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WORTH THE RIDE

By CASEY PEELER

PARCERIA

Disponibilização e TM – WAS

Revisão – WAS

Leitura Final – Bookaholic

Formatação – Bookaholic

Agosto 2021
Sinopse

Pai solteiro, Weston Parker é determinado nas suas metas, e criar sua filha
é sua principal prioridade. Mas sua garotinha mal-humorada de dez anos
está crescendo mais rápido do que jamais imaginou. Sua atitude
empreendedora é uma que ele já viu antes - principalmente em si mesmo.
Quando ela começa a trocar seus rabos de cavalo por maquiagem, Weston
percebe que pode não estar preparado para isso.

Veterinária dedicada e motivada, Timber Sellers sempre soube que voltaria


para casa, mas não estava totalmente pronta para que isso acontecesse
tão cedo. Encontrar o Weston teimoso e mandão de seus tempos de
colégio também não torna as coisas melhores. Mas quando ela conhece
sua filha, Timber sabe que está exatamente onde deveria estar. À medida
que Timber se aproxima da filha de Weston, seu exterior áspero se suaviza.
De repente, o calor entre eles explode e nenhum pode negar a atração.
Weston sempre vai atrás do que quer e, desta vez, quer um futuro com
Timber.
Prólogo
Weston
10 anos atrás

Durante nove meses, rezei para que tudo isso fosse um sonho e
para que não cometesse o maior erro da minha vida. No entanto, a voz
que ouço chamando do outro quarto e um teste de gravidez positivo
provou que estava errado. Eu vou ser pai, e não é assim que minha vida
deveria ser. Uma noite descuidada no Brandy's, nosso bar local, é a
culpada por isso. Nunca sou tão estúpido, mas uma vez deixei-me levar e
tinha que ser com ela: Hannah Cole. Não é que ela seja uma pessoa má,
mas ela não deveria ser minha para sempre. Inferno, eu nem mesmo
quero uma esposa, mas eu tenho uma. Uma coisa é certa, meus pais me
criaram bem, e aquela garotinha que ela está carregando é minha, então
prometi que sempre cuidaria dela e de Hannah. Hannah cresceu de
maneira diferente de mim, ela não tinha pais que lhe dedicaram tempo
para que se sentisse segura enquanto ela estava a crescer. Em vez disso,
ela tem um pai de merda que está sempre correndo atrás de sua mãe, e
uma mãe que continua a recuar e a aceitá-lo de volta. Eles não têm
empregos estáveis e, desde que me lembro, Hannah tem desejado
atenção de qualquer forma. Na escola, ela se saiu bem, mas nunca tomou
boas decisões quando se tratava de garotos, e ultimamente tenho me
perguntado se eu seria o fim do jogo para ela.

— Weston! Você pode chegar aqui por um minuto? — Hannah


grita. Tudo o que ela sempre faz é reclamar e queixar-se sobre como seus
pés doem e como eu a deixei assim. Bem, eu odeio dizer a ela que são
precisos dois, querida, e se eu não deixasse meu amigo Jim Beam
ensombrar meus pensamentos, não estaria nesta maldita situação. Por
que engravidei Hannah Cole e depois casei com ela? Alguns dias eu
literalmente quero bater minha cabeça contra a parede por ser um idiota.

Eu balanço minha cabeça enquanto entro no quarto, onde a vejo


parada ali com um milhão de peças de roupa na cama.

— O que eu devo vestir? — Ela deve estar brincando comigo.

— Onde você está indo? — Eu pergunto sem muita convicção. Não


tenho tempo para isso. Tenho uma tonelada de coisas para fazer na
fazenda hoje para que possa fugir neste fim de semana para a qualificação
no rodeio em Blacksburg.

— Para o hospital. Olá! Temos um bebê a caminho, — diz ela,


apontando para a barriga que está inchada do tamanho de uma bola de
basquete.

— Agora? — Ela balança a cabeça negativamente e eu encolho os


ombros, mas então vejo isso chegando. Ela empurra o lábio para fora e
cruza os braços.
— Mas Weston, não tenho ideia do que colocar na bolsa para levar
para o hospital. — Faço uma pausa porque não posso acreditar que ela
está preocupada com o que vai vestir. Eles não têm batas hospitalares
para isso?

— Hannah, realmente não é grande coisa. Eu levaria um pijama e


algo para ser usado na hora de voltar para casa. Não se estresse com isso.
— Tentei ser educado com minhas palavras. Hoje em dia isso é mais difícil
do que o normal com todo o estresse da fazenda, da qualificação do
rodeio e do bebê.

Quando olho na direção dela, sei que disse a coisa


errada. Lágrimas começam a brotar em seus olhos, seus lábios começam a
tremer, e caramba, odeio quando ela chora, mesmo que não a ame de
verdade. Odeio ver qualquer mulher chorar.

Dou um passo em sua direção e a puxo em meus braços. — Eu


sinto muito. Não achei que fosse grande coisa.

Através de suas lágrimas, eu a ouço choramingar.

— Eu explodi como um sapo e só quero voltar ao normal. Por quê


nós? Por quê?

— Hannah, isso não importa. Pense nessa doce garotinha


crescendo dentro de você. Tudo vai valer a pena quando ela estiver aqui.
— Tem certeza? Nenhum de nós queria isso. E se você conseguir
entrar no rodeio? Você não vai me deixar, não é? — Aqui vamos nós
novamente. Se já disse isso algumas vezes, já disse um milhão de vezes.

— Não, não vou. Já falamos sobre isso. Estou nisso a longo


prazo. Foi assim que qualquer um de nós planejou nosso futuro? — Ela
balança a cabeça negativamente. — Eu não vou embora. Você é a Sra.
Parker. Eu quero que nossa filha cresça em uma casa com ambos os
pais. Eu sei que as coisas não são perfeitas, mas talvez com o tempo as
coisas mudem para nós. Você é uma boa pessoa e será uma ótima
mãe. Inferno, se eu fizer o circuito, faremos isso juntos.

— Weston Parker, não me importo com o que as pessoas dizem


sobre você. Você é um bom homem.

Eu começo a rir desse comentário. — O que quer dizer com isso?

— Ah você sabe. Weston Parker é o homem mais arrogante deste


lado da fronteira estadual.

— Bem, acho que é uma coisa boa cruzar a fronteira do estado


amanhã para a qualificação.

— Sim, sobre isso...

Eu paro e olho para ela enquanto o sangue começa a ferver em


minhas veias. O que diabos? Não acabamos de ter essa conversa? Ela sabe
como isso é importante para mim. É tudo o que tenho trabalhado em toda
a minha vida. Os pêssegos pagam as malditas contas, mas esta é minha
última chance de fazer o circuito antes do bebê chegar. É agora ou nunca.

Hannah começa a falar com calma. — Weston, minha bolsa acabou


de estourar. Sinto muito, — ela diz enquanto as lágrimas escorrem pelo
seu rosto, — Você ainda pode ir amanhã. Ela deve estar aqui
então. Ficaremos bem. É o seu sonho, você tem que fazer isso.

— OK. — Eu sei que é uma merda querer ir, mas tem sido meu
sonho desde que me lembro. Estou indo faça chuva ou faça sol.

***

— Parabéns! É uma menina, — diz o médico para Hannah e para


mim.

Olhando para a mãe da minha filha, deitada na cama coberta de


suor, mas sorrindo de orelha a orelha, fico maravilhado com sua força,
mas é aí que meus sentimentos param. Ela deu tudo o que tinha para dar
hoje e agora temos uma menina preciosa. Nunca me senti pronto para ser
marido, muito menos pai, mas hoje, neste momento, todos esses
pensamentos se apagam.

— Ela é perfeita, — eu digo, olhando entre Hannah e minha


pequena filha. Quando seus olhos encontram os meus, eu sei em meu
coração que a vida vai ficar bem. Então ela sorri e meu coração
literalmente pula uma batida. É incrível como um momento mudou a
maneira como vejo meu futuro. Já faz quase um ano desde que tomei a
decisão de apoiar Hannah e tenho me chutado na bunda todos os dias
desde então. Mas esta noite, tudo mudou, e de jeito nenhum vou deixar
minha filha para ir ao rodeio, mesmo que seja o meu sonho. Haverá outro
em alguns meses. Cara, pareço um maricas, mas não consigo evitar. Esta
menina roubou meu coração.

Hannah olha para o bebê e depois para mim com lágrimas nos
olhos. Nosso relacionamento não é como a maioria, mas hoje nossos
sentimentos um pelo outro foram colocados de lado. É sobre a nossa filha
e não sobre o erro que cometemos nove meses atrás.

— Ela se parece com você, Weston.

— Mas ela tem seus olhos. Olá, Senhorita Bryndle Cole. — Ela olha
para mim.

— Bryndle Cole?

— Você sabe o que eu sinto sobre cavalos, e pensei que seu nome
de solteira seria um belo toque. — Conversamos sobre um nome por
meses. Bryndle é algo em que ambos concordamos, mas Cole não foi
sequer discutido. Eu sei que crescer na sua família foi difícil. Seus pais
nunca deram a mínima para ela, mas é uma parte de sua vida. Sinto que
nossa filha precisa de um pedaço de cada um de nós.

— Mas Weston...
— Hannah, é parte de quem você é, e do jeito que as coisas têm
acontecido, quero que ela tenha partes iguais de nós.

Lágrimas começam a rolar pelo seu rosto enquanto ela olha para
mim. — Essa é a coisa mais doce que alguém já fez por mim. — Ela pega
minha mão enquanto nós dois olhamos para nossa garotinha de 3
quilos. Hannah aperta minha mão antes que meu mundo comece a girar
fora de controle.

Em segundos, Bryndle é tirada dos braços de Hannah enquanto a


equipe começa a agitar-se dentro da sala. Fico ali em estado de choque ao
ouvir palavras que não entendo e estou paralisado no tempo. — Senhor,
você tem que sair da sala. — Meu sangue gela quando olho para trás e
vejo o corpo de Hannah convulsionar. Parece que o mundo parou de se
mover enquanto a enfermeira caminha em minha direção e me entrega
nas mãos minha preciosa garotinha. Olhando para Bryndle, vejo que ela
está contente e não tem ideia do caos que está acontecendo ao seu redor.

Tomando a pequena vida em minhas mãos, tenho o cuidado de


não a quebrar. Ela é tão pequena. Nunca segurei um bebê, e a coisa mais
próxima que segurei tão pequena foi uma de nossas galinhas na Fazenda
Forrest. Eu continuo a encarar seu rosto satisfeito enquanto uma onda de
caos circula ao nosso redor.

— Tudo bem. Ela não vai quebrar, — afirma a enfermeira


docemente, como se estivesse lendo minha mente. — Mantenha seu
braço atrás de sua cabeça e a mantenha abraçada perto. Estarei na mesa
ali se precisar de mim, — diz ela, apontando para o corredor.

Eu fico olhando enquanto o médico e as enfermeiras trabalham


rapidamente, mas quando o médico para e o monitor cardíaco silencia, eu
sei que a luta acabou. Não há palavras para este momento. Embora eu
nunca a tenha amado como deveria, meu coração ainda dói por minha
esposa. Meu coração se parte pela mulher que lutou toda a sua vida e
perdeu tudo por nosso pequeno milagre, Bryndle Cole. Nunca chorei por
uma morte, simplesmente não sou esse cara, mas meus olhos começam a
lacrimejar. Hannah sempre fará parte da minha vida e prometo criar nossa
linda filha da melhor maneira que eu puder.

— Acho que seremos eu e você, Docinho1, — eu digo, olhando


para a garota mais perfeita do mundo. Dou outra olhada no corpo sem
vida de Hannah enquanto as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eu
fico lá sem acreditar no que acabei de testemunhar. Rapidamente afasto
as lágrimas enquanto Bryndle começa a chorar.

— Senhor, venha conosco, — diz uma enfermeira enquanto nos


conduz para outra sala. Eu me concentro em Bryndle e sei que é hora de
ser um homem maior. Um homem que colocará sua filha em primeiro
lugar, mesmo que isso signifique desistir de seus sonhos.

1
No texto original a bebê é chamada de Sweet Peach pelo pai, a fazer a tradução de todas as traduções
possíveis está foi a que nos pareceu a mais indicada dado ser um termo carinhoso dado a uma bebê
recém-nascida.
Capítulo 1
Weston
4 anos atrás

— Papai! — Bryndle exclama enquanto pula desajeitadamente da


caminhonete do meu pai. — Olha o que Paw me deu! — Sorrindo para ela,
eu me abaixo ao seu nível e meu coração se enche de emoção quando ela
sorri de volta para mim.

— O que é, Docinho?

— Papai! — ela diz, colocando as mãos nos quadris, parecendo


com sua mãe. — Você sabe... é um pêssego Parker.

— Isso é bom?

— Este é o melhor! Precisamos levar alguns conosco para o rodeio.

— Com certeza, — eu digo enquanto andamos de mãos dadas para


dentro da casa com meu pai nos seguindo.

— Obrigado por cuidar dela, pai. Carreguei tudo para o rodeio


amanhã, a fazenda está cuidada e Forrest vai cuidar do mercado de
fazendeiros para nós.

— Você tem tudo sob controle, não é? — Ele diz com uma risada
calorosa.

— Estou tentando. Você está indo, certo?


— Bem, inferno, sim, — ele diz e eu o interrompo. — Merda... eu
ainda esqueço.

— Pai, sério?

— Está tudo bem, Paw. Eu sei que não posso usar essas
palavras. Essas são para pessoas com idade suficiente para beber o suco
de Paw.

— É isso mesmo, Docinho, — eu digo enquanto me lembro da


primeira vez que chamamos uma cerveja gelada de suco de Paw. Essa
deve ser a coisa mais fofa que eu já vi. Meu pai e Bryndle estavam
sentados na traseira de sua caminhonete. Ela tinha um copo de suco com
canudinho e, quando olhou para ele, disse que ele também tinha
suco. Daquele dia em diante, era o suco de Paw.

— A que horas você vai sair de manhã? — ele pergunta.

— Gostaria de estar lá às nove, o mais tardar. Não é como se


tivéssemos uma longa viagem, mas quero me instalar e mostrar o local a
Bryndle.

— Estarei aqui por volta das oito.

— Soa bem.

Na manhã seguinte, empacoto alguns itens de última hora e sigo


para o sul em direção ao rodeio. À medida que cruzamos a linha do
estado, a excitação começa a percorrer meu corpo. Olho para Bryndle no
banco de trás e mal posso esperar para tê-la comigo hoje.
Quando chegamos na Arena Blacksburg, os olhos de Bryndle
começam a se arregalar para tudo ao nosso redor. — Papai, olhe todos
esses cavalos! — ela exclama. — Olhe o lindo chapéu dela. — Ela aponta
para uma adolescente com um chapéu de vaqueira rosa choque. Puxa, é
horrível, mas não posso deixar que ela saiba disso.

— Estou olhando, Docinho.

— Posso ter um?

— Teremos que ver, mas tenho certeza de que eles terão algum
tipo de chapéu. Paw pode ajudá-la a encontrar um enquanto eu me
arrumo.

— Sim, Paw! Eu quero um rosa assim.

— Você entendeu! — Estreitando meus olhos para o meu pai, eu


silenciosamente imploro a ele para evitar o rosa. Juro que odeio essa cor.

Assim que chegamos, e faço o check in no registro, todos nós


caminhamos ao redor do rodeio e apreciamos os pontos turísticos. Este
rodeio é uma pequena parada no circuito, mas é o mais próximo de
mim. É um rodeio em que participo desde que me lembro, até à noite em
que Bryndle nasceu. Naquela noite, meus sonhos desmoronaram na
minha frente, mas jurei ser o pai que Bryndle precisava que eu fosse e
quando pudesse, eu voltaria ao rodeio. Demorou seis anos, mas eu sabia
que conseguiria, e hoje é o dia.
Caminhando para a arena, ouço Bryndle suspirar ao ver seu
tamanho. Pegando sua mão na minha, caminhamos em direção à área do
cavaleiro. Eu quero mostrar-lhe.

— Weston, vou dar uma volta sozinho. Estarei de volta em cerca


de vinte minutos.

— Sem problemas, pai. Use o passe e nos encontre no meu check-


in quando estiver pronto.

Ele acena com a cabeça enquanto passamos pela segurança e


começamos a vagar. Eu não falo muito. Deixo Bryndle absorver tudo. Ela
começa a fazer perguntas sobre quem são pessoas específicas e por que
há crianças aqui, mas quando vê os cavalos, ela fica imóvel.

— Papai, você está montando um desses?

— Sim, estou.

Aproximamos do portão e o cavalo fica agitado. Bryndle para por


completo.

— Ele é mau, papai. Ele não é como Poncho em casa.

— Ele é selvagem, Docinho. Sem problemas. Papai já montou


muitos cavalos como ele. Eu vou ficar bem. Prometo.

— É melhor você ficar!

— Promessa de mindinho, — eu declaro, colocando meu dedo


mindinho no ar. Ela sorri e torce seu pequeno dedo com o meu.
— Promessa de mindinho, — ela diz. — Agora, posso pegar um
desses chapéus?

— Paw vai levar você enquanto eu me preparo.

— OK. Eu sei que ele vai pegar o rosa também.

— Você acha? — Eu pergunto com uma piscadela.

— Sim!

Depois de darmos uma volta para ver os restantes animais, mostro


a ela onde estarei e explico o que acontecerá quando ela for com Paw. Ela
absorve como uma esponja. Há um brilho em seus olhos que me deixa
feliz, mas apavorado. Ela quer saber mais e é curiosa como eu era quando
criança.

Papai retorna após vinte minutos e leva Bryndle enquanto eu faço


o check-in. Depois de ouvir as regras e regulamentos, e de assinar um
termo de isenção de responsabilidade pela minha vida, é hora de tirar o
meu cavalo.

Rezo para conseguir um bom, um que já tenha aparecido e que eu


saiba como ele irá ser. Eu também rezo para que seja um em que possa
durar oito segundos e me qualifique para o grande show mais tarde esta
noite.

Dando um passo em direção ao pódio, um grande suspiro escapa


dos meus lábios e espero pela seleção do computador. Parece que leva
anos para anunciar, mas tenho certeza de que foi um mero segundo. Black
Jack. Merda. Esse é o cavalo que Bryndle tinha medo antes.

Controlo meus nervos e me afasto do pódio. Este não é o


momento de ser suave, você tem que estar confiante ou o negócio está
fechado. Caminhando em direção à minha caminhonete, coloco a mão na
bochecha e começo a me concentrar. Pego minha bolsa da cama e fico
alguns momentos em silêncio com o Big Man Upstairs, em seguida, volto
para a área de competidores e espero por Bryndle e papai.

Depois de encontrar um lugar para colocar minha bolsa, eu a abro


e começo a fazer meus rituais de preparação para montar. Certifico de
que minhas alças de flanco, fita, sino e outros itens estão prontos para
uso. Quando começo a me preparar para as preliminares, sinto uma
pequena pessoa envolver minha perna.

— Quem está com minha perna? É o Paw? — Eu questiono,


sabendo muito bem quem é.

— Sou eu, bobo, — Bryndle diz enquanto me abraça com mais


força e olha para mim usando um maldito chapéu rosa. Droga, papai. Olho
para cima e olho para ele.

— Ei, o que Docinho quer ela consegue com Paw. Você sabia disso
quando a enviou.

— Certo, mas vamos ver se isso vai funcionar em dez anos, quando
quiser um carro luxuoso.
— Claro que vai.

Balançando a cabeça, visto meu colete e volto minha atenção para


eles por alguns minutos.

— Quem você tirou? — ela pergunta.

— Black Jack, — eu digo calmamente.

Seus olhos se arregalam. — Ele é mau, papai.

— Não, ele só tem um lado mau. Há algum coração lá em algum


lugar, e eu vou encontrá-lo.

— É melhor. Você prometeu.

— Pode apostar que sim. Além disso, tenho minha melhor líder de
torcida bem aqui. — Papai deve sentir para onde isso está indo e
interrompe a conversa.

— Tudo bem Bryndle, vamos deixar seu pai ficar pronto. Temos
que encontrar um bom lugar.

— Ok, — ela diz enquanto olha para mim. — Você só precisa de


oito segundos, papai.

— Que tal eu conseguir nove? — Ela sorri e eu a puxo para um


abraço. — Eu te amo, Docinho.

— Também te amo, papai.

Depois que eles seguem para a arena, termino de me preparar


para cavalgar. Com meu chapéu em minhas mãos, reservo um momento
para visitar Black Jack e ter uma conversa com Jesus. É hora de me
concentrar no que está em jogo, e vou cavalgar aquele maldito cavalo por
nove segundos.

Aproximando-me dos currais de retenção, eu me concentro


nele. Quando seus olhos encontram os meus, ele me olha com poder e
controle. Olho de volta em seus olhos quando ele começa a resistir e sei
que esta cavalgada vai ser uma para os livros. Eu continuo a encará-lo até
que ele vire a cabeça em seu curral. Fico lá imóvel por mais um tempo. Eu
quero que ele saiba quem é o chefe. Quando seus olhos encontram os
meus novamente, eu sei que ele sabe. Fazendo meu caminho de volta
para a área dos competidores, eu espero.

Há vinte e cinco competidores neste evento hoje e apenas doze


avançam para as finais. Os três primeiros são então transferidos para a
próxima rodada do circuito. Sou o número vinte e dois, o que é uma
merda. Tenho que ficar aqui pela próxima hora e esperar. Nunca fui bom
em esperar. Conforme cada cavaleiro monta e o cavalo se agita, isso me
faz ansiar ainda mais. Meu coração bate mais rápido enquanto minha
mente começa a vagar para Black Jack e a próxima montaria. Eu quero
cavalgar agora, e a espera me mata.

À medida que se aproxima minha hora de montar, eu aproveito


para verificar novamente o meu colete, as calças de couro, a sela e o
cordame. Certifico de que o comprimento está correto. Quando chamam
meu nome para me preparar, respiro fundo, faço uma pequena oração e
corro minha lista de tarefas a fazer.

Eles puxam Black Jack para a rampa, a sela é colocada sobre ele e
ele não fica feliz. Respiro fundo e olho para as arquibancadas. É como se
pudesse sentir seus olhinhos perfeitos me encarando. Eu olho em sua
direção e dou uma piscadela. Ela sorri e sei que é hora de mostrar o que
seu pai pode fazer.

Quando eles me dão o ok, eu monto a sela, verifico meu cordame,


coloco minhas esporas sobre cada um de seus flancos e faço sinal com o
polegar para cima enquanto o portão balança ao abrir. Quando Black Jack
começa a girar para fora do portão, mantenho minhas esporas acima de
seus flancos. Depois de sua primeira investida, estas se movem. Eu
mantenho meus pés no lugar porque sei que a perda do estribo é uma
dedução. Antecipo cada movimento perfeitamente. Meu corpo se move
em sincronia, e quando ouço o som da campainha, eu seguro. Prometi a
ela nove segundos e, por Deus, é isso que ela vai receber. Soltando o
equipamento, eu pulo do cavalo e me arrasto para o lado da arena
enquanto ele corre em direção a rampa de saída.

Esperando o resultado, sei que só metade da prova é por minha


conta. A outra metade é com Black Jack. Ele me deu uma boa montaria,
mas foi o suficiente para impressionar os juízes?
Quando o locutor começa a falar, faço uma pausa. Tudo que
preciso é um oitenta e cinco ou superior. — Um oitenta e sete para
Weston Parker montando Black Jack. — Sim!

— Uau! — Solto enquanto jogo meu punho no ar. Que venham as


finais. Olhando em direção às arquibancadas, vejo Bryndle pulando para
cima e para baixo e mal posso esperar para colocar meus braços em volta
daquela garotinha. Papai está me dando um grande sorriso e, caramba, é
bom estar de volta à sela.

Quando a rodada final começa, me sinto mais à vontade sabendo


que já passei por uma rodada com o Black Jack. Quando meu nome é
chamado, realizo meus rituais mais uma vez. Na última hora, venho
tentando decidir como marcar um noventa. Acho que vou ter que fazê-lo
resistir mais nesta rodada.

Quando estou de volta, verifico tudo mais uma vez e tomo meu
lugar na rampa, pronto para montar o Black Jack. Dando sinal verde, o
portão se abre. Seguro minhas esporas acima de seus flancos e, depois
que o primeiro golpe acontece, está ligado. Eu cavo minhas esporas mais
fundo e ele começa a chutar com mais intensidade, e isso alimenta meu
fogo. Quanto mais ele chuta e gira, mais eu quero andar, mas quando a
campainha toca, conto aquele segundo extra para Bryndle.

Um milhar. Quando os mil ressoam em minha mente, eu solto o


cordame e começo a puxar meus pés dos estribos quando sinto meu pé
esquerdo travar. Merda! Puxo meu pé esquerdo de novo e percebo que
minha bota está presa no maldito estribo. Me mantendo o mais calmo
possível, pego o cordame para ajudar.

Fico olhando para os palhaços do rodeio, rezando para que eles


possam me ajudar. Eles reconhecem o medo em meus olhos, e todos nós
sabemos que isso pode ficar perigoso.

Todos nós trabalhamos rapidamente para diminuir a situação e,


em poucos instantes, estou fora de Black Jack e no portão. Um suspiro de
alívio enche meus pulmões por saber que estou seguro. Quando olho para
as arquibancadas, a expressão no rosto de Bryndle mostra o quão
orgulhosa está. Ela está gritando e pulando para cima e para baixo. Ela
adora essa emoção, mas não tem ideia do que poderia ter
acontecido. Agora, tudo que quero é abraçar minha garotinha. Corro pela
arena e escalo o portão para as arquibancadas.

Meu coração começa a bater fora do meu peito quando me


aproximo dela. Pegando os degraus de dois em dois, eu a pego em meus
braços e olho em seus olhos. — Estou bem, Docinho. Nove segundos
como prometi.

— Papai, isso foi mais como doze, e nunca mais faça


isso! Oito! Você só precisa de oito segundos, — diz ela com um sorriso
inocente.

— Tudo bem, apenas oito. — Dou-lhe um beijo rápido e o locutor


anuncia minha pontuação. Oitenta e oito. Sim, isso me colocou entre os
três primeiros por agora. Falta apenas mais um cavaleiro.
— Pai, vocês querem voltar comigo?

— O que você me diz, Docinho? — ele pergunta, olhando para ela.

— Sim, eu acho que não quero assistir o último de qualquer


maneira. Papai vai vencê-lo.

— Espero que sim, — digo enquanto caminhamos para a área dos


competidores.

Enquanto voltamos para minhas coisas, posso ouvir a multidão


enlouquecendo. Meu coração começa a afundar quando sei o que está
por vir. Eu perdi meu lugar para seguir em frente. Não há nada como
saber que você perdeu seu sonho, mas quando olho para Bryndle, sei que
dei tudo o que tinha. A melhor parte é que ela tem que assistir.
Capítulo 2
Timber
Nos Dias de Hoje

— Ei papai! — Digo, atendendo o telefone. — O que há em Peach


Town, EUA?

— Você sabe, eu te amo um alqueire, um beijinho e um abraço no


pescoço. — Este homem roubou meu coração desde a minha primeira
respiração e me ensinou muito na vida.

— Eu também te amo, papai. Agora me diga, o que realmente está


acontecendo?

— Você pode querer sentar para ouvir isto.

— Inferno não. Derrame.

— Cuidado com a boca, mocinha.

— Aprendi com os melhores.

— Bom ponto, e falando nisso, vou me aposentar no final do


verão.

— Você o quê? Você? Não fazendo nada o dia todo? Okay, certo.
— Não há nenhuma maneira no mundo de Lyle Sellers ficar sentado em
volta de sua casa o dia todo.
— Eu não disse que não estava fazendo nada. Eu disse que estava
me aposentando. Este velho está cansado de trabalhar o tempo todo. Eu
quero ir pescar quando quiser e levar sua mãe para um cruzeiro.

— OK. Estou feliz por você, mas o que isso significa para a
clínica? Aquele veterinário de meio período está dando certo?

A linha fica muda e eu sei o que está por vir.

— Na verdade, eu o demiti. Ele era um pé no saco. Ficava


questionando tudo o que eu estava fazendo e tinha todos esses novos
aparelhos. Eu disse a ele que conhecia alguém melhor e que deveria pegar
a estrada.

— Hum, hum. — Respirando fundo, olho ao redor do meu


apartamento chique no centro de Houston e espero que as palavras me
acertem.

— Eu quero que você assuma a clínica. Um Sellers merece assumir


este lugar. Timber, você é a melhor veterinária que conheço e, bem, você
sabe como me sinto sobre o povo da cidade.

Rindo: — Eu sei, papai. Quer dizer, não é sempre que eu tenho que
inseminar uma vaca por aqui, mas graças a Deus eu posso alimentar meu
grande vício em gado no rodeio.

— Eu sei que isso é pedir muito, mas sempre foi meu sonho... e
seu ao mesmo tempo. O que você diz?
Fazendo uma pausa, olho em volta do meu apartamento
moderno. Eu amo esse lugar e estar na cidade. Nunca, em meus sonhos
mais selvagens, imaginei que estaria vivendo assim. Desde que me
lembro, meu sonho envolvia pêssegos e gado.

— Papai, adoraria, mas...

— Sem mas, Tim. É tudo ou nada, doce menina.

— Estou dentro. Você sabe que isso é tudo que eu sempre quis
fazer. Além disso, você sabe que eu faria qualquer coisa por você, MAS eu
tenho que amarrar algumas coisas por aqui primeiro.

— Oh, querida, entendo isso, mas quanto mais cedo


melhor. Adoraria mostrar como as coisas mudaram nos últimos anos.

— Oh, eu aposto. — Eu digo com uma risadinha leve.

— Vou entregar minha notificação e deixar meu senhorio


saber. Meu aluguel termina no mês que vem e acabei de
renovar. Esperançosamente, eles entenderão.

— Tenho certeza que sim. As pessoas não estão batendo nas


portas para morar em cima umas das outras por aí?

— Você está exatamente certo. Eu te amo, papai.

— Igualmente, Tim. Vejo você em breve.

Desliguei o telefone, sentei e deixei nossa conversa afundar.


Enquanto crescia, jurei nunca sair de casa. Planejei trabalhar lado a lado
com meu pai. No entanto, a aceitação de um dos melhores programas
veterinários do país mudou isso. Eu sou uma graduada orgulhosa da Texas
A&M. O que não percebi na época foi o quanto me apaixonaria por este
estado e pela cidade de Houston. Após a formatura, aceitei um cargo
numa grande clínica veterinária nos arredores de Houston e este incrível
apartamento a minutos do centro da cidade e da vida noturna. É o sonho
de toda garota. Claro que senti falta de casa, mas morar aqui, com todas
essas oportunidades, era exatamente onde eu queria estar. O telefonema
de papai mudou isso, e eu sabia no fundo do meu coração que não
moraria na cidade para sempre e que esta foi uma pequena piscadela na
jornada da minha vida. É hora de voltar para casa.

Entrando no trabalho na segunda-feira, estou com medo de dizer


ao meu chefe que estou indo embora. — Dr. Miller, você tem um minuto?

— Certo. Entre, Timber, — ele diz enquanto olha para um gráfico


para uma próxima cirurgia. — O que está acontecendo?

— Estou voltando para casa.

Fazendo uma pausa, ele levanta os olhos do arquivo. — Quando


você decidiu isso?

— Este fim de semana. Meu pai está se aposentando e quer que


eu assuma seu consultório.

— Estou entendo. E o que você quer?

— Quero seguir os passos do meu pai em seu consultório. É tudo o


que sempre quis fazer. Crescendo, Houston nunca esteve no meu radar.
— Eu compreendo. Bem, você é uma jovem muito talentosa e vou
sentir falta de ter você aqui. Tenho certeza que o rodeio também sentirá
sua falta.

— Eu sei, mas talvez eu possa voltar para isso ou entrar no circuito


em nossa área.

— Quando você sai?

— Estou lhe dando meu pré-aviso de duas semanas.

— Entendo os sonhos e se é isso que você quer fazer, desejo tudo


de bom. Obrigado pelo seu tempo aqui.

Ele não leva isso tão duro quanto eu pensei que faria. Agora
espero que tudo corra bem com meu senhorio para que eu possa começar
a fazer as malas. É hora de viver antes de ir para casa. Ligo para minhas
amigas e planejamos uma última festa antes de partir para a vida que
estava destinada a levar.
Capítulo 3
Weston
Duas semanas depois

— Quer ir tomar uma cerveja no Brandy's hoje à noite? — Forrest


pergunta enquanto removemos a última cesta de pêssegos do trailer.

— Gostaria de poder, mas prometi a Bryndle que iríamos pescar


esta noite.

— Caramba cara. Quem pensaria isso?

— O que isso deveria significar? Esta tem sido minha vida há dez
anos, — eu digo, virando para ele.

Forrest joga as mãos para o alto, dando um passo para trás como
se estivesse jogando a toalha. — Nada, só queria que você pudesse sair de
vez em quando.

— Bem, eu não posso.

— Droga. Se acalme. Eu só perguntei. Isso é tudo. Poderia ser bom


para você sair de vez em quando. Merda, tudo o que você faz é trabalhar
nesta maldita fazenda de pêssegos, domar um ou dois cavalos e atender a
todas as necessidades de Bryndle.

— Acredite em mim, eu entendo, mas não posso desistir. Sem


mencionar que ela realmente quer fazer algo com seu velho.
— Merda. Por favor, não me diga.

— Ah não. É como se ela estivesse crescendo e não precisasse de


minha ajuda para fazer nada. Vou poupar alguns detalhes, mas ela demora
uma eternidade para se arrumar de manhã, ela me pediu para comprar
um pôster de um garotinho lindo para o quarto dela, e até me chamou de
Weston um dia destes.

Forrest começa a rir: — Aposto que isso colocou você no limite.

— Eu resolvi isso bem rápido, mas ela definitivamente não é mais


uma garotinha.

— Graças a Deus eu tenho James. Só tenho que me preocupar


com um pau

na cidade.

— Cala a boca. Não quero nem pensar sobre isso e Bryndle. Algum
garotinho ficaria sem seu material se tocasse em minha filha.

— Não sei o que faria com uma garota.

Rindo, eu paro por um momento, — E você acha que eu


sei? Inferno, a este ritmo, meu poço vai secar de seus malditos chuveiros e
ela nem mesmo é uma adolescente oficial ainda.

— Acho que é uma coisa boa você ter o lago?

Jogo a cesta em sua direção e ele se cala. Já chega de conversa de


garotas. Não me entenda mal, aquela garotinha é tudo no mundo para
mim, mas caramba, eu não sabia que seria assim. Nos últimos três anos,
eu a observei deixar de ser minha doce garotinha do interior que não
ligava para lama, seu cabelo ou se suas roupas combinavam com uma
boneca Barbie da vida real. Eu mencionei que ela ainda nem é uma
adolescente de verdade? Eu juro, todas as noites eu oro para que ela
continue pequena por um pouco mais de tempo porque, honestamente,
eu não posso fazer isso sozinho. É aqui que eu xingo Hannah Cole Parker
por nos deixar em paz. Eu sei que não estávamos destinados a ser, mas
caramba, eu não me inscrevi nesta merda de menina.

— Ei, Docinho, você está pronta? — Eu grito enquanto entro na


casa, colocando a caixa de equipamento e a vara de pescar na mesa.

— Estou indo, — diz ela, descendo as escadas em um par de shorts


que obviamente estão faltando cerca de sete centímetros de
comprimento. Onde ela conseguiu isso? Eu logo percebo que ela mesma
os cortou. Respiro fundo e guardo meu comentário para mim
mesmo. Aprendi no ano passado a deixar algumas coisas passarem, e hoje
esta é uma delas. Quero curtir uma tarde com meu Docinho.

— Estou pronta, papai.

Ela pega uma bebida para cada um de nós da geladeira e sai pela
porta. Caminhando em direção à lagoa, nenhum de nós diz muito, e o
silêncio preenche o ar quando começamos a pescar. Depois de alguns
minutos, ela se vira em minha direção. — Papai, como era a mamãe?
Meu corpo enrijece quando ela pergunta isso do nada. O que
posso dizer? Não é que eu não soubesse o básico sobre Hannah, mas não
a conhecia de verdade.

Enquanto um peixe mordisca minha linha, eu aperto a linha e paro


para ver se ele morde. Quando isso não acontece, volto minha atenção
para Bryndle.

— Bryn, sua mãe era algo especial e ela te amava.

— Você a amou?

Sinto um nó na garganta. Como faço para responder a isso? Digo a


verdade ou minto? Eu não estava apaixonado por ela, mas ela era uma
boa pessoa. — Não sei se amor é a palavra certa.

— Vocês se casaram por minha causa, não é? Você sabe que é


suposto se casar e depois ter bebês, certo?

— Sim, e sei que é assim que a vida deve ser, mas às vezes não
funciona assim.

— Paw ficou zangado?

Um sorriso cruza meu rosto quando eu penso naquele dia, — Sim,


estava furioso. Fui contar a ele e a Memaw. Ele estava colhendo os
pessegueiros. Começou a jogá-los na minha cabeça. Ele superou no
momento em que conheceu você.

— Você já se arrependeu?
Virando-me para olhar para ela, coloco a vara de pescar na grama
ao meu lado. — Nunca. Bryndle, você é a pessoa mais importante da
minha vida, e eu não trocaria você por nada no mundo.

— Nem mesmo para outra chance no rodeio?

— Não.

— Conte-me sobre o rodeio. Quer dizer, como era antes de eu


nascer.

— Desde que me lembro, Forrest e eu andávamos a cavalo, e um


dia uma égua selvagem foi trazida para a Clínica dos Sellers. Lyle nos disse
para não chegar perto dela, mas no momento em que ele saiu da nossa
vista, estávamos fazendo um plano para montar aquela égua selvagem.

— Você montou?

— É melhor você acreditar nisso.

— Você conseguiu oito segundos?

Rindo, lembro-me da viagem. — Não, mas aquela cavalgada me fez


perceber que eu precisava do rodeio.

— Mas por minha causa você nunca teve sua chance.

— Não, eu consegui minha chance, mas não era assim que minha
vida deveria ser. Há uma razão pela qual não cheguei aos três primeiros
naquele dia. Não tenho certeza se talvez fosse demais para você e para
mim. A vida tem um jeito de funcionar. Isto pode não ser o que
imaginamos para nós mesmos, mas é como deve ser. Lembre-se disso.
— O que você diria se eu quisesse fazer um rodeio?

Ouvi-la dizer essas palavras me dá vontade de dizer sim, mas o pai


em mim não está deixando isso acontecer. — Você faria uma corrida
incrível de barris. A maneira como você monta Poncho e como você
tentou uma ou duas vezes, eu sei que você se sairia muito bem.

— Não, papai, quero montar um cavalo.

Oh, merda, não. Isso não é lugar para ela. Tento manter minha voz
calma porque sei que se não fizer isso, ela vai ficar irritada. — Docinho, é
muito perigoso.

— Mas você conseguiu. Caramba, você ainda ama aqueles cavalos


selvagens. Não vejo como você pode treinar e montá-los e me dizer que
não posso. Quem faz isso?

— Seu pai. De onde vem isso, afinal?

— Não sei.

— Bryndle Cole, diga-me agora mesmo.

— Tudo bem. Tenho observado você com eles e me pergunto


como seria montar um. Não é um cavalo normal, mas selvagem.

— É perigoso. Não posso deixar você se machucar.

— Mas papai!

