.
— Uma pergunta rápida, Celeste: o que te faz pensar que minha vida é da
sua conta?
O rosto dela ficou duro por uminstante. — Céus. Nem sequer nega isso?
— Sinceramente estou curiosa, Celeste. Por que tem que enfiar o nariz em
tudo? Há um nome científico para tudo o que se passa com você? — desfrutei de
seu olhar de indignação e voltei a espalhar a manteiga de amendoim no pão. Eu
sabia que estava sendo imatura, mas não cheguei a me sentir menos satisfeita. —
Fique fora disso.
— Eu não vou deixar uma... uma puta arrogante de faculdade roubá-lo de
mim! Você sabia que Ford era meu, mas só entrou aqui e...
— Não, eu sabia que você o queria. — ela moveu-se com toda a sutileza de
um cão urinando em sua árvore favorita. — E não me importo. Porque quem ele
fode é uma decisão dele, não minha. — pensei em mencionar que Ford sabia
exatamente o que ela estava planejando, e nunca ia cair nessa, então decidi guardar
isso. Eu não seria a única a tornar esta conversa ainda mais complicada do que já
estava. — Você não pode reclamar seus direitos sobre outro ser humano.
— Talvez não. Mas posso tornar as coisas mais difícies para ele não ter
tempo de se distrair com você. — seu tom de repente se iluminou, meloso fazendo-
me virar novamente. Ela usava o sorriso falso que eu tinha visto nela muitas vezes.
— Como isso soa? Não conto a seus pais sobre o pequeno jogo doente que
você tem jogado com Ford. Em troca, você não o toca para o resto do verão, e não
entrará em contato com ele depois que você for embora.
Segurei um riso sem emoção. Eu praticamente já tinha destruído nossa
relação,então não tinha nenhuma chantagem real. Mas o que devo dizer agora?
Mesmo que as coisas tivessem acabado entre nós, eu ainda queria proteger
do conhecimento de minha mãe o que tínhamos feito. Aceito o acordo, Celeste será
fiel à sua palavra?
A porta da frente foi aberta, seguida por passos barulhentos e rápidos. Virei-
me quanto TJ entrou correndo e veio até cozinha.
— Desculpe interromper, senhoritas. — ele disse. — Mas Ford está a
caminho de St. Peter's.
Meu coração pulou em minha garganta. Um hospital? Ele se machucou? Vai
se "foder" foi a última coisa que eu tinha dito a ele? Merda. O que eu tinha feito?
Celeste parecia quase tão chocada quanto eu. — O que aconteceu? —ela
perguntou.
— Mac quebrou sua perna. — respondeu TJ. — De onde eu estava,parecia
muito mal. Ford o colocou na caminhonete e dirigiu para o hospital.
O medo foi drenado para fora de mim, deixando-me um pouco aliviada. Foi
quase imediatamente seguido pela culpa, Mac era um ser humano sentindo dor, eu
não podia me sentir aliviada.
Mas o pensamento de Ford se machucar me assustou muito. E foi então que
percebi o quão ferrada estava. Gostando ou não... Eu ainda tinha sentimentos por
ele. Sentimentos sérios.
— Vamos atrás deles? — perguntei.
TJ negou com a cabeça. — Não faria qualquer diferença. Isso vai demorar o
tempo que for preciso, não importaquantos de nós estaremos lá. — ele suspirou e
tirou o chapéu e franziu suas sobrancelhas.
— Oh. Bem... Obrigada por ter avisado. — eu disse. Minhas palavrasfizeram
me senti medíocre, mas TJ deu-me um sorriso reconfortante.
— Claro, senhorita Emma. — ele inclinou a cabeça para Celeste, que ainda
estava atrás de mim. — Eu nunca deixaria nenhuma de vocês esperando por
notícias. Ele não vai voltar até depois do jantar, ou talvez até mais tarde,
dependendo de como vai estar o pronto-socorro.
Enquanto TJ foi para contar a má notícia a Russ, Celeste me atirou um olhar
sombrio, então segui TJ. Com certeza, meus dias estavam contados. Mas ela não era
estúpida. Se me entregasse agora que Mac estava com a perna quebrada, iria
roubar seu momento. De qualquer forma, eu não tinha tempo para ficar realmente
nervosa com suas ameaças. Celeste iria esperar até que tudo isto passasse, e eu
tinha receio sobre as minhas opções: prometer a ela o que queria, ou me atrever a
desafia-la a fazer o seu pior.Há cinco minutos atrás, pensei que sabia que tinha
tomado a atitude mais inteligente. Mas agora... Não tinha tanta certeza se poderia
arranjar a coragem necessária para fazer um acordo com ela.
Capítulo 18
l

Ford

A casa estava escura quando finalmente consegui entrar na garagem. Ficou


resolvido que Mac ficaria hospedado no quarto de Griff, e o velho parecia uma
galinha cuidando exageradamente de seu pintinho, se é que eu já tinha visto algo
assim. Talvez apenas encontrei uma maneira de conseguir que Griff se aposentasse
um pouco mais rápido, colocando-o no comando de recuperação de Mac.
Fechei a porta e caminhei para a cozinha. Era mais de meia-noite já, e a casa
estava em silêncio. Olhando para as manchas de terra e grama em minha calça,
sabia que precisava de caminhar direto para o meu quarto, tomar um banho, em
seguida dormir, mas meus pés me levaram até a porta do quarto de Emma. Apesar
da condição de Mac, eu tinha pensado nela sem parar desde que a vi cuidando do
jardim. O que eu tinha que dizer não podia esperar, mesmo que tivesse que acordá-
la para isso. Fiquei sentado na sala de espera do hospital por horas pensando,
lembrei-me de uma coisa que meu pai tinha me dito há anos. Há algumas coisas
que você não espera para dizer a alguém, ‘eu te amo e sinto muito,’ eram duas
dessas coisas. Porque se você esperar muito tempo, não haverá nenhuma garantia
de que você vá conseguir ter outra chance. Emma poderia fazer as malas e sair
daqui amanhã, e talvez eu nunca mais fosse vê-la novamente. Se isso acontecesse,
eu ficaria com nada além de memórias e arrependimento. Não era um risco que
queria correr.
Bati na porta suavemente e esperei alguns minutos, odiei sentir a
necessidade de bater e não poder entrar, levantei a mão para bater novamente e
antes que meus dedos pudessem se conectar com a madeira a porta abriu. Emma
estava ali, vestindo o mesmo maldito short Daisy Duke e camisa que estava usando
mais cedo.
— Não consegue dormir? — perguntei.
Ela deu de ombros. — Como Mac está? Como está a perna dele?
— Quebrada, apesar da confusão do caralho. Felizmente, eles foram capazes
devoltar no lugar e engessar, então não precisou de cirurgia, caso contrário eu
teria que passar a noite com ele no hospital.
Soltando um longo suspiro, Ela inclinou-se contra o batente da porta.
— Graças a Deus. Estava tão preocupada. Mac pode ser muito arroganteas
vezes, mas é tão cativante que é impossível não gostar dele. — o ciúme inflamou
dentro de mim, e isso era ridículo. Ela estava falando sobreMac, que tinha acabado
de quebrar a perna. Eu ainda estava colocando minha reação sob controle quando
ela acrescentou calmamente. — Não consegui dormir pensando nisso. Estava
muito preocupada pensando várias coisas horríveis, que poderia ter acontecido. É
uma loucura como algo tão simples como uma perna quebrada, faz-me lembrar
sobre quão rápido perdi meu pai. Lembro-me de vê-lo em uma manhã de quarta-
feira, dei nele um abraço não percebendo que seria a última vez que o veria. —seus
olhos se encheram com lágrimas por um segundo, mas ela piscou se livrando delas
rapidamente. — Eu nunca sei quais ações que vão trazer essa lembrança.Isso me
faz voltar atrás e perceber o que é importante. — ela tomou uma respiração
profunda, e eu podia ver como realmente estava perturbada. Era apenas mais uma
coisa que gostava nela. — De qualquer forma, isso é que tudo o que você queria me
contar? — ela afastou-se da porta e cruzou os braços.
Dei um passo a frente, invadindo o seu espaço. Ela deixou cair os braços,
dando um passo para trás, mas continuei em frente até que estávamos dentro do
quarto e fechei a porta atrás de nós.
— Te devo um pedido de desculpas. Eu disse algumas coisas que não devia
ter dito. Eu não tinha o direito de falar nada sobre sua mãe. Eu...realmente, estou
arrependido, sinto muito, Emma.
—Ford...
— Deixe-me esclarecer isto, está bem?
— Está bem.
— A semana em que nossos pais foram viajar, significou muito para mim.
Não esperava que acontecesse. Não esperava me apaixonar por você. Mas
aconteceu. Você é um pacote completo, é tudo que um homem deseja. Muito sexy
na cama eincrível fora dela. Você me deu um gostinho, e depois me tirou tudo, isso
me destruiu. Eu não soube como lidar com isso, exceto atacar. Eu disse coisas que
não queria dizer.
—Ford...
— Se você não me perdoar, e me dizer que não dá a mínima para os rótulos
de meio-irmãos, então vou continuar a pedir desculpas até que me perdoe. Eu tive
muito tempo para pensar sobre isso nos últimos dias, e não vou deixar você ir, não
há nenhuma maneira me faça esquecer isso.
Ela deu um passo a frente e pressionou as palmas da mão contra meu peito.
— Ford. Cale-se.
Parei de falar.
— Se você pensa que é o único que esteve infeliz por esses dias você está
errado. Não importa quantas vezes eu já disse a mim mesma que isso não ai
funcionar; Não consigo esquecer. Porque você é o pacote completo também. Como
você disse? Muito sexy na cama e incrível fora dela? Tenho certeza que você me fez
perder o interesse por qualquer outro homem.
Envolvi meus braços em volta dela puxando-a contra o meu peito. — Graças
à Deus. — inalei o perfume do seu cabelo. — Porque não consigo imaginar não
poder sentir você contra meu corpo. — passei meus lábios ao longo de sua
mandíbula. — Não poder provar de sua pele novamente. — contra os lábios,
sussurrei. — Não te beijar novamente.
Emma abriu a boca e nossas línguas se entrelaçaram. E porra, minha garota
sabia beijar muito bem. Dois dias sem isto e parecia uma vida inteira. Sua
ansiedade brilhou em cada movimento, dos dedos agarrando meus músculos dos
ombros, até os gemidos escapando de seus lábios. Afastei-me um pouco, deslizando
minha mão do cabelo para seus quadris até entre suas pernas, e rosnei.
—Não conseguia imaginar, não poder estar dentro de você novamente.
Ela gemeu, pressionando-se contra meu corpo. — Não podia imaginar isso
também. Mesmo quando disse que não queria isto, não imaginava...Ford, por favor.
Eu preciso...
Abaixei, peguei-a por trás de seus joelhos e ombros e a ergui em meus
braços.
— Isso é tudo que tem quedizer, querida. Se lembra a sua palavra de
segurança?
— Rosa. —ela disse, e eu sorri.
— Incrivelmente linda, querida. Muito bonita.
Caminhei com ela até a porta e seus olhos se arregalaram. — O que você...
— Eu estou coberto de sujeira e grama, e te sujei também. Hora de tirar a
roupa e limpar.
Seus olhos caíram para a mancha cinza na sua camisa, e quando voltou a me
olhar, eles brilharam — Você sabe o quanto gostei de transar no chuveiro, da
última vez, certo?
Era essa centelha ardente, esse brilho interior, que me atraiu para ela desde
o começo, e isso simplesmente continuou a queimar. Emma girou a maçaneta da
porta, empurrando-a aberta. Começamos a caminhar pelo corredor, e eu esperava
que ficasse apreensiva, olhando de um lado para o outro, procurando por alguém
que pudesse nos ver, assim que meus pés tocaram o piso de madeira. Mas ela não
fez, seus olhos estavam fixos aos meus. Meu coração inchou um pouco. Foi comoa
ensinei, eu estava no controle de tudo; Tudo o que ela tinha que fazer era se soltar.
A convicção refletida em seus olhos apressou meus passos em direção ao
banheiro. Porra, eu precisava dela nua e molhada, com meu pau enterrado dentro
dessa buceta doce.
Emma apertou o interruptor da luz, tão logo que empurrei a porta do
banheiro fechada, mas não a coloquei no chão, até que estávamos na frente do
chuveiro. Deixei ela deslizar por meu corpo, despreocupado com sujeira que estava
grudando em sua roupa. Eu a deixaria limpa e então ficaria suja novamente com
tudo o que eu ia fazer com ela. A sensação de suas curvas pressionando contra meu
corpo deixou minha ereção indomável dentro da minha calça.
— Você precisa estar nua em cinco segundos, ou vou ter que tirar essas
roupas de você toda encharcada.
Pressionei meus lábios contra o dela. Em vez de seguir as minhas ordens, os dedos
de Emma emaranharam na bainha da minha camisa arrastando-a para cima, e
afastei-me para deixa-la passar por minha cabeça.
—Com pressa?
— Não te vejo nu há muito tempo. Então, sim, você poderia dizer que estou
com pressa. Só para constar, seu corpo é uma loucura.
Não pude evitar o sorriso que irradiou da ponta de meus pés para meus
lábios. —Como seu também, querida. Meu pau dói só de pensar você.
Empurrei a porta de vidro, alcançando dentro da ducha. Minha risada ecoou
quando virei a torneira de água quente. Fiquei olhando para ela enquanto o vapor
tomou conta flutuando para fora da porta aberta.
— Agora camisa. Tenho certeza que sabe que estou tão animado quando
você, para vê-la nua, querida.
Os dedos dela caíram para a bainha de sua camisa e puxou-a para cima,
expondo centímetro após centímetro da pele perfeita e macia. Minha risada
diminuiu para um gemido quando deslizou sobre as ondas de seus peitos.
Porra, eu quase perdi isso. Cobri suas mãos com as minhas e puxei a camisa
por cima de sua cabeça.
— Parece que você está excitado.
— Você não tem ideia.
Peguei um preservativo do bolso antes de colocar as minhas mãos no botão
da minha calça jeans. Nossas roupas restantes sumiram em segundos, e então
estávamos nus, olhando um ao outro.
— Você é a mulher mais bonita que já vi. — disse, minha voz baixa e rouca.
— E você tem que saber que você é a fantasia de praticamente toda mulher,
certo?
Eu balancei minha cabeça. — Não ligo para nenhuma mulher além de você.
Agora entre no chuveiro, querida. Temos tempo perdido para compensar.
Amei o tremor que percorreu por ela, e meu pau saltou assim que virou-se
para me mostrar aquela bunda linda quando pisou dentro do box.Porra, essa
bunda. Ideias começaram a surgir quando a segui para dentro do box.
Emma estava já sob o spray, virou-se para o lado, a água escorrendo de seu
cabelo por seu corpo. Ela se virou e a necessidade selvagemrasgou através de mim.
Como um Dom, me orgulhei de ter controle, mas agora, eu só queria minha mulher.
Rápido, quente e duro, contra a parede do chuveiro.
Rasguei o pacote de preservativo com os dentes e deslizei em meu pau
enquanto ela se virou para me encarar. Em dois passos, mandei ela contra a
parede, suas pernas em volta da minha cintura. Era como se tudo o que tinha
ficado entre nós, os rótulos, as palavras duras, tudo fosse lavado.
Minha boca encontrou a dela e me deliciei, reconhecendo todos os cantos de
sua boca com minha língua e todas as curvas do seu corpo com minha mão, assim
como ia reconhecer, cada centímetro de sua buceta com meu pau. Quando levantei
minha cabeça, Emma estava se contorcendo contra meu corpo, e a umidade em
meu abdomem não tinha nada a ver com a água caindo ao nosso redor.
— Por favor. Eu preciso...
— Você vai conseguir tudo o que você quiser, querida. Isto vai ser duro e
rápido. Você tem sua palavra de segurança se precisar.
As unhas de Emma cravaram nos músculos dos meus ombros. — Não, eu
não preciso da palavra de segurança. Quero forte e rápido. Agora. Não se segure,
Ford, me dê tudo o que tenho direito.
Eu apertei sua bunda e deslizei minhas mãos para cima e para baixo em
suas pernas. — Essa buceta apertada está mesmo pronta para mim, querida? — eu
tinha minhas dúvidas, me lembreida primeira vez que estivemos juntos na
banheira. Ela mal aguentou meu pau inteiro, agora que ficamos vários dias sem
transar eu tinha que esticá-la... enchê-la.
Suas coxas apertaram minha cintura. — Sim. — ela disse, assentindo.
Me afastei, liberando seu quadril para que pudesse segurar meu pau e
posicionar na sua entrada. Nem o calor do chuveiro tinha nada a ver com o calor do
seu corpo. Eu não me incomodei de segurar meu gemido. — Porra, querida. Vai me
queimar vivo.
— Não me provoque, Ford.
Eu a encarei. — Você esqueceu quem dá as ordens aqui?
Emma me desafiou com o olhar — Fode-me depois me bata, mas por favor,
não me faça esperar.
A mulher sabia como me irritar, e sabia muito bem que estaria bem
satisfeitano final.
— Sua bunda estará vermelha mais tarde, mas por agora, vou dar a nós dois
o que precisamos. — eu disse, e então me empurrei para dentro do calor de seu
corpo.
Casa. Eu estava em casa.
Emma estava sussurrando e gemendo, esses eram os sons que eu queria ter
no meu chuveiro para o resto da minha vida. Eu empurrei mais e mais, até que o
prazer nos deixou irracionais. Mudei a minha mão para cobrir seu clitóris com meu
polegar, pressionando levemente até que seus gemidos ficaram mais altos. Ela
enterrou seu rosto no meu pescoço, para abafar o grito.
O aperto de seus músculos internos no meu pau me levou ao limite, e deixei
a minha porra rolar para fora.
A única coisa que sabia era que nunca ia deixar Emma ir embora.
Capítulo 19
l
Emma

Naquela manhã, rolei na cama de Ford e encontrei uma bandeja de café da


manhã com um bolinho de mirtilo e uma xícara de café. Sentei-me para tomar um
gole, apenas um toque de açúcar e creme, exatamente como gostava. Um sorriso
tonto espalhou em meu rosto. Este pequeno gesto era muito lindo. Não muito
tempo atrás, eu teria dito, “isso é absolutamente o contrário de Ford." Mas eu tinha
percebido seu ponto fraco era cuidar de mim. E ontem à noite, ele havia confessado
como estava louco por mim... no meu quarto, no chuveiro, uma e outra vez na cama
dele.
Eu ri, sem me importar que estava parecendo uma estudante apaixonada.
Ford fez o seu melhor para me deixar esgotada, provavelmente foi por essa razão
que tenha sido tão cuidadoso para não me acordar. Eu olhei de relance para o
despertador e viu que era quase onze e meia.
Vesti seu roupão de banho, inalando o perfume de sabão e caminhei pelo
corredor para pegar meu telefone antes que alguém passasse. Em seguida, retornei
para cama de Ford novamente e comi um pedaço do meu bolo. Enquanto
saboreava meu café abri meu e-mail...
E minha felicidade flutuante caiu. Misturada com todo o spam normal,
notificações do Facebook, e correntes que minha mãe mandava, estava um
lembrete:

Querida Sra. Carter,


Você está escalada para a nova orientação dos professores em 12 de Agosto.
Por favor, deixe-nos saber se precisa de ajuda para fazer planos de viagem. As
aulas começam no dia 19 de Agosto. Estamos ansiosos para vê-la neste outono!
Mary Blomkamp
Administrador
Lincoln High School
Foi uma dura chamada para a realidade, e uma que eu estava preocupada.
Eu tinha responsabilidades esperando por mim. Não apenas uma carreira,
mas uma chance de fazer a diferença e trabalhar com as crianças que mais
precisavam de ajuda. E mesmo que eu ficasse,o ensino em uma escola rural de
Montana não era o desafio que eu precisava. Mas eu sabia que queria ficar com a
Ford. O que aconteceu conosco foi mais que apenas uma aventura de verão, eu
sabia disso agora. Não podia desistir dele como também não podia abandonar essa
oportunidade de emprego. Até mesmo abordar o assunto com ele não seria
divertido. Não tinha medo de que ele ficasse bravo, ou algo assim, mas voltamos a
ficar juntos ontem à noite e eu estava relutante por ter que destruir a atmosfera
positiva novamente.
Eu estava sendo imatura sobre tudo isto? Terminei o meu café da
manhãsem saboreá-lo. Me vesti e desci para colocar meus pratos na pia, então
deixei que meus pés me levassem para onde eles queriam enquanto roía sobre
meu dilema.
Meu ritmo inquietante acabou levando-me para o estábulo. Sua sombra
fresca me acolheu. Eu inalei os aromas suaves e empoeirado, de madeira e feno
fresco; até mesmo o odor persistente de estrume de alguma forma me fazia bem.
Os poucos cavalos no estábulo nesse dia mastigavam sua alimentação,
ocasionalmente dando alguns sopros de satisfação.
— Ei, Griff. — chamei quando entrei.
Ele estava derramando água no balde cheio de bolinhas avermelhadas. Sem
levantar a cabeça, virou brevemente em minha direção. — Senhorita.
— Hum... o que é dentro do balde?
— Polpa de beterraba. Me ajude aqui.
— Hein? Oh! — comecei a abrir a porta divisória que eu tinha ignorado
estar em pé na frente.
Dentro um potro castanho malhado de branco estava amarrado, com uma
corda longa de algodão. Com a visão da comida, ele relinchou alto e raspou as patas
no chão. Assim que Griff pôs o balde, ele deu um passo para enterrar seu nariz na
massa roxa, quase derrubando.
— Pequeno filho da mãe. — disse Griff, acariciando seu pescoço, em seguida
caminhou para fora e sentou-se sobre um fardo de feno, tirando uma lata de tabaco
do bolso.
Depois que fechei a porta divisória, me encontrei sem saber o que fazer.
Griff evidentemente tinha terminado suas tarefas, e desde que mal tinha falado
comigo, me senti estranha em incomodá-lo. Eu vaguei no celeiro... por um tempo.
Mas assim que visitei os cavalos e examinando o equipamento de montagem
continuei a andar de um lado para o outro novamente.
— Você vai dizer o que se passa por sua cabeça, menina, ou vai apenas
manter suspirando uma tempestade?
Virei-me bruscamente, assustada. Quase me esqueci que Griff ainda estava
aqui.Em nossa viagem de carro do aeroporto para a mansão, ele parecia calado e
sem humor. Depois de ter passado algum tempo na fazenda, porém, o conheci. Ele
não tinha intenção de afastar as pessoas com o seu silêncio, ele só não queria falar.
E agora, eu precisava de um conselho e isso soou bem. Alguém que sabia
ouvir sem julgar. Parecia que Griff era meu homem.
Eu hesitei... então derramei meus problemas. Mesmo deixando de fora os
detalhes sórdidos, falei por meia hora sobre a importância da carreira, amor, e
como fui pega no meio de duas coisas importante. Quase pensei que ele iria
cochilar de tanto que tagarelei. Quando terminei, ele estava olhando para o nada
enquanto coçava a barba. Assim quando comecei a pensar se ele realmente tinha
ouvido uma única palavra, ele perguntou.
— Você já pensou no reformatório fora dos limites do Condado?
Eu neguei com a cabeça. — Há algo assim por aqui?
— Pode ser chamado de 'reformatório juvenil', ou seja lá o que for chamado
nos dias de hoje. — ele virou a cabeça para cuspir. — Eles precisam de pessoas
boas, que realmente gostam de ajudar as crianças a obter seus diplomas e ficar fora
de confusão... não somente pessoas que só querem receber seu salário.
Comecei a roer minha unha enquanto pensava sobre isso. Eu não estava
especificamente certificada para isso, mas os vários diplomas que tinha
provavelmente teria que sobrepor, eu escolhi as minhas aulastendo como objetivo
ensinar pessoas de baixa renda. Alunos que passaram a vida inteira em escolas
subfinanciadas, com falta de pessoal e em bairros perigosos. Um centro de
detenção juvenil era apenas um passo além disso, crianças que tinham cometido
alguns delitos era um achado ainda maior. Definitivamente, que tipo de trabalho
não teria qualquer desafio?Nunca me ocorreu procurar um trabalho no sistema
penitenciário, mas...
— Isso é uma ótima ideia. —respondi em voz alta. — Você sabe alguma
coisa sobre a escola?
Griff negou com a cabeça. — Não tinha muitos motivos para descobrir. Eu
provavelmente não tenho as informações corretas. Pode ser um reformatório para
meninos e outro para as meninas.
Suponho que não sei o que me espera. Eu sorri para o velho capataz.
— Obrigada mesmo assim. Foi de grande ajuda.
Uma pesquisa no Google iria acabarcom o resto das minhas dúvidas; o
querealmente importou foi o vislumbre de esperança que Griff tinha plantado em
mim. Talvez eu pudesse ficar em Montana, afinal.
Ele grunhiu em reconhecimento e abaixou a cabeça. Mas quando me virei
para sair, ele disse. — Você tem algum problema com a senhorita Celeste. —foi
uma declaração, não uma pergunta.
Pega de surpresa, eu murmurei. — Uh...
Não tinha revelado muito sobre bater de frente com Celeste. O que mais eu
podia dizer a ele?
— Antes deste trabalho, ela morava com a irmã e seu marido inútil.
Enquanto ela servia mesas, ele assaltava suas gorjetas para beber. — Griff virou e
cuspiu no chão novamente. — Isso não é uma desculpa para seus disparates,você
entende? Só uma razão.
Eu assenti lentamente. —Então como ela começou a trabalhar para Russ?
— Bem, o bastardo maltratou muitas vezes a irmã de Celeste, e uma noite a
situação chegou no ouvido do xerife. Não sei se Celeste que o chamou ou se foi um
vizinho, mas de qualquer forma, a fofoca correu pela cidade. Russ foi até a
lanchonete e ofereceu-lhe um emprego, casa, comida e salário. Ele disse que
Celeste era bem-vinda a trazer sua irmã, mas acho que ela não quis vir... não sei os
detalhes. Celeste envia o dinheiro a cada dois meses.
Por um momento, eu estava atordoada. Não podia imaginar ter que lidar
com algo assim. — Obrigada, Griff. —eu disse finalmente. — Vou me lembrar.
E eu iria, foi a mais longa conversa que tive com ele, e colocou muita coisa
em perspectiva.
Durante a minha briga com Ford, gritei que minha mãe não era como
Celeste. Agora, porém, me perguntava se a diferença entre elas era realmente tão
grande. Claro, Celeste era traiçoeira e cruel em relação ao dinheiro, enquanto
minha mãe era apenas pragmática, sem nunca perder a sua atitude positiva. Mas se
aquele advogado viúvo e gentil não tivesse chegado? Minha mãe tinha que tomar
conta de mim. Até que ponto ela chegou para manter a comida na mesa? Ela se
tornaria amarga depois de anos de má sorte e medo? Não sabia se eu poderia
responder a essa pergunta.
Me senti um pouco culpada. Eu nem sequer tinha me preocupado, em
perguntar o motivo pela qual Celeste,tinha agido da forma como agiu; Apenas a
descrevi como uma cadela. Ela teve uma vida difícil antes, e provavelmente faria
qualquer coisa para evitar isso novamente. Isso não era uma desculpa, como disse
Griff, e eu tinha certeza que ela não precisava da minha pena,especialmente por
não saber que eu tinha desenterrado o seu passado. Mas agora sabia que
precisávamos de ter uma conversa. Em breve.
Primeiro tinha que cuidar da minha situação de trabalho. Agradeci a Griff
por ter me ouvido, em seguida, voltei para a casa e fui para o andar de cima e
ligueimeu laptop. Uma rápida pesquisa mostrou que na verdade havia dois centros,
separados por sexo. O dos meninos era do outro lado do Condado, mas o centro
das meninas não era muito longe da fazenda, uma facilidade para ir e vir todos os
dias.Puta merda, essa ideia poderia funcionar. A excitação despertou no meu peito.
Dois braços quentes me envolveram por trás, criando um tipo diferente de
faísca. O queixo de Ford descansou em cima da minha cabeça.
— O que esta fazendo? — ele perguntou. — O almoço está pronto.
— Você realmente quer que eu fique aqui? Na fazenda? — eu disse.
Ele ficou imóvel, respiração difícil despenteando meu cabelo. Droga, Emma,
você poderia ter levado isso um pouco mais suave. Não tinha pensado em pedir
para que ele avaliasse nosso relacionamento nesse momento. Nervosa, esperei
ouvindo Jeopardy, tocando em um volume baixo como plano de fundo no laptop.
Finalmente, ele respondeu, — Eu não pretendia deixá-la sair.
Meu estômago vibrou com alívio e agradável surpresa. — Desculpe por isso
parecer estranho. — eu disse. — É só que... se eu vou ficar, preciso encontrar um
emprego. Algo com um propósito, onde eu posso estar confiante de que o meu
trabalho vá fazer realmente diferença para o mundo. Griff sugeriu para que eu
ensinasse no reformatório juvenil. — eu hesitei e, em seguida, continuei — Eu
contei a Griff sobre nós. Me desculpa. Eu deveria ter falado com você para me
certificar de que estava tudo bem.
Não sabia como ele reagiria comigo porter contado nossos segredos. Mas
todos os meus medos foram dissipados quando Ford respondeu. — Não se
preocupe. Griff vêtudo o que acontece nessa fazenda, afinal...Eu acabei de falar com
ele, também, mas ele provavelmente já sabia. — ele sorriu. — E acho que sua ideia
de trabalho é muito boa. Na verdade, conheço o cara que dirige o lugar. Vou ligar
para ele agora e pedir uma visita agendada.
Eu deitei minha cabeça no encosto da cadeira, ele se inclinou para me beijar.
Passamos muito tempo nos beijando até que finalmente o deixei fazer o
telefonema.

a
No dia seguinte, depois de ter passado vinte minutos incansáveis
eimpressionante na minha bagunça de roupas de férias, fomos para o carro e
dirigimos para o Condado. O centro de detenção parecia uma típica escola melhor
do que eu esperava: meia dúzia de edifícios baixos, com telhado vermelho
distribuídos por um grande gramado, aparado. No escritório principal, Ford
apresentou-me ao Superintendente, um homem de meia-idade loiro e
calvochamado Ted Wright.
Ted apertou a mão Ford evitando olhar para mim . — Bem-vindo ao centro
de reabilitação Oak Creek e Miss Carter. — ele cresceu. — Esta instituição serve até
vinte delinquentes femininos entre as idades de dez e dezoito anos...Onde disse
que foi para a faculdade?
Distraída por ele soar como um folheto, quase não entendi sua pergunta.
— Não acho que disse. Mas acabei de me formar em Stanford.
— Como o mundo é pequeno, e uma ótima faculdade. O sobrinho da minha
esposa apenas recebeu a carta de aceitação. — Ted entrou no hall, acenando para
seguirmos. — E o que você estudou?
Desta vez eu tinha uma resposta pronta para disparar. — Matemática de
nível secundário e Ciências, com ênfase no ensino de recuperação de jovens em
risco. Eu fiz o meu ensino para alunos no nívelsecundário. Mas eu também tenho o
curso de pedagogia e psicologia do desenvolvimento, que concentraram-se sobre o
nível de ensino fundamental.
Ele nos mostrou as salas de aula, dormitórios, sala de aconselhamento, Ted
se manteve lançando perguntas repentinas. Ford seguiu-me um passo atrás,
commãos nos bolsos, deixando-me falar. Finalmente a turnê terminou no escritório
principal. Acenando para uma mulher de cabelo curto em um terninho verde
escuro, Ted disse.
— Eu quero que conheça Maddie Baker. Ela é a gerente aqui. Maddie, esta é
Emma Carter.
— Prazer em conhecê-la. — respondi, apertando a mão bem cuidada e
pensando no que estava acontecendo.
— Com base na sua formação e experiência a Senhorita Carter tem muitas
qualificações. — Ted pigarreou alto, fazendo minha esperança despencar. — Mas
as instalações juvenil rural como se esta, não recebe muitos candidatos...
especialmente aqueles bem treinados, talentoso como você parece ser.
Maddie interrompeu. — O que Ted quer dizeré que seria uma honra tê-la
conosco.
Ford me deu uma rápida olhada de soslaio que disse: pode crer que sim.
— É mesmo? Mas... Eu nem mesmo passei por uma entrevista. — gaguejei.
Ford tinha passado o meu currículo todo pelo telefone ou algo assim?
Ted apenas riu. — Eu sei reconhecer um bom professor quando vejo um.
— Agora, sobre seus deveres. — Maddie disse vivamente. — As aulas são
ministradas por oito horas todos os dias da semana durante todo o ano. Só temos
um professor agora, então você vai lidar com aulas de Matemática e Ciências para
todos os níveis. Quando pode começar? Assumindo, claro, que você passe seus
antecedentes.
Uma centelha de emoção explodiu em um verdadeiro brilho. Isso estava
realmente acontecendo, e percebi que era aqui exatamente onde eu estava
destinada a ficar. Se eu soubesse mais sobre lei juvenil, poderia ter visto esta
oportunidade de emprego, mesmo sem o conselho de Griff. Essas meninas
precisavam de mim mais do que os alunos de D.C., seria mais fácil para Lincoln
High School encontrar um substituto qualificado do que para Oak Creek encontrar
alguém. E se trabalhar aqui deixava-me perto de Ford, poderia considerar que isso
foi apenas a cereja no bolo. Eu queria pular de alegria, beijar Ford na frente de
todos o assustando, mas em vez disso eu respondi friamente.
— Adorei a oportunidade, e posso começar assim que precisarar de mim.
Capítulo 20
l
Emma

Os dedos de Ford entrelaçaram-se com os meus, enquanto guiava a


caminhonete ao longo do trecho da estrada de mão dupla de volta para a fazenda.
Dentro de mim floresceu um contentamento desenfreado. Tudo estava se
encaixando. Eu estava com medo sobre as coisas que poderiam acontecer nesse
verão, mas a sorte tinha me dado oportunidades incríveis, um relacionamento e
um trabalho.Reflexivamente, apertei a mão de Ford que me olhou de relance,
sorrindo.
— Você está feliz, querida?
— Feliz? Essa não a palavra certa para o que estou sentindo. — eu respondi.
— Precisamos pegar suas coisas para que se mude para cá. E comprar para
você um carro antes que chegue o inverno.
Suas palavras trouxeram a minha mente, a imagem de um caminhão de
mudanças estacionado na frente da fazenda, com homens descarregando todas as
coisas que estava aguardando para ser embaladas, no meu pequeno apartamento
de Stanford, antes de vir para Washington. Eu imaginei minha mãe e Russ de pé na
varanda da frente boquiabertos se perguntando o que diabos estava acontecendo.
Algumas alegrias desapareceram, mas agarrei a mão de Ford mais forte.Não, nós
vamos resolver isso.
— Ford. — eu comecei suavemente. — Como vamos contar aos nossos pais
sobre nós?
Ele me olhou por um segundo antes que seus olhos focassem na estrada
outra vez.
— Vamos falar com eles quando chegarmos. Não há jogos. Eu amo você e
você me ama, e nós vamos ficar juntos. Os rótulos não importam; o que sentimos
um pelo outro é mais importante. Se eles tiverem um problema com isso, podemos
discutir como adultos, e isso é o fim.
Seu dedo acariciou as costas da minha mão quando terminou de falar.
Estávamos em uma estrada deserta, e essefoi o momento que o homem
decidiu contar que me amava.
— Encoste.
Ford virou a cabeça para me olhar. — O que? O que há de errado? — ele
perguntou, mas já estava desacelerando.
— Apenas faça, encoste.
Eu já estava desafivelando o cinto de segurança quando Ford encostou a
caminhonete ao lado da estrada. Agradeço aos deuses pelos bancos regulaveis,
pensei. Deslizei para o banco de Ford empurrando minha pernas para monta-lo.
— O que eu fiz para merecer isto? — ele perguntou.
— Que homem diz a uma mulher que a ama, enquanto está voando em uma
estrada rural a 100p/hr? Essa é a verdadeira questão.
Eu tentei soar severa, mas estava sorrindo loucamente, o sorriso de Ford
estendeu-se refletindo o meu.
— Como se você não tivesse descoberto por si. — ele murmurou,
aproximando os lábios dos meus.
Eu levantei a minha mão, colocando um dedo em sua boca,algo não podia
acreditar que estava fazendo... mas só desta vez.
— Diga novamente.
Seus olhos brilharam. — Eu amo você, Emma. Muito mesmo.
Deixei meu dedo cair. — Eu também te amo, Ford. Agora me beije.
Inclinei minha cabeça e nossos lábios se tocaram, ele mergulho a língua me
provando. Eu queria que ele possuísse cada centímetro de mim, e não apenas com
a língua. As minhas mãos deslizaram de seu peitopara o botão de seu jeans,uma
vez que uma mão já estava dentro puxei seu pau grosso e duro, com isso Ford
afastou-se do beijo.
— Você percebe que estamos do lado de uma estrada pública, certo?
Olhei pela janela, com a mão ainda em seu pau e observei ao longo da
estrada vazia. Os vidros estavam embaçados e não tinha visto nenhum carro passar
nos 20 minutos que estávamos nessa estrada. Estou com sorte, porque este homem
incrível e lindo me ama.
Voltei a olhar para Ford que resistia, enquanto minha mão o acariciava.
— O que pode acontecer se formos apanhados?
Ele deu um sorriso. — Eu pareço um louco?
— Com sorte no amor. — eu o corrigi.
— Foda-se, então. Quero dizer foda-me.
— Coisa atrevida. — suas mãos saíramdas minhas pernas e agradeci quem
estava ouvindo lá em cima, por eu ter decidido de usar uma saia para minha
entrevista improvisada. Quando Ford tocou a minha calcinha, ele suspirou. — Falei
sem calcinha.
— Era uma entrevista de emprego. — disse, exasperada.
Ele franziu o cenho. Querido Deus, um Dom lindo e arrogante. A imagem de
seus lábios carnudos recusando os meus quando me aproximei me fez sentir como
se meus ovários tivessem derretido. Quando os dedos se alternaram na parte da
frente da minha calcinha, Ele gemeu.
— Sempre esta molhada para mim.
Dois dedos escorregaram para dentro, e foi minha vez de gemer. Meus
mamilos endureceram contra o sutiã, e de repente minha ideia para uma rapidinha
na estrada, não parecia mais tão inteligente, porque queria estar nua e espalhada
na cama dele. Então ele mudou os movimentos dos dedos, e não me preocupei mais
com nada, somente em como me sentia com seu dedo dentro de mim. Droga, mas a
sensação de ter qualquer parte dele dentro de mim nunca falhava, enviando
tremores que provocavam arrepios em cada polegada da minha pele.
Ford ergueu minha saia agrupando-a na minha cintura, agarrou meu quadril me
puxando para a frente e me posicionou contra a cabeça de seu pau. E então ele
congelou.
— Merda. O preservativo.
— Eu estou bem com isso, se você estiver.
Seus olhos encontraram os meus.— Tem certeza, Emma?
— Eu não tenho nenhuma doença. E não há nada que eu queira mais do que
ter você sem nada entre nós.
O quadril de Ford contrariou contra o meu. — Eu quero seus braços em
volta de mim, querida.
Coloquei meus braços em volta do pescoço, e pressionei minha testa a
sua,Ford abaixou-me sobre seu pau delicioso centímetro por centímetro. Puta
merda. Perguntava-me se iria me acostumar ao seu tamanho.
Meu corpo se rendeu ao seu, e apreciei a plenitude extraordinária. Quando
ele começou a empurrar, lentamente subi e desci recebendo cada golpe enquanto
olhava em seus olhos. Uma de suas mãos deixou meu quadril emaranhando em
meu cabelo, nossos lábios colidiram-se novamente, incapazes de obter o suficiente
um do outro.
Meus músculos internomais apertado com cada impulso. Meu orgasmo
estava construindo, prestes a quebrar através de mim.
O aperto de Ford no meu cabelo tornou-se mais firme, em seguida ele se
afastou de minha boca.
— Amo você, Emma. Porra. Vou gozar. Me acompanhe, querida?
— Sim.
O que eu esperava ser uma rapidinha no banco da frente da caminhonete, se
transformou em uma sinfonia, perfeitamente coreografada de movimentos e
reações. Quando olhei nos olhos de Ford o prazer selvagem do orgasmo estava
prestes a passar por mim, e foi um dos momentos mais belos da minha vida, o qual
jamais tinha experimentado.

