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Janeiro/2020
JENNA cresceu no sistema de adoção.
Forçada a ser fechada, cautelosa e forte.
Ela só podia contar consigo mesma.
Até ENZO.
Às vezes as pessoas que gritam mais alto são as que têm os maiores
corações.
“Eles querem nos adotar, mas toda vez que começam a falar
sobre isso, alguém aparece com outra criança.” Ele cruza os braços
sobre o peito e franze a testa para mim, como se fosse minha culpa.
“Katrina disse que ela só ficará por alguns dias”, ele explica
para mim, mas com exasperação em seu tom.
“Legal.”
Sua cabeça vira para mim e ele franze a testa. Blake sempre
tem o mesmo olhar desapontado e cansado. Amanda apenas chora.
“Cólica”, ele ri, como se isso fizesse sentido para mim. “Eles
nos mandaram um bebê com cólicas.”
“Legal”, digo novamente por que não sei por que ele está me
dizendo isso.
Eu ouvi isso...
Cocô.
Eca.
Cutuco seu punho agitado e ela agarra meu dedo. Seus olhos
azuis nunca deixam os meus enquanto ela mama. Agora que está
limpa e não mais chorando, eu meio que gosto dela. Ela é a única
que não me olha como se eu fosse uma intrusa nessa casa. Este
bebezinho me olha como se eu a tivesse salvo. Meu coração derrete.
Lorenzo Tauber.
“Aguente aí.”
Meu tudo.
“Sim.”
Ele franze os lábios e olha para longe. Posso dizer que sua
cabeça está processando. “Você ficou acordada a noite toda com
ela.”
♥
Posso ouvi-la chorar quando saio do ônibus. A dor profunda
em meus ossos parece aumentar para um nível agonizante.
“Tudo bem”, sussurro em seu cabelo. “Ela não vai nos bater
fora de casa.”
Dr. Powell me olha com tristeza. “Vou ligar para Lou. Sou
obrigado a examinar vocês e ligar para o assistente social.”
♥
Enquanto Seth instala os meninos na casa dos Friedmans,
eu ajudo Jenna a montar o berço portátil. Cora está roncando
agora, e não tem mais a temperatura alta. Jenna parece pronta
para adormecer onde está. Movo a criança adormecida da cama de
solteiro para o berço, felizmente, sem acordá-la.
Aguente firme.
Minha frase.
♥
“Eles não nos deixam comer”, Jenna sussurra. “Eles
mantêm a comida trancada.”
♥
Don Friedman é o único lar que faço uma visita não oficial
no dia seguinte. Eles estão fora da escola para férias de inverno
agora, mas não há sons de uma casa normal. Nenhum desenho
animado. Nenhuma criança correndo pela casa. Ninguém na
cozinha fazendo um lanche, ou qualquer sinal de que as crianças
estão lá. Apenas silêncio.
“Vou falar com elas.” Passo por ele até a escada. Ele me
segue. Não gosto desse idiota. Alto e corpulento, como se jogasse
futebol em seu auge, agora está gordo, mas não perdeu o ego.
Viro para dizer a Don que ele não é necessário quando o pego
encarando Jenna de uma forma que faz meus pelos arrepiarem.
Com fome. Como se quisesse ter um gostinho. Quando percebe
minha carranca, ele sorri e sai do quarto, fechando a porta. Olho a
aparência de Jenna. Ela não está usando muito — um short de
algodão que revela suas pernas pálidas e um suéter de mangas
compridas que deixa pouco para a imaginação enquanto cai em um
ombro, revelando sua pele nua.
Porra.
Esfrego a mão pelo rosto. “Homens mais velhos como ele não
precisam te ver pouco vestida. Há muitos canalhas no mundo.”
Como você?
“Sim?”
Cora resmunga e corre até Jenna, que a puxa para seu colo
e me dá um pequeno aceno.
“Alô?”
“Os garotos?”