Eu a cortei, — Sem mas. Se você quiser participar numa corrida de


barril, tudo bem, mas você não vai montar assim.
— Aposto que se eu fosse um menino você me deixaria.

— Não, eu não deixaria.

— Se você diz, — ela diz enquanto pega sua vara e a enrola antes
de se levantar.

— Você acabou? — Eu pergunto, apontando para a vara de pescar.

— Sim, — ela diz enquanto caminha em direção a casa,


resmungando sobre por que ela teve que nascer menina. Balançando a
cabeça, lancei minha linha outra vez. Provavelmente deveria segui-la, mas
não quero discutir. Isso não nos levará a lugar nenhum.

Depois de passar um tempo sozinho no lago, sei que preciso dar


uma olhada em Bryndle. Quando chego em casa, chamo por ela, mas não
ouço nada. Ela provavelmente tem seus fones de ouvido enquanto assiste
vídeos ou algo assim naquele maldito tablet. Por que comprei isso para ela
no Natal?

Caminhando até a geladeira, pego uma cerveja gelada e me sento


na sala de estar. Quando ligo a TV, meu telefone toca.

— Olá?

— É Weston Parker?

— Sim senhor. Como posso ajudá-lo?

— Aqui é Ollie Strange. Eu tenho um cavalo para você.

— Está na sua casa?


— Sim.

— Ótimo, vou passar por aí depois da igreja amanhã.

— Parece bem. Obrigado novamente.

Desligando o telefone, eu olho as horas. Ainda é cedo e decido dar


uma olhada em Bryndle e me certificar de que ela está bem. Quando bato
na porta, não há resposta, então bato mais alto. Depois de um breve
momento, ela responde e eu entro. Ela coloca o tablet na cama e me
dá autorização para falar, então eu me sento em sua cama.

— Olha, eu sei que isso é algo que você quer fazer. Talvez esteja
em nosso sangue, mas como seu pai, não posso correr esse risco com
você.

— É porque eu sou uma menina, não é? Se fosse James


perguntando a Forrest, seria totalmente diferente. Eu simplesmente sei
disso.

— Não, não é. Meus nervos estariam à flor da pele de qualquer


maneira.

— Se você diz. — Talvez ela esteja certa. Talvez se ela fosse um


menino eu não me sentiria tão protetor, mas não poderia viver comigo
mesmo se ela se machucasse de alguma forma, forma ou forma.

— Então, Ollie Strange ligou e tem um novo cavalo para nós. Você
quer ir comigo depois da igreja amanhã?
— Certo. Eu entendo papai, mas um dia você vai ter que me deixar
crescer. Eu não vou quebrar, eu prometo. Você me ensinou a ser dura. —
Eu a puxo para mim enquanto ela envolve seus bracinhos ao meu lado. —
Eu te amo, papai.

— Eu te amo mais, Docinho.

Timber

As últimas duas semanas passaram voando e, antes que eu


percebesse, tenho meu apartamento inteiro embalado em um trailer
pronto para cruzar o país. Papai se ofereceu para vir e me ajudar, mas eu
disse a ele que não era necessário. Estou por minha conta há algum tempo
que não me importo de lidar com isso sozinha.

Chegando na cidade, noto que a única coisa que mudou foi o novo
letreiro de néon de Brandy. Quando chego na última placa de pare antes
da casa, vejo meu irmão saindo da fazenda dos Parker. Ele me vê e me
mostra o dedo do meio. Dois podem jogar esse jogo. Eu paro na frente
dele e faço o mesmo que ele pela janela, antes de continuar pela estrada
até a casa.

Quando vejo que papai está na clínica, saio da estrada para ir vê-lo
primeiro. Forrest chega bem atrás de mim.
— Bom movimento, irmã. Quero dizer, eu podia ter voltado com
você lá atrás.

— Não me interessa. Isso é o que você ganha por me


ignorar. Agora venha aqui e me dê um abraço. Você sabe que sentiu falta
da minha bunda, — eu digo com meus braços bem abertos.

— Sim, eu tenho que dizer, as coisas não são as mesmas sem você,
— diz ele, apontando para a clínica. Eu balanço minha cabeça enquanto
entramos.

— Papai, estou em casa, — digo enquanto entramos pela porta da


frente e o cheiro de pele e alvejante faz cócegas em meu nariz. Ainda tem
o mesmo cheiro. Olhando ao redor, vejo que há tinta nova nas paredes,
um computador na recepção e algumas outras atualizações menores.

Papai veio da sala dos fundos, — Aí está minha garota! Como foi?

— Bom, mas não quero fazer essa viagem novamente tão cedo.

— Vamos, deixe-me mostrar a você.

Sigo papai de volta enquanto Forrest vai para a casa. Papai me


mostra todas as coisas novas que eles adicionaram e depois fica tranquilo
pelo resto da tarde. Fazendo meu caminho para a casa, eu observo a
fazenda e os animais em ambos os lados da calçada. Olhando para a
minha direita, vejo Weston na lagoa. Estou totalmente impressionada por
ele não estar trabalhando, porque isso é tudo que me lembro sobre
ele. Ele trabalhava naquela fazenda de pêssegos de sol a sol e quando não
estava trabalhando, treinava para o rodeio.

Depois de estacionar minha caminhonete, pulo para fora enquanto


mamãe sai correndo da casa em minha direção. — Oh minha querida! Me
deixe ver você.

— Mãe, você me viu há um mês.

— Eu sei, mas eu tenho que receber meus abraços. É uma coisa de


mamãe.

Cara, eu a amo e tenho sentido falta dela mais do que ela


imagina. Houve ocasiões em que eu estava em Houston em que desejava
poder simplesmente dirigir até a casa dela e sentar-me para uma conversa
de garotas. Falar ao telefone não é a mesma coisa.

Forrest chega da varanda dos fundos segurando um pacote de


doze. — Trouxe para você um presente de boas-vindas, — diz ele,
colocando-o no balcão.

— Isso não é fofo?

— Na verdade, é para mim, mas vou compartilhar.

Revirando meus olhos, ele me joga uma. Mamãe fica parada com
as mãos nos quadris. Ele começa a rir e entrega uma a ela também.

— Eu trouxe você a este mundo, Forrest Kane, e posso levá-lo para


sair.
— Mamãe, eu só estava escolhendo. Você sabe que eu não te
deixaria de fora, mas eu tenho que voltar para casa em alguns minutos. —
Ela pega sua cerveja, estende a mão para mais uma e sai para encontrar o
papai.

— Para onde você vai? — Eu questiono.

— Os caras e eu estamos indo para Brandy's. Quer ir? — ele diz,


tomando um gole de sua lata. Eu pareço uma bagunça quente, mas
adoraria ter uma noite fora.

— Claro. Posso te encontrar lá? Preciso relaxar alguns minutos e


me instalar.

— Mana, ainda é cedo. Além disso, Mandy também vai. Ela está
levando James para os pais dela. Eu ia correr para casa e tomar banho
enquanto ela fazia isso. Tenho trabalhado a maior parte do dia.

— Como está a safra?

— Uma das melhores até agora. Os lucros ultrapassarão facilmente


os do ano passado.

— Fantástico. Você não tem pêssegos na caminhonete, tem?

— Que tipo de pergunta é essa?

— Uma boa. Então você tem um ou não?

— Sim, meio alqueire inteiro. Vou pegar alguns para você, — ele
diz enquanto caminha de volta para fora e os traz. Não perco tempo
afundando meus dentes naquele pêssego suculento. É ainda melhor do
que eu me lembro. Nada é melhor do que um pêssego Parker.

— Então, você quer passar por aqui e me pegar ou me encontrar


lá?

Ele coloca sua lata no balcão e, em seguida, apoia as mãos sobre


ela. — Sério, quero dizer, isso está saindo do meu caminho, Timber, e
quem sabe, eu posso transar.

— Ewww, apenas pare aí. Eu vou dirigir meu próprio carro.

— Eu sou casado, então posso transar o quanto eu quiser.

— Que tal eu simplesmente andar pela porta ao lado? Não quero


que você saia do caminho nem nada. Além disso, podemos beber um
pouco mais antes de sair.

Pego algumas cervejas da caixa para mamãe e papai e coloco na


geladeira. Forrest me ajuda a pegar algumas das minhas coisas do
trailer. Só carregamos o que preciso agora. Vou me preocupar com o resto
amanhã, quando me mudar para o loft acima do celeiro.

Uma hora depois, estou lavada com minha maquiagem e cabelo


pronto para ir. Meu único problema é que não tenho ideia da caixa de
roupas que trouxemos do trailer. Está úmido como tudo, então eu preciso
de uma roupa bonita, legal. Abrindo a primeira caixa, encontro minhas
roupas de inverno. Oh isso é ótimo. Então abro outra caixa, e logo em
cima está a minha roupa preferida. É um macacão curto cintado com
mangas de renda transparente. Eu sei exatamente onde está minha faixa
de cabelo que combina. Agora, preciso encontrar meus sapatos. Olhando
em um grande recipiente de plástico, vejo minhas botas castanhas. Eu
rapidamente as coloco e pego minha bolsa antes de descer para falar com
mamãe e papai antes de sair.

— Onde você vai para ficar com essa aparência tão atraente? —
Pergunta papai.

— O Brandy’s com Mandy, Forrest e os caras.

— Se você diz, — papai diz baixinho e mamãe encosta em seu


ombro.

— Você está linda. Tenha cuidado e ligue para nós se precisar.

— Tenho certeza de que ficaremos bem. Vejo você pela manhã. —


Dou um abraço e um beijo antes de caminhar para a casa do Forrest ao
lado.

Eu não bato. Apenas entro, — Ei mano! Estou aqui.

— Na cozinha. — Dirijo-me para a cozinha e, ao entrar, Forrest se


vira, engasgando com a cerveja.

— Droga, garota, — diz Mandy.

— Oh bobagem, eu vou me trocar, — eu digo enquanto faço um


cento e oitenta em direção à porta.

— Nah, eu acho que estava esperando a moleca Timber. Além


disso, é apenas o Brandy’s, — diz Forrest.
— Há ha muito engraçado. Agora, me dê uma maldita cerveja.

Crescendo, sempre fui a garota que ficava com os caras. Acho que
posso agradecer a Forrest e Weston por isso. Eu não tinha nenhuma
garota ao meu redor para brincar, exceto na escola. Também não gostava
de toda aquela confusão de garotas. Eu preferia brincar na lama ou pescar
em qualquer dia da semana. Quem estou enganando? Ainda adoro fazer
essas coisas quando posso. O fato de eu preferir passar o dia na fazenda
ou na clínica a fazer uma manicure meio que me tornava uma
rejeitada. Na maioria das vezes, as meninas do colégio só queriam ser
minhas amigas para tentar chegar perto de um dos rapazes. Eu sempre vi
através dessa merda. Bem, exceto aquela vez que fiz amizade com Hannah
Cole. Abençoe seu coração, ela precisava de uma amiga, mas logo percebi
que era para se aproximar de Weston. Eu meio que me chutei na bunda
com isso, mas tudo bem. É o que é.

— Então, quem está vindo? — Eu questiono.

— No momento somos nós, Skooter, Jimmy e Banks.

— Certo. Não conseguiu convencer Weston a sair à noite?

— De jeito nenhum. Bryndle o tem enrolado em seu mindinho. Eu


juro, ele precisa sair. Ele teve um pavio curto nos últimos meses. Hoje ele
estava me contando toda essa merda sobre o que ela está fazendo,
tentando ser toda adulta. Eu estava tipo, obrigado doce Jesus, eu tenho
um menino.

Mandy e eu rimos. — Não pode ser tão ruim.


— Oh, é ruim. Ele disse que ela está tomando banho por horas e
está com um comportamento por conta própria. Não quero nem pensar
em como ela será daqui a um ou dois anos.

Levamos alguns minutos para terminar nossas cervejas e, em


seguida, entramos na caminhonete de Forrest e seguimos para o bar
Brandy's.

Quando Forrest estaciona, desço graciosamente da caminhonete e


me certifico de não causar problemas a ninguém.

Ele mantém a porta aberta para nós enquanto entramos. Droga,


parece que voltei no tempo. As paredes rústicas e o teto de zinco
continuam iguais. As mesas de sinuca ainda estão exatamente no mesmo
lugar, mas eu percebi que eles mudaram a jukebox para uma mais
moderna e os bancos do bar são cobertos com pele de animal.

Olhando para o final do bar, eu espio os caras antes que me


vejam. Esgueirando-me por trás deles, coloco um braço sobre Skooter e
Jimmy. Se eu fizesse isso com Banks, é provável que ele me matasse. Uma
coisa que aprendi foi nunca me aproximar sorrateiramente de um surdo.

— Querem oferecer uma cerveja a uma senhora?

Eles olham por cima dos ombros e em uníssono dizem: — Puta


merda, Batman!

— Droga, não é a reação que eu esperava. Eu só preciso de uma


cerveja, — eu digo com uma piscadela.
— Timber, Houston faz bem ao corpo, — diz Skooter.

— Você acha? Agora me ofereça uma cerveja.

— Cerveja para a senhora, — ele diz enquanto todos se levantam


para me dar um abraço. Droga, senti falta desses caras.
Capítulo 4
Weston

Quando o sol começa a se pôr, pego os bifes da geladeira e vou até


a grelha na varanda dos fundos. Ao acendê-la, eu olho para o céu e tenho
alguns momentos para mim mesmo. Droga. Todos os meus amigos estão
fora esta noite, e estou em casa com minha filha. Balançando a cabeça,
penso em como minha vida mudou. Dez anos atrás, eu teria saído com
eles, jogando e falando bobagens com qualquer garota que andasse na
nossa direção.

Colocando os bifes na grelha, fecho a tampa e volto para


dentro. Bryndle está cortando batatas no balcão da cozinha.

— O que você está fazendo?

— Ajudando você. Tudo bem?

— Muita determinação?

— Claro. O que eu faria sem você?

— Sua vida seria super chata.

— Você provavelmente está certa. Que tal colocá-las na fritadeira?

Bryndle e eu passamos uma noite tranquila em casa enquanto


todos os meus amigos estão no bar. Merda. Eu sei que já deveria estar
acostumado com isso, mas por alguma razão eu gostaria de ter um
descanso. Não me entenda mal. Eu amo minha filha. Não a trocaria por
nada no mundo, mas falando sobre meninos, maquiagem e roupas
quando todos que eu conheço estão se divertindo no bar local, eu não
posso deixar de ficar com um pouco de ciúme. Alguns dias gostaria que
ainda pudéssemos conversar sobre pesca e rodeio como fazíamos quando
ela era pequena. Penso em ligar para o papai, mas mudo de ideia. Eu sei
que ele viria e cuidaria dela, mas me sinto tão culpado.

Quando os bifes começam a chiar, eu os tiro da grelha e Bryndle


põe a mesa para o jantar. Assim que Bryndle arruma seu prato, nos
sentamos. Desfrutamos de uma boa refeição enquanto conversamos. A
conversa parece como nos velhos tempos. Quando nós terminamos,
limpamos e nos dirigimos para a sala de estar para assistir ao mais novo
show de caça.

Assim que dispara, olho para minha filha. — Quer pegar um


sorvete ou algo assim?

— Nah, estou bem.

— Você está doente ou algo assim?

— Não, papai. Estou apenas empanturrada. Aquele bife estava tão


bom. Ninguém consegue superar o seu, isso é certo.

— Obrigado, Docinho, — eu digo enquanto meu telefone apita.

Olhando para baixo, vejo que é uma mensagem do Skooter. Isso


não pode ser bom. Ele criou um ritual o envio de fotos de garotas quando
a gangue sai. Odeio ver que barfly2 ele me enviou. Quando a foto aparece,
u vejo as costas duma maldita Barbie country. Droga. Rapidamente,
mando uma mensagem de volta informando que não tem como aquela
garota ser local. Ele envia alguns emojis aleatórios de volta com um monte
de árvores. O que diabos significa isso? Jogo meu telefone na mesa.

— Papai, o que foi isso? — ela pergunta.

— Skooter sendo Skooter.

— Oh, tudo bem. — Ela volta sua atenção para a TV e fico grato
por ela ainda gostar desses programas com seu pai, mas quando o relógio
se aproxima das dez, posso ver que ela está lutando para se manter
acordada. Logo, ela está dormindo profundamente no sofá.

Eu ando até ela e percebo como, neste momento, ela ainda é


minha garotinha. Ela está crescendo tão rápido, mas ainda tenho algum
tempo antes que ela se torne uma adolescente madura. Sussurro o nome
dela, tentando acordá-la o suficiente para que ela possa caminhar até seu
quarto. Ela não se move, então eu silenciosamente me curvo e a pego em
meus braços e a carrego para seu quarto.

Gentilmente a coloco em sua cama e a cubro. Quando começo a


me afastar, ela se move. Faço uma pausa enquanto ela sussurra: — Boa
noite, papai.

2
Gíria para denominar uma garota que costuma ir a bares.
— Boa noite, Docinho, — eu digo enquanto caminho até a porta e
olho para ela mais uma vez. Droga. Não importa o quanto ela me deixe
louco, eu amo essa menina mais do que a própria vida.

Volto para a sala de estar, sento-me no sofá e vou fazendo zapping


pelos canais. Nada como um sábado à noite em casa, enquanto todo
mundo está tendo uma noite fora.

Timber

A noite no Brandy's foi como uma mini reunião. Todos nós saímos
e droga, eu percebo o quanto eu senti falta deles. As garotas gritam com
os caras na piscina, e eu bebi cervejas demais do que preciso. Quando o
barman pergunta se eu quero outra, Forrest tenta evitar que isso
aconteça. Que diabos?

— A sério? O que há de errado com você?

— Temos que pegar o garoto cedo e você não precisa tomar mais
nada.

— Não interessa. Skooter, me dê mais uma.

Ele se afasta de mim e tenho medo de ter julgado mal este


grupo. Quando eles ficaram tão velhos?

Quando se aproxima da meia-noite, Forrest insiste em que


voltemos para casa. Tento o meu melhor para segurar um pouco mais,
mas sei que não adianta. Tenho certeza de que poderia pegar uma carona
com outra pessoa, mas, honestamente, acho que tenho medo de cair se
eu parar.

Chegando em casa dos meus pais, tiro os sapatos. Eu os carrego


enquanto caminho silenciosamente até a varanda, acenando para Forrest
e Mandy enquanto eles dirigem para casa.

Fechando a porta silenciosamente, entro na ponta dos pés quando


ouço aquela voz, aquela que costumava me pegar há tantos anos.

— Senhorita Timber, está entrando sorrateiramente? — Pergunta


papai.

— Não, apenas tentando fazer pouco barulho e não te acordar.

— Não se preocupe, eu estive assistindo o último programa de


pesca. Eu começo a assistir e não consigo desistir. Sem mencionar que é
hora do meu lanche da meia-noite. Quer se juntar a mim?

— Absolutamente.

Seguindo papai até a cozinha, ele pega duas colheres, em seguida,


abre a geladeira e puxa um grande recipiente retangular de lá. Colocando
na mesa, abre a tampa e o cheiro de chantilly gelado e banana atinge meu
nariz quando eu sento.

— Hum. Nada como o pudim nanner da sua mãe.

— Você acertou. Dê-me uma colher.


Nós dois mergulhamos sem dizer uma palavra, e ele está certo, é
muito bom.

Depois de alguns minutos, ele se levanta e nos prepara um copo de


leite. — Eu recebi uma ligação hoje à noite.

— Que tipo de ligação, papai?

— Ollie Strange tem um selvagem. Ele quer verificar amanhã. Você


quer ir comigo?

— Sim, mas por que ele tem um selvagem de qualquer maneira?

— Quem sabe. Eu nem tenho certeza sobre toda a situação, mas se


ele precisa ser verificado, não é como se fosse nosso primeiro rodeio.

— Bom ponto.

— Estou dentro, mas acho que vou sentir falta da igreja


amanhã. Tenho que começar a descarregar e estou exausta.

— Vou te dar uma folga esta semana, mocinha, mas você sabe
como é, nesta casa louvamos ao Senhor aos domingos.

— Sim, senhor, acho que é uma coisa boa eu estar no loft, — eu


digo com uma risada.

Eu me levanto e lhe dou um abraço antes de levar as colheres e os


copos para a pia enquanto ele coloca o pudim de banana na geladeira.
Capítulo 5
Weston

Depois do almoço, Bryndle e eu vamos em direção à fazenda do Sr.


Strange. Não é muito longe, mas estou interessado em ver este cavalo e,
mais importante, em descobrir por que ele o tem. Ele não é o tipo de cara
que normalmente enfrenta um selvagem.

— Papai, o que ele quer que você faça com este cavalo?

— Domesticá-lo.

— Como você faz isso?

Essa é uma pergunta que me faço com frequência. — Eu sou um


encantador de cavalos. — Bryndle começa a rir e eu também.

— Talvez eu possa te ajudar? — ela questiona. Eu sei que ela está


tentando conseguir o que quer.

— Veremos.

Ela olha na minha direção e sorri, sabendo que ela me fisgou


novamente. Não a quero perto de um cavalo selvagem, mas posso ver que
ela é como eu. No momento em que eu disser não, ela estará lá sozinha, e
isso é perigoso.

Enquanto caminhamos em direção ao pasto, noto um lindo cavalo


da cor da meia-noite vagando pelo campo. Tem um ar dominante sobre si.
— Ela é linda! — Bryndle diz enquanto começa a caminhar em
direção à cerca. Eu pego seu braço e a faço parar. Olhando para mim, ela
entende. Este cavalo é diferente e não pode ser tratado como Poncho,
nosso cavalo quarto de milha3.

— Por que alguns cavalos são selvagens e outros não?

— É como as pessoas. Cada pessoa é diferente, e é isso que torna


este mundo um lugar incrível.

O Sr. Strange se aproxima de nós e apertamos as mãos. Eu o


apresento a Bryndle, e então conversamos sobre negócios. Este cavalo foi
encontrado nas montanhas e trazido aqui por alguns amigos seus. Ele não
sabe o que fazer com ele, mas sabia que eu faria. Ele pensou que eu
poderia vendê-la para o rodeio ou usá-la eu mesmo. Eu odeio dizer a ele,
mas não é assim que o rodeio funciona.

Eu começo a dizer não a ele quando Bryndle fala. — Papai,


podemos comprá-la?

— Bryndle, não é disso que se trata. Não podemos nos dar ao luxo
de comprar mais animais.

— Você pode ficar com ela, Weston. Não é como se eu a tivesse


comprado. Deixe a garota levá-la. Você é o único que conheço que pode
fazer qualquer coisa com ela de qualquer maneira. O Dr. Sellers está a
caminho para examiná-la, então ela é sua.

3
Quarto de milha é uma raça de cavalo originária dos Estados Unidos
Bryndle pega minha mão e olha para mim. — Por favor, papai!

— Contanto que Lyle diga que ela está bem. — Não acredito que
acabei de concordar com isso. Bryndle começa a pular para cima e para
baixo, e não tenho ideia de quem é essa garota.

— Obrigada, papai! Você é o melhor! Eu prometo que vou te


ajudar como faço com Poncho. — Eu concordo.

Eu me viro para terminar com o Sr. Strange quando ela começa a


andar de volta para a cerca.

— Bryndle, fique perto, ok? — Ela acena com a cabeça em


concordância.

Caminhamos em direção ao celeiro enquanto a caminhonete de


Lyle para. O Sr. Strange começa a me contar o que sabe sobre a égua
quando vejo alguém que é estranhamente familiar. Eu fico surpreso
quando percebo quem é. Puta merda. Timber Sellers está de volta.

Quando eles se aproximam de nós, tento me manter sob controle,


porque sei que ela está prestes a fazer algum comentário espertinho. É
assim que ela é.

— Ei, doutor, espero que você não se importe, mas liguei para
Weston para ver o que ele poderia fazer com ela.

— Sem problemas, Sr. Stranger. Esta é minha filha, Timber. Ela


voltou a trabalhar comigo.

— Olá, Timber. Prazer em conhecê-lo.


— Olá, Sr. Stranger. Prazer em conhece-lo também.

— Se você não se importa, gostaríamos de dar uma olhada


nela. Você acha que pode fazer com que ela se aproxime? — O Sr. Sellers
pergunta, olhando em minha direção.

— Vamos ver se posso te ajudar com isso, — digo, esperando que


Timber faça um comentário, mas ela apenas segue atrás de nós.

Voltando-me para o pasto, meu coração salta do peito quando o


pânico se instala. Bryndle está dentro da cerca com a égua. — Bryndle
Cole! Não se mexa! — Eu digo, correndo em direção a ela com Timber
bem em meus calcanhares.

À medida que me aproximo, desacelero para não assustar a


égua. — Calma, papai. Você vai assustá-la, — ela sussurra sem tirar os
olhos da égua. É então que percebo que esta égua selvagem, a poucos
centímetros dela, está calma como um pepino.

Eu me aproximo delas com cautela. Não posso permitir que algo


aconteça com ela. — Dê um passo para trás lentamente, — eu instruo.

— Estou bem, papai. Ela gosta de mim. Não é, Scarlett? —


Scarlett? Merda, ela já a nomeou.

Fazendo uma pausa, avalio rapidamente a situação e percebo que


este cavalo confia em Bryndle. Quando dou um passo em sua direção, ela
começa a ficar agitada. Eu sei que, para a segurança de Bryndle, devo
manter distância. — Bryn, você está indo muito bem, mas o veterinário
precisa examiná-la. Então, se você não se importar, você poderia caminhar
com cuidado para o outro lado da cerca? — Eu pergunto em voz baixa e
calma.

— Mas papai!

— Sem desculpas. Apenas faça.

Timber

Eu fico surpresa quando o destemido Weston Parker tenta fingir


que não está cagado de medo, mas é óbvio que está apavorado. Olhando
para o papai, aceno com a cabeça enquanto caminhamos calmamente até
a cerca, tentando não fazer nada para assustar a égua.

Conforme nos aproximamos, eu olho para Weston. Se fôssemos


apenas nós, eu o chamaria de maricas e diria para ele sair do caminho,
mas acho que minha mãe me mataria se soubesse que eu falei assim na
frente de sua filhinha. Além disso, sei que temos que pensar sobre a
segurança dela.

— Eu posso? — Eu pergunto enquanto me movo em direção a


Bryndle e sua nova amiga. Ele me autoriza. — Olá, sou Timber.

— Papai e Forrest me falaram sobre você, — Bryndle diz e eu


aceno.
— Que tal você ficar bem aqui com ela enquanto eu a
examino. Tudo bem, Weston? — Seu rosto endurece.

— Tudo bem, mas não estou me movendo.

Assentindo, dou um passo mais perto enquanto papai traz a


maleta médica para nós. Começo a falar com a égua e quando ela começa
a se mexer, Bryndle dá um passo à frente. Parece acalmá-la.

— Ela gosta de você.

— Eu também acho.

Sorrindo, eu olho para Weston e de volta para ela. — Bryndle, você


pode falar com ela enquanto trabalho, mas mantenha uma distância
segura? Não importa o que aconteça, sempre fique na frente dela.

— Sim, senhora.

Eu começo a rir. Acho que nunca fui chamada de senhora. Ao fazer


uma verificação rápida da égua, fico impressionada com a forma como
Bryndle lida com ela e como elas parecem se entender. Eu sei que
qualquer animal pode virar em um minuto, mas é óbvio que Bryndle foi
exposta a este tipo de animal.

Quando terminamos, a égua fica impaciente. Quando todos nós


começamos a caminhar em direção à cerca, vejo Weston aumentar o
ritmo. Mas quando Bryndle não o segue, o velho Weston aparece.

— Docinho, venha e saia. Ela não se sente tranquila.

— Papai, estamos bem.


Ele olha na direção dela, e é como se falasse sem uma palavra.
Aqueles olhos de advertência, e isso até me faz tremer um pouco nas
botas, mas então lembro-me do Weston com quem costumava brigar
diariamente pescando na lagoa.

Enquanto limpamos a cerca, Weston se acerta nela. — Bryndle


Cole, o que você estava pensando? Eu disse para você não andar por aí,
mas você fez isso mesmo assim. Esta égua não vai conosco de jeito
nenhum. Se você não pode seguir as instruções, então não posso arriscar
em nossa fazenda.

— Mas, papai!

— Sem mas...— ele começa a dizer, mas eu o interrompo.

— Dê um tempo a ela, Weston, não é como se você não fizesse a


mesma coisa nessa idade. — Ele não diz uma palavra. Em vez disso, ele
olha para mim. Seus olhos me dizem que este não é o meu lugar e para
manter minha boca fechada. — Era eu. Não ela. Ela não seguiu as
instruções.

— E? — Eu brinco de volta, incapaz de manter minha boca fechada


como de costume.

— Ela sabia que não deveria fazer isso. Ela poderia ter se
machucado.

— E?
— E? É tudo que você pode dizer, Timber? — ele pergunta
enquanto tira o chapéu de cowboy da cabeça e enxuga o suor da testa.

— Não. Tape seus ouvidos, Bryndle, — eu digo e ela coloca as


mãos nos ouvidos. — Eu ia dizer, deça de seu maldito cavalo alto. E daí se
ela é uma garota? Ela fez algo incrível ali. Muitas vezes você não seguiu as
regras e acabou bem. — Weston está furioso neste momento e não posso
evitar. Sorrio como uma maldita gambá e isso realmente o irrita. Cara,
estar em casa vai ser muito divertido e mexer com Weston Parker vai
tornar tudo ainda melhor.

Olhando para Bryndle, vejo que ela ainda está com as mãos nos
ouvidos, então faço um gesto para que ela os abaixe. — Você foi incrível
ali, e se ele não deixar você levá-la, eu a levo. — Abaixando-me para
sussurrar alto o suficiente para que Weston ouça, digo: — Mesmo que ele
não fique feliz com isso.

Weston me olha como se estivesse pronto para entrar em conflito


como nos velhos tempos. Eu sorrio docemente e sigo em direção à
caminhonete do papai como se eu não tivesse acabado de colocá-lo no
seu lugar. Quando abro a porta, olho para trás em direção a eles. —Passo
pela fazenda amanhã quando ela estiver instalada para vê-la novamente e
a levarei para minha casa, se necessário.
Capítulo 6
Weston

O que diabos aconteceu? Minha filha acabou de testemunhar um


tornado Timber e estou sem palavras. Eu olho para Bryndle e depois para
Timber, que está correndo para a caminhonete de Lyle. Sr. Strange, o Sr.
Sellers e eu discutimos a opção de mover a égua hoje, mas eu decido
depois do que acabou de acontecer, preciso ter certeza de que tudo está
no lugar antes de decidir se ela irá para casa conosco ou com os Sellers. Eu
prometo ao Sr. Strange que voltarei depois que Bryndle for para a escola
amanhã e Lyle concordar em me encontrar aqui também. Terminamos os
negócios e então seguimos em direção ao caminhão.

Enquanto Bryndle colocava o cinto de segurança, eu a deixo saber


que não queria ser tão irritado. Entre ela ir lá e me assustar pra caralho, e
a boca inteligente de Timber, eu perdi a cabeça.

— Eu gosto dela, — diz Bryndle baixinho enquanto olha pela janela


em direção ao a égua.

— Eu sei que você gosta, Docinho, mas você me assustou hoje com
ela. Se ela vier para a fazenda, você tem que me prometer que seguirá
todas as regras.

— Eu quis dizer Timber, — ela diz com atitude.


Começo a rir de Timber e de sua atitude explosiva. — Sim, eu
sempre gostei dela também. Você nunca tem que adivinhar o que ela está
pensando.

— Então você nem sempre seguiu as regras, hein?

— Escute, mocinha, nem sempre fui perfeito e corri riscos, mas


você é minha garotinha e não quero que nada aconteça com
você. Trabalhar com um cavalo selvagem pode realmente machucar você
e você precisa ter cuidado com eles. Se você seguir as regras, vou te
ensinar tudo o que sei.

— Ok, papai. Obrigada.

Timber

Enquanto espero por papai na caminhonete, pego meu telefone


para checar as redes sociais. Quando termino, observo a égua no
pasto. Ainda não consigo entender como Bryndle estava tão calma com
ela. É quase como se ela tivesse um grande pedaço de seu pai dentro
daquele corpinho. Olhando para Weston, eu sei que papai vai me dar uma
bronca por ter falado com ele assim, mas droga, ele ficou todo irritado e
ela foi incrível. Ele sempre foi o primeiro a quebrar as regras, mas acho
que quando é sua filha, é diferente. Cara, eu nunca o vi tão chateado,
exceto quando ele descobriu que Hannah estava grávida. Senhor, tenha
piedade, aconteceu de eu estar no celeiro com Forrest e ele quebrou todo
tipo de merda naquela noite. Eu me senti tão mal por ele, mas
novamente, foi ele quem rolou no feno com ela.

Quando papai vêm para a caminhonete, me concentro


na bronca que estou prestes a receber. Cinco quatro três dois um.

— O que diabos foi isso, Timber?

— Ela foi incrível ali, e se ele não quiser a égua, eu a levo.

— E onde vai ficar? Não posso ter um cavalo selvagem perto dos
animais de estimação das pessoas.

Merda, eu não pensei nisso.

— Talvez Weston nos deixe mantê-la em sua casa.

— Você acredita? Do jeito que você acabou de lançar sua


armadilha para ele? Vocês não são mais crianças. Vocês são adultos
crescidos. Você vai ter que se afastar dele. Ele tem muito sobre ele entre
Bryndle, a temporada de pêssegos prestes a chegar, e agora esta égua.

— Honestamente, ele me irritou. Eu sei que deve ter ficado


assustado ao vê-la ali, mas ele deveria estar orgulhoso dela.

— Talvez você tenha razão, mas aquele homem teve um caminho


difícil e se deu bem. Você não é a mãe dela. Você não pode miná-lo na
frente delea. Ele tem seus motivos, e é melhor você orar para que ele
pegue aquela égua, porque nós não vamos.
Capítulo 7
Weston

Quando meu despertador toca aquele som horrível, coloco meus


pés no chão, esfrego a sonolência dos olhos e coloco meu jeans, camisa,
botas e boné surrado. Olhando para o relógio, sei que tenho muito
terreno para cobrir esta manhã na fazenda, além de verificar o pasto e o
celeiro em busca de tudo o que precisamos para Scarlett. Sim, jurei que
não ficaríamos com ela, mas sei muito bem que Timber não precisa
daquele animal em sua casa. As pessoas enlouqueceriam se soubessem
que seus preciosos filhotes estavam lá com aquele animal selvagem.

Rapidamente verifico Bryndle e sussurro para ela que estarei de


volta logo. Eu coloco o alarme em seu tablet e faço meu caminho para
fora.

Enquanto recolho os contêineres para começar a separar, Forrest


chega junto com os outros caras que trabalham para mim. Eles começam
a se preparar para o trabalho do dia. Olhando para o meu relógio, sei que
tenho cerca de trinta minutos antes de ter que entrar e deixar Bryndle
pronta para a escola.

Forrest e a equipe assumem as caixas enquanto vou verificar o


celeiro por tudo que vou precisar esta manhã. É claro que alimentação e o
essencial, mas eu saio com o Gator4 e verifico a cerca do perímetro por
quaisquer lacunas que possam dar a Scarlett uma chance de escapar ou
qualquer coisa que possa atrapalhar seu sucesso. Por fim, paro na cerca
para garantir que não haja placas fracas e que seja seguro para ela.

Quando o sol começa a aparecer no horizonte, sei que terminei


bem a tempo. No caminho de volta para casa, meu telefone começa a
tocar e vejo que é a Clínica dos Sellers.

— Ei, Lyle.

— Não, Timber. A que horas você vai lá esta manhã?

— Depois de levar Bryndle para a escola e carregar o trailer. Por


quê?

— Eu vou com você. Encontro você em sua casa por volta das oito
e meia.

Antes que eu tenha tempo para inventar uma desculpa, ela


desligou e eu estou sem palavras. Como ela sabia que eu ficaria com a
égua? Eu me viro e começo a andar para a casa quando vejo Forrest.

— Elaaaaa está de volta, — ele diz com uma risada. — Me


desculpe, cara. Eu não posso fazer nada com aquela garota.

— Ninguém jamais foi capaz de fazer.

4
veículo de pequeno porte usado para fazer várias tarefas em fazendas.
Entrando na casa, ouço o despertador tocar, mas não há sinal de
Bryndle. Aposto que ela nem se mexeu. Olhando para o relógio, sei que
temos que nos apressar. Bato na porta para dar a ela um pouco de
privacidade se ela estiver acordada, mas quando não ouço nada além do
alarme, entro. Caminhando para a cama dela, tento acordá-la o mais
suavemente possível. Ela não responde, então eu me sento ao lado dela e
afasto seu cabelo de seu rosto.

— Bom dia, Docinho. É hora de se levantar e brilhar. A luz do dia


está brilhando. — Um resmungo sai da tampa. — Se você não quer que eu
escolha suas roupas, sugiro que comece a se mover. — Ela joga as
cobertas para trás e solta um suspiro áspero enquanto seus olhos
começam a se abrir.

— Tudo bem. — Ela se senta, esfregando os olhos e se


espreguiçando enquanto começa a se mover. Eu me levanto, caminho em
direção à porta, acendo a luz e olho na direção dela.

— Cereal ou rolo de canela no café da manhã?

— Cereal. — Vou para a cozinha e preparo tudo. Depois de dez


minutos, volto para ver como ela está e a vejo parada ali com a escova
presa no cabelo.

— Precisa de alguma ajuda?

Ela me olha com olhos suplicantes e eu vou em seu


socorro. Envolvendo minha mão em torno da pega, tento o meu melhor
para desembaraçar o seu cabelo sem machucá-la, para que ela não tenha
um colapso. Ela se encolhe várias vezes, mas eventualmente conseguimos
soltar a escova e seu cabelo livre de emaranhados. Uma vez que os nós
passam, entrego a ela a escova e ela pega sua bandana e a desliza no
lugar.

— Vamos comer, — eu digo enquanto entramos na


cozinha. Tomamos um café da manhã rápido antes de eu deixá-la na
escola.

Chegando de volta à fazenda, vou direto para o celeiro. Carrego o


trailer com tudo que posso precisar para fazer a égua se sentir segura e
disposta a subir. Enquanto coloco o último dos suprimentos dentro, ouço
um caminhão descendo a estrada a todo vapor. Demoro menos de dois
segundos para saber quem está acelerando sobre duas rodas.

Virando, vejo Timber pulando para fora da caminhonete, batendo


a porta às pressas. Ela pega uma bolsa na parte de trás e caminha na
minha direção. Eu fico surpreso quando a vejo. Ela está completamente
diferente de ontem, mas talvez seja porque eu estava chateado naquela
hora. Ela não é a garota que costumava jogar beisebol e acertar na minha
bunda, ela é uma mulher adulta, com seios e tudo. Seu cabelo está
enrolado e solto, sua calça jeans se ajusta perfeitamente às pernas e ela
está usando um top apertado. Quando seus olhos encontram os meus, ela
sorri e acena. Quem é essa garota e onde está a velha Timber?
Timber

Caminhando em direção a Weston, posso sentir me olhando. Dou


a ele um sorriso e aceno, mas eu realmente quero tirá-lo do sério. No
entanto, as palavras de papai esta manhã estão ecoando em minha
mente. Faça o que fizer, Timber, lembre-se da clínica que você
representa. Aquela pequena conversa hoje de manhã deixou claro que é
melhor eu me comportar bem, mas tenho certeza de que é só na frente
dos clientes e Weston Parker não é um cliente, ele é o maldito garoto da
porta ao lado. Então, eu faço o que quero fazer e tiro-o do sério, e ele
retorna do meu jeito.