a
Havia algumas desvantagens para sexo no carro, como a limpeza, mas dado
o meu aquecimento pós-orgasmo...eu tive um momento difícil para lidar. Mas com
cada quilômetro mais perto de chegamos a fazenda minha apreensão aumentava.
— O que exatamente vamos falar com eles? —perguntei.
Mais uma vez, meus dedos estavam entrelaçados com os dedos fortes de
Ford, em uma aperto firme. Estar com um homem que possuía uma mão como
essa, era maravilhoso, e eu estava começando a perceber que ele poderia pegar
minha mão, que o seguiria para qualquer lugar.
— Nós só vamos falar com eles. Sem besteiras. Sem desculpas. Somos
adultos. Temosa sorte de saber que os nossos pais genuinamente querem que
sejamos felizes. — ele olhou para mim antes de olhar para a estrada. — Não acho
que vai ser uma produção tão grande quanto você está imaginando, querida.
— Isso é tão... Eu não sei. Estranho?
— Ponha-se no lugar deles. Quão estranho foi para sua mãe dizer para você
que ia se casar novamente? Como você acha que ela se sentiu? E meu pai? Para vir
para casa e me dizer que ele tinha caído de amor por uma mulher no espaço de
uma semana? Estranho, com certeza, mas você acha que por um minuto eles
deixaram aquele embaraço impedi-los de ficar juntos?
Ok, o homem tinha um ponto válido. — Então vamos entrar, e dizer a eles.
—minha apreensão foi drenada pelo rosto confiante de Ford. —E se eles se
assustarem?
Ele atirou-me um sorriso devastador. — Lidamos com isso. Você é minha,
Emma. Sem susto, ou caso contrário nossos pais vão nos impedir de ficarmos
juntos. Tenha um pouco de fé, está bem?
Puxei uma respiração. Eu poderia ter fé, poderia fazer muitas coisas com
Ford ao meu lado. Ou atrás de mim. Ou abaixo de mim. Ou em cima de mim. Com
esses pensamentos dei a ele um sorriso sedutor.
— Droga, Emma. Não me faça te levar primeiro para o celeiro, para dar
umas palmadas na sua bunda até que ela fique vermelha, para que você possa se
comportar.
— Eu não sei se isso era para ser uma suposta ameaça... mas você
definitivamente está errando o alvo.
Sua risada encheu a cabine da caminhonete, junto com algo que parecia
muito, "pelo menos eu sei o que vamos fazer depois."
Quando paramos, Ford estacionou na garagem pedindo para que eu o
esperasse, logo que saltou veio para o meu lado e abriu a porta me ajundando a
saltar.
— Não se preocupe. Emma,temos tudo sobre controle.
Assentindo com a cabeça, respondi. — Você está certo.
Mais uma vez agarrei sua mão e senti que juntos nós poderiamos dominar o
mundo.
a
Entrei na cozinha, meu corpo ainda sentindo o aperto esmagador dos
braços de minha mãe e de Russ. Dizer que as coisas tinham saído melhores do que
esperava era puro eufemismo. Os olhares horrorizados e desafios acusatório?
Completamente ausente. Os sorrisos felizes e felicitações? Autênticos e
enormes. Eu não sabia se seria capaz de parar de sorrir por vários dias.
Até que Celeste saiu da despensa segurando um saco de supermercado, e
uma expressão azeda que imediatamente torceu suas feições ao me ver.
Não. Apenas não ia aceitar isso,Montana podia ser o Oeste, mas não era o
Oeste Selvagem, e esta fazenda era de fato grande o suficiente para nós duas. Tinha
chegado o momento de fazer as pazes. E eu não ia fugir de Celeste.
Recusei a deixar meu sorriso vacilar enquanto ela me estreitava com o
olhar.
— Você não tem que parecer tão presunçosa. Embora, eu não devesse estar
surpresa. Você está provavelmente disposta a fazer o que quiser...
Eu ergui uma mão. — Chega Celeste já foi o suficiente. Estou cansada de
tudo isso que estamos fazendo. — ela fechou a boca, então tomei isso como minha
oportunidade perfeita para continuar. — Eu vou ficar aqui na fazenda,para sempre.
E nossos pais sabem que eu e Ford estamos juntos. Eles estão
completamente bem com isso. Então, você não precisa gostar de mim, mas vamos
ter que descobrir uma maneira de nos entender.
Celeste ficou rígida. — Então me demita. Isso é o que você quer fazer, não é?
Eu neguei com a cabeça. — Não. Você vai trabalhar aqui enquanto quiser.
Essa casa é sua também, e certamente não é minha intenção de mandá-la embora.
Só quero ter a certeza de que fique claro que Ford não é uma opção.
Eu esperava uma resposta maliciosas, mas o que ouvi foi algo totalmente
diferente: Ela riu e sacudiu os ombros enquanto envolvia um braço em torno de si
e o outro levantou para seu rosto.
— Nem quero Ford. Meu Deus, Eu sou uma idiota. Eu pensei que... apenas
talvez... se conseguisse que ele me notasse, eu nunca teria que me preocupar
novamente. Mas Mac tinha que arruinar tudo!
Certo, agora eu estava completamente perdida. —Mac?
Celeste tirou a mão do rosto. — Você não pode escolher por quem vai se
apaixonar... mesmo quando sabe o que é melhor. — ela sacudiu a cabeça
acrescentando. — Eu disse a mim mesma que nunca iria me apaixonar por um
cowboy, mas ele simplesmente conquistou o meu coração, e agora não há nenhuma
maneira de retira-lo.
Meu cérebro girou para acompanhar a conversa. Celeste e Mac? Desde
quando? O que?
Ela se aproximou da mesa reunindo a sacola novamente e pegou meu olhar
confuso.
— Eu estou cuidando dele enquanto está acamado no quarto de Griff. Como
Griff vai visitar o seu sobrinho, Mac e eu vamos ter um tempinho para nós, não que
vá acontecer muita coisa já que sua perna esta machucada. — seu sorriso
amoleceu. — Mas vai ser bom ter um tempo sozinho.Isso me dá a oportunidade
para falar sobre o que vamos fazer.
Com isso, ela caminhou para fora da cozinha, com um olhar melancólico no
rosto. A porta do fundo fechou com um clique tranquilo, antes da voz de Ford
enchera cozinha.
— Ela esta ainda causando problemas?
—Não.
Levantei-me e virei para olha-lo. Adorei não ter de olhar por cima do meu
ombro ou dele,para ver quem poderia estar nos observando. Gostei de saber
quepodia atravessar a cozinha envolver meus braços em volta dele e apertar sua
bunda sem consequências, não que eu não estivesse completamente excitada para
experimentar. Então eu fiz exatamente isso.
Ford enfiou seus dedos pelo meu cabelo e inclinei meu rosto em sua direção.
— Você tem certeza que está tudo bem?
Estendi a mão e envolvi meus braços em volta do pescoço, ficando na ponta
dos pés ao mesmo tempo que puxei o rosto dele em direção a meu.
— Completamente bem. Absolutamente perfeito. — sussurrei, antes de
pressionar os meus lábios nos dele. A mão de Ford segurou a parte de trás da
minha cabeça, e não falamos por um tempo.
Epílogo

Emma

Uma brisa quente, bateu em nossas costas suadas enquanto minha mãe,
Ford, e eu andávamos em direção a fazenda. Não tinha chovido por semanas e o pó
da trilha revestiu minha garganta.
— Ford? Me dá um pouco da sua água?
— Já bebeu tudo? —mesmo me provocando, Ford guiou Richter para mais
perto da minha égua e entregou seu cantil. Tomei um gole e devolvi.
— Oh, vocês são tão fofos juntos! — minha mãe disse atrás de nós. Seu
cavalo estava mais interessado nas flores silvestres na borda da trilha que em
acompanhar a passada rápida de nossos cavalos.
Dei um gemido simulado. — Por favor mãe, acalme-se. Eu precisava de uma
bebida.
Nós estávamos voltando de um piquenique na floresta. O tempo todo,
mamãe tinha falado algo sobre nós, sempre que fazíamos qualquer coisa
semelhante a um casal: quando deitei minha cabeça no ombro de Ford, e ele me
ofereceu um pedaço do seu bolo, até mesmo o fato de encostarmos nossas mãos
quando tentamos pegar uma maçã no mesmo momento.
Russ apareceu em nosso passeio, mas depois do almoço de hoje, ele tinha
saído da fazenda no caminhão, e nem minha mãe nem a Ford me contaram o que
ele estava fazendo. Eu sabia que minha mãe tinha seu lado bobo, mas nunca
esperei que Ford entrasse no jogo dela.Mas como ele gostava de jogosno quarto
então não podia estar surpresa...suspirei com um sorriso, apenas um pouco
irritada. Mesmo quando minha nova família decidiu se juntar para me esconder
algo, não deixei de amar o modo como vivia: calma, feliz e livre.
Nossos cavalos relincharam quando entramos no celeiro. Eles sabiam que
isso significava que seu trabalho tinha terminado por hoje e tudo o que queriam
era um pouco de feno. Desmontei Delilah e afrouxei sua sela, cuidando para não
prender o meu anel de noivado como da última vez, e comecei a levá-la para a
frente na rédea solta. Eu sorri, era praticamente um profissional.
Enquanto caminhávamos levando nossos cavalos para suas baias, ouvi o
barulho de cascalho sendo triturado pelo ronco de um motor. Olhei para minha
mãe através da luz fraca.
— É Russ?
Ela me deu um sorriso manhoso. — Talvez. Vá olhar lá fora...nós cuidaremos
do seu cavalo.
Quando olhei para Ford para me dar uma pista, ele apenas estendeu a mão,
seus lábios ligeiramente sorrindo com diversão.
Oh, eu desisto! Terei que descobrir sozinha por que eles estão agindo de
maneira estranha.
Passei as rédeas de Delilah para Ford e sai para fora, piscando rápido.
Perto da casa, um carro prateado acabava de parar .A porta do motorista se
abriu e um borrão de saia de seda, blusa com babados voou para fora, gritando.
— Emma!
— Avery! — gritei, antes de caminhar para ela e a envolver em um abraço
esmagador.
Avery Palmer era minha meia-irmã do terceiro casamento de minha mãe.
Quando eu era adolescente, eu e mamãe nos mudávamos com muita
frequência a era difícil fazer amigos permanentes, então fiquei emocionada quando
mamãe se casou com alguém, que tinha uma filha um ano mais nova que eu. Foi
como ganhar uma irmã de Natal, de imediato nós conversamos sobreestereótipo
feminino. Minha mãe ficou com o Senhor Palmer apenas por alguns anos, mas eu e
a Avery ainda mantínhamos contato, mesmo depois que ela deixou a Califórnia
para estudar em London College of Fashion.
— Não te vejo há muito tempo. — eu disse. — Como vai?
Ela deu um gemido exagerado. — Fico feliz de ter terminado aquele
semestre sangrento! Às vezes pergunto-me se me formar cedo vale a pena...
especialmente depois da mais recente notícia do casamento da Senhorita Cynthia.
— Cada vez que te vejo você parece um pouco mais britânica. — provoquei.
— Aposto que os rapazes americanos adoram quando volta para casa para
visita-los.
— Está um pouco dificil encontrar rapazes tanto Americano como Britânico
a maioria deles andam em um nível de relacionamento diferente. — ela disse,
deliberadamente exagerar o sotaque. — Só pareço uma mutante descendente de
uma patricinha triste. —rapidamente, ela colocou dois dedos sobre os lábios
cereja. Como sempre, suas unhas estavam primorosamente pintadas; a obra-prima
de hoje contava com um toque de glitter azul em marfim polonês, sobrepostos com
flores de prata. — Esqueça que eu disse isso, foi rude como o inferno.
Eu ri. — Bem, seja lá o que for, você terminou com os exames finais e agora
vai poder relaxar com a gente. — coloquei meu braço em volta de seus ombros.
— Já comeu? Nós já almoçamos... hum, mas acho que temos uns bifes na geladeira...
Nós sempre temos bife.
Eu parei quando notei que ela não estava prestando atenção. Segui seu
olhar para a caminhonete que tinha acabado de chegar do outro lado do jardim da
frente. Russ tinha saído e estava agora falando alto, com um homem de cabelo
preto e uniforme de militar azul acinzentado. Algo nele me pareceu familiar.
Eu sorri sarcasticamente para Avery. — Oh, eu vejo o que você está realmente com
fome para isso.
— Vá a merda. — ela respondeu, sem qualquer sinal de estar realmente
brava. — Quem é esse?
Boa pergunta. Olhei fixamente para o homem, por um segundo. Então me
lembrei de onde tinha visto aquela fisionomia esculpida antes, nos quadrosno
quarto de hóspedes.
— Oh! Esse é o nosso outro meio-irmão. O novo marido da nossa mãe tem
dois filhos, Ford e Nixon.
Avery franziu a testa. — Meio-irmão? Droga. Que sorte a minha.
— Nunca diga nunca. Apontei para a Ford, que tinha saído do estábulo para
acolher Nixon. — Eu tenho um deles.
O olhar dela caiu para o diamante brilhando na minha mão. — Então isso é...
dele?
Assenti, mordendo meu lábio contra um enorme sorriso tolo. Ford tinha
proposto casamento a poucos dias atrás, e eu ainda mal podia acreditar. Meu anel
era absolutamente deslumbrante. Um modesto de 2 quilates, feito a mão por um
joalheiro local por especificações exatas de Ford. Eu realmente gostei do anel como
gostava do homem que me deu.
— Uau. Isso é uma tremenda pedra. Sem duvida soube como escolher.
Antes que eu pudesse rir e diz-lhe para se calar, nossa mãe veio para
abraçar Avery. Logo em seguida ela recebeu os cumprimentos de Nixon, Ford e
Russ. Não perdi o duplo sentido no olhar de Nixon quando viu Avery, admirando a
minha meia-irmã da cabeça aos pés, antes que seus olhos azuis vívidos, finalmente
encontrassem os dela. O rosto de Avery estava ligeiramente corado e sua boca
curvada em um sorriso sutil, surpreso mas ainda sensual.
Você vai ter ele, garota, pensei.
Quando Ford veio para o meu lado, apertou minha mão. Eu ainda ficava
maravilhada com esse pequeno gesto, como podíamos apenas serafetuosos sem
pensar em nada, sem precisar esconder de ninguém e sem nos preocuparmos
sobre o dia que seríamos descobertos. E pensar que a meia hora mais
terrivelmente embaraçosa da minha vida, foi quando nós revelamos a nossa
relação para minhamãe e Russ. Mas olhando de onde eu estava agora tinha válido a
pena cada minuto. Agora podemos desfrutar um do outro na presença de qualquer
pessoa. E nossa vida perfeita estava apenas começando.
His Plaything
Ava Jackson 
Sinopse

Aviso: Se você não consegue lidar com um Fuzileiro da marinha com uma
boca suja e um pau enorme que quer transformá-la em seu brinquedo, esse não é
um livro para você. Continue.
Um imbecil que você poderia expulsar do quarto.
Esse é o cenário que encontro: meu novo companheiro de quarto fodendo
uma loira na mesa da cozinha.
Isso é certo, antes olhei com cuidado para seu pau gigante. Dica: calcinha
molhada.
Ah, e mencionei que ele é um fuzileiro naval?
Um semestre. É o tempo que tenho que aguentar, e depois vou embora,
formada, para entrar no mundo real.
Mas posso sobreviver tanto tempo sem me tornar... Seu brinquedo?
Capítulo 1

l
Nixon

Eu tinha planejado desfrutar de minhas férias de Outono ao máximo. Assim


que pousei em Coronado Island, tinha pedido comida chinesa gordurosa e dormi
como uma pedra. Depois fui ao Trader Joe e reabasteci minha geladeira, com
comida e cerveja, e não consegui uma folga. Mais tarde encontraria Fox e Logan no
basquetebol, vamos frenquentar os bares, ou o que diabos sentirmos vontade de
fazer. Gostaria de desfrutar de uma boa solidão também, só relaxando no
abençoado silêncio e privacidade do meu apartamento. Claro, eu iria me
familiarizar novamente com todo pedaço perfeito de bunda no Condado de San
Diego. Isto vai ser demais.
Então meu pai atirou tudo para o inferno em um único telefonema.
— Avery vai morar aqui? A partir de hoje? — impossível ter ouvido direito.
Mudei o telefone para o meu ombro para poder segurar melhor o cabo da frigideira
com uma mão e virar o bacon com a outra. — Você não pode estar falando sério,
pai. Acabei de sair de um período de nove meses de serviço.
— Oh, você está de licença? Perfeito. Isso significa que você pode ajudá-la a
se mudar.
Segurei um rosnado. Ele sabia muito bem como era os meus horários. Eu
tinha praticamente acabado de voltar da visita que fiz a ele e sua nova esposa em
Wild Cliffsfa. Estaria voltando outra vez em dois meses, caramba. Realmente fiquei
pouco tempo para perguntar pessoalmente? No meu longo silêncio, taciturno, meu
pai deixou seu tom de voz cair.
— Nixon. Você será educado para Avery. Você vai cuidar dela. Na verdade,
você fará com que seu último semestre na UCSD seja o melhor. Estamos
entendidos?
— Claramente, senhor.
Tentei e não consegui suprimir algumas imagens mentais muito
perturbadoras. Eu tomaria conta dela muito bem, sem dúvida.
— Se eu ouvir que não mostrou hospitalidade adequada...
Meu pai deu sermão sem parar, mas eu não estava ouvindo mais. Tudo o
que podia pensar era na princesa que conheci há duas semanas atrás, dormindo,
tomando banho e tirando a roupa, com apenas uma fina parede nos separando.
Minha primeira impressão de Avery foi de dar água na boca. Verdadeiro
doce refinado, implorando para ser desembrulhado, derreter na minha língua e
devorada. A alta performance fashionista geralmente não vale a pena o meu tempo,
muito certinha para conseguir falar sujo, ou muito esnobe para até mesmo querer
aprender. Mas isso não me impedia de querer foder sua Majestade de seis
maneiras imagináveis. Qual o problema se ela era tecnicamente minha nova meia-
irmã? Se a maneira que seus olhos me seguiram ao redor da fazenda significasse
alguma coisa, ela não se preocupava com este pequeno detalhe, também.
Um fio desagradável de fumaça picou meu nariz. Merda, o bacon. Puxei a
panela do fogo e comecei a transferir as tiras carbonizadas para um prato.
— Você ouviu alguma palavra do que eu disse? — meu pai pressionou.
— Sim. Seja legal com Avery. Tenho que ir, pai. Tem alguém na porta.
Eu menti. Desliguei antes que começasse a repetir, e sentei-me na pequena
mesa de café da manhã para comer. Eu amava meu pai como qualquer filho adulto,
mas ainda não fazia ideia de como Ford podia viver sob o mesmo teto. Pelo menos
os comandantes me deixavam dirigir a minha vida privada, isso me agradava.
Peguei uma tira de bacon encontrando-a já fria. Talvez eu tenha aumentado
demais a temperatura do ar condicionado. Por outro lado, Agosto no sul da
Califórnia não era brincadeira, e estava farto do calor do deserto durante a minha
última missão. Meus pensamentos voltaram para Senhorita Certinha. Com este
clima e minha sorte, ela iria aparecer parecendo um crime. Um shortinho jeans
apertado abraçando seu traseiro durinho. Seus seios quase derramando dos lados
de uma blusinha, mamilos endurecendo quando entrasse no ar frio do interior do
apartamento...
Jesus Cristo, já faz muito tempo. Minha imaginação estava ficando sem
controle. Precisava arranjar uma vadia rápido, antes que minha nova companheira
de quarto chegasse aqui e me deixasse louco. Felizmente, isso não seria algo difícil.
Havia mulheres que tinham orgasmos inesperados em suas calcinhas, por
marinheiros a preço de banana nessa cidade... uma em particular vivia no
apartamento ao lado.
Rolei para baixo minha lista de contatos para "frog hog5, início de edição" e
disparei um texto rápido:
Oi, Pamhá quanto tempo, não fodemos. Você está tão excitada quanto eu?
Não era elegante, mas Pam não era exigente ou apreciava discrição.
Nem cinco minutos mais tarde, meu telefone tocou: (não comece sem mim,
marujinho. ;)
Eu ri. Pam era uma das amigas de foda mais confiáveis que eu tinha. A
menos que ela estivesse no trabalho, nunca hesitou em vir aqui e me ajudar a
aliviar a tensão. Deus abençoe a América.
Assim que acabei de localizar alguns preservativos, alguém bateu na porta.
Abri e imediatamente estava com os braços ao redor de Pam. Seus lábios carnudos
caíram contra os meus. As mãos dela serpentearam ao redor da minha cintura até
que apertaram minha bunda.Entreguei-me em nosso beijo faminto por um
momento, minha língua mergulhando em sua boca, então me retirei com um
sorriso.
— Imagino que sentiu a minha falta, também.
— Não tem ideia. — ela respirou.
Sem mais delongas, ela se escorou na mesa da sala e inclinou-se para tirar
os saltos, sabendo que meus olhos estavam colados em suas curvas tonificadas. Ela
ainda estava usando o uniforme do trabalho: uma minissaia preta apertada e blusa
de listras, cujo decote profundo se aproximava do atentado ao pudor. Não era
nenhum mistério porque ela fazia tanto dinheiro com gorjetas. Havia um monte de
caras locais que iam ao Bar Pete's Sports para comer as garçonetes com os olhos e
Pam era a atração principal, loira, seios grandes e pernas compridas.
Fechei a porta atrás de mim, não querendo perder o jeito que balançava a
bunda suculenta enquanto desfazia as correias da sandália.
— Porra, você tem uma bela bunda. — comentei.
Lançando-me um olhar sensual por cima do ombro, ela deu uma gargalhada.

5
“Frog hog”, mulheres que se prostituem com oficiais da marinha.
— Obrigada, querido. É uma bunda cansada. Acabei de sair de um turno de
trabalho.
— Oh? Quer remarcar? — provoquei, já seguindo em sua direção. — Posso
agendar você para a próxima sexta-feira.
— Nem no inferno. — ela virou e sentou-se na mesa da sala, afastando os
joelhos para revelar uma calcinha preta com laço. — Eu sempre tenho energia para
o meu marinheiro favorito. Especialmente depois que passou tanto tempo fora. —
uma mão arrastou da sua barriga para o seu decote, desfazendo os botões um a
um, revelando os seios redondos enormes mal contidos pelo sutiã.
Puta merda. Meus olhos não tinham sido agraciados com uma visão tão
deliciosa em muitos meses, e era quase o suficiente para me fazer babar. Bem, dois
podem jogar esse jogo. Tirei a minha camiseta e não perdi seu olhar lascivo de
apreciação.
Ela lambeu os lábios pintados de cereja. — Venha aqui e me foda.
— Ei, só porque ganho minha vida recebendo ordens não significa que você
está no comando aqui. — sorrindo, dei um passo entre suas pernas e empurrei-a
para deitar de costas, balançando meu quadril para deixá-la sentir o quão duro eu
estava.
Ela gemeu e se contorceu contra meu corpo. — Espertalhão. E se chupar seu
pau primeiro?
Apesar de tudo puxei uma respiração profunda. Que homem de sangue
quente poderia recusar o efeito explosivo de um boquete de Pam? Além disso,
provavelmente era melhor. Depois de meses de nada mais que me masturbar,
minha resistência não estaria boa o suficiente, e eu estava mais do que capaz de
ficar duro para duas rodadas seguidas. Concordei com ela.
— Nesse caso, eu vou permitir. Só desta vez.
Ela imediatamente se passou por baixo, entre a mesa e eu, se ajoelhando.
Encarando-me por intermédio de sua mascará de cílios, descarada e sedutora,
desabotoou meu jeans e puxou meu pau duro como rocha. Ela segurou a base com
uma mão, lambeu uma lenta linha até à ponta, circulando a língua em torno da
cabeça. Meu quadril tremeu. Apoiei-me na mesa com uma mão e a outra
emaranhei em seu cabelo, enquanto ela mergulhava a boca toda.
Eu dei um gemido longo e alto. Pam sempre chupava meu pau como se
tivesse tentando tirar a minha vida. A este ritmo, eu ia gozar a qualquer momento.
Era exatamente o que ela queria. Suas bochechas escavaram e sacudiu a cabeça
mais rápido, apertando o punho, sua língua tocou diretamente no ponto sensível
onde à cabeça encontra o eixo, sua mão livre em uma concha em minhas bolas, e eu
disse um palavrão em voz alta.
De repente, a imagem de Avery passou pela minha cabeça. O calor correu
através de mim como um raio. Os lábios suaves de pêssego da minha meia-
irmãfechados em torno do meu pau. Seus cílios tremendo ao me dar um olhar
furtivamente tímido, querendo saber se estaria me agradando, querendo provar a
minha porra. Ah, porra ah.
Antes que percebesse, gozei forte. Pam cavou as unhas postiças nas minhas
coxas e engoliu cada gota. Então, sem hesitar, ela tirou a calcinha e deitou
novamente na mesa com as pernas abertas. Dois dedos deslizaram para seu
clitóris, provocando meu próprio espetáculo privado.
— Rápido, ou vou terminar o serviço. — ela gemeu.
Balancei minha cabeça, tentando dissipar a imagem sedutora e
desorientadora de Avery, de joelhos na minha frente.
— Nem pense que vou deixar você ter toda a diversão. — respondi.
Agarrei os pulsos de Pam com uma mão, empurrando com a outra a blusa
para cima. Eu lambi e massageei seus seios firmes até que se contorceu com
antecipação, fazendo barulhos articulados sem palavras, que passaram direto pela
minha espinha. Essa dor familiar de dureza foi rastejando rapidamente para meu
pau novamente. Tirei minha calça, puxando uma camisinha do bolso e rolei-a.
Não perdi mais tempo com qualquer preliminar; Ela estava encharcada
desde o instante em que entrou aqui, e Deus sabia que não aguentaria esperar
outro segundo. Eu apenas empurrei seus joelhos até seus ombros e a penetrei.
— Sim! — ela gritou.
Meti rápido e profundo, fodendo-a de uma forma que garantiria que ela
ainda estaria me sentindo amanhã. Seus seios saltavam enquanto lutava para
encontrar meus impulsos. Sua buceta tão quente, molhada e incrivelmente ansiosa,
agarrando meu pau como se nunca fosse deixar sair. Eu não tinha percebido o
quanto tinha implorado por isto até que experimentei novamente. Eu abaixei
minha cabeça para mordiscar seus enormes seios redondos, que balançavam
tentadoramente na minha cara. Os seios de Avery provavelmente seriam menores,
mas firmes e bem formados para compensar. A pele dela era pálida em vez de
bronzeada, mostraria todos os tipos de sinais de chupada que eu pudesse deixar.
Tarde demais, me lembrei. Porra! Por que não podia manter Avery fora da
minha cabeça? Eu não conseguia parar de imaginar como ela ficaria debaixo de
mim, não conseguia parar de sobrepor o rosto dela em cima do de Pam. Toda vez
que repelia um pensamento dela, mais dois apareciam.
Por que diabos Avery estava vindo para cá tão de repente, afinal? Por que
tinha que invadir todos os aspectos da minha vida? Vou ter que perguntar isso a
ela, quando chegar. Por agora apenas rosnei na boca de Pam, nosso beijo distraído,
manchando o batom brilhante e tentando de tudo para afugentar a fantasia com
minha linda meia-irmã.
Capítulo 2

Avery

O som das rodas das minhas malas de repente suavizou quando rolei da
calçada para a entrada acarpetada. Caminhando, olhei em volta, tentando não ficar
boquiaberta com o opulento complexo de condomínio do meu meio-irmão.
Paredes com painéis de carvalho, pisos de mármore preto e branco, vasos de
orquídea em cada mesa de acento. Um candelabro de cristal pendurado sobre uma
área do salão de baixo-relevo contendo uma mesa de centro de vidro oblongo, e
várias cadeiras antigas estofadas em azul e ouro. Caramba... Bem, acho que a
família Bennett tem uma tonelada de dinheiro.
Estudar em Londres foi incrível, mas o e-mail do meu pai foi o oposto do incrível.
Ei, a propósito, não posso pagar seu aluguel e as mensalidades de sua
faculdade, então você tem que ir morar com um cara que mal conhece.
Ao mesmo tempo, porém, era bom estar na Califórnia. As boutiques e
restaurantes familiares, eu sonhava com as pessoas bronzeadas. A brisa suave,
quente que sempre cheirava a sal. O sol ardente, como se nunca tivesse visto uma
nuvem. E as praias de areia branca e ondas azuis de Coronado Island, do outro lado
da Baía de San Diego, com pequenas cabanas onde turistas alugavam bicicletas e
tomavam coquetéis de fruta em cafés históricos.
Então era isso, apesar de ter sido arrastada abruptamente a essa estranha
situação, me sentia muito bem. Eu ia viver em uma cidade linda de cair o queixo,
em um apartamento caro, e só pensava em chutar a bunda do meu último
semestre. Formar mais cedo. Conquistar o mundo surpreendente da moda. Tudo
daria certo.
Ainda assim, senti um nervosismo persistente enquanto arrastava minhas
malas até o apartamento de Nixon no sexto andar. Estava grata pelo lindo lugar
que ia viver, e chegando um pouco antecipada. Se isso o irritar? Como ele se
sentiria em estar preso a uma garota como companheira de quarto?
Tentei silenciar minhas dúvidas, chequei o número do apartamento e bati
duas vezes na porta. Nenhuma resposta. Após mais algumas batidas e mais espera,
tentei a maçaneta e senti que girou. Talvez tivesse deixado seu apartamento
aberto, caso eu aparecesse, enquanto ele estivesse fora? Não querendo esperar no
corredor até ele voltar, coloquei minha cabeça para dentro.
Gemidos femininos imediatamente atingiram meus ouvidos. Meu rosto
corou ligeiramente. Ele tinha deixado um filme pornô ou algo assim?
Provavelmente teria que me acostumar com esse tipo de coisa, se ia morar com um
cara. Os gemidos aumentaram e pareciam mais reais. Havia uma mulher real e ao
vivo aqui? Ah, merda, e se eu estivesse no endereço errado? Arrastei-me para
dentro do apartamento... E finalmente vi meu novo meio-irmão.
Nu como veio ao mundo. Fodendo uma loira na mesa de jantar em plena luz
do dia.
Desejei gritar ao invés disso sufoquei um suspiro. Nixon virou a cabeça com
o ruído. Nossos olhos se encontraram. Esperava que ele fosse gritar ou perder o
bom senso, talvez até mesmo rir. Mas ele só olhou levemente surpreso. Como se o
tivesse interrompido enquanto estava no final de um bom livro em vez de com um
ser humano.
Ele se retirou e virou para me encarar. Sua parceira sentou para ver o que
estava acontecendo. Ela parecia uma boneca Barbie, com grandes seios falsos e
uma longa crina loira oxigenada. Seus olhos fortemente maquiados arregalaram ao
me ver. Mas meus olhos estavam concentrados na virilha de Nixon, na sua longa,
ereção grossa, latejante, mal contida pelo látex liso esticado em torno dele.
— Oi, mana. — disse casualmente.
Só essas duas palavras. O que? Meu cérebro estava explodindo e meu
estômago estava implodindo e ele só disse Oi, mana? Um grito estrangulado me
escapou, e fugi para o corredor como um coelho aterrorizado. De alguma forma
consegui segurar minhas malas em vez de arremessá-las na cara dele.
Por pura sorte, encontrei o quarto de hóspedes vazio e bati a porta atrás de
mim. Meu rosto estava pegando fogo. Eu tinha agido com indignação. Mas em outro
nível, algo mais primitivo, arranhando acima da vale do meu ventre, tudo o que
havia testemunhado estava queimado em minha mente.
Não conseguia parar de lembrar da cena que encontrei quando entrei. Como
poderia algo tão enorme caber dentro de alguém? O único cara que eu tinha
dormido não chegava perto do tamanho de Nixon. Os gemidos daquela mulher
eram tão altos, e o pau de Nixon brilhava com a umidade quando se virou para me
encarar. Ela devia estar se sentido bem. Incrível, mesmo. A bunda dele estava tensa
com a força de seus golpes duros. Com um pau assim, acho que ele mal teria que se
mover para fazer uma mulher gozar. Mudei de um pé para o outro, tentando aliviar
a tensão, reunida entre as minhas pernas, o lustroso poliéster do meu macacão
deslizando por minha pele. Por que de repente eu estava tão ciente dessa
sensação? E quando ficou tão quente aqui? Meus braços nus estavam arrepiados
por causa do ar condicionado e ainda me sentia suada.
Minha atenção animou ao som de vozes abafadas na sala de estar. Será que
eles iam continuar de onde pararam? Nixon não parecia se importar com minha
presença, e não me pareceu que eles tinham acabado. Uma parte muito pequena,
muito vergonhosa de mim, queria que continuasse para que pudesse ouvir tudo.
Puta merda, o que estava errado comigo? Aquele cara lá fora, com o corpo mais
perfeito e o maior pau que já tinha visto, não, não Cale a boca, faz parte da minha
família. Mas eu ainda não conseguia parar de ouvir.
As vozes continuaram por um minuto, muito calmamente escolhendo suas
palavras. A voz profunda de Nixon definitivamente estava fazendo a maior parte da
conversa. Persuadindo-a a voltar para cima da mesa? Pedindo desculpas pela
interrupção embaraçosa? Então alguns passos abafados e o clique de uma porta se
fechando. Seu brinquedo deve ter ido embora essa noite.
Assustei-me com uma batida na porta do meu quarto. Depois que tinha me
esforçado para ouvir os sons distantes de sua conversa, o barulho tão perto soou
alto e acusatório. Merda! Claro, ele quer falar comigo enquanto estou sentada aqui
comendo ele com os olhos mentalmente. Corri para ajeitar o rabo de cavalo, tirar a
poeira inexistente do meu macacão oliva Kate Spade, tudo para adiar a entrada
dele.
— Espere! — disse.
A porta se abriu. Nixon não fez uma tempestade, não gritou ou fez uma
carranca, mas a raiva que saia dele era impossível de confundir. Eu dei um passo
para trás, e sem perceber a parte de trás dos meus joelhos colidiram contra a
armação da cama. Um arrepio me percorreu, a cama, estávamos no meu quarto, eu
estava no apartamento dele, e não podia dizer se era medo, excitação ou pura
adrenalina. Sua energia masculina dominou completamente o quarto pequeno.
De repente me surpreendeu o quão grande ele era. Quão alto, largo e
musculoso. Ser fodida por Nixon deveria ser como ir a um parque de diversões,
andar numa montanha-russa, gritar e ter seu coração batendo muito forte. Ele
ainda cheirava a sexo e suor almiscarado, dos momentos antes de ser
interrompido. Seu jeans desbotado montava baixo em seu quadril saliente,
revelando a borda inferior de oito gomos em seu abdómem e o início de um escuro
caminho da felicidade. Sua camiseta gola V manga curta pendia sob seus peitorais
musculosos. Estava impresso na parte da frente: “O Único Dia Fácil Foi Ontem.” Eu
disse a mim mesma, estava apenas lendo a citação em vez de olhar para seus
músculos. Tanto quanto eu apreciei o homem vestido, não pude deixar de perder o
seu aspecto nu.
Ele cruzou os braços sobre o peito enorme, os olhos azuis de gelo me
perfurando. Era absurdo, mas naquele momento, cada um dos seus bíceps
expostos pareciam tão grande quanto minha cabeça. Eu poderia sentar-me na
dobra do seu braço como um balanço na varanda? Poderia ele me segurar pela
cintura enquanto me fodia contra a parede? Então percebi que estava me olhando,
ele disse algo, e eu precisava parar de pensar com meu clitóris. Eu pisquei para ele
como uma idiota.
— Desculpe o quê?
— Isso não vai funcionar. — ele repetiu.
Certo. Estava aqui por dez minutos, e já estamos tendo problemas de
colegas de quarto. Concordei, limpei a garganta na tentativa de limpar minha
mente.
— Não poderia concordar mais. — respondi. Ele pareceu um pouco
surpreso por um segundo, como se estivesse esperando mais discussões. Mas sua
expressão endureceu novamente quando continuei. — Não quero ver essa merda
quando chegar. Se eu for viver aqui, você não pode trazer mulheres estranhas e
transar por todo o apartamento. É nojento.
Esforçando-me para olhar em seus olhos, cruzei meus braços e endireitei
minhas costas para igualar a postura dele. Ele não podia mais viver como um
homem das cavernas. E se eu tivesse que estabelecer a lei, mais cedo ou mais tarde,
podia muito bem ser agora.
Capítulo 3