“Não apenas os meninos. Cora e Jenna também. Eu fiz
algumas pesquisas, e esse casal é amigo de Juanita Aikens.”
Pessoas ruins tendem a se juntar.
Lorenzo.
Mas o que ele poderia ter feito? Ele já disse, a menos que
seja algo grande, não há nada que ele possa fazer. Derrotada,
afundo na cama, desejando poder dormir até o meu aniversário.
Então Cora e eu poderemos dar o fora daqui.
♥
Deixo Cora na sala com os meninos para conseguir fazer o
dever de casa. A aula de Pré-cálculo do treinador Long está me
matando, mas preciso passar nesta matéria com um A se tenho
alguma esperança de entrar na faculdade que escolhi. Estou
imersa em pensamentos quando Don entra no meu quarto.
É uma mentira, mas quero que ele saiba que não sou a
garota fraca que aceitará seus avanços. Muitas garotas e garotos
no sistema foram abusados por adultos e crianças mais velhas.
Serei amaldiçoada se esse cara acha que pode fazer o mesmo
comigo.
Seu olhar cai para minhas pernas nuas e ele lambe os lábios.
“Você caiu.”
Ele sorri para mim, uma boca cheia de dentes amarelos. Não
posso evitar estremecer. “Boa menina.”
♥
Acordo de uma soneca com Cora ao som de Don e Barb
gritando no andar de baixo. Eles estão nos chamando. Talvez
tenhamos que sair. Com um pouco de excitação, coloco jeans e
sapatos antes de pegar uma Cora sonolenta e descer as escadas.
Os garotos estão esperando lá, amontoados. Sou grata que Malachi
está aqui para cuidar dos outros dois. Ele é muito mais novo que
eu, mas tem uma boa cabeça. É incrível a rapidez com que se tem
que amadurecer quando é responsável por crianças menores.
Ele abre a boca para falar de novo quando alguém bate. Barb
abre a porta para Lorenzo e Seth. Ambos têm expressões sombrias.
Isso pode não ser terrível, mas ele nota que não está certo.
Espero que quem quer que sejam seus superiores concordem
comigo e nos tirem daqui.
♥
Eles estão aqui por horas. Acabo colocando Cora na cama e
me sento perto da janela para tentar focar no livro. Eventualmente,
Lorenzo vem me entrevistar. Posso ouvir Seth falando com os
garotos do outro lado do corredor.
“Enzo.”
Uma lágrima corre por minha bochecha. “Só não quero que
nada aconteça com Cora.” A lembrança de como Don a olhou mais
cedo envia um calafrio de medo por minha espinha. Eu tremo e
sufoco um soluço.
“Fale comigo”, ele pede com sua voz suave. Ele não me deixa
ir, mas me abraça forte, como se eu pudesse me afastar a qualquer
momento.
Assim que falo, ele se afasta para olhar meu rosto. Seus
olhos cor de avelã percorrem minha pele, raiva brilhando neles.
Quando ele gentilmente aperta minha mandíbula para virar a
cabeça para o lado, minha pele aquece e borboletas dançam no
meu estômago. Sei que ele está me inspecionando pela lesão, mas
parece tão íntimo. Congratulo-me com seu doce toque.
“Sim.”
“Não há machucado, mas está vermelho.” Ele fecha os olhos
por um momento e sua mandíbula aperta. “Sinto muito, Jenna.”
Mais lágrimas escorrem pelo meu rosto. Sou mais uma vez
puxada para seu abraço. Ele cheira bem e é tão forte. Alguém como
ele poderia afastar todos esses pervertidos. O pensamento é
alarmante, mas não indesejado. Não quero colocar esperança em
outra pessoa para me salvar, mas pela primeira vez, não tenho
escolha. Estou assim. Esperança borbulha em todo lugar.
“Obrigada, Enzo.”
“Ei mãe.”
“Quando você vem aqui?”