Aproximando dele, vejo que obviamente está trabalhando muito


esta manhã. — Precisa de ajuda? — Eu questiono.

— Nah. Acho que estou bem, mas você sabe que realmente não
precisa vir. Tenho certeza de que tenho tudo sob controle.

— Oh, tenho certeza que sim. Tipo como ontem, hein?

Ele faz uma pausa e olha na minha direção. — Oh, estou bem
hoje. Você teve um vislumbre de mim no dever de papai. Não há nada que
eu não vá fazer por ela, e é melhor você ficar feliz por ela estar lá e termos
uma audiência, porque precisei de tudo que eu tinha para não cair em sua
pequena armadilha.

— Armadilha?
— Você sabe do que eu estou falando. Você sempre gostou de me
irritar. Eu juro, acho que você costumava fazer essa merda de propósito,
mas se você fizer isso na frente da minha filha de novo, vou fazer você
desejar que não tivesse feito.

— Heh. Eu gostaria de ver você tentar. — Eu encolho os ombros,


tentando não rir enquanto caminhamos em direção ao
caminhão. Subindo, jogo minha bolsa no chão e faço algo completamente
fora do personagem. Olhando para ele, eu me desculpo. — Weston, eu
entendo. Não somos mais crianças. Sinto muito sobre isso. — Abaixando o
quebra-sol, abro o espelho e começo a prender meu cabelo em um rabo
de cavalo bagunçado. Weston olha na minha direção e balança a cabeça.

— O quê?

— Você faz isso parecer tão simples. Você sabia que demorei
quase um ano para conseguir um rabo de cavalo perfeito e então Bryndle
quis mudá-lo para uma trança francesa. Não sei o que vou fazer quando
ela quiser experimentar um daqueles vídeos que assistiu. Ela me mostrou
e eu continuo rezando para que essa fase passe.

Puxando o rabo de cavalo com força, fecho o espelho e levanto o


quebra-sol antes de olhar em sua direção. Por alguma razão, posso sentir
a paixão em suas palavras e o quão desesperadamente ele quer torná-la
bonita, mesmo que isso o faça perder seu cartão de homem.

— Bem, se você precisar da minha ajuda nesse departamento,


estou apenas a uma fazenda de distância.
— Obrigado, porque ela já está começando a mudar e isso está me
assustando pra caralho.

— O que você quer dizer?

Weston fica desconfortável em sua cadeira e eu coloco minha mão


em seu braço. — Não temos que falar sobre isso, mas apenas saiba, não
me importo em responder suas perguntas sobre as coisas. Houve um
tempo em que eu também não era uma garota feminina, e agora olhe
para mim. — Weston evita olhar para mim. — Bastou a faculdade e minha
vida mudou dramaticamente. Ainda sou aquela moleca no fundo, mas
amo esse meu lado também. Você tem que aprender a equilibrar isso.

— Se você diz, — ele responde enquanto continuamos na estrada.


Capítulo 8
Weston

Há algo sobre um passeio de caminhão que pode fazer você se


sentir livre ou preso sem uma maneira de escapar. Tenho certeza de que
esta manhã uma de minhas orações foi atendida. Era como se Timber
estacionasse nesta caminhonete e dissesse tudo o que eu precisava
ouvir. Eu xinguei Hannah tantas vezes por nos deixar, mas no momento
seguinte eu oraria para que uma mulher me ajudasse. Claro, minha mãe
fez pequenas coisas antes de morrer e eu tive ofertas, mas nenhuma era
tão genuína quanto esta. No momento em que prendeu o cabelo naquele
rabo de cavalo, ela parecia a velha Timber, mas o toque dela no meu
braço me fez sentir algo que você nunca deveria sentir pela irmã do seu
melhor amigo.

Parando na fazenda do Sr. Strange, vejo que Scarlett não está mais
no pasto. Ela deve estar no celeiro, e espero que ele não tenha nada de
valioso lá porque isso pode sair do controle.

Timber e eu saímos para cumprimentar o Sr. Strange, e ele nos


informa que a égua teve uma noite difícil. Sem dúvida, ela tentou quebrar
a barraca do celeiro. Ele parece relativamente calmo, então presumo que
o dano foi mínimo. Por que diabos eu não a levei ontem? Eu olho para
Timber e ela balança a cabeça, sabendo o que estou pensando. Temos que
avaliá-la novamente sem Bryndle por perto e pode ficar perigoso.
Passamos alguns momentos com o Sr. Strange antes que ele peça
licença para que possamos fazer nosso trabalho. Paro antes de entrarmos
no celeiro.

— Deixe-me dar uma olhada antes de nós dois entrarmos.

— Claro que não, eu não vim com você para sentar, além de ser a
veterinária do rodeio em Houston que me ajudou a amar esses selvagens.

— Tudo bem, — eu digo enquanto abro a porta e a ouço se


movendo. Ela não está resistindo ou sendo muito louca, mas posso sentir
que ela não gosta do recinto ou algo sobre este lugar.

Caminhamos calmamente em sua direção e ela nos observa


atentamente. — Ei você aí, menina bonita, — eu digo enquanto me
aproximo dela. Eu estendo minha mão em direção a ela. Ela faz uma pausa
e me olha com cautela.

— Olá, Scarlett. Minha Bryndle não pôde vir hoje. Ela tem escola,
mas sei que está animada para que você venha à nossa casa. Tudo bem. —
Eu continuo a falar com ela enquanto me aproximo. Quando estou a um
braço de distância, sinto alguém por perto e percebo que Timber não
perdeu tempo se movendo comigo. Ela começa a falar com Scarlett
também.

— Ei, menina bonita. Preciso dar uma olhada em você. Certificando


de que você não se machucou ontem à noite para que possamos ir.
A égua parece se acalmar ao som da voz de Timber. Eu a seguro e
coloco uma rédea. Ela me deixa fazer isso com facilidade e Timber começa
a examiná-la mais uma vez. Abrindo sua bolsa, Timber começa a preparar
as vacinas. Uma por uma, ela rapidamente as administra e Scarlett parece
lidar bem com elas.

Assim que terminam, pego a corda-guia e prendo-a ao


freio. Espero guiá-la para fora do celeiro com o mínimo de problemas.

Ela se sai bem enquanto caminhamos pelo celeiro para a luz do sol,
mas quando nos aproximamos do trailer, a ansiedade começa a se
instalar. Em um segundo, ela recuou e estou segurando a corda com força
extra. Timber larga a bolsa e dá um passo à frente.

— Shh, — ela diz enquanto tenta acalmar o cavalo. — Está tudo


bem, Scarlett. Eu prometo. Weston aqui não é nada além de um grande
bebê. Não se deixe enganar pelo rosto e músculos rígidos. Ele vai cuidar
muito bem de você. Eu prometo. — Que diabos? Grande bebê minha
bunda.

Quando a égua começa a empinar novamente, ela dá mais um


passo à frente e claramente não está preocupada com o perigo em que se
colocou. Quando os cascos de Scarlett fazem cócegas no chão, Timber
desliza a mão pela crina da égua. — Acalme-se ou ele não vai deixar você
ficar.

Tudo o que posso pensar é que esta égua prefere correr solta e
selvagem do que em uma fazenda. Depois de mais um estímulo, Scarlett
finalmente entra no trailer. Timber me ajuda a fechar o portão e, uma vez
que garantimos que tudo está seguro, falamos com o Sr. Strange antes de
voltar para a fazenda.

Não digo uma palavra no caminho de volta para a fazenda. Tenho


um milhão de coisas em minha mente, incluindo a garota ao meu lado. Eu
sou o maldito encantador de cavalos, não ela. Ela pega o telefone e faz
aquela famosa rolagem com o dedo que eu assisti Bryndle fazer tantas
vezes. Tento não revirar os olhos.

Chegando de volta à fazenda, vejo que Forrest e os caras estão


trabalhando duro no pomar. A colheita dos pêssegos Parker está em pleno
andamento e mal posso esperar para ver os lucros este ano. É incrível
como um restaurante usando nossos pêssegos mudou nossa vida. Somos
um pequeno pomar, mas desde que possamos garantir uma safra, o
Border Cafe faz seus pedidos para toda a temporada de pêssegos. É uma
das melhores tortas de pêssego que já comi, e é bom que minha mãe não
esteja por perto para saber que eu acho isso.

— Cara, você os fez trabalhar como loucos, e você está apenas se


divertindo com um cavalo. É tudo o que você faz por aqui? — ela diz com
atrevimento.

— Claro que não, eu trabalho pra caramba.

— Uau tigre, eu só estou brincando com você. Sei o quão duro


você trabalha e você sempre trabalhou, mas você está relaxando
hoje. Scarlett aqui colocou você para trás, tenho certeza.
— Sim, mas ela precisa ser cuidada. O Sr. Stranger não tinha ideia
do que fazer com ela. Não sei o que ele pensava que estava fazendo ao
colocá-la naquela baia.

— Eu sei certo? — ela diz com um sorriso. — Isso estava destinado


à destruição. — Ela olha para a hora. — Tenho cerca de uma hora antes de
precisar voltar para a clínica. Você quer que eu te ajude com ela?

— Eu não preciso de ajuda.

— Merda. Você continue dizendo isso a si mesmo. Especialmente


daqui a uns dois anos, quando Bryndle pensar que está sangrando até a
morte. — Oh meu Deus, ela precisava passar por esse assunto. Acho que
vou vomitar. — Até breve. Passo por aqui amanhã, se tudo bem

— Certo.

— Oh e Weston, você vai ficar bem. Crescer é uma merda, não é?

— Você não tem ideia, — eu digo enquanto caminho para a parte


de trás do trailer e começo a colocar Scarlett em sua nova e definitiva
casa. Nunca na minha vida eu pensei que um cavalo selvagem seria um
elemento permanente em nossa fazenda. Essa menina realmente me tem
enrolado em seu dedo.
Timber

Pegando minha bolsa, volto para minha caminhonete e decido ir


dizer olá ao meu irmão. Eu o encontro com os braços afundados em
pêssegos.

— Parece que esta temporada vai dar água na boca.

— Sim. Eu disse ontem que ia ser um bom dia. Só espero que


durem toda a temporada, já que é cedo.

— Não é por isso que existem cerca de cinquenta tipos diferentes


de pêssegos aqui?

— Quatro, não cinquenta, e você está certa. Devemos estar bem,


mas a agricultura é sempre uma aposta.

— Então, em que estamos apostando?

— Cale a boca, espertinha.

— Obrigada, — eu digo enquanto me preparo para sair.

— Ei Timber, como está Weston?

— O que isso deveria significar?

— Apenas perguntando de uma perspectiva feminina. Você sabe


que ele não fala sobre a merda que está acontecendo.

— Ele parece bem. Inferno, você realmente acha que ele vai
derramar tudo para mim? Estou em casa há um dia, seu idiota.
Antes que eu saiba o que está acontecendo, Forrest lança um
pêssego em minha direção. — Vocês não estão jogando nosso lucro por aí,
estão? — Eu quase pulo fora de minha pele quando ouço Weston atrás de
nós.

— Claro que não, aquele não poderia ser vendido e ela precisa ir à
clínica, — afirma Forrest. Posso dizer que há algo que não sei. O quê? Eu
não faço ideia.

— Muito bem. Estou indo, mas você joga algo assim em mim de
novo e o resultado será diferente.

Ele balança a cabeça quando me viro para caminhar até a minha


caminhonete. Deslizando para o banco do motorista, faço uma pausa e
vejo a visão na minha frente. Dois dos meus melhores amigos ainda são
tolos como ladrões. Anos atrás, eu me afastei e pensei que nunca
voltaria. Morar em Houston foi incrível e trabalhar no rodeio é algo que
nunca esquecerei, mas não tinha percebido o quanto realmente estava
perdendo.
Capítulo 9
Weston

Poucos minutos depois das três, vejo a caminhonete de Paw


descendo a estrada. Estou grato por ele. Ele ainda trabalha na fazenda na
maioria dos dias, mas sempre para para buscar nossa garota. Essa é a hora
deles, e muitas vezes me pergunto o que fazem quando não estou por
perto. É óbvio que ela consegue o que quer, mas me pergunto sobre o que
falam ou os segredos que compartilham.

Com a batida de uma porta, ouço Bryndle correr em direção ao


cercado nos fundos. É separado do celeiro para garantir que o cavalo se
sinta seguro e protegido. Está aqui desde que desisti do rodeio. Era é à
minha maneira de continuar participando. Hoje, quando alguém na nossa
área precisa de ajuda com um cavalo, eu sou o cara. Já pensei em como
seria voltar a andar no rodeio, mas sei que se voltar vai consumir a minha
vida e tenho muito com que me preocupar nestes dias.

Paw me deu a fazenda depois que mamãe morreu. Ele queria ter
certeza de que estava em boas mãos. Depois de assumir a fazenda, eu
sabia que precisava de outra pessoa para fazer parceria comigo, alguém
que entendesse tudo sobre os Pêssegos Parker, e é aí que entra Forrest. É
o nosso segredinho. Eu o nomeei gerente geral da fazenda e com
capacidade para dirigir qualquer coisa neste lugar se algo acontecer
comigo até que Bryndle tenha idade suficiente para decidir se ela quer
continuar este negócio. Eu nunca iria querer empurrar isso para ela.

— Papai! Ela está aqui? — Bryndle pergunta enquanto ela corre


até mim.

— Vamos ver, — eu digo enquanto ela joga sua mochila no chão e


sai em direção ao cercado. — Fique fora da cerca, Docinho!

Olhando para Paw, ele sorri. — Ela tem falado sobre esta égua
desde que eu a peguei. Posso dizer agora que se você a tivesse dado a
Timber, ela nunca o teria perdoado.

— Nah, ela teria superado isso.

— O que quer dizer?

— Fomos pegos em um tornado Timber ontem e as palavras


exatas de Bryndle foram que ela gostava dela.

Ele começa a balançar a cabeça, — Hum, isso vai ser um problema.

— Você está me dizendo. Contanto que ela não mostre a Bryndle a


porcaria que costumávamos fazer, eu ficarei bem. Quer dar uma olhada
nela?

Caminhamos até o cercado e, conforme nos aproximamos, vejo


que Bryndle obedeceu aos meus pedidos desta vez. Graças a Deus, mas
aposto que ela só está obedecendo para que fiquemos com Scarlett. Papai
e eu ficamos olhando para ela por um momento. Eu sorrio olhando para
minha garotinha. Ela tem um coração para essas criaturas como eu. Há
algo sobre um animal selvagem que me chama. Eu quero libertá-lo, mas
conquistá-lo ao mesmo tempo.

— Ela vai ser boa com ela, — papai diz.

— Sim, você sabe o que ela me perguntou outra noite? Achei que
fosse enlouquecer.

— Montar um cavalo selvagem. — Eu paro e fico olhando para


ele. Ele sabia malditamente. — Weston, falamos muito sobre isso. Ela
perguntou sobre suas histórias durante toda a vida, e nos últimos meses
ela ficou muito curiosa sobre isso. Não estou dizendo que você deve
deixá-la experimentar, mas não descarta. Além disso, estive pensando. E
se você tentasse de novo?

— Não e não.

— Ouvi dizer que há algumas vagas abertas ao público no rodeio


em agosto. Pense nisso. Eu sei o que te assustou, mas sei que você quer
estar de volta em um.

— Sim, mas e quanto a Bryndle? Eu não quero que ela venha. Não
até que eu tenha certeza de que está fechado.

— Eu vou ficar com ela. Além disso, você não teve uma noite fora
em Deus sabe quanto tempo. Ela pode ficar comigo e ir à igreja. Vai tudo
ficar bem.

— Veremos.
— Há um na Carolina do Sul em duas semanas. — Maldito
seja. Agora meu cérebro está girando.

Nós nos aproximamos de Bryndle, que está falando sobre uma


tempestade para Scarlett. — O que você acha, Docinho?

— Eu já a amo. — E eu também.

No restante da noite, mostro a Bryndle tudo o que é preciso para


trabalhar com Scarlett e mostro o que ela pode fazer para ajudar. Ela
prometeu alimentá-la todas as manhãs. À tarde, depois de terminar o
dever de casa, ela pode trabalhar com ela com minha ajuda.

Quando ela está contente, ajudo os caras a terminar na fazenda e


verifico Scarlett mais uma vez. Então Bryndle e eu limpamos e vamos em
direção ao Brandy's para pegar um hambúrguer com batatas fritas.

Timber

Depois que papai e eu terminamos com o último paciente, vou


para a casa para tomar um banho e descobrir o que vou fazer para o
jantar esta noite. Entrando, mamãe está na cozinha olhando para a
geladeira. — Não irá cozinhar sozinha, — eu digo com uma risada.

— Eu sei! Gostaria que alguém me dissesse o que cozinhar. Essa é


a minha decisão mais difícil do dia.
— Eu tive uma ideia. Vamos comer um hambúrguer no
Brandy's. Quando estávamos lá outra noite, minha boca começou a
salivar.

— Parece bom para mim. Vá avisar seu papai. — Vou contar a


papai enquanto ele está tirando as botas na varanda dos fundos e depois
corro para o loft para tomar um banho rápido. Depois que termino, coloco
um short e minha regata Shug & Honey. Eu puxo meu cabelo em um rabo
de cavalo bagunçado e coloco minhas botas. Olhando no espelho, percebo
que preciso de um pouco de brilho. Pego meus botões de Jess Mo e
espero meus pais na sala de estar.

Chegando à Brandy's, eu encontro uma mesa e entro. Marsha vem


e anota nosso pedido de bebida e eu observo tudo ao meu redor. Quando
crianças, vínhamos aqui antes que a multidão barulhenta aparecesse e,
como adolescentes, éramos a multidão barulhenta.

— Algumas coisas nunca mudam, não é? — Eu ouço por cima do


ombro e olho para cima para ver Weston e Bryndle.

— É incrível. É como se eu estivesse em um túnel do tempo. Juro


que não foi assim com Forrest e eles na outra noite... — Seu rosto fica
pálido, e estou quase com medo que ele esteja prestes a desmaiar. —
Quer se sentar conosco?

— Não, não queremos impor.

— Oh besteira! Sente-se, Weston. Além disso, preciso de um


pouco de tempo com o Bryndle, — diz mamãe, olhando em sua direção.
— Ei, Maw! — Bryndle diz com um sorriso e é óbvio que ela anda
muito perto do meu sobrinho James.

Weston olha para Bryndle e seu rosto se ilumina, então passamos


da mesa para a mesa ao nosso lado. Quando Marsha retorna, eu quase
caio da cadeira no chão quando ela literalmente encara Weston da cabeça
aos pés. Eu juro que se ele fosse comestível, ele seria migalhas agora. No
entanto, ele é tão sem noção.

Fazemos o pedido e, enquanto esperamos pela comida, mamãe e


Bryndle começam a conversar. Eu não tinha ideia do quanto mamãe sabia
sobre ela. Eu olho para Weston e ele encolhe os ombros. Bryndle começa
a falar sobre o baile da escola que está por vir e posso ver Weston
começando a se contorcer, então eu pulo.

— Então me diga, quando é esse baile?

— Semana que vem. É uma recompensa pelo nosso


comportamento positivo. É durante o dia escolar também.

— Ok, e não devemos sempre ter um comportamento positivo na


escola? — Eu questiono.

— Oh, como mudou, Timber. Eles agora ganham esses selos e uma
festa por se comportarem. Tudo o que conseguimos foi um remar por
mau comportamento.

— Verdade?
— Sim, é chamado PBIS. Tenho que ter quatro selos por dia. Mal
posso esperar pela dança. Achei um penteado fofo que quero
experimentar, mas ainda não mostrei ao papai.

— Mesmo? Acabei de dominar a trança francesa.

— Mostre-me, — eu digo, puxando meu telefone do bolso e


tocando no aplicativo do YouTube. Bryndle rapidamente o encontra e me
mostra. — Você quer um Gaga Bow?

— Sim! Eles são tão bonitinhos! Eu sei que o papai pode fazer isso,
— diz ela com absoluta confiança.

Olhando para Weston, posso ver a incerteza em seus olhos. — Que


tal isso. Vou ajudá-la a se preparar naquela manhã.

— Ela pode, papai?

— Certo. — Ele murmura obrigado quando Bryndle irrompe. —


Siiiim! Eu também já tenho um vestido.

— Você faz? — Weston pergunta confuso.

— Sim, Paw me levou para buscá-lo uma tarde. — Quase engasgo


com a cerveja quando percebo como essa garotinha realmente sabe como
lidar com todos os homens de sua vida.

— Como é? — minha mãe pergunta. Bryndle continua falando sem


parar sobre o vestido e a dança. Quando a comida chega, todos nós
ficamos quietos e gostamos. Ao dar uma mordida, juro que é melhor do
que sexo.
— Bom, hein? — Weston pergunta. — É melhor do que eu me
lembro.

Depois que terminamos, posso ver que Bryndle está começando a


ficar cansada. Weston se desculpa, mas quando ele começa a se levantar,
minha mãe começa a falar.

— Vou levá-la para casa e colocá-la na cama. Por que você e


Timber não saem um pouco?

— Mamãe, tenho certeza de que ele tem coisas melhores a fazer


do que sair com a minha pequena.

Weston olha na minha direção e depois na direção de Bryndle. —


O que você acha, Docinho?

— Acho que preciso de uma boa história de Maw Jane esta noite.
— Olhando entre ela e minha mãe, eu sei exatamente o que ela quer
dizer. Às vezes, o toque de uma mãe é o que você precisa. Até hoje, adoro
que minha mãe me conte uma história enquanto me aconchego em seu
ombro e tenho quase trinta anos.

Quando papai começa a pagar, Weston desiste. — Isso é o mínimo


que posso fazer. Deixe-me acompanhá-lo. Vá em frente e monte a mesa
de sinuca, Timber, porque ela está caindo.

— Sim, certo, chumbada de oito bolas.


Capítulo 10

Weston

Enquanto levo Bryndle até o caminhão dos Sellers, dou-lhe um


abraço e pergunto se eles têm certeza de que querem levá-la para
casa. Jane me enxota e fico feliz que ela ame minha filhinha. Depois que
minha mãe faleceu, Jane apareceu nos momentos perfeitos. É quase como
se minha mãe a mandasse na hora certa. Ela me ajudaria com coisas que
nunca pensei e Bryndle passou a amá-la e admirá-la. Quando eu dormia
tarde na fazenda, ela vinha e se certificava de que Bryndle estava
alimentada, banhada e pronta para dormir. Eu mesmo ouvi muitas
histórias de Maw Jane. Às vezes, eu me pegava espionando para ser
levado de volta a uma época mais simples - uma cheia de esconde-
esconde, colheita de pêssegos, pesca, beisebol e outra em que eu não
tinha nenhuma preocupação no mundo.

Digo boa noite a Bryndle e volto para dentro do Brandy. Olhando


para as mesas de sinuca, vejo por trás uma garota que acho que é Timber,
soltando o cabelo e passando os dedos por ele. De repente, isso me
atinge. Foi Timber naquela foto que Skooter me enviou no sábado à noite
que deixou meu lixo todo agitado. Isso não pode ser bom. Enquanto ela se
inclina sobre a mesa para colocar a prateleira, tenho que virar minha
cabeça porque em todos os anos que a conheço, nunca soube que ela
tinha uma bunda assim.
Ela olha por cima do ombro, — Você vem ou o quê?

— Ei Marsha, mais uma rodada quando você tiver uma chance, —


eu digo enquanto me movo em direção a Timber.

Quando começamos um amistoso jogo de sinuca, tento o meu


melhor para me concentrar em bater em sua bunda, mas cada vez que ela
se inclina para chutar a bola, minha mente vai direto para a sarjeta. Droga,
já faz muito tempo que não consigo tirar Timber da minha cabeça.

— Vamos ver você fazer isso, garotão, — ela desafia enquanto me


faz parecer um idiota, em seguida, toma um gole de sua cerveja. Eu faço o
meu melhor e acerto apenas uma bola na caçapa do canto, o que é
melhor do que nada.

Terminamos nosso jogo e depois nos sentamos no bar. — Então,


você está realmente trabalhando para o seu pai?

— Papai está se aposentando e estou assumindo. Ele ainda não


contou a ninguém, mas tenho certeza de que a maioria das pessoas já
percebeu. Por que mais eu estaria de volta?

— Talvez porque você estivesse cansada do Texas.

— Nunca. Weston, é incrível lá fora. Não só eu estava na cidade, o


que é uma loucura em si, mas pude trabalhar no rodeio, — ela faz uma
pausa e sorri como se estivesse se lembrando de uma parte de sua vida
que ela nunca esperava, mas não poderia imaginar não ter vivido.

— O que você está pensando?


— Eu sempre pensei que um dia, eu veria você cavalgando lá
fora. Estúpido, eu sei. — Enquanto ela cora levemente, vejo um lado mais
suave do tornado Timber que geralmente está por perto.

— Bem, esses dias acabaram.

— Você não pode estar falando sério. Você ainda tem tempo. Além
disso, há um em três semanas e serei a veterinária de plantão.

— Eu disse que aqueles dias acabaram. Não posso deixar minha


filha sem mamãe ou papai.

Ela pousa a mão na minha perna. — Sinto muito, Weston. Eu não


estava tentando começar algo. Achei que você estava pensando nisso.

— O quê?

— Eu ouvi nossos pais conversando. Seu pai disse que há algumas


vagas abertas e ele pensou que você estava considerando isso. — Eu sinto
meu sangue começar a ferver e dou a ela um olhar severo. — Acalme-se,
Cowboy. Ele disse considerando. Ei, Marsha, acho que precisamos de
alguns tiros, e quanto mais forte, melhor.

Quando os copos são colocados na nossa frente, fico com um


enorme nó na garganta. Já se passaram mais de dez anos desde que
peguei um com uma garota ao meu lado e isso me colocou em um mundo
de problemas.

— Olá? — ela diz, acenando com a mão na minha cara. — O que


diabos você está pensando ou será que quero saber?
— Vou passar o tiro.

— Minha bunda você vai! Já faz muito tempo desde que os


jogamos de volta.

— Já se passaram mais de dez anos desde que tirei uma foto de


qualquer coisa.

— Oh... bem, você pode apostar seu último dólar que não vai
conseguir usar essas calças hoje à noite, — diz ela com confiança.

Ela pega o copo na mão e eu faço o mesmo. Nós os batemos


juntos, os inclinamos para trás e bato o copo na mesa. Em seguida, faço
um gesto para que Marsha traga outro.

Timber

Algo na maneira como Weston atirou me fez manter minha boca


fechada. O que diabos está acontecendo com ele? Há momentos em que
ele ainda é o mesmo velho Weston. Ele ainda é arrogante e rude com seus
trabalhadores, mas notei em poucos dias que nos momentos com sua filha
ele é diferente. Ele cresceu e agora é um homem que quer o melhor para
sua filha.
Após o segundo tiro, Marsha questiona se queremos outro. Eu vejo
a hora e sei que precisamos voltar para casa porque o trabalho virá de
manhã cedo.

— Nah, está ficando tarde. Preciso chegar em casa e verificar


Bryndle, — diz ele, enquanto tira a carteira do bolso de trás. Enquanto ele
joga algum dinheiro no balcão, começo a contestar, mas ele me olha com
aqueles olhos duros.

— Não faça isso. Você não vai ganhar. Não essa noite.

— Mas-

— Timber, cale-se. Não tenho tempo para começar uma briga com
você. — Eu levanto meu queixo do chão e realmente quero cavar uma
última vez.

— Por quê? Com medo de perder? — Eu sei que não deveria, mas
droga, estou recebendo a última palavra. Ele não diz nada, mas se levanta
e olha para a porta. Merda, ele ganhou e nem abriu a maldita boca.

Caminhando para a caminhonete, quase me sinto mal por minhas


ações. Quase. Abro a porta do passageiro e entro enquanto ele faz o
mesmo. Ele coloca a chave na ignição e fazemos a curta viagem de volta
para sua fazenda.

Desligando a caminhonete, ele olha na minha direção. — Merda,


acho que deveria ter deixado você em casa.
— Por quê? Mamãe está aqui e não é como se eu nunca tivesse
feito esse passeio antes. Além disso, vou verificar Scarlett antes de sair.

— Como diabos você vai. Eu não preciso que ela se preocupe esta
noite.

— Ela não vai, Weston. Você sabe que quer tentar montá-la de
qualquer maneira. — E assim eu o tenho onde quero.
Capítulo 11
Weston

Merda. Por que ela teve que ir e dizer isso? Tenho feito bem em
manter esse pensamento fora da minha cabeça desde o momento em que
coloquei os olhos naquela beleza. Olhando para Timber, ela sabe que me
pegou.

— Não. Eu não.

— Desça de seu maldito cavalo e faça algo para o inferno de uma


vez.

Eu paro e olho para ela. — O que você acha que vamos fazer hoje à
noite?

— Não importa, eu tenho que ir para casa de qualquer maneira.

Quando ela começa a caminhar em direção à casa, eu a agarro


pelo braço. Eu literalmente quero chutar a minha própria bunda por ser
um idiota esta noite. Já se passou uma eternidade desde que saí, e com
Timber sei onde estamos. Amigos. Portanto, é totalmente seguro.

— Olha, isso foi um movimento idiota e eu sinto muito. A vida é


diferente hoje em dia. Eu não posso ir e me soltar. Inferno, a última vez
que saí com os caras foi quando James estava prestes a nascer. Tenho
muito com que me preocupar e odeio pedir a alguém para cuidar de
Bryndle.
— Sim, você é um idiota, mas sempre foi. Eu já sei disso. Olha, eu
odeio ser a única a te dizer isso, mas você está perdendo o controle. Na
verdade, você pode querer fazer algo por si mesmo de vez em quando.

— Eu não posso.

— Por que diabos não? Um dia aquela garotinha vai crescer e você
vai ficar sozinha aqui nesta fazenda. O que você vai fazer então?

Eu corro minhas mãos em meu rosto. — Vou me preocupar com


isso quando chegar a hora.

— Sim, eu aposto que você vai e suas bolas vão ficar velhas e
enrugadas. Você vai ficar sentado na varanda da frente com um cachorro
e outro frio. — Eu começo a rir de suas palavras. — O que é tão
engraçado? Você sabe que estou certa.

— Oh, querida, você sabe que eu não tenho nada com que me
preocupar nesse departamento. Minha mão está ótima.

— Sim, você fica dizendo isso a si mesmo, mas um dia você vai
pensar sobre isso e pensar que, maldição, Timber estava certa.

— Você sabe que sempre pode me ajudar nesse departamento.

Ela me olha com olhos que podem cuspir fogo. — Oh, aposto que
você gostaria, mas isso aqui não é barato. Não gosto de fazer seus
meninos se sentirem melhor. Estou procurando um homem de verdade
que saiba como balançar meu mundo, e você não é isso.
Ela se vira e caminha em direção à casa, e eu não consigo me
mover. Não é onde eu planejei aquela conversa, mas eu sei com certeza
que ela está certa. Um dia estarei sentado aqui sozinho, sem ninguém
com quem compartilhar minha vida e, por alguma razão estúpida, minha
mente está girando em derrubar as botas de Timber.

Timber

Droga, ele me queima, mas Deus sabe que estou certa. Eu


desacelero meus passos enquanto chego à varanda e acalmo antes de
entrar para pegar mamãe.

Deixando a porta aberta para Weston, vejo mamãe dormindo no


sofá. — Mamãe, você está pronta?

— Meu Deus, que horas são?

— Cerca de onze.

Ela olha por cima do meu ombro para ver Weston parado na
porta. — Ela foi perfeita. Você tem um bom lugar lá, Weston. Espero que
todos tenham se divertido. — Cortando meus olhos para Weston, sua
mandíbula fica dura. — Bem, vou interpretar isso como um sim. —
Mamãe se levanta, dá um abraço de despedida em Weston e saímos pela
porta. Ela leva dois segundos para acertar em mim uma vez que estamos
em seu carro.
— O que diabos aconteceu esta noite?

— Mamãe...

— Não vem com 'mamãe'! Tudo estava bem no jantar, mas é óbvio
que vocês irritaram um ao outro. — Encolhendo os ombros, não
respondo. — Oh, minhas estrelas... você gosta dele, não é?

— Não! Por que você diria isso?

— Nada, apenas uma observação.

— Bem, você está observando errado. — Mamãe interrompe a


conversa e, enquanto nos despedimos, tento esquecer o que ela disse. No
entanto, quando me deito na minha cama, vejo Weston com pouca ou
nenhuma roupa e penso em como eu daria qualquer coisa para tocar
aqueles braços trabalhadores dele. Eu perdi minha maldita cabeça.
Capítulo 12
Weston

Durante a semana passada, eu me mantive ocupado na fazenda,


me preparando para o mercado do fazendeiro neste fim de semana,
certificando de que todas as barracas da rodovia locais estavam prontas
para funcionar e trabalhando com Scarlett. Bryndle continuou a me
impressionar com sua dedicação não apenas para fazer o que pedi a ela,
mas também para ir além. Timber passa todos os dias para se certificar de
que Scarlett está bem. Ela manteve distância de mim e não tenho ideia do
porquê. Sempre tivemos um tipo de amizade que chamamos
assim. Quando eu pergunto algo a ela, ela responde sem estourar minhas
bolas e é estranho. É como se ela fosse toda profissional e tentasse me
evitar.

Na tarde de sexta-feira, todos os caminhões foram carregados e


estão prontos para o fim de semana oficial de venda de pêssego. Amanhã
será um longo dia, mas mal posso esperar. Assim que todos vão para casa,
Bryndle e eu damos uma volta para visitar Scarlett. Ela está aqui há uma
semana e é incrível ver seu progresso. Sinceramente, acho que devo
agradecer a minha filha por isso.

Enquanto Bryndle fala com Scarlett, observo suas interações e


decido saber sua opinião sobre algumas coisas.
— Então, você notou algo diferente com a Timber? — Ela faz uma
pausa e olha para mim: — O que você quer dizer? — Pegando minha mão,
eu esfrego Scarlett. — Ela tem sido legal.

— Papai, ela é sempre legal comigo. O que isso importa de


qualquer maneira?

— Ah deixa pra lá. Então, o que você acha desta temporada de


pêssego?

Ela faz uma pausa e olha para mim: — Vai ser fofo, mas papai, por
que você está tão preocupado com ela?

— Não é nada demais, mas ela sempre foi como um tornado


comigo e com Forrest. Ultimamente, ela é mais como a calmaria antes da
tempestade. — Bryndle começa a rir. — O que é tão engraçado?

— Você.

— Eu?

— Sim, você. O que você tem?

— Nada está errado. Eu só queria saber se você achou que ela


estava agindo de forma engraçada.

— Nah, papai. Isso é tudo por sua conta.

Eu deixo cair que tentei obter conselhos sobre uma mulher de


minha filha. Isso é muito engraçado? Sacudindo isso, eu me concentro em
Bryndle e Scarlett quando sinto alguém atrás de mim. Eu nem preciso
adivinhar quem é.
— Timber! — Bryndle grita de empolgação. — Veja isso, — diz ela,
enquanto estende a mão e Scarlett se aproxima.

— Fantástico. Espero não estar interrompendo nada, — diz


Timber. — Claro que não. Certo, papai? — Eu aceno em
concordância. Depois de alguns minutos,

Timber começa a se desculpar quando Bryndle entra na conversa.


— Ei, você quer ver meu vestido para a semana que vem?

— Claro.

Elas pedem licença e entram em casa enquanto eu fico a sós com


Scarlett. Eu levo alguns minutos para verificar sua água, dou-lhe um pouco
de comida extra e desfruto da paz e do silêncio.

Depois de cerca de quinze minutos, percebo que elas ainda não


voltaram para fora, e isso deve significar problemas.

Entrando na casa, ouço risadas vindo do quarto de Bryndle. É algo


que nunca ouvi antes. Ela parece tão feliz. Eu ando devagar para absorver
tudo e paro para ouvir por mais alguns momentos.

— Bryndle, esse vestido fica lindo em você. Você quer que eu


experimente o Gaga Bow enquanto estou aqui?

— Você pode? — Bryndle pergunta com entusiasmo que faz meu


coração saltar uma batida. Eu não entro. Em vez disso, encosto na parede
e escuto. Ouvir Bryndle interagindo com outra mulher é legal. Quero dizer,
ela teve minha mãe e a Sra. Sellers, mas esta não é uma figura do tipo
masculina. É alguém que pode ter um filho. Fazendo uma pausa, me
pergunto como seria a vida se Hannah ainda estivesse viva. Eu sei que
seríamos casados, mas meus sentimentos mudariam? No fundo, sei que
não teriam, e agora estou me perguntando se minha amiga Timber
poderia se tornar algo mais.

Timber

Bryndle pega elásticos de cabelo, uma escova e grampos de cabelo


de sua penteadeira, em seguida, se senta no chão entre as minhas
pernas. Peço que ela encontre o vídeo em seu tablet e assista mais uma
vez, então pego a escova e começo a pentear seu cabelo.

Uma vez que seu cabelo está sem emaranhado, começo a prendê-
lo em um rabo de cavalo e sigo o tutorial do vídeo. — Você pode me
passar um grampo de cabelo? — Ela o entrega para mim e eu separo o puf
e o prendo no lugar. Depois de alguns minutos lutando com algumas
peças indisciplinadas, tenho tudo onde precisa estar. Tomando um pouco
mais de tempo, certifico de que tudo está no lugar. Eu saio da minha
concentração quando há uma batida na porta.

— Não estou interrompendo, estou? — Weston pergunta com a


porta aberta.
— Nah, estávamos terminando. O que você acha? — Pergunto-
lhe.

— É fofo e muito melhor do que eu poderia fazer.

Não sei por quê, mas tenho vontade de encorajá-lo um pouco. —


Aposto que você conseguiria. É muito simples. Se você domina um rabo de
cavalo, não é muito mais do que isso.

— De jeito nenhum. A última vez que papai usou grampos de


cabelo, eles voaram pela sala como estilingues. — Bryndle começa a rir e
fazer uma demonstração simulada.

— Ei, me dê um tempo. Pelo menos eu estava disposto a tentar.

Levantando-se do chão, passo por Bryndle suas coisas de cabelo


para colocar na penteadeira enquanto caminho em direção a
Weston. Colocando minha mão em seu bíceps, eu olho para ele e o
tranquilizo, — Pelo menos você é homem o suficiente para tentar. Posso
prometer a você que Forrest não seria pego nem morto com grampos de
cabelo ou um penteado.

— Obrigado, — ele diz enquanto olha para Bryndle. — Isso é um


arco certo. É fofo. Você acha que poderia fazer isso com o meu?

— Papai! Você não tem cabelo.

— Eu poderia deixar crescer.

— Uh, por favor, não.


Fazendo o nosso caminho do quarto de Bryndle para a frente da
casa, Bryndle faz uma pausa. — Quer jantar conosco?

— Ah não. Eu não posso fazer isso.

— E porque não? — Perguntas de Bryndle.

— Eu adoraria, mas prometi ao meu pai que verificaria os animais


na clínica esta noite. Ele está me dando controle de tudo em algumas
semanas, e acho que ele está me testando. Temos o local inteiro cheio
para embarque neste fim de semana. Eu fico tipo, para onde estão indo
todos nesta pequena cidade? — Porcaria. Eu xinguei na frente de
Bryndle. Eu coloco minha mão sobre minha boca.

— Não se preocupe, Timber. Você conheceu meu papai? Já ouvi


coisas piores. Eu sei o trato. Você tem que ter idade suficiente para o suco
de paw para poder dizer essas palavras. — Suco de paw? Weston faz um
gesto como se estivesse bebendo uma cerveja.