l
Nixon

Tudo que pude fazer foi ficar olhando. O que diabos ela disse para mim?
Metade de mim queria estrangular minha nova irmã... A outra metade queria
fodê-la sem sentido.
Agora que tive a chance de dar uma boa olhada para ela, vi que tinha imaginado
errado sobre o que ela usaria: um estranho macacão verde escuro, sem mangas.
Mas de alguma forma, ela conseguiu fazer com que parecesse bom. As partes que
não eram suavemente cobertas por tecido só chamavam a atenção para a pele
macia. O pálido pescoço praticamente implorava para ser mordido. Com seus
saltos baixos e cintura alta, as pernas dela pareciam ter cerca de dez milhas de
comprimento. Até os mais inocentes detalhes batiam direito no meu pau. Eu
imaginei os lábios com gloss rosa fazendo beicinho ou abertos com prazer, as
unhas rosa, segurando os lençóis da cama ou arranhando minhas costas, seus
dedos dos pés curvando enquanto ela gozava duro. Quão próximo sua buceta
perfeita estava dessa cor rosa chiclete?
Porra! Fique concentrado em seu objetivo, Nixon. Não importa quão
fodível ela pareça, eu tenho que me desligar de suas besteiras agora. Uma garota
malcriada não ia entrar aqui e mandar em mim. Eu balancei minha cabeça
bruscamente, ao olhar para ela.
— Desculpe, mas esta é minha casa e meu pau. Vou usar os dois como bem
entender.
— Ser colegas de quarto não funciona desse jeito! — ela reagiu. — Eu tenho
o direito de comer, dormir e fazer minha lição de casa aqui. Este lugar é meu,
também.
Ela nem sequer hesitou. No mínimo, eu tinha que admirar a contragosto sua
coragem. Mas isso era tudo.
— Se tenho algo a dizer sobre esse assunto é, esta não é a sua casa.
Ela vacilou por um segundo e, depois me olhou com coragem renovada.
— Seu pai apenas casou com a minha madrasta, lembra? — ela ergueu seu
polegar e o mindinho para imitar um telefone e um falso soluço. — Boo hoo, Nixon
não para de esconder prostitutas no apartamento. Não é minha culpa se tenho de
viver com ele. Por que ele é tão cruel? — a voz dela voltou ao normal. — Reclamo
com a Cynthia, ela reclama para Russ, e Russ vai se arrastar de tão longe para cima
de seu alvo.
Eu levantei um dedo. — Certo, em primeiro lugar: nunca mais chame Pam
de prostituta novamente. Ela é uma garota legal. Na verdade, é uma mulher adulta,
o que significa que pode foder com quem quiser. Mesmo se não fosse minha amiga,
não merece seus insultos banais. Então amadureça. — fiz uma pausa para apreciar
o olhar de choque no rosto de Avery. — Consegue ver o esquema aqui? Como as
outras pessoas vivem a vida sexual delas não é da sua conta.
— Se torna da minha conta quando você e sua amiga. — ela cuspiu a palavra
como se estivesse tentando tirar o gosto de sua boca. — Rolam nus por toda parte
da casa. As pessoas têm de comer na mesa!
Eu ergui minhas mãos. — Então vou limpar quando terminarmos. Solução
fácil. Ainda bem que tivemos esta conversa.
— Isso não é nem perto do que eu quis dizer, e você sabe disso! Todas as
suas... Coisas precisam parar. Sem vadias aleatórias no apartamento. Sem sexo
quente em cada superfície horizontal. — ela jogou os pulsos em um gesto rápido de
não, fazendo um sinal sonoro com suas pulseiras e agitando seu peito. Que droga.
— É só um semestre. Eu não vou transar também, então acho que você vai
sobreviver.
Eu não conseguia decidir, se queria rir ou socar a parede. Como diabos eu
manteria meu pau seco por mais de sete semanas? Mais catorze semanas, se contar
a missão de treinamento que fui atribuído para depois que terminasse minha
licença. Eu estava esperando desde Novembro passado e nada no mundo poderia
me manter por mais um segundo. Mas tive que admitir, meu pai tinha interferido o
bastante no meu negócio por um dia, e realmente prefiro que meu apartamento
não vire uma zona de guerra. Não queria estar constantemente em desacordo com
Avery... Então eu tinha um dilema nas mãos.
Mas e se a solução estivesse olhando para mim? Meus lábios se curvaram
enquanto olhava para Avery com uma nova intenção. Se eu não tinha permissão
para trazer mulheres estranhas em casa, e ela não estava fazendo sexo com
alguém... Talvez nós poderíamos matar dois coelhos com uma cajadada.
Deixei meus olhos cair em seu corpo novamente. Era lindo, e provavelmente
não tinha chegado a uma boa sessão suada de foda, em um tempo, ou talvez nunca.
Eu ficaria mais que feliz cumprindo essa função. Mas por outro lado, a
personalidade dentro desse corpo parecia dura como uma tábua... Mesmo que suas
roupas fossem caras, não entendi o sentido dela ser arrogante. Mas tudo era sexy,
quem era eu para reclamar sobre isso? Ela se cuidava e gostava de sentir-se bem
arrumada. Etiquetas de grifes polvilham suas roupas e as pulseiras de ouro em
cada braço me diziam muito. Sua veia explosiva foi uma boa surpresa; Ela
provavelmente pesava 54 quilos, mas não hesitou em repreender um Fuzileiro
Naval construído com tijolos, uma parede de dois metros. Um cara não conhece
esse tipo de garota todos os dias. E tenho que dizer, mesmo me irritando um
pouco, gostei do que vi até agora, e quero ver mais. Não tivemos muita chance de
interagir durante nossa semana na fazenda. Agora que estamos vivendo juntos, eu
definitivamente não me importaria de conhecê-la melhor.
A linha de raciocínio descarrilou quando Avery retrucou. — O quê? Eu disse
algo engraçado?
Fiquei a encarando em silêncio. — Não, só pensando. — eu disse
lentamente. Dane-se, a única maneira de descobrir o que está em cima da mesa é
pedir. — Então o que propõe?
— Hein? Eu não acabei de dizer o que quero?
— E eu disse que era ridículo. Mas desde que você aparentemente não
estava escutando, vamos esclarecer algumas coisas. — levantei minhas
sobrancelhas para ela até ter certeza que ia ficar em silêncio. — Passei nove meses
com as tropas. Você entende o que isso significa? Trinta e seis semanas sob fogo
inimigo, assando vivo em algum deserto abandonado com apenas minha mão para
me fazer companhia. — ela piscou seus grandes olhos verdes. Minha nossa. Se o
nível de franqueza tinha ofendido sua delicada sensibilidade, ela estava em um
mundo completamente diferente. — E depois eu estive visitando a família na
fazenda. Você se lembra dessa parte. Não é exatamente uma oportunidade
privilegiada para caçar buceta. — seu rubor inocente me fez querer pressionar
mais ainda. Quão vermelhas eu poderia fazer essas bochechas ficarem? Segurando
as minhas mãos nas costas, dei meio passo mais perto, inclinado ligeiramente para
frente para enfatizar a diferença de altura entre nós. Seus cílios longos, enrolados
vibraram, e ela molhou os lábios, respirando quase imperceptivelmente mais
rápido. Eu tinha feito o palpite certo; Ela era uma dessas mulheres que gostava de
ser comandada, comecemos com a vibração de macho alfa. Em um tom
perigosamente baixo, concluí. — Então eu estava planejando passar os próximos
dois meses me re-familiarizando com as bucetas... Quentes... Molhadas.
— Por que você está me dizendo isso? — ela finalmente rangeu. Seus olhos
eram enormes piscinas no rosto vermelho brilhante.
— Por que aquela coisa anterior com Pam mal conseguiu me descontrair.
— meus lábios arquearam em um sorriso duro, com fome. — Você disse que vamos
viver juntos por um semestre inteiro. Isso é o que, quatro meses, do caralho? Nós
dois precisamos de um pouco de diversão, e posso te dizer agora que minha mão
não vai acabar com isso. Então, se não quer que eu transe com outras mulheres por
todo apartamento... Que tal ajudarmos um ao outro? — meu sorriso se tornou
lascivo.
— Você... Quer... — ela gaguejou. As emoções brilharam em seu rosto,
rápidas demais para contar choque, desejo ou raiva. — Isso é nojento. Você é
nojento! Somos praticamente parentes! — seu tom subiu para um grito. — Saia do
meu quarto!
Então, é raiva. Merda. Talvez esse não fosse o melhor momento.Peguei sua
sugestão educada e virei meus calcanhares. A porta bateu atrás de mim tão
depressa que quase pegou minha bunda na saída.
Não havia nada que eu pudesse fazer, mas levei minhas bolas tristes para o
chuveiro e me masturbei. E agora, nem tentei me impedir de imaginar Avery
debaixo de mim. Esses quatro meses vão ser longos.
Capítulo 4

Avery

Com meu coração batendo acelerado, pressionei minhas costas contra a


porta e deslizei para o chão, como se estivesse tentando segurar o pensamento de
Nixon sob controle. Mas não importava a quão chateada estava, não conseguia
parar de pensar em seu corpo, naquela sugestão libertina. Não conseguia parar de
imaginá-lo me fodendo. O ponto de encaixe de seus quadris, enquanto empurrava
seu longo e espesso pau, até o fim. Todos os seus músculos ondulando enquanto
metia em mim com tudo o que tinha. Suas longas costas musculosas, seus músculos
abdominais, seu quadril estreito...
Eu queria gemer alto com pura frustração. Apenas o pensamento dele era
suficiente para me fazer sofrer. Nunca pensei que pudesse estar tão excitada e tão
zangada ao mesmo tempo. Por que meu corpo tinha que ter vontade própria? Por
que aquele pedaço perfeito de corpo de Senhor Universo, tinha que pertencer ao
meu irmão?
Uma porta bateu, e ouvi o tamborilar da água no banheiro. Ele estava no
chuveiro? Engoli a grossa imagem que me veio à mente. O jato correndo sobre seus
ombros largos e peitorais salientes, todos os ângulos duros de músculos e ossos,
até seu...
Deixei minha cabeça bater contra a porta. Não muito forte, apenas o
suficiente para expressar o meu ódio repentino pelo universo. Então me forcei a
ficar em pé, deslizando as costas na porta. Tinha que tirar Nixon da minha cabeça
antes que me perdesse completamente. Tentando ignorar qualquer ruído vindo do
chuveiro, tomei o meu primeiro olhar real ao redor do quarto que ficaria pelos
próximos quatro meses.
Era quase tão grande quanto o apartamento em Londres que eu tinha
compartilhado com outras duas garotas. À minha direita estava uma cama Queen
Size com cabeceira esculpida e criado-mudo anexado, com lençóis branco. Um
grande closet com portas largas de correr espelhadas ocupava a maior parte da
parede esquerda. Ao longo da parede oposta estava uma estante alta, uma mesa de
computador sob um par de janelas duplas, e uma cômoda. Toda a mobília
compunha-se de uma bela cor de caramelo, um conjunto que deve ter custado
milhares de dólares.
Apertei os lábios. Nunca diria isso, mas fiquei impressionada com o quão
limpo, ordenado e elegante era tudo. Outra vantagem de viver com um homem
militar... Ele não pode alegar que não sabe como manter as coisas limpas.
Espera outra vantagem? Eu quis dizer uma vantagem. Apenas uma. Eu
definitivamente não havia começado uma lista mental que começava com "confie
ele está errado" e terminava com "puta merda o homem sabe como tirar poeira”.
Agora que pensei nisso, na verdade, meu novo quarto era quase muito
arrumado. A cor suave e mobília espartana deprimentemente, em minha opinião,
era como uma suíte de hotel. Mas consertaria isso assim que começasse a arrumar
as minhas coisas. Talvez se colocasse um pouco de arte nas paredes, me sentiria
em casa nesse lugar antes que eu percebesse.
Tirei minhas sandálias de gatinho da Gucci, mexendo os dedos dos pés no
tapete macio azul acinzentado e abri ambas as janelas para deixar entrar a brisa
fresca do oceano. Depois abri minhas malas e comecei a retirar cuidadosamente
camada sobre camada de roupas, sapatos e maquiagens. Tinha levado uma
embalagem bem criativa para caber tudo que precisava. Isto tudo só duraria por
mais um mês ou dois, quando as estações mudassem, precisaria ir até a casa do
meu pai para trocar meu guarda-roupa. Isso provavelmente aspiraria um dia
inteiro de estudo, desde que Irvine fica cerca de três horas de carro. O que de fato
seria divertido... Espero que o verão dure até depois de meus exames.
Comecei a encontrar lugares para todos os meus bebês no gabinete do
closet, me deixando ser absorvida pelo projeto simples e repetitivo. Pendurei
blusas e saias, dobrei pilhas de shorts e calças. Roupa íntima em uma gaveta, meias
na outra. Caixas de sapatos alinhadas de acordo com a cor e altura do salto. Logo
minhas mãos moviam-se inconscientemente, como meus pensamentos.
Apenas mais um precioso fim de semana, e estaria de volta a sala de aula.
Seria incrível ver todos meus amigos de escola novamente. E eu estava ansiosa
para a aula de jornalismo de moda, desde que me inscrevi na primavera passada.
Espero que meu estágio em cabelo e maquiagem não leve muito tempo; apenas
uma professora ensinava durante o semestre do outono, e ela tinha uma reputação
de extremamente severa. Se eu realmente precisasse, provavelmente poderia
economizar em Análise de Mercado. Não que eu fosse para o lado dos negócios da
indústria da moda. Eu ri, enquanto montava minha árvore de joias, poderia
definitivamente caminhar através da história da Alfaiataria Americana. Eu estava
obcecada com estilos vintage, desde o dia em que descobri a alta-costura.
Às vezes era ainda difícil de acreditar que me formaria em apenas poucos
meses. Pelo menos estaria se não me deixasse distrair por certo colega de quarto,
que aparentemente não podia manter o pau dentro das calças, enquanto eu
estivesse tentando estudar. Franzi a testa quando aquela mulher passou pela
minha cabeça outra vez, Pat ou Penny ou sei lá. Não, o nome dela era Pam. Fiquei
surpresa quando Nixon saltou em defesa dela assim. Quem teria pensado que um
jogador realmente via suas conquistas como seres humanos?
Mas aquela pontinha de cavalheirismo não deixou de ser falsa. Eu não
estava pedindo nada irracional aqui. Tinha o direito de me sentir confortável no
maldito apartamento, e isso não aconteceria com aleatórias mulheres nuas,
entrando e saindo o tempo todo. Talvez dizer "Vou contar para Mamãe" tenha sido
um pouco demais, apesar de tudo. Rejeitei rapidamente a ideia, ele me forçou a
isso. Ele não queria falar sobre os limites como um adulto razoável, então tive que
descer ao nível dele. Um homem imaturo como Nixon nunca me levaria a sério se
não lhe desse um ultimato.
Não é como se ele fosse seu irmão de verdade, meus hormônios
prestativamente sugeriram. Ele nem é seu meio-irmão. O pai dele é casado com a
sua ex-madrasta, o que o torna meio-irmão de Emma, não seu. O que diabos sequer
chamam isso, seu meio-irmão distante? Como poderia ser errado se não há sequer
uma palavra para como vocês estão relacionados?Mas eu disse firmemente a mim
mesma que era impossível. Nunca pensei em Emma como uma ex-meia-irmã, ou
até mesmo uma meia-irmã, apenas uma irmã. A única que eu tinha. Depois que
mamãe morreu, Cynthia me tratou como sua própria filha. Se minha mãe não
oficial casou com um novo marido, os filhos do cara eram meus meios-irmãos. Só
que meus hormônios não estavam recebendo a entrega do aviso, e eu queria gritar.
Em vez disso, me estiquei, rangendo quando minhas costas estalaram. Eu
tinha desembalado por mais de uma hora. Mas ainda havia um bom pedaço da luz
do dia, e Deus sabia que eu precisava sair daqui e arejar a cabeça. Será que aquela
praia pequena que vi no meu caminho para aqui ainda estava aberta? Eu podia
mergulhar os dedos dos pés na água, deixar o sol aquecer e relaxar meus músculos
doloridos. Tentei voltar para o ritmo positivo que estava curtindo, antes do homem
das cavernas roubar meu espírito zen. Sim, parece que é tudo que preciso... E sei
exatamente o que vestir.
Atirei-me no armário atrás do meu biquíni favorito: vermelho papoula com
pequenas bolinhas brancas, composto por um topzinho e uma tanga de corte alto.
Eu consegui isso há anos em um brechó especializado em peças retrô. Troquei meu
macacão agora enrugado, pelo biquíni, verificando-me no espelho por um
momento. Olha só, Eu disse com firmeza. Você é Marilyn Monroe.Você está muito
bonita. Você pode lidar com qualquer coisa.
Depois que encontrei minha toalha branca macia e o péssimo livro de
suspense que tinha começado a ler no aeroporto de Heathrow, eu estava pronta
para ir.
Onde Nixon estava? Jesus me controla. Obriguei-me a aguentar firme e
desfilar na sala de estar, como se fosse dona do lugar.
Ouvindo os meus passos, ele se virou de onde estava sentado no sofá. — Ei,
você...
Ele interrompeu, e eu congelei. Podia sentir seus olhos traçando cada curva.
Diabos, praticamente podia ler os pensamentos sujos correndo por sua mente.
Minha pele arrepiou como se ele estivesse do meu lado, mesmo eu ainda estando
no corredor.
Mas tudo o que ele disse foi: — Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as
sete, você estando aqui ou não.
Nenhum comentário rude? Nenhum interrogatório? Ele ia cozinhar? Isto era
um universo alternativo?
— Oh. Hum... — eu comecei. De repente, porém, não me importava o
suficiente para questionar. Se ele queria parar de ser tão egoísta e me cozinhar um
jantar de graça, então um viva para nós dois. — Está bem. Obrigada...
Então me apressei para fora da porta e fui até à praia. Eu tinha apenas três
dias para relaxar antes de voltar para a escola. Esperava que ainda pudesse
aproveitar o máximo deles.
Capítulo 5

Nixon

Apesar de ter saído do banho um pouco mais calmo, ainda não tinha
nenhuma estratégia. O que diabo ia fazer com essa garota? Meu pai disse para ser
hospitaleiro, então alimentá-la seria um bom começo. Nada pode realmente dar
errado num jantar.
Vesti uma calça e fiz um inventário rápido da geladeira e despensa; Não
queria ir à loja novamente. Tortilhas de milho. Um saco de camarão congelado,
arroz, salsa e abacate. Tostadas de mariscos e arroz espanhol? Isso era bom, certo?
Mesmo se não fosse ela provavelmente não se importaria, de alguma forma,
duvidava que houvesse boa comida no estilo Baja6 em Londres. Mas o que ela
gostava de beber? Consegui encontrar uma garrafa de vinho branco de só Deus
sabe quando... Claro, qualquer coisa. Vinho sempre era uma boa opção para beber
amigavelmente com as mulheres.
Andei em volta da cozinha por mais um tempo, distribuindo um par de
pratos na mesa do café da manhã, assim não teríamos que comer onde eu tinha
acabado de espalhar as pernas da minha vizinha. Então cortei um limão, espremi
na minha cerveja Corona geladinha e cai na frente da TV. Eu tinha que falar com
Avery eventualmente, mas com certeza não queria começar outro jogo de gritos.
Esperaria para começar a cozinhar até que ela saísse de sua toca.
Apenas quando pensei que ela tinha morrido, ouvi passos no corredor. Me virei no
sofá.
— Ei, você...
O que eu estava dizendo mesmo?

6
“Baja é praticamente uma mistura entre as culinárias mexicana, americana e espanhola”.
Avery estava vestindo um biquíni. Não era o biquíni mais escandaloso que
eu já tinha visto, longe disso na verdade, dado que as coisas eram bem animadas
nas praias do Sul da Califórnia. Mas era muito sexy. Essa era uma garota que sabia
como escolher roupas que mostravam suas curvas perfeitamente.
Eu nem sequer tentei evitar de olha-la. Que homem poderia resistir uma
visão assim? Mas ao mesmo tempo, eu não era um menino estúpido que não
conseguia ler a atmosfera. Ela provavelmente ainda estava assustada com o que
aconteceu anteriormente, e a última coisa que eu queria fazer era recomeçar a
argumentar mais uma vez. Então guardei meus comentários para mim e disse.
— Não chegue tarde. O jantar estará na mesa as sete, você estando aqui ou
não.
— Oh. Hum... Tudo bem. Obrigada... — ela pareceu surpresa, mas não
perdeu tempo, se retirou imediatamente.
Considerei uma sessão improvisada de punheta, tendo como protagonista
Avery na praia como uma garota poderosa, depois optei por uma segunda cerveja
em vez disso. Ela provavelmente esqueceria sua bolsa ou qualquer outra coisa, e
enlouqueceria com a visão de um homem segurando seu próprio pau.
Um pouco depois das seis, desliguei o decepcionante jogo de futebol na TV...
Comecei a cozinhar. Assim que levei o arroz e tomate para ferver, a porta da frente
foi aberta. Bem na hora... Ela era mais obediente do que eu esperava. Ou talvez
estivesse com muita fome para se preocupar em mostrar seu ponto de vista.
— Ei. — ela disse enquanto desaparecia no corredor. Uma única palavra,
não era grandiosa, mas aceitei isso como um progresso.
O chuveiro ligou e deligou; a porta do quarto abriu e fechou. Quando ouvi os
passos novamente, chamei.
— O jantar está pronto.
— Você esterilizou a mesa? — ela respondeu. — Existe qualquer outro lugar
neste apartamento que eu deva evitar tocar?
Evidentemente sua insolência tinha voltado enquanto estava fora. Com uma
calma forçada, respondi. — Eu limpei. Não vamos comer na mesa, de qualquer
forma. Use o raio dos seus olhos.
Ela zombou, silenciosamente, tocando na garganta, parecia que isso vinha
pré-programado em todas as garotas da faculdade. Eu quase poderia imagina-la
revirando os olhos, mas ela arrastou o banco sentando-se no seu lugar e se
estabelecendo de qualquer maneira. Resistindo ao impulso de fazer uma
observação sarcástica optei apenas por servir a comida.
Por quase dez minutos, focamos na nossa refeição em silêncio. Pelo menos a
roupa dela não era tão perturbadora; Ela havia mudado para uma legging e uma
camisa de colarinho branca.
— A comida está boa? — finalmente perguntei.
Ela assentiu com a cabeça. — Está ótima. Obrigada...
Mais um minuto se passou e eu disse a primeira coisa que me veio à cabeça.
— Você parece diferente.
Suas sobrancelhas franziram — O quê?
— Quando nos conhecemos na fazenda. Você parecia meio britânica.
— Oh... Hein? Eu não mudaria tão rápido. — ela retirou outra colherada de
arroz. — Deve ser porque estou rodeada do sotaque sulista da Califórnia
novamente.
Depois de mais uma rodada de silêncio constrangedor, coloquei meu garfo
na mesa. Foda-se. Isso estava ficando doloroso. Precisávamos falar sobre nossa
situação de vida, se ela ia fingir que não havia nada de errado, então só tinha que
forca-la.
— Avery. — disse categoricamente. Ela olhou para cima, e continuei. — Eu
sei que nossa conversa anterior não foi boa.
Ela bufou. — Isso é certeza.
Estreitei os olhos, mas continuei. — Nós precisamos conversar sobre as
regras de colegas de quarto ou apartamento ou o que você quiser chamá-lo. Que tal
nós afirmarmos um recomeço?
Ela cruzou os braços. — Bem. Por onde você quer começar?
Estou tão feliz que tenha perguntado Senhorita Perfeita. Bem-vinda a bordo.
— Em primeiro lugar, há apenas um banheiro. Então você não pode deixar
suas coisas femininas penduradas por todo o lado. Não quero ver um milhão de
frascos de shampoos no banheiro, ou qualquer absorvente espalhado no balcão.
Eu sabia que era um pouco mesquinho, mas foda-se. Um homem não pode
deixar o pau bloqueado tão facilmente.
— Bem, desde que o grande homem viril esta tão ofendido pela biologia
básica feminina, é uma coisa boa que eu não menstrue. — ela retrucou.
— Sobre o que você está falando? Você é uma dessas malucas que fazem
controle de natalidade com remédios? — perguntei. Não fazia ideia do porque
perguntei, não era da minha conta. Mas... Havia algo em seu tom, sangrando
através da resposta, e a expressão dela era séria... Até mesmo sombria.
Ela olhou para baixo. Eu esperava que me dissesse para cuidar da minha
vida, mas ela não fez.
— Eu... Tinha células cancerígenas. — ela murmurou.
Espera. Que diabos?Isso definitivamente não era a conversa de jantar casual
que esperava. Tomei um gole profundo da minha cerveja enquanto lutava por uma
resposta. Maldição. Como já tinha conseguido errar novamente? O que poderia
dizer para uma confissão tão pessoal?
— Não quero dizer que tinha tipo, câncer, câncer. — ela prosseguiu, me
salvando de ter que inventar uma resposta. — Mas foi isso que matou a minha mãe.
Então quando encontraram células malignas, quando eu tinha vinte anos, tive que
decidir o que fazer. Eu poderia passar por uma pequena cirurgia, e correr o risco
do câncer voltar um dia, ou conseguir uma histerectomia completa. Apenas... Tirar
tudo antes que pudesse se espalhar.
— Jesus. — eu disse e imediatamente desejei não ter feito.
Quanta perspicácia. Nixon, seu idiota inútil.Eu tinha visto Avery como uma
menina, um incômodo imaturo com todas as preocupações de uma garota normal
da faculdade, quando ela já tinha enfrentado algumas coisas difíceis. Ela viu sua
mãe morrer, percebeu que a mesma coisa poderia acontecer com ela, e se recusou
a tomar seu destino desistindo. Fora da minha linha de trabalho, quantos jovens de
vinte e um anos foram forçados a confrontar sua própria morte assim?
Ela assentiu com a cabeça algumas vezes, mais para ela do que para mim.
— Minha mãe foi diagnosticada quando tinha vinte e três anos, logo depois que me
teve,ela não tratou rápido o suficiente... Morreu quando tinha trinta e um. Não
queria cometer o mesmo erro. Cheguei à conclusão que a infertilidade não era um
preço tão alto a se pagar. Se eu quiser filhos, posso sempre adotar. — ela brincou
com o último pedaço de comida. — Pelo menos posso planejar viver tempo
suficiente para criá-los.
Sem pensar, estendi a mão para colocar sobre a dela. Toda a ousadia na qual
normalmente confiava tinha dissolvido. Eu ainda não sabia o que dizer, então disse
calmamente.
— Sinto muito.
Avery olhou surpresa, mas não recuou. — Eu... Não se preocupe. É passado. — ela
sorriu. —Meio que acabei com o humor agora. — balancei minha cabeça, abri a
boca para dizer que não era um problema, mas ela interrompeu. — Então o que é
ser um fuzileiro? É realmente tão perigoso quanto às pessoas fazem soar?
— Pode ser. — respondi. — Mas nós treinamos muito, para nos
certificarmos de que estamos preparados para qualquer situação. — tirei minha
mão de cima da dela para assinalar itens com os dedos. — Natação e mergulho,
combate armado e desarmado, armar e desarmar explosivos, rapel, navegação,
pequenas unidades táticas... Demora mais de um ano para conseguir o tridente. E
então você treina uma especialidade que é destinada a complementar as
habilidades dos seus outros parceiros. Nunca termina.
Ela assentiu lentamente. — Uau. Parece violento.
Eu ri. — É muito brutal. Mas gosto disso. A adrenalina, a maneira que estou
constantemente me testando é disso que preciso... Além disso, sirvo o meu país. —
lembrando a pergunta que na verdade ela fez, diminuí. — Devo explicar que os
fuzileiros representam o mar, ar e terra. A Marinha originalmente criou fuzileiros
para reconhecimento secreto nas áreas costeiras, mas hoje, iniciamos ataques por
terra e ar. Somos especializados em ambientes extremos: desertos, selvas,
montanhas, tundras7. Você provavelmente ouviu falar sobre isso no noticiário, mas
era uma equipe do SEAL8 que pegou o Osama Bin Laden. Fazemos missões,
matamos ou capturamos alvos terroristas específicos, resgatamos reféns, paramos
a atividade de milícias...
A expressão de Avery se transformou em admiração. — Então você é tipo,
um herói na vida real.
— Oh Deus, não. Não diga isso. Eu estou apenas fazendo meu trabalho. — eu
tinha tomado o resto da minha cerveja; Provavelmente a última pela noite. — Se
sou alguma coisa, é um masoquista. — antes que ela pudesse continuar com essa
7
Tundra é um bioma no qual a baixa temperatura impede o desenvolvimento de árvores. Existem três
tipos de tundras: tundra ártica, tundra alpina e tundra antártica.
8
SEAL. É a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos.
admiração de herói novamente, mudei de assunto. — Você está estudando coisas
de moda, certo? Parece que você se dá bem com isso.
Ela riu. — Sim, coisas de moda. Eu amo roupas e maquiagens desde que
estava no ensino médio. Era algo que eu e minha mãe gostávamos de fazer juntas,
só não quero deixar isso acabar. — foi incrível como de repente o rosto dela
iluminou.
— Então o que vai fazer com isso depois se formar? — perguntei.
Ela baixou a cabeça. — Se eu pudesse levar meu hobby e fazer uma carreira
nisso... Não consigo pensar em nada que prefiro fazer para viver. O que eu
realmente quero é começar um Blog de moda. Não para celebridades, elas já têm
ajuda mais do que suficiente. Apenas para pessoas comuns. — seu sorriso suavizou
em uma estranha doçura. — Mães, senhoras, adolescentes descobrindo quem elas
querem ser. Garotas da minha idade que estão trabalhando por um salário mínimo
e vivendo de macarrão instantâneo, mas ainda querem um pouco de graça em suas
vidas. Todo mundo merece se sentir bem e definir como pretendem se mostrar,
não importa quanto dinheiro ou tempo livre tenham. — ela parou, subitamente
auto consciente, lançando seus olhos para mim e depois para longe. — Mas você
provavelmente acha bobagem 'coisas de moda'.
— Ei, eu estava só brincando. — acenei ligeiramente com a mão em um
gesto de acalme seu coração. — Não posso dizer que entendo o que há de tão
mágico nisso, mas você obviamente se importa, então... Isso é importante. Parece
que você está dando duro para fazer seu sonho acontecer. Tenho de respeitar isso.
Ela piscou, como se tivesse esperando que eu tirasse sarro dela, então deu
um grande sorriso brilhante dessa vez. — Você precisa de ajuda para limpar a
cozinha?
Eu balancei minha cabeça. — Não. Só vou jogar tudo na máquina de lavar
louça.
Percebi tarde demais, que ela tinha feito uma oferta de paz. Mas não parecia
ofendida. Enquanto ela tomava o último gole de seu vinho, comecei a recolher
todos os pratos e panelas sujas, ainda tentando me acostumar a ter outra pessoa
no meu espaço. Parece que a gatinha tem seu lado fofo, quando as garras não estão
para fora. Na verdade, provavelmente não pôde obter um sem o outro; a mesma
natureza apaixonante que a tornava feroz também a fazia afetuosa. Ela ainda era
um pouco ingênua e inocente, mas era engraçada ao invés de irritante.
Pela segunda vez hoje, me ocorreu que eu queria saber mais sobre ela. Foi
uma sensação estranha. Meu trabalho exigia um estilo de vida que não combinava
bem com coisas típicas de namoro, então a fase de conhecer um ao outro não era
algo que alcancei muitas vezes. Mas eu estava preso com Avery pelos próximos
meses. Então por que diabos não?
Capítulo 6

l
Avery

Depois do jantar, me sentei no sofá da sala com Nixon, segurando uma taça
de Chardonnay gelado. Eu estava começando a ficar cansada, talvez um pouco
tonta, mas a tensão começou a aliviar entre nós e não queria deixar que isso
terminasse ainda. Como é que um dia que tinha começado com meu meio-irmão
nu, transando, sem mencionar o argumento insano logo em seguida, ao fim acabar
com a gente conversando durante o jantar como amigos?
Geralmente nunca falava sobre a morte da Mamãe, especialmente em minha
primeira conversa com alguém. Mas por alguma razão... Só não consigo definir
qual, senti como se pudesse confiar nele. Ele não me decepcionou, mesmo que não
tivesse conhecimento o bastante para me responder.
Não conseguia esquecer a maneira como seus olhos iluminaram quando
falou sobre ser um fuzileiro. Sua devoção era tão intensa, mas tinha vislumbrado
um lado humilde, doce também, quando ele tinha dispensado meu elogio
admirado. Definitivamente não esperava que se importasse com minha paixão por
roupas bonitas. Mesmo que seu trabalho fosse bem mais sério, me ouviu falar
sobre minha carreira como se moda fosse tão importante, quanto prender
bandidos e salvar vidas.
No entanto, a atmosfera calma logo se tornou tensa novamente. Nixon
estava inclinado para frente no sofá, com os cotovelos sobre os joelhos, deixando a
cerveja dele oscilar precariamente entre seus dedos.
— Ainda há uma última coisa que precisamos conversar. — ele disse.
— Essa regra de 'nenhuma mulher estranha no apartamento'... Esta brincando,
certo?
Engoli meu gole de vinho e balancei minha cabeça com firmeza. — Ainda
estou cem por cento séria.
— Bem, então estou muito sério na minha oferta de antes. — ele olhou para
mim, com olhos arregalados. — Eu sou um homem de sangue quente, Avery. Já te
disse que passei nove meses no Oriente Médio, e a única ação que tive foi com a
minha própria mão. Então, eu vou foder alguém e ponto final. Se vai viver comigo
até se formar e não quer que outras mulheres venham aqui, então... — seus lábios
arquearam e ele deu de ombros. — Há uma solução fácil. Temos dois participantes
dispostos sentados bem aqui.
Fiz uma carranca, ignorando a centelha de calor que cintilou no meu ventre.
Essa merda de novo? Estava começando a pensar que ele havia aprendido a lição,
mas estava claro que seria demais esperar por isso.
— Dois participantes dispostos? Talvez queira contar novamente. Use os
dedos se ajudar.
Um sorriso mal puxou a boca dele quando balançou a cabeça lentamente.
— Vamos lá. Eu vi você olhando meu pau mais cedo.
Todas as células do meu cérebro gritavam um impasse. Abri minha boca
para negar, chamá-lo de estúpido, pervertido ou responder com algo inteligente,
qualquer coisa. Mas nem uma única palavra saiu.— Você fez questão de dar uma
boa olhada, antes de sair em disparada. Agora, por que uma mulher jovem e
saudável faria isso? — ele levantou suas sobrancelhas para mim. — Hum? Será que
você nem mesmo tem necessidades físicas?
Eu finalmente desengasguei. — Patético, não precisa falar sobre mim e
minhas necessidades na mesma frase.
— Você não precisa ficar na defensiva. — ignorando completamente o meu
balbuciar, ele continuou. — Isso não precisa ser uma grande coisa. É só sexo. — ele
virou-se para mim, seus olhos ardentes, e me senti aquecendo novamente. — Sem
compromisso. Sempre que quisermos. — fiquei muda novamente. Ele colocou sua
cerveja na mesa do café e relaxou no sofá. — Em minha opinião, seria uma vitória.
Estive com muitas mulheres para saber o que diabos eu estou fazendo. — sua mão
deslizou até a parte superior da coxa. Eu engoli incapaz de olhar longe seu zíper.
Isso era apenas uma dobra em seu jeans, ou era seu pau duro? — Eu posso te fazer
gozar tão forte que vai esquecer seu nome.
— Pare. — resmunguei. Eu não quero ouvir mais. Ou melhor, eu queria
desesperadamente ouvir mais, mas não queria querer isso.
Ele acenou com a mão quase ociosamente. — Bem, enfim, meu ponto é: nós
podemos aliviar nossa tensão. E você pode ter sua zona livre de sexo. — ele pegou
sua garrafa novamente e tomou mais um gole de cerveja. — A oferta está em cima
da mesa. É tudo o que vou dizer. Quando você decidir, sabe onde eu estou.
Sim, eu sabia. Sabia exatamente que ele estaria não mais do que um metro
de distância, não me deixando esquecer as imagens que colocou na minha mente.
Desfilando seu lindo corpo na minha frente. Despindo-me com seus olhos. Mesmo
agora, sentia o cheiro fresco de sabão masculino. Era diferente do almíscar
anterior, mas ainda intoxicante. Como me concentrar em alguma coisa quando
podia sentir sua presença no ar como uma promessa de vida sexual? Como poderia
levar uma vida normal com Nixon permanentemente na borda da minha
consciência?
Mais importante, porque ainda não tinha dito a ele para ir para o inferno? Já
devia estar andando pelo corredor agora, gritando e batendo a porta do meu
quarto. Meu cérebro devia estar de férias. Essa era a única explicação para o
porquê ainda estava aqui, ouvindo a proposta louca de Nixon com olhos
arregalados e o queixo caído. Tínhamos feito uma conexão inesperada, durante o
jantar mais cedo, mas todos os pequenos momentos de conversa franca no mundo,
não podiam fazer bem a essa ideia.
— Você é basicamente meu meio-irmão. — consegui finalmente cuspir.
— Isso não estragaria tudo?
Ele encolheu os ombros. — Se somos parentes, é só mais pela remota
possibilidade técnica. Então... Não, não realmente.
— Sim, realmente! — eu estava ficando frustrada. Como poderia ele ainda
não me entender? Era como se nós dois estivéssemos olhando para a mesma lasca
de pintura e vendo duas cores diferentes. — Cynthia é minha madrasta, então
quando se casou com Russ, ele se tornou meu padrasto. Faça as contas.
— Quanto a Emma e Ford? Ninguém se importou e eles estão juntos.
— Eu, hum...
Honestamente, eu não tinha pensado muito nessa situação. Simplesmente
aceitei como as coisas estavam. Mas era verdade que, no papel, eles eram mais
estreitamente relacionados do que eu e Nixon...
Eu balancei minha cabeça. Essa linha de pensamento era perigosa;
Precisava voltar essa conversa para os trilhos.
— Isto é sobre nós, não eles. — insisti. — Não importa o que você pensa. Eu
o considero meu meio-irmão, então não há mais nada a dizer.
Talvez se dissesse muitas vezes, ele começaria a acreditar, e a parte
responsável do meu cérebro acordaria e afugentaria todos esses pensamentos
sujos.
— Hm... Justo. Ainda, porém, não é como se estivéssemos quebrando alguma
lei. — não respondi, e Nixon esfregou o queixo proeminente, quieto por um
momento. Então ele perguntou abruptamente. — Com quantos homens esteve?
O que? A indignação me rasgou, me deixando pasma e piscando para ele
como um peixe fora d'água. Como ele sai perguntando algo assim? Como ele ousa!
Quando tomei fôlego para gritar que não era da sua maldita conta, o que saiu foi:
— Um.
Um sorriso francamente pecaminoso enrolou lentamente em seus lábios.
Ele parecia um gato que tinha visto um pássaro com a asa quebrada. Como se me
tivesse bem onde queria, e brincaria comigo em seu tempo livre.
— Sério? — ele murmurou. — Nesse caso... Posso mostrar coisas que você
apenas sonhou. — sua vozbaixou até perto de um gemido. — Você ficaria tão
apertada ao redor do meu pau, Avery. Eu provavelmente teria que trabalhar a
abrindo com meus dedos primeiro, até que estivesse encharcada, tremendo,
desesperada por mim. Então eu iria deslizar devagarinho, deixando que você
sentisse cada polegada, antes de fazer com força... Você não saberia o que a atingiu.
Eu quase engasguei. Cada palavra passou em linha reta entre as minhas
coxas com calor latejante. Nixon lambeu os lábios perversamente e minha buceta
doía, querendo tanto sentir aquela língua percorrendo meu clitóris. Querendo
aquele pau longo e grosso para me preencher até que não pensasse em nada além
do prazer. A parte de mim que considerava vergonha essa situação com meio-
irmãoestava à beira de ser expulsa do lugar do condutor. Tanto que se Nixon
tocasse meu joelho, minhas pernas poderiam se abrir. Se ele subisse em cima de
mim agora, eu deixaria, imploraria, dando a ele tudo que tinha.
Abortar, abortar! Meu cérebro gritava comigo. Eu tinha que tomar o
controle, agora, ou meu corpo não me daria outra chance. Saltei, colocando o meu
copo de vinho na mesa de café tão rápido que quase o derrubei.
— É tarde. — gaguejei. — Eu vou dormir. Sinto muito.
Sem esperar por sua resposta, fugi de Nixon pela segunda vez nesse dia.
Nem sequer olhei para trás enquanto corria pelo corredor. Eu realmente não
estava arrependida, mas ainda queria ver a reação dele. Eu não sabia o que seria
pior: ele franzindo a testa com decepção, encolhendo os ombros em bem seja o que
for,ou olhando avidamente para minha bunda. Não conseguia lidar com isso agora.
Bebi muito vinho, viajei muito, muito sol, muita testosterona em um espaço muito
pequeno. A verdade estava aqui: nada sobre esta noite era minha culpa.
E outra vez, tentei desculpar por meus hormônios enlouquecidos. Mas
quando tinha escovado os dentes e vestido meu pijama e me aconchegado debaixo
dos lençóis de seda suave, e percebi que na verdade não tinha dito não para Nixon.
Capítulo 7