“Sei o que quer dizer”, ela murmura. “Tudo o que pode fazer
é dar o seu melhor. O que você é capaz. Você não é um super-herói.
Ninguém é. Você ajuda as crianças — a garota — da melhor forma
que puder. Será o suficiente? Provavelmente não. Mas o fato de
você tentar é o bastante.”
Ficamos em silêncio por um momento e depois faço a
pergunta que sempre me atormentou. “Por que você me escolheu?
Havia duas crianças que precisavam desesperadamente de ajuda.
Você escolheu apenas eu, mãe.”
E quanto a Logan?
Ele acena para mim e então ambos vão para ao porta malas
pegar os presentes. Agarro o telefone no meu bolso, nervosismo me
comendo vivo. Como se todos soubessem que estou levando um
telefone para Jenna. Minha mão treme um pouco quando aperto a
campainha.
Não vou dá-lo.
Decisão tomada.
Não posso ver o rosto de Jenna, mas ela está tensa. Ela,
como Cora, não teve uma melhor sorte com adultos e aqui, um
homem adulto quer que ela sente em seu colo.
“Eu sou forte.” Nick pisca para ela e com gentileza em seu
sorriso.
“Feliz Natal, Cora. Você tem sido uma boa menina este ano.
Eu te trouxe alguns presentes”, ele garante a ela.
“Sissy também?” Cora pergunta.
Os olhos mais tristes, mas ela ainda parece tão forte. Apesar
de tudo. Ela precisa de uma tábua de salvação. Prometi que lhe
daria uma. É Natal afinal de contas. Não considero minha decisão
por muito tempo. Simplesmente pego o celular do bolso e
discretamente entrego a ela. Seus olhos se arregalam por um
momento enquanto ela registra o que estou dando, e então
rapidamente o coloca dentro de seu bolso antes que alguém
perceba.
Eu faço isso.
“É hora de o Papai Noel ir”, Barb diz com um tom frio. “Ele
tem outras crianças para ver.” Ela se aproxima e arranca Xavier do
colo de Nick.
“Obrigado por nos permitir vir”, grito para Barb. Meu olhar
voa para Jenna mais uma vez quando nos dirigimos para a porta.
“Enzo.”
“Cansada...”
“Bem, é meia-noite.”
Como ele?
Por que sinto ultimamente que preciso dele? Preciso que ele
me mantenha a salvo de pessoas como Juanita e Don. Preciso dele
para me garantir que tudo ficará bem, e que não vou me afogar.
Preciso dele para me ajudar a dar o fora daqui.
“Estou segura.” Mas o que ele pode fazer sobre isso? “O que
você fará no Natal?” Pergunto, desesperada para mudar de
assunto.
“Eu era como você até...” Ele para e suspira. “Mamãe e papai
me adotarem.”
“Fiquei sim. Mas isso veio com um grande custo”, ele diz com
tristeza. “Logan. Eles não conseguiam ficar com nós dois. E já
tinham Elijah.”
Creeck.
♥
Enzo: Feliz Natal!
Eu: Vá embora.
“O quê?” Resmungo.
“Este”, ele nos diz enquanto puxa um gato preto em seu colo,
“é Halo.”
Ele sorri. “Se tudo for a nosso favor, pode ser a partir de
amanhã. Não importa o que, vou tirar vocês daí. Amanhã, se
conseguirmos um bom juiz.”
“Foi o Sr. Tauber. Ele vai tentar nos tirar daqui amanhã”,
digo a eles, incapaz de esconder a excitação.
Os garotos correm para frente, e nós cinco nos abraçamos
de uma maneira desorganizada que ainda parece animadora na
manhã de Natal.
Ela olha por cima do ombro e sopra um beijo para Cora antes
de se virar para mim. “Eu sei”, ela admite, sua voz baixa e
vulnerável. “Só tenho que sempre manter minha guarda.”
Compreendo.