— Ohhhh, entendi. Eu estou bem então. Bem, estou indo


embora. Obrigada pelo tempo das meninas, Bryndle.

— Posso ir com você para a clínica? — Bryndle pergunta enquanto


Weston parece que pode sufocá-la.

— Bryn, não nos convidamos a lugares. É rude.

— Desculpe. Eu estava pensando que eu poderia ir com ela e você


poderia preparar o jantar? Assim, Timber poderia voltar e comer
conosco. Por favor?
Weston olha na minha direção: — Isso não depende de mim. Acho
que Timber tem muito a fazer.

— Não, está tudo bem. Adoraria ter ajuda, mas não tenho que
ficar para o jantar. — Bryndle olha para mim com olhos suplicantes e
depois para Weston: — Bem, talvez eu possa, mas não estamos fazendo
disso um hábito.

— Sim! — ela diz enquanto sua excitação faz com que ela comece
a dançar. — Não devemos demorar muito.

— Não se preocupe, eu tenho um frio e uma grelha. Eu estou bem.

Bryndle e eu levamos o caminhão para a clínica. Chegando lá


dentro, ela é um monte de perguntas. Ela está curiosa para saber para que
servem as diferentes salas e por que mantemos certos animais em salas
diferentes. Uma vez que respondi a ela as perguntas, ela me ajuda a levar
os animais para fora para deixá-los correr e depois alimentá-los e dar-lhes
água.

Enquanto estamos reabastecendo as tigelas de água, ela me


pergunta sobre crescer aqui. Ela pergunta há quanto tempo eu conheço
Weston, por que saí, como eu sabia que queria ser veterinária, e então ela
joga uma bomba que eu nunca imaginei chegando.

— Ele gosta de você. — Eu literalmente deixo cair a tigela de água


no chão quando ouço essas palavras inocentes.

— O que você está falando? Nós somos amigos. Sempre fomos.


— Sim, mas acho que ele gosta de você gosta de você.

— Nah. Cuidado onde pisa. Eu tenho que pegar um esfregão.

Limpo a água e Bryndle termina de encher o restante das tigelas. É


óbvio que ela aprendeu a ter responsabilidade e ama os animais.

Quando terminamos, vou até o freezer e pego um picolé. — Quer


um?

— Certo! Papai nunca me deixa comer sobremesa primeiro. Você


tem laranja?

— Às vezes é normal quebrar as regras, — eu digo com uma


piscadela.

Pego um, passo para ela e comemos enquanto caminhamos de


volta para a minha caminhonete. Subindo, ela afivela o cinto de segurança
e olha na minha direção.

— Estou feliz que você voltou.

— Por que isso?

— Não sei. Não me entenda mal, Maw Jane é ótima e Paw me


deixa conseguir o que eu quero, mas você é diferente.

Eu sorrio em sua direção, e espero e rezo para que ela não esteja
pensando o que eu penso que ela está. Eu não sou sua mãe. A mãe dela
morreu há muito tempo e eu nunca tentaria substituí-la.
— Bryndle, entendo totalmente, e estou aqui se você precisar ter
um dia das meninas ou até mesmo falar sobre coisas que você acha que
seu pai não vai entender.

— Obrigada. Ele é um bom ouvinte, mas às vezes sei que ele não
tem certeza de como responder.

— Sim, parece que ele tem sido um papai quase na mão.

— Bem, às vezes. Teve uma vez que ele me fez usar essas calças
feias porque eram a coisa mais nova na loja de caça. Timber, elas eram
horríveis e eram dois tamanhos maiores. Não sei o que ele estava
pensando. Vou usar camuflagem o dia todo, mas tenho algumas regras.

Rindo, eu percebo a pequena senhora que tenho na minha


frente. Chegando em casa, posso sentir o cheiro da comida cozinhando na
grelha. Sentindo o cheiro, sei que é bife e minha boca já está salivando.

Entramos e Bryndle dá uma última mordida, em seguida, larga o


picolé. Garota esperta. Eu a sigo até a varanda dos fundos e encontro
Weston parado ali, de costas para nós, e neste momento ele parece
diferente. Ele se parece com um homem, não com o garoto que eu
conhecia, e meus pedaços de senhora estão vivos e em movimento.
Capítulo 13
Weston

Ouvindo a porta de tela bater, eu tomo um último gole da minha


cerveja antes de fechar a tampa da grelha e olhar por cima do ombro.

Deve haver algo errado comigo porque Timber está parado ali com
uma aparência de cervo sob os faróis. Discretamente, certifico de que a
porta do meu celeiro está fechada e então me distraio quando noto o
brilho laranja ao redor da boca de Bryndle.

— O que você tem comido?

— É culpa de Timber, ela me obrigou a fazer isso. — Eu olho para


cima para vê-la tirar aquele picolé da boca.

— Você conhece a regra. Sem doces até depois do jantar.

— Mas às vezes as regras devem ser quebradas. Certo, Timber?

— Claro! Especialmente quando você ajudou na clínica e merece


uma recompensa.

— Tudo bem, você venceu. — Timber começa a sorrir. — O quê?

— O que você vai fazer? Fazê-la tirar da barriga? Você não pensou
nisso.

Eu balanço minha cabeça para ela e, em seguida, jogo uma cerveja


para ela. Ela joga o picolé na lata de lixo e depois abre a cerveja. - Bryn, vá
se limpar. Está quase pronto. — Ela faz seu caminho para dentro e eu me
viro para verificar os bifes enquanto tento envolver meu cérebro em torno
desses sentimentos ridículos que estou tendo por Timber.

— Precisa que eu faça alguma coisa? — Timber pergunta enquanto


caminha ao meu lado. — Acho que estamos bem. Como ela estava?

Timber pousa a cerveja, cruza os braços e olha na minha


direção. — Weston Parker, você se superou. Aquela garotinha está indo, e
é tudo por sua causa.

O que diabos? — Espere... onde a está Timber Sellers e o que você


fez com o tornado Sellers?

Ela balança a cabeça. — Eu não acho que você ouve o


suficiente. Eu estive fora e não estive por perto para vê-la crescer ao longo
dos anos, mas me surpreende como um cara, que não queria nada com
crianças, pegou essa situação e rolou com ela. Isso mostra que você
realmente não é o idiota arrogante que todos sempre pensaram que você
seria.

Antes que eu perceba, estou a centímetros de seu rosto e posso


dizer que ela está prendendo a respiração, mas quando o barulho de
passos ecoam ao longe, eu saio dele e dou um grande passo para trás.
Timber

Respire Timber, respire. Fico repetindo para mim mesma enquanto


a porta se abre e Bryndle aparece com seu tablet e fones de ouvido, sem
prestar atenção a nenhum de nós. Obrigada Senhor. Weston abre a tampa
da grelha e começa a retirar os bifes. Quando começo a aumentar a
distância entre nós, Weston se vira para mim. — Vamos terminar o que
começamos mais tarde. — Eu mordo o interior da minha bochecha e
aceno com a cabeça. O que diabos estou fazendo e se Bryndle estava cert?

Durante o jantar, minha cabeça está girando com o que aconteceu


lá fora. Weston olha entre Bryndle e eu, mas há momentos em que seus
olhos permanecem em mim por mais tempo do que deveriam. Quando
terminamos, ajudo a limpar a mesa e começo a lavar a louça quando
Bryndle me informa que esse é o seu trabalho. Dou um passo para trás,
sabendo que ela se orgulha de suas responsabilidades. — Posso secar? —
Eu pergunto a ela.

— Certo.

— Vou guardá-los, — diz Weston e os concluímos em tempo


recorde. Quando terminamos, Weston diz a Bryndle para se preparar para
dormir. Eles têm um longo dia no mercado do fazendeiro amanhã e eu
tenho que trabalhar na clínica. Quando começo a me desculpar, Weston
volta os olhos na minha direção. Conheci aquele olhar antes e isso
significa que é melhor eu ficar parada.
— Me Deixe colocá-la na cama. Você ainda tem uma cerveja para
terminar.

Bryndle reaparece e quando Weston diz que é hora de dormir, ela


não discute. Em vez disso, ela corre para mim, me pegando desprevenida
e me abraça.

— Boa noite, Timber. Obrigada por me ajudar com meu cabelo e


me deixar quebrar as regras.

Eu a abraço com força e olho para Weston, que vira a cabeça


rapidamente. É quase como se ele não pudesse lidar com a visão à sua
frente. Quando ela se afasta, ela o abraça também e corre para o quarto.

Weston pega duas cervejas na geladeira e faz sinal para que


saímos. Sentando-se no convés de trás, ele me entrega um. Eu
rapidamente tomo um gole, porque não tenho ideia de onde isso vai
dar. Weston não diz nada. Ele se senta e olha para sua cerveja.

Depois do que pareceu uma eternidade, ele começou a falar


enquanto ainda olhava para sua cerveja, — Obrigado por esta noite.

— O que você quer dizer?

— Quero dizer, obrigado por arrumar o cabelo com ela e deixá-la ir


com você. Ela precisa disso.

— Uh huh, o que você realmente quer dizer? Lembre-se de que


conheço o seu traseiro.

— Deixa pra lá.


— Não o que é?

— Merda, eu não posso explicar isso. Há algo sobre você estar


aqui. Você se importaria de vir mais vezes?

— Claro que não. Adoraria passar por aqui e ajudar Bryndle.

Weston se vira para mim, dá um gole em sua cerveja e me olha nos


olhos. Posso sentir o que ele vai dizer antes de dizer, e estou morrendo de
medo de ouvir isso em voz alta. Este homem não expressa seus
sentimentos, mas sempre foi um atirador honesto.

— Não, eu não estou falando sobre Bryn. Estou falando sobre


nós. Não consigo explicar, Timber. Você sempre foi apenas um dos
caras. Caramba, você sabe todo tipo de merda sobre mim, mas eu juro
desde o momento em que percebi que você era a garota que Skooter me
mandou aquela foto na Brandy's, eu sabia que algo estava diferente. Eu
renunciei às mulheres. Jurei ter apenas uma garota na minha vida, mas ver
você com ela, bisbilhotando fora do quarto dela, aquela risada... isso fez
algo para mim. Esta noite, quando você olhou para mim quando ela disse
boa noite, eu me senti inteiro. — Começo a falar, mas ele não deixa. — Eu
sei que pareço um completo maricas, e isso provavelmente está muito
fora da linha, mas você pensaria sobre isso? Pense em mim e em você?

Oh céus, Bryndle estava certo. Weston abriu sua alma


completamente para mim, e a última vez que isso aconteceu foi quando
ele estava para ter um filho. Respiro fundo e tento processar o que
aconteceu.
— Você não tem que responder esta noite. Basta pensar nisso.

Eu tomo outro gole da minha cerveja e olho para o céu noturno. —


Eu vou.
Capítulo 14
Weston

Timber tem feito um trabalho me evitando como uma praga nos


últimos dois dias. Ela veio ver Scarlett, checar Bryndle, mas quando ela me
vê chegando, foge. Eu nunca digo merda como fiz na outra noite em voz
alta e olha o que aconteceu. Isso a fez correr para as colinas. Agora eu
quero me chutar na bunda por fazer isso.

Esta manhã, quando ela vier dar a Scarlett sua próxima rodada de
vacinas, estarei pronto.

Enquanto a caminhonete dela desce o caminho, continuo


ajudando a equipe a colher pêssegos, mas quando ela se dirige a Scarlett,
peço licença e me torno um homem com uma missão.

Ao me aproximar dela, tomo cuidado devido ao estado de Scarlett


e ao bem-estar de Timber. Eu a ajudo com Scarlett e não mencionei nossa
conversa. Ela também não menciona, e estou prestes a enlouquecer.

Quando terminamos, fico lá e espero que ela olhe para mim. — O


quê?

— Você já pensou sobre isso?

— Droga, Cowboy, acalme seus cavalos, por que não. Estive


pensando.

— E…
— Não sei. O que acontece se eu disser que está tudo bem e tudo
vai para o inferno? Você já pensou nisso? Não estou tentando ser negativ
nem nada, mas vamos ser realistas. O que acontecerá se dermos uma
chance e terminar mal? Melhor ainda, o que acontece se você não for
homem o suficiente para mim ou algo assim? — Ha! Nesse momento, sei
que ela tem pensado muito e muito sobre isso. Ela sempre fala
abertamente quando quer algo que não deveria.

— Que tal isso... vamos apenas manter isso entre nós e ver o que
acontece?

— Eu não estou escondendo merda nenhuma. Não sou uma


adolescente que mantém meu namorado longe dos meus pais, — diz ela,
enquanto pega a bolsa de veterinário e começa a caminhar em direção à
caminhonete. Eu a sigo e sei que isso a está irritando.

— Tudo bem, então vamos ver o que acontece. É tudo o que estou
dizendo.

Ela joga a sacola na traseira do caminhão e se vira para abrir a


porta do motorista. Sem pensar, coloco minha mão sobre ela e a
fecho. Então eu me aproximo dela.

— Mova-se, Weston.

— Não, — eu digo enquanto chego mais perto.

— O que diabos você pensa que está fazendo?


— Isto. — Por capricho, a empurro contra a caminhonete e planto
meus lábios firmemente nos dela. Ela faz o seu melhor para me empurrar
para trás, mas eu envolvo meu braço livre em volta de sua cintura
enquanto seus lábios se moldam aos meus. Quando seu corpo cai no meu,
começo a me afastar. Ela tem que saber que há algo ali.

Ela empurra meu peito quando dou um passo para trás. - Que
porra é essa, Weston? Você não pode ir me beijar na frente de Deus e de
todos. Deus sabe que toda a sua equipe tem uma visão e todos e suas
mães saberão na hora do almoço.

Eu cruzo meus braços e deixo o tornado Timber atingir e


desaparecer. — Você terminou? — Ela cruza os braços como eu e fica
parada sem dizer uma palavra. — Agora, eu sei que você está toda
preocupada com o fator romance e quer um cara que, o que era? Oh sim,
balança o seu mundo. Bem, se o seu corpo reagiu assim com um beijinho,
acho que é seguro dizer que não temos nada com que nos preocupar. —
Eu posso ver a frustração em seu rosto enquanto ela está lutando uma
batalha interna. Ela não responde, me desliga ou qualquer coisa. Ela abre
a porta da caminhonete, fecha e sai correndo para a clínica.

Timber

Quando estou fora do campo de visão de Weston, solto um suspiro


lento e digo às minhas partes de menina para entrarem em cheque. Tentei
evitar essa conversa porque, digamos apenas, pensei muito sobre isso e, a
cada vez, fico pensando em como Weston é bom na cama. É tão estranho
continuar de volta a isso porque ele sempre foi apenas um amigo. Evitei
falar com ele esta semana para poder processar tudo, mas droga, mesmo
quando vi sua bunda à distância, minha mente foi direto para a
sarjeta. Estou preocupada que, se disser sim e as faíscas não voarem, isso
irá arruinar nossa amizade, mas é evidente que um beijinho provou que
essa parte ficará bem. Agora, sendo a garota que sou, eu realmente quero
fazer ele merecer. Isso é terrível?

Entrando na clínica, encontro papai e a lista de pacientes de


hoje. Temos vários animais para cirúrgias e algumas visitas a poços. Levo o
primeiro cão para a cirúrgia para uma esterilização de rotina e, depois que
ela termina e se recupera, passo para o próximo. Quando o almoço chega,
percebo que estou morrendo de fome. Papai assume a rotina de
checagem do poço e eu vou para casa preparar algo para comer.

Entrando em casa, vejo mamãe na cozinha preparando um


sanduíche, batatas fritas e um chá doce para mim.

— Obrigada, mamãe.

— Sem problemas. Papai me disse que você estava a caminho e


pensei em fazer uma surpresa para você. Além disso, achei que seria um
bom momento para ficar sozinha com você e descobrir o que está
acontecendo.
Dando uma mordida, mastigo lentamente minha comida para ter
tempo de processar o que ela está perguntando e como quero
responder. — O que você quer dizer?

— Quero dizer, o fato de que há algo que você não está me


contando e tenho a sensação de que tem a ver com uma determinada
pessoa.

— Mamãe, nem sei como você sabe, mas não sei o que fazer.

— Bem, eu não posso ajudar se você não derramar.

— OK tudo bem. Bryndle pode ter mencionado que Weston gostou


de mim enquanto ela estava ajudando na clínica e então, naquela noite,
ele baixou a guarda e me disse isso diretamente. Mamãe, é o maldito
Weston. Esse homem sempre foi arrogante e fechado. Nunca na minha
vida eu pensei sobre ele de outra forma, — eu digo enquanto cruzo meus
braços sobre a mesa e deixo minha cabeça cair sobre eles.

— E agora? — Eu olho para ela.

— Oh, fica pior. Ele me beijou hoje na frente de todos na


fazenda. Quem faz isso?

— Oh, abençoe! Por favor, me diga que você não o machucou nem
nada.

— Não, mamãe, não fiz porque... gostei e... não deveria. Eu


continuo dizendo a mim mesma que não posso gostar dele. Isso nos
arruinaria como amigos. Além disso, o que acontece se não funcionar e o
pobre Bryndle estiver apegada a mim?

— Querida, ela já está. Não vou dizer a vocês o que fazer, mas
conheço vocês dois por toda a vida. Não estou dizendo para mergulhar de
cabeça para baixo, mas se ele estiver interessado, deve haver algo mais
para ele também. Ele nunca olhou para uma menina desde que o bebê
nasceu. Ele sabe que pode confiar em você, você é deslumbrante e você
se sobressaiu por aquela garotinha. É o sonho de todo pai.

— Mas mamãe, você acha que ele realmente me quer ou apenas


uma mãe para sua filha?

— Timber, o ego de um homem é tão vulnerável quanto o coração


de uma mulher. Eu o observei nos últimos dez anos e ele se manteve à
distância. — Eu levo um momento para deixar isso entrar. — Weston
Parker não vai quebrar essa parede até que ele esteja bem e pronto. Não
se trata de Bryndle, é sobre ele, quer ele tenha percebido ou não, —
mamãe diz antes de me deixar para almoçar.

Levando a sério o que mamãe disse, termino meu almoço. Quando


acho que não posso mais comer, descarto a comida, coloco meu prato na
máquina de lavar louça e vou em direção à clínica.

Caminhando de volta para dentro, posso ver que papai


está afundado nos pacientes. Como diabos isso aconteceu? Eu não fui
embora por tanto tempo. Eu rapidamente coloco meu jaleco, pego um
arquivo e vou trabalhar. Antes que eu perceba, são cinco horas e estou
exausta.

Levando o último dos prontuários para a sala dos fundos, começo


a guardá-los quando ouço uma batida leve. Virando, fico cara a cara com
um certo vaqueiro, e meu coração dispara como os cavalos que ele doma.

— Ei, — eu digo categoricamente. — Você tem um minuto?

— Não. Tenho que arquivar essas malditas coisas. Não sei por que
ele não vai sem papel.

Enquanto jogo a pasta em cima do armário de arquivo, ouço uma


risada. Virando, vejo Weston erguendo as mãos em sinal de rendição e
fazendo o possível para conter o riso, mas seus lábios o enganam e ele
tenta disfarçar.

— Vá em frente. Deixe sair. Sei que foi uma das coisas mais idiotas
que já disse. Meu pai está sem papel? Inferno, ele mal pode esperar para
jogar o telefone flip no lago quando se aposentar. — Fazendo uma pausa,
eu olho para ele. — Para que você está aqui?

Ele pega seu corpo perfeito e trabalhador e se apóia na porta. —


Eu vim pedir desculpas por mais cedo. Eu não deveria ter feito isso.

— Maldição, — eu digo enquanto eu o encaro e o vejo tentar


formar as palavras que ele quer dizer. — Olha, apenas cuspa essa
merda. Suas balas suadas não são a sua melhor qualidade.
Ele pega sua mão e esfrega sua nuca e meu corpo me trai. Que
diabos? — Então, eu sei que você está vindo para ajudar Bryndle a se
preparar para o baile de sexta-feira. Eu queria saber se eu poderia levá-la
para tomar café da manhã depois de deixá-la na escola?

— Mesmo? É esta a sua maneira de me convidar para sair?

— Inferno, eu não sei.

— Você não quer? É um simples sim ou não.

— Sim, tudo bem. É um sim.

— Eu não posso.

Eu juro que o vejo estremecer. Eu pego a pasta em cima do


armário e a arquivo rapidamente, tentando evitar deixar as palavras
saírem da minha boca.

— Não importa, — ele diz quando ouço suas botas começarem a


se arrastar.

— Espere, Cowboy. Não é que eu não queira. Eu não posso sexta-


feira. Tenho que ajudar o papai na clínica gratuita em Patterson. Eu disse a
ele que ajudaria, mas preciso voltar a tempo de saber como foi o baile.

Um pequeno sorriso se espalha em seu rosto. — Então, que tal


jantar na sexta-feira?

— E quanto a Bryndle?
— Tenho certeza de que Paw não se importaria de cuidar dela, ou
ela mencionou que iria passar a noite na casa de uma amiga.

— Uau, você a deixou fora de sua vista?

— Bem, sim, eu ficaria louco se não o fizesse, e Deus sabe que não
posso lidar com todas aquelas garotas na minha casa à noite.

— Abençoa…

— Inferno, não comece com essa merda de 'benção'. Eu dou conta


disso. Aprendi a ser o melhor pai que existe, mas só consigo lidar com uma
amiga por vez. Isso é estrogênio demais para mim.

— Você quer dizer que ela nunca teve uma festa do pijama? — Ele
balança a cabeça. — Como você pode privá-la disso? Você tem que
consertar isso, Weston. Ela não pode ser a única garota que nunca deu
uma festa do pijama.

— Não. Não posso fazer isso.

— Tudo bem então. Eu vou.

— Como o inferno.

— Não, vai ser divertido. Eu posso ficar na sua casa até que todos
caiam no sono e estar de volta pela manhã.

— Veremos... agora, de volta à minha pergunta. Jantar sexta-feira?

Dou um passo em sua direção. — Quieto. Me pegue às seis e meu


pai estará esperando.
Capítulo 15
Weston

Eu não consigo controlar o sorriso maldito de comer merda no


meu rosto quando ela exige que horas eu vou buscá-la, mas o fato de que
eu tenho que me sentar com Lyle assusta a merda fora de mim e eu sou
um adulto idiota.

— Você vai tirar esse sorriso maldito do rosto e me ajudar com


esses gráficos? Se não, dê o fora daqui. — Seu comentário sarcástico
invade meus pensamentos. — Você quer que eu te ajude?

— Claro que não, eu descobri que essa é a melhor maneira de tirar


você daqui. Eu quero chegar em casa hoje.

Normalmente, eu teria fugido de ajudar em um escritório. Essa é a


parte que menos gosto de administrar a fazenda e por que contratei um
contador. No entanto, dou um passo em sua direção e pego a pilha de
arquivos. Olhando para eles, vejo que não estão em ordem alfabética. Eu
balancei minha cabeça e rapidamente os coloquei em ordem pelo
sobrenome. Não admira que ela ainda esteja arquivando.

— O que você está fazendo?

— Ajudando você a dar o fora daqui. Aqui, agora eles estão em


ordem.
— Sim, eu percebi que estava tudo meio confuso, mas você sabe
que meu pai não é o mais organizado. Obrigada, — ela diz enquanto os
tira de minhas mãos. Quando nossas mãos se tocam, juro que a ouço
engasgar.

Segurando seu olhar, eu chego mais perto.

— Weston Parker, se você me beijar agora, eu vou...

— Vai o quê?

— Eu... eu... — Vê-la nervosa me deixa feliz. Eu nunca a vi assim


em toda a minha vida. Ela sempre foi o tipo de garota que agarra você
pelas bolas. Ela não gagueja. Ela é confiante, assertiva e nunca vacila.

— Está tudo bem, Timber. Você não precisa ser durona o tempo
todo.

Ela pisca como se fosse quebrar um feitiço. — Obrigada por sua


ajuda, mas é melhor você voltar para Bryndle.

— Ela está passeando pela fazenda com Paw, procurando


pêssegos. Eles ficarão fora por horas.

— Oh... — E com essa única palavra, eu pego os arquivos dela e os


coloco ao nosso lado no balcão. Sem perder meu foco em seus olhos
hipnotizantes, eu deslizo minha mão atrás de seu pescoço e sussurro.

— Eu vou te beijar agora. — Ela morde o lábio inferior e acena com


a cabeça.
Abaixando para encontrar seus lábios, fecho meus olhos e tento
fazer o certo desta vez. Enquanto seus lábios derretem nos meus, sinto
seu corpo rígido amolecer quando ela coloca a mão no meu braço. Eu não
a beijo por muito tempo, mas o suficiente para saber que eu quis dizer o
que disse. Quero Timber.

Afastando, continuo a me concentrar em seus olhos. — Vejo você


amanhã. — Ela balança a cabeça e, pela primeira vez na minha vida,
Timber fica sem palavras.

Timber

Puta merda! O que diabos foi isso? Enquanto ele sai da sala e me
deixa completamente sem fôlego, eu levo um momento para me
recompor. Olhando para a pilha de gráficos, sorrio quando vejo como ele
me ajudou a colocá-los em ordem.

Abrindo o armário, eu os arquivo em velocidade recorde e, em


seguida, vou para a casa do meu irmão.

Chegando em sua casa, dou uma leve batida e então corro pela
porta. — Forrest! Precisamos cavalgar.

— Droga, mana. O que deixou suas penas arrepiadas? —


Colocando minhas mãos em meus quadris, isso o atinge como um golpe
de dois por quatro.
— Querida, eu já volto.

Ele pega a chave do quadriciclo e um pacote de seis na


geladeira. Não dizemos nada até que estamos ao vento.

— Isso tem a ver com esta manhã?

— Merda! Você viu, não viu?

— Deus, eu e toda a tripulação. Perdi vinte dólares por sua causa.

— O que isso deveria significar?

— Eu pensei que você teria resistido mais. Não vou dizer que não
vi isso acontecer desde que você voltou.

Eu viro minha cabeça para o lado e olho em sua direção. — O que


diabos isso quer dizer?

— Isso significa que no momento em que suas quatro rodas


cruzaram o sinal de pare, este mundo mudou. Timber, você não é mais um
dos caras. Você deveria ter ouvido Skooter no Brandy's naquela primeira
noite. Eu disse a ele que se ele não calasse a boca, eu quebraria seus
braços.

— Você não pode estar falando sério?

Forrest pisa no freio e coloca o Crocodilo em ponto morto. —


Timber, você sempre foi um dos caras. Você nos deu um inferno, nos
venceu em quase tudo, sabe todo tipo de merda sobre nós, mas você não
é mais a moleca Timber. Você tem seios e merda. Eu não olho, mas eles
falam. Isso meio que me enoja. De qualquer forma, você é inteligente,
bonita e não aceita merda nenhuma. Além disso, Weston conhece
você. Ele sabe que você não é como Hannah ou qualquer garota
qualquer. Ele confia em você com tudo... sempre confiou.

Sinceramente, não sei como responder. — O que você está


pensando?

— Acho que nunca pensei sobre coisas assim. Quer dizer, eu


estaria mentindo se dissesse que não o verifiquei mais de uma vez, mas é
Weston. Eu não planejava voltar para casa e namorar
ninguém. Honestamente, planejava ficar solteira por um tempo para que
pudesse me concentrar na clínica.

— Outra coisa está incomodando você. O que é?

— Bryndle. Você sabia que aquela garota nunca deu uma festa do
pijama? Ele a está privando.

— Oh não, ele está tentando manter sua sanidade. Agora, fale


porque não é isso.

— Quieto. Ele apareceu na clínica e fez minhas partes femininas


acordarem

inferno. Forrest pega suas mãos, cobre as orelhas e balança a cabeça para
que eu pare. — O quê? Todas as merdas que ouvi vocês dizerem ao longo
dos anos e vocês querem que eu fique quieta. Não está acontecendo. A
vingança é uma merda, amigo.

— Eu sei que vou me arrepender disso, mas o que aconteceu?


— Ele me ajudou a arquivar os prontuários e depois me beijou de
novo. Nem tudo foi Tarzan como esta manhã. Foi aquele lado de Weston
que vemos quando não há ninguém por perto, então ele me chamou para
sair.

— Acho que você está indo.

— Malditamente certo. Noite de sexta-feira.

— Só não engravide, — ele diz e eu o soco no braço. — Não sou


Hannah Cole.

Ele olha para mim como se isso fosse errado em muitos níveis, mas
então nós dois começamos a rir. Forrest e eu cavalgamos um pouco e
depois voltamos para sua casa.

Enquanto ele estaciona no celeiro, começamos a sair quando ele


para. — Timber, eu não quero ficar todo sentimental e essa merda, mas se
eu quisesse minha irmã com qualquer um dos meus amigos, seria
Weston. Não há dúvida de que ele vai tratá-la bem, mas se não o fizer, vou
bater em sua bunda em um piscar de olhos.
Capítulo 16
Weston

Sexta de manhã, ouço uma batida leve na porta enquanto termino


de calçar minhas botas para ir ver Scarlett. Abrindo a porta, vejo Timber
parada ali com o cabelo puxado por um boné, vestindo jeans e uma
camiseta regata justa. Se eu não estava acordado antes, estou
agora. Droga, quando seus seios ficaram assim?

— Manhã. A princesa já acordou? — ela questiona.

— Ela deve chegar em cinco minutos. O alarme dela está


definido. Eu ia alimentar Scarlett bem rápido.

— Você está bem? — ela questiona. — Sim, você está incrível.

Ela bate no meu braço. — Qualquer que seja. Vá alimentar o


cavalo e eu vou ter certeza que ela está de pé.

Quando começo a me afastar, faço uma pausa e chamo o nome


dela. Quando ela se vira em minha direção, eu digo: — Obrigado.

— Sem problemas, Cowboy.

Saindo para encontrar Scarlett, tudo em que consigo pensar é em


Timber na minha casa preparando minha garotinha. Minha doce Bryndle
Cole está se preparando para sua primeira dança. Sim, é durante o dia
escolar, mas me ocorre que ela está crescendo.
— Scarlett, Bryndle está ficando toda arrumada. Não tenho certeza
se gosto. — Ela não. — Eu também. Por que ela não pode ficar pequena?

Scarlett faz uma pausa como se realmente entendesse o que estou


dizendo. — Eu sei. Tenho que deixá-la crescer, mas não tenho certeza se
estou pronto.

Eu termino de alimentá-la em silêncio e, em seguida, volto para a


casa enquanto o riso enche o ar. Por um momento, ouço e fecho os
olhos. Isso é como a vida deveria ser. Era para ser uma família completa, e
eu nunca soube que a peça que faltava estava diante de mim em toda a
minha vida.

Em vez de interromper a festa, vou para a cozinha, preparo


algumas panquecas e frito um pouco de bacon. Quando termino de fazer
o prato de Bryndle, ouço passos vindo pelo corredor. Respiro fundo e
preparo meu coração para as lindas garotas que entrarão nesta sala. Os
passos param e Timber aparece com um sorriso no rosto.

— Está pronta? — Eu coloco um sorriso e me apoio contra o


balcão, esperando pela grande entrada do meu Docinho. Timber aparece
na esquina do corredor e dá um passo em minha direção. Em alguns
segundos, fico sem palavras quando vejo a bela jovem na minha
frente. Timber coloca a mão no meu antebraço.

— Ela é linda, não é?

— Docinho, você está deslumbrante.


Um sorriso escapa de seus lábios e ela corre para mim. Envolvendo
seus braços em volta da minha cintura, eu abraço a garota mais
importante do meu mundo. Ela se afasta e eu a considero mais uma
vez. — Aquele Gaga Bow é perfeito, mas você sabe que realmente não
precisa dessa maquiagem.

— Papai! É apenas brilho e sombra para os olhos.

— Eu sei, mas você está linda, não importa o que aconteça. Você
não precisa de maquiagem, um Gaga Bow ou um vestido chique. Você é
linda por dentro e por fora, e isso é o que conta.

— Eu te amo, papai.

— Eu te amo, Docinho. Eu fiz o seu favorito. Timber, há o


suficiente para você também. Eu sei que você tem que encontrar Lyle,
mas pensei que poderia se juntar a nós.

— Por favor, Timber? — Bryndle implora e eu sei que Timber não


pode dizer não. Por dentro, estou feliz por ter uma garotinha que sabe
como fazer sua mágica.

Nós tomamos café da manhã, e eu não posso deixar de olhar para


as duas lindas senhoras em minha casa. Uma que roubou meu coração
com seu primeiro suspiro e a outra que não conhece o poder de sua
própria beleza.
Enquanto coloco os pratos na lava-louças, Timber ajuda Bryndle a
pegar sua mochila. Eu sei que é hora de ir para a escola. Antes que eu
possa dizer qualquer coisa, Timber entra na conversa.

— É melhor eu ir andando. Obrigada por me deixar fazer parte do


seu dia especial, — diz ela a Bryndle.

— Obrigado, Timber.

— De nada. Mal posso esperar para ouvir sobre isso. Vejo você
mais tarde, Weston, — ela diz com um sorriso e eu aceno enquanto
Bryndle me olha interrogativamente.

Enquanto caminhávamos na caminhonete para a escola, Bryndle


olha para mim e deixa escapar: — Tudo bem gostar dela, papai. Eu
também.

Sem olhar para ela, faço uma pergunta. — O que você pensaria se
eu levasse Timber para um encontro esta noite?

— Onde estamos indo?

— Quero dizer eu e ela. A mãe de Anna Rose ligou e perguntou se


você gostaria de passar a noite esta noite.

— Sim! Mas tenho que contar a Timber sobre a dança.

— Claro que você faz. Que tal domingo depois da igreja? Talvez
possamos todos ir pescar?

— Ela gosta de pescar?


— Claro que ela quer.

Chegando na escola, Bryndle faz uma pausa enquanto abre a


porta. — Papai, obrigada.

— Pelo quê?

— Ser o melhor papai que um Docinho poderia ter.

Eu me inclino e beijo o topo de sua cabeça e ela grita. —


Pare! Você vai bagunçar meu Gaga Bow!

— Desculpe. Amo você, Docinho, e me avise se aqueles meninos


não se comportarem no baile. Especialmente James.

Ela estremece e balança a cabeça. — Que nojo! De jeito nenhum


vou dançar com ele.

Ela pula para fora da caminhonete e eu vejo minha filha entrar na


escola. Ela sempre será minha garotinha, mas hoje vejo que nosso mundo
está realmente mudando e não tenho certeza se posso lidar com ela
crescendo.

Timber

Enquanto caminho para a minha caminhonete, não consigo parar


de pensar no café da manhã. Esta manhã eu vi outro pedaço
daquela casca de homem durão desaparecer quando Bryndle entrou na
cozinha, mas a maneira como ele falou com ela sobre sua beleza interior
fez meu coração uma poça no chão. Ajudando Bryndle esta manhã,
percebi que nunca pensei que seria tão divertido ter uma menina. Eu
sempre fui um dos caras e no Texas eu estava vivendo uma vida de
solteira. As crianças nunca estiveram no meu radar. Rimos quando
baguncei o laço da primeira vez, e então ela começou a me contar
histórias sobre Weston penteando seu cabelo, mas agora eles sabem três
estilos específicos. Ela era muito fofa falando sobre suas bagunças, mas o
brilho em seus olhos me disse que essas são memórias que ela nunca vai
esquecer.

Dirigindo para encontrar o papai em Patterson, minha mente está


girando. Esta foi uma das melhores manhãs que tive em muito
tempo. Quando o rádio começa a tocar uma nova música country, sinto
um sorriso se espalhar em meu rosto. Penso no rosto de Bryndle, em sua
risada e na expressão de seus olhos. Mas a expressão no rosto de Weston
quando a viu me fez sentir algo que nunca senti antes.

Nunca fui de me envolver com muitos caras. Eu namorei e joguei


no campo com certeza, mas o fato de que eu não consigo tirá-lo da minha
mente é ridículo. Nunca, em quase trinta anos, olhei para Weston Parker
da maneira que olhei recentemente. Se eu pudesse dizer isso ao meu eu
adolescente, ela diria besteira e, em seguida, acabaria com ele no campo
de tiro. Ele sempre foi apenas um amigo, o melhor amigo do meu irmão e
o velho Weston para mim. No entanto, depois daquele último beijo e da
maneira como ele parecia com aqueles jeans e camiseta justa esta manhã,
ele me pegou em um turbilhão. Só consigo pensar em como ele fica por
baixo daquelas roupas. Eu sei que disse a ele que queria ir devagar, mas
estou duvidando. Na verdade, tenho a sensação de que, quando começar
a cair, será uma maldita avalanche. Inferno, talvez já tenha começado.
Capítulo 17
Weston

Chegando na fazenda, faço o possível para começar a


trabalhar. Tenho um dia agitado pela frente preparando tudo para o
mercado do fazendeiro amanhã, certificando de que a bolsa de Bryndle
esteja pronta para Anna Rose, trabalhando com Scarlett e me preparando
para o nosso encontro esta noite.

Saltando da minha caminhonete, entro para pegar as coisas de


Bryndle. Eu sei o que geralmente leva com ela: seu pijama, seu travesseiro
favorito, roupas para amanhã e sua escova de dente. Qualquer outra coisa
que precisar, ela pode adicionar depois da escola. Isso levou cinco minutos
e agora estou fora da porta dos fundos e indo em direção ao celeiro.

Quando chego lá, posso ver que a equipe está ocupada


trabalhando e que as coisas estão funcionando perfeitamente como de
costume. Pego a chave do Gator, carrego cestos de alqueire vazios e sigo
em direção ao pomar. Posso sentir o cheiro dos pêssegos ao me aproximar
e é um dos melhores aromas do mundo.

Parando nas árvores perto do centro do pomar, espio aquelas para


colher. Eu começo a escolher quando ouço alguém se aproximar. Forrest.

— E aí? — Eu pergunto, virando em sua direção.


— Eu ia perguntar a mesma coisa. Eu não sei sobre a sua casa esta
manhã, mas James estava tendo um ataque de raiva sobre o baile quando
eu disse a ele o que tinha que vestir. Mandy o obrigou a usar gravata e
achei que ele fosse se deitar no chão como se tivesse três anos. Tive que
reconhecer que ele resistiu um pouco, mas eu sabia que ele deixaria sua
mãe orgulhosa no final. Timber fez sua mágica funcionar esta manhã?

Quase caio das costas do quadriciclo. Ela pode fazer magia de


várias maneiras, mas me concentro em como ela ajudou Bryndle.

— De jeito nenhum eu poderia ter feito aquela reverência


maldita. Graças a Deus ela veio ao resgate. Bryndle parecia tão
crescida. Ela até usava maquiagem.

— Forrest, cara, não estou pronto para toda essa merda. Mas sim,
Timber veio ao resgate.

— Aposto que sim, — diz ele em voz baixa.

— O que foi isso, idiota? O que ela te disse? — Eu questiono


enquanto colho pêssegos da árvore e os coloco na cesta.

— Eu te contaria, mas ela me mataria.

— Cara, você não pode fazer isso. Eu sei que ela é sua irmã, mas é
como um código de homem. Você tem que me dizer.

— Claro que não, eu não vou ser atingido por um tornado


Timber. Apenas pare de fazer merda com suas partes femininas. Isso é
tudo que estou lhe dando, — diz ele em uma tentativa ruim de soar como
ela e levo um momento para processar o que ele disse. Pedaços de
menina? Oh, acho que gosto do som disso. - Terra para Weston, que tal
você parar de pensar na minha irmã e fazer um maldito trabalho? Há
cerca de um bilhão de pêssegos nessas árvores que precisam ser colhidos.