Nixon

No dia seguinte, meu alarme disparou às quatro e meia da manhã. Vesti uma
calça de moletom e uma camiseta velha, enchi minha garrafa de água e caminhei
até à praia de Coronado, para encontrar com meu companheiro de equipe Logan
para nossa corrida regular de 16 quilômetros.
Agora era o horário mais calmo deste lugar. A praia o calçadão e suas lojas
estavam quase desertos. O sol não nasceria na verdade por mais uma hora e meia,
mas o horizonte brilhava alaranjado, e o frio do ar estava perfeito para exercício
difícil. Movi para onde Logan estava se aquecendo perto do portão.
— O que se passa? — perguntei. — Fazendo algo interessante com o seu tempo
livre?
— Não. — resmungou, terminando seu alongamento. — Está pronto para ir?
Eu ri um pouco. Eu conhecia Logan quase minha carreira inteira da
marinha, e ele nunca foi de desperdiçar palavras. No geral, era um cara legal,
confiável, equilibrado, difícil, mas pensativo. No passado, eu tinha resolvido alguns
problemas pessoais com seus conselhos, ou apenas pensava em voz alta ao redor
dele.
— Quando estiver pronto.
Logan se levantou e começamos a correr. Durante cinco ou dez minutos, o
único som era dos nossos tênis batendo na areia molhada, o barulho das ondas e
algumas gaivotas gritando à distância. Normalmente falamos um pouco nos
primeiros 12 quilômetros ou mais, antes de realmente pouparmos nosso fôlego e
nos concentramos em queimar o restante do percurso. Eu definitivamente tinha
um tema em mente para hoje. Mas não sabia o que dizer sobre a minha nova
companheira de quarto, ou que tipo de resposta que queria de Logan. Então deixei
cair em silêncio confortável.
— Minha nova irmã Avery acabou de se mudar. — disse depois de um
tempo.
— Fez sem aviso prévio. — Obrigado por isso, pai. Logan não disse nada.
Mas sua cabeça virou ligeiramente, então continuei. — Este é seu último semestre
na UCSD, então estará fora da vista novamente em janeiro próximo, mas...
Eu parei. A sua curta estadia seria boa ou ruim? Ainda mal sabia como me
sentia por este acordo. Por um lado, queria foder Avery até perder o juízo desde
que nos conhecemos, ela tinha conseguido despertar meu interesse ainda mais. De
outro lado, fiquei como um convidado que fizeram regras estúpidas em relação a
sua vida privada.
Depois que ficou claro que não ia completar a frase, Logan disse. — Sim.
Boa sorte, eu acho.
Eu dei uma risada sem humor. — Para mim ou para ela?
— Para qualquer um. Você já viveu com uma mulher antes?
— Eu me alistei logo após a escola. Então depois de viver sob o teto do meu pai fui
direto viver na Marinha. — levantei minha cabeça para olhar para ele. — Que
diferença faz? Não é como se não entendesse as mulheres.
Ele balançou a cabeça. — É diferente. Compartilhei minha casa com uma
amiga. Não por muito tempo, embora. — sua expressão tornou-se sombria. — Ei...
O que você vai fazer depois dos SEALs? Vai deixar a Marinha?
— Não sei. — não esperava por esta súbita mudança de assunto, muito
menos uma pergunta tão absurda. — Claro que não. Você me conhece. Eu amo cada
maldito segundo. — onde mais eu poderia conseguir o mesmo tipo de adrenalina,
aquela camaradagem e fluxo concentrado que vinha com o trabalho em equipe no
meio do perigo? — Quando eu ficar velho demais para o serviço ativo, apenas me
juntarei a uma Equipe Reserva do SEAL, ou uma Unidade Especial de Guerra Naval
ou algo assim. Ainda não tenho certeza.
— Você nunca pensa em casar ou ter filhos?
Eu dei uma casca de riso. — Lembra com quem você está falando? — então
olhei para Logan, percebendo que poderia tê-lo humilhado. — Não que essas coisas
sejam ruins. Por que, você quer?
— Às vezes. Mesmo que não tenha feito, ainda quero a opção, sabe? — ele
parou por um momento. — Já reparou que todos os caras em nossa equipe são
solteiros? Há uma boa razão. Ninguém realmente quer um SEAL. Não em longo
prazo, de qualquer maneira.
Eu bufei — Então estou imaginando todas aquelas prostitutas de
marinheiro na minha agenda.
Não que teria muita chance de bater quaisquer daqueles traseiros por um
tempo.Ele deu um grunhido negativo, uma mistura entre o ceticismo e a decepção.
— Tenho certeza de que são ótimas garotas, mas todas estão atrás de uma
noite. Elas só querem uma boa transa e se gabar sobre ganhar um SEAL. Qualquer
mulher que esteja interessada em algo mais do que isso... É esperta o suficiente
para ficar longe dos rapazes neste tipo de trabalho. Quem casaria com alguém que
vive com um estilo de vida como o nosso?
Ouvir Logan derramar sua coragem assim foi bizarro. Nunca soube que ele
tinha sequer considerado se casar, muito menos se preocupasse tanto com isso.
Mas desconsiderei. Não estava preparado pensar em um namoro sério, muito
menos casamento.
Em silêncio novamente, terminamos nossos 16 quilômetros só quando o sol
apareceu no horizonte, e em seguida, caminhamos de volta para minha casa com
calma. Conforme nos aproximamos do condomínio, avistei uma figura familiar,
encostado em uma das colunas da entrada, estava Fox, outro companheiro nosso.
Ele estava jogando algo no seu celular, mas colocou no bolso quando nos viu
chegando.
— Ei, vocês finalmente terminaram de desperdiçar o tempo? — gritou.
— Tivemos um ótimo treino, obrigado por perguntar. O bebê já dormiu? —
respondi.
Ele me mostrou o dedo, e eu ri. Aos vinte e três anos, Fox era o mais velho
do nosso time, e nunca deixamos ele nos chatear a respeito disso. Mas ele sabia
como fazer uma piada. Ele deveria, já que ele estava sempre fazendo isso.
— Pode rir filho da puta. Enquanto vocês dois estavam correndo em
círculos, eu estava me despedindo. — Fox agarrou sua virilha, deixando claro
exatamente o tipo de despedida que tinha dado. — A senhorita mais gostosa que já
conheci. Ela parece com Salma Hayek.
— Tenho certeza de que sua boneca inflável vai estar lá quando você voltar.
—Logan disse com uma cara séria.
Fox e eu começamos a rir. Era tão raro Logan se inclinar ao nosso nível que
a simples surpresa sempre era hilariante. Mas era cedo e pessoas normais ainda
estavam dormindo, então mandei todos calarem antes de irmos para dentro.
Eles me seguiram pelo corredor e subimos as escadas para o meu
apartamento. Quando abri a porta da frente, ouvi a água correndo no banheiro.
Hein... Avery deve estar no chuveiro. Nunca pensei que uma menina da faculdade
acordaria tão cedo em um sábado.
Fox levantou as sobrancelhas. — Você tem uma amiga?
— Minha nova irmã está morando aqui agora. — eu disse. — É uma longa
história. Vamos comer primeiro.
Ele olhou em direção ao banheiro de novo, quase especulativamente, então
deu de ombros. — Funciona para mim. Estou muito faminto.
Bufei com a maneira com que Fox arrastou para fora aquela última palavra
em um gemido. Você pensa que ele nunca come exceto quando está por aqui.
— Então sanguessuga, você pode fazer as batatas.
Fox resmungou, mas começou a lavar e cortar as batatas para fazê-las fritas.
Cortei alguns bifes de presunto enquanto Logan oleava e aquecia duas frigideiras
de ferro fundido. Era bom voltar à nossa velha rotina de licença: uma corrida antes
do amanhecer para fazer o sangue circular, seguido de um pequeno almoço,
explodindo em gargalhadas e vadiando por aí juntos. Talvez fôssemos jogar algum
jogo no videogame ou o basquete mais tarde e, então procurar alguns bares depois
de escurecer. Mesmo que não pudesse trazer mais mulheres para cá,
provavelmente não seria muito difícil conseguir uma mulher para me levar para
casa dela. Isso ainda era um pé no saco, no entanto... Eu sempre preferi a minha
cama.
Quando quebrei o último dos oito ovos na frigideira pequena, a porta do
banheiro rangeu. Todos três olhamos para ver Avery saindo.
Uma Avery muito nua.
Seus seios redondos perfeitos eram maiores do que eu esperava mais
atrevido. Mamilos perfeitos endurecidos em picos... Um estômago liso e macio,
quadris levemente bronzeados, afilando-se para coxas magras. Aninhado entre
aquelas coxas... Uma buceta lisa, completamente nua.
Pelo amor de deus.
Todos ficaram em silêncio chocados, incapazes de mover um músculo ou
fazer qualquer coisa além de beber no modo de exibição. Mesmo que pudesse ter
sido apenas uma fração de segundo, pareceu uma eternidade até ela finalmente
reparou em nós. Com um grito de pavor, abraçou-se em uma vã tentativa de se
encobrir e fugiu pelo corredor. Seu belo traseiro firme balançou apenas
ligeiramente enquanto correu para o quarto.
Nosso feitiço quebrou quando a porta bateu atrás dela. Girei para encarando
meus amigos antes que qualquer um deles pudesse dizer uma palavra. Logan
pegou a dica e rapidamente voltou ao trabalho de fritar os bifes de presunto,
embora seu rosto estivesse uma poeira vermelha.
Fox nem se quer moveu seu sorriso de satisfação. — Uau, Nixon, você
realmente tem... — começou.
— Tem certeza que quer terminar essa frase? — rebati.
Sua boca fechou tão rápido, que ouvi os dentes dele clicarem juntos. Bom,
pensei, a criança pode aprender.
Minha mente estava uma bagunça de excitação e raiva. Eu ainda estava
repetindo essa breve vislumbre do corpo de Avery, várias vezes, incapaz de
acreditar quão sexy e perfeita ela estava. Nunca seria capaz de esquecer um único
detalhe. Assim que estivesse sozinho, provavelmente eu acabaria masturbando
com a imagem, até que meu pau estivesse dolorido demais para continuar. Mas eu
não era o único homem aqui que tinha visto suas curvas sensuais. Eu não era o
único homem que sabia como era Avery nua, a cor exata dos seus mamilos rosados
e cada polegada de sua pele cremosa, a pinta logo acima de sua nádega direita, das
linhas bronzeadas do biquíni que tinha visto ontem, em torno de seus seios e
virilha. Eu odiava isso.
Não me lembrava da última vez que tinha estado tão irritado. Mesmo que
Fox e Logan fossem meus amigos mais próximos, senti como se estivesse a cinco
segundos de espanca-los até que tivessem sofrido apenas danos cerebrais o
suficiente para apagar o que tinham visto. Uma voz na minha cabeça sussurrou
distante da razão, calma cara, isto é um exagero. Mas eu mal podia ouvi-la sobre o
fluxo de sangue em meus ouvidos.
Lavei minhas mãos rapidamente e joguei a espátula de omelete para Fox.
— Eu já volto. Não deixe os ovos queimarem. — disse enquanto caminhava
para o quarto de hóspedes. Parece que eu e minha querida irmã precisamos ter
uma pequena conversa.
Capítulo 8

l
Avery

Quando acordei, a fina luz brilhando através das minhas cortinas ainda era
um lilás anêmico. Olhei cansada para o despertador, e gemi quando vi que era só
cinco e meia. Tempo nem sequer deveria existir numa manhã de sábado. Eu enrolei
para voltar a dormir, com a intenção de pelo menos mais três horas.
Mas meu subconsciente já tinha girado em ação. Eu não conseguia parar de
pensar na proposta maluca de Nixon de ontem à noite. Meu corpo não me tinha
traído assim desde... Bem, possivelmente nunca, mas definitivamente desde o
colegial. Ainda me sentia quase bêbada, como uma adolescente derretendo com
algumas fantasias de seu primeiro beijo. Não.
Depois de tentar desligar meu cérebro por cerca de dez minutos, desisti e
sai da cama. Esta vigília irritante claramente não ia embora. Talvez um bom banho
quente ajude de alguma forma, acalme, me deixando entender essa bagunça, ou
ambos. Sempre posso tirar um cochilo de tarde se precisar. Ainda de pijama, espiei
o corredor e vi que a porta do quarto de Nixon estava fechada. Ele ainda devia estar
dormindo... Como uma pessoa sã. Tirei minha roupa e entrei no banheiro.
A explosão de água quente me aliviou quase instantaneamente. Enquanto
ensaboava meu cabelo, tentei bolar um plano para hoje. Nixon não podia mais
continuar levando seu plano, eu não o conhecia bem, como abordá-lo? Melhor
manter isso profissionalmente. Só negócios. Deixá-lo saber que não gosto de suas
brincadeiras.
Desliguei a torneira, limpei o vapor do espelho e comecei a pentear meu
cabelo. Esse chuveiro realmente tinha feito algum bem depois de tudo. Senti-me
solta, revigorada e pronta para assumir o mundo, ou pelo menos uma conversa
muito estranha. Olhei ao redor procurando por uma toalha e não encontrei nada.
Porcaria. Durante esse motim contra as regras de Nixon "nada feminino", tinha
pendurado meu shampoo e estava muito distraída por meus pensamentos para
verificar até mesmo a toalha antes entrar no chuveiro. Mordi meu lábio,
considerando as opções. Bem... Ainda assim, era 06h00min no sábado, certo? Ele
provavelmente não estava acordado.Voltar furtivamente ao meu quarto não seria
grande coisa.
Eu andava nua no corredor...
Grande. Erro. Maldito.
Nixon estava na cozinha. Com dois homens estranhos. Todos me encararam.
Gritando de horror, corri para meu quarto e bati a porta atrás de mim. Eu
tinha que me cobrir. Corri para colocar meu roupão, as mãos trêmulas com choque
e constrangimento. Meu coração estava batendo tão alto que mal ouvi, mas
definitivamente havia uma conversa na cozinha. Eles estavam rindo de mim? Quem
diabos eram outros caras? Será que alguma coisa funcionaria em meu favor
enquanto estivesse morando aqui, ou devo abandonar a esperança agora?
A porta abriu novamente e assustei. Nixon entrou depois de mim,
carrancudo.
— O que diabos foi isso? — ele exigiu.
Meu rosto estava pegando fogo. Senti-me como um cervo paralisado.
— Não sabe bater? — rangi.
— Fiz uma pergunta.
Absolutamente assustada por sua invasão e sua expressão irritada, gaguejei
uma resposta. — Eu... Esqueci minha toalha...
— Ah, é isso? Você deu aos meus amigos um bom show para adicionar ao
seu banco de fantasias masturbatórias. — sua voz era um rosnado baixo,
combinando para manter a conversa de ser ouvida. — Agora não tenho nenhuma
chance no inferno de mantê-los longe de você. Não que ia ser fácil antes.
Ele estava tão ridiculamente irritado, que a minha raiva deflagrou em
resposta, dominando minha paralisia por um momento. — O que você está falando
mesmo? Quem são eles? E por que eles perderiam a cabeça por causa disto? Se
alguém deve ficar louca aqui, sou eu.
— Eles são meus companheiros, Fox e Logan.
Quando ele não continuou, percebi que ele achou que tinha explicado.
— Hum, certo. — isso respondeu à minha pergunta de segunda, mas nem
chegamos perto da primeira. Balancei minha cabeça e abri minhas mãos em um
gesto, e daí? . Minha próxima pergunta só saiu. — Por que você se importa que me
vejam?
Ele levantou suas sobrancelhas como se eu tivesse sendo estúpida.
— Colegas de equipe, Avery. Nós fomos enviados juntos. — eu só fiquei
olhando para ele até que continuou. — Eles não veem uma mulher em nove meses.
Ah. Agora entendi. Será que todas as garotas com um irmão mais velho têm
que lidar com esta porcaria superprotetora? Cruzei meus braços e dei meu melhor
olhar mortal.
— Controle-se. Eu sou sua meia-irmã, não sua filha de quatorze anos de
idade. Sou perfeitamente capaz de decidir com quem namoro, — só para irritá-lo
ainda mais, adicionei. — e com quem eu durmo.
— É mesmo?
— Cale-se! Você não pode puxar do ato 'em questão grande irmão' em um
momento e tentar-me foder no próximo!
— Não sei por que não. — ele surtou. — Agora vista alguma roupa. De
preferência calça de moletom ou uma camiseta de gola alta ou algo assim.
— O que? Em agosto?
Mas ele já tinha batido minha porta atrás dele. Sentei na cama, muito
zangada. Bolas qual era o problema? Se não o conhecesse, poderia chamar isso de
ciúmes.
Em seguida, me levantei outra vez e fui para o meu guarda-roupa. Bem, eu
só teria que dizer a Nixon onde ele poderia enfiar suas opiniões, e sabia
exatamente como fazer isso. Escolhi a roupa mais provocante, contudo ainda
casual: um short curto Daisy Dukes que mal cobria minha bunda, um top branco
apertado sem sutiã. Então passei um pouco de bronzeador e sombra nude nos
olhos para uma luz natural ao olhar. Isso vai mostrar-lhe o que penso de suas birras
estúpidas.
Meu estômago roncou com o cheiro de fritura do café da manhã. Tentando
esquecer meu desastre anterior, respirei fundo, cavei fundo para encontrar minha
coragem e fiz meu melhor passo para a cozinha.
— Desculpe por isso, rapazes. — anunciei.
Nixon parecia que tinha engolido um limão. Segurei uma risada maléfica.
Oh, você não gosta da minha roupa? Boa sorte em gritar comigo sobre isso sem
parecer um idiota na frente de seus amigos.
— Não há nada que se desculpar. — disse um dos outros homens. Havia
uma melodia inconfundivelmente de paquera na voz dele. Ele parecia quase ter a
minha idade e a de Nixon, com um corpo Impressionante e um sorriso brilhante.
O segundo tipo só balançou a cabeça, os olhos colados aos meus. Foi quase
engraçado quão duro ele estava tentando não olhar para o resto de mim. Do tipo
forte e silencioso, hein? Ou talvez apenas tímido.Ele era visivelmente mais velho que
o cara que tinha falado primeiro. Seu rosto estava sério, no entanto, era calmo e
gentil, que de alguma forma minimizou o fato de que ele estava ainda mais suave
do que Nixon. Não pensei que isso fosse possível.
Nixon deu um tapa na cabeça do primeiro cara e falou sobre seu comentário
indignado. — Esse idiota é Fox. O que sabe ter bons modos é Logan. Pessoal, esta é
Avery. — a introdução já parecia relutante, e então acrescentou significativamente.
— Lembrem-se, a nova meia-irmã que lhes falei.
Eu queria revirar meus olhos. Por quanto tempo Nixon ai manter essa
merda de marcação de território machista? Em vez disso, dei um belo sorriso para
os dois homens. Estava muito ocupada em pânico para obter uma boa olhada neles
antes, mas ambos eram muito quentes em sua própria maneira. Um inabalável e
educado, o outro enérgico e um pouco impertinente. Como a diferença entre um
Saint Bernard e um Border Collie. Mesmo se não tivesse provocando Nixon estaria
interessada em falar com eles. Desde que ele estava visivelmente irritado... Iria
matar dois coelhos com uma cajadada.
— Muito prazer! — chiei. — Nixon já pode ter dito, mas eu vou para UC San
Diego. Vou morar aqui até me formar em dezembro. — então estarei fora daqui.
Balancei em direção as frigideiras amontoadas. — Precisa de alguma ajuda com a
comida?
Logan finalmente anunciou. — Terminamos, mas obrigado. Você quer
comer conosco?
Aceitei a oferta dele antes que Nixon pudesse dizer qualquer coisa.
— Se você tem espaço para mais um, parece ótimo. Estou com muita fome.
Isso não era mesmo uma mentira, estava há mais de uma hora, e só a visão
de toda a comida estava dando água na boca.
Nixon parecia um pouco irritado por eu ter estragado sua festa masculina,
mas não fez nenhum movimento para me impedir. Sentei-me a mesa de jantar
quando os três homens começaram a transferir o seu café da manhã da cozinha.
Logo a mesa de jantar gemeu com uma montanha fumegante de presunto frito
batatas e ovos mexidos. A enorme porção quase não deixou qualquer espaço para
os pratos.
Eles começaram com conversa fiada na tentativa de me incluir. Mas logo
entraram em uma gíria militar estúpida que me deixou totalmente perdida.
BOHICA9? FUBAR10? Sala de diversão e monster mashes11? Sneak12 e peek13, Evasão e
Fuga, rope-a-dope14... Dizem o quê?A testosterona no ar era quase irresistível. O
pouco que pude entender da conversa é que era cheia de palavrões, piadas sujas e
anedotas de combate. Eles recordavam e riam sobre o perigo de arrepiar os
cabelos como se fosse uma divertida excursão ao zoológico. Sentindo-me um pouco
ignorada, desisti de tentar acompanhar e me concentrei apenas em comer. Que
provavelmente foi uma jogada inteligente, o grande volume de calorias que já
tinham comido era incrível, e eles podiam acabar cavando embaixo de minha parte
se eu não fosse cuidadosa.
— Ei, Avery. — Fox disse de repente. — Você conhece Nixon há uns dias,
certo? É estranho estar vivendo com alguém que é basicamente um estranho?
Peguei um bocado enorme de presunto, e murmurei, — Hein? — da forma
menos sensual possível.
Nixon grunhiu. — A única coisa que é estranha por aqui é o seu rosto, Fox.
— Meu rosto é o favorito e você sabe disso. Está com ciúmes da minha
aparência atraente.
Finalmente consegui engolir acompanhado de um copo de café. — Nós, nos
conhecemos há algumas semanas. Estava visitando seu pai em Montana depois que

9
Bohica: Gíria para indicar que uma adversa situação que está preste a se repetir. “Incline-se, aqui vem
ele novamente”. Muito usado entre os militares, especialmente a marinha.
10
Fubar: Gíria militar da Segunda Guerra Mundial, “fodido além de todo o reconhecimento”.
11
Monster mashes: Duas pessoas feias fazendo sexo.
12
Sneak: Uma pessoa considerada furtiva, que apronta silenciosamente e de forma clandestina.
13
Peek: Espiar furtivamente de um esconderijo.
14
Rope-a-dope: Uma estratégia para parecer fraco para convencer um adversário para atacar e cair em
uma armadilha.
ele se casou com minha madrasta. Então passou... — escolhi minhas próximas
palavras com cuidado. Por mais tentador que fosse rasgar Nixon, também não
queria lidar com mal humor infinito mais tarde. — Temos que resolver algumas
coisas.
Eu não pude evitar olhar para Nixon, julgando a reação dele, vi os olhos de
Logan percorrer entre nós ao mesmo tempo. Quanto a isso... Parece que o bebê tem
uma babá.
—Bem, se você estiver interessado em conhecê-lo melhor, eu tenho algumas
histórias bizarras sobre Nixon. — Fox deu um sorriso torto, mostrando suas
covinhas. — Eu adoraria contar lhe algum dia.
Eu tive que rir da terrível insinuação. — Sou toda ouvido.
Nixon empurrou abruptamente sua cadeira. — Para a próxima. — ele
interrompeu. —Vocês me dão uma mão com os pratos?
Logan se levantou, sacudindo a cabeça para Fox, que franziu a testa, mas
obedeceu. Os três homens marcharam de volta para a cozinha, me deixando
sozinha na mesa, empurrei o resto do ovo em torno de meu prato... Mais uma vez
pensei como ia sobreviver ao semestre.
Quando Cynthia originalmente sugeriu para morar aqui, ela fez parecer que
teria o apartamento inteiro para mim, desde que Nixon estava fora em missões
militares. Foi por isso que Russ apresentou a ideia em primeiro lugar. Mas desde
que eu tinha entrado pela porta, Nixon invadiu cada polegada quadrada do meu
espaço pessoal, praticamente sem parar. Para não mencionar os outros dois caras
enormes que acabaram de ver cada polegada quadrada de mim, a parte traseira e a
frente. As coisas provavelmente seriam diferentes, se ele não tivesse de licença.
Mas eu estava meus nervos espedaçados.
Talvez preciso afastar por um tempo. Esconder-me no meu quarto para dar
espaço para ambos respirar. Mesmo se Nixon não utilizasse disto, eu seria capaz de
me reorganizar... Ou até mesmo descobrir como obter a vantagem. Lutando para
recuperar um senso de calma, levei minha caneca de café meio cheia para meu
quarto, insistindo para mim mesma que não estava a fugindo novamente.
As próximas horas passaram rápidas e ao mesmo tempo lentas. Enganei-me
organizando meu material escolar para segunda-feira, desembalei a última
bagagem, reorganizei as coisas, enquanto mantinha minhas orelhas sempre em
direção à animação na sala de estar. Eventualmente a porta da frente abriu, então
fechou, e o apartamento ficou quieto. Fox e Logan tinham desaparecido. Eu não
tinha certeza se Nixon tinha saído, também, ou só se fechou em seu quarto. De
qualquer forma, fiquei agradecida pelo indulto. Sua masculinidade constante era
muito perturbadora.

a
Para a primeira semana do meu semestre, me dediquei a evitar
Nixon como uma praga. Tomei meu café da manhã a caminho da aula, estudando
na cafeteria por horas a fio, e jantei fora com meus amigos. Nas raras ocasiões em
que ia para casa para nada além de dormir, fiz meu melhor para ficar no meu
quarto. Só me aventurei na cozinha para comer quando ouvia a porta da frente
bater ou ligar o chuveiro. Eu estava um pouco orgulhosa das minhas técnicas de
distração, mas ainda irritada por precisar usá-las em tudo. Era absurdo me
esconder do meu colega de quarto, como um ladrão. Como é que eu ia continuar
assim por mais quatro meses?
Pelo menos havia vantagens para viver como uma eremita. Na quinta-feira,
eu já tinha terminado toda minha leitura para as próximas duas semanas. Eu decidi
ter uma noite de folga. Com tudo o que tinha passado ultimamente, eu merecia um
pouco de mimo.
Depois do jantar, fui para casa para um banho rápido e me enrolei na cama,
ainda vestida com o meu roupão macio. Apoiei-me em alguns travesseiros e puxei
meu leitor de livro. Meu autor favorito tinha lançado seu romance há quase um
mês, mas como a minha vida, estava de cabeça para baixo, eu ainda não tinha lido
muito ainda. Mas a sorte estava ao meu lado esta noite. Parecia que a história
estava finalmente ficando interessante:
Não havia nenhum escândalo responsável por um guerreiro ferido Jayla
tentou dizer a si. Ela tinha comprado a habilidade de Garrett como mercenária para
reconquistar o trono do seu pai. Era justo que ela limpasse os ferimentos doloridos
em seu serviço. Seu senso de realeza não tolerava nada menos. Mas os dedos dela
tremiam em seu corpo, o brilho do suor na luz da fogueira.
Oh... Eu quase poderia imaginar os músculos magros e tensos de Garrett. Ele
era esquisito, como Nixon? O mercenário "sexy" foi apresentado a caminhar de
volta ao início e há muito que esqueci exatamente como ele era. Definitivamente
cicatrizes de batalha, apesar de tudo. Nixon tinha alguma cicatriz? Eu não vi
nenhuma, mas talvez tivesse ocupada demais olhando seu pau para notar. Forcei
minha atenção de volta para a história. Droga tinha pulado alguns parágrafos sem
perceber.
Ela não podia negar o que ela sentia por Garrett, ou deixar de reparar como
ele olhava para ela. Seria tão fácil deixar se levar o que ambos queriam. Mas ela
tinha prometido se casar com Duke Wagnaf em troca de sua ajuda. Quando ela fosse
mais uma vez a princesa de Orvany, ele se tornaria o príncipe.
Naquele dia, porém, foram muito longe. Agora, Garrett estava próximo.
Ela inclinou-se em seu toque, sua ousadia surpreendeu os dois. Garrett não
perdeu tempo colocando-a abaixo do fogo. Seus lábios se encontraram no primeiro
beijo selvagem de muitos. Sua mão escorregou sob a saia e ela engasgou com sua
habilidosa tortura. "Por favor", ela implorou, "Eu estou mais que pronta”.
Minha respiração veio um pouco mais rápida, deixei uma mão vaguear,
deslizando em meu roupão imitando do toque de Garrett. A outra mão manteve
rolando a tela:
Jayla gemeu quando ele a encheu. Suas estocadas rápidas, com certeza
atingiram profundamente em seu centro. Foi tão bom finalmente fechar a lacuna
entre eles, um prazer tão intenso, ela mal poderia tomar um fôlego para gritar. Mas
ela gritou. Antes que percebesse, foi se desfazendo em torno dele.
"Não terminei com você ainda, minha senhora," Ele soprou em sua orelha. O
sangue dela agitou novamente na promessa de sua voz rouca. Por apenas uma noite,
ela se rendeu à paixão.
Logo, perdi a noção do tempo, absorta na luxúria proibida dos personagens
e minha própria necessidade de alívio. Pouco a pouco, minha imagem mental de
Garrett se transformou em Nixon, seu cabelo escuro e penetrantes olhos azuis e
corpo esculpido. Quando percebi, estava também longe, longe demais para me
importar.
Capítulo 9
l
Nixon