Eu tiro Timber dos meus pensamentos enquanto me concentro no


trabalho em mãos. Forrest e o resto da equipe continuam trabalhando e
eu faço o mesmo. Na hora do almoço, está quente pra caralho. Todos nós
fazemos uma pausa, fazemos algo rápido para comer e voltamos a
colher. Assim que vejo que os caminhões estão quase cheios e Forrest os
tem sob controle, saio para trabalhar com Scarlett.

Posso vê-la começar a se mexer quando me aproximo. Nas últimas


semanas, aprendemos um sobre o outro. Eu sei o que a irrita e o que a
acalma. Basicamente, temos um entendimento mútuo de que estou aqui
para ajudá-la, embora ela não queira nenhuma ajuda.

A levando para o ringue, trabalhamos para seguir os comandos e


ela se sai incrivelmente bem. Ela veio de muito longe desde nosso
primeiro encontro, e pretendo apresentá-la a Poncho esta semana. Acho
que ela está pronta para isso, mas Bryndle insistiu que está aqui para
assistir quando eu fizer isso.

Quando eu termino com Scarlett, eu a levo de volta para sua


baia. Ela demora para entrar, mas não luta mais. Ela passou a confiar em
mim e em sua pequena casa.
Olhando para o céu, sei que está quase na hora de Bryndle estar
em casa. Mal posso esperar para ouvir sobre sua dança. Sim, me assusta
demais, mas não quero perder nada quando se trata dela. Eu ajudo
Forrest e a equipe a carregar as cestas nos caminhões antes que ela
chegue.

O calor é matador. Limpo a testa com o braço e, à medida que o


suor escorre pelo rosto, limpo na camisa. Maldito seja esse calor e só vai
piorar.

Eu ouço um caminhão descendo a estrada e quando eu olho para


cima, vejo Timber. É muito cedo para ela voltar. Fazendo uma pausa, olho
para Forrest, que encolhe os ombros e continua a trabalhar. Eu carrego
mais uma cesta, limpo minhas mãos na minha calça jeans e caminho para
sua caminhonete.

Timber

Amado bebê Jesus! Meus olhos não podem nem funcionar com a
visão daquele homem na minha frente. Ele é gostoso, suado, usa
jeans justos e é óbvio que a fazenda faz bem ao corpo. Respirando fundo,
me recomponho e saio da caminhonete.
— O que você está fazendo aqui? — ele questiona, o que me
irrita. — O que diabos isso quer dizer? — Eu estalo quando minhas mãos
pousam nos meus quadris.

— Awe inferno, o que eu quis dizer é o que te traz tão cedo? Eu


pensei que fosse buscá-la mais tarde esta noite.

— Oh, você vai, Cowboy, mas eu tenho uma certa garotinha para
conversar assim que ela chegar em casa. — Conforme eu me acalmo,
todos aqueles pensamentos quentes começam a filtrar de volta pela
minha mente e então eu não estou mais tão calmo.

— Ela deve chegar a qualquer minuto, — diz ele, olhando para a


estrada. — Oh, tudo bem. Vocês precisam de ajuda?

Ele olha para trás para a tripulação. — Só se você quiser.

— Caramba, já faz algum tempo desde que carreguei esses


caminhões.

Um sorriso escapa de seus lábios e nós dois caminhamos para os


caminhões. — Saiam, rapazes, e me deixe mostrar a vocês como se faz, —
grito enquanto nos aproximamos. Weston tenta não rir, Forrest me
mostra o dedo do meio e então ouço um idiota qualquer fazendo um
comentário inapropriado. Weston vacila por um momento e, sem lhe dar
um segundo para responder, deixo minha boca voar. — Ei idiota, isso
mesmo, você vai cuidar desse traseiro porque sua bunda lenta não
consegue acompanhar. Você me diz como é quando coloco sua bunda na
vergonha. — Forrest e Weston começa a rir, e o grupo se separa quando
fico cara a cara com ele. — Por que você ainda está de pé aqui? Não me
deixe atrapalhar você. Ei, Forrest, quantos mais vocês têm?

— Mais dois caminhões.

— Bem, então vamos ver quem os carrega mais rápido. Vou até
deixar seu punk ficar com Forrest e Weston.

Ele olha de mim para eles. — Você não pode estar falando
sério. Podemos fazer você chorar.

— Você vai continuar falando ou o quê?

Ele olha para Weston e Forrest novamente antes de Forrest


falar. — Não, Steve. Estamos fora. Não estamos mexendo com a
Timber. Isso é tudo por sua conta.

Ele murmura alguma coisa e, quando vejo, Weston e Forrest estão


com tudo pronto para funcionar. É hora de ir, e eu faço uma oração rápida
para que eu possa bater em sua bunda porque já faz um tempo desde que
eu fiz isso.

Eu olho para Weston e ele acena com a cabeça. Forrest me dá um


discurso sobre como consegui isso. Claro que sim.

— Vou contar até três, — diz Weston, — um... dois... três.

Com a última palavra, estou em movimento. Arrasto a bunda entre


as cestas e corro direto para a caminhonete. Indo e voltando, apressando
para colocar o máximo de cestos possível perto do caminhão antes de
subir na traseira, deslizando um por um no lugar e seguindo em
frente. Não presto atenção em Steve. Eu permaneço focada enquanto
vejo um fim à vista. Não tenho ideia de quanto tempo estou trabalhando,
mas estou suando como uma prostituta na igreja. Eu daria qualquer coisa
para ser um cara e perderia minha camisa agora. Então minha mente
começa a pensar em Weston sem camisa. Rapidamente, tiro isso da minha
mente e me concentro. Olhando para Steve, vejo que é uma corrida
apertada e é então que aumentei um pouco. Preciso de mais dez cestas
para carregá-lo. Eu não me concentro em ninguém ou nada, mas a tarefa
em mãos.

Quando pego a última cesta, olho para a esquerda para ver que
Steve tem três restantes. Eu puxo a bunda para a caminhonete, coloco na
caçamba, bato a porta traseira, inclino contra ela e espero que ele
termine.

Quando ele bate na carroceria do caminhão, sei que o irritei. —


Droga, — diz ele em voz baixa.

— O que é que foi isso?

— Isso foi incrível, Timber! Quero ser como você quando crescer!
— Eu ouço uma pequena voz atrás de mim. Virando, vejo que é Bryndle.

— Bem, aprendi com os melhores, — digo, apontando para


Weston. — Papai, por que não corremos assim?

— Não tenho certeza, Docinho. Acho que cresci.

— Bem, isso é ridículo. Eu quero correr na próxima vez.


— Com certeza, — ele diz, e quando vejo Bryndle parada ali,
esqueço os pêssegos e caminho em sua direção.

— Esqueça a corrida. Eu quero ouvir sobre essa dança.

— Claro, mas primeiro eu preciso mudar. Você vai me ajudar? A


mãe de Anna Rose está vindo me buscar em uma hora.

Eu olho para Weston e ele acena com a cabeça. — Claro. —


Pegando sua pequena mão na minha, caminhamos para a casa.
Capítulo 18
Weston

Eu paro para vê-las caminhar em direção à casa. — Tire uma foto,


vai durar mais tempo, — diz Forrest enquanto caminha ao meu
lado. Então, eu faço exatamente isso. Eu tiro meu telefone do bolso e tiro
essa foto. Olhar para as duas garotas mais lindas desse mundo
caminhando de mãos dadas vale a pena. — Eu não quis dizer literalmente.

Encolhendo os ombros, digo: — Nunca se sabe. Talvez eu queira


me lembrar desse momento um dia.

— Ah merda. Você realmente gosta dela, não é?

— Pode ser.

— Talvez, minha bunda. Apenas saiba que sua bunda é minha se


você foder com ela.

— Tenho certeza de que ela pode cuidar de si mesma.

— Bem, como irmão dela precisava lembrá-lo.

Quando termino de me certificar de que tudo está pronto para


amanhã, vejo meu pai caminhando em minha direção.

— Olá pai. Tudo está certo de manhã.

— Eu não tive dúvidas, filho, mas você tem um minuto?

— Claro, — eu digo, virando para dar a ele toda a minha atenção.


— Olha, eu não estou aqui para te dar uma lição ou te dizer
merdas que você ainda não sabe. Estou aqui para garantir que você não
faça algo estúpido. Aquela garotinha merece o melhor, e você tem sido o
melhor pai nos últimos dez anos. Não tenho certeza se Timber é a pessoa
certa para você, mas quero que tenha certeza de que pensa nas coisas
desta vez.

— Pai, a última vez que fiz algo com uma garota, estava bêbado
demais para me preocupar com as consequências. Eu não sou a mesma
pessoa Inferno, não era nem mesmo eu naquela época. Acredite em mim,
eu sei melhor do que trazer qualquer mulher para as nossas vidas. Timber
não é uma garota. Ela é uma das minhas melhores amigas e Bryndle
também gosta dela.

Um sorriso de merda se espalha por seu rosto, e eu sei que este


era seu plano: ver o que eu diria.

— Aquela garota. Agora, você quer que eu trabalhe no mercado de


manhã, certo? Um velho precisa de algo para fazer quando sua garota
favorita está em uma festa do pijama.

— Você sabe que pode. Vou buscá-lo no caminho.

— Soa bem.

Papai e eu começamos a caminhar para a casa quando Timber e


Bryndle saem. O cabelo de Bryndle ainda está preso, mas ela mudou para
suas roupas normais, e a mulher ao lado dela irradia beleza em uma blusa
suada e jeans sujos. Juro que é o look mais sexy que já vi em qualquer
mulher.

— Acho melhor eu ir andando. Divirta-se esta noite, Bryndle, e


disse a seu pai que você tem que ter sua própria festa do pijama em
breve.

Estremeço quando os olhos de Bryndle se arregalam e ela olha


para mim. — Sério, papai? — Eu balanço minha cabeça e faço uma nota
mental para tentar adiar isso o máximo possível.

— Você é incrível, Timber! Obrigada por tudo. — Bryndle envolve


os braços em volta da cintura de Timber e a solta. Timber desce as escadas
e se despede antes de desaparecer na calçada.

Olhando para a hora, sei que tenho algumas horas antes de ir


buscá-la, mas agora quero saber tudo sobre essa dança. Sentando no
balanço da varanda, Bryndle se senta ao meu lado e papai se senta na
cadeira de balanço.

— Então, como foi?

— Papai, foi incrível. Anna Rose, Sophie, Emma e eu dançamos o


tempo todo. Você deveria ter nos visto fazendo juju.

— Você o quê? — Sem perder o ritmo, ela diz a Paw para acertar e
algumas merdas começam a tocar em seu telefone. Ela começa a se
mover e ele se levanta e começa a fazer isso também. O que diabos eles
estão fazendo? Quando ela para, eu olho para meu pai e depois para
ela. — Por que você tem isso no seu telefone e onde você aprendeu isso?

— Papai, Paw me deixou baixar algumas das minhas músicas em


seu telefone. Nós os aprendemos na escola e não consigo baixá-los no
meu tablet porque estou sem dinheiro. Vamos, você quer aprender como
Paw?

Olhando para o meu pai, ele tenta conter o riso. — Claro, Docinho.

De pé na velha varanda de madeira, ela começa a me mostrar os


movimentos e faço o meu melhor para acompanhá-la. Quando ela ri de
mim, eu exagero meus passos de dança idiotas. No final, aprendi a Juju e
meus movimentos estão na batida.

Quando a música termina, sentamos no balanço e ela termina de


me contar sobre a dança. Ela também me informa que James fez o verme
em todo o chão e estragou sua camisa. Ela tem certeza de que Mandy vai
ficar brava com ele por isso. Ela provavelmente está certa.

— Então, você dançou com algum menino? — Eu questiono,


rezando para que a resposta seja não. Seu rosto começa a ficar vermelho
e ela tenta disfarçar com as mãos.

— Sim, — ela murmura por entre as mãos. — Quem?

— James. — Oh infernos não. Ele tem muito Forrest nele. — Ele


perguntou a você?
— Sim, e eu não queria ser a única garota que não dançava. De
qualquer forma, é apenas James.

— Bom ponto, — digo a ela, mas no fundo não posso deixar de me


preocupar. É meu trabalho, certo? Ela rapidamente muda de assunto para
Timber.

— Então, aonde vocês vão esta noite? Brandy?

Meu pai começa a rir. — Não. Na verdade, estamos indo para o


Café Border.

— Mesmo? Você deve gostar dela. Isso é chique!

— O que você quer dizer com isso?

— Só vamos lá em ocasiões especiais ou quando a temporada de


pêssegos acaba para comemorar com um último sapateiro de
pêssego. Você pode me trazer suas sobras?

Cutucando seu ombro, eu respondo. — Claro que eu vou. Que tal


eu trazer para você uma de suas sobremesas?

— Sim! O bolo de chocolate duplo e é melhor você trazer um


pouco para o Paw também. Quero dizer, a menos que ele vá com você?

Papai começa a rir. — Não, esse velho está indo para casa, mas um
pedaço de bolo ou aquele famoso sapateiro de pêssego seria ótimo.

Sentamos do lado de fora e desfrutamos da paz e do silêncio


enquanto esperamos por Anna Rose. Quando eles se aproximam da casa,
Bryndle dá um pulo, me dá um abraço e corre para o carro. Eu a sigo e
converso com sua mãe. Dando um abraço em Bryndle, ela pula no carro
com um sorriso no rosto e dá tchau através do vidro enquanto eles se
afastam.

— Bem, filho, vou sair para que você possa se preparar para esse
encontro quente. —

— Tchau, pai. Vejo você pela manhã.

— Não seja um idiota, — ele diz. Eu balanço minha cabeça


enquanto entro para me preparar para o meu primeiro encontro em uma
eternidade.

Timber

Quando entro na garagem, mal posso esperar para tomar um


banho. Eu não tinha planejado sujar tanto na fazenda, mas aquele idiota
pediu por isso. Com certeza foi divertido pra caralho.

— O que diabos aconteceu com você? — Papai pergunta enquanto


caminho em direção ao meu loft. — Uma corrida de pêssego.

— Oh, você ganhou, não é?

— Você sabe. Um desses trabalhadores falou mal e eu tive que


mostrar a ele.

— O que vou fazer com você?


— Bem, para começar, você pode me deixar ir e me preparar. Eu
tenho um encontro.

— Oh, isso mesmo. Me deixe pegar as armas.

— Papai! Você não está! Eu tenho trinta anos.

— Eu não me importo. Mal posso esperar para mexer com


Weston. Vai ser muito divertido.

Peço licença e vou ao loft e faço uma pequena oração por Weston,
porque sei que isso deve ser estranho para ele. Todas as vezes que ele
veio aqui foi para sair ou passar a noite com meu irmão. Não para me
levar a um encontro.

Entrando no meu quarto, rapidamente tiro minhas roupas sujas,


ligo o rádio e tomo um banho. Enquanto passo shampoo meu cabelo, eu
debato sobre o que vestir. Weston não me deu nenhuma indicação de
para onde estamos indo, mas tenho certeza de que não é o de Brandy...
ou pelo menos espero que não. Eu quis dizer isso quando disse que quero
um cara que me dê vinhos e jantares no meu próprio país.

Enquanto eu seco meu cabelo, decido deixá-lo solto. Tirando a


varinha de ondulação da minha bolsa, pretendo fazer as coisas um pouco
diferentes esta noite. Tirando meu cabelo do rosto, começo a colocar
minha base quando ouço uma música no meu rádio que me faz parar para
realmente assimilar as palavras. A música está tocando em uma estação
country, mas tem uma sensação diferente e comovente. As palavras
resumem exatamente o que sinto por Bryndle e Weston. Me sinto louca
só de pensar nisso, mas sei que esta noite muda as coisas. Eu quero que
contem comigo. Quero ser a garota por quem ele abre seu coração e a
mulher que Bryndle vem com perguntas quando seu pai não sabe o que
dizer. Eu vou ser aquela garota para eles. Quando a música termina, faço
uma anotação mental do artista, Devin Dawson, e termino de me arrumar.

Uma vez que meu cabelo está enrolado, vou até o armário e
escolho minha roupa. Está quente como o Inferno lá fora. Não tenho
certeza para onde estamos indo, mas se eu conheço Weston, será uma
boa comida e não muito longe. Ele não irá muito longe de Bryndle, mesmo
se ela estiver em boas mãos. Vendo um vestido estilo boho sem mangas,
eu o pego e coloco. É leve, chique, curto como o diabo e perfeito. Calço
minhas botinhas marrons e encontro os acessórios perfeitos para realçar a
roupa. Olhando no meu espelho de corpo inteiro, respiro fundo e me sinto
absolutamente linda.
Capítulo 19
Weston

Chegando à fazenda dos Sellers, respiro fundo para acalmar meus


nervos. Nunca na minha vida estive tão nervoso e costumava andar de
cavalo selvagem. Inferno, eu sou um homem, não um adolescente. Nunca
namorei muito porque nunca quis uma namorada de longa data. Seria
muito trabalhoso e você sempre teria que se preocupar com o que
estavam pensando. Eu não me importava de pegar uma peça de vez em
quando, mas minha mente estava principalmente em duas coisas... o
rodeio e os pêssegos. Olhando pelo retrovisor, digo a mim mesma que não
é grande coisa e que tudo vai ficar bem. Abro a porta da caminhonete,
saio e caminho em direção à velha casa de fazenda.

Enquanto estou em frente à porta, faço uma pequena oração


enquanto bato com firmeza. É tão estranho bater nesta
porta. Normalmente, venho para atirar na merda ou ver o que está
acontecendo, mas nunca entrei pela porta da frente e nunca bati.

Enquanto espero alguém atender a porta, lembro que Timber está


hospedado no loft. Eu começo a girar nos calcanhares para ir nessa
direção quando ouço um som de rangido. Quando me viro, Lyle está
parado na porta com um sorriso no rosto e um maldito rifle na mão. Você
deve estar me zoando.
— O que você está olhando, garoto? Eu sei que você já viu um
antes, — ele diz enquanto começa a rir de mim. — Filho, você deveria ter
visto seu rosto! Tenho desejado fazer isso com um menino que veio
buscá-la durante toda a minha vida. — O alívio toma conta de mim,
sabendo que ele estava se divertindo, mas sei que falava sério, mesmo
que afirme que está apenas brincando. — Pode entrar. Não sei por que
você bateu, de qualquer maneira, — ele diz enquanto me acena para
entrar. — Ela está quase pronta, eu acho. Eu acho que ela vai voltar aqui
para encontra-lo. Inferno, ela leva uma eternidade nos dias de hoje, então
você pode querer se sentar. — Minhas minhas mãos estão úmidas quando
me sento no sofá de couro gasto. — Então, o que te faz pensar que esta é
uma boa ideia? — Bem, essa foi uma maneira de colocar isso aí, Lyle.

— Lyle! Deixe aquele menino em paz e guarde essa arma, — a mãe


de Timber diz quando ela entra e eu me levanto para dar um abraço nela.

Passamos alguns minutos conversando sobre a clínica, sua


aposentadoria, e ele até pergunta se vou ao rodeio em algumas semanas.

— Eu pensei em pegar Bryndle, mas não entrar porque esses dias


já se foram. Eu tenho que pensar nela. Não posso me preocupar em deixá-
la sem um pai.

— Eu entendo, filho. Às vezes, temos que fazer escolhas


difíceis. Você era bom naquela época. Achei que agora que ela era mais
velha você poderia querer outra chance novamente. A vida é muito curta
para viver com arrependimentos.
— Bem, eu tenho uma vida estável e negócios agora com a
fazenda, então acho que é isso para mim, senhor.

— Bem, se você mudar de ideia, nos avise. Timber estará lá como a


veterinária de plantão.

— Obrigado, senhor.

Depois do que parece uma eternidade, ouço a porta dos fundos se


abrir e passos vindo em nossa direção. Levanto para cumprimentá-la e
não consigo processar o que vejo na minha frente. Timber está parada ali
com um vestido que faz suas pernas durarem dias. Sua pele está
impecável e seu cabelo está solto e bagunçado no bom sentido. Quando
meus olhos encontram os dela, ela sorri.

— Papai, onde está sua arma? — ela pergunta com uma risada
leve.

— Sua mãe me fez guardar, mas não depois que dei a Weston aqui
um ataque cardíaco. — Olhando para Timber, ela murmura desculpas. —
Agora, deem o fora daqui, mas Weston, é melhor vocês se comportarem.

— Sim senhor. — Eu declaro e sei exatamente o que ele quer dizer


com isso.

Timber desliza o braço no meu e saímos pela porta da minha


caminhonete. Abro a porta do passageiro para ela e a ajudo a entrar,
secretamente desejando ter tido uma bela visão de sua bunda enquanto
ela subia. Uma vez que ela se acomodou, fecho a porta e ando para o lado
do motorista. Assim que entro, faço uma pausa e olho para ela.

— Timber, você está linda.

— Obrigada, você mesmo se arrumou muito bem, — ela diz com


uma piscadela e, por algum motivo, não consigo parar de sorrir.

Seguimos em direção ao Café Border e quando chegamos está


lotado. Eu me esforço para abrir a porta para ela e ajudá-la a sair. Ofereço
meu braço e ela o pega com um sorriso. É tão bom estar perto dela e tê-la
em meu braço.

A dona de casa informa que há uma espera de duas horas, mas o


bar é o primeiro a chegar, o primeiro a ser servido. Seguimos para lá e
pedimos uma cerveja no bar. Quando pergunto se ela quer alguma bebida
feminina, ela me encara, então peço uma cerveja para ela. Eu deveria
saber.

Pegamos as cervejas e caminhamos até uma mesa de bar que


acabou de abrir. Eu deslizo a cadeira para trás e me certifico de que ela
está sentada antes de me sentar. Examinamos o menu e fazemos o
pedido.

Enquanto esperamos por nossa comida, conversamos sobre tudo e


qualquer coisa. Ela me conta sobre o Texas, a escola e menciona o rodeio.

— Você vai ao rodeio em algumas semanas, não é? — ela


pergunta. — Sim, para assistir.
— Weston…

— Eu não posso, Timber. Esses dias acabaram. Além disso, estou


muito velho para isso.

— Eles me pediram para ser a veterinária de plantão. Eu ia ver se


você e Bryndle queriam ir comigo. Seria divertido. Ela poderia assistir a
todos os eventos, acampar, e eu não sei...

— Não sabe o quê?

— Achei que você pensaria em cavalgar mais uma vez...

— Timber...

— Apenas pense sobre isso. Isso é tudo que estou pedindo, e se


você não quiser que Bryndle assista, tenho certeza de que seu pai ou
meus pais a assistiriam. Sinto falta de ir ao rodeio com você.

— Ta brincando né?

— Bem, você e Forrest. Costumávamos nos divertir muito e


adorava ficar na parte de trás porque você estava cavalgando. Foi quando
percebi que amava o lado veterinário disso, — diz ela com um sorriso
doce.

— Foi divertido. Droga, Forrest costumava nos causar tantos


problemas.

— Claro que ele fez. Pense nisso, ok? — ela diz enquanto segura
minhas mãos nas dela. — Eu vi você com Scarlett. Eu sei que você sente
falta.
— Sim, mas não é só sobre mim.

— Eu entendo, Weston, mas lembre-se de que você também


precisa viver. — Cara, ela soa exatamente como o pai.

Por um momento, eu organizo meus pensamentos. — Eu


estou. Agora, Timber, estou casando... com você. — Ela não diz nada e
começo a achar que falei demais de novo.

Quando ela começa a abrir a boca, a garçonete chega com nossa


comida, interrompendo suas palavras. Parte de mim quer dizer a ela para
se apressar, mas lembro onde estou e o que estou fazendo. Timber quer
alguém que a trate como se ela fosse a única garota no mundo, e é
exatamente isso que pretendo fazer. Quando a garçonete se afasta,
espero para ver se ela fala. Timber coloca o guardanapo no colo e também
coloca as mãos sobre ele.

— Weston, eu sei que você está, e estaria mentindo se dissesse


que também não sinto. Por mais que eu queira mergulhar de cabeça e ir
direto para a parede, temos que pensar. Não somos dois
adolescentes, somos adultos crescidos. Além disso, você tem Bryndle e eu
nunca faria nada para prejudicá-la. Ela é absolutamente preciosa e quero
ter certeza de que esse relacionamento seja um modelo de como deseja
que seja seu futuro.

Eu aceno e pego meu garfo. Não sei responder. Eu quero dizer o


que meu coração está gritando, mas minha cabeça diz que não. Comemos
em silêncio por um momento, mas depois não aguento mais. — O fato de
você se importar o suficiente para se preocupar com minha filha prova
que isso está certo. Eu digo que devemos apostar tudo. Você e eu
sabemos que, se apostarmos em algo, faremos tudo funcionar. Isso é
quem nós somos.

Ela sorri para mim. — Esse é um bom ponto. Nunca fizemos nada
pela metade.

Quando a garçonete volta e pergunta se queremos sobremesa, eu


olho para Timber. — Nah, estou bem.

— Preciso de um bolo de chocolate e torta de pêssego para levar.


— Ela me olha interrogativamente. — Paw e Bryndle. — Ela sorri.

Eu sei que ela sempre foi protegida e não faz nada a menos que
seja cem por cento. Esta não é uma aposta certa, mas estou disposto a ir
até a campainha e depois passar um segundo. Ela vale a viagem e eu
tenho que fazê-la ver isso. Até me fez considerar a única coisa que jurei
que nunca faria novamente... cavalgar.

— Talvez eu leve um pedaço daquela torta de pêssego


também. Ouvi dizer que é feito com os melhores pêssegos da região, —
ela diz e não consigo deixar de sentir meu interior aquecer. — Quer
compartilhar comigo?

— Você me pegou no sapateiro de pêssego, — eu respondo e nós


dois rimos. A garçonete vai até o fundo e volta com a sobremesa de
Timber e duas colheres.
Eu a deixei ir primeiro, mas aquele olhar em seu rosto é puro
paraíso enquanto a doce bondade atinge suas papilas gustativas. —
Cowboy, isso é de morrer.

— Eu te disse, — eu digo quando começo a pegar uma mordida e


ela rapidamente coloca a sobremesa na sua frente. — Oh, eu vejo como
é. Você me pediu para compartilhar e agora está guardando tudo para
si. Acho que vou fazer você pagar a conta em vez disso.

Ela dá de ombros e eu roubo uma mordida de qualquer


maneira. Ela revira os olhos para mim de brincadeira. Eu amo isso, mesmo
quando estamos brincando, posso ver a mulher confiante em que ela se
tornou.

Quando vou dar outra mordida, ela engasga, brincando. Quando


estou prestes a colocar a deliciosa mordida na boca, faço uma pausa e
olho para ela. — Venha aqui, — eu digo enquanto ela se inclina. Eu guio a
bondade pegajosa do meu garfo em sua boca. Ela leva um momento para
saboreá-lo e depois se recosta na cadeira.

— Cowboy, isso é fenomenal. Droga, quem quer que cultive esses


pêssegos pode com certeza sacudir minha árvore, — ela diz com uma
risada.

— Isso pode ser arranjado, — eu digo com uma piscadela, sabendo


que essa garota vai ser minha.
Timber

Seria um inferno se essa piscadela e o comentário não deixaram


meu corpo todo torcido. Cada vez que ele fala, meus joelhos ficam fracos,
meu coração pula na minha garganta e tento manter minhas emoções sob
controle. Este homem na minha frente não é o mesmo cara com quem
cresci, ele é um homem que sabe quem é, o que quer e como se
apresentar quando necessário. Não há muitos homens que conheci que
cuidariam de outra pessoa em um encontro. Inferno, na verdade, nunca
conheci um. Weston Parker é um homem de verdade, um homem que
estou pronta para segurar por muito tempo.

Tomando o último gole da minha cerveja, vejo a garçonete se


aproximando com uma sacola cheia de doces. Weston paga a conta e,
quando começo a me levantar, ele rapidamente se levanta de sua
cadeira. Eu paro e espero que o homem bonito na minha frente venha
puxar minha cadeira, porque eu sei que ele é um verdadeiro cavalheiro do
sul por trás daquela personalidade de macho boy.

Quando começo a agarrar minha bolsa, ele desliza suas mãos


ásperas pelo meu braço, me fazendo estremecer. Fazendo uma pausa, ele
sorri, em seguida, guia a outra mão por trás do meu pescoço e traz seus
lábios aos meus na frente de todo o restaurante. Meu Deus. Este beijo não
é exagerado. É gentil, mas deliberado, enquanto ele faz sua reivindicação
na frente de uma plateia. Meu corpo quer se render a ele neste momento,
mas minha mente tenta lutar contra isso. Meu corpo vence quando coloco
minha mão em seu peito e o beijo de volta. Quando começo a me perder
completamente neste momento, ele se afasta, desliza minha cadeira para
debaixo da mesa e, em seguida, coloca a mão nas minhas costas enquanto
me leva para fora do restaurante lotado. Quando saímos, todos os olhos
estão em nós, e se alguma vez houve alguma chance de eu resistir ao
homem ao meu lado, foi tudo atirado para o inferno.

Chegando à caminhonete, faço uma pausa para ele abrir a


porta. Escalando para dentro, minha mente gira pensando sobre o que
vem a seguir.

Enquanto o motor ruge, ele olha para mim. — Quer terminar o que
começamos? — Ele sorri e, maldito seja, sim, mas também jurei que não
entraria nessa cabeça primeiro a um milhão de quilômetros por hora.

— Eu disse a você, você teria que merecer isso. Eu não sou barata,
— eu digo com uma piscadela. — Nunca disse que você era, querida. Eu
tenho planos, e eles incluem ir muito, muito lento.

— Prove.
Capítulo 20
Weston

Ela quer que eu prove isso? Vou aceitar esse desafio, mas aposto
que ela pensa que vou levá-la de volta para a fazenda e fazer do meu jeito
com ela. De jeito nenhum. Ela quer beber e comer, e é exatamente isso
que pretendo fazer. Ela vale mais do que um rápido rolar no feno, mesmo
que isso seja divertido pra caralho, e Deus sabe que preciso disso.

Colocando o caminhão em movimento, voltamos através do país


em direção à interestadual, e quando ela percebe que não vamos para
casa, ela parece confusa.

— Eu prometo que terei você em casa à meia-noite.

— Como se isso importasse. Não somos adolescentes e também


não sou uma abóbora, Cowboy.

— Bom ponto, mas eu tenho um lugar que gostaria de levar você.

Ela olha para mim com um olhar questionador, mas acena com a
cabeça. Droga, ela é linda, e nem sabe disso. Enquanto o caminhão zunia
pela rodovia, deixamos a música country tocar ao fundo enquanto nós
dois ouvíamos em silêncio.

Quando eu pego a saída para Blacksburg, ela olha na minha


direção. — Para onde vamos, Cowboy?

— Você verá, mas eu tenho uma surpresa para você.


Depois de darmos algumas voltas, de repente ela se dá conta. —
Você está me levando ao mercado?

— Por que eu iria levá-lo ao mercado do fazendeiro? Este é um


encontro, não funciona. Além disso, está fechado.

— Tudo bem, espertinho. Se não estiver lá, então onde?

— Você vai ver. — Mal posso esperar para ver seu rosto. Essa
garota acha que a vida para mim é desistir de meus sonhos e me agarrar a
cavalos selvagens, uma garotinha e pêssegos. O que ela não sabe é que fiz
um investimento que pago. Uma que eu nunca imaginei chegando, uma
que mantive para mim até agora, e mal posso esperar para compartilhar
este pequeno pedaço do meu mundo com ela.

Timber

Para onde diabos estamos indo? Eu fiz a piada do mercado do


fazendeiro porque é exatamente para onde estamos indo ou para algum
lugar perto de qualquer maneira. Deus sabe que todos nós passamos
muito tempo lá, mas quando ele entra em uma estrada antes do mercado,
eu sei para onde estamos indo e não há como no inferno. Ele jurou isso.

Enquanto seguimos a estrada de duas pistas na escuridão, estou


completamente confuso. Weston liga seus faróis altos e olha na minha
direção.
— Por favor, diga que você não está me levando a algum lugar
para me matar e enterrar meu corpo.

— Você sabe melhor que isso. Estamos quase lá.

Meus olhos tentam se ajustar à escuridão e quando um brilho


aparece ao longe, eu olho para ele. — Eu posso estar fazendo mais do que
pêssegos.

— Você acha? A maldita arena está aqui.

Quando ele estaciona a caminhonete, ele respira fundo e olha na


minha direção. — Timber, isso é algo que ninguém sabe. Eu mantive isso
em segredo nos últimos seis anos, e pretendo mantê-lo assim.

— Manter o que em segredo? Todo mundo sabe que esta arena


fica aqui. — — É minha. — Que diabos? Sua? A Arena?

— O que você quer dizer?

— Vamos, vou te mostrar. — Ele sai correndo da caminhonete e dá


a volta para abrir minha porta. Pegando-me pela mão, ele começa a me
conduzir em direção ao portão da arena. Tirando uma chave do bolso, ele
abre a porta da arena e acende as luzes.

— Como? Achei que você não queria ter nada a ver com isso?

Weston coloca as mãos nos bolsos e me olha nos olhos. — Eu disse


que estava farto de montar, mas nunca disse que estava farto do
rodeio. Veja, minha última viagem aqui, quando perdi o circuito, eu sabia
que este lugar estava com problemas. Eu tinha ouvido boatos em casa,
mas foi confirmado quando terminamos naquela noite. Eu guardei para
mim e quando voltei para casa, fiz alguns cálculos. Este lugar era minha
segunda casa. Não pude ver fechar. Isso me fez o homem que sou hoje. Eu
quero que seja o sonho de todo cowboy e cowgirl. Nos últimos anos,
pensei em trazer Bryndle para assistir, mas estou com medo.

— Você assustado? Só pode estar de brincadeira comigo. O que


realmente está acontecendo?

— Tenho medo que ela se apaixone pelo rodeio como eu. Não
posso pensar nela se machucando. Ela quer selar um passeio de
bronc. Timber, ela não pode.

Eu jogo minhas mãos em meus quadris e ele sabe que cruzou os


limites. — Você sabe que as meninas podem fazer qualquer coisa que os
meninos e às vezes até melhor.

— Oh, acredite em mim, eu sei. Mas, ela é meu bebê. É diferente.

— OK tudo bem. Vou deixar isso quieto por enquanto, mas por que
diabos você está me dizendo isso?

Ó meu Deus. Isso me atinge. — Seu pedaço de merda! Você me


contratou e me deixou fazer uma armadilha sobre você cavalgar.

— Culpado, — ele diz e eu quero ficar chateada, mas ele é tão


fofo. — Que tal eu te mostrar o lugar?

— Uh, eu já estive aqui muitas vezes.


— Pode ser, mas há um outro segredo que estou escondendo. — A
maneira como ele diz isso me faz querer que ele se apresse.

Caminhando pela arena, eu olho para as arquibancadas vazias e


me lembro da última vez que estive neste lugar. Eu assisti Weston e
Forrest fazerem passeios incríveis. Forrest foi nocauteado no primeiro
round, mas é claro que não ligou, isso significava mais tempo para pegar
garotas. Weston levou para casa primeiro no rodeio local, e nem olhou
para as garotas que caíam a seus pés.

— O que está pensando? — Ele questiona enquanto me pega pela


mão. — Sobre a última vez que estive aqui.

— Eu lembro. Fui o primeiro no rodeio local.

— Sim, adorei ver você cavalgar. Você sempre fez com que
parecesse tão fácil. Você se lembra daquela vez em que voltei
furtivamente para a sua casa e tentei cavalgar?

— Sim, eu pensei que meu pai ia enlouquecer. Não sei o que te fez
pensar que era uma boa ideia.

— Eu faço. Você fez com que parecesse fácil. Eu poderia vencê-lo


em tudo o mais, então por que não?

Ele faz uma pausa e me diz para fechar os olhos enquanto abre a
parte de trás da arena. Ele me pega pela mão e me guia para o ar fresco
da noite. — Abra, — ele comanda e eu suspiro quando vejo a bela vista na
minha frente. A pista de dança gasta foi restaurada e há luzes penduradas
amarradas de polo a polo com potes de vidro. É elegante e country ao
mesmo tempo. Tem zona de bar e palco para banda.

— Weston... — é tudo que consigo entender quando ele caminha


até o palco e conecta seu telefone a um cabo. Quando uma lenta música
country começa a ecoar pelos alto-falantes, fico sem palavras enquanto
ele caminha em minha direção com um sorriso orgulhoso. Este não é o seu
estilo. Ele não é o tipo de cara que bebe e janta. Ele é rude e mantém seus
sentimentos dentro, mas este homem na minha frente está tentando
provar suas palavras. Ele levou minha declaração a sério e está fazendo de
tudo para que eu saiba que está dentro.

— Dance Comigo. — É uma declaração, não uma pergunta. Ele


pega minha mão e me puxa contra seu corpo. Enquanto — Skin & Bones—
de Eli Young Band continua a tocar, balanço no ritmo com ele. Fechando
meus olhos, tento o meu melhor para processar o que está
acontecendo. Eu queria ir devagar para ele e Bryndle, mas a realidade é
que quero mergulhar de cabeça nisso o mais rápido que puder.
Capítulo 21
Weston

Com seu corpo perfeito pressionado contra o meu enquanto


dançamos ao som da música, não tenho dúvidas de que ela é a
única. Parece estúpido, muito cedo e inegavelmente insano, mas eu não
me importo.

Quando a música termina, eu deixo minha música continuar a


tocar e graças a Deus é outra lenta. Eu levanto seu queixo com minha mão
até que nossos olhos se encontrem.

— Você me disse para viver, e eu tenho. Era meu segredo para


guardar até saber que tinha a pessoa certa para compartilhá-lo. Timber,
eu te conheço minha vida inteira, você sabe mais merda sobre mim do
que qualquer garota deveria saber, mas no dia que você dirigiu de volta
para esta cidade e me atingiu com um tornado Timber, eu sabia que as
coisas eram diferentes. Vou fazer o que for preciso para você ver que o
que está entre nós é real. Eu não me importo se for novo. É o negócio real,
e estou pronto para dar uma volta.

Ela olha para mim e é como se seus olhos estivessem gritando sim,
mas sua mente estivesse dizendo não. Eu não sei o quanto mais posso
suportar assistir o debate em seus olhos, e é quando eu a ouço sussurrar.
— Então vamos cavalgar, — ela diz com um sorriso e eu juro que
acho que vejo seus olhos brilharem. Ela não fica emocionada, e eu não
consigo evitar, eu pego minha mão e a deslizo atrás de seu pescoço e
trago seus lábios nos meus. Quando nossos lábios se tocam, sinto uma
onda de controle e não consigo me cansar dela. Estou fazendo o meu
melhor para evitar que as coisas andem rápido demais, mas quanto mais
tento me afastar e seguir seus desejos, mais ela quer cruzar a linha e
agora tenho que decidir. Eu continuo sendo o bom rapaz ou a aceito do
jeito que quero?

Timber

Santo inferno. Esses lábios, esse corpo e essas palavras. Eu não


consigo resistir. Eu sei que disse lento, mas lento é superestimado.

— Não pare, Cowboy.

— Timber, não podemos aqui.

— Então vamos dar o fora daqui, — eu digo enquanto olho em


seus olhos aquecidos. Ele quer isso tanto quanto eu. Ele se abaixa e me
pega por cima do ombro. Eu começo a rir enquanto ele apaga as luzes,
bate a porta e a tranca rapidamente.
Ele me coloca no chão enquanto caminhamos em direção à
caminhonete, e quando nos sentamos lá dentro com seus faróis acesos na
parte de trás da arena, eu noto algo novo. — São pessegueiros?

— Esse era o segredo. Eu estava planejando mostrar a você.

Cruzando meus braços, eu olho para ele. — Sério, essa foi a sua
surpresa?

— Eh, talvez, talvez não? — Ele diz e eu não consigo evitar, eu


solto meu cinto de segurança e deslizo em direção a ele. — O que você
está fazendo? — ele questiona.

Enquanto deslizo ao lado dele, descanso minha cabeça em seu


ombro e enrosco meus dedos nos dele. — Deixando tudo isso penetrar.

Não falamos no caminho para casa, mas quando ele chega na placa
de pare, vejo sua batalha interna sobre para onde ir. — Vamos dar uma
olhada em Scarlett.

Depois de pararmos na frente do celeiro, ele abre a porta e deslizo


para fora do lado do motorista com ele. Ele me pega pela mão e me leva
em direção a Scarlett, mas eu paro no meio do caminho e dou a ele um
sorriso diabólico.

— Timber, tem certeza?

— Mais de um passeio de oito segundos.

Weston sorri enquanto me pega nos braços e me gira. — Você está


me deixando louco.
— Eu sei como podemos consertar isso.

Quando ele faz uma pausa, puxo seus lábios nos meus. — Eu menti
quando disse que queria que você fosse com calma. Eu quero você,
Cowboy, como ontem.

Ele me deixa puxá-lo em direção a casa e, se eu não soubesse, diria


que parecemos e soamos como dois adolescentes malucos.

Atrapalhando com as chaves, ele finalmente abre a porta e me


puxa em direção ao seu quarto. Uma vez que estamos dentro de seu
quarto, ele não perde tempo mostrando exatamente o que essas mãos
trabalhadoras podem fazer. Suas pontas dos dedos roçam minha pele
quando ele encontra a bainha do meu vestido e o puxa acima da minha
cabeça antes de deixá-lo cair no chão. Ele faz uma pausa para olhar para
mim antes de começar a beijar o lado do meu pescoço. Quando não
consigo mais controlar minhas emoções, minhas mãos se apressam em
remover sua camisa e descobrir o corpo perfeitamente esculpido
escondido por baixo. Quando seus lábios encontram os meus, ele envolve
seus braços fortes em volta de mim e me leva em direção a sua cama.

Ele me deita e paira sobre mim. Seus olhos nunca deixam os meus
enquanto ele continua a adorar meu corpo da cabeça aos pés. Ele sabe
como torturar uma mulher da melhor maneira possível e quando eu sinto
que vou entrar em combustão, ele encontra minha entrada e olha para
mim mais uma vez antes de fazer amor comigo.
Capítulo 22
Weston

Não tenho ideia de quanto tempo durou, mas tenho certeza de


que não foi muito. Eu estive em uma seca nesta área por quase uma
década e agora, estou olhando nos olhos de uma mulher que sei que
mudou meu mundo para melhor. Ela tinha razão quando disse que eu
precisava viver, porque quero viver para ela. Ontem à noite, memorizei
cada centímetro de seu corpo e a maneira como ela respondeu ao meu
toque.

Me apoiando em um cotovelo, eu a encaro e ela deve sentir


isso. — Bom dia.

— Bom dia, Cowboy, — ela diz enquanto o pânico pisca em seu


rosto.

— Sem problemas. É cedo ainda. Tenho cerca de uma hora antes


de me preparar para ir ao mercado. Meu pai deveria estar aqui então.

Seus olhos se arregalam. — Seu pai? E se ele me vir aqui?

— Por que isso Importa?

— Oh meu Deus, Weston! — Tento o meu melhor para não rir,


mas não consigo. — Por que você está rindo?

— Você é uma mulher adulta, Timber.


— Não importa. Existem algumas coisas que você nunca quer que
os pais saibam. Basta pensar se este fosse Bryndle. — Isso me dá nojo e eu
faço uma careta.

— Veja... disse a você. Vamos, tenho que ir para casa.

Ela começa a deslizar para fora da cama, mas eu não consigo


evitar, eu a puxo de volta para mim e a faço do meu jeito de novo porque
quem sabe quando estaremos sozinhos de novo e ainda temos algumas
horas restantes.

Timber

Aquele homem... oh, aquele homem. Como, em uma pequena


noite, caí mais forte do que pensei ser possível? Não era para acontecer
assim. Droga, eu queria o fazer trabalhar por isso, mas não foi possível
quando me levou para a arena e me mostrou os pêssegos. Provou tudo
que eu sabia no fundo. Ele quer mais na vida e tem vivido sem ninguém
saber. Agora, se eu pudesse convencê-lo a cavalgar novamente.

Enquanto ele estaciona na frente da minha casa, faço uma pausa


antes de abrir a porta. — Timber, está tudo bem? — ele questiona e
minhas emoções ganham o melhor de mim.

— Sim, por que não estaria? Quero dizer. Estou fazendo a


'caminhada da vergonha' às quatro da manhã. — Ele estremece. Levando
um segundo para me controlar, eu me viro para ele. — Estou brincando,
mas não era isso que eu queria que acontecesse na noite passada.

— Eu também, mas não me entenda mal, vou rolar no feno com


você qualquer dia, — diz ele com uma piscadela.

— Eu queria ir devagar, mas não posso com você. Estou chateada


por não ter conseguido me controlar com você.

— Acredite em mim. Não esperava nada disso, mas não vou mentir
e dizer que não foi a melhor noite da minha vida.

Eu me inclino para ele e beijo sua bochecha docemente. — Eu


também.
Capítulo 23
Weston

Chegando de volta à fazenda, vejo papai puxando o


carro. Merda! Saindo da caminhonete, ele fica parado e espera.

— Você está entrando? — ele questiona.

— Não, já estou em casa há algum tempo, apenas dei uma


voltinha.

— Eu aposto, mas por favor, certifique de usar essa sua camisinha


desta vez. — Suas palavras me atingiram com força e é claro que não fui
idiota dessa vez, mas mesmo que não fosse, não me importaria se
engravidasse Timber Sellers, porque um dia ela será minha esposa. As
pessoas dizem que sou arrogante. Inferno, eu sei o que quero e sei que a
quero.

Papai e eu temos uma típica manhã de sábado no mercado, mas


tudo em que consigo pensar é na arena ao fim da rua. Os pensamentos da
noite passada continuam a pairar em minha mente. Eu repasso a
expressão em seu rosto quando ela percebeu onde estávamos, o olhar em
seus olhos quando percebeu que eu tinha feito mais coisas, e no
momento em que soube que ela estava caindo.

— O que está te fazendo sorrir aquele sorriso bobo? Eu sei que


não é pelo fato de que os pêssegos se esgotaram em tempo recorde.
— Nada, pai. Só pensando.

— Sim, sobre uma garotinha Sellers.

— Não tem mais nada sobre ela. Acho que esse é o problema.

— Filho, Timber sempre foi uma amiga. Às vezes, na vida, não


estamos prontos na juventude. Você pode imaginar o que teria acontecido
se você decidisse namorar naquela época?

Eu reflito por um minuto. De jeito nenhum ficaríamos juntos e


duvido que ganharia minha Docinho. — Nós nunca teríamos feito isso.

— Exatamente. Ser jovem e apaixonado é perigoso. Às vezes, você


tem que pegar o longo caminho para descobrir quem é certo para você.

— Mas você e mamãe se casaram logo depois da escola.

— Mais ou menos, mas mais parecido com a faculdade, não com o


ensino médio. Não nos conhecíamos enquanto crescia, e tenho certeza de
que, se tivéssemos, ela provavelmente teria uma opinião diferente sobre
mim.

— Eu nem quero saber, — eu digo com uma risada. — Mas sou


estúpido em pensar que não quero esperar nada com ela?

— Weston, acredito firmemente que o amor tem um jeito de se


fazer conhecido quando chega a hora. Orei para que você e Bryndle
tivessem uma mulher em sua vida que não fosse Maw Jane. Bryndle
precisa de uma mãe. Aquela que entende o que é ser uma adolescente e
todas as merdas que vem junto com isso. Mais do que Bryndle precisa de
uma mãe, você precisa de uma companheira. Alguém que conhece você
mais do que Weston de Parker Peaches e um ex-cavaleiro de sela
bronc. Você precisa de uma mulher que te complete. Um que complete
suas frases e que esteja lá para você através dos bons e difíceis
momentos.

— Então, o que você está dizendo, pai?

— Estou dizendo que, se você sabe que é ela, não perca tempo,
Weston, isso é infantil. Não nos foi prometido um amanhã.

— Pai, ela vai pensar que sou louco se eu disser que quero me
casar assim logo, — digo enquanto entramos na garagem.

— Tem certeza? — Eu olho para ele como se ele fosse louco, mas
quando olho para o celeiro e vejo a caminhonete dela, eu sei que ele não
está. Agora a questão é se Bryndle está pronta para ela estar em nossas
vidas permanentemente. — Eu vou dar a vocês algum tempo. Vou pegar o
caminho mais longo e pegar a Docinho para você.

— Obrigada, pai.

Timber

No momento em que vejo a caminhonete de Weston descendo o


caminho, fico chocada. É muito cedo para um sábado no mercado, o que
significa que foi um grande dia para ele. Eu não conseguia tirá-lo da minha
cabeça, então decidi ir até lá e checar Scarlett. Verdade seja dita, esperava
dar uma olhada em Weston quando ele voltasse.

Enquanto ele e seu pai saem da caminhonete, um sorriso se


espalha em seu rosto, e tento o meu melhor para me impedir de correr
direto em sua direção.

Pegando outro fardo de feno, ando em direção ao cercado de


Scarlett. Eu sei que Weston está prestes a aumentar sua liberdade e
apresentá-la a Poncho. O que eu realmente amo é vê-lo tentar montá-la.

Pegando o fardo de feno, começo a jogá-lo na caneta quando


alguém o tira de mim. Eu sei que é ele.

— Ei, Cowboy, eu estava fazendo isso.

— Eu sei, mas esse é o meu trabalho.

— Ei, só porque somos, seja o que for, não significa que você pode
fazer tudo por mim.

Ele larga o fardo de feno e se vira para mim. — O que quer que
seja? Você está brincando comigo? — Ele dá um passo em minha direção
e me apoia contra a caneta de Scarlett. — Não existe qualquer que
seja entre nós. Achei que tinha explicado muito claramente ontem à noite
ou preciso refrescar sua memória?

Eu sei exatamente o que ele está tentando fazer e adoraria uma


atualização. Olhando para ele, eu mordo meu lábio inferior. — Estou
tendo problemas para lembrar. Você pode me ajudar?
Ele sorri enquanto me pega e envolvo minhas pernas em volta de
sua cintura antes que ele me pressione contra a caneta. Ele beija o lado do
meu pescoço e isso me deixa louca, mas quando ele começa a sussurrar
em meu ouvido, eu o quero mais do que deveria. Ele traz seus lábios aos
meus e conforme a intensidade aumenta, não consigo chegar perto o
suficiente dele. Nada ao meu redor importa, até ouvir Scarlett atrás de
nós. Temos que parar porque quem sabe como isso a está afetando.

— Cowboy, nós temos que parar. Scarlett. — Ele interrompe o


beijo, olha na direção dela e me beija profundamente mais uma vez.

— Timber, nunca questione o que aconteceu entre nós. Você me


pegou? — — É isso aí, Cowboy. Agora, eu tenho uma pergunta para você.
— Ele olha para mim

com preocupação. — Você vai montá-la?

— Timber…

— Sem desculpas. Depois de ontem à noite, eu sei que está


matando você tê-la aqui sem nem mesmo tentar. Então por que não?

— Quieta. Me deixe levá-la para o pasto e dar um pouco de tempo,


depois veremos o que acontece.
Capítulo 24
Weston

Quando eu concordo, Timber me lembra Bryndle. Aquele olhar em


seus olhos mostra que ela já me pegou em seu dedo também. Tirando
Scarlett do cercado, eu a guio até o pasto. Ela já esteve lá algumas vezes,
mas esta semana meu plano era deixá-la se integrar com Poncho.

Com a ajuda de Timber, Scarlett mantém a calma e nós a


conduzimos pelo pasto. Timber me garante que ela está bem e peço
licença para ir buscar minha sela. Entrando no celeiro todos os dias, vi a
lembrança do sonho que desisti, mas hoje estou disposto a quebrar minha
promessa e ver se sobra para mais uma cavalgada.

Carregando a sela para o pasto, Poncho vem na minha direção, e


sei que ele pensa que isso é para ele. Dou-lhe um pouco de atenção e, em
seguida, mando embora. Timber caminha com Scarlett em minha direção
e, quando ela está a uma distância segura, eu falo com ela. Parece
estúpido, mas juro que eles podem entender. Eu digo a ela exatamente o
que estou fazendo enquanto coloco a sela em suas costas e ela começa a
ficar nervosa. Timber fica na frente dela com a corda-guia e garante que
está tudo bem.

Depois que tudo está no lugar, respiro fundo e Timber sorri. —


Você consegue, Cowboy, — ela diz e é sexy como o inferno.
Meus nervos começam a crescer quando coloco meu pé no estribo
e balanço minha perna. Scarlett começa a se mover para o lado e Timber
tem dificuldade em controlá-la. — Solte e jogue para mim, — digo a ela
com firmeza e ela escuta pela primeira vez. Pego a corda em minhas mãos
e agarro com firmeza, falando calmamente com Scarlett. Ela continua a se
mover em um padrão incontrolável. Minha mente começa a girar
enquanto me concentro no fato de que estou em um cavalo selvagem
novamente. Scarlett não é como Poncho e quando minha mente entra
nesse modo, consigo me concentrar.

Scarlett está calma, mas irritada. Tento acalmá-la falando, mas é


óbvio que ela não quer ser montada. Ela começa a resistir e eu sinto uma
onda de adrenalina. Quando ela começa a chutar as patas traseiras para o
ar, me sinto vivo. Quando ouço os aplausos de Timber, sei que andar de
cavalo selvagem é como andar de bicicleta. Pode ter passado um tempo,
mas é como uma segunda natureza.

Scarlett logo percebe que não está ganhando, mas quando ela
começa a resistir mais forte ela pula de repente. Eu não vi isso chegando e
eu voo no ar. Eu ouço um suspiro e depois uma gargalhada. De pé, eu
afasto e procuro encontrar não apenas Timber, mas papai e
Bryndle. Merda! Estou preso.

— Papai, isso foi incrível! Você pode fazer de novo? — Bryndle diz
com entusiasmo.

— Veremos. Quando vocês chegaram aqui? — Eu questiono.


— Hum, bem quando você foi lançado três metros no ar, — papai
diz com um sorriso. Olhando por cima do ombro, vejo Scarlett vagando
pelo campo indo em nossa direção. Ela passa por mim e para na frente de
Bryndle.

— Acho que ela nos viu e decidiu que não estava mais fazendo um
show.

— Acho que foi exatamente isso que aconteceu, — Timber


interrompe. — Como foi a festa do pijama?

— Impressionante! Fizemos biscoitos caseiros e pintamos as


unhas. Olha? — ela diz, estendendo as mãos.

— Amei! Talvez você possa pintar o meu para mim, — Timber diz a
ela. — Mesmo?

— Claro, — ela diz e quando nossos olhos se encontram, eu


percebo que essa mulher roubou outro pedaço do meu coração.

— Então, papai, Scarlett está livre da caneta agora?

— Sim e não. Isso leva tempo. Vou deixá-la vagar um pouco, mas
no final da semana ela e Poncho devem ser amigos.

— Fantástico! Estava tão cansada dela naquela caneta. Isso deve


ser muito chato.

Todos nós rimos enquanto deixamos Scarlett no campo e


caminhamos em direção a casa. Timber continua perto, mas um passo
atrás. Quero roubar a mão dela, mas com Bryndle presente, sei que não
deveria. Eu preciso falar com ela sobre isso. Timber começa a se desculpar
e Bryndle me implora para deixá-la ficar para o jantar, mas precisamos de
algum tempo para conversar. Ela faz beicinho, mas eu não desisto hoje.

Depois que Timber e papai vão embora, peço a Bryndle que venha
e se sente comigo na varanda da frente.

— Ei, Docinho, você pode vir ficar um pouco com o seu velho?

— Papai, você não é velho, mas é claro que vou.

Ela se senta ao meu lado e deita a cabeça no meu ombro. Aprecio


esses momentos com ela. Olhando para a fazenda, vejo o lindo lugar que
Deus nos deu e sei que vai ficar ainda melhor.

— Então você se divertiu ontem à noite na casa de Anna Rose?

— Sim, nós nos divertimos muito. Também ficamos acordadas a


noite toda.

— Você não está cansada?

— Nah, posso ter adormecido em algum momento, mas


adorei. Mal posso esperar pela minha festa do pijama.

— Sobre isso…

— Papai, você não pode mudar de ideia. Você prometeu e Timber


até disse que ajudaria.

Eu sorrio quando ela menciona o nome de Timber. — Oh


papai. Por que você está sorrindo assim?
Faço uma pausa para formular as palavras que quero dizer. —
Você gosta de Timber, certo?

— Bem, dã, e eu sei que você também.

— Você tem razão. Realmente gosto dela e gostaria de saber o que


você acha de eu pedir a ela para ser minha namorada?

— Eu gostaria disso, mas você sabe o quê?

— Eu realmente gostaria que ela se tornasse minha mãe. — Minha


boca se abre. — Papai, eu sei que isso é loucura, certo? Ela não existe
muito, mas ela é tudo que eu imaginei que uma mãe fosse.

— Docinho, coisas desse tipo levam tempo, mas eu queria saber o


que você achou de um dia adicionar outra pessoa à nossa família.

— Oh, papai, por favor, que seja ela.

É como se ela estivesse lendo minha mente ou desejando


exatamente a mesma coisa que eu. Nos últimos dez anos, nunca pensei
em trazer outra mulher para nossas vidas. Nossa pequena família era
apenas isso - nossa pequena família. Eu não queria para perturbar a vida
que tínhamos, mas nunca me ocorreu que Bryndle poderia ter desejado
uma mãe em sua vida.

— Não posso prometer isso, mas vou tentar o meu melhor.

— Então, quando posso tentar montar Scarlett? — E assim sou


puxado para trás, para a realidade. — Veremos.
— Bem, pelo menos não foi um não desta vez, — ela diz com uma
risada. — Eu te amo, papai.

Ela me abraça com força e beijo o topo de sua cabeça. — Eu te


amo mais, Docinho.

Timber

Chegando em casa, minha mente está disparada de tudo o que


aconteceu nas últimas vinte e quatro horas. Entrando no loft, me sento no
sofá e ligo a TV. Depois de alguns minutos, o desligo e vou em direção ao
Forrest's.

Dando uma batida rápida, entro e ouço Mandy na sala de estar. —


Ei garota! Pegue uma cerveja e entre. Forrest e James estão
cavalgando. Eu não posso acreditar que você não passou por eles.

Ela me lança um olhar questionador enquanto me sento ao lado


dela. — O quê?

— Então me diga... tudo sobre o seu pequeno encontro com


Weston, porque nem toda boa menina volta pra casa as onze?

Nós duas caímos na gargalhada e preciso contar a alguém. Claro,


deixo a arena de fora. Mandy quer todos os detalhes e, quando
terminamos, ela está se aproximando, absorvendo tudo o que estou
dizendo.
— Droga, por que Forrest não pode ser romântico assim?

— Hum, tenho certeza de que o único motivo pelo qual Weston fez
isso foi porque fiz um grande alarido sobre não ser barata e ele teria que
merecê-lo.

— Bem, é óbvio que essa merda saiu pela janela.

— Como você sabe?

— Garota, está escrito em seu rosto. Então me diga, como foi?

— Não. Sem dizer uma palavra, exceto que se passou pela seca
naquela área, com certeza não aparece.

— Eeeek! — ela grita e isso me lembra por que sair com garotas
nunca foi minha praia.

— Se acalme. Não tenho certeza de como tudo isso vai funcionar


com Bryndle, mas adivinhe?

— O quê? — Forrest diz enquanto ele e James entram na sala de


estar. — Ele montou Scarlett hoje.

— Awe merda!

— Forrest! — Mandy repreende.

— Isso é grande, mana. Não sei o que você fez com ele naquele
encontro, mas faça de novo porque quero vê-lo cavalgar em duas
semanas.
— Acho que o tempo dirá, mas estou tentando. Pessoal, foi
incrível. Era como se ele nunca tivesse perdido um dia cavalgando em um
nos últimos dez anos e, caramba, estava quente como o inferno. Quer
dizer, sempre adorei vê-lo cavalgar há muito tempo, mas isso era tão
diferente.

Forrest começa a rir. — Sim, porque estava montando em você na


noite passada. — Meu queixo cai e tento o meu melhor para retaliar com
uma resposta, mas não consigo. Em vez disso, eu viro e bebo minha
cerveja.
Capítulo 25
Weston

Quando chegamos à igreja no domingo de manhã, fico de olho em


Timber. Depois de deixar Bryndle na escola dominical, entro e ela está
sentada com uma cadeira vazia ao lado dela. Sento ao lado dela e tento
evitar que meus pensamentos se voltem para a noite passada.

Ela sorri para mim quando pego minha mão e a coloco na


dela. Ouvimos a lição e depois nos dirigimos ao santuário. Encontramos
nosso banco normal, mas quando Timber começa a ir se sentar com seus
pais, Bryndle insiste que ela se sente conosco. Sua mãe olha na minha
direção e é óbvio que ela sabe o que está acontecendo.

Depois que a bênção é orada, saímos para o sol quente. —


Weston, estou preparando o almoço, se vocês quiserem se juntar a nós, e
seu pai também.

— Obrigado, Jane, adoraríamos, — digo.

Timber se despede e vai para casa com os pais. Não consigo trocar
de roupa e chegar rápido o suficiente.

Chegando na fazenda dos Sellers, entramos pela porta lateral. O


cheiro de frango e bolinhos nos saúda. Papai chega alguns minutos
depois. Eu me ofereço para ajudar Timber e Jane, mas elas recusam. Em
vez disso, pedem a Bryndle para pôr a mesa e vou assistir ao jogo com
Lyle, Forrest e papai.

Em alguns minutos, somos chamados à mesa, e acho que adoraria


compartilhar esta mesa todos os domingos. Sentando entre Bryndle e
Timber, faço uma oração extra pelo que o nosso futuro pode trazer.

Todos nós conversamos um pouco enquanto comemos, mas


quando Forrest fala, fico com medo do que vai sair de sua boca. Não tive
tempo de lhe contar tudo sobre Timber e eu, mas tenho a sensação de
que ela contou ou ele sabe o suficiente. É estranho que meu melhor
amigo seja irmão da minha namorada.

— Ouvi dizer que você montou Scarlett, — diz ele. — Eu fiz, mas é
isso.

— Papai, não pode ser isso. Você é maravilhoso.

Lanço um olhar para Bryndle que diz a ela para não ir mais longe
com essa conversa. — Bem, se você não montá-la, eu vou.

— Bryndle, podemos conversar sobre isso mais tarde.

— Não, eu quero montar. Você me disse que veremos.

— E isso significava que veremos. Agora você mostrou a Maw Jane


suas unhas da festa do pijama?

Ela sorri e mostra sua manicure, e é quando ouço Timber começar


a falar ao meu lado. — Talvez você devesse deixá-la tentar. Você sabe
como Scarlett fica calma perto dela. — Vejo Bryndle se animar e dar a
Timber um olhar severo. — Sei que não estou no comando, mas acho que
ela conseguiria, — afirma.

— Você tem razão. Você não está no comando. Ela é minha filha e
eu tomo essas decisões.

— Entendido, — diz ela calmamente, mas posso ver que ela está
chateada. Os olhos de todos estão em mim, mas não dizem nada. Faço o
possível para mudar de assunto, mas quando Timber termina de comer,
ela rapidamente se desculpa da mesa. Todos olham para mim novamente.

— Vá atrás dela, papai.

Eu olho para todos ao meu redor, jogo meu guardanapo na minha


cadeira e tento evitar correr para fora da sala de jantar. Quando ouço a
porta de tela bater, acelero o passo. Quando ela alcança a pedra na base
da escada, agarro seu braço.

— Solte meu braço, Weston.

— Eu sinto muito. Eu não deveria ter feito isso, mas sou protetor
com ela. Entendo o que você está tentando dizer, mas não posso
deixar. Ela é minha filha, Timber, e nunca me perdoaria se algo
acontecesse.

Ela começa a relaxar e eu também. — E se você não a deixasse


cavalgar e ela pudesse ter sido ótima? Você já pensou sobre isso?

Eu paro, percebendo que esse pensamento nunca passou pela


minha cabeça. E se estiver impedindo que ela seja ótima?
— Eu nunca olhei para isso assim.

— Bem, talvez você devesse.

— Talvez, mas enquanto estamos aqui, vamos colocar tudo sobre a


mesa. — — Que diabos você está falando? — ela pergunta, cruzando os
braços.

— Falei com Bryndle ontem à noite e ela quer que você faça parte
de nossas vidas tanto quanto eu.

As mãos de Timber cobrem sua boca como se ela não tivesse


certeza do que acabei de dizer. — Você fez o quê?

— Nós conversamos sobre a vida, Timber. Minha filha está


envolvida em tudo que eu faço. Quando você saiu ontem, tivemos uma
conversinha agradável sobre a festa do pijama, nosso encontro e você.

— Por favor, me diga que você omitiu alguns detalhes.

Eu dou a ela um olhar, — Você sabe melhor do que isso. Nós


conversamos, Timber, porque tinha que saber como ela se sentia sobre as
coisas, mesmo que eu meio que já soubesse.

— O que ela disse?

— Quando mencionei um dia adicionar outra pessoa à nossa


família, ela disse que espera que seja você. Ela nunca expressou a
necessidade de uma mulher em nossas vidas, mas o olhar em seu rosto
me disse mais do que poderia imaginar. Sei que tudo isso parece louco e
rápido, mas Timber, nunca tive tanta certeza de nada na minha vida. Você
é isso.

— Diminua sua velocidade, Cowboy. Nós fomos a um encontro e


agora você está o que... quer se casar ou algo assim?

— Isso é exatamente o que estou dizendo.

Timber

O que diabos? Quando deixamos de tentar ir devagar e ele me


pediu para ser sua esposa? É hora de fazer pausas com certeza!

— Você perdeu sua maldita mente? Quer dizer, droga, eu sei que
as coisas correram um pouco mais rápido do que o planejado noite
passada, mas casamento? Você está brincando comigo? — Respirando, eu
paro e olho para o homem na minha frente que não está divertido, mas
parece um pouco irritado comigo. — O quê?

— Você já terminou? — Como ele ousa? Estou prestes a continuar


quando ele se aproxima e me beija com tanta força que o estado do Texas
deve senti isso. Meu corpo cede e sei que esta é a sua maneira de me
fazer ficar quieta, mas também de provar que está falando sério. A
questão é: é isso que eu quero? Estou pronta para assumir a
responsabilidade e ser esposa e mãe?

Enquanto ele se afasta, eu fico lá sem fôlego e sem palavras.


— Isso não foi uma proposta, mas quero que você saiba que eu
quero você. Eu quero tudo de você e esperei minha vida inteira para
encontrar a única pessoa que me torna completo. É você, Timber, e um
dia, muito em breve, vou pedir para ser minha esposa. Então tire toda
essa merda nadando em sua cabeça. Quero você. Você vale a pena e você
será minha.

Droga. Bem ali estava o Weston Parker que conheci durante toda a
minha vida. Ele chama como vê, não tem medo de expor tudo e quando
tem certeza de algo, o mundo inteiro saberá.

— Agora, podemos voltar para dentro? — ele questiona. Eu


concordo.

— Já era hora, vocês dois! — Mama grita. — Eu estava prestes a


chamar a cavalaria.

— Nah, estamos bem, — afirmo e todos olham para mim como se


fosse louca.

— Desculpe, nenhum tornado está prestes a acontecer. Acho que


já causou danos suficientes do lado de fora.

Todos começam a rir e quando mamãe sai da sala para pegar a


sobremesa, eu me levanto para ajudá-la.

Entrando na cozinha, ela gira nos calcanhares rapidamente. — Fale


rápido antes que suspeitem.
— Mamãe, ele quer se casar comigo. Quem disse isso depois de
um encontro?

— Um homem que confia no que quer. Agora, pegue esses pratos


e vamos voltar lá.

Caminhando de volta para a mesa, vejo que Weston está olhando


diretamente para mim. Tento o meu melhor para manter a compostura
enquanto coloco os pratos pequenos na mesa e começo a servir o torta de
pêssego. Depois que todos têm um prato, nós comemos e é como se
estivéssemos comendo um pedacinho do céu.

— Bem, deve ser bom. Vocês não disseram uma palavra, — ela diz
alegremente. — É incrível, Maw, — diz James com comida na boca. Mandy
dá ele um mau-olhado por sua falta de educação.

Depois do almoço, todos nós ajudamos a limpar a mesa e limpar,


mas quando é hora de ir, Bryndle vem até mim.

— Você está pronta para ir pescar?

— Claro! Tenho que ir para o loft, mas irei daqui a pouco. Quer que
eu te encontre na lagoa? — Eu pergunto, voltando-me para Weston.

— Certo.

Todos seguem caminhos separados e, quando estou quase saindo


de casa, mamãe e papai me impedem.

— Sente-se, mocinha, — papai diz e eu sei que isso é sério.


— Então sua mãe me informou sobre o que aconteceu lá fora. O
que realmente está acontecendo nessa sua cabecinha bonita?

— É uma loucura pensar que poderia funcionar? Foi um encontro,


mas não é como se não conhecesse Weston. Eu o conheço minha vida
inteira e a noite passada foi incrível. Gente, ele me mostrou algo que
prova que há mais nele do que aquilo que aparenta ser.

— O que foi isso? — Perguntas do papai.

— Eu não posso te dizer, mas tenho certeza que você saberá em


breve. Mas estou preocupada com Bryndle. Ela gosta de mim agora, mas
sendo sua esposa, as coisas podem mudar. Ela nem sempre vai gostar de
mim.

Mamãe começa a rir: — Isso faz parte do território, doce menina,


mas acho que você já sabe a sua resposta.

Eles não dizem mais nada, então vou para o loft para tirar alguns
minutos para mim mesma. Enquanto puxo meu cabelo através do meu
boné, eu olho para baixo para ver o que estou vestindo. Está quente
demais para este top. Indo para o meu armário, tiro a minha regata
preferida da Shug & Honey. Na frente estão inscritas as palavras — graça,
não perfeição. — Essas são palavras que minha mãe tentou me explicar
durante toda a minha vida, e quando eu vi, eu tinha que ter. Coloco um
velho par de shorts e calço as botas. Agora é hora de ir pescar.
Capítulo 26
Weston

Deus sabe que posso ser um idiota arrogante, mas vou atrás do
que quero. Não tenho ideia do que Timber fará depois que tiver tempo
para processar o que eu disse, mas não consigo parar de sorrir.

— Papai, por que você está sorrindo tanto? — Bryndle pergunta


enquanto pegamos as varas de pesca e a isca no celeiro.

— Sem motivo.

— Eu chamo BS nisso.

— Bryndle Cole, cuidado com a boca.

— Eu não disse isso, mas papai, algo está acontecendo com você.

— Estou feliz. Tudo bem?

— Sim, mas você e Timber brigaram na hora do almoço. Isso não


deveria te deixar feliz.

Fazendo uma pausa, digo: — Trocamos algumas palavras, mas ela


me ajudou a perceber algo em que não havia pensado. Agora não fique
muito animada, mas e se eu deixar você tentar montar Scarlett algum
dia? Não hoje, mas algum dia.

— Você está falando sério? — ela quase grita.


— Sim, não estou dizendo que vou deixar você entrar em um
rodeio nem nada, mas quero que dê uma chance aqui em casa.

Ela solta a vara de pescar e joga os braços em volta da minha


cintura. — Obrigada, papai.

Quando ela se acomoda, pegamos nossas coisas e vamos para a


lagoa no quadriciclo. À medida que nos aproximamos, vejo a criatura mais
linda do mundo, Timber. Graças a Deus, Bryndle está aqui, ou posso
conseguir com o Timber aqui para que todos vejam.

— Papai, ela é tão bonita.

— Sim, ela é, mas ela é bonita por dentro também e isso é o que
mais importa. Assim como você, Docinho.

Olhando para Timber, eu tento o meu melhor para não ficar de


boca aberta em suas pernas longas e seu rabo naqueles shorts curtos. Seu
cabelo está preso por um boné, que é exatamente como gosto de vê-la, e
aquelas botas - nem me fazem começar. Adoraria vê-la em nada além
disso.

Ela sorri ao nos ver caminhando em sua direção e começa a


preparar as coisas para pescar. Uma garota que não tem medo de sujar as
mãos é quente como o inferno.

— Olá a todos! — ela diz com um sorriso e estou grato que a


discussão anterior acabou, pelo menos por agora.
— Eu amo essa camisa! — Bryndle exclama e eu não faço ideia. É
apenas uma blusa. — Obrigada, é a Shug & Honey.

— Mesmo? Anna Rose estava falando sobre isso outro dia. Eu


quero uma muuuuito.

— Bem, teremos que fazer isso acontecer. Não é, Weston?

— Claro. Agora podemos pescar?

— Não sei por que você está com pressa. Você sabe que terei a
maior captura do dia.

— Duvido.

Ela me olha como se fosse uma guerra, mas é verdade. Não


importa quem tenha a maior bola do dia, eu já ganhei porque a maior bola
está bem na minha frente.

Timber

Esta tarde está perfeita. Empurrei o que Weston disse antes para o
fundo da minha mente e estou aproveitando meu tempo com esses
dois. Bryndle está se divertindo muito e já pescou vários peixes-gato. Ela
até os tira do gancho sozinha, o que é incrível, porque eu também. Seu pai
a ensinou direito.
Depois que o sol começa a baixar no céu, começamos a fazer as
malas. Bryndle está no banco do motorista do quadriciclo e enquanto
ajudo a carregar a traseira, ela gira em volta.

— Você está vindo para o jantar, certo?

Eu olho para Weston. — Claro, contanto que estejamos fritando o


que pegamos.

— Claro que estamos! — ela diz enquanto decola em direção ao


celeiro, deixando eu e Weston parados lá. — Hum, ela te deixou
totalmente.

— Sim, tenho a sensação de que sabia exatamente o que estava


fazendo. Você se importa em dar uma carona a este cowboy?

— Acho que você já sabe a resposta, mas suba e vamos lá.

Enquanto deslizo no quadriciclo, penso em deixá-lo dirigir e então


decido contra isso. Ele sorri, desliza e segura minha cintura.

— Você está pronto, Cowboy?

— Inferno, sim, estou.

Eu puxo o gatilho e saímos em direção à casa. Chegando ao celeiro,


ele salta em um movimento fluido e o vejo caminhar em direção a
Bryndle, que está ocupada guardando tudo.

— Aquilo foi uma façanha que você fez lá atrás, — eu o ouço dizer
a ela. — Eu? Não sei do que você está falando, papai. Essa garota não está
fazendo nada de bom e eu adoro isso. É óbvio que quer que isso funcione
e está fazendo qualquer coisa para que isso aconteça.

Eles param quando me veem se aproximar deles. — Vamos


começar a limpar. — Nós saímos e preparamos o peixe para o jantar antes
de entrar para começar a cozinhar. Bryndle me mostra onde está tudo e,
quando Weston começa a fritar o peixe, preparo bolinhos de milho e
Bryndle coloca as batatas assadas no forno.

Bryndle termina seu trabalho e pede licença para ir conversar por


vídeo com Anna Rose. Assim que ela está fora de vista, sinto braços fortes
envolverem minha cintura enquanto coloco a mistura de fubá na gordura
quente.

Olhando por cima do ombro, encontro um par de olhos azuis


cristalinos e um sorriso perfeito. Ele beija o lado do meu pescoço e tento
fingir que não tem efeito sobre mim. Claro, isso só o faz tentar novamente
e, desta vez, eu graciosamente coloco a tigela no balcão e me viro para
encará-lo. Envolvendo meus braços em volta de seu pescoço, eu olho em
seus olhos e sorrio.

— Graças a Deus, — ele diz enquanto se inclina para encontrar


meus lábios com os dele. Afastando, questiono seu comentário. — Eu
pensei que você ainda ia estar chateado de mais cedo.

Olhando para cima, faço o meu melhor para formular as palavras


certas. — Não, estou bem, mas só para você saber, se você vai tentar fazer
de mim sua esposa, você vai ter que trazer grandes armas.
— Oh, você não tem ideia do que tenho reservado para você, mas
não quero assustá-la.

— Eu com medo? Nunca.

Ele se inclina e me beija rapidamente enquanto sinto o cheiro de


algo começando a queimar. — Weston! Olha o que você me fez fazer.

Ele dá de ombros e volta para terminar de fritar o peixe.

Quando tudo estiver pronto, chamamos Bryndle, preparamos


nossos pratos e nos sentamos à mesa. Olhando em volta, é diferente da
última vez que me sentei aqui, que foi há apenas alguns dias. Posso ver
que é aqui que pertenço e, no fundo, espero que seja mais cedo ou mais
tarde.
Capítulo 27
Weston

Esta semana passou voando. Entre a fazenda, o enorme progresso


de Scarlett na socialização com Poncho, e tentando manter minha mente
longe do fato de que o rodeio é na próxima semana, eu não disse uma
palavra a ninguém, mas planejo ir. A questão é: eu monto?

Enquanto Paw deixa Bryndle na escola na sexta à tarde, faço uma


pausa no que estou fazendo e caminho em direção a eles. Ela tem um
sorriso no rosto e tenho a sensação de que não têm feito nada de bom.

— Como foi a escola?

— Foi tudo bem, mas papai, eu tenho uma pergunta.

— Atire.

— Posso tentar montar Scarlett? — Tento manter minha


compostura porque me assusta até a morte. Olhando para ela no pasto,
ela parece estar tendo um bom dia.

— Eu te digo uma coisa. Deixe-me ligar para Timber e ver se ela


quer se juntar a nós porque tenho certeza de que não vai acreditar em
nós.

Papai começa a rir. — Sem problemas. Ela está a caminho. Bryndle


ligou para ela no caminho da escola para casa.
— É por isso que vocês estavam reclamando, mas como você sabia
que eu diria sim?

— Apenas um palpite.

— Vá guardar as coisas da escola e vista roupas velhas para andar.

Enquanto ela entra em casa, olho para meu pai. — Ei, você disse a
ela que poderia, e você sabe que ela vai fazer você manter uma promessa.

Em alguns minutos, Bryndle está de volta do lado de fora e estou


repassando todas as regras com ela. Ela não terá rédea solta com
Scarlett. Isso precisa levar algum tempo. Ela tem que ser paciente.

Pegando a sela, começamos a caminhar em direção ao


pasto. Poncho se aproxima e Scarlett segue. Papai dá a Poncho a atenção
que está exigindo e quando coloco a corda em Scarlett, Timber chega com
um sorriso no rosto.

— Já era hora, Cowboy. — Sorrindo para ela, eu sei que sabe


exatamente como mexer nos meus botões. Mas ela também sabe quando
preciso de um estímulo extra.

Assim que falo com Scarlett, posso ver que Bryndle está prestes a
ter um ataque para sair daqui. Abrindo o portão, ela entra e Scarlett vai
direto para ela. Entrego a corda a Bryndle e Timber a segue para dentro
do pasto.