A princípio parecia que não podia passar sem me livrar de Avery. Mas
depois do almoço no sábado, me virei enquanto lavava os pratos para ver uma
cadeira de repente vazia. Ela DESAPARECEU por quase uma semana inteira. Eu
poderia contar o número de vezes que a tinha visto, em uma mão, uma mão muito
cansada, graças a sua regra de nada de sexo, e por alguma razão desconhecida, eu
estava seguindo. O que diabo estava acontecendo com aquela mulher? Estava
estudando a história do batom, ou seja, lá sobre o que suas aulas eram realmente a
manteria tão ocupada? Ela estava cozinhando metanfetamina em seu quarto? Ou
este pequeno desaparecimento era apenas uma besteira feminina? Minha
curiosidade estava me matando.
Finalmente, na noite de quinta-feira, cheguei em casa depois de me divertir
com Fox e Logan, e encontrei a porta do quarto fechada. Ela nunca fazia isso, a
menos que estivesse escondida lá dentro. Eu arrumei meus sapatos sujos de areia
no suporte e andei para mais perto da porta dela. Podia ouvir barulhos estranhos
lá dentro; Eles eram muito tranquilos, mas ela estava definitivamente em casa. Se
eu quisesse confrontá-la sobre por que estava me evitando, era agora ou nunca.
— Você está viva? — perguntei. Quando nenhuma resposta veio, franzi a
testa. Não tinha como ela não ouvir,comecei a abrir a porta. — Vamos lá, Avery,
precisamos conversar sobre...
As palavras ficaram presas na garganta. Fiquei lá como um idiota,
segurando a maçaneta, incapaz de acreditar no que estava vendo.
Minha meia-irmã estava deitada sobre a cama, com as coxas espalhadas e a
mão enterrada entre elas. Pura luxúria sacudiu por mim e meu pau pulsou
instantaneamente, doloroso. Ela parecia um poster da Playboy roubado direto dos
meus sonhos eróticos. Os olhos fechados apertados, testa franzida, bochechas
coradas de rosa. Seu robe tinha caído aberto para revelar seus mamilos duros e
lábios liso de sua buceta. Trabalhou quase freneticamente, dois dedos brilhantes
mergulhando fundo enquanto esfregava o clitóris com a palma da mão. O som do
seu dedo a fodendo harmonizando com seus gemidos desesperados, ela não estava
clamando em êxtase, percebi através da minha neblina de excitação. Ela estava
frustrada e insatisfeita. Lutando pelo alívio que estava fora de alcance. Ela estava
tão excitada como eu estive todo esse tempo?
Os olhos de Avery piscaram, então estalaram totalmente abertos, quando
olhou mim. Ela deu um grito estridente e puxou o roupão ao redor de seu corpo
lindo.
— O que... Nixon! Que diabo? Por que você nunca bate? — ela gritou,
esforçando-se para amarrar a cinto.
— Eu, hum... Ouviu barulhos vindos do seu quarto. Eu estava preocupado.
— Você realmente pensa que sou burra o suficiente para acreditar nisso? —
ela pegou um travesseiro e jogou, ele caiu perto do meu pé. — Fora!
OK, essa não foi a melhor desculpa que já bolei... Mas eu não vou deixar
escapar esta oportunidade. Seu olhar vacilou enquanto a espreitava mais perto,
prendendo-a com meu olhar animado.
— É mesmo? Parece que você poderia usar alguma ajuda. Eu ficaria feliz em
dar uma mão. — lambi meus lábios. — Ou uma língua.
Os olhos dela escureceram e os meus brilharam. Seus cílios vibraram, ao
olhar para baixo, só por uma fração de segundo, rápido o suficiente que poderia ter
confundido com timidez. Mas não havia nenhuma maneira que ela pudesse perder
a ereção furiosa em meu jeans. Ela estava lutando consigo. Isso significava que
alguma parte dela estava a pensando em minha oferta.
O ar estava tão denso e pesado como uma tempestade. Arriscando-me,
sentei ao lado de Avery na cama, mantendo meus pés no chão. Não a toque, ainda
não. Mas eu estava perto o suficiente para sentir o cheiro de sua excitação. O pouco
espaço entre nós rachou com energia sexual. Logo, eu pretendia fechar essa
distância por completo.
— Você... Eu tinha tudo sob controle. — disse, tentando soar indignada. Mas
a voz dela tremeu e pude ouvir um tom áspero da necessidade. Ela não tinha-se
retirado, nem me mandado sair da cama.
Balancei minha cabeça, incapaz de segurar um sorriso. — Você não pode se
esconder de mim. Eu vi você com um dedo enterrado dentro da sua buceta, se
lembra?
Ela deu o mais baixo, e mais bonito grito constrangedor, que eu já tinha
ouvido. Com um esforço, me forcei a voltar a por as mãos na obra. Por assim dizer.
— Eu sei como é a aparência de mulher quando está gozando, e você não
estava em qualquer lugar perto disso.
Não pude deixar de notar seus lábios rosados quase da mesma cor que seus
mamilos, pressionados em uma linha fina.
— Certo. Como eu poderia esquecer a sua experiência quase divina? Até
você pode aprender algo sobre as mulheres, quando transou o suficiente para
encher uma agenda de telefone. — sou apenas a mais recente nessa grande lista,
elanão tinha que adicionar.
Merda, eu disse o que não deveria. Praguejei silenciosamente amaldiçoando
a boca grande do meu companheiro de equipe. — Certo, concedido, Fox não
mentiu ontem. Eu já tive minha quota de vezes selvagens e loucas. — estendi a mão
para descansar sobre a mão dela. — Agora, no entanto... Tudo o que estou
pensando é em você. — e sua bucetinha linda e apertada, que parece muito boa para
comer.
Se ela tivesse vacilado ou desviado o olhar, teria sido o fim de tudo. Mas ela
apenas me olhava, olhos arregalados e respirando com dificuldade. Como se
tivesse me desafiando a falar. Como um gato de rua, uma coisa meio selvagem, seu
nervosismo perfeitamente equilibrado com sua curiosidade e desejo. Tudo o que
eu fizesse em seguida decidiria tudo. O menor erro poderia desequilibrar a balança
mental e enviá-la pelos ares. Ou lutar, tendo em conta que tinha visto sua maré de
azar ardente.
Tomando mais um voto de confiança, levei seus dedos ainda molhados no
meu nariz. Ela piscou uma expressão intermitente de confusão ao choque, mas não
puxou a mão. Meus olhos fecharam, enquanto inalava seu almíscar doce e
inebriante. Só o cheiro de sua excitação me fez sentir como se tivesse tomado uma
dose de tequila, turvando minha mente e queimando todo o caminho até o
estômago. Meu pau forçou contra meu zíper. Antes que percebesse, meus lábios
tinham fechado em torno de seus dedos. Levei-os fundo, chupando e lambendo
para obter cada gota picante, desejando que pudesse sentir seus sucos na fonte em
vez disso.
Ela choramingou, e quase gemi em resposta. Ah, foda-se, um golpe e eu
estaria viciado. Queria esse doce barulhinho de seus lábios novamente. Seus
olhosestavam enormes, suas lindas jades verde quase eclipsadas pelas pupilas
negra. Ela estava completamente cativada. Todo o julgamento cauteloso em seu
olhar tinha evaporado, deixando somente a luxúria. Pura rendição.
Sabendo que não mentiria agora, perguntei — Quanto tempo faz que você
não goza?
Meus lábios roçaram os dedos dela enquanto eu falava.
Seus lábios entreabriram pegos de surpresa da pergunta. Mas ela não
desviou o olhar. Eventualmente, relutantemente, ela respondeu:
— Muito tempo.
Isso era um crime contra a humanidade. Minha mente estava correndo,
pulando de uma imagem para a imagem em uma névoa de luxúria. A mista
expressão de choque e desejo de Avery quando me viu fodendo Pam. Nosso
primeiro jantar, quando me disse segredos dolorosos sem deixar seu sorriso
valente vacilar. Seu salto no corredor pelada e pingando do chuveiro. Zombando de
mim e flertando com os meus amigos, naquela roupa criminalmente atraente.
Desde sábado passado, senti que estava constantemente duro como pedra, só
esperando a chance de tê-la. Eu tinha intensificado minhas rotinas de treino e
comecei a me masturbar duas vezes por dia, como se fosse um maldito adolescente
novamente, mas ainda não consegui desligar essa obsessão. Mesmo quando saí
para os bares, onde podia ficar com uma vadia qualquer, nenhuma mulher fez meu
sangue pegar fogo como o mero pensamento de Avery fazia.
Certo. Então, tudo o que queria era levá-la a se libertar. Estava prestes a
mostrar a ela que eu era um morto para as fodas aleatórias, sério na minha
proposta desde o primeiro dia. Especificamente, a parte de fazê-la gozar tão duro
que esqueceria seu próprio nome, e então iria continuar, novamente, até que
nenhum de nós pudesse tomar outro segundo de prazer. Uma vez que
experimentasse o que eu poderia fazê-la sentir, estava disposto a apostar que ela
não iria embora.
Ainda segurando o pulso, deixei minha outra mão vaguear até o rosto dela, sem
aviso prévio ao longo de sua mandíbula para seu queixo.
— Se me quer fora daqui, vou embora. Eu prometo. Mas eu também
prometo que... Se não disser não, agora... Vou beijar você.
Ela fez um barulho suave, gutural que apenas mal soou como uh-huh. Era
necessitado e melancólico, quase um gemido e eu não pude resistir por mais
tempo. Minha mão escorregou por trás da sua cabeça, puxando-a para perto.
Inclinei a cabeça e fechei meus lábios no dela.
Sua boca se abriu para mim imediatamente. As nossas línguas quentes
deslizaram uma sobre a outra em uma exploração sensual. Meus dedos
entrelaçados em seu longo cabelo úmido; Ela cheirava a sexo e shampoo floral.
Mesmo após o banho, podia sentir o pequeno vestígio de baunilha do batom que
ela deve ter usado naquele dia. Mordi seu lábio inferior, provocando e degustando
a carne macia, e ela suspirou em êxtase. Seu pequeno corpo se apertava e contorcia
contra mim, tentando se aproximar. Suas mãos agarram nos meus bíceps, então
meus ombros e costas, como se ela não pudesse se decidir onde tocar primeiro.
Incapaz de resistir ao calor beijei com força, a língua patinando ao longo do céu de
sua boca. Minha outra mão deslizou de seu robe para copo e acariciei seus seios
firmes e atrevidos. Ela gemeu e a senti se derreter contra os travesseiros. Esse
beijo era a resposta que precisava, ela queria cada parte tanto quanto eu a queria.
Perguntei-me se ela poderia provar seu próprio sabor nos meus lábios e gemi com
o pensamento.
O pensamento que Avery era minha, finalmente toda minha, era quase
demais para suportar. Logo, iria ouvir seus gritos bem na minha orelha em vez de
através de uma porta. Mas eu não podia simplesmente abrir suas pernas e levá-la
ainda. Mesmo que não precisasse, ela merecia um pouco mais de sutileza do que
isso. Eu queria aproveitar o momento.
Afastei-me e quase perdi minha determinação no olhar perdido no rosto
dela. — Faz strip tease para mim. — pedi tão suavemente, quanto pude
controlando meu pau prestes a explodir. — Quero ver você.
Avery estava preparada e pronta, e nem hesitou. Observando minha reação,
ela subiu de joelhos e desamarrou seu robe. Fiquei olhando avidamente enquanto
escorregou dos seus ombros para revelar o corpo perfeito, que eu tinha
vislumbrado no sábado passado. Desabotoei minha calça, dando um suspiro de
alívio quando meu pau dolorido saltou livre e chutou para fora quando puxei
minha camisa sobre minha cabeça. Deixei ela me olhar por um momento antes de
adicionar.
— Agora se deite de costas e abra as pernas.
Uma vez que obedeceu, me deitei entre seus joelhos me sustentando em
meus cotovelos. Esta seria a minha primeira boa olhada nela, e seria amaldiçoado
se não tomasse o meu tempo.
Ela era rosa, lisa e perfeita porra. Dei ao seu clitóris de uma longa e lenta
lambida de baixo para cima e apreciei seu suspiro alto. Mas não tive paciência
agora para jogar muito por aí, ela provavelmente também não teria. Rapidamente
estabeleci em pinceladas firmes, lado a lado com a parte plana da minha língua,
provocando sua abertura com a ponta dos meus dedos. Tão logo seus ruídos
começaram a diminuir, me dizendo que tinha-se acostumado ao que estava
fazendo, escorreguei um dedo lá dentro até a segunda junta. Depois outro dedo.
Então os passei para provocar seu ponto G, enquanto minha língua continuou
trabalhando em seu clitóris.
De repente ela deu um grito selvagem, cortante e resistiu. As coxas dela
prenderam minha cabeça e suas unhas cravaram no meu couro cabeludo. Seus
músculos internos entraram em espasmos em torno de meus dedos, tão forte, que
não conseguiria puxa-los para fora se tentasse. Continuei com tudo o que tinha até
ela choramingar e me empurrar para longe, dizendo:
— Pare.
Porra mulher, você veio como um trem de carga. Senti um estranho flash de
orgulho territorial. Do nada, pensei no primeiro amante de Avery. O cara que tinha
feito sexo com ela, eu nem o conhecia, mas de repente ele me irritou. Ele já tinha
comido ela? Ele era tão bom nisso como eu? Se algo a julgar pela sua reação
explosiva, a resposta a uma ou ambas dessas perguntas provavelmente era "não".
Uma pena. Mas eu estava aqui agora, e mostraria a Avery quão incrível o sexo
poderia ser.
— Tão sexy. — comentei com as sobrancelhas levantadas. — Você
realmente deve ter estado reprimida. — ela assentiu com a cabeça lentamente, e eu
sorri. Poderia acostumar a vê-la assim. Lambi os meus dedos os limpando e
satisfeito com a forma como ela passou a olhar a minha boca. — Você está pronta
para o evento principal? — perguntei.
Uma sombra cruzou seu rosto. Hesitação. — Eu...
— Ei, está tudo bem. Não quero que esteja insegura. — inclinei sobre seu
corpo para outro beijo, mais gentil desta vez. Então soprei em sua orelha: — A
primeira vez que fizermos isto, vai ser porque você está implorando para montar
meu pau.
Ela estremeceu os olhos vidrados por um segundo. — Certo. — então ela
olhou para baixo entre os nossos corpos para meu pau ainda duro. — Você não...
Quer gozar?— perguntou.
— Bem, eu não me importaria. — a piada caiu um pouco furada; Eu
precisava tanto que doía e estava pingando sobre os lençóis. — Mas não se sinta
como se tivesse que fazer qualquer coisa se não estiver confortável.
— Não, eu estou bem. — seu olhar se manteve arremessando entre meus
olhos e meu pau duro. —Talvez... Eu possa cuidar disso para você?
Eu não poderia acenar rápido o suficiente. Sim, por favor. Ela era tão bonita.
Tão curiosa e excitada, mas ainda tímida demais para dizer "boquete" em voz alta,
mesmo quando estava prestes a fazê-lo.
Sentei-me contra a cabeceira da cama e Avery se ajoelhou entre minhas
pernas. Com olhos e bochechas rosa, enrolou a mão em torno de meu eixo e correu
a língua na cabeça escorregadia. Fiz um ruído gutural que era para ser de apoio,
mas saiu desesperado. Ela balançou a cabeça dela, hesitante no início, depois com
crescente confiança, cintilou a língua em toda a parte inferior sensível e seu punho
apertou e bombeou.
Ficou na pura medida técnica, não foi o melhor boquete que já tive na minha
vida, mas não tinha ideia que a doce princesinha da moda era boa em chupar pau, e
ela estava claramente se divertindo. O ruído que fez enquanto ofegava para
respirar, e a visão de seus lábios brilhantes, deslizando em meu pau era quase o
suficiente para explodir minha carga. Logo, meus gemidos eram apenas por
incentivo. Já podia sentir o calor na minha barriga, chegando a ferver, meus
músculos todos enrijecendo e soltando de uma vez. Tentei dar um desconto; Eu
estava em abstinência por nove meses, insanamente quente por uma semana e
brincando com Avery por quase uma hora. O tempo não estava do meu lado.
— Avery... Eu vou... — minhas palavras dissolveram em um gemido áspero
enquanto ela sugava ainda mais forte. Mordi meu lábio e longos jorros
percorreram meu corpo deixando todo formigando, e ela engoliu cada gota. Antes
que qualquer um de nós pudesse recuperar o fôlego, a puxei em meu corpo para
um profundo e ardente beijo. Meu pau usado se contorceu com o sabor do meu
esperma na boca dela. Eu precisava dar o fora daqui, ou nunca a deixaria.
— Porra. — ofegante. — Foi incrível.
Um sorriso orgulhoso, quase felino contraiu seus lábios. Mas parecia um
pouco sem brilho. Agora que a névoa de excitação tinha começado a diminuir, ela
tinha acordado rapidamente para o que tinha feito. Eu não tinha ideia de como ela
ia acabar se sentindo sobre isso, e minha presença provavelmente não iria ajudá-la
a descobrir isso. Com certeza eu não gostaria de alguém olhando por cima do meu
ombro enquanto lutava com coisas pessoais. Outra razão para eu fazer uma saída
rápida.
— Tenho que acordar cedo amanhã para me encontrar com Logan. — disse
rapidamente. — Caso contrário passaria mais tempo. Mas vou ver você no jantar,
certo?
Ela abriu a boca, então hesitou. Será que ela pensou que eu iria chupá-la e
deixá-la? Será que ela estava machucada? Ou apenas pronta para mais uma
rodada?
Finalmente ela assentiu com a cabeça e disse. — Sim. Vou estar em casa por
volta das cinco e meia.
Ela me deixou levantar e me observava enquanto me vestia. Quando fechei a
porta do quarto atrás de mim, ela disse. — Boa noite! — a voz dela era
inesperadamente alegre.
Não percebi o porquê até que estava de pé na pia do banheiro, lavando os
seus sucos do meu rosto. "Mas eu vou ver você no jantar, certo?" Em vez de se
esconder de mim, como fez na semana passada. Parei meu rosto enterrado em uma
toalha úmida. Eu tinha perguntado a Avery se iria comer comigo. De uma forma
que parecia que estava com saudades dela.
O que tinha de mais... Talvez estivesse.
Capítulo 10

l
Avery

Na tarde seguinte, eu estava sentada em uma sala de palestras abafada,


olhando fixamente para uma apresentação no PowerPoint sobre os tecidos no final
do século XVIII. Não é meu assunto favorito, mesmo em um dia bom, e este
definitivamente não era um dia bom. Nesse momento, até mesmo a era de
Christian Dior e Edith Head não teriam mantido meu interesse. Tudo no que
conseguia pensar era em Nixon.
Detalhes íntimos da noite passada permaneciam lotando minha cabeça, tão
vívidos que era como se estivesse em meu quarto com ele novamente. Seu corpo
delineado. Sua língua injustamente talentosa e suas mãos. Os olhos azuis-gelo que
se tornaram escuros com o desejo. O calor de sua estrutura firme entre as minhas
pernas, me desloquei no meu assento plástico duro. Professor Worth falava, mas
eu não ouvia uma palavra. Estava muito perdida nas minhas lembranças de
"molhar a calcinha".
O pau de Nixon era tão incrivelmente longo e grosso. Minha mão mal tinha
encaixado ao redor de seu eixo, e a minha boca... Movi minha mandíbula inferior de
um lado para o outro, sentindo uma leve dor persistente. Ainda não conseguia
acreditar como havia o chupado com vontade. O primeiro e único pensamento em
minha mente tinha sido fazer ele gozar. Quem era aquela garota sensual descarada
e o que ela fez com Avery Palmer? A concentração pura de feromônios no ar deve
ter conduzido minha insanidade temporária. Era a única explicação para tudo o
que fizemos. Tudo o que eu tinha feito.
E a nossa noite poderia ter ido ainda mais longe. O que aconteceria se eu
não tivesse hesitado quando pediu para me tomar? Como me sentiria deixando
aquele pau enorme me preencher? O pensamento me fez contorcer por diversas
razões. A noite passada foi emocionante, mas, além disso, desorientadora. Antes de
conhecer Nixon, nunca tinha estado tão instantânea e devastadoramente atraída
por um homem. Como a seta de uma bússola apontando na direção de um imã. Mas
quão longe conseguiria me afastar do curso? O sexo mudaria tudo, se já não tinha
mudado. Eu estava pronta para algo assim? Inferno, nem sabia o que "isto" era.
Amigos com benefícios? Sexo sem compromisso? As palavras tinham um gosto
estranho, quase azedo na parte de trás da minha língua; não estava segura de como
me sentia sobre uma relação puramente sexual e nenhum romance.
Provavelmente, saber que Nixon ficaria bem com esse acordo não ajudou. Na
verdade, apenas me fez sentir estranha.
Mas todas as emoções confusas do mundo não poderiam mudar o que meu
corpo queria. Até mesmo o fato de que tecnicamente éramos parentes não
importava mais. Alguma coisa profunda dentro de mim, algo primitivo, estava
gritando para Nixon me foder com força. Deitar-me, reivindicar e me satisfazer até
que não conseguisse pensar direito.
Suspirei em frustração, olhei minhas anotações e vi uma página quase em
branco. Havia escrito apenas o título da palestra, cinco ou seis pontos de marcação
e um punhado de rabiscos cada vez mais abstratos. Esfreguei meus olhos, sem me
importar com qualquer mancha infernal do delineador e tentei rabiscar o slide
atual antes que o Professor Worth o passasse. Sacanagem... Isto está em nosso
manual e o olhar esfumaçado está na moda agora. Minha mente tinha andado em
círculos durante todo o dia. Metade de mim estava agonizando para sentir o toque
ardente de Nixon novamente. A outra metade ainda estava cautelosa, não havia
disparado ainda qualquer alarme, mas estava ciente que aquele calor tão intenso
podia queimar gravemente também. Não tinha ideia de como juntar as minhas
duas metades novamente.
Você devia ter pensado em tudo isso antes de deixá-lo enterrar a cara entre
as suas pernas, me repreendi. Bem, agora era tarde demais. Só tinha que pensar
nessa bagunça enquanto prosseguia.
Todos ao meu redor, de repente, começaram a se levantar, tagarelando ao
som de papéis e guardando suas mesas. O professor Worth devia ter anunciado o
fim da aula, mas eu não tinha sequer notado. O alívio me percorreu. Finalmente
estava livre. Graças a Deus só tenho duas aulas às sextas-feiras. Coloquei meu
caderno novamente em minha bolsae sai da sala de aula, indo para o edifício do
centro estudantil para me despedir de meus amigos, antes de ir para casa. Em
seguida, fiz uma pausa e mudei de rumo em direção ao estacionamento do campus.
Eu provavelmente poderia ter poupado quinze minutos, mas disse a Nixon para me
esperar por volta das cinco e meia, e não queria correr o risco de ser sugada para
dentro das últimas fofocas recentes das celebridades e faltar ao nosso...
Impedi-me de terminar essa frase. A palavra "encontro" mexia com meus
pensamentos de uma forma que não sabia como interpretar.

a
Quando cheguei em casa, fiquei surpresa ao encontrar Logan e Fox
relaxando no sofá. Um jogo de basquete soava alto da televisão de tela plana.
Através da janela da sala, podia ver Nixon do lado de fora na varanda, cutucando o
churrasco com o pegador. O cheiro da carne grelhada e fumaça de carvão
flutuavam no ar.
Ao som da porta da frente, Logan se virou e sorriu.
— Ei, Avery.
— Hum... Ei, pessoal. — respondi, esmagando minha decepção.
Nixon tinha esquecido essa festa com todas as emoções de ontem à noite, ou
tinha mentido sobre jantar comigo. Ou é só um cara típicamente idiota que pensa
que um grande encontro em grupo é tão bom quanto uma refeição individual.
Fox no sofá deixou cair à cabeça para olhar para mim de cabeça para baixo.
— Bem na hora! O jogo deve começar em poucos minutos. Exibição de pré-
temporada. Você é uma garota dos Lakers ou Clippers?
Oh, bem. Acho que apenas devo aproveitar a festa. — Como qualquer tipo de
garota. — gritei enquanto me dirigia para o meu quarto.
Joguei minha bolsa em cima da cama, tirei meus dedos das minhas sandálias de
salto de Steve Madden e mudei de minha saia plissada para umas calças capri
macia.
Quando voltei ao fundo do corredor, Logan estava no balcão, derramando
vinho tinto no copo. Podia sentir o cheiro frutado, até mesmo o buque de flores
sobre a fumaça de churrasco do lado de fora.
— Aqui. — ele disse. — Compramos um Merlot, quando fomos à loja de
bebidas.
— Oh, obrigada. Que surpresa agradável. — eu disse verdadeiramente
satisfeita. Nixon não me parecia ser um cara de vinho. Ele deve ter pegado minha
falta de entusiasmo para a cerveja.
— Sem problemas. — respondeu Logan. — Que bom que gostou.
Quando ergui o copo para um gole, meus olhos correram novamente a
silhueta de Nixon na janela. Nem sabia o que queria dizer, e ainda estava louca para
falar com ele. Provavelmente não era super educado pegar a bebidas de Logan e
depois abandoná-la, mas não conseguia concentrar em outra coisa senão Nixon
agora.
Após um minuto de silêncio constrangedor, eu disse, — Acho que vou... Ir
verificar a situação da comida. —Dah. Quão suave Avery.
Mas Logan não pareceu se importar com minha total falta de boas maneiras.
Ele simplesmente abaixou a cabeça e foi recuperar seu lugar no sofá. Ao mesmo
tempo aliviada e nervosa, dei um passo para fora, fechando a porta da varanda
atrás de mim.
Quatro bifes enormes e um pacote de papel alumínio com batatas cobertas
na grelha. Nixon inclinou a cabeça para olhar para mim enquanto vigiava a comida.
Minha barriga tremeu; mesmo com esse pequeno contato visual me senti
explosiva. Com a carga de promessa.
— Então. — ele disse calmamente. — Será que você pensou sobre a noite
passada durante todo o dia de hoje, também?
Calma. Parece que estamos cortando direto no ponto. — Sim. — admiti sem
hesitação.
— Então eu deveria ir para o seu quarto esta noite. — ele respondeu. Foi
uma declaração, não uma pergunta.
Tinha lutado para manter afastada durante a aula, todas aquelas memórias
superaquecidas, mas elas regressaram misturando e me afundando em fantasias.
Mais cedo, me perguntei como teria me sentido se tivesse deixado Nixon
transar comigo. Agora minha chance de descobrir estava aqui. Tão logo que seus
amigos fossem embora... Tudo o que teria que fazer era pedir. Ou implorar.
Apesar da noite quente, sem vento, eu tremia muito. Todas as minhas
dúvidas, minhas perguntas ansiosas sobre o que tudo isso significava e como isso
afetaria nossa relação, de repente me senti muito longe. Enquanto os olhos do meu
meio-irmão estavam em mim, nada mais importava.
Assim quando abri minha boca para responder, a porta se abriu, Fox e
Logan amontoaram na varanda.
Gostava dos amigos de Nixon. Eu realmente gostava. Mas naquele momento,
queria socá-los.
Fox se jogou em uma cadeira da varanda. — Ei, os bifes não estão prontos
ainda?
Se Nixon estava irritado com a interrupção, ele fez um bom trabalho
escondendo. — Eu não sei. Os grãos verdes estão no fogão?
— O que isso tem a ver com o bife? — Fox abriu sua lata de cerveja
Guinness.
— Não há nada. Uma dessas cervejas é para mim?
Torcendo seu sorriso em falsa indignação, Fox olhou entre mim e Logan em
rápida simulação. — Você está vendo isso? Você vê o que ele me faz passar? Não
acumule informações essenciais, cara. As informações querem ser livres.
— Nós simplesmente colocamos. — Logan ofereceu, colocando uma lata no
alto da prateleira do lado da grelha.
— Que diabos, uma resposta direta. Bebida! Obrigado, senhor. — Nixon
entregou os bifes e eles assobiaram bem alto. — Seus serviços para esta grande
nação não serão reconhecidos.
Logan riu enquanto se sentava. Eu teria rido, também, se não tivesse tão
frustrada. Estava presa a um nó o dia todo, e apenas quando comecei a falar com
Nixon, os amigos dele tinham entrado. Quanto tempo tenho que esperar para
terminar nossa conversa? Fox e Logan mostraram todos os sinais de acampar aqui
até que a comida acabasse. Desisti quando Nixon abriu sua lata de Guinness.
Enquanto os bifes chiavam na churrasqueira afastada, os rapazes bebiam suas
cervejas e tentei meu melhor para desfrutar do meu vinho.
Finalmente, Nixon virou a cabeça para anunciar. — Eu vou checar os
legumes e buscar os pratos. Alguém pode tomar conta?
Logan se aproximou da churrasqueira e Nixon entrou no apartamento. Com
um sorriso torto, Fox imediatamente se virou para mim, como se tivesse esperado
para esta janela de oportunidade.
— Ah, Finalmente a sós. — ele ignorou o bufar de Logan. — Há algumas
coisas que você deve saber sobre seu novo meio-irmão.
Imagens de ontem novamente brilharam espontaneamente em minha
mente, e a palavra meio-irmão de repente parecia unhas num quadro negro.
— Então o que você quer ouvir primeiro? Talvez a vez que ele quase foi
preso por atentado ao pudor?
Fiquei boquiaberta. O... O que?
Por cima do ombro, Logan atirou um olhar ilegível para mim. Devo ter
parecido tão chocada quanto me senti.
— Oh, sim. Estávamos todos no restaurante, e nosso pedido estava
demorando muito, então ele foi encontrar a garçonete. Depois desapareceu,
também. Acabou que ele a encontrou, sem dúvida... No beco nos fundos. — Fox deu
uma gargalhada. — Ele tinha tirado e exibido muita coisa bem antes, mas o carma
finalmente o pegou.
Eu estava além de horrorizada. Claro, Nixon estava longe de ser
inexperiente com mulheres, eu soube disso desde que nos conhecemos. Mas nunca
pensei que era um maldito maníaco sexual. Alguém que vivia só para pegar novos
pedaços excitantes de bunda. Alguém que faria qualquer coisa para transar...
Pensei que ele tivesse algum respeito, alguns padrões.
— Também foi naquele ano, onde ele esteve todo obcecado com sexo a três.
— Fox continuou. — Algumas histórias bem legais aqui. Não tenho certeza
qual é a melhor, aquela sobre as contorcionistas ou sobre as gêmeas suecas
idênticas. — ele tocou os dedos nos lábios por um segundo. — Bem, falar sobre as
gêmeas, provavelmentenão é apropriado. Não tenho certeza porque elas
precisavam de mais um, quando elas poderiam jogar ping-pong15 com...
— Fox!

15
Ping-pong: Um ato sexual envolvendo três pessoas. Uma pessoa fica de quatro, enquanto umafode
sua boca a outra fode a buceta ou anús.
Todos nós assustamos até mesmo Logan. Nixon olhou da porta com um
punhado de pratos e um rosto tempestuoso.
— Você quer comprar um bilhete só de ida desta varanda, cara? Posso te
dar um gancho de direita se não calar a boca. — a voz de Nixon era quase um
rosnado.
O sorriso de Fox tinha desaparecido. Ele levantou as mãos em sinal de
rendição meio sério, embora o efeito tenha sido arruinado por ele ainda segurar a
lata de cerveja.
— Está bem, cara. Merda. Toma um calmante.
Mas era tarde demais. O dano já tinha sido feito.
Ontem à noite, quando Nixon tinha sussurrado tão gentilmente, coisas sujas
no meu ouvido, eu tinha pensado que era especial. Pensei que ele me queria. Eu
devia ter adivinhado. Ele era apenas um jogador que perseguia qualquer coisa com
dois seios e uma bunda. Ele havia dito tudo o que eu queria ouvir. Eu tinha
comprado a linha, e o anzol com peixe. Como pude ter sido tão estúpida? Eu estava
realmente assim tão desesperada?
Piscando para conter as lágrimas, engoli tentando firmar minha voz.
— Desculpe. Eu, hum... Sinto uma enxaqueca chegando. Vou me deitar.
Sem esperar por uma resposta, corri para dentro do meu quarto e fechei a
porta.
Capítulo 11

Nixon

Quando Avery desapareceu dentro do apartamento, tudo que eu queria


fazer era matar Fox. Mas uma acusação de homicídio seria terrível na minha ficha
de serviço. Apenas carreguei meu prato cheio esentei-me à mesa da sacada. Eu não
queria que nem Avery ou os caras pensasse que eu estava perseguindo ela. Talvez
bastante proteína e carboidratos fossem sufocar a raiva fervendo no meu
estômago.
Fox riu quando se sentou ao meu lado com o seu prato cheio.
— Você é louco mano?
Então, novamente, o assassinato podia não ser um plano tão ruim, afinal. Eu
pensei que iria apenas colocar o temor de Deus a este garoto, mas, aparentemente,
deixou escapar a lição de sua cabeça vazia. Estreitei Fox com o olhar.
— Você nunca sabe quando calar a boca?
— Puxa, cara, você levantou do lado errado da cama ou o quê? Eu estava
apenas brincando. — Fox tocou a língua em um pedaço de batata cozida, então
soprou sobre ela. — Por que você se importa tanto? Não é como se Avery fosse
pedaço de bunda que você está tentando impressionar.
Esfaqueei violentamente meu bife, mal passado e sangrento.
— Ele não quer ficar mal na frente de sua nova meia-irmã. — Logan
murmurou ao redor de sua boca cheia de comida. Silenciosamente agradeci por me
mergulhar em uma desculpa conveniente. Então retomei quando ele continuou.
— Mas você tem que admitir, foi meio engraçado.
Virei-me para olhar para Logan. — Não, eu realmente não estava brincando.
Logan me deu um olhar estranho. — Hum... Desculpe?
Droga. Talvez eu precisasse diminuir um pouco. De suas perspectivas, eu
estava pirando sobre algumas histórias estúpidas. Eles não tinham ideia do quanto
Fox tinha intencionalmente acabado com minha foda. Quantos dias de persuasão e
frustração sexual que ele tinha mandado por água abaixo...
— Avery está na família agora. — disse Fox. — Conhecer as merdas
vergonhosas sobre você é algo absolutamente natural, homem. Eu estou apenas
vendo se funciona mais rápido.
Mas quando Fox falou assim, foi impossível manter minha boca fechada.
— Eu não me importo com o que você pensa que está fazendo. — rebati.
Basta parar.
Felizmente, antes que pudesseaprofundar, o temporizador zumbiu na cozinha. As
vagens estavam cozidas. Que significava que...
— Merda, estamos perdendo o jogo. — eu disse. — Vocês vão à frente. Vou
pegar as coisas.
Eles grunhiram a afirmação e entraram. Coloquei o resto da comida da
churrasqueira no prato que trouxe para Avery, depois entrei. Servi-me de alguns
vegetais e deixei o prato dela próximo a pia da cozinha. Quando me sentei no sofá,
notei que a porta do quarto estava fechada.
Durante todo o jogo de basquete, Fox e Logan xingavam ou aplaudiam em
pontos adequados, mas eu mal conseguia concentrar. Não tinha ideia de como
terminou a pontuação. Até a comida que provei parecia sem graça. Tudo o que
euconseguia pensar era Avery, estava escondida em seu quarto. Ela estava
chateada ou apenas enjoada? Será que ela me odeia? Por que ela me odiaria? Se
estivesse chorando? A ideia sentou como um pedaço de chumbo quente nas
minhas entranhas. O que diabo ia fazer?
Quando Fox e Logan finalmente saíram, coloquei nossos pratos na máquina
de lavar e reaqueci a comida que tinha guardado para Avery: um bife de lombo
perfeitamente preparado, com vagem, e as batatas que estavam apenas
ligeiramente queimadas. Então bati na sua porta.
Depois de um minuto desconfortável, ela se abriu. Pode ter sido minha
imaginação, mas pensei que seus olhos pareciam um pouco vermelho. Ela olhou
para o prato na minha mão como se estivesse cheio de lesmas.
Finalmente ela pegou, com um: — Obrigada. — quase inaudível, e começou
a fechar a porta.
— Avery, espere. Podemos conversar? — perguntei.
Agora, ela estava olhando para mim como se eu fosse uma lesma. — Não há
nada para falar.
Puta que pariu. Eu estava encalhado em um território desconhecido sem
sequer uma bússola.
— Você está chateada ou algo assim?
Esperava que ela não ficasse ofendida com a minha confusão. E se ficasse,
pelo menos que deixasse cair uma sugestão sobre o que eu deveria fazer.
— Por que eu estaria chateada? — respondeu, olhando e soando
completamente zangada.
Eu balancei a cabeça, ainda totalmente perdido. Eu não sei querida, é por
isso que perguntei porra. Por que as mulheres não podiam vir com um
manual? Como fui de herói a zero à esquerda, em uma única noite? Eu levei uma
facada, à única coisa que conseguia pensar.
— Tudo o que Fox estava falando... Tudo isso foi há muito tempo atrás. Eu
amadureci muito desde então.
Seus olhos eram tão serenos e cansados como moedas antigas. Exaustos
demais para se importar. — Obrigada novamente pela comida. — ela finalmente
murmurou.
Então, antes que pudesse sair outra palavra, ela fechou a porta na minha
cara.
Sabendo que era melhor não bater novamente, me retirei para o meu quarto
para uma reflexão séria. Uma coisa era certa, eu teria um trabalho enorme. Foi um
golpe de má sorte, Avery ouvir toda a lavagem da minha roupa suja logo após nós
finalmente nos envolvermos. Ao julgar a quão magoada e enojada ela parecia mais
cedo, provavelmente pensou que eu era o maior babaca que já andou no planeta. E
talvez eu fosse, quando era mais jovem, mas não era agora. No entanto, como eu
poderia fazê-la acreditar que tinha mudado?
Jogando-me na minha cama, gemi frustrado em vários sentidos. Eu ainda
queria transar com ela até que gritasse meu nome, mas esta situação exigiria um
monte de reparação se quisesse mesmo vera doce buceta novamente. Querido
Deus, eu queria ver.
Na manhã seguinte de sábado, depois da minha corrida com Logan, saímos
para tomar nosso café da manhã habitual, e caminhei até a floricultura na Avenida
Orange. Percebi que não podia dar errado, comprar algumas flores. Esse
movimento era clássico por uma razão, certo? Eu perguntei ao caixa o que ele
poderia recomendar. Rosas não, elas querem dizer romance, e tampouco um
grande buquê. Apenas algo brilhante e colorido que você daria para uma
amiga. Provavelmente pensando que eu era um diota, ele me vendeu três talos de
flores roxas e amarelas e um pequeno vaso de vidro.
Escondi as flores no meu quarto até que Avery saiu para estudar com seus
amigos, depois, as deixei em sua mesa de cabeceira e comecei a fazer o almoço.
Normalmente, eu teria apenas arranjado um sanduíche de peru, mas tinha com o
objetivo ganhar Avery mais uma vez. Táticas de meia boca não contariam para esta
operação. Depois de pensar, decidi que espaguete de frango com molho de tomate
caseiro atingiria um bom equilíbrio entre "por que se preocupar" e "estranho
exagero”.
Preparei uma panela enorme, comi um prato, em seguida, preparei o Xbox e
me acomodei para acumular conquistas. Isso ia ser um dia chato; com a minha
sorte, Avery voltaria assim que eu deixasse o apartamento, então não podia sair de
casa até segunda ordem.
No momento que desisti e fui para a cama naquela noite, Avery ainda não
tinha chegado.
Saí do meu quarto no domingo de manhã e a encontrei comendo cereal na
mesa de jantar. Ela me viu e parou de mastigar por um momento. Segurei a
vontade de perguntar se ela tinha sido abduzida por alienígenas. Se nós
entrássemos em uma discussão, só iria distrair do meu objetivo.
Finalmente, ela engoliu um bocado de cereais e disse:
— As flores são realmente bonitas. Obrigada. — sua voz era suave, quase
tímida, ou talvez resguardada.
Perguntas zumbiam na minha mente: Onde diabo você estava? Passou a
noite, ou simplesmente chegou tarde? É porque você está chateada comigo?
Recordar Avery de sua ação aparentemente caprichosa parecia incoerente, e ela
poderia pensar que eu estava tentando me meter em sua vida ou algo assim.
Finalmente eu apenas balancei a cabeça e disse:
— Que bom que você gostou delas. — mas não pude resistir e acrescentei:
— Então... Você ficou até tarde com seus amigos?
— Oh. Hum, sim. Nós assistimos alguns filmes no apartamento de
Heather. Eu não queria preocupá-lo. Eu deveria ter mandado uma mensagem. —
ela mexeu com as mãos por um segundo. — Apenas não pensei nisso.
Se ela estivesse dizendo a verdade, isso significava que não tinha ficado fora
especificamente para me evitar. Se estivesse mentindo, isso significava que estava
me evitando, mas não queria que eu compreendesse esse fato. De qualquer forma
parecia um progresso. Decidi tomar minhas pequenas vitórias onde eu poderia
encontrá-las.
— Legal. — respondi. — Bem, eu vou sair. Provavelmente estarei de volta
para o jantar, mas se não, há sobras de espaguete na geladeira.
Avery concordou e a deixei sozinha. Ela parecia tocada por meu gesto, mas ainda um
pouco distante, e me perguntava quanto caminho ainda tinha pela frente.