— Você quer tentar andar sem sela ou com a sela?


— O que você acha que a deixaria mais confortável? — Bryndle
pergunta. — Ela fez bem com a sela e dá um pouco mais de apoio. Vamos,
experimente e veja.

Eu a coloco na sela e quando chega a hora, olho para o meu


Docinho e ela dá a corda para Timber. Enquanto ela balança a perna sobre
o cavalo, Scarlett começa a ficar irritada e olho para Timber.

— Olá, doce menina. Seja fácil com Docinho, ok? — ela diz para
Scarlett. Bryndle move lentamente a mão e acalma Scarlett esfregando
sua crina.

— Está tudo bem, Scarlett. Eu não vou te machucar.

Timber pega a corda-guia e começa a caminhar com ela pelo


pasto. Scarlett nem sempre segue o exemplo, mas parece estar bem com
Bryndle nas costas. Depois do que pareceu uma eternidade, vejo Bryndle
sorrir e sei o que isso significa. Ela está completamente tramando algo.

— Posso ficar com a corda-guia? — Perguntas de Bryndle. Timber


olha na minha direção e aceno. Bryndle pega a corda e começa a cavalgar
em Scarlett pelo pasto a uma pequena distância. Meus nervos começam a
me atingir quando ela está no meio do caminho entre nós e Poncho, que
está do outro lado do campo.

Timber se aproxima de mim e desliza sua mão na minha. — Ela


está bem, Cowboy, — ela me tranquiliza, mas quando Scarlett começa a
resistir, sei que isso não é bom. Começo a me afastar de Timber, mas ela
me mantém firme no lugar.
Olhando para a frente, não posso acreditar no que vejo. Bryndle
está montando Scarlett como uma profissional enquanto suas pernas
chutam atrás dela. Meu coração começa a bater fora do meu peito e leva
cada grama do meu ser para não ir salvá-la, mas quando a ouço rir, sei que
ela está adorando.

Fazendo uma pausa, conto mentalmente e quando chego ao sete,


corro em sua direção. Ela salta de Scarlett e corre em nossa direção.

— Eu disse que poderia fazer isso, papai! Eu fiz isso! Assim como
você! — Neste momento, estou tão orgulhoso e apavorado ao mesmo
tempo. Eu a pego em meus braços e a giro e, quando a coloco de volta no
chão, vejo Timber parado ali com um olhar de — avisei. — Eu faço o que
qualquer homem bom faria, eu pego minhas duas meninas em meus
braços e aproveito este momento.

Olhando para cima, Scarlett está calma e vagando em nossa


direção. Papai agarra sua corda enquanto removemos a sela e vamos para
o celeiro guardar tudo.

— Acho que quero levar este cavaleiro para jantar. Está tudo bem
com você? — Papai pergunta.

— Claro, — eu digo, olhando entre Bryndle e Timber. — Paw, não


podemos todos ir?

Ele olha entre nós em busca de uma resposta, e Timber


interrompe. - Você sabe disso. Todo mundo quer comer no Brandy?
— Oh não! Aquela viagem valeu a pena o Border Café. — Todos
nós começamos a rir e ela está certa. Valeu totalmente a pena.

Olhando para o tempo, eu sei que todos nós precisamos limpar


rapidamente para que possamos vencer a multidão. Mando Bryndle para
se arrumar, papai diz que está pronto para ir, mas quer verificar algo em
sua casa rapidamente e Timber quer ir para casa e se refrescar.

Quando ela começa a sair, eu a agarro pela mão e a puxo para a


cabine. Prendendo entre as tábuas de madeira e meu corpo, deslizo
minha mão atrás de seu pescoço e trago seus lábios nos meus. Enquanto
suas mãos começam a vagar por baixo da minha camisa, quero tê-la
agora. Sem pensar duas vezes, minhas mãos agarram seu short e o
deslizam para baixo em seus quadris enquanto ela rapidamente faz o
mesmo com o meu. Em segundos, ela está em volta da minha cintura e
estou dentro. O corpo de Timber responde ao meu e enquanto um
gemido escapa daqueles lábios preciosos, eu aumento meu ritmo até que
ela se desfaz e eu sigo atrás dela.

Timber

Enquanto Weston se afasta do meu corpo, minha mente está


girando. Nunca vi isso acontecer, mas amo um homem que sabe o que
quer. Ele me entrega meu short e calcinha antes de se vestir.
Depois que tenho tudo de volta no lugar, faço uma pausa e olho
para ele. Droga, ele é sexy como o inferno. — O quê? — ele questiona.

— Nada. Apenas admirando a vista.

Ele dá um passo em minha direção. — Lembre-se de que você


nunca precisa olhar vitrines comigo. — Ele beija meus lábios e me deixa
querendo mais. — Acho que é melhor irmos para o jantar de
comemoração.

— Oh sim. — Minha mente estava confusa com pensamentos de


Weston e eu tinha esquecido momentaneamente que deveríamos estar
nos preparando para o jantar.

Jogando minha perna sobre o quadriciclo, olho para ele enquanto


ele dá um passo para a varanda de trás e olha na minha direção. Eu sopro
um beijo rápido e vou para a casa. Apressando, tomo o banho mais rápido
já registrado e fico pronta. Alcançando o meu armário, pego meu vestido
preto sem mangas confortável e, em seguida, coloco minhas botas
turquesa e joias turquesa. Ao olhar para o meu relógio, sei que tenho que
me mexer. Pego as chaves da minha caminhonete e volto correndo para a
casa de Weston.

Enquanto eu puxo a bunda em sua garagem, percebo que aquele


homem ainda tem minha mente girando. Colocando a caminhonete no
estacionamento, levo um momento para me recompor e olho no espelho
retrovisor para verificar meu batom antes de entrar em casa.
Quando estou quase na porta, ela se abre e Bryndle corre para me
encontrar. — Graças a Deus você está aqui. Papai está tentando me fazer
usar essa roupa horrível. Por favor me salve. — Olhando para ela, não vejo
nada de errado com o que ela está usando, mas não tema, não me
importo de ajudar. Eu a sigo para o quarto dela e parece que tudo o que
uma vez estava no armário explodiu por todo o quarto.

— O que aconteceu aqui? — Eu questiono.

— Não consigo encontrar nada que queira vestir e papai quer que
eu use isso, — diz ela, apontando para um par de shorts e uma camisa
com uma pequena frase.

— Eu gosto do top, mas você quer algo mais sofisticado, não é?

— Exatamente. Ele não entende. Por favor me ajude.

Em alguns minutos, ajudei a encontrar a roupa perfeita: um lindo


vestido de verão e um par de botas. Eu rapidamente prendo seu cabelo
em um coque divertido e bagunçado, e estamos prontas para ir.

Caminhamos em direção à sala de estar e encontramos Weston e


Paw. Weston olha para nós e fica surpreso. — Gêmea demais? — ele diz e
quando eu olho para Bryndle, vejo que ele está exatamente certo. Nós
duas encolhemos os ombros e saímos pela porta da frente.

Entrando no Border Café, tento o meu melhor para me lembrar


que este não é um encontro com Weston como da última vez. É um jantar
em família. Colocamos nosso nome na lista e claro que temos que
esperar. Weston pede licença para ir ao bar e volta com três cervejas
geladas e um daiquiri de morango virgem. Caminhamos para fora e
aproveitamos o calor quente do verão e sentamos nas cadeiras de
balanço. Sentamos do lado de fora e gostamos de conversar um com o
outro. Bryndle nos conta sobre tudo e qualquer coisa. É absolutamente
precioso. Em uma hora, eles chamam nosso nome e, enquanto nos
dirigimos para a mesa, Weston desliza minha cadeira para fora para mim e
me dá uma piscadela quando me sento. Meu corpo inteiro enlouquece
lembrando o que aconteceu da última vez que ele piscou para mim. O
jantar está fabuloso e a sobremesa ainda melhor do que da última vez.

Quando chegamos de volta à casa de Weston, entro com eles por


alguns minutos, mas sei que tenho que ir para casa. Paw pede licença, mas
pede a Weston para sair com ele por um breve momento, e Bryndle
pergunta se eu posso colocá-la na cama. Como você diz não a isso? Em
alguns minutos, Weston retorna e ela entra na sala e me diz que está
pronta para ir para a cama. Olho para Weston para ver se ele está bem
com isso. Ele abre os braços e ela cai neles. — Eu te amo, papai. Noite.

— Amo você mais, Docinho. Durma bem.

Ela se vira em minha direção, estende a mão para eu segurar e me


leva para o quarto dela. Acendendo a lâmpada ao lado de sua cama, ajudo
a entrar e coloco com força enquanto ela olha para cima e sorri para
mim. Eu percebo que é assim que a vida deve ser.

— Boa noite, Timber.


— Boa noite, Bryndle, — eu digo enquanto apago a lâmpada.

— Amo você, — ela diz e isso faz meu coração fazer algo
engraçado. — Eu também te amo. Durma bem.

Saindo de seu quarto, fecho a porta e levo um momento para me


recompor. Pressionando minhas costas contra a porta, permito processar
as emoções que estão me inundando. Aquela garotinha disse que me
amava e eu sei que a amo também.
Capítulo 28
Weston

Pegando o controle remoto, tento não pensar no que papai me


deu lá fora, mas está queimando um buraco no meu bolso. Decidindo que
tenho que fazer algo com ele, começo a caminhar em direção ao meu
quarto. Paro abruptamente quando vejo Timber encostado na porta
fechada de Bryndle. Não quero assustá-la, mas preciso tirar isso do bolso.

Limpando minha garganta, ela abre os olhos e eles se


arregalam. — Tudo bem?

— Melhor do que bom, Cowboy.

— Bom. Eu já volto, — eu declaro e corro para o meu


quarto. Tirando o anel do bolso, tento não pensar na última mão que ele
usou, mas não passa um dia que eu não desejasse que minha mãe ainda
estivesse nesta terra. Colocando na gaveta de cima da minha cômoda,
respiro fundo e vou verificar Timber.

Entrando na sala, eu a vejo andando admirando todas as fotos. —


Ela era um bebê fofo, não era? — Eu digo enquanto apóio meu braço
contra a porta e ela se vira.

— Sim, mas você sabe qual é a minha favorita? — Caminhando em


direção a ela, olho em volta e sei qual é a minha favorita, mas duvido que
seja a mesma.
— Esta aqui, — digo, apontando para uma foto de Bryndle com
três anos de idade. Ela está nas minhas costas com meu chapéu de
cowboy e está rindo alto enquanto eu dou um passeio de pônei para
ela. Jamais esquecerei aquela noite. Era a noite de sua festa de
aniversário. Ela estava doce e, naquele momento, a vida era perfeita. Eu
não tinha ideia de que papai a tinha tirado, mas quando ele revelou a
câmera descartável, fiquei muito feliz por ele tê-la feito.

Ela se vira para mim. — Como você sabe?

— Porque é o meu favorito. Foi a primeira vez que paramos de


associar a morte de Hannah ao aniversário de Bryndle. Eu sei que parece
loucura, mas embora eu não a amasse, era difícil para mim. Não estou
falando de um bebê também. Assistir alguém morrer assim faz algo para
você.

— Por que você não me contou?

— Timber, a essa altura você estava fora da faculdade e não sabia


o que diabos fazer. Eu queria provar que poderia fazer isso sozinho, e
fiz. Jurei ser o melhor papai possível, mas a cada ano no aniversário dela,
eu me lembraria.

Ela olha nos meus olhos. — Diga-me. Você precisa contar a


alguém. — Balançando a cabeça, não quero ter essa conversa. Nunca disse
a ninguém sobre o que me assombrava até aquele momento, e quando
balanço minha cabeça negativamente e coloco minha testa na dela, ela
olha para mim e seus olhos imploram para que eu abra meu mundo
inteiro para ela.

Abaixando, beijo levemente seus lábios. — Não sei se consigo.

— Cowboy, deixe-me ser sua rocha, e pela primeira vez na sua


vida, coloque em alguém além de você.

Eu sinto meu coração e emoções começando a quebrar. Nunca,


nos últimos dez anos, eu disse a alguém como realmente me sentia sobre
a noite em que minha esposa morreu. Na época, não tive tempo para
processar o que estava acontecendo. Eu tinha uma menina que precisava
de mim e foi para lá que fui. Tornei-me o pai que a menina precisava.

Ela coloca as mãos nas laterais do meu rosto. — Coloque o peso


em mim, — ela sussurra e, em seguida, me beija novamente.

Não querendo falar, eu a levanto em meus braços, carrego pelo


corredor e deixo meu corpo falar.

Enquanto ela está deitada nua ao meu lado, ela traça os dedos
suavemente no meu peito. — Eu te amo, Weston Parker.

— Amo vocês mais, Timber Selleres, muito mais.

— Duvido, mas que tal conversarmos um pouco mais?

— Eu prefiro falar um pouco menos. — Tento beijá-la, mas ela se


afasta.

— Não estou me distraindo dessa vez. — Sentando-se na cama, ela


se cobre com o lençol e olha para mim. — Fale comigo.
Esfregando minhas mãos no meu cabelo, decido abrir meu coração
sobre uma garota que não deveria ter um poder sobre mim.

Timber

Olhando para o homem na minha frente, pego suas mãos e me


concentro nele. — Fale comigo. Se você quer que esse relacionamento
seja o que você diz que quer, então você tem que me contar tudo.

Ele se vira para me encarar. — Eu não a amava absolutamente,


mas ela era a mãe da minha filha. Nós nos casamos, compartilhamos nove
meses nesta casa, e no dia em que ela deu seu último suspiro, me deu o
maior presente possível. Como eu poderia ser feliz sabendo que ela
desistiu de sua vida por nossa filhinha? É o que ela me disse que me
incomoda mais. — Aproximando dele, dou toda a minha atenção. — Ela
disse que o fato de eu ter criado um nome para Bryndle que fosse um
pedaço de cada um de nós foi a coisa mais doce que alguém já fez por ela.
— Fazendo uma pausa, espero por mais porque na superfície isso não
parece grande coisa, mas eu o conheço e há mais nisso do que parece. —
Um nome, Timber, foi a coisa mais legal que ela já experimentou e aqui
estava eu uma idiota desde o momento em que ela me contou sobre o
bebê.

— Oh Weston, Hannah cresceu diferente de nós, mas ela tinha um


bom coração. Ela nunca teve a chance de ser a pessoa dentro dela. Na
época em que saí com ela, percebi que nunca tinha visto o amor e o apoio
que tínhamos, mas ela sabia que você era um bom homem.

— Você sabe que muitas vezes pensei que ela engravidou de


propósito.

— Não vou dizer que não passou pela minha cabeça, mas acho que
ela estava apenas vivendo.

— Desde o momento em que voltamos do hospital, é como se eu


pudesse ouvi-la falando comigo. Com certeza não contei isso a
ninguém. Eles pensariam que eu estava maluco, mas juro que a ouviria.

— O que exatamente você ouviu?

— Você vai pensar que estou louco. — Eu balanço minha cabeça


negativamente. — Eu juro que a ouviria cantando uma canção de ninar ou
quando eu estivesse no meu limite, ela entraria na minha cabeça e me
diria como consertar. Com o tempo, não foi tão alto, mas não consegui
nunca supere suas palavras finais. Isso me fez querer fazer melhor, para
garantir que Bryndle tivesse muitos momentos doces. Acho que o
aniversário dela sempre foi um lembrete agridoce.

— Eu posso ver como isso seria difícil, mas o que tornou aquela
noite diferente?

— Quando eu vi a foto, eu vi Hannah vivendo através de


Bryndle. Foi como
Se aquela foto estava me mostrando que ela ainda estava viva e que era a
melhor vida que ela poderia ter sonhado.

Essas palavras penetram e é difícil para mim entendê-las


completamente. — Aquela menina está vivendo um sonho. Ela tem um
pai e uma família que a valoriza. Ela entende o que é ser amada, cuidada e
como aproveitar a vida. Você está sendo o pai que Hannah sabia que seria
e tenho certeza que ela olha para baixo e sorri diariamente.

Ele não diz nada por um momento, mas então desliza para fora da
cama e vai em direção à sua cômoda. Abrindo a gaveta de cima, ele pega
algo e caminha de volta para mim e se ajoelha ao lado da cama pegando
minha mão na sua.

— Timber, não foi assim que planejei, mas é o que sinto agora. —
Quando vejo o que está segurando, minhas mãos começam a tremer. Olho
em seus olhos. — No momento em que você entrou nesta casa, nosso
mundo mudou para melhor. O som de você e Bryndle rindo juntos
acordou meu coração, mas a maneira como você está disposta a lutar por
ela me fez ver que você é o que estávamos perdendo. Eu não quero
esperar. Quero começar nosso futuro juntos, mais cedo ou mais tarde,
porque se aprendi uma coisa na minha vida, é que não temos garantia
amanhã. — Seus olhos nunca deixam os meus enquanto ele fala com o
coração e sei que é isso. Não é algo saído de um conto de fadas, mas é
melhor. São nossas vidas e nosso próprio conto de fadas. Uma única
lágrima começa a cair do meu olho e ele a enxuga. — Timber, você vai ser
minha esposa? A mulher com quem posso contar dia após dia? Você será
uma mãe para o meu Docinho e permitirá que eu adore o solo em que
você anda diariamente?

— Sim. — É a única palavra que consigo pronunciar e quando ele


ouve, ele salta do chão e seus lábios consomem os meus. À medida que
nos afastamos, ele desliza algo na minha mão esquerda, e quando olho
para ele, eu o reconheço sem dúvida. — É da sua mãe.

Ele sorri e me beija mais uma vez. — Eu te amo, Timber Sellers, e


você é a única mulher digna desse anel.
Capítulo 29
Weston

Timber Sellers vai ser minha esposa e não posso esperar mais um
dia. Agora, quero jogá-la de volta na minha cama e fazer amor com ela,
mas, ao olhar para as horas, sei que temos que fazer tudo isso direito pelo
bem de Bryndle.

Ela deve ler minha mente enquanto me puxa para mais um beijo
lento. — Há mais de onde isso veio, mas há uma menina no final do
corredor que precisa ser a primeira a saber.

— Hum, ela está dormindo.

— Bem, acorde-a.

Eu balanço minha cabeça negativamente. — É como o primeiro


mandamento da paternidade. Não acordarás uma criança adormecida. —
Ela começa a rir. — Estou falando sério. Podemos contar a ela pela
manhã. Você quer ficar com a gente? Eu posso dormir no sofá.

— Eu não estou fazendo você dormir no sofá quando eu moro em


uma fazenda. Vou para casa e volto pela manhã. O que acha disso?

— Horrível. Eu realmente quero que você fique.

— O mesmo aqui, mas ela não precisa ver tudo isso ainda. — Ela
desliza o vestido de volta e enquanto coloco minha calça jeans, ela
caminha em minha direção e envolve seus braços em volta do meu
pescoço. — Eu estarei de volta antes que você perceba.

Eu fico na porta e a vejo caminhar até sua caminhonete. No


momento em que vejo suas lanternas traseiras saindo, percebo que esta
será a noite mais longa da minha vida.

Timber

Chegando na fazenda, percebo que já passa da meia-noite, mas


vejo a luz da cozinha acesa e sei que papai está acordado.

Entrando pela porta dos fundos, fecho silenciosamente e percebo


que não é só o papai na cozinha, mas também a mamãe.

— Já era hora de você chegar em casa. Então, deixe-nos ver.

Estou pasma quando mostro o anel para mamãe. Como diabos eles
sabem?

— Oh, shug, tire esse olhar do seu rosto. No momento em que


George saiu após o jantar, ele veio bem aqui.

— Mas... como...

— Os pais sabem das coisas.

— Mas literalmente simplesmente aconteceu. Ele não tinha


planejado isso.
— Nós nunca planejamos isso. Simplesmente acontece. Sua mãe
vai te dizer. Eu simplesmente cuspi, — diz ele com uma risada.

— Oh, silêncio, Lyle. Quer comer alguma coisa? — ela pergunta,


deslizando o pudim de banana na minha direção.

Ambos olham para mim enquanto dou uma mordida. — O quê? —


Eu pergunto através da doce bondade.

— Estamos felizes por você e mal posso esperar para ir às compras


e planejar tudo.

— Espera aí, mamãe. Isso literalmente aconteceu há alguns


minutos e não tenho ideia do que quero. Eu sei que amo aquele homem e
aquela menina mais do que jamais pensei ser possível. Ah, e acho que
haverá um grande choque vindo para todos em um futuro próximo.

— Awe inferno. Ele engravidou você também? — Perguntas do


papai.

— De jeito nenhum. Eu sou mais esperta do que isso. Mas Bryndle


disse que me ama. — Os dois param e um sorriso se espalha pelo rosto da
minha mãe. — Oh querida. Não tive dúvida. Eu sei que você será um
complemento perfeito para essa família.

Sentamos por alguns minutos e conversamos sobre o que está por


vir e como a vida está prestes a mudar. Em pouco tempo, mamãe pega o
pudim e o coloca de volta na geladeira. Em seguida, ela beija o papai no
topo da cabeça e pede licença.
— Então me diga o que mais está acontecendo.

— Eu não posso, mas vou te dizer isso. Vou deixar para você
preencher os espaços em branco. Mal posso esperar pelo rodeio no
próximo fim de semana.

— Ele está cavalgando?

— Não, é ainda melhor, mas meus lábios estão selados.

— Você sempre foi boa em guardar segredos.

Sentamos mais alguns minutos antes de eu ir para o loft. Entrando,


tento o meu melhor para me concentrar no que aconteceu esta noite e
honestamente não consigo entender isso. Vou me casar com Weston
Parker, meu cowboy, o garoto que conheci minha vida inteira.

Sabendo que não posso dormir imediatamente, tomo um banho


para relaxar e depois deslizo para a cama. Minha cabeça continua girando
com ideias do que vem por aí. Sei que não quero nada grande, mas agora
que desisti de ir devagar, não quero esperar. Eu quero ir a cem
quilômetros por hora nesta viagem maluca chamada amor.
Capítulo 30
Weston

Eu não dormi porra nenhuma noite passada. Tudo o que pude


fazer foi pensar em Timber dizendo sim. Levanto, tomo um banho rápido,
espreito Bryndle e depois saio para ver Scarlett, Poncho e o resto da
fazenda.

Chegando no pasto, vejo que Scarlett continua se adaptando


bem. Ela caminha em minha direção enquanto coloco o alimento e
Poncho tenta empurrá-la para fora do caminho. Ela não está
aceitando. Ela se dá a conhecer e o tira do caminho. Não posso deixar de
rir daqueles dois e do quanto eles me lembram de Timber e de mim. Ela
sempre foi aquela que vai atrás do que quer e me diz para sair do seu
caminho. Ela sempre teve um desejo de ter sucesso em tudo o que faz,
mas o jeito que é com as palavras e chamando da maneira que ela vê
sempre foi minha coisa favorita sobre ela. Até agora. Agora é o pacote
completo, desde sua agressividade até sua beleza por dentro e por fora.

— O que você está fazendo, Cowboy?

Virando-se, vejo minha futura noiva se aproximando. — Imaginei


que, se não conseguisse dormir, era melhor começar o dia.

— Eu também, — ela diz enquanto caminha ao meu lado e envolve


seus braços ao meu lado. Ela fica na ponta dos pés para me beijar. — A
noite mais longa da minha vida, mas só para você saber, isso não vai ficar
em segredo por muito tempo. Seu pai foi direto para meus pais na noite
passada.

— Não é surpreendente.

— Como foi?

— Mamãe já está planejando o casamento, mas Weston,


simplesmente não sei. — Meu coração afunda. — Eu não quero um
grande casamento. Ficaria feliz apenas com nossas famílias e Bryndle. Algo
pequeno e rápido.

— Rápido? O que aconteceu com o lento?

Ela encolhe os ombros e olha para mim. — Essa merda é


superestimada. — Nós dois começamos a rir e eu a puxo em meus
braços. — Então, você vai cavalgar no próximo fim de semana? — ela
pergunta, apontando para os cavalos.

— Poderia muito bem. Você vive só uma vez.

— Isso mesmo, Cowboy. Agora, vamos contar à nossa garotinha


favorita.

Ela disse — nossa. — Ela já está tomando Bryndle como sua, e isso
prova que ela é perfeita para nossa pequena família.
Timber

Caminhando de volta para a casa, Weston pega uma xícara de café


para nós dois e eu recuo e assisto. Ele o entrega para mim e beija meus
lábios suavemente.

— Então... como isso vai correr?

— Como vai o que vai? — Bryndle diz com um bocejo, caminhando


em direção a Weston e lhe dando um abraço. — Bom dia, papai.

— Bom dia, Docinho, — diz ele, beijando o topo de sua cabeça e


assegurando que o café da manhã está a caminho.

— Timber, quando você chegou aqui? — ela questiona.

— Oh, não muito tempo atrás. Eu parei para verificar Scarlett e ter
certeza de que você dormiu bem.

— Eu fiz, — diz ela e, em seguida, ela faz uma pausa enquanto olha
para a minha xícara de café. Droga, esqueci da minha mão. — É isso que
eu acho que é? — ela questiona, olhando entre nós dois, sua excitação
claramente crescendo. Olho para Weston e deixo que ele cuide disso.

— O que eu disse a você sobre desejos e sonhos?

— Você tem que continuar sonhando porque algum dia eles se


tornarão realidade.
— Pense no seu desejo da varanda da frente. — Ela fecha os olhos
como ela está imaginando o momento exato. — Eu me lembro, papai.

— E se eu te contasse que os sonhos se tornam realidade?

— Mesmo? Timber vai ser minha mãe? — ela grita. As lágrimas


começam a cair e não consigo pará-las. Chorar não é meu estilo, mas há
algo inocente e puro em sua voz. Eu não tinha pensado na palavra
'mamãe'. Para mim, era ser a esposa de Weston ou melhor metade, e sua
madrasta. Eu nunca tentaria substituir Hannah, mas saber que esse era o
desejo dela fez algo com minha alma. Isso abriu um pedaço do meu
coração que nunca soube que existia. Aquela que vai lutar por esta
criança, amá-la nos altos e baixos e estar ao seu lado quando sentir que a
vida não é justa.

De repente, percebo que Weston tirou meu café das minhas


mãos. Seus olhos encontram os meus. — Você está bem?

Eu concordo. — Estou melhor do que bem. — Eu olho para Bryndle


e abro meus braços para ela. Ela sorri e pula em meus braços e a aperto
com força. — Eu te amo, Bryndle, e adoraria ser sua mãe, se estiver tudo
bem para o seu pai.

Nós dois olhamos para ele e eu o ouço dizer, com pura confiança,
as palavras mais doces: — Não há nada que Hannah e eu amemos mais.
Capítulo 31
Weston

Depois de falar com Bryndle, não tivemos que dizer mais nada
sobre isso. Quando chegamos à igreja no domingo de manhã, toda a
congregação sabia. Quando combinamos nossas famílias em um banco,
tudo parecia completo.

No caminho para casa, Bryndle fez um milhão de perguntas sobre


o rodeio esta semana, como o que Timber estaria fazendo e se poderia
ir. Eu sabia que tinha que contar a ela sobre a arena. Olhando para
Timber, ela me dá um olhar tranquilizador.

— O que você diria se todos fôssemos para o rodeio durante todo


o fim de semana?

— Podemos, por favor?

— E se eu dissesse que vamos a todos os eventos lá de agora em


diante? — — Você não pode estar falando sério, papai. Você só me levou
lá uma vez. Porque agora? — Seus olhos saltam de sua cabeça como se ela
tivesse descoberto algo. — Você vai cavalgar?

— Sim.

— Papai! — ela grita do banco de trás. Olhando para Timber, ela ri


e eu também.
— Fica ainda melhor, Docinho. — Ela para abruptamente. — E se
eu dissesse que podemos ir lá quando quisermos porque eu sou o dono da
arena?

— Você está me zoando! — ela diz, então põe a mão na boca e


Timber faz o possível para não rir. — Desculpe, papai, acho que estou com
Paw há muito tempo.

— Vou deixar isso passar, mas não, não estou brincando com
você. É nosso. Você vai passar parte da semana com Paw e irei lá com
Timber para ter certeza de que está tudo bem para o fim de semana.

— Mas papai!

— Sem mas, vocês podem vir todas as tardes, mas a escola é


importante. Além disso, preciso de alguém para garantir que Forrest lide
com os pêssegos.

— Oh papai, eu te peguei aí. Às vezes ele é tão bobo.

— Quem? Meu irmão? — Timber diz sarcasticamente e todos nós


rimos.

O almoço é repleto de conversas sobre casamento e rodeio, e


assim que termina, nossas famílias se carregam e vão para a
arena. Bryndle pula para fora da caminhonete e se apressa para verificar,
com James bem atrás dela.

Abrindo a porta da arena, ouço meu pai atrás de mim. — Filho, não
acredito que você ficou calado todo esse tempo.
— Eu não tinha certeza se algum dia estaria pronto para
compartilhá-lo, mas, no fundo, acho que sabia que tinha que fazê-lo. Este
lugar tem tantas memórias e há mais por vir.

— Bem, vamos parar com toda essa conversa sentimental e me


mostrar o lugar.

Eu os conduzo ao redor da arena, e a maior parte dela é a mesma,


exceto pelos fundos. À medida que caminhamos até lá, sei que terão a
mesma reação que Timber.

— Weston, é lindo! — Jane diz, e então ela diz algo que eu não
esperava. — Sabe, este seria o lugar perfeito para um casamento.

— Mãe, olá, ficamos noivos ontem à noite.

— Apenas uma ideia, mas o que eu sei? — ela diz e faz um grande
gesto com a mão como se não fosse nada.

Assim que terminamos de olhar ao redor, deixo James e Bryndle


brincar um pouco e pensar no que Jane disse. Deu-me uma ideia, mas não
sei se consigo em uma semana.

Timber

No momento em que as palavras saem voando da boca da minha


mãe, me ocorre o quão incrível este lugar seria para um casamento, mas
honestamente, não me importo se nos casarmos depois da igreja em um
domingo ou cavalgarmos para o juiz de paz.

Depois que James e Bryndle se divertem, nós os prendemos de


volta e dizemos que é hora de ir. Eles lutam um pouco, mas Bryndle rouba
meu coração com seu atrevimento.

— Eu te disse, eu não vou ser um corredor de barril. Vou andar de


cavalo de sela como meu pai.

— Você não pode. Você é uma garota.

— E…

— E o quê?

— O que isso tem a ver com alguma coisa? Aposto que posso
vencer você montando um.

— De jeito nenhum.

Weston tenta manter a compostura. - James, deixe-me contar a


você um segredinho. A garota está sempre certa, e ela poderia superar
você totalmente.

James olha entre nós e Bryndle mostra a língua para ele. Esses dois
me lembram de nós nessa idade. Qualquer coisa que ele pudesse fazer,
poderia fazer melhor, exceto andar de cavalo.
Capítulo 32
Weston

Esta semana tive de arrebentar para ter certeza de que tudo está
em ordem na fazenda, que Bryndle está embalada e estou pronta para a
maior corrida da minha vida.

Quarta de manhã, deixo Bryndle na escola e vou em direção a


Timber. Entrando em seu carro, eu volto e prendo o trailer no meu
reboque. Ela se certifica de que está com tudo e joga no banco de
trás. Passamos pela clínica para comprar alguns itens de última hora e
vamos para o rodeio.

Quando chegamos à rodovia, ela olha pela janela. — O que você


está pensando?

— Muito, na verdade.

— Eu nunca teria imaginado. — Ela se vira na minha direção e


sorri.

— É muito para lembrar quando você está se preparando para ser


a pessoa que cuida de todos esses animais. A papelada das últimas
semanas foi apavorante. Agora, tenho que verificar para ter certeza de
que tudo está pronto para ir e orar para que ninguém se machuque.

— Isso já aconteceu?
— Nada grave, mas tive que lidar com alguns cortes e arranhões. É
o medo do que poderia acontecer, mas cara, estar naquele cenário, é
como nada mais. — Eu começo a rir. — Oh, silêncio, eu sei que você sabe
exatamente o que quero dizer.

— Por que você acha que estou rindo? De qualquer um, você sabe
o quanto eu amo estar neste elemento, mas você sabe o que mais amo
nisso?

— O quê?

— Nós. Estamos nisso juntos, e é como se Deus soubesse o tempo


todo que você era isso para mim antes de mim. Timber, não quero levar
tudo a sério, mas é verdade. Você foi a garota que esteve ao meu lado em
tudo. Sim você mudou e não estava por perto quando Bryndle era
pequena, mas você sempre esteve lá para mim.

— Eu também pensei muito sobre isso. Nosso relacionamento é


diferente da maioria. É novo, mas eu já sei o que o deixa ou o que irrita,
seus favoritos, e sempre pude confiar em você. Não é engraçado nunca
termos cruzado essa linha naquela época?

— Não tem jeito. Timber, estava tão envolvido no rodeio que não
estava muito preocupado com as garotas, exceto por uma rápida rolagem
no feno.

— Espere aí, eu não quero ouvir sobre tudo isso. Eu vivi isso,
lembra?
— Meu ponto é que naquela época eu não teria apreciado o que
poderíamos ter sido. — Minha mente começa a pensar nela e um sorriso
se espalha pelo meu rosto.

— Oh merda, Cowboy. Por que você está sorrindo assim?

— Você sabe que se tivesse tentado ficar com você, você teria me
chutado.

— Exatamente. Eu sempre pude ver através da sua merda. Então,


vamos conversar sobre rodeio. Você está pronto para cavalgar?

— Oh sim, eu estou, — eu digo, sabendo muito bem que não estou


falando sobre um cavalo. Quando ela sorri, sei que está pensando a
mesma coisa.

Chegando na arena, verificamos Boss no portão. Ele mantém este


lugar funcionando desde que foi vendido e me dá uma olhada quando
chegamos.

— Weston, você está cavalgando?

— Estou e Timber aqui é a veterinária de plantão.

— Ei, chefe! Muito tempo sem ver.

Ele nos diz qual é a nossa vaga e nós estacionamos o trailer,


montamos e nos certificamos de que tudo está pronto para ir na clínica
veterinária móvel. Enquanto trabalhamos, roubo olhares em sua direção e
ela está deslumbrante. Sério, não sei como não a notei naquela época,
mas, novamente, estou grato por não ter notado.
Timber

Enquanto trabalhamos para nos preparar para o próximo fim de


semana, não posso deixar de me perguntar como esse lugar funcionava
sem que as pessoas soubessem que estava por trás disso. Eu tremo, e
roubo olhares de sua bunda perfeita a cada momento que posso.

Depois de configurar a clínica veterinária, voltamos para o


acampamento e fazemos uma pausa. Caminhando até a geladeira, pego
presunto, queijo e maionese para fazer nosso almoço. Weston me segue
para dentro e procura no armário por pratos, batatas fritas e o pão.

— Obrigada, — eu digo enquanto ele coloca o pão em cada prato e


os desliza em minha direção. Quando termino de fazer os sanduíches, ele
adiciona as batatas fritas e pega uma garrafa de água para nós. Levando
os pratos para a mesa e quando me sento em frente a ele neste pequeno
e velho trailer, percebo que a vida é assim. Este momento é um tique em
nossa linha do tempo e são os pequenos momentos que mais
importam. Ele dá uma mordida em seu sanduíche e quando o coloca de
volta na mesa e pega uma batata frita, eu fico olhando para ele. — Eu te
amo, Cowboy. — Ele para no meio da mordida e me encara de volta.

— Eu te amo mais, — ele diz enquanto pega outra batata frita e


continua a comer. É incrível como você cai rápido quando deixa o amor
liderar.
Após o almoço, damos uma volta e sabemos que isso é mais do
que um rodeio de fim de semana. Vai fazer parte do nosso futuro.
Capítulo 33
Weston

Estou uma pilha de nervos. Timber e eu chegamos no meio da


semana e tenho tentado me controlar, mas não sei por quanto tempo
mais vou conseguir. Esta noite é o pontapé inicial para o rodeio com o
baile anual. Já se passou muito tempo desde que compareci a um desses,
e esta noite não vai ser nada além de incrível com ela no meu braço.

Bryndle e papai chegaram depois da escola e Timber mostrou a


clínica. Desde então, estão se embonecando. Papai e eu colocamos jeans
novos e camisas de botões de pérola e estamos prontos para ir. Sentamos
do lado de fora do trailer com uma cerveja gelada e aproveitamos a tarde
para colocar o papo em dia. Ele me fala sobre a fazenda e diz que este fim
de semana é o horário nobre. Me sinto mal por não estar lá, mas é hora
de cavalgar.

— Está pronto? — Papai pergunta.

— Tão pronto quanto estarei, eu acho. Engraçado estarmos


sentados aqui, hein?

— Nah, eu sempre soube que você teria aquela coceira de novo,


mas acho que você vai se ocupar com essas duas, — diz ele enquanto
aponta para o autocaravana.
Enquanto os sons de Timber e Bryndle cantando a mais nova
música de Miranda Lambert entram pelas janelas, sei que ele está
certo. Agora, não estou enrolado apenas no dedo de uma garota, estou
envolvido em duas.

Quando a música silencia, sei que estão prontas. Quando a porta


de tela se abre, eu fico surpreso.

Timber sai primeiro. Seu cabelo está solto e enrolado e está


usando uma saia curta tipo tutu com um top jeans e suas botas. Eu não sei
como isso funciona junto, mas é sexy como o inferno. Ela sorri na minha
direção e estendo minha mão para ajudá-la a descer os degraus do trailer.

— Droga, você está quente, — eu digo e ela beija minha bochecha.

— Oh, espere até você ver Bryndle. Ela está deslumbrante, —


Timber diz enquanto olha para a porta e Bryndle aparece exatamente com
a mesma roupa. Naquele momento, não tenho mais uma garotinha. Eu
tenho uma jovem. Solto a mão de Timber e vou ajudá-la também.

— Docinho, você está linda.

— Obrigada, papai. Timber comprou para mim.

— Quando? — Eu me viro para ela.

— Eu tenho meus caminhos. O que vocês dizem de dançar? — ela


questiona com um sorriso. Paw se levanta e pega Bryndle pelo braço e
Timber pega o meu enquanto fazemos a curta caminhada até a pista de
dança.
A cada passo, meu coração começa a bater no meu peito e sinto
que estou suando. Roubando olhares para Timber enquanto caminhamos,
quero gravar esse momento em minha mente para sempre.

Timber

À medida que nos aproximamos da pista de dança, sinto que algo


está errado ou não está certo. Weston parece que está morrendo de
medo.

— Ei, você está bem? — Eu sussurro para ele. — Sim, isso torna
tudo real, você sabe.

— Sim, mas você sabe que está pronto para cavalgar amanhã e
Bryndle está muito feliz em vê-lo. Quer dizer, eu também, mas você
deveria ter ouvido ela lá hoje. Você consegue, Cowboy. — Nós dois
paramos e eu beijo sua bochecha.

Quando entramos na lateral da arena e seguimos em direção à


pista de dança, ele diz a Bryndle e seu pai para entrarem. Ele se vira para
mim e se inclina, colocando seus lábios perfeitos nos meus. — Eu te amo,
Timber, — diz ele com um sorriso.

— Eu também te amo, Cowboy. Agora vamos dançar.