a
No dia seguinte, quando estava indo para a cama, notei que a luz
ainda estava brilhando sob porta do quarto de Avery. Bati, e depois de uma longa
pausa, ouvi o seu chamado.
— O quê?
— Posso entrar?
— Sim.
Abri a porta e vi Avery debruçada sobre sua mesa, vestindo moletom e uma
camiseta, com o rosto banhado no brilho de seu laptop. Um livro grosso estava
aberto em seu cotovelo e mais três empilhados nas proximidades.
— Você está ocupada? — perguntei.
— O que lhe parece? — então ela suspirou esfregou sua testa entre o
polegar e os outros dedos. — Estou cansada, desculpe. Eu só estou arrependida de
ter aceitado essa quarta turma. Tenho que entregar um trabalho quarta-feira, e
tenho um milhão de outras coisas para fazer, mas meu cérebro simplesmente
desliga cada vez que olho para esta maldita linha de trabalho.
Fui até ficar atrás dela, me apoiei na parte traseira de sua cadeira de
escritório. — Parece que você precisa de uma pausa.
— Não. — ela gemeu, arrastando a palavra em várias sílabas. — Isso é
exatamente o oposto do que eu preciso. Eu tenho que tomar coragem e acabar com
isso!
— Apenas dez minutos. Isso vai ajudá-la a se concentrar, eu prometo. —
Comecei a massagear seus ombros e ela fez um pequeno, barulho surpreso, que
rapidamente se transformou em um gemido misto de dor e prazer. Eu murmurei,
— Nossa, você está dura como uma tábua.
— Eu não estou... Surpresa... — a vozdela veio em rajadas tensas enquanto
meus dedos cavaram mais fundo nos músculos rígidos. — Estou sentada aqui... Há
cinco horas... Ah, por que você parou?
Sentei-me na cama e dei uma batidinha. — Vamos. A menos que eu continue
todos os nós, simplesmente se espalharão nos músculos novamente, e você estará
de volta onde você começou. — eu não tinha ideia se era ou não verdade, mas fazia
sentido o suficiente.
Sua boca se contorceu em ceticismo. Finalmente, porém, ela saiu de sua
cadeira e colocou a face para baixo sobre a cama. Montei a bunda dela, rezando
para meu pau não fazer uma aparição nos próximos dez minutos, e retomei a
massagens na sua parte superior das costas. Ficamos em silêncio, quebrados
apenas por um chiado ocasional ou suspirar de Avery.
Depois que tinha trabalhado meu caminho até a parte baixa das costas, me
arrisquei.
— Ei.
— Hum?
Houve uma imprecisão sonhadora em seu tom de voz e me perguntei se a
tinha acordado.
Respirei fundo e mergulhei de cabeça na sinceridade. — Na noite de sexta-
feira passada, Fox disse um monte de coisas sobre mim. — quando ela não reagiu,
continuei, — Eu não vou mentir dizendo que nada disso aconteceu. Mas está tudo
no passado. Eu não sou mais aquele cara. — bufei uma pequena risada. — Você
tem que entender que eu era jovem e idiota. Mesmo antes de eu ter o meu tridente,
mencionei que estava fazendo meu treinamento de pré-seleção, e as meninas
faziam fila em volta do quarteirão para tirarem suas calcinhas. Isso não significava
nada para ninguém. Elas só queriam ficar com um SEAL, como se fôssemos troféus
e nós aceitamos as suas ofertas. Inferno, a maioria dos caras ainda agem assim.
Avery não disse nada. Sua respiração veio suavemente, ela nem sequer
abriu os olhos. Mas eu sabia que estava ouvindo cada palavra que disse. O que
mais, ela queria estar convencida. Caso contrário, não teria ficado tão chateada
com o meu passado. Tudo que eu tinha que fazer agora era apenas me concentrar.
— Dormir com alguém foi divertido por alguns anos. Mas eu não poderia
importar menos sobre esse tipo de coisa agora. Tudo isso está no passado. Eu
posso prometer uma coisa. — inclinando para falar em seu ouvido, abaixei a minha
voz a um murmúrio íntimo. — Se fizermos isso, e eu quero dizer realmente fazer
isso... Será só você e eu. Ninguém mais. Eu não compartilho, e espero que você
também não. — meus lábios roçaram seu pescoço, e a ouvi engatar uma respiração.
— Então você não tem nada para se preocupar.
A minha massagem tornou mais suave e mais sensual. Gradualmente
minhas mãos varreram mais para fora, roçando os lados de seus seios através da
fina camisa de algodão. Com uma onda de calor, percebi que ela não estava usando
um sutiã. Espalhei beijos sobre seu pescoço e ombros os tornando cada vez menos
casto. Logo suas bochechas estavam vermelhas e as costas subiam e desciam com
respirações rápidas. Quando me atrevi a correr minhas mãos sob seus seios, senti
que os mamilos tinham endurecido em pequenos pontos, e ela não me impediu.
Queríamos um ao outro. Nós dois sabíamos que não havia nenhuma
maneira que ela não pudesse sentir a dureza pressionando sua bunda bem
torneada. Quando comecei a empurrar sua camiseta para cima, ela se contorceu
virando entre as minhas pernas e ajudou a tirá-la. Minha respiração ficou presa na
visão de seus seios perfeitos. Tinha sido apenas alguns dias desde que tive Avery
pela primeira vez debaixo de mim, mas pareciam meses. Dividido entre o desejo de
me apressar e o desejo de saboreá-la, a despi lentamente, beijando cada polegada
de pele nua. Com exceção de alguns murmúrios suaves de prazer, ela ficou tão
silenciosa quanto um ratinho. Quando estava ajoelhado entre suas pernas, olhei
para ela.
— Tem certeza de que está tudo bem?
Ela assentiu com a cabeça lentamente, suas bochechas coradas e lábios
rosados separados, não queria perder mais tempo. Eu respirei, saboreando o
cheiro de sua excitação, então coloquei o beijo mais gentil possível em seu
clitóris. Ela gemeu e se contorceu. Incapaz de segurar comecei a lamber com
determinação. Logo as unhas deixaram uma trilha de formigamento no meu couro
cabeludo, oprimido, mas ainda desesperado por mais. Pela primeira vez na minha
carreira militar, me arrependi de ter cabelo curto, porque isso significava que ela
não podia meter os dedos no meu cabelo. Seus gritos subiram alto até que ela
quase chorou, cada músculo tremendo quando o orgasmo tomou conta dela. Isso
só aguçou meu apetite, eu não podia esperar mais um segundo para finalmente ter
tudo dela. Me levantei e coloquei meus braços sob os ombros e joelhos.
— O que? — ela murmurou ainda confusa com o prazer.
— Preciso de você na minha cama — eu disse com a voz rouca. Quando me
endireitei, ela rangeu e se agarrou a minha nuca. — Não se preocupe. Eu entendo
você.
Embriagado com desejo a levei para o meu quarto e a deitei. Senti seus
olhos ardentes em mim enquanto corria para tirar minhas roupas. Rolei uma
camisinha e seu suspiro misturou com meu gemido quando alinhei meu pau até
sua entrada e empurrei para dentro, tão lento que senti como uma tortura celestial.
Sua pele já brilhava com um fino de suor. Normalmente gostava de foder por trás,
mas para a minha primeira vez com Avery, queria ver seu rosto. Ver seus longos
cílios escuros tremendo, sua boca aberta enquanto gemia, de modo que soubesse
que ela estava gostando disso tanto quanto eu. Eu nunca tinha trabalhado tão duro
para fazer sexo na minha vida. Não cozinhava para as mulheres ou levava flores ou
lhes mandava massagens. Então, agora, ia perfeitamente saborear os frutos do meu
trabalho. Eu ia assistir Avery desmoronar debaixo de mim. Ela desmoronou de
novo e de novo e de novo. Até que caímos no sono agarrados, com um braço em
volta de sua cintura fina e o outro ao redor de sua cabeça sedosa.
Na manhã seguinte, acordei com a cama vazia, o cheiro persistente de
Avery, e o som distante de água correndo no banheiro. Ela deve ter escapado em
algum momento durante a noite. Talvez se sentisse estranha por transar comigo
novamente, talvez dormir juntos ainda era muito íntimo para ela. Ou talvez ela
tenha acordado antes. Seja qual for seu motivo para me deixar, eu já a queria
novamente. Agora que tinha tido um gostinho de Avery, eu não poderia dar a ela a
chance de mudar de ideia sobre mim. Precisava dela na minha vida, precisava de
seu toque seu gosto e agradá-la todos os dias necessários. Apenas o pensamento de
suas curvas nuas, úmidas e ensaboadas, fez meu pau se contorcer. Sem preocupar
em me vestir, rolei para fora da cama e fui para corredor juntar-me a ela.
Capítulo 12

Avery

Um grande vapor com perfume de Hibisco saía do chuveiro. Minhas mãos


mantiveram uma pausa no meu cabelo lavando-o, a espuma grossa do shampoo
escorreu por meus braços, enquanto pensava sobre ontem à noite. Parte de mim,
inferno, grande parte de mim, ainda não podia acreditar no que tinha acontecido.
Eu fiz sexo com Nixon. Sexo incrivelmente extasiante, suado, que era ainda
melhor do que minhas fantasias. Sentia-me lânguida mais ainda cheia de energia,
esgotada e ainda alegre. Minha buceta ainda estava dolorida e os músculos dos
meus quadris e pernas igualmente cansados. De um modo estranho, senti que era
meio gratificante... Até mesmo sensual. Como uma memória gravada no meu corpo.
Eu tinha ganhado aquelas dores e eram dores de prazer. Toda vez que me movesse
hoje, me lembraria de como foi bom sentir Nixon dentro de mim.
Minha respiração já estava vindo um pouco mais rápido. Apesar do ar
quente, úmido, percebi que tinha apertado meus mamilos. Merda, o que é que este
homem que fez comigo? Ontem à noite, eu não podia sequer manter o controle de
quantos orgasmos que tive, mas aparentemente nada era suficiente quando se
tratava de Nixon. Só de pensar em seu toque me fez querer tudo de novo.
Fora de todos os cenários que imaginei quando me mudeificar viciada a ele
definitivamente não era um deles. Eu tinha medo de que "vício" fosse a palavra
certa para isso. O que vai acontecer? Ele inventou isso tudo sobre o compromisso e
a monogamia?
A cortina de chuveiro fez um som suave. Corri para lavar o sabão do meu
rosto a tempo de ver Nixon dar um pequeno passo sob o spray na minha frente.
— O... O que está fazendo? — gaguejei meus olhos colados ao seu corpo
lindo. Cada gota de água e a ondulações de seus músculos brilhavam com a
umidade. Provavelmente eu parecia com uma menina de escola excitada com um
show da banda dos meninos.
O invasor no chuveiro apenas sorriu para mim, não se importando com meu
tumulto interior. — Ei, eu só queria conversar. Posso ficar? Por favor?
Desarmada, eu consegui olhar nos seus olhos ao invés de mais para o sul.
Ele foi extremamente gentil ao longo dos últimos dias... Nós precisamos conversar.
Ele realmente quis dizer tudo o que disse ontem à noite? Minha curiosidade, para
não mencionar que estava tão cansada de viver em um estranho ambiente tenso,
finalmente superou tudo isso.
— Bem. — disse, cedendo. — Falar sobre o que?
— Como você está se sentindo. Muita coisa aconteceu entre nós, nos últimos
dias.
— O eufemismo do século. — bufei.
Ele me deu um olhar exasperado. Mas havia algo mais, algo que parecia
quase como afeição. Eu não tinha certeza se deveria confiar em mim para ler essa
expressão corretamente.
— Esse negócio de família ainda te incomoda? — ele perguntou. — O fato de
que sou seu meio-irmão... ou qualquer outra coisa?
— Você quer dizer meu meio-irmão, ponto final? Sim... Já falamos sobre isso.
— suspirei. — Ainda estou tendo dificuldade para entender como você não está
preocupado.
— Não é uma ligação de sangue. Nem sequer é uma ligação direta através do
casamento, realmente. Você praticamente precisa de um maldito fluxograma para
explicar para as pessoas.
—Sim mas nós... — eu não sabia o que dizer.
Em vez disso, eu só torci minhas mãos, com medo que elas impulsionassem
para seu perfeito peitoral e acabássemos transando outra vez em vez de conversar.
Tão insistente como o calor entre minhas pernas estava ficando, precisávamos
discutir nossa relação. Precisávamos ter certeza de que estávamos na mesma
página antes de voltarmos... Puta que pariu! Nixon nu é um perigo para a minha
sanidade.
— Ford e Emma estão na mesma situação que a nossa, na verdade, eles
estão muito mais próximos do que nós, e eles estão noivos, pelo amor de Deus. Meu
pai e Cynthia deram a eles sua bênção. — com um sorriso gentil, ele descansou a
mão no meu ombro. — Nós não temos nada para nos envergonhar. Ninguém
pensaria mal de nós. Ninguém nem se importaria.
— É mesmo? Você está dizendo que vai dizer que sou sua namorada em
público?
Ele piscou, olhando confuso. — Por que não? Pode levar algum tempo para
me acostumar, mas...
— Você diria agora a seus amigos que estamos namorando?
— Fox e Logan podem ir se foder. — Nixon fez uma pausa. — Especialmente
Fox. No final do dia, eu tenho uma garota incrível, e eles não têm nada além de suas
mãos. — a testa dele tocou minha; mesmo com o ar carregado de vapor, podia
sentir sua respiração escapando em meus lábios. — Avery... Ontem à noite foi fora
do normal... Foi diferente em um nível totalmente novo para mim. Quero realmente
acreditar nisso.
Você tem um bom número de exemplares para comparação, não é? Eu
pensei. De alguma forma, porém, não tinha o mesmo veneno como antes. Sua longa
lista de conquistas selvagens tinha perdido muito do seu poder sobre mim. O
desejo nos olhos dele por mim, Avery Palmer, era honesto demais para ser
qualquer coisa menos que irresistível.
— Ontem à noite... Foi bom para mim, também. — finalmente admiti. Outro
eufemismo do século. Quase me assustou o quanto nós combinamos. Além de
qualquer coisa que tinha experimentado. Eu mal podia acreditar que o que tinha
sentido com Nixon e o que senti com meu namorado do colegial sequer existia no
mesmo universo. Para chamar os dois atos de, "sexo" parecia ser um descuido
grave da língua inglesa.
Embalando minha cabeça em uma mão, ele me puxou. Seu beijo era
afetuoso, quase sensível nos lábios. Não casto, não podia imaginar Nixon me
tocando sem deixar de me excitar, apenas inocentemente sensual. Apenas um
beijo, em vez de um primeiro passo em direção para algo calculado. Mas o spray
tinha molhado nossas bocas e antes que percebesse, nossas línguas estavam
deslizando um contra a outra. A outra mão dele descendo até meu quadril. Quando
ele se afastou, nós estávamos respirando mais rápido.
— Eu sabia. — eu disse, rindo apesar de mim mesma. — Eu sabia que você
não veio aqui só para conversar. Caso contrário você poderia ter esperado cinco
minutos, até que eu estivesse fora do chuveiro.
— Não estava mentindo. Eu realmente queria vê-la. — ele beijou logo
abaixo da minha orelha. — Mas admito que... Uma Avery nua, molhada foi um
grande bônus. —outro beijo, mais baixo em cima do meu pulso vibrante. —
Poderia realmente me culpar por querer isso? — ele mordiscou suavemente minha
clavícula, em seguida lambeu o ponto sensível com a língua. — Por ser incapaz de
ficar longe de você? — seu polegar esfregou círculos sobre o vinco onde minha
coxa encontra meu quadril. Mesmo o toque sutil provocou direto para meu clitóris.
Eu mordi meu lábio. — Nixon tenho... Oohh... Tenho aula daqui à uma hora...
— Tire o dia de folga. — a boca dele desceu para o meu mamilo, sugando
com sua língua cintilando quente. Um gemido alto rasgou minha garganta. Talvez
tivesse caído se sua outra mão não tivesse me segurando pelas costas.
— Você é mal. — eu engasguei. — Você é mal e preciso de você... Para me
foder agora.
Ele me deu um sorriso que implorava para ser esbofeteado. — Eu posso
viver com isso. Só vou pegar uma camisinha. — ele começou a puxar a cortina do
chuveiro do lado para sair.
Algo me fez agarrar seu cotovelo. — Espere. Eu, hum... — quase não podia
acreditar que estava prestes a dizer isto. —Eu não tenho nenhuma doença, e não
consigo engravidar, então se você também não tem nenhuma doença...
Seus olhos se arregalaram. —Tem certeza?
— Sem mais espera. Eu quero você agora. E quero, — eu engoli. — Eu quero
saber como é.
O choque já foi substituído por um sorriso pervertido. —Quer dizer que
você quer sentir meu pau dentro de sua doce buceta?
As palavras sujas foram como um choque elétrico. Rapidamente assenti com
a cabeça e disse. — Sim. — minha voz tão rouca, que quase não pude reconhecê-la.
Nixon me puxou para um beijo ardente, em seguida me fez virar para
encarar torneira. Apoiando-me no azulejo da parede... Enquanto ele empurrou
para dentro de mim. Curvei-me para frente, ofegante enquanto ele me enchia
polegada por polegada me tirando o fôlego, tão grosso, tão comprido que parecia
interminável. Finalmente seu abdômem definido encontrou minha parte de trás,
ele apenas se retirou para bater de volta. Eu gemia em êxtase, dedos enrolaram
contra a porcelana lisa da banheira. Ele estabeleceu um ritmo, castigando meus
quadris com marteladas, seus lábios e dentes na minha nuca, os dedos esfregando
meu clitóris trabalhando em círculos, e eu o estimulei com meus gritos imperfeitos.
Ontem à noite, tinha amado sentir o peso de Nixon em cima de mim. Ver seu
rosto e saber que estava observando o meu, os beijos profundos, compartilhando
nossa respiração, sua língua na minha boca ecoando os movimentos do seu pau.
Perdemo-nos um no outro. Ficar de bruços desse modo me senti... Primitiva.
Diferente, mas igualmente bem. O tamborilar do jato quente do chuveiro
apenas adicionou a ilusão, como se nós estivéssemos transando em uma
tempestade de verão. Cada posição e cenário tinham seu próprio sabor, descobri
rapidamente, e olhei para frente para explorá-las com Nixon. O prazer
incandescente enrolou no meu estômago, mais e mais apertado, pronto para
quebrar, e eu gemi,
— Estou gozando! Oh, mais forte!
— Sim, madame. — ele rosnou.
Senti seus dedos deixando marcas em meu quadril e palpitações de seu pau
dentro de mim. Ficamos assim por um minuto, Nixon empurrou lentamente, me
deixando saborear cada tremor quente enquanto deixava sair seu orgasmo. Eu
podia sentir seu peito largo, musculoso, arquejar contra minhas costas. Havia algo
incrivelmente erótico e sensual sobre a sensação de seu corpo duro pressionando
por cima do meu.
Estiquei meu pescoço, olhei por cima do ombro e sorri para ele. Não um
tímido ou inquieto sorriso, como estava usando há alguns dias atrás, mas um
brilhante, cheio de dentes e real. Ele me deu o mesmo olhar.
Em seguida, se virou completamente e se empurrou para longe, rindo, me
senti quase tonta.
— Agora eu tenho que tomar outro banho, — eu ri, repreendendo. Antes
que pudesse pedir, eu adicionei, — e não, você não pode ajudar. Pelo menos me
deixe fazer minhas duas aulas hoje. Só temos três ausências justificadas e eu não
quero perdê-las por causa de sexo. — Não importa o quão insanamente incrível o
sexo seja.
— Certo droga. Atire-me para fora, por que não? — com um sorriso torto,
Nixon me deu um último beijinho na boca e saiu do chuveiro. —Eu vou fazer o café.
— Gosto dos meus ovos com a gema para cima. — disse alegremente atrás
dele.
Meu período de seca estava oficialmente banido. Tive mais orgasmos nas
últimas vinte e quatro horas do que nos seis meses atrás. Correr atrás do tempo
perdido, anos de sexo morno e celibato frustrado, tenho certeza de que vai ser
divertido. E no fundo do meu coração, ainda havia uma pequena esperança. Um
sentimento de que esta coisa entre nós, seja lá o que fosse, poderia realmente se
tornar algo mais do que apenas físico.
Talvez isso fosse só um pensamento. Mas eu queria esperar para ver.
Capítulo 13

Nixon

Depois que Avery voltou para casa, passamos o resto da terça-feira juntos,
então quarta-feira de manhã e à noite. Poucas horas aqui, algumas horas lá, e o
tempo que podíamos roubar entre os estudos de Avery. Parecia estávamos nos
esgueirando, com rapidinhas escondidas como um casal de colegiais, mas não me
sentia tão relaxado e satisfeito em anos. Era incrível como, apenas em poucas
semanas atrás, o pensamento de alguém invadindo meu espaço tinha feito meu
sangue ferver. Agora eu estava feliz que Avery tinha-se mudado e ainda mais feliz
que confiava em mim.
Na quinta-feira a tarde, nós tiramos proveito das aulas só na parte da
manhã de Avery, para ficar abraçados no sofá o resto do dia. Na TV um estúpido
reality show sobre competições de bolo, nenhum de nós estávamos prestando
muita atenção. Meus pés estavam apoiados na mesa do café. Avery estava deitada
na dobra do meu braço, com a cabeça aconchegada no meu peito, respirando como
se estivesse meio dormindo enquanto eu acariciava seu cabelo. Como as mulheres
conseguem ter seus cabelos tão macios? Shampoo especial? Algo a ver com
estrogênio?
— Eu estive pensando sobre algo. — Avery murmurou sem abrir os olhos, e
por um momento absurdo, pensei que ia ler a minha mente. — Onde você
aprendeu a cozinhar?
Flexionei meus dedos em seu cabelo ondulado, passando delicadamente as
pontas dos meus dedos sobre o couro cabeludo e senti quando ela tremeu um
pouco.
— No serviço militar.
— De verdade?
Olhei para ela. Ela provavelmente não podia ver minhas sobrancelhas
levantadas, mas podia me sentir mudar de posição ligeiramente. — Sim, realmente.
—É tão surpreendente? — perguntei.
— Bem, você sabe. — a mão dela fez um movimento vago. — A maioria das
pessoas acha que cozinhar é feminino. Achei que você seria... — ela tentou
despistar.
— O que, não é muito viril saber como me alimentar? — brinquei. — Você
tem que aprender habilidades práticas nas forças armadas. Costurar, limpar, Lavar,
engomar, primeiros socorros, coisas assim. Quero dizer, quem mais vai fazer isso?
— Eu sempre pensei que havia... Não sei um pessoal ou alguém para
cozinhar para vocês.
— Às vezes existem. Mas quando você está numa missão remota, escondido
em uma caverna ou caminhando pela floresta, saber como fazer rações comestíveis
é muito útil. — eu ri. — É sempre engraçado ver o doloroso despertar dos novos
recrutas. Especialmente os idiotas tipo “superiores e orgulhosos”. Eles pensam
que o serviço vai ser como vida real de Call of Duty16, toda coragem e glória... Ah,
você deveria ver a cara deles quando descobrem que sua mãe não vem junto com
eles. Sempre alegra o meu dia.
Avery começou a rir, se contorcendo contra mim, até que não pude deixar
de rir, também. Ouvi meu celular tocar, por cima de suas risadinhas. Tirei do meu
bolso. Não reconhecendo o número, respondi cauteloso.
— Olá?
— Suboficial Nixon Bennett?
Avery se afastou inquieta e percebi que enrijeci inconscientemente
endireitando minhas costas. Havia alguns oficiais cuja classificação, você poderia
ouvir pelo telefone, e este era um deles.
— Sim, senhor. A que devo a honra?
— Calma filho. Sou o Capitão Harry Sutherland.
Capitão Sutherland? Semelhante, ao líder geral da Naval Special Warfare
Group ONE? O homem que supervisionou um quarto de todas as Forças Especiais

16
Call of Duty, é uma série de jogos de videogames, os primeiros jogos lançados tem como cenário a
Segunda Guerra Mundial.
da Marinha já existente? Perguntando-me se deveria ter-me borrado todo, quase
perdi o que ele disse em seguida.— Estou ligando para informá-lo que você está
sendo premiado com uma estrela de prata.
Levei um momento para engolir. — Desculpe-me, senhor?
— Por seu desempenho em sua última missão na Síria.
Lambi meus lábios de repente ressecados. — Essa missão foi cumprida por
causa de meus companheiros de equipe, senhor. Tudo o que consegui devo ao
trabalho árduo deles.
Ele deu uma risada seca. — Essa é uma boa frase. Certifique-se de incluí-la
em seu discurso de aceitação.
Não havia nada para dizer sobre isso. — Obrigado, senhor.
— Seu vôo para Arlington NAS North Island parte às 07h00min de amanhã.
Um carro da Marinha vai estar às 06h15min em frente ao endereço fornecido para
buscá-lo. Você retornará às 20h00min no sábado.
— Sim, senhor.
Apesar da euforia que ameaçava sufocar a minha voz, não pude evitar
pensar que isso era terrível no momento. Claro que fiquei muito feliz, afinal de
contas este prêmio era a terceira maior condecoração por bravura nas Forças
Armadas dos Estados Unidos, mas também estava odiando ter que sair, bem
quando Avery e eu finalmente tínhamos feito algum progresso. Nós nem sequer
podíamos passar grande parte da noite juntos, desde que eu tinha que estar pronto
para a ação em menos de onze horas. Ah, bem. O dever me chama... Não que eu
pudesse dizer ao Pentagon para aguentar até que eu tranquilizasse minha situação
com minha mulher.
— Tenho certeza de que não preciso lembrá-lo que os negócios do SEAL
nunca são divulgados, mesmo no caso de honras militares. Seu comandante de
equipe e seu líder de pelotão já foram notificados, e vamos lidar com a imprensa a
nossa própria maneira, então você pode considerar-se sob uma ordem de sigilo até
segunda ordem.
Esquecendo-me de que ele não podia me ver, concordei e respondi.
— Entendido, senhor.
— Bom. Tenha um bom dia filho, e parabéns. — o telefone clicou em tom de
discagem.
Desliguei ainda um pouco atordoado e Avery voltou a se aconchegar ao meu
lado.
O que foi isso? — ela perguntou. Eu podia sentir seu coração batendo
acelerado.
—Uh... — mesmo que os detalhes não fossem informações classificadas, eu
estava muito relutante em dizer a Avery; Não queria ela me admirando novamente
sobre essa coisa toda de herói na vida real. — Eu tenho que sair da cidade amanhã
de manhã. Muito cedo.
Sua mão apertou firme meu bíceps. — Você sendo enviado novamente?
— O que? Não. É só por uns dias. Eu vou estar de volta no final do sábado à
noite. — dei-lhe um beijo no topo de sua cabeça. — Eu te diria, mas... Negócios da
Marinha. Você sabe.
— Sim, eu entendo. — o tom dela estava resignado, não era feliz, mas
também não era magoado. Ela sabia que não deveria pressionar para obter
detalhes. E mais, sabia que eu era casado com meu trabalho.
Mas eu ficaria arrasado se deixasse que Avery se sentisse em segundo plano.
Eu dei nela outro aperto, depois me levantei.
— Como estávamos falando sobre comida... Eu tenho que fazer as malas
rapidinho, mas depois disso, você quer fazer o jantar?
Ela se espreguiçou e deixou escapar um ruído. — Com certeza. Você esta a
fim de que?
— Você. — disse, abaixando minha voz. Em seguida, adicionei um tom
normal. — Mas carne refogada com arroz é aceitável em segundo lugar.
— Hmm... — em vez de rir ou monstrar a língua para mim, Avery olhou
maliciosamente pensativa. — Comida primeiro.
— Isso significa que você será a sobremesa?
— Talvez. Agora vá se preparar para sua grande missão secreta, Major
pervertido. Eu vou começar a cortar os legumes.
— Isso é Suboficial Pervertido para você, civil. — disse enquanto caminhava
para o meu quarto.
Rapidamente dobrei minhas roupas brancas e alguns pares de meias e
cuecas em minha mala, já suprimindo um sorriso de antecipação. Eu parecia estar
sorrindo muito estes dias.
Depois de jantar mais cedo e assistir metade de um filme, fomos para a
cama. Mas não dormimos. Eu estava mais que disposto há perder uma hora
preciosa de sono para segurar Avery firme, balancei dentro dela até que tremeu
abafando seus gemidos contra meu pescoço. Nós lentamente, pressionamos
suavemente pele com pele, muito parecido como fazer amor.
Capítulo 14

Avery

Um beijo leve foi plantado na minha testa, me desloquei debaixo das


cobertas esfregando os olhos.
— Você está indo embora? — murmurei apertando os olhos na silhueta de
Nixon. A luz pálida do amanhecer tornava difícil dizer, mas ele parecia já vestido e
pronto para ir.
Ele acariciou meu cabelo. — Sinto muito, querida. Não quis acordá-la.
— Hum... Não, está tudo bem. — me sentei para espreguiçar e, após um
momento de confusão, me lembrei de que acabamos no quarto de Nixon ontem à
noite. — Me deixe vestir meu pijama e vou te acompanhar.
Seus dentes brilharam em um sorriso travesso. — Você não precisa se
vestir. Eles vão ligar quando o carro estiver na frente, então não é como se
ninguém fosse esperar no corredor, para ver sua bundinha.
— Pervertido. — ainda assim, eu tive que rir. — Normalmente eu iria
discutir com você... Mas não quero atrasá-lo. Então não se acostume com as
despedidas nuas, está bem?
Senti seus olhos em todo o caminho, enquanto o acompanhava até a porta
da frente. Ele pegou sua mala e compartilhamos um beijo de despedida,
persistente, seu calor agridoce me obrigou a ter coragem de dizer.
— Já estou com saudades. — eu sabia que seu trabalho era secreto e ele não
tinha nenhuma liberdade na programação de suas funções, mas não era muito
reconfortante.
Ele tocou sua testa a minha. — Eu, também. Mas estarei de volta amanhã
por volta das oito e meia, está bem? É só por uma noite.
Após o som de seus passos desvanecerem no corredor, fechei a porta.
Depois fui pegar meu pijama no chão do quarto e comecei a me preparar para a
aula. Não querendo ficar no apartamento vazio, mesmo com a TV ou o meu laptop
para acompanhar, decidi sair mais cedo e tomar café da manhã no Starbucks em
vez de comer minha tigela habitual de cereais aqui. A amigável agitação me
ajudaria a controlar o sentimento de solidão.
No saguão, uma loira familiar estava de pé na parede da caixa do correio,
vasculhando um feixe de envelopes e revistas. Diminui a minha caminhada,
fechando os olhos enquanto tentava lembrar de onde a tinha visto antes, então
parei quando de repente percebi.
Era a mulher que Nixon estava transado em cima da mesa de jantar quando
eu tinhamudado. Eu quase não reconheci Pam com todas as suas roupas. Não que
deixassem muito a imaginação. Ela usava uma blusa de corte baixo, listrada de
preto e branco e uma minissaia de lycra preta com “Pete's Sports Bar" escrito em
letras brancas em toda a parte traseira extremamente apertada. Uau. Esse
uniforme é... Interessante. Ainda bem que não tenho que trabalhar lá.
Quando ela se virou, me viu, deu um sorriso brilhante.
— Oh, é você!
— Eu, hum... Não sabia que nós vivíamos no mesmo prédio. — eu disse,
sorrindo timidamente.
Conhecendo a velha amiga de foda do meu namorado, estava além de
estranho, mas ajudou que a parte do “namorado” ainda estava no ar. Menos de uma
hora desde que eu dei um beijo de adeus a Nixon, e já não conseguia parar de
pensar em vê-lo novamente amanhã à noite.
— Moro aqui do lado, na verdade. Unidade 6-06. — ela estendeu a mão,
exibindo as unhas vermelha. — Oi, eu sou a Pam.
Isso eu sabia, mas não importa, não é preciso dizer que Nixon tinha
colocado um nome para seu rosto. Ou seus seios enormes. Sentindo-me um pouco
mais relaxada agora, apertei a mão dela.
— Eu sou Avery,a nova meia- irmã de Nixon... — eu disse, evitando a
palavra namorada. Isso não era fácil quando eu ainda estava em êxtase sobre o
nosso relacionamento.
— Sim, me lembro de você. — ela riu. — De há algumas semanas.
O nervosismo que tinha começado a desaparecer veio correndo de volta.
— Heheh. Então, uh...
A procura de um tópico não relacionado à nudez, eu disse a primeira coisa
que me veio à mente.
— Você tem o primeiro turno hoje? — eu não tinha ouvido falar de Pete,
mas um lugar que fazia suas garçonetes se vestir assim, não diria que eles estariam
abertos antes do almoço.
— À tarde, na verdade. Acabei de picar o ponto.
Eu levantei minhas sobrancelhas. — Oh, Uau. Isso parece difícil.
— Sim, ontem à noite foi um verdadeiro pé no saco. — ela suspirou. — Mas
pelo menos tenho algo para ansiar. Estou saindo em algumas horas para encontrar
Nixon.
— O que?
Eu não poderia ter ouvido isso de verdade... Eu poderia?
Pam deu um sorriso endiabrado, a ponta da sua língua enfiou-se entre os
dentes. — Eu sei certo! Vamos passar um fim de semana juntos em Lás Vegas. Não
é romântico?
Minha boca abriu e fechou como um peixe. Arrancado fora d’água, degolado
vivo, incapaz de ver o gancho dentro da minhoca até que fosse tarde demais.
Claramente o passado de Nixon, não era realmente passado. Ele me enganou. Me
usou. “Fodemos meia dúzias de vezes nos últimos dias, desde que eu tinha sido
estúpida o suficiente para acreditar em sua conversa fiada, só nós dois". Ele me
enganou uma vez, deveria ter vergonha... Eu deveria ter.
Meu estômago se agitou e um dolorido nó construiu na minha garganta.
Comsúbito horror, percebi que estava a ponto de chorar na frente da Pam. Uma
mulher não, uma das muitas mulheres que Nixon.
— Eu... Eu tenho que ir. — engasguei minha voz embargada e fugi escada
acima sem nem sequer esperar o elevador.
Seis lances de escada, e estava chorando. De jeito nenhum eu poderia lidar
com uma aula hoje. Eu estava muito esgotada para deixar o apartamento
novamente. Mas ao mesmo tempo, era muito doloroso ficar. Cada polegada
quadrada deste lugar me fazia lembrar Nixon. A cozinha, onde ele cozinhou para
mim, o sofá onde ficamos abraçados e curtimos tardes de sono. O chuveiro, onde
ele tinha banido o último dos meus medos. A cama onde me fez gritar em êxtase,
até meu quarto estava contaminado. Seu perfume no ar e as constantes memórias
me deixaram com náuseas. E porque tecnicamente éramos parentes, eu não podia
nem chamar meus amigos e lamentar adequadamente. Nixon tinha contado com
esse fato para manter minha boca fechada?
Tentando não perder o dia inteiro abri o meu livro de Análise de Mercado,
mas as palavras e figuras nadaram na página. Nem mesmo a TV podia distrair.
Sentia-me muito esgotada para me concentrar e muito irritada para ficar sentada
quieta. Por horas andei agitada pelo apartamento, meu estômago revirando, até
que uma batida forte fez meu coração disparar. Eu corri para secar minhas
lágrimas e fui para a porta, esperando que não parecesse tão horrível quanto me
sentia.
— Ei! — Fox disse logo que abri. — Como vai querida?
Logan acenou um olá, de onde ele estava atrás de Fox. Ele estava segurando
o que parecia ser caixas de três grandes pizzas.
Olhei para eles, sem expressão.
— O que vocês estão fazendo aqui?
Se Fox pensou que eu estava sendo rude, ele não demonstrou. — Nixon
mandou uma mensagem para vir e te fazer companhia enquanto ele está fora.
— Não sabíamos que saborvocê gostava, então tem uma de queijo extra,
uma de pepperoni e uma vegetariana. — acrescentou Logan.
Meu estômago roncou com o cheiro delicioso, e percebi que não tinha
chegado a comer. Estava muito triste e chorando o dia todo? Eu realmente não
estava-me sentindo bem para interagir socialmente, mas por outro lado, precisava
jantar. Provavelmente não poderia espantar esses caras sem entrar em detalhes,
que preferia não comentar. Finalmente recuei e abri a porta, tentando não soar
muito sombria, quando disse.
— Entre.
Fox colocou as caixas de pizza no balcão da cozinha, e abriu o armário de
bebidas.
— Qual veneno quer, Avery? Rum e Coca-Cola? Isso cairia bem com pizza.
— Claro, tanto faz.
Ficar bêbada soou como uma excelente maneira, de parar de pensar no
imbecil do Nixon. Não importa como faria isso. Mas uma parte triste, masoquista
de mim ainda estava faminta com o som do seu nome. Enquanto Fox misturava as
bebidas Logan transferia as fatias de pizza nos pratos, tão casualmente quanto
possível, perguntei. — Então... O que Nixon esta fazendo, afinal?
Os dois fizeram uma pausa para compartilhar um breve olhar. Logan mexeu
com o cortador de pizza inquieto. Fox deu de ombros e voltou para derramar
refrigerante, dizendo. — Nós provavelmente o conhecemos tanto quanto você.
Olhei para parte de trás da cabeça de Fox. Sim, aposto. Você ficaria surpreso
com o que sei.Mas o que eu esperava? Claro, seus melhores amigos manteriam seus
segredinhos sujos para ele, provavelmente era a regra número um do código dos
rapazes. Ou talvez ainda não soubessem o que Nixon estava tramando. De qualquer
forma, todas as minhas suspeitas foram confirmadas. O terrível peso sombrio que
me esmagou o dia todo pressionou novamente. Mas agora, meus sentimentos de
traição tinham crescido de tristeza para raiva impotente.
Sentamos com nossas pizza e bebidas no sofá, e após um breve debate, os
rapazes escolheram um filme estupido de ação. Cinco minutos depois, Fox
começou a fazer piadas sobre o filme. Logo me juntei a eles também, criticando
amargamente cada personagem masculino no lugar de quem eu realmente queria
reclamar. Como Nixon se atrevia a me tratar assim? Claro, um leopardo não muda
suas marcas, mas isso não o torna inocente ou suas vítimas culpadas. Não foi culpa
minha. Qualquer mulher poderia ter ficado cega por suas besteiras. Com cada gole
de álcool, me sentia um pouco mais ousada e falava um pouco mais alto.
— Por que a maioria dos homens são... Horríveis porcos, mentirosos? —
finalmente perguntei no meio de uma cena de interrogatório tenso. — Por que as
mulheres aturam suas merdas? Por que continuam a fazer isso? Deveriam desistir
deles. Vou ser uma lésbica, ou uma freira, ou... Ou algo assim.
—Falo por todos os homens não gay, quando digo que nós sentimos que se
vá. — brincou Fox. Ao contrário de Logan, que parecia entediado ou
desconfortável, ele pensou que minha leve confusão irritada era hilariante. —
Mas se você vai começar a jogar no outro time, posso pelo menos assistir?
Logan franziu a testa. — O que diabos há com você, cara?
— É um mistério para a história.
O tom de Fox foi leviano. Mas Logan não pareceu nem um pouco divertido.
De alguma maneira, a expressão dele tornou-se sombria quando pegou o controle
remoto. — Ela está chateada e você está muito ocupado dirigindo seu próprio filme
pornô para ouvi-la.
— Não é? — Fox claramente não esperava que fosse sério. — Cara, eu não
estava...
Logan pausou o filme e se virou para Fox. — Mesmo que ela estivesse bem,
você está sendo muito desrespeitoso.
— Uh...
— Se eu fosse falar com você sobre um problema pessoal, gostaria que te
pedisse para ver meu pau?
Em algum momento que parei de mastigar, atordoada. Este foi o mais longo
discurso que já tinha ouvido de Logan. Uau... Ele parecia irritado. Ele se importa
com meus sentimentos?
Fox piscou, olhando para frente e para trás entre nós. — Desculpe. — ele
disse timidamente. — Eu estava apenas tentando alegrar o ambiente.
— Da próxima vez que você tiver uma ideia, tente passá-la primeiro em sua
cabeça grande.
— Tudo bem, droga! Eu disse que estava arrependido. Erro de cálculo. —
Fox tomou um gole de sua bebida.
O olhar de Logan voltou para mim e finalmente engoli meu último pedaço
de pizza, que tinha virado um desagradável empapado.
— Não faz qualquer sentido se punir por algum desgraçado que tenha
considerado — ele disse. — Não o deixe arruinar os homens para você... Viver bem
é a melhor vingança, certo? Continue procurando por sua própria felicidade. Deixe-
o virar pó.
O que? O cara que nunca abre a boca acaba por ser secretamente Dear
Abby17?Quando pensei que Logan tinha um desenvolvimento técnico, ele mostrou
todo outro lado: tão amável, tão rápido para me defender, tão sério me fazendo
sentir melhor. Isso foi nada menos que desmantelar a verdade. Mas claro nenhum
deles sabia que o babaca que tinha quebrado o meu coração era seu melhor amigo.
Ainda relutante em deixar a minha guarda, neguei com a cabeça.

17
Dear Abby é uma coluna de conselhos fundada em 1956 por Pauline Phillips.
— Não adianta. Todos os homens são iguais. Eu apenas... Eu estou farta.
— Você me daria uma chance para provar que está errada?— Logan
perguntou.
— Como você faria isso?
— Deixaria levá-la a um encontro. Amanhã à noite.
Olhei para o Logan, mas não consegui perceber qualquer indício de que ele
estava brincando. Eu definitivamente não esperava essa evolução hoje. Até Fox
parecia um pouco surpreso.
— Uh... — comecei, sem saber como terminar.
Logan sorriu. Aparentemente meu silêncio, foi lisonjeiro. — Você já foi a
The Pointe antes?
— Não, mas já ouvi falar. — eu disse e imediatamente me senti idiota. Não
havia como eu não pudesse ter ouvido falar dele. The Pointe era um dos
restaurantes mais caros na ilha de Coronado, na praia de Glorietta Bay. Dei uma
olhadela para Fox novamente. — Ele esta falando a verdade?
Tão a sério como nunca o tinha visto, Fox respondeu. —Você não tem nada
com que se preocupar. Logan é um rapaz bom. Somos companheiros há anos, e eu
nunca o vi dormindo com qualquer uma. Ele só teve duas namoradas, ambas muito
sérias, e as tratava como rainhas.
Isso não foi bem o que eu quis dizer. Mas foi o que eu precisava saber, e
Logan não pareceu ofendido por falarmos dele, como se não estivesse presente. Ou
como se estivesse em um julgamento. Acho que ele não me culpa por estar com um
pouco de suspeita nesse momento.
Certo, então Logan não era um prostituto em fúria. Que já o colocaram
várias centenas de pontos à frente de Nixon. Mas isso era o suficiente? Logan na
verdade me queria, ou sentiu pena? E eu o queria? Seria só um casinho patético
para esquecer?
Ou estava pensando demais sobre isso? Ele não estava pedindo para casar
com ele, pelo amor de Deus. Era só um encontro. Por que não deixar um homem
bonito doce, me levar para um jantar chique? O simples ato de voltar para o jogo
do romance poderia ser bom para mim. Pelo menos, eu ficaria fora de casa. Uma
noite de estudo perdido valeria a distração, e seria um impulso a minha auto
estima. Provavelmente encontraria alguma perspectiva valiosa, sobre todas as
minhas emoções em conflito em relação a Nixon. E talvez, apenas talvez, realmente
fosse possível restaurar minha fé nos homens.
Ah, o que diabos... Você só se vive uma vez.
Já me sentindo incentivada, concordei. — Certo. Eu adoraria ir.
Capítulo 15

Nixon

Mesmo que tinha pegado um vento favorável e consegui estar de volta à Ilha
Norte quase uma hora mais cedo, minha pele ainda arrepiava com impaciência. Nas
últimas 36 horas, mal tive tempo para respirar, quanto mais ligar para Avery, tudo
o que eu queria, era ver como ela estava, ouvir sua voz. Eu nem sabia. Nunca tinha-
me afastado de uma mulher assim antes. Quando nós tínhamos parado na porta da
frente e ela disse, "Já tenho saudades", automaticamente respondi, "Eu também" e
fui surpreendido com o quanto eu realmente quis dizer isso. Agora tudo o que
conseguia pensar era voltar para casa novamente. Avery girando ao som da porta,
me dando um sorriso animado, correndo para os meus braços para um beijo...
Finalmente cheguei à entrada principal do prédio. Peguei minha mala em
uma mão, saudei o motorista com a outra e fui para dentro antes mesmo que o
carro da Marinha tivesse voltado para a rua principal. Subi pela escada de dois em
dois degraus ao mesmo tempo, muito impaciente para esperar pelo elevador. Ao
abrir a porta da frente, chamei.
— Estou de volta! — quando nenhuma resposta veio, olhei em volta. —
Avery?
Ainda nada. Mas ouvi um breve gotejamento de água, então deixei a mala na
porta de entrada e virei o corredor do banheiro. Bingo.
Os lábios vermelhos acetinados se separaram em concentração, Avery
inclinou-se perto do espelho para pintar uma linha consistente ao longo de sua
pálpebra, que brilhava de bronze à luz fluorescente. Seus cílios eram longas ondas
de fuligem negra. Uma bolsa prateada cheia de escovas, frascos e pincéis estava em
cima da pia. Eu tinha visto mulheres passando maquiagem algumas vezes,
geralmente quando ficava a noite em suas casas, que não era algo frequente, mas
parecia sempre um projeto de arte meticulosa e eu nunca tinha visto de perto
antes. Na verdade, ainda não me interessava com o que Avery estava fazendo. Eu
só queria vê-la.
Ela era uma deusa: elegante e intensa e atraente, tudo ao mesmo tempo. O
vestido vermelho vinho agarrava a suas curvas e mergulhando em um baixo V para
revelar as primeiras ondas de seu decote. O tecido era sólido até seus seios, mas
transparente e laçado onde cobria seus ombros e pescoço; insinuando a pele macia
abaixo, era de alguma forma mais tentadora do que apenas revelá-la sem rodeios.
O cabelo dela caía em suas costas em ondas brilhantes. As correias de seus
saltos altíssimos acariciavam os tornozelos magros. Entre o vestido, que terminava
apenas acima do joelho, e esses saltos, as pernas pareciam bem torneadas e firmes.
Já imaginei elas envolvidas em torno da minha cintura, seus calcanhares
mexendo, me estimulando a impulsionar mais rápido, mais profundo...
— Uau, querida, você está incrível. — sorrindo, fui para trás dela,
estendendo a mãos para envolver sua cintura. Eu queria pressionar contra sua
bunda deliciosa e deixá-la sentir exatamente o quanto gostei de sua roupa. —
Espero que esteja tudo bem tirar tudo isso, por que...
Avery evitou quase se inclinado dentro da prateleira de toalhas para fugir
do meu alcance.
Ops. Parece que interrompi o ritual misterioso.— O que? Fiz você borrar sua
maquiagem ou algo assim? Desculpe-me.
Ela fez um barulho irritável.
— Eu não falo. — resmunguei. — Querida. O que há de errado?
Sem fazer contato visual, ela finalmente respondeu. — Estou ocupada. — a
voz dela estava nivelada.
— Sim, eu vejo isso. — provoquei. — Qual é a ocasião? Quer sair hoje à noite
ou algo assim?
Geralmente eu gostava de ser o único a fazer planos, e agora estava
esgotado da viagem. Mas qualquer coisa que envolva Avery ainda contava como
uma agradável surpresa.
— Não. — ela molhou o pincel pequeno debaixo da torneira, tocando
levemente isso em seu pó compacto e começou a passar na outra pálpebra preta.
— Uh... Tudo bem. — meu bom humor desvaneceu rapidamente a vista da
incerteza. — Então por que você toda arrumada?
Por que tinha de jogar Vinte Perguntas com ela para descobrir? Por que ela
não me olhava? Talvez tivesse posto sua melhor roupa "sexy" só para me dar as
boas-vindas, mas esta estranha tensão no ar estava realmente me fazendo duvidar
disso.
— Por que, minha roupa é da sua conta? — ela respondeu casualmente.
OK, isso é... Agora sabia que não era apenas minha imaginação, algo estava
definitivamente errado. Mas não sabia qual era o problema, ou de onde tinha
vindo. Só tinha desaparecido por dois dias. Só por uma noite. O que diabo pode ter
mudado? Isto não podia ser culpa minha, eu não estava nem fisicamente presente,
pelo amor de Deus amor. Mas ela estava agindo como se me odiasse. Finalmente
desisti e perguntei. — Você está com raiva de mim? Eu fiz algo errado? — nem a
menor pista para me ajudar a descobrir o que estava acontecendo aqui.
— Me diz você. —ela pegou um frasco pequeno e borrifou alguma coisa
clara no seu pincel e, em seguida, limpou na toalha de papel, deixando uma mancha
preta desarrumada.
— Huh? — Ora porra. Não era nem uma resposta. — Sobre o que está
falando? Eu pelo menos posso ter uma dica aqui? — minha paciência com este jogo
estava ficando sem combustível.
Sem dizer uma palavra, Avery fechou o zíper da bolsa de maquiagem e
levou-a para o quarto dela. Esforcei-me para esperar no corredor ao invés de
segui-la. Mas quando elavoltou, apressou-se passando direto, mantendo distância.
—Onde diabo vai? — quase gritei. Não queria xingar, mas poderia me
desculpar mais tarde. Depois que descobrisse quem era essa garota e que tinha
feito com Avery.
Ela parou na porta da frente, uma mão sobre a fechadura e a outra
segurando a bolsa enfeitada com contas pretas. Pela primeira vez naquela noite,
ela me olhou diretamente nos olhos. Foi um clarão de puro ódio.
— Você realmente quer saber? Tudo bem. Tenho um encontro com o Logan.
— ela virou-se e saiu. — Então não me espere.
Com isso, bateu a porta atrás dela... Deixando-me em silêncio, atordoado
como uma espécie de resposta. Ela tinha que estar brincando comigo. Por que... Eu
não tinha nenhuma outra explicação para o que aconteceu.
O que tinha acontecido? Lentamente, caminhei para a sala de estar e
afundei no sofá. A TV estava desligada, mas fiquei olhando para ela de qualquer
maneira. Este sentimento era pior que helicóptero descendo sobre território
inimigo. Pelo menos eu estaria preparado para essa situação. Nenhum dos meus
treinamentos tinha abrangido qualquer coisa sobre mulheres. O que fazer quando
sua namorada te paralisa ao sair de sua própria casa? De repente me senti como na
casa de um estranho.
Era inquietante, como os significados de "casa" e "Avery" já tinham
começado a esbarrar um no outro. Antes de Avery se mudar, eu nunca fui
particularmente ligado a meu apartamento; era só onde pendurava meu chapéu
quando não tinha nada melhor para fazer. Ele só se tornou especial porque ela
estava aqui. E quando ela saiu, alguma coisa tinha ido com ela. Uma coisa que eu só
podia sentir pelo vazio inexpressivo deixado para trás.
Eu pensei que pudesse perder Avery antes, quando a conheci, não quando
eu tinha assumido que ela estava me esperando. Aquilo não era nada comparado
com o que eu estava sentindo. A necessidade de ir atrás dela e arrasta-lá arranhou
através de mim. Mas era mais do que uma reação possessiva, eu estava
absolutamente intrigado pelo que tinha acontecido. Não havia explicação racional
para isso. Eu estava tão ansioso para voltar para casa para estar com ela. O que
diabo tinha acontecido em dois dias malditos? Eu precisava ligar para Logan, ou
melhor, ainda, ir até a seu apartamento e dar um soco bem na cara. Se ele me
escapasse, iria localizá-los e exigir saber o que estava acontecendo.
Mas até eu sabia que era uma ideia estúpida, quando via uma. Ir atrás de
Avery e depois brigar com um dos meus melhores amigos apenas me faria perder a
razão. Eu precisava acalmar e obter um controle sobre as minhas emoções, antes
de chegar perto de qualquer um deles. Eu estava com o humor para dizer coisas
que nunca poderia voltar atrás. Estava sentindo falta de algo, era claro. Então, eu
esperaria. Talvez Avery me desse ao mínimo uma maldita explicação para o que
diabos estava acontecendo quando voltasse. Se ainda assim ela não quisesse falar,
iria massacrar Logan. Ele não fazia ideia do tipo de território que tinha entrado,
porque eu não iria compartilhar com meus amigos. De qualquer forma, precisava
esfriar cabeça e ter alguma perspectiva, antes de tomar outra vez esta situação.
Tinha que haver algum tipo de explicação e perder a cabeça seria apenas
estragar mais as coisas com Avery.
Mas eu ainda não pude resistir em enviar uma mensagem para Logan:
Não se esqueça de que ela é minha meia-irmã. Se alguma parte de você tocar
nela, eu vou arrancar a porra da sua mão.
Um momento depois, meu telefone zumbiu com a resposta de Logan:
10-4 “Ok, entendido.”
Capítulo 16

Avery

Naquela noite eu tinha cuidadosamente me vestido para matar, querendo


impressionar, Logan. Nixon foi nada mais do que um lapso de julgamento. Eu já
estava saindo deste sonho ruim, e em breve, esqueceria tudo sobre Nixon e quão
estúpida fui. Acredito, porém que tudo ficou mais difícil, quando ele chegou em
casa mais cedo. Só o som de sua voz mexeu comigo. Quem ele esperava enganar
com esse falso ato inocente? Ele realmente achou que eu era tão estúpida? Talvez
achasse, afinal, fui estúpida o suficiente para confiar nele em primeiro lugar. Mas
minha recuperação com certeza foi rápida. Sabia que ele iria tomar em seus braços,
se eu não tivesse afastado alguns centímetros. Valeu a pena ser orgulhosa, certo?
Estar estável?
Enquanto dirigia para The Pointe, disse a mim mesma que era uma rainha
forte, imponente e Nixon estava totalmente abaixo de minha atenção. Nem sequer
valia a pena ficar zangada. Fui até a entrada da frente, entreguei a chave para o
manobrista, e tentei andar como se possuísse articulação.
Mas até uma rainha iria desacelerar para admirar este lugar. Era lindo, um
dos restaurantes mais chiques que já estive. Pequenos lustres de cristais
marcavam o teto com raios de luzes douradas. O piso de madeira e painéis em
cinza suave criou uma atmosfera intimamente confortável. As janelas salientes em
duas paredes ofereciam uma vista incrível do mar praticamente de qualquer lugar
no restaurante. Cada mesa tinha uma toalha de linho nevada, uma vela flutuante e
uma única rosa escarlate.
Eu dei meu nome de Logan para a hostess e ela me guiou até à varanda. Não
muito abaixo de nós, ondas pretas reluziam sob o luar, o silêncio, enchendo o ar,
acalmando a pressa. Avistei Logan em uma mesa perto da grade, com uma garrafa
de champanhe em um balde de gelo. Ele estava sentando-se, e levantou-se
novamente a me ver, com os olhos arregalados.
— O garçom virá daqui a pouco. — disse a hostess com um sorriso. — Por
favor, aproveite a sua noite.
Enquanto ela se apressou de volta ao seu posto na entrada, Logan puxou
minha cadeira. Acomodei-me no assento baixo de pelúcia, e ele sentou-se.
— Espero que não se importe que eu tenha pedido a bebida. — ele acenou
na direção do champanhe. — A propósito, você está linda.
— Você também não está nada mal. — respondi com um sorriso
provocante.
Era verdade, o melhor da beleza natural do rapaz-tímido, Logan claramente
tinha senso de moda. Um terno de risca de giz carvão, uma camisa cinza clara e
gravata azulada. Seu bom gosto para roupas definitivamente acrescentou alguns
pontos para seu crescimento total.
Enquanto eu olhava o cardápio, Logan derramou champanhe nas taças.
Finalmente decidimos por uma salada caprese18 para acompanhar, marsala de
vitela com cogumelos porcini para ele, e pato em conserva com molho de amoras
para mim.
— Então. — ele disse depois que fizemos o pedido. — Sei que este é seu
último semestre na UCSD, é mais ou menos isso? Fale sobre você.
— Uh... Bem, eu...
Família era um tema óbvio para quebrar o gelo. Mas mesmo que antes eu
tivesse compartilhado muito com Nixon, não queria falar sobre o câncer da minha
mãe morta e histerectomia no primeiro encontro. Por alguma razão estranha, eu
não estava tão confortável com Logan, como estive com meu meio-irmão idiota.
Acho que até meus instintos não eram imunes a erros. Erros enormes,
terríveis...
A salada caprese pousou na nossa frente. Percebi que estava distraída e
forcei meu foco para voltar a conversa.

18
Salada caprese, salada italiana feita de mussarela fresca, tomate, manjericão temperado com sal
azeite.
— Bem, eu sou uma designer de moda, e eventualmente quero um blog
sobre conselhos de beleza e notícias ligadas à moda. Ano passado estudei em
Londres. — escola e trabalho eram temas geralmente seguros.
— Você foi criada aqui?
— Sim, em Irvine. Papai conheceu Cynthia, que é a minha madrasta, em um
In-N-Out Burger. — eu ri um pouco. — É praticamente a história mais 'sulista da
California' que já ouvi.
Ainda tinha deixado de dizer o nome mãe, e Logan foi gracioso o suficiente
para não mencionar isso.
— Foi um romance de colegas de trabalho? Os olhos que se encontram por
cima da fritadeira? — ele perguntou em vez disso, os lábios equivocados.
— Não, mas você sabe, eu não estou... Totalmente certa do que papai faz. —
eu ri novamente. — Sua empresa faz semicondutores. Ele tem algum tipo de
posição de gestão desconhecida.
O garçom escolheu aquele momento para reaparecer e estabelecer dois
pratos fumegantes. Aproveitei a oportunidade para alterar o assunto.
— Quanto a você? — perguntei, levantando uma garfada de pato para os
meus lábios. — Sempre esteve nas forças armadas?
— Basicamente. Eu larguei a faculdade e entrei na Marinha, quando tinha
vinte anos depois me tornei fuzileiro, quando tinha vinte e dois. — ele ficou em
silêncio quando começou a cortar sua vitela. Apenas quando pensei que tinha
cometido um erro, levantando a questão de seu trabalho, Logan continuou. —
Estou pensando em desistir no próximo ano ou dois. Acho que tive um bom
passeio.
— Então por que quer parar agora?
Ele deu uma bufada tranquila e uma risada. — Bem... Isto não é um grande
tema para o primeiro encontro, mas já que perguntou... Quero sossegar em breve.
Ter esposa, filhos, o pacote completo. Eu gosto da vida de fuzileiro, mas não é o
lugar para um homem de família.
Uau, claro que não esperava essa resposta. Mas fazia sentido.Eu assenti
lentamente.
— Eu entendo. Você está longe de casa o tempo todo, e seu horário é
impossível de prever. Se você tivesse uma família, realmente seria difícil lidar com
o tipo de riscos que assume.
Ainda mais um motivo para estar feliz, que tudo o que tive com Nixon tinha
acabado. Seria terrível me apaixonar por ele e depois vê-lo sair em missões
perigosas, o tempo todo. Sentada em casa, como um das donas de casa em um
documentário da Segunda Guerra Mundial, solitária e ansiosa, rezando para que a
próxima carta que eu recebesse não começasse com: Lamentamos informar-te...
Minha garganta apertou com o pensamento de Nixon morrendo milhares de
milhas longe de mim, tinha que parar de ficar nervosa. Claro, a morte sempre era
uma tragédia terrível, mesmo para um idiota como Nixon. Mas não fui eu quem
tinha escolhido para me juntar as forças armadas. Se ele queria galopar ao redor
em lugares exóticos e levar um tiro, então ele poderia ir em frente. Eu não devia
deixar nada sobre ele partir meu coração.
Tarde demais, percebi que Logan tinha acabado de dizer uma coisa, e eu
estava ocupada sonhando acordada com Nixon. Mais uma vez.
— Meu pai fez isso. — Logan estava no meio da resposta. — Estou
orgulhoso dele agora, mas quando eu era criança, não me importava sobre honras
e operação. Odiava não ser capaz de jogar com o meu pai. — ele olhou para seu
champanhe por um momento e depois tomou um gole. — Então eu realmente
quero fazer parte da vida dos meus filhos.
— Bem, eu concordo. O que é o objetivo de casar e ter filhos, se você nunca
consegue ver qualquer um deles? Mas... — eu tentei e não consegui imaginar este
tanque corpulento vendendo carros usado ou sentado em um quarto em fazenda.
— O que você faria em vez disso?
— A Marinha já me abordou para uma posição de instrutor. Minha posição
vai subir o que significa melhor salário, e eu poderei aplicar para um posto
permanente para onde eu queria viver. — ele fez uma pausa. — Talvez perto de
San Diego.
Eu estava imaginando esse aspecto? Não tentei analisar o comentário de
San Diego. Mesmo como uma possibilidade de vaga, planejar sua carreira em torno
de mim seria verdadeiramente estranho para um primeiro encontro.
Provavelmente foi uma coincidência. Sua família vivia nas proximidades, ou ele
ironicamente desfrutava de luzes de Natal em palmeiras, ou queria ficar perto de
seus amigos, tão difícil quanto era acreditar que alguém pudesse gostar de Nixon
tanto assim.
Merda estou pensando nele outra vez! Forcei-me a sorrir para Logan.
—Você tem tudo planejado, hein? — arrisquei, estendendo a mão para
descansar meus dedos em sua mão. — Eu acho que é bom que você saiba o que
quer.
Logan piscou, depois sorriu e esfregou o polegar sobre os nós dos meus
dedos.
— Não há nada de errado em saber, há?
— Bem, não, e... É agradável. Ouvir um cara com menos de trinta anos falar
sobre seu futuro, quer dizer.
Embora parecesse que estivesse com muita pressa de se casar. Mesmo que
eu tenha achado o lado sério de Logan cativante, ainda era um pouco demais para a
minha vida agora. Se eu quisesse sobreviver no jornalismo de moda, teria uma
tonelada de trabalho pela frente.
Mas Ei, então se tivessem uma mísera incompatibilidade? Não é grande
coisa. Não era como se estivesse me casando com ele no curso da meia-noite. Este
encontro era apenas por diversão. Experimentar um ao outro para ver se nos
encaixávamos. Realmente foi muito bom finalmente interagir com um homem
adulto, em vez de um menino crescido que só queria beber, transar e explodir as
coisas, como se sua vida fosse um jogo.
Quase timidamente, Logan puxou sua mão para esfregar a parte de trás do
pescoço.
— Então você disse que você estudou no exterior? Como foi?
— Londres foi incrível. — eu suspirei. — Tive aulas com todos esses
professores famosos, e até fui a alguns eventos da semana de moda...
Falamos sobre meu trabalho escolar e aspirações enquanto terminávamos
nosso prato principal. Não era novidade que, Logan não sabia muito sobre moda.
Mas prestou muita atenção a tudo o que eu disse, respondendo sempre com
perguntas bem consideradas e observações, me incentivando na direção por mais
detalhes. Tendo em vista seu interesse aparentemente genuíno, era impossível de
me preocupar que estava falando muito sobre mim. Provavelmente nunca estive
em um encontro tão agradável.
Mas apenas "agradável". Eu não senti nenhuma faísca, ou calor intenso que
cantarolava entre Nixon e eu, sempre que nossos olhos se encontravam. Quanto
mais tentava concentrar em Logan, mais encontrava minha mente vagueando para
Nixon. O homem sentado à mesa a luz de vela a beira-mar, com sorriso suave e
olhos cor de avelã convidativa, me fazia sentir nada mais do que um irmão, tudo
isso enquanto eu ansiava por meu meio-irmão. O que havia de errado comigo?
Como eu poderia conseguir? Minha frustração distraída cresceu até que me
levantei do meu lugar.
— Pode segurar esse pensamento? — perguntei, tendo apenas uma vaga
ideia do que tinha falado. — Eu já volto. Preciso ir ao banheiro.
Muito nervosa para esperar pela resposta de Logan, me apressei para
dentro do restaurante.
Felizmente, não havia mais ninguém no banheiro. Com as mãos apoiadas em
ambos os lados da pia em mármore preto, olhei para o espelho, tentando fazer meu
melhor para me recompor. Eu tinha que respirar. “Pare de se culpar”. Admirei a
consolidação, recuperando meu legítimo orgulho, me lembrei de o que Nixon tinha
feito e era por isso que estava aqui com Logan e quão melhor eu estava do que com
aquele mentiroso safado. Mas não importava quantas vezes repeti silenciosamente
eu sou uma deusa filha da puta, isso não durava. Debaixo desse vestido
glamouroso, este rosto cuidadosamente maquiado, sabia que não havia nada mais
que uma garota triste e confusa. Aparentemente, porém, toda essa besteira de
beleza ainda era o suficiente para enganar os homens.
Meus pensamentos voltaram ao apartamento, Nixon tinha parado no seu
caminho e olhado para mim como água no deserto. Bem, isso era muito mal para
ele. Eu estava inatingível. Se ele me queria, deveria ter pensado nisso antes de
mentir sobre os negócios da Marinha, para ir para Lás Vegas no fim de semana
para transar com Pam.
Mas... Droga, em um pequeno momento, eu queria Nixon de volta. Odiava
nós dois por isso. Nos conhecêssemos a menos de um mês, e ele já tinha deixado
grandes impressões digitais em todo o meu coração. Mesmo quando estava em um
jantar romântico, em um belo restaurante cinco estrelas com outro homem, não
conseguia parar de pensar sobre esse idiota. O que mais queria, pelo amor de
Deus? Logan foi fantasticamente perfeito. Bonito, bondoso, atencioso, maduro. Ele
tinha uma vida centrada. No entanto, era evidente que não podia dizer o mesmo
de mim. Aqui estava eu, escondida no banheiro como uma colegial cujo namorado
a tinha deixado mesmo antes do baile.
Certo, então era totalmente patética. Tudo bem. Eu podia lidar com isso.
Tinha que voltar lá antes que Logan pensasse que estava tendo algum problema
médico humilhante. E para fazer isso, tinha que me lembrar de por que vim neste
encontro em primeiro lugar.
Precisando inflamar, a necessidade de não me importar, a necessidade de
reacender meus motores e queimar esse veneno, busquei uma imagem que me
enchesse de raiva. Mas tudo o que pude pensar foi, em Nixon rindo com Pam sobre
como tinham me enganado, ele beijando seu pescoço, em seu espalhafatoso quarto
de hotel em Vegas, acariciando os seios dela, muito maiores do que os meus,
fechando os olhos com um gemido enquanto ele deslizava dentro dela, só me fez
sentir vontade de vomitar, toda a bile. Nenhum alívio. Talvez este doença
desaparecesse com o tempo, mas agora, doía tanto que eu não aguentava.
Eles provavelmente batizaram cada superfície plana de seu quarto no seu
hotel brega, pensei e lágrimas voltaram num piscar de olhos. Cerrei os dentes e me
apressei para voltar ao restaurante, quase batendo a porta do banheiro.
Quando me aproximei a nossa mesa, Logan perguntou. — Quer sobremesa?
Eu estava admirando os figos cozidos com mel.
Engoli em seco, desejando que a minha voz não me revelasse. — Isso parece
bom, mas... De repente não estou-me sentindo tão bem. Podemos acabar a noite
mais cedo?
Ele arqueou as sobrancelhas e me preparei para a pergunta sobre o que
estava errado. Mas tudo o que ele disse foi. — Oh, claro. Sinto muito, que você não
esteja se sentindo bem. Deixe-me pagar a conta.
Depois sinalizar para nosso garçom e pagar a conta, Logan segurou meu
cotovelo enquanto andamos para o posto do manobrista. Seu comportamento
cavalheiresco só me fez-me odiar ainda mais. Ele não se encaixava em qualquer
uma das minhas bagagens emocionais. Estava sendo tão bom para mim e não
conseguia nem me sentir feliz com isso, e ele não tinha ideia. Isso era muito injusto
para todos os envolvidos, e culpa de tudo isso era de Nixon.
Quando chegamos a minha caminhonete Dodge verde-floresta, Logan fez
uma pausa, olhando para mim.
— Você está bem para dirigir? Ou quer uma carona?
— Não, estou bem. — isso era uma mentira deslavada, mas agora não
queria companhia. Eu tinha muito em que pensar. E possivelmente chorar. Olhei
para minhas unhas pintadas de bordô. — Desculpe por isso. Diverti-me muito, eu
só...
— Ei, não se preocupe. As coisas acontecem. — Logan se inclinou
ligeiramente, como se quisesse me dar um beijo na testa, depois hesitou e apertou
minha mão em vez disso. — Sinta-se melhor, ok?
— Vou tentar — eu disse incapaz de devolver o sorriso.
Capítulo 17

Nixon

Tão imperfeito quanto os últimos dois dias tinha acabado, meus


pensamentos estavam caóticos para qualquer chance de sono. Deitei na cama,
olhando para o teto, meus ouvidos se animando com cada ruído aleatório que
pudesse indicar Avery voltando para casa. Minha raiva por Logan tinha
desaparecido em uma estranha acidez, escura. Na verdade, fiquei mais irritado
comigo mesmo do que qualquer outra coisa. Nunca tinha pensado em sair com
Avery, mostrando-lhe a cidade, cortejando-a como Logan estava fazendo agora. Eu
pulei direto para a fase de "belos sapatos, quer transar?”.
Em minha defesa, a abordagem direta sempre funcionou bem para mim.
Talvez um pouco bem demais, conseguia facilmente uma buceta sempre que
precisava então não me preocupei muito com práticas como jantar e um encontro
no cinema. Até algumas horas atrás, eu tinha assumido que Avery não se importava
com nosso namoro... Não convencional. Mas agora, não tinha tanta certeza.
Foi por isso que ela estava chateada? Ela se sentiu desvalorizada, enganada
ou algo assim? Pensou que eu a tinha usado para o sexo sem oferecer qualquer
romance em troca? A inquietação começou a construir no fundo do meu peito.
Aquela sensação ainda inexpressiva de um desastre iminente: o silvo de bolhas de
ar da mangueira do meu tanque de mergulho, o estalo de um galho de uma árvore
sombria atrás de mim, o sussurrar de um companheiro dizendo foda-se! Antes que
o mundo desabasse. O momento em que um homem tinha que deixar de lado todos
os seus planos obsoletos a altura dos acontecimentos.
Não sei se o meu momento com Avery já tinha passado ou ainda estava por
vir. Se eu tivesse uma chance de resgatar nosso relacionamento, não podia deixar
escapar por entre meus dedos. Mas e se eu não vi esse momento chegando? Será
que eu reconheceria se tivesse chegado? E...
Eu tinha imaginado esse clique? Sentei-me para ouvir. Não, a trava da porta
frente estava definitivamente sendo aberta. Mas era apenas 09h15min. Por que
Avery estava voltando tão cedo? Evidentemente, o encontro não tinha ido bem.
Senti algo parecido com otimismo, que imediatamente virou culpa, pela esperança
que ela tivesse tido uma noite ruim.
Os saltos altos estalaram na cozinha por um segundo então mudou para
batidas rápidas e leves, através da sala de estar e corredor. Antes que eu pudesse
levantar, a porta do quarto de hóspedes bateu. Direto para cama, hein?
Aparentemente ela ainda não estava interessada em falar comigo.
Descansei minha testa contra o batente, deixando o corte da madeira
angular entre as minhas sobrancelhas. Eu queria socar qualquer coisa até meus
dedos sangrarem. Tudo o que estava acontecendo com Avery, começou devagar,
mas com certeza estava-me deixando louco. Não conseguia entender essa estranha
tensão que havia surgido entre nós, e o não saber era quase tão ruim quanto a
distância em si. Se ela apenas falasse por dois minutos, tenho certeza de que
poderíamos trazer as coisas de volta como costumavam ser. Poderia descobrir o
que tinha levado ela para Logan e consertar. Eu estava disposto a fazer qualquer
coisa, mas até que soubesse o que fazer, estava em ponto morto.
Inquieto, passei o resto da noite lutando para dormir, dolorosamente
consciente da presença de Avery a poucos passos no fim do corredor.
Quando o primeiro brilho pálido da aurora mostrou através das cortinas,
desisti de ficar na cama e comecei a me vestir. Sem me preocupar com o café da
manhã ou em tomar um banho, desci as escadas para o estacionamento do
condomínio. Eu podia ter caminhado até casa do Logan em menos de meia hora,
era só descer a rua lateral que corria ao longo da praia, onde nós movimentávamos
todos os sábados, mas minha paciência também estava triturada para esse tipo de
atraso. Eu queria respostas agora, e se não podia falar com Avery, teria que falar
com Logan. Esperava que ele pudesse me explicar o que diabo estava acontecendo.
Em cinco minutos e estava estacionando na calçada e batendo bem forte na
porta dele.
— Bom dia. — eu disse assim quando ele abriu.
Logan piscou. Provavelmente surpreso, por ver assim no raiar do dia. Mas
sua única resposta foi: — Oh, Ei. Eu estava fazendo um café. Quer um pouco?
— Parece ótimo.
Ele deu um passo para trás para me deixar entrar, em seguida fechou a
porta, enquanto me sentei na sua mesa de jantar.
— Sem açúcar e um pouco de creme, certo?
— Sim.
Ele não perguntou por que eu tinha vindo ainda. Deixamos o silêncio cair,
ininterrupto, exceto pelo silvo borbulhante da máquina de café, e Logan se
movendo na cozinha, até que ele se sentou na minha frente com duas canecas
fumegantes na mão.
— Obrigado. — eu disse, pegando a minha.
Logan acenou com um silencioso sem problema. Seu olhar era calmo, mas
podia ler a pergunta nele. Agora que estávamos finalmente prontos para
conversar... Queria saber por onde começar.
Talvez não tenha pensado nesta pequena missão para coletar de
informações até o final. Eu não poderia tratar Logan como um parceiro, e
interrogá-lo, só iriam complicar as coisas. Ele não precisava saber que eu gostava
de Avery, mais do que gostava, se eu quisesse ser brutalmente honesto comigo, ou
que tínhamos transado como coelhos nas últimas semanas. Eu não podia-me dar o
luxo de levantar as sobrancelhas fazendo perguntas estranhas agora. Desde que
nós consigamos conversar novamente, não queria Avery me esfolando vivo. Ela
recentemente superou a vergonha que tinha do nosso relacionamento, e agora não
queria nada comigo, era muito difícil prever como ela reagiria se eu contasse
nossos problemas por toda a cidade. Eu precisava de calma. Portanto, isso não
poderia ser uma reunião de estratégia aberta entre aliados. Em vez disso, era mais
como espionagem. Fantástico. Eu adoro mentir ao meu melhor amigo.
— Então... Eu te disse para fazer companhia Avery enquanto estivesse fora.
— eu disse, tentando soar como nada mais do que um irmão mais velho em
questão. — Não pensei que iria sair com ela.
Logan fez uma pausa, com a caneca no meio do caminho para a boca. — Oh.
Sim. — ele pousou a caneca novamente. — Não se preocupe com isso.
— Eu vou preocupar com minha família se eu quiser. — minha voz tinha
saído mais dura do que eu pretendia, mas Logan não pareceu ofendido.
— Isso é legal. — ele disse simplesmente.
Na verdade, seus lábios arquearam um pouquinho. Ele estava pensando que
isso era engraçado? Acho que eu estava agindo como um idiota, mesmo assim. Não
há uma seção total de códigos de irmãos, sobre não mexer com as irmãs das
pessoas?
— Não estamos namorando. — Logan continuou. —Tivemos um encontro.
Extraordinário.
— E não passou de nada, além disso?
Ou propositadamente esperou para fazer seu movimento até que eu tivesse
virado as costas?
Olhando um pouco confuso, ele encolheu os ombros. — Bem... Sim, certeza.
Qual é a razão de pedir a uma garota para sair num encontro, se você não está
tentando fazer um momento?
Várias respostas óbvias vieram à mente. Mas o Logan nunca foi um cara de
foder e fugir.
— Eu acho. — eu disse lentamente.
— Mas as coisas não chegaram a esse ponto. — ele bebeu seu café. — Se
chegarem ... Isso seria o fim do mundo? Você me conhece, cara. Eu nunca a
machucaria.
Quase me matou admitir isso, eu sabia que ele estava certo. Logan era bom
rapaz. Concordei, levantando as sobrancelhas para deixá-lo saber que ainda estava
em julgamento.
— É justo. Então, como as coisas foram ontem à noite? — eu queria Logan
pensando que eu estava pescando uma desculpa para bater nele, em vez de pistas
sobre por que Avery me odiava, ou por uma fagulha de esperança, de que não
perderia Avery em breve por me odiar. — O que vocês fizeram?
Logan não mentia para mim, mas era mais esperto o suficiente para
escolher as palavras com cuidado. — Nada de especial. Jantamos no The Pointe.
Puta merda! The Pointe? Esse cara não deixa nada ao acaso.
— Ah, é isso? — bufei amargamente. Comparado ao Romance do senhor
aqui, eu pareço um completo chato.
— Juro por Deus. Só falamos sobre nossas carreiras, as aulas de Avery e
coisas assim. Estava em casa segura na hora de dormir. — Logan tinha entendido
completamente mal minha reação fria, e eu não estava disposto a corrigi-lo. Ele
hesitou, olhando para o seu café, antes dizer lentamente: — Ela é... Fácil de
conversar. Queria manter a conversa leve, mas antes que percebesse, estava
contando a ela, como queria deixar o SEALs. E todos os meus motivos.
—Quer dizer a coisa de se casar?
— Sim. — ele suspirou. — Que quero ser um bom marido e pai. Enquanto
eu ainda for um SEAL, não posso lidar com isso.
— O que Avery pensou de seu plano? — minha curiosidade foi provocada.
— Concordou totalmente. Ela disse que não gostaria de assumir uma
relação séria com alguém que vai embora tantas vezes... Pode acabar sumindo para
sempre. — Logan balançou a cabeça. — Ela parecia chateada apenas com o
pensamento. Eu me senti meio mal para falar sobre isso.
Ele sentiu-se mal? Mantendo meu rosto completamente em branco, bebi um
gole longo de café ainda escaldante, acolhendo a queimadura. Não sabia o que
dizer sobre isso. Diabo nem sabia o que pensar. O exército era a minha vida. Não
queria escolher entre ser um SEAL e manter Avery. Com essas palavras que disse
para Logan ontem à noite, ela podia ter arrancado meu intestino.
Fez sentido ela se sentir dessa maneira. Em nossa primeira conversa séria,
ela disse que se tivesse um filho, não queria que ele crescesse sem uma mãe, como
ela cresceu. E se ela se importasse comigo, iria querer passar nosso tempo junto
sem stress. Não ia querer se separar por meses a fio, solitária e doente de
preocupação se eu iria chegar em casa com o corpo em um saco. É claro que, se não
se importasse comigo...
Levantei-me de repente, deixando meu copo meio cheio sobre a mesa.
— Obrigado pelo café. Tenho que ir agora, mas vou te ver no próximo
sábado. No lugar de sempre.
Logan assentiu com a cabeça, resmungando em reconhecimento. Ele estava
me dando um olhar estranho? Tanto faz. Eu realmente não dou a mínima agora. Fui
até a porta, então fiz uma pausa e olhei para trás.
— Eu estou confiando em você com Avery, por enquanto. Mas se você
machucá-la, não vai sobrar muito de você para ser identificado.
— Eu sei. Eu ainda tenho sua mensagem de ontem à noite. — ele arqueou
seus lábios novamente. — Eu posso ler em voz alta se me esquecer de temer a sua
ira vingativa.
Dei uma risada sem graça e sai antes de quebrar alguma coisa.
Dirigi para o condomínio, estacionei e caminhava para dentro, então parei e
me virei para a praia em vez disso. Uma boa corrida dura limparia a minha cabeça,
apesar de saber que provavelmente não.
Talvez o problema fosse que minha cabeça já estava clara. Não importa o
quanto pensasse sobre isso, todos os sinais apontavam para mesma direção: Avery
não tinha futuro comigo. Mais precisamente, eu não tinha nada para lhe oferecer.
Só ficaríamos presos em um padrão de exploração, certamente teríamos alguns
meses de sexo alucinante, mas depois eu iria embarcar para Deus sabe onde e por
quanto tempo. E nós giraríamos em círculos, sem nenhuma chance para
estabilidade ou mudança, até que a Marinha me mandasse pastar. Que tipo de vida
que era essa?
Em longo prazo, apenas não consegui ver nada para nós. Mas foi fácil
imaginar ela e Logan juntos. Ele foi a escolha mais objetivamente inteligente.
Esse conhecimento sentou pesado no estômago como um solitário chumbo.
Ontem à noite, ou esta manhã, me perguntei, quando e como seria a minha chance
de acertar as coisas. Mas todo esse tempo, eu tinha entendido mal o que estava
realmente em jogo aqui. Este momento na verdade não era sobre perder ou ganhar
Avery. Tratava-se de sua felicidade. Se Logan a faria feliz, se seria um
homem melhor para ela, eu teria que engolir. Apenas deixar ela livre.
Eu me virei e comecei a correr para casa. Agora que tinha decidido encarar
os fatos e fazer o que era certo, senti uma estranha sensação de paz. Ou talvez fosse
apenas um vazio.
Capítulo 18