Quando chegamos ao limiar do salão de dança, ouço a banda


tocando — Hey Pretty Girl— de Kip Moore pelos alto-falantes. Cara, eu
amo essa música. Weston olha na minha direção e sorri enquanto
entramos, mas minha mente não consegue compreender o que vejo na
minha frente. A área de dança se transformou no sonho de uma garota
country. O piscar das luzes tremeluzem enquanto o sol está do lado de
fora, potes de conserva estão por toda parte, mas é o que eu noto no
palco que faz meu coração pular uma batida. É o pastor Jim. Ele está lá em
um par de jeans e uma camisa de pérola enquanto todos ao seu redor
continuam a dançar ao som da música. Minha mão voa para minha boca
enquanto olho entre ele e Weston.

— Você me ama ou me odeia agora? — ele pergunta.

— Oh, Cowboy, eu te amo. Como diabos você conseguiu isso?

— Sua mãe, — diz ele com uma piscadela, e então me ocorre. Ela
mencionou que Bryndle e eu tínhamos roupas combinando e até me
ajudou a encomendá-las, já que estava ocupada com a clínica. Olhando
em volta, eu a vejo dançando com meu pai e sorrio. Ela murmura — eu te
amo— e eu faço o mesmo. — Vamos nos casar.

— Vamos fazer isso, — ela diz com um sorriso e, enquanto a


música toca, caminhamos de braços dados até o pastor Jim, que se moveu
para o pé do palco. A banda não perde o ritmo enquanto continua a tocar
e os cowboys e cowgirls continuam a dançar ao nosso redor. Eu enfrento
Weston e pegamos as mãos um do outro enquanto o pastor Jim realiza
uma cerimônia curta e doce. Quando ele diz: — Você pode beijar a noiva,
— Weston não perde tempo e captura meus lábios.
Conforme nos afastamos, isso me atinge. Isso não é oficial. Weston
deve sentir que algo está errado. — Calma, eu cuido disso, — diz ele,
enquanto um homem que parece só trabalhar aparece com uma
papelada. Preenchemos rapidamente as informações para torná-las
oficiais e ele promete levar os documentos assinados direto para o
tribunal.

Fazendo uma pausa, eu olho para o homem na minha frente. —


Você é incrível, Weston Parker.

— Você é incrível, Sra. Parker. — Ouvir essas palavras pela


primeira vez torna tudo real, e mal posso esperar para começar esta vida
com ele. Este homem me hipnotizou e eu não faria de outra maneira.

Esquecendo que estamos em uma sala cheia de pessoas, eu


envolvo meus braços em volta do seu pescoço e fico na ponta dos pés
para beijá-lo. Conforme caímos em um ritmo, sinto olhos em
mim. Paramos no meio do beijo e vemos Bryndle ali junto com nossas
famílias.

— Você sabia? — Eu pergunto a ela.

— Talvez, — diz ela com um sorriso enorme. Virando-me para ela,


abro meus braços e ela corre para eles.

— Eu te amo mamãe. Tudo bem se eu te chamar de mamãe?

— Com certeza, Docinho!


Capítulo 34
Weston

No momento em que Timber se tornou minha esposa, minha vida


foi perfeita. Agora tenho uma mulher que ama minha filha e a mim. Nossa
família está completa. Nunca haverá outra dança de rodeio para superar
este.

Passamos o resto da noite na pista de dança e nunca me diverti


tanto. Assistir Bryndle e Timber juntos me faz imaginar o que Hannah está
pensando. Tomando um gole da minha cerveja, sinto alguém se aproximar
de mim. Pai.

— Você sabe que ela está sorrindo, certo?

— Eu sei que mamãe está.

— Oh, ela também está, mas eu quis dizer Hannah. Weston, o


coração dela tem que estar cheio esta noite por Docê Pêssego e
você. Você fez bem, filho, — ele diz enquanto me dá um tapinha no
ombro e depois pede licença para ir para a pista de dança. Ele caminha até
minhas duas meninas e dança com elas. Quem teria pensado que meu pai
estaria lá fora assim?

A música fica lenta e eu também caminho até lá. Papai pega


Timber pela mão e começa a dar dois passos enquanto eu pego Bryndle
pela mão e danço com ela. Ela me olha e sorri. Ela está feliz e eu também.
— Papai, acho que Hannah ficaria feliz, não é? — É a primeira vez
que ela chama Hannah por seu nome verdadeiro e isso me pega
desprevenido.

— Tenho a sensação de que ela não tem estado tão feliz desde o
dia em que você nasceu. — Abaixando, eu a pego e giro e ela ri
alto. Colocando Bryndle de lado, pego Timber nos braços e dançamos

juntos como uma família.

Quando a música termina, Bryndle desce e nos deixa na pista de


dança. Eu pego Timber em meus braços e a puxo para perto. Ela olha para
cima nos meus olhos e eles me dizem tudo que preciso saber. Abaixando,
beijo seus lábios e tento o meu melhor para não levar as coisas longe
demais nesta pista de dança. Eu posso estar me chutando na bunda
porque Bryndle e papai estão conosco esta noite. Ela se afasta com um
sorriso malicioso. — Quer sair daqui? — ela diz.

Olhando para o meu pai, ele balança a cabeça e sabe que vamos
voltar. Depois de tirá-la do baile, não consigo manter minhas mãos longe
dela, uma vez que estamos fora da vista de Bryndle. A pego em meus
braços, seus lábios não deixam os meus quando abro uma porta e a fecho
atrás de nós. Eu não dou a mínima onde estamos.

Enquanto a pressiono contra a porta de madeira, deslizo minhas


mãos sob sua saia. Quando minhas mãos encontram um pequeno pedaço
de material que suponho ser uma calcinha, eu as puxo para baixo em um
movimento rápido. Ela desabotoa meu cinto e desliza as mãos para a
minha bunda e minha mente fica confusa. Digo a mim mesma para ir
devagar, mas quando ela geme enquanto minhas mãos percorrem seu
corpo, eu digo foda-se. Rapidamente, eu a levanto até minha cintura e
entro nela. Ela olha nos meus olhos e mantém meu olhar durante todo o
trajeto. Como nós dois caímos em pedaços, não podemos chegar perto o
suficiente um do outro. Quando nossa respiração fica mais lenta, a coloco
no chão e ficamos juntos.

Quando ela começa a abrir a porta, eu a agarro pela mão e a puxo


de volta para mim. Beijando seus lábios, eu não me canso. Ela passa as
mãos sob a minha camisa e tenho que dizer a mim mesmo para ir mais
devagar porque temos que voltar para Bryndle. Como se estivesse lendo
minha mente, ela desacelera seu corpo e se afasta.

— Vamos lá, Cowboy.

Timber

Não há palavras para expressar o que aconteceu esta noite. Posso


tentar falar sobre a melhor surpresa da minha vida, mas não fará
justiça. Quando a música final é tocada no baile, todos nós voltamos para
o trailer. Amanhã será um longo dia, mas saber que estamos fazendo isso
como uma família é alucinante.
Quando chegamos de volta ao acampamento, Paw começa um
incêndio. Depois de ajudar Bryndle a se preparar para dormir, todos nós
nos sentamos do lado de fora por um tempo. Nós conversamos sobre esta
noite, o que está por vir amanhã, e apenas aproveitar nossa primeira noite
como uma família. Meus pais e irmão vêm para sair também antes indo
para seu acampamento. Esta noite está quase perfeita. A única coisa que o
faria melhor seria se Weston ganhasse amanhã.

Olhando para Bryndle, vejo que ela mal consegue manter os olhos
abertos. — Vamos, Docinho, vamos te levar para a cama.

Ela se levanta, dá um beijo de boa noite em Paw e Weston, e então


eu a levo para dentro. Uma vez que está na cama, eu faço suas orações
com ela e, em seguida, volto para fora. Sentamos um pouco mais antes de
Paw ir para a cama, nos deixando sozinhos.

Weston envolve seu braço em volta do meu ombro e me puxa para


perto. Olhando para o céu noturno, agradeço silenciosamente a Hannah
por me dar esses dois para amar.
Capítulo 35
Weston

Acordar ao lado da minha esposa é algo que nunca vai


envelhecer. Olhando para o relógio, sei que é hora de rock and roll para
nós dois. Cutucando Timber, ela se move com relutância. — Levante e
brilhe, é hora de rodeio. — Ela sorri enquanto seus olhos se abrem.

— Diga isso de novo.

— É hora de rodeio, — eu digo, beijando seus lábios rapidamente


antes de deslizar para fora da cama quando a excitação começa a correr
pelo meu corpo. Quando termino de colocar minha camisa, me viro para
vê-la apoiada em um braço olhando para mim. — O quê?

— Eu amo isto.

— Oh, eu também, — digo enquanto deslizo de volta para a cama


e a beijo suavemente.

Enquanto fico de pé, começo a bater nas paredes do trailer,


buzinar e gritar. Timber começa a rir, Paw está gritando e Bryndle está
implorando para que ele pare para que ela possa dormir. Timber começa a
se vestir quando entro na sala de estar.

Bryndle tem um travesseiro sobre a cabeça e Paw está rindo. -


Bryndle, você pode muito bem se mexer. É dia de rodeio e essa loucura
não vai parar, — Timber diz a ela enquanto ela começa a tomar café. —
Ele sempre foi assim nos dias de rodeio. — Todos nós tomamos um café
da manhã rápido, então eu encho uma caneca de viagem com café para
Timber e beijo minha esposa enquanto ela corre para a clínica e as
barracas para as verificações finais do poço.

Assim que Timber está a caminho, preparo o café da manhã para


Bryndle e saio para verificar minha bolsa uma última vez.

— Papai, o que você está fazendo? — ela questiona. —


Certificando de que tudo está onde coloquei.

— Hum, se você não tocou, não deveria?

— Sim, tolo ganso, mas é uma daquelas coisas. Tenho que verificar
pela centésima vez.

— Posso assistir? — ela questiona.

— Por que você não me ajuda? — Seus olhos brilham de


entusiasmo enquanto ela caminha em minha direção e me ajuda a contar
cada item da minha lista. Quando terminamos, ela sorri para mim.

— Você consegue, papai.

— Obrigado, Docinho, — eu digo, levantando-a da parte de trás da


caminhonete. Paw sai e conversamos alguns minutos antes de eu entrar
na arena para tirar meu número, assinar e me preparar para a viagem da
minha vida.
Timber

No momento em que saio do acampamento em direção à clínica,


minha empolgação começa a crescer. Há algo nesta vida e em tudo o que
a acompanha que me faz uma garota feliz. Depois de entrar na clínica
médica, faço uma análise final dos materiais e verifico algumas entradas
de animais de última hora, então me preparo para o que estou prestes a
enfrentar. Hoje é diferente. É mais do que cuidar de animais. É sobre ter
certeza de que o homem número um em minha vida viva seu sonho.

Depois de verificar o último bezerro, ando em direção aos currais e


dou uma olhada em todos os belos animais esperando para dar o show de
suas vidas.

— Qual você acha que vou escolher?

Eu sorrio ao reconhecer a voz atrás de mim. — Não importa. Você


montará não importa o que aconteça.

Weston desliza o braço por cima do meu ombro e me puxa para


beijar o topo da minha cabeça. Olhando para ele, sinto orgulho por tudo o
que ele conquistou em sua vida. É hora de cavalgar porque vale a
pena. Esta viagem vai valer a pena esperar. Eu posso sentir isso.

— Você sabe como fazer um homem se sentir bem, não é?


— Sério, Cowboy? — Ele começa a rir e eu me viro para ele. —
Você sabe que, se não te amasse tanto, poderia deixá-la ser pega em um
tornado agora.

— Bem, isso nunca te impediu antes.

— Verdade, mas hoje é o seu dia. Então, que tal aquela viagem
de oito segundos?

— Estou pronto para isso e mais tarde, quando estivermos em


casa.

— Eu gosto do som disso, mas é melhor que demore mais de oito


segundos, — eu digo com uma piscadela. Ele se abaixa e beija meus lábios
antes de pedir licença para se preparar para a viagem.
Capítulo 36
Weston

No momento em que beijo aqueles lábios quentes, sei que hoje é


diferente. Esta viagem não significa fazer oito segundos. É sobre viver meu
sonho, mas em vez de fazer isso sozinho, tenho as pessoas que mais
importam me incentivando.

Eu sigo em direção à área do competidor e faço aqueles rituais de


equitação que coloquei em banho-maria. Assim que nossos números e
cavalos são escolhidos, levo alguns minutos para visitar o cavalo que
desenhei. O cavalo me lembra muito Scarlett. Ela me observa enquanto
estou lá. Falo com ela e me preparo para voltar para a área dos
competidores quando ouço alguém chamar meu nome. Olhando para o
caminho aberto, vejo Bryndle vindo em minha direção com Paw.

— Então é isso que você tem? — ela questiona. — Sim, o nome


dela é Midnight Sue.

— Que tipo de nome é esse? — ela diz com uma risada. Olhando
para o cavalo, Bryndle a avalia e depois olha para mim. — Acho que você
entendeu, papai.

— Eu sei que faço. Nove segundos, certo? — Eu digo com um


sorriso.
— Não, você sabe que são oito e nem um segundo a mais. — Pego
e a abraço como se minha vida dependesse disso, então a coloco de volta
no chão e papai me dá um tapinha no ombro. Eles seguem para as
arquibancadas enquanto volto para a área dos competidores.

A espera está me matando, mas quando vejo uma gracinha de


rodeio perfeita vindo em minha direção, não posso deixar de sorrir.

— Ei, Cowboy, você está pronto?

— Você sabe. Então, estava pensando, depois que tudo isso


acabar, você acha que eu posso te levar para sair?

— Eu adoraria, mas não tenho certeza se meu marido gostaria.

— Oh, eu acho que ele iria totalmente para isso, — eu pisquei. Ela
sorri enquanto dá um passo em minha direção, coloca os braços em volta
do meu pescoço e me beija.

— Vamos ver se vale a pena esse passeio, — diz ela. — Oh, você
definitivamente vale a pena.

Ela se afasta e me beija rapidamente mais uma vez. Quando me


deixa para cumprir suas obrigações de rodeio, meu nome é colocado no
quadro. Eu respiro fundo e preparo meu equipamento. Verifico meu
colete, polainas, sela e cordame, certificando de que o comprimento está
correto. Enquanto chamam meu nome para ficar pronto, eu respiro fundo,
faço uma pequena oração e corro minha lista de tarefas a fazer.
Eles puxam Midnight Sue para a rampa, a sela é colocada sobre ela
e ela não fica feliz. Enquanto a sela é posicionada com cuidado, respiro
fundo e olho para as arquibancadas. Eu examino a multidão e vejo meu
pai e Bryndle sorrindo de orelha a orelha. Quando eu olho por cima do
ombro para a direita, vejo Timber sorrindo como se não pudesse conter
sua empolgação tanto quanto eu. Dou uma piscadela e ela me sopra um
beijo.

Quando eles me dão o sinal de aprovação, coloco a sela, verifico


meu cordame, coloco minhas esporas acima do ombro dela e dou luz
verde quando o portão é aberto. Enquanto Midnight Sue gira para fora do
portão, mantenho minhas esporas acima de seus ombros. Após o primeiro
dólar, eles se movem. Eu mantenho meus pés nos estribos porque sei que
isso é uma dedução. Depois disso, antecipo cada movimento
perfeitamente. Meu corpo se move em sincronia com o cavalo, e quando
ouço o som da campainha, eu pulo, soltando o cordame e corro para o
portão enquanto Midnight Sue sai pela rampa.

Esperando pelo placar, eu sei que a viagem foi boa e minha mente
repassa a metade da viagem de Midnight Sue. Quando o locutor começa a
falar, sinto braços em volta da minha cintura. Olhando para o meu lado,
vejo Timber e a seguro com força enquanto esperamos pelos números. —
Um oitenta e oito para Weston Parker montando Midnight Sue.

Ela começa a gritar e eu também. Quando seus olhos encontram


os meus, fazemos uma pausa e eu a beijo na frente de Deus e de todo o
rodeio. Como alguns gritos e vaias irromper das arquibancadas, continuo a
beijá-la para o mundo ver. Talvez ter minhas duas meninas aqui seja
exatamente o que precisava.

Enquanto nos separamos, eu olho para as arquibancadas e vejo


Bryndle e papai pulando para cima e para baixo. Droga, eu amo aqueles
dois. Mas então percebo que algo está errado. Papai agarra o peito e
parece que vai desmaiar. Solto Timber e ela também deve ver, porque nós
dois saímos para as arquibancadas. Enquanto corremos, ela usa o walkie-
talkie para chamar os socorristas.

— Mova-se! — Eu grito para qualquer um e todos no meu


caminho. Enquanto pulo a cerca e subo os degraus, agarro papai. Forrest
me ajuda a tirá-lo das arquibancadas e levá-lo aos médicos.

— Papai, o que há de errado com o Paw? — Bryndle começa a


chorar.

— Vai ficar tudo bem, Docinho. Eu prometo, — digo a ela e rezo


para que aconteça. Se não, esta será a última vez que rodeio.

Enquanto os médicos o colocam na maca, ele olha para mim.

— Ande, Weston. Não se preocupe comigo. Eu vou ficar bem.

— Você promete? Não resmungue para mim, meu velho.

Ele começa a rir, mas faz uma pausa e seu rosto se contorce de
dor. Eu seguro sua mão enquanto o empurram para fora da arena e faço o
meu melhor para não me perder completamente na frente de Bryndle.
Assim que ele é colocado na ambulância, me viro e vejo Timber
segurando Bryndle, que está chorando. Correndo até elas, me inclino para
ela e a abraço com força.

— Ele vai ficar bem. Eu prometo. Ele não teria me dito para
cavalgar se não fosse o caso. — Bryndle acena com a cabeça em
concordância.

— Como vamos saber? — ela questiona e eu olho para Timber.

— Maw Jane está indo. Você sabe que ela vai mantê-lo sob
controle e nos contar o que está acontecendo.

— E assim que cavalgar, iremos para o hospital. Você está bem


com isso?

— Sim, papai. Estou com tanto medo. Não posso sobreviver sem
meu Pow.

— Nem eu, Docinho.

Eu olho para Timber e ela lê minha mente. — Realmente acho que


ele vai ficar bem. Quer dizer, eu não sou um médico humano, mas o fato
de os médicos terem vindo tão rapidamente foi uma grande
ajuda. Embora ele possa ter que dispensar o suco de Paw e os bifes.

— Ah não. Isso não vai ser divertido, — eu digo enquanto todos


nós rimos. Em duas horas, recebemos uma atualização de Jane e ele está
indo muito bem. Eles parecem pensar que ele sofreu um leve ataque
cardíaco, mas com uma pequena cirurgia e uma mudança na dieta ele
deve ficar bem. O alívio toma conta de mim enquanto olho para minhas
garotas.

— Tudo vai ficar bem, — eu digo a eles, e quando essas palavras


saem dos meus lábios, Bryndle se agarra a mim e Timber também não me
solta.

Enquanto Bryndle se afasta, ela olha para mim. — Agora vamos


cavalgar.

Caminhando para a arena, as finais estão em


andamento. Enquanto caminho de volta para a área dos competidores,
faço uma pequena oração agradecendo a Deus por manter meu pai
seguro, permitindo que minha família cresça e me dando mais uma
chance.

Quando meu nome é chamado, faço meus rituais mais uma vez e
tomo meu lugar na rampa, pronto para montar Midnight Sue. Dando sinal
verde, o portão se abre. Eu seguro minhas esporas acima de seus ombros,
e depois que o primeiro golpe acontece, ela está ligada. Eu cavo minhas
esporas mais fundo e ela fica irritada, o que significa uma grande
pontuação para nós.

Quando a campainha toca, eu pulo e saio correndo. Bryndle e


Timber estão esperando por mim e os sorrisos em seus rostos garantem
que foi uma viagem como nenhuma outra. Os dois correm para os meus
braços e, quando ouvimos a partitura, não acredito no que estou
ouvindo. — Uau, que viagem de nosso próprio Weston Parker na Midnight
Sue com uma pontuação de noventa. Isso vai levar o bolo, pessoal. Não
vejo outro placar como esse acontecendo esta noite.

O locutor estava certo e naquela noite ganhei o primeiro lugar na


sela cavalo selvagem, mas o mais importante, pude compartilhar isso com
todos que amo. Esperei minha vida inteira por esse passeio, e valeu a
pena esperar.
Epílogo
Weston
8 anos depois

Quando o avião pousa, solto um suspiro de alívio quando


paramos. Cara, eu odeio essas coisas.

Timber pega minha mão. — Eu disse que ia ficar tudo bem.

— Eu sei. Preferia dirigir.

— Eu sei, mas Las Vegas não é uma viagem de um dia. Além disso,
Bryndle tem tudo sob controle.

— Espero que sim.

— Você poderia imaginar nosso homenzinho em uma caminhonete


por alguns dias? — Olhando para o Bronx, sei que ela está certa. Não há
nenhuma maneira no inferno com três anos de idade fazendo isso através
do país. Inferno, eu não tinha certeza se ele viria nesta viagem, mas todo
mundo que conhecemos está vindo para o Campeonato Nacional de
Rodeio este ano.

Timber o desafivelou enquanto me levanto para pegar


nossa bagagem de mão e, em seguida, sua cadeirinha. Saindo do terminal
em direção à esteira de bagagens, estou feliz que Bryndle está nos
pegando.
Assim que pegamos nossas malas e saímos pelas portas
automáticas, eu examino a zona de carregamento para ela. Não a vejo,
mas ouço o ronco do meu motor Dually à distância. — Aqui vem ela. —
Timber me olha como se fosse louco. — O quê? Eu reconheceria aquela
caminhonete em qualquer lugar.

Ela balança a cabeça em descrença quando Bronx começa a


apontar. — A caminhonete do papai! Aqui está Bryn. Papai estava certo.

Quando ela puxa para que possamos pular, o Bronx sai em direção
ao caminhão com Timber rapidamente em seus calcanhares. Bryndle salta
para encontrar seu irmão e me deixa dirigir.

— Senti sua falta esta semana, — diz ela enquanto o pega. — Não
é verdade, James?

— Você sabe disso, homenzinho. Como foi o voo, Sr. Parker?

— Corta essa merda, James, é Weston pela centésima vez.

— Sim, senhor, — diz ele. Balanço minha cabeça enquanto eu


ando ao redor do caminhão, misturo bagagem de mão, sacos nas costas e
entro em banco do motorista. Ainda não consigo acreditar que meu
Docinho está namorando James Sellers e tenho a sensação de que um dia
ele será meu genro. Honestamente, eu nem quero pensar sobre isso,
porque cada vez que penso, quero pegá-la, jogá-la por cima do ombro e
trancá-la em seu quarto. Tenho certeza de que funcionaria bem.

— Docinho, você conhece o melhor caminho para o Grand?


— Sim, tem certeza que quer dirigir? — Estreitando meus olhos
para ela no retrovisor, ela ri. — Só estou perguntando, papai. Siga as
placas e, em seguida, é um tiro certeiro. Não há nada além de deserto
aqui.

— Você acha? — James diz, e eu rio. Bryndle dá uma cotovelada


nas costelas dele.

Enquanto caminhamos em direção à Las Vegas Strip, tento


compreender tudo ao meu redor. Este lugar é uma loucura e
honestamente não tenho certeza de como me sinto sobre isso. Sonhei
com esta cidade e evento por tanto tempo. Enquanto estou olhando para
tudo ao meu redor, percebo que Timber me fez uma pergunta. — O que
você disse?

— Eu perguntei o que você está pensando porque posso ver sua


mente indo a um milhão de quilômetros por minuto.

— Hum, este lugar é como Myrtle Beach com esteróides.

A caminhonete inteira explode em gargalhadas, e encolho os


ombros porque é a verdade. — Diga que estou errado. Caramba, eu sei
que é o deserto, mas você sabe o que quero dizer.

— Cowboy, está tudo bem. Eu também entendo perfeitamente, —


Timber diz enquanto entrelaça seus dedos com os meus. Droga, eu amo
essa mulher.
Ao chegarmos ao hotel, deixamos o manobrista estacionar o
caminhão porque esse lugar está me deixando maluco. Tenho certeza que
consegui descobrir, mas honestamente tudo o que já precisamos para o
rodeio está no centro de convenções.

Chegando ao quarto, demoramos alguns minutos para nos


acomodar quando ouvimos uma batida na porta. Eu abro e vejo Forrest e
sua esposa Mandy, junto com

os pais de Timber.

— Já era hora de vocês chegarem, — diz Forrest quando entram na


sala. — Estou faminto.

— Claro que você está, — Mandy diz enquanto todos nós


concordamos em um lugar para almoçar antes de ir para a arena. — Estou
pronto para Jake Bryant esta noite. E você, Timber?

Timber faz uma pausa em seu caminho. — Garota, eu não posso


esperar para vê-lo mexer naqueles jeans.

— Eu também! — Bryndle grita.

— Graças a Deus Belle Montgomery está abrindo para ele. Não é


isso, pai? Ela é gostosa, — James diz enquanto cada mulher na sala se vira
para olhar para ele.

— Filho. Você não aprendeu? — Forrest diz, balançando a


cabeça. — Nós não falamos ou olhamos para outras mulheres.
— Eu sabia que me casei com você por um motivo, — Mandy diz
enquanto puxa Forrest para um beijo rápido.

— Mãe, você acha que o Bronx vai ficar bem? — Bryndle pergunta.

— Claro, e se não, vamos descobrir algo. — Em outras palavras,


vou ficar em casa com o homenzinho ou voltarei com ele em algum
momento.

Timber

Adoro como Weston consegue ler minha mente. Ele sabe que o
Bronx não vai sobreviver a noite toda, mas ele também sabe que Bryndle
e eu estávamos ansiosas por este show desde que descobrimos que
iríamos para o campeonato. Eu prometo que vou compensar ele mais
tarde.

Quando chegamos ao show, somos parados várias vezes por


pessoas nos desejando sorte neste fim de semana. Pegando nossos
assentos na primeira fila, sabemos que vai valer a pena o dinheiro gasto.

Olhando para Weston e Bronx, meu coração pula uma


batida. Esses dois meninos têm meu coração como nenhum
outro. Weston me pega olhando em sua direção e tira seu chapéu de
cowboy enquanto o Bronx copia seu pai. A sério, não há nada mais sexy do
que um cowboy segurando seu bebê. Isso me faz querer ter outro.
Quando as luzes diminuem e o locutor começa a falar, fico
animada. Belle Montgomery sobe ao palco e ela o domina como
a futura atração principal que é. Ela arrebatou a música country e não
olhou para trás.

Quando ela diz boa noite, procuro ver como o Bronx está se saindo
bem. Ele parece sonolento e estendo meus braços para ele enquanto
Weston envolve seu braço em volta da minha bunda e desliza a mão no
bolso de trás. Olhando para ele, me sinto mais feliz do que jamais pensei
ser possível.

— Eu te amo, Weston.

— Mais do que Jake Bryant?

— Ele nem se compara, — eu digo enquanto ele se inclina para


beijar suavemente meus lábios.

— Bem-vindos, fãs de rodeio! — Eu ouço e não posso deixar de


sorrir quando interrompemos nosso beijo e vemos Jake Bryant subir ao
palco.

Weston se inclina em meu ouvido. — Você tem certeza sobre isso?

— Oh, tenho certeza e cumprirei minha promessa mais tarde esta


noite.

— Vamos, Jake! — Weston grita e eu começo a rir. — Agite para


minha esposa bem aqui.

— Oh meu Deus, você perdeu, Cowboy.


— Talvez você me deixe louco?

Jake Bryant começa a se apresentar e o Bronx aguenta o máximo


que pode. Eu começo a sentar com ele, mas Weston o puxa de meus
braços. — Você e Bryndle se divirtam. Vou levar o homenzinho de volta
para o quarto.

— Tem certeza quê?

— Cem por cento. Te vejo em breve. — Ele me beija uma vez e diz
a Bryndle para se comportar esta noite. Eu não posso acreditar que ele
está deixando ela ficar com James. Acho que estiveram juntos a semana
toda, mas é apenas uma grande pílula para ele
engolir. Esperançosamente, ter Forrest e Mandy na sala com eles irá
prevenir qualquer briga.

Depois que Weston e Bronx se foram, Bryndle e eu passamos o


resto da noite desfrutando de uma visão de perto da melhor música
country. Cantamos cada música e nos divertimos muito.

Chegando de volta ao hotel, todos nós desejamos boa noite e nos


preparamos para um longo dia pela frente amanhã. Um cheio de
esperanças, sonhos e fazendo história no rodeio.
Weston

Graças a Deus que o Bronx dorme como uma rocha, porque


Timber com certeza cumpriu sua promessa. Eu não acho que percebi o
quanto precisava de um tempo um a um com ela. Meu estômago deu nós
a semana toda e não há melhor maneira de aliviar o estresse do que sexo.

Sábado de manhã, acordo muito cedo e tomo banho antes de


Timber e Bronx acordarem. Há tanta coisa passando pela minha mente
hoje. Sinceramente, acho que vou vomitar. É só o rodeio e um evento. É o
que digo a mim mesmo, mas de alguma forma é muito mais. Enquanto
preparo uma xícara de café para o quarto do hotel, Timber começa a se
mexer.

— Bom dia, coisa quente, — ela diz enquanto joga as cobertas e


caminha em minha direção. Ela beija meus lábios enquanto tira o café das
minhas mãos, leva à boca, dá um gole e sorri antes de devolvê-lo. — Eu
vou me arrumar. Você vai levantar o Bronx em cerca de dez minutos? Ah,
e não se esqueça de seu estalo de pérola Team Parker.

— Entendi. — No momento em que soubemos que o campeonato


estava em nosso futuro, a Timber enlouqueceu com as roupas da Team
Parker. Todos que conhecemos têm uma camisa, um chapéu e um broche
de pérola da Team Parker. Ela até fez vestidos combinando para ela e para
Bryndle. É uma loucura, mas vou deixá-la fazer o que quer com este.
Quando estivermos prontos, encontramos Bryndle e a família
Sellers no saguão. As portas do elevador se abrem e tenho que manter
minhas emoções sob controle quando vejo meu Docinho parado lá como
uma mulher adulta. Ela é deslumbrante e se parece tanto com Hannah
quando tínhamos aquela idade que minha garganta fica seca. Timber
enlaça seu braço no meu.

— Uau, ela está incrível.

— Para onde foi minha pequena e Docinho?

— Cowboy, ela ainda está aí. Ela sempre será sua garotinha.

— Papai! — Bryndle diz com um sorriso. — Vocês estão incríveis!

— Você também.

— Papai, você está bem?

— Nunca melhor. Agora vamos começar este rodeio.

Chegando ao centro de convenções, não consigo controlar minhas


emoções. O que diabos está acontecendo comigo? Eu não deveria estar
tão nervoso. Inferno, nunca em toda a minha carreira me senti assim. Eu
faço o meu melhor para me livrar disso.

Depois de mostrar nosso passe no portão, encontramos nossa


parada de estacionamento para os passageiros e saímos do
caminhão. Caminhando para trás, pego minha bolsa e entramos no centro
de convenções como uma família.
À medida que passamos por outros pilotos, trocamos acenos de
cabeça e reconhecemos um ao outro. Chegando no check-in, sinto um nó
na garganta quando Bryndle se aproxima do oficial.

— Bryndle Cole Parker. — O oficial faz uma pausa e olha para


ela. — cavaleiro para montar cavalo selvagem? — ele questiona.

— Isso seria eu, senhor.

— Bem, é uma honra conhecê-la, senhorita.

— Obrigada.

Quando todos nós começamos a caminhar para a área dos


competidores, todos os olhos estão em Bryndle e isso está começando a
me irritar. Eu sabia que hoje seria difícil, mas inferno, esse é o meu bebê.

Quando ela encontra seu lugar, eu largo minha bolsa. Puxo, tenho
que parar de chamar assim. Quando estou prestes a começar nossos
rituais de rodeio, Bronx me agarra pela perna.

— Papai, você está cavalgando também?

Balançando minha cabeça, eu o pego. — Não, homenzinho. Hoje é


o dia das maricas. Já tive minha vez.

— Vá maricas, — diz Bronx enquanto joga os braços no ar.

— Você acertou. — O colocando no chão, me viro e vejo Timber


absorvendo tudo.

Ela sorri. — Posso ter um minuto, Weston?


— Vamos, homenzinho. Vamos verificar os cavalos. — Bronx
para. — Bronx? Há mais de mim?

— Não, seu bobo. Vamos ver os cavalos.

Timber

— Graças a Deus você o mandou embora, mãe. Ele vai me deixar


louca pelas próximas duas horas. — Nós duas rimos.

— Eu sei que é por isso que eu salvei você. O que voce precisa que
eu faca?

— Você pode trançar meu cabelo?

— Absolutamente.

Bryndle e eu passamos a próxima hora nos preparando e


conversando sobre o que está à sua frente. Isso pode ter sido considerado
um esporte para homens, mas essa garota tem isso em seu sangue. No
entanto, isso não significa sair por aí parecendo uma vagabunda. Seu
cabelo está perfeitamente penteado em uma trança rabo de peixe, sua
maquiagem é perfeita e sua roupa está o mais na moda possível. É, no
entanto, difícil conseguir um colete de rodeio com todos aqueles patches
de patrocinador. Quando terminamos, dou um passo para trás e olho para
ela.
— Você está incrível, Docinho.

— Obrigada.

— Sem problema.

— Não... obrigada por tudo. Você não precisava fazer tudo isso, —
diz ela, gesticulando.

— Eu não fiz isso. Você fez.

— Eu não poderia ter feito isso sem você. Você me ajudou a cansar
o papai. Mas, falando sério, eu não seria a mulher que sou hoje sem
você. Você interferiu quando mais precisei de uma mulher em minha
vida. Não sei o que teríamos feito sem você.

— Você teria administrado. Seu pai teria se certificado disso. — Ela


começa a rir. — O que é tão engraçado?

— Só de pensar em como as coisas teriam sido diferentes se você


não estivesse por perto. Você pode ver o papai comprando um sutiã para
mim? Sem mencionar que papai provavelmente teria me feito usar
camuflagem no baile.

Há muita verdade nessas declarações. Weston estava lutando com


as mudanças femininas em andamento, mas também sei que ele teria
feito o que fosse necessário por ela.
Weston

Depois de levar o Bronx para olhar os cavalos e os bastidores da


arena, eu sei que dei a elas tempo suficiente para fazer a merda das
garotas. Graças a Deus por Timber. Olhando para o Bronx, eu o vejo
tentando colocar o braço em um portão.

— Não, Bronx, estes não são animais de estimação.

— Por que não?

— Porque eles são diferentes. Eles são selvagens.

— Mas Sissy os monta.

— Sim, ela faz.

— Eu quero andar em um, — ele faz beicinho.

— Hoje não. — Seus olhos brilham e conheço esse olhar. Eu


poderia muito bem jogar a toalha agora. Parece que somos uma família de
sela cavalo selvagem, e isso não vai mudar tão cedo.

Chegando de volta à área do competidor, eu paro quando vejo


minhas garotas. Eles são impressionantes. Quando o Bronx os vê, ele solta
minha mão e sai correndo em direção a Bryndle. Ela se abaixa e o pega
nos braços.

— Sissy, você vai montar um cavalo selvagem?

— Sim eu vou.
— Eu também monto. — Timber atira seus olhos em minha
direção. — Um dia. Papai disse que eu poderia.

Bryndle balança a cabeça. — Que bom que pude cansá-lo para


você, amigo. Deixe-me ver essa camisa, — ela diz enquanto o coloca no
chão. — Todas as garotas vão adorar você, Bronx.

— Garotas? Que nojo.

Todos nós ficamos parados por alguns minutos e então Timber e


Bronx pedem licença para encontrar seus lugares.

— Pronto para passar pelo ritual?

— Você sabe.

Desde o primeiro rodeio em que Bryndle entrou, mostrei a ela meu


ritual e temos feito isso desde então. Acho que me deixa à vontade saber
que seu equipamento está perfeito e que sou o último a vê-la antes de ela
entrar na arena.

— Bem. É isso, Docinho. Paw ficaria muito orgulhoso de você.

— Sim, ficaria. O que você acha que Hannah diria?

— Ela ficaria orgulhosa da mulher forte que você se tornou. Você


só precisa de oito segundos.

Um sorriso escapa de seus lábios e ela me dá um abraço. Nós dois


sabemos que é hora de ir.

— Ei, papai, vamos aumentar para nove.


Bryndle

— Bryndle Parker, você entra em dois.

Eu levo um momento para verificar novamente meu colete,


polainas, sela e cordame. Certifico de que o comprimento está
correto. Respirando fundo algumas vezes, penso em minha mãe e em
Paw. Eu faço uma pequena oração extra para que eles me ajudem e,
quando termino, ouço alguém falando comigo.

— Boa sorte, — um cara com dentes brancos como pérolas e um


sorriso do tamanho do Texas me diz. Merda, esse é Oliver Fox. Ele é o
melhor cavaleiro de touro que existe.

— Obrigada. O mesmo vale para você.

Enquanto eles chamam meu nome para se preparar, eu respiro


fundo, faço outra oração e procuro em minha lista de tarefas a
fazer. Escolhi Twenty-One para cavalgar hoje e parte de mim acha isso
engraçado. Black Jack e agora com vinte e um. Posso prometer que ele vai
cair.

Eu ouço o locutor: — A seguir, número vinte e três, Bryndle Parker,


montando Twenty-One5.

Depois que ele está na rampa, minha sela é colocada no


lugar. Quando eles me dão o ok, eu ponho a sela, olho para as

5
Vinte e um.
arquibancadas para minha família, verifico meu cordame, coloco minhas
esporas acima de seu ombro e dou luz verde quando o portão é aberto.

Enquanto ele gira para fora do portão, mantenho minhas esporas


acima de seus ombros. Caramba, sim! Depois de seu primeiro dinheirinho,
ele se move. Eu mantenho meus pés nos estribos, mas sempre tomo
cuidado após o incidente de papai. A cada movimento, meu corpo flui com
ele. Quando ele se vira abruptamente, faço o meu melhor para seguir o
ritmo. Posso sentir a energia da multidão quando os oito segundos se
aproximam. Com o som da campainha, eu aguento mais um, chuto meus
pés para fora dos estribos, solto meu cordame e desmonto a fera.

O cavalo faz seu caminho em direção à rampa de saída enquanto


aceno para a multidão. Eu posso ouvir os locutores falando sobre mim. É
um momento louco. A viagem foi boa, Twenty-One e eu fizemos nossa
parte, mas cabe aos juízes.

Então ouço as palavras que nunca imaginei ouvir. — Um noventa e


um para Bryndle Parker montando Twenty-One. Temos uma nova
campeã. Bryndle Parker é a primeira mulher campeã de rodeio montando
cavalo selvagem.

Olhando para as arquibancadas, não consigo conter minha


empolgação e nem meu pai. Nesse momento, percebo como os erros
moldam nossas vidas em obras de arte únicas e perfeitas. Eu sei que
mudei a vida do meu pai de uma maneira que ele nunca planejou, mas
não há dúvida de que foi isso que Hannah Cole Parker sonhou para sua
filha.

Fim
Playlist

‘Tomboy’ - Miranda Lambert

‘One Thing Right’ - Ryan Follese

‘Don’t Stop’ - High Valley

‘Fast’ - Luke Bryan

‘Juju on that Beat’ - Zayion McCall & Zay Hilfigerrr

‘All On Me’ - Devin Dawson

‘Skin & Bones’ - Eli Young Band

‘Wild West’ - Runaway June

‘They Can’t See’ - Michael Tyler

‘God Made a Woman’ - Jerrod Niemann

‘Hey Pretty Girl’ - Kip Moore

‘In Case You Didn’t Know’ - Brett Young

‘Better Place’ - Kane Brown

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