Avery

A atitude de Nixon definitivamente tinha mudado. Ele estava... Mais frio. Não
frio, mas não havia sua paquera habitual, também. Evidentemente alguns dias
tinham satisfeito seu apetite pela atenção feminina, e nem sequer tentou acertar as
coisas comigo. Aparentemente tudo o que tivemos para os cinco minutos que
estamos juntos não valeria nem um pensamento. Ou talvez estivesse
choramingando porque perdeu Pam. As coisas estavam obviamente muito sérias
entre eles, se ele estava voando para outra cidade só para passar o tempo com ela.
Então, por que eles não invocaram a cláusula de exclusividade em seu
relacionamento? Talvez porque Nixon era incapaz? Independentemente do motivo,
a atenção de Nixon tinha gradualmente se afastado, até que desapareceu.
Enquanto agonizava com meu sentimento, tive que encarar os fatos. Fui um
caso passageiro para ele. Uma novidade. Era mesmo hora de seguir em frente. Não
queria começar nada com Logan, o capítulo Nixon da minha vida tinha acabado.
Tivemos uma boa diversão, e o sexo foi incrível, tive a desagradável sensação de
que eu iria lutar para encontrar aquele padrão para o resto da minha vida, mas
tudo estava acabado.
E talvez isto tenha sido uma bênção disfarçada. Se nossa relação estava
condenada ao fracasso desde o início, então era melhor acabar tudo antes que
pudesse ficar séria... Antes que meu coração estivesse mais ligado ao seu. Quanto
mais cedo arrancasse esta atadura, tudo em uma explosão rápida de agonia, mais
cedo eu poderia desfrutar do ar na minha pele novamente.
Na semana seguinte, tentei meu melhor para fazer isso. Passei longas horas
no centro de San Diego. Indo para a aula e os horários de atendimento dos meus
professores na biblioteca, ficava fora até tarde com os meus amigos, qualquer coisa
para ficar ocupada e longe do nosso apartamento. Eu queria concentrar em minha
vida e deixar a vida que tinha começado com Nixon. Tentar enterrar ou negar essas
memórias seria impossível. Tudo o que podia fazer era dar espaço para respirar.
Deixar os meus sentimentos desvanecer naturalmente ao longo do tempo.
Embora esquecer fosse mais difícil quando eu ainda estava presa vivendo
com o cara. Virar no corredor e inesperadamente ver seu rosto não deixava de
reabrir as minhas feridas. Mas cada vez, doía menos e a cura seria mais rápida.
Tudo o que podia fazer era esperar até o final do semestre. Eu podia lidar com isso,
era apenas alguns meses mais.
Quem diria? Talvez nessa altura, poderíamos ser algo como amigos.

a
Na tarde de sexta-feira, enquanto estava sentada na cama, trabalhando no
meu laptop, ouvi uma batida tranquila, mas firme.
— Sim? — eu disse relutante em deixar meu ninho quente de linho.
A porta abriu-se para revelar um olho azul. — Eu vou dar uma corrida na
praia. Quer vir junto?
Meu primeiro impulso seriaperguntar o que ele tinha na manga. Mas agora,
eu tinha começado a me sentir melhor em ver Nixon em torno do apartamento.
Esta seria uma boa oportunidade para conversar cara a cara. Amigos fazendo
exercício pode ser divertido. Ao menos, ia ter um bom treino hoje.
— Claro — respondi, — só vou trocar.
— Legal. Encontramos na sala de estar. — seus olhos desapareceram e a
porta se fechou.
Pulei da cama, puxando meu cabelo em um rabo de cavalo, troquei minha
calça esfarrapada por uma calça capri de ioga e uma blusa azul-marinho. Mesmo
que ultimamente tivesse um pouco mais confortável com Nixon, ainda não estava
pronta para vestir um short de ginástica e top na frente dele.
Mas meu queixo caiu quando dobrei o corredor e o vi esperando ao lado do
sofá. Evidentemente ele não sentia as mesmas reservas sobre a roupa, como eu.
Além de seus tênis de qualidade, usava apenas um short vermelho que pendia de
seus quadris, revelando uma trilha escura de pelos e os profundos vincos
musculosos ao longo de ambos os lados do seu abdômen. Tudo levando meus olhos
direto até...
Eu engoli a baba. Podia ver através do short, o contorno de seu longo e
grosso pau do outro lado da sala, e o pouco que não podia ver, minha memória
estúpida, traidora preenchia para mim. O resto de Nixon era apenas como uma
distração. Seu peitoral perfeito implorava para ser beijado e lambido. Suas coxas
podiam causar acidentes de trânsito. Cada parte do seu corpo incrível me lembrava
de todas as coisas pecaminosas que ele tinha feito.
Por que eu? Não tinha passado nem cinco minutos, e já estavaxingando por
concordar com o pedido de Nixon. Esse desgraçado estava praticamente me
provocando, nossa corrida amigável seria nada menos que uma tortura erótica.
Talvez um meteoro atingisse a terra antes de chegar à pista de corrida? Eu só podia
esperar.
Descemos a escada e saímos para o dia quente e abafado de setembro. Eu
não tinha ideia de aonde estávamos indo, então não podia andar na frente, mas
segui atrás de Nixon, sua bunda tensa atraiu meus olhos como um ímã. Então fui
para o lado dele, tentando fazer o meu melhor para ignorar o corpo quente,
musculoso a menos de dois passos de mim.
Surpreendentemente, ficou mais fácil quando nós realmente atingimos o
caminhoao longo da borda da praia. Eu poderia dizer que Nixon tinha abrandado
por minha causa, mas ele ainda era o Senhor Fitness, e tive de me concentrar, se
quisesse acompanhá-lo. Quando minhas pernas e pulmões começaram a arder,
tirei lentamente da minha cabeça os pensamentos pervertidos. Tudo o que existia
era o impacto dos meus sapatos no chão. As ondas azuis esverdeadas apenas
alguns quilômetros. As gaivotas grasnando, o barulho dos carros distantes. Era
quase pacífico.
— Você vai sair com o Logan de novo? — Nixon perguntou de repente,
quebrando meu devaneio.
— Huh? — a pergunta levou um segundo para ser processada. — Oh. Ah, eu
não sei. Provavelmente não.
— Por que isso?
Tudo bem... Nenhuma coisa estranha em tempo recorde. — Por que não
quero. — respondi categoricamente. Talvez tenha sido um pouco rude, mas Nixon
foi primeiro me bisbilhotando.
— Oh. — parecia que ele não sabia como responder a isso. Assim que
resolvi voltar à tranquilidade, Nixon começou falar. — Você vai terminar a escola
em dois meses, certo? Têm planos para depois da formatura?
Se eu não o conhecesse bem, podia ter pensado que ele estava conversando
comigo. Ele apenas estava para conversa fiada?
— O que já falei. Começar um blog, escrever sobre moda e beleza, conseguir
dominar o mundo em cinco anos ou menos.
— Você pensa... Em se casar?
De onde diabos vêm isso? Perguntei-me. Então, tudo de repente ficou claro:
Nixon estava tentando fazer as pazes. Tentando ajudar a nos tornarmos amigos, e
eu esperava que pudéssemos ser. Nesse caso, não poderia ficar irritada com ele,
mesmo se ultrapassasse “o interesse educado na minha vida" e caísse bem no
território "intrometido". Eu estava mais que disposta a chegar a um acordo.
— Às vezes, em uma espécie 'devaneio ocioso' — respondi. — Mas nem por
isso. Não me vejo casada ainda. Agora, quero focar na construção da minha carreira
e só... Você sabe divertir. Ver até onde a vida me leva.
— Hum.
Agora ele parecia pensativo. Mas não comentou mais nada e logo o silêncio
caiu novamente.
Depois viramos e começamos a correr em direção ao condomínio,
finalmente senti coragem o suficiente para disparar a sua própria pergunta para
ele.
— E você? Você quer ser um cara doméstico?
Nixon piscou para mim. Depois de um longo momento, ele respondeu.
— Eu... Posso estar aberto a isso. Se a mulher certa aparecer.
Estávamos a menos de meio quilômetro de casa e meus pulmões estavam
pegando fogo, mas ainda tive de colocar uma pergunta para fora. Antes pudesse ter
medo, perguntei. — Pam é a mulher certa?
Ele parou em seu caminho e olhou para mim. — Que diabos você está
falando?
Livrando-me da surpresa, tropecei uma parada ao lado dele. Meu coração
estava batendo acelerado de emoção e cansaço. Quando eu tinha ensaiado este
confronto na minha cabeça, esperava que Nixon reagisse com culpa ou até mesmo
raiva. Sua resposta dura me deixou confusa.
Tentando não notar o suor na pele bronzeada, falei. — Quando você saiu da
cidade... Você me disse foi a trabalho, mas... — o estresse apertou em torno de meu
estômago e coluna vertebral, como se estivesse revivendo aquela conversa horrível
no saguão de novo. Tentando não explodir em lágrimas enquanto Pam ficou
parada, alheia, com seu punhado de lixo publicitário e sorriu infantilmente
animada. Antes que minha voz pudesse falhar, empurrei todas as palavras para
fora em uma respiração: — Eu encontrei Pam depois que você saiu e ela disse que
estava indo se encontrar com você, para uma escapadela romântica.
Nixon abriu e fechou a boca, sem palavras. O choque no rosto lentamente
deu lugar à fúria incandescente.
— Essa cadela de duas caras. — ele rosnou finalmente. — Não toquei nela
desde o dia em que você se mudou. Inferno, nós mal conversamos. Quando você
disse que não queria que eu levasse mulheres para casa, eu disse a Pam que não
podia mais vê-la. Disse que minha meia-irmã tinha-se mudado e estava tentando
ser respeitoso. Pam lançou corretamente um ‘foda-se’. Foi uma cena ruim. — ele
deu um meio rosnando, passando os dedos pelo seu cabelo. — Mas se estava
cozinhando essa besteira venenosa, ela é ainda pior do que eu pensava.
— Ela... Ela mentiu? Só para me irritar? — minha cabeça estava girando.
— Então você realmente não?
Porra. Bela maneira. Toda aquela destruição sentimental porque estava se
sentindo uma puta maliciosa sobre a perda de seu amante? Minha raiva aumentou,
mas a desliguei rapidamente. Eu não ia deixar isso arruinar este momento
também.
Minha decisão foi recompensada instantaneamente quando a expressão de
Nixon caiu em algo mais suave, e ardente. Algo um pouco desesperado
esperançoso.
— Não dormi com ninguém desde que nos conhecemos. Juro pela minha
vida. — ele estendeu a mão para apertar o meu ombro. — A única mulher que
quero é você.
Meu coração acelerou com suas palavras, e algo abaixo, também vibrou com
seu toque. Mas tentei manter meus pés no chão um pouco mais.
Independentemente de quão sincero ele parecia, ainda precisava de mais algumas
respostas.
— Então o que estava fazendo na semana passada?
Ele pressionou seus lábios juntos, então suspirou e acenou com a cabeça.
— Está bem. Este é o dia para revelar tudo, não é?
Enquanto andávamos para casa, Nixon finalmente me contou tudo sobre sua
viagem: a medalha, o Pentágono, a ordem de sigilo, tudo.
— Tive de manter meu paradeiro em segredo. — finalizou. — Caso
contrário eu teria contado tudo. — ele sorriu para mim, o primeiro sorriso real que
tinha visto desde nossa luta na semana passada. — Na verdade, estou quebrando o
protocolo agora, mas... Há coisas mais importantes.
Quando chegamos ao apartamento. Com uma concessão para as minhas
pernas doloridas, pegamos o elevador. Mas quando chegamos ao sexto andar,
Nixon marchou direto passando nosso apartamento e começou a bater na porta ao
lado, como se tivesse tentando arrombá-la.
— O que diabos você está fazendo? — corri atrás dele, me perguntando se
tinha perdido o juízo.
Pam abriu a porta vestindo short preto mostrando seu traseiro e um
tubinho metálico violeta que mal continham os enormes seios. Puta merda, onde
esta o ataque de cegueira espontânea quando preciso de um? Eu me coçava para
dar a esta pobre mulher uma repaginada, mas isso seria muita bondade. Após a
implosão de minha relação com Nixon, o sofrimento no inferno da moda era o
mínimo que ela merecia.
— Que porra é essa, Pam? — Nixon rosnou antes que ela pudesse falar. —
Como diabos você sai espalhando merda por aí sobre viajar comigo?
— Ah, isso. — sua expressão confusa rapidamente se transformou em
irritação. — Se você tem toda a história, porque vem arrombar minha porta?
Nixon fez um gesto para mim. Ela me lançou um olhar ácido e segurei a
vontade de me mexer.
— Por que você deve a ela um pedido de desculpas.
O riso dela soava mais como um grito. — Eu? Devo a ela? Depois você me
deixou como uma batata quente para ir transar com sua própria irmã? Sua buceta
foi feita de ouro ou algo assim, ou você apenas tem um fetiche por incesto?
— Você sabia que estávamos juntos? — resmunguei. De repente, tudo fez
sentido. A única razão que Pam inventaria um encontro amoroso com Nixon era se
soubesse que eu estava com ele, caso contrário, esse tipo de mentira não me
machucaria. Ela tinha que saber...
— O tempo todo. — seu lábio enrolou completamente indignado. —
Querendo ou não. Nossos apartamentos compartilham uma parede, lembra? Eu
podia ouvir suas merdas quase todas as noites.
— Então escorregasse um bilhete debaixo da nossa porta pedindo para
abaixar o tom. — Nixon cuspiu. — Um pequeno inconveniente não te dá o direito
de mexer com a vida de outras pessoas.
— Sim, eu disse uma mentira. Queria irritar a pequena Senhora Perfeita. Do
que adiantou? — ela levantou as mãos em sinal de rendição, mas desafiando. —
Não lamento. É você quem o está fodendo.
— Não se atreva a se fazer de mártir aqui. — a voz de Nixon tinha abaixado
em um rosnado. — Se você tem um pingo de decência.
Com um olhar que poderianos transformar em pedra, Pam bateu a porta na
nossa cara.
Capítulo 19

Nixon

Voltei atormentando para o nosso apartamento, mal conseguia ouvir os


passos de Avery a minha direita sobre o sangue batendo em meus ouvidos.
Confrontar Pam só tinha me enfurecido mais. Pensei que pudesse me vingar,
esfregando em seu nariz suas cruéis mentiras desesperadas, mas era impossível
envergonhar, alguém sem vergonha na cara. Ela estava convencida de que estava
certa e que estávamos errados. Como poderia aquela puta me olhar diretamente
nos olhos, cheio de arrogância e dizer que não tinha o direito de estar com raiva?
Depois da maneira como ela tinha tratado a pessoa mais importante no meu
mundo?
Sentindo Avery ao meu lado, me virei para encará-la. Ela olhou para mim
como se não tivesse ideia do que aconteceria depois.
Seus olhos continuavam correndo pelo meu corpo suado, quase nu. Eu tinha
visto ela várias vezes excitada o suficiente para reconhecer o calor em seu olhar.
Mas ela também parecia envergonhada, com dúvidas, talvez até com medo. De
mim? De nós?
Eu não falei nem a toquei. Apenas olhei para seu rosto até que estivesse
pronta para qualquer pergunta terrível que estava pesando. Eu só podia imaginar o
que estava acontecendo na cabeça de Avery agora. Cada palavra de conforto ou
desejo que eu poderia imaginar parecia ser a coisa certa a dizer. Se eu estragasse
este momento, levaria muito tempo até ter outra chance, e não suportava mais
qualquer espera.
Ela engoliu seco. — Estava... Pam estava certa? Somos repugnantes? — ela
abaixou o olhar, todo o caminho até o tapete. — O que fizemos foi errado?
— Oh... Avery. Não. Deus, não. — estendi a mão, colocando os fios de
cabelos que havia escapado de seu rabo de cavalo atrás da sua orelha. — Alguma
vez se sentiu mal?
Se ela se odiava por dormir comigo, eu não tinha certeza que poderia lidar
com isso.
Uma longa hesitação. — Não. — ela finalmente disse, e soltei a respiração
que não sabia que estava segurando. — Pareceu certo. E... Nunca me senti tão bem
antes.
Suas palavras me encheram de calor. Mas a diversão temporária no mundo
não mudaria o que eu tinha que fazer. Em longo prazo, ainda não éramos
compatíveis. Saber o quanto ela tinha desfrutado por estarmos juntos apenas
tornou mais difícil para deixá-la ir. Lentamente assenti com a cabeça, a emoção
rolando no meu estômago.
Ela voltou a me olhar novamente, apenas seu sorriso tímido a evaporar-se
em preocupação. — O que está errado?
Acho que sou mais fácil de ler do que pensava. Como uma tática de atraso,
fui até a geladeira pegar uma garrafa de água para cada, tomando um longo gole
enquanto descobria a melhor maneira de responder.
— Vamos lá. Se estamos bem com isso, por que você estava me evitando?
Eu suspirei. — Conversei com Logan no domingo passado.
— Logo após nosso encontro? — parecia que ela não sabia se devia rir ou
ruborizar em humilhação.
— Sim. E coloquei um monte de coisas em perspectiva. — balançando a
cabeça, me preparei para a parte mais dolorosa. — Logan... É muito melhor para
você do que eu.
Ela piscou, abrindo ligeiramente a boca. — É melhor para mim? O que isso
significa?
— Ah, bem... — eu buscava uma explicação. Não esperava que ela lutasse
sobre fatos concretos. — Não é óbvio? Logan é estável. Ele quer deixar o SEALs. Ele
quer ter uma vida real, casar um dia.
Ela levantou a mão dela. — Não. Cale-se.
— Tudo o que eu quis dizer...
— Eu disse calado. — seus olhos faiscaram, ao se aproximar até que ficou de
igual para igual comigo. Um metro de cinquenta e sete centímetros de pura
indignação. — Não ouviu nada do que disse na praia? Não estou pronta para ser a
mulher de alguém agora.
— Mas o que acontece quando você estiver pronta?
— Então compreenderei isso por minha própria busca! Você não pode
decidir o que é melhor para mim. Eu decido. Eu e só eu. E tenho todo o direito de
escolher você, se for o que eu quiser.
Isto foi terrível. Como sempre conseguia irritá-la bem quando estava
tentando alcança-la? O que diabos eu ia fazer agora? Como eu poderia salvar isto.
Espere um minuto. Eu estava tendo alucinações, ou Avery apenas tinha dito que se
quisesse me escolheria?
—Se eu quiser isso significa que quero a sua carreira, também. Por que eu
sei que ser um SEAL é parte de você. Se você desistisse agora, ou se nunca tivesse-
se alistado, você não seria o homem que amo.
Algo se agarrou meu peito. A velha palavra com A finalmente saiu da toca. Mas
assim que disse isso, percebi que amor era a única palavra para o que eu sentia por
ela.
— As pessoas pensam que minha carreira é estúpida. — ela moveu-se, não
percebendo minha epifania atordoada, ou não se importando. — Mesmo quando as
pessoas não dizem em voz alta, vejo isso em seus rostos. Mas a moda e o blog ainda
são meu sonho, e jamais pediria para você desistir do seu. Nunca iria querer que
colocasse de lado essa parte de si mesmo. Não por mim, e nem por qualquer um. —
ela cortou a mão através do ar. — Eu vim para esta relação com os olhos abertos.
Eu sabia onde estava-me metendo. Então não tente me proteger das
minhasdecisões.
Sem fôlego, finalmente, Avery silenciou, quando apenas tinha acabado de
me rasgar em um novo imbecil. Tudo o que podia fazer era olhar para ela. Rosto
corado, e cabelo suado saltando para fora de seu rabo de cavalo, me olhando
claramente com paixão...
Nunca tinha visto ela tão bonita.
Incapaz de resistir a um único segundo mais, peguei a em meus braços e a
beijei como se minha vida dependesse disso. Ela chiou em estado de choque, então
derreteu contra meu corpo, sua boca abrindo para a minha com um doce suspiro.
Mesmo o leve toque de suas mãos apoiadas em minhas costas levantava um
arrepio. Ela acalmava e provocava meus nervos, tudo ao mesmo tempo. Deus, eu
disse que queria isto. Eu não era nada sem isso. Como sobrevivi tanto tempo sem o
gosto dela? Esta última semana e meia pareceu ser um ano. Suprimi um gemido de
desapontamento quando Avery puxou para trás.
— Não, não que isso não seja bom, mas... O que está acontecendo? — ela
perguntou.
— Você disse tudo que eu precisava ouvir. — respondi, ecoando a nota
áspera do desejo na voz dela. Atei nossos dedos e comecei a andar para o meu
quarto. A tentação de apenas fodê-la aqui no tapete da sala estava aumentando,
mas queria ela na minha cama. Entre beijos que lutei para manter curtos,
continuei. — Se eu puder me casar com você um dia, serei o homem mais sortudo
do mundo. E nunca te deixarei sozinha uma vez que for minha.
— Mas tem seu trabalho.
— Nenhum homem fica no SEAL para sempre. Fisicamente se exige muito.
Tenho dois, talvez três anos antes que meu corpo não aguente mais. — no limiar do
meu quarto, fiz uma pausa para olhar em seus olhos irrefreáveis. — Então, quando
esse momento chegar... Se ainda me quiser, vou fazer você minha. E não vou a
qualquer lugar.
Com um riso alegre, ela se atirou nos meus braços. O beijo foi toda a
resposta que eu precisava.
A deitei na cama, tirar sua roupa era o meu lazer, bebendo de cada polegada
das suas curvas perfeitas e macias. Quando estava nua aos meus olhos famintos,
me ajoelhei sobre ela e fechei minha boca em seu mamilo, sugando e passando
rapidamente minha língua nele. Seu suspiro rouco me motivou. Deixei minha mão
deslizar entre suas pernas, um leve toque apenas foi suficiente para fazê-la se
contorcer, e senti que estava tão molhada como nunca tinha estado. Querendo
sentir ainda mais, empurrei dois dedos dentro e atingindo seu ponto G. Ela gritou
quando meu polegar subiu a rodear seu clitóris.
Suas mãos agitaram em meus ombros, tentando fracamente me afastar.
— Pare por um minuto. — ela ofegante.
Eu rapidamente puxei meus dedos. — Eu machuquei você?
— Não, mas se você continuar, eu vou...
Meus olhos se arregalaram. — Já?
— Sentisua falta. — timidamente ela mordeu o lábio, mas sorriu feliz um
sorriso que fez meu peito doer tanto quanto meu pau. — Eu quero você dentro de
mim. Quero que goze comigo.
Mudei-me para beijá-la, sentindo seu sorriso contra a minha boca e
empurrei para dentro lentamente, até que ela cruzou os tornozelos nas minhas
costas e me puxou até bater no fundo. Peguei dica e comecei a me empurrar o
máximo que pude. Gemendo em voz alta, ela me arranhou tão faminta com essa
conexão como eu estava. Nossas línguas dançavam até estava tonto com falta de
oxigênio, me forcando a separar para um suspiro rápido antes de mergulhar de
volta em sua boca.
Meus olhos fecharam enquanto me concentrei atraído pelo barulho
intoxicante que ela fazia. Todos os meus sentidos estavam cheios até a borda: o
suor em sua pele aveludada, seus gritos de prazer já subindo para o seu pico, sua
buceta apertada e escorregadia segurando meu pau como se pedisse para ele
nunca sair de novo, seu cheiro de shampoo floral e o almíscar de sua excitação
outra coisa que era simplesmente excepcional, Avery.
— Nixon... Eu vou.
Suas palavras dissolveram em um gemido melodioso. A sensação das
paredes de sua buceta pulsando em êxtase ao redor do meu pau me empurram
sobre a borda. A beijei duramente, bebendo seus gemidos e me afogando em seu
calor, seu cheiro, sua paixão.
Em todas as minhas aventuras sexuais loucas, nunca tinha feito amor com
uma mulher antes. Nunca pensei que faria. Mas havia uma primeira vez para tudo.
Epílogo

Avery

O mestre de cerimônia limpou sua garganta e chamou.


— Avery Palmer.
Fiquei em pé, afastando rapidamente o tassel19 do meu rosto e comecei a
subir as escadas até o palco. Em meio a aplausos gerais, virei discretamente um
pouco para ouvir o grito característico de Cynthia que estava na parte de trás do
auditório. Toda a família tinha vindo para minha graduação... Exceto o homem que
eu mais queria ver.
Eu esperava que Nixon pudesse voltar, mas seu último e-mail dizia que sua
missão de treinamento iria durar mais algumas semanas. Nenhum de nós podia
fazer nada. Nosso primeiro destacamento como um casal tinha sobreposto com
minha cerimônia de formatura, e quando o governo disse para Nixon ir, ele foi.
Embora sua ausência tenha adicionado um toque agridoce para este
momento, não fiquei ressentida. Esta era a sua vida, seu emprego dos sonhos, e eu
estava feliz por fazer parte da sua própria felicidade. A visão de Nixon imponente
em sua roupa azul de missão tinha acendido um fogo de orgulho no meu coração...
Para não falar de outros lugares. O que tinha de tão sexy nos homens de uniforme?
Talvez devesse escrever meu primeiro post no blog sobre a psicologia
estética da moda militar.
Minha mente vagou de voltar para manhã que eu tinha dado um beijo de
despedida nele, sorrindo através de minhas lágrimas. Ele parecia tão
impressionante, cada centímetro protetor, forte, altruísta para aqueles que ele
servia e feroz para os seus inimigos. O elegante paletó de seus botões ousados era
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Tassel: ornamento pendente, usado em vestimentas como cortinas e outros artigos.
interrompido apenas pelas medalhas de combate brilhando em seu coração, e o
emblema oficial na sua manga esquerda. Nixon tinha me explicado o que
significava cada símbolo. No colarinho, uma gravata perfeito com nó simples
contra a camisa fina, branca como a neve. Na cabeça um quepe branco com enfeites
dourado e uma borda preta rígida. Sua calça preta vincada e sapatos de couro
completaram a imagem de força definida. Pura masculinidade, disciplinado, mas
nunca domado.
Quando aceitei meu diploma e apertei a mão do mestre de cerimônia, houve
uma explosão renovada de palmas. Olhei para o meio da multidão, confusa e ouvi
um assobio. Meus olhos cortaram acima apenas para ver o mesmo uniforme que
tinha visto indo embora há dois meses. Nixon estava esperando fora do palco, com
um enorme buquê de rosas vermelhas na mão.
Sem hesitação, corri escada abaixo e me joguei em seus braços. Ele me
pegou no ar e girou, me beijando apaixonadamente, e a multidão irrompeu em
aplausos tumultuados. Em meio a ruídos animados, Nixon me pegou no colo
colocando buquê sob meus joelhos e me carregou para fora da cerimônia de
formatura. Só podia imaginar o que nossa família estava pensando, mas se Nixon
não se importava, eu também não me importaria.
— Há uma sala de aula nesse corredor à esquerda. — sussurrei no seu
ouvido. — Ninguém deve estar usando-a hoje.
— Deus, eu te amo. — ele murmurou sua voz já ligeiramente áspera.
Levou apenas uns minutos para encontrar uma sala de aula vazia,
destrancada. Nixon me colocou no chão e empurrou uma cadeira sob a maçaneta.
— Calcinha fora. — ele ordenou enquanto se desfazia de seu cinto.
Apressei-me para passar minha calcinha púrpura por meus sapatos e deixa-
la cair no piso, seguida por meu capelo e a beca. Eu sabia onde Nixon estava indo
com isso, não podia esperar para senti-lo, também. E tanto quanto eu queria seu
corpo todo nu pressionado contra o meu também queria evitar desafiar o destino.
Se alguém passasse e pegasse um vislumbre de nós...
Gritei quando ele me pegou novamente e me sentou na mesa do professor.
Com uma mão forte, quente atrás das minhas costas, ele subiu a saia do meu
vestido de formatura.
— Está pronta? — ele perguntou.
Segurei seu olhar, esperando que pudesse ver o quanto precisava dele, tanto
no meu coração, como de meu corpo.
— Desde o segundo que vi você.
— Avery... Senti tanto sua falta. — me abraçando apertado, ele se empurrou
facilmente, e nossos gemidos misturaram. Seu pau grosso desapareceu dentro de
mim até que estava totalmente enterrado. — Esperei tanto tempo...
— Sete semanas e três dias, e... Oh... Dez horas. — cada estalo afiado de seus
quadris, provocou profundo prazer dentro da minha buceta até a base do meu
crânio.
— Só isso? — senti sua risada mais no meu peito do que no meu ouvido. —
Parece até mais do que meu último período de seca.
— Nossas sessões de sexo por telefone não foram suficientes?
— Ah, elas foram incríveis. — ele ofegou. — Era minha mão e não era o
suficiente.
As faíscas de prazer construíram mais quente e mais quente, mais rápido e
mais rápido, iluminando todo o meu corpo.
— E... Eu... Também —consegui responder antes de não poder falar mais.
Ele mudou sua mão de meu quadril para esfregar meu clitóris com o
polegar, e isso bastou. Quase gritei minhas pernas em torno de suas costas e meus
dedos ondulando em meu salto alto enquanto tremia com o prazer esmagador.
Meus olhos trêmulos fecharam, e cai sobre a mesa do professor quase com o
cotovelo desossado quando tentei me apoiar. Levei um segundo para notar que
Nixon tinha se ajoelhado.
— O que está fazendo? — eu ofeguei, lutando para me sentar e olhar para
ele. — Temos que voltar para lá!
A cabeça desapareceu debaixo da minha saia... Enquanto ele apoiava meus
tornozelos escorando em seus ombros. — Você precisa tomar um banho primeiro...
Não quero minha porra pingando em toda sua calcinha na frente de nossos pais.
Antes que pudesse dizer outra palavra, senti ele me limpar com um tecido
em toda a minha carne sensível, aparentemente, limpando a bagunça. Então sua
boca talentosa foi trabalhar e voltei a perder a fala. Meu clitóris estava ainda muito
sensível do meu último orgasmo, podia sentir cada lambida e me contorcia com
sua língua astuta. O menor movimento jogou meus nervos trêmulos como cordas
de harpa dedilhada. Não demorou muito até que coloquei meus dedos em minha
boca, mordendo firme para abafar meus gritos.
Nixon se levantou e limpou o rosto em sua manga, sorrindo com meu estado
ofegante e despenteado.
— Precisa de uma mão?
— Cale a boca. — Dei a ele um olhar indiferente, mas ainda estava muito
eufórica para reunir qualquer aborrecimento real. —Você não precisa de mim para
te dizer como você é bom.
— Mas gosto sempre de ouvir isso.
Ele ofereceu um cotovelo para eu me apoiar enquanto voltava a vestir
minha calcinha.
Rapidamente retoquei minha maquiagem, não estava ruim, embora meu
gloss tenha ficado horrivelmente manchado, e recolhi meu capelo e a beca. Então
levei Nixon de volta ao auditório, onde a recepção tinha começado.
Opa... Ficamos fora mais tempo do que eu pensava.
Cynthia e Russ estavam falando com um dos meus professores no palco. Na
mesa de refresco ao longo da parede, estavam Emma e Ford examinando a seleção
de ponche barato e cookies. Nixon caminhou para trás de seu irmão e colocou uma
mão em seu ombro.
Ford virou-se, piscando, depois riu. — Você saiu sorrateiramente filho da
puta! Você podia ter pelo menos dito ao seu irmão onde estava vindo.
— Como se você pudesse manter um segredo. — Nixon sorriu. — Sem se
casar, quero dizer.
Ford deu um olhar significativo para a Emma. — O fato de eu não ter-lhe
contado antes, permite você o chamar de filho da puta agora. Ele vai ser seu
cunhado em breve, você terá esse privilégio.
Mantendo o rosto incrivelmente reto, Emma assentiu com a cabeça para os
dois. — Eu não vou esquecer disso.
Nixon bufou, indelicadamente e voltou-se para Ford. — Então como está a
fazenda nos dias de hoje?
Enquanto eles começaram a recuperar o atraso das notícias do negócio de
família, Emma piscou para mim pelas costas deles. A mensagem era clara: transou,
hein? Tentei não mostrar meu embaraço. Em vez disso, apontei para o meu
pescoço e levantei as sobrancelhas: eu sou não a única. Emma olhou assustada e
ajustou seu lenço de seda fino para cobrir a marca da mordida roxa lá. Depois, do
nosso constrangimento desabamos em risos, fazendo com que Ford nos desse um
olhar estranho.
Emma chegou perto para me envolver em um abraço caloroso, e perfumado.
— Mamãe e eu estamos morrendo de vontade de comer uns bons frutos do
mar, então Russ quer levar todos para jantar no Truluck. — ela sussurrou em meu
cabelo despenteado. — Mas assim que os cinquentões forem para a cama... Deve-
me alguns detalhes suculentos. Vendem bebida para você?
— Como se eu não fosse contar tudo de qualquer maneira. — eu não
conseguia tirar o sorriso idiota do rosto. Por pura suculência, a minha história
definitivamente não decepcionaria.
— Podemos nos livrar dos rapazes e ir para o bar do hotel. — Emma
finalmente soltou seu sorriso cheio de afeto. — É tão bom te ver novamente.
Finalmente percebendo nossa pequena festa na mesa de refresco, Cynthia
acenou freneticamente e começou a arrastar o Russ em nossa direção. Peguei na
mão de Nixon para chamar a atenção dele e sorri para meus padrastos, ansiosa
para acolher a todos em minha nova vida. Éramos definitivamente uma família
pouco convencional, mas a melhor pensei...
Fixando-me em recuperar o atraso de tudo o que tinha perdido ao longo dos
últimos meses, não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Eu tinha meu diploma
na mão e meu homem de volta são e salvo. Nada poderia-me deixar triste hoje, nem
mesmo a expressão confusa no rosto do meu pai enquanto caminhava em nossa
direção. Obviamente, ele não tinha perdido a exibição pública de afeto por Nixon.
Bem, pai, eu pensei. Você é quem devia agradecer por não ser capaz de me
sustentar. Logo após agradecer Russ e Cynthia por propor uma solução fabulosa.
A mão de Nixon apertou meu quadril, e me apoiei nele o Melhor. Colega. De
Quarto. Do. Mundo.
Fim

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