“Vocês jantaram?”
Ela bufa. “O que você acha? Aquele idiota do Don faria uma
refeição de despedida. Certo. Você é um sonhador, Enzo.” Apesar
das palavras cínicas, ela está sorrindo.
Eu deveria levá-las direto para os Graysons, mas elas
precisam comer. Dirijo para a próxima saída antes de ir a um
restaurante que serve quase tudo. Quando estaciono, Jenna me dá
um sorriso agradecido que faz meu coração se expandir. A garota
poderia sorrir mais frequentemente.
Ela pega alguns cardápios e nos guia até uma redonda mesa
reservada no canto. É grande demais para nós três, mas não
reclamamos. Cora se instala entre Jenna e eu. Earlene nota quão
adorável ela é, e lhe dá alguns lápis de cera e um papel para colorir
antes de correr e pegar água para nós.
Deixo isso passar por agora. Vou falar com ela sobre isso
mais tarde, quando não tivermos pequenos ouvidos por perto. Ela
a corrigiu na primeira vez que ouvi, mas não agora. Na verdade,
tudo o que ela faz incentiva o comportamento de Cora em relação
à Jenna.
Delia acena para Jenna segui-la. Jenna olha Cora, mas ela
já está brincando com Noelle.
“Ela ficará bem”, Patty garante, sua é voz suave pela primeira
vez.
Acaricio os dedos pelos cabelos dela. “Eu sei. Acho que você
pode descansar agora. Este lugar é seguro.”
“É compreensível.”
“Eu vou procurar por algo”, prometo. “Mas você terá que
fazer um pouco de trabalho também, Jenna. Um emprego de meio
período seria um ótimo começo. Posso te ajudar nisso. Apenas me
avise quando estiver pronta.”
♥
“Podemos pular a visita e ir direto ao restaurante
mexicano?” Pergunto, meu nervosismo está me dominando.
“Não.”
“Não.”
“Eu tenho que tentar”, digo a ele com minha voz embargada
de emoção. “Eu tenho que tentar mantê-la porque ela é minha. Não
importa o que a estúpida lei diz, ou minha idade ou o fato de não
sermos ligadas pelo sangue, ela é minha. Vou lutar por ela. Farei o
que precisa ser feito. Eu a amo.” Pensamentos de deixá-la em
pouco mais de um mês faz lágrimas escorrerem pelos meus olhos
e bochechas.
“Ei”, ele diz quando desocupa seu lado da mesa para ficar ao
meu lado. Sou puxada para seu abraço caloroso. Ele me segura
enquanto libero um pouco da ansiedade reprimida dentro de mim
em um grito rápido.
Antes que eu possa exigir saber por que não, o garçom traz
nossa refeição. Enzo fica ao meu lado na mesa, o que considero
uma pequena vitória.
♥
Ele se segura durante o jantar e odeio como ele pareceu se
distanciar de mim. Quando chegamos ao carro no estacionamento
escuro, eu o confronto.
“Eu cresci muito tempo atrás. Sou a mãe dessa garota. Você
e eu sabemos disso”, digo a ele com fogo em minhas palavras. “Não
se atreva a me insultar novamente, Lorenzo Tauber. Se não está
atraído por mim, então diga. Se o beijo foi uma droga, então diga.
Mas não me diga que sou uma criança.”
“Sim?”
“Estou com medo.” Sua voz vacila e meu peito dói por ela.
“Eu liguei para ele”, Jenna diz a ela quando solta Cora de
seu assento. “Não tinha certeza se você tinha todas as informações
médicas dela.”
“Melhor agora.”
“Ok.”
Jenna e Cora.
“Você acha que pode ser meu pai?” Ela pergunta ao Dr.
Venable.
Sorrio e olho o treinador para ter certeza que ele não me dará
detenção por não prestar atenção.
Eu: É complicado.
Winter: Tenho certeza que Cora ficará bem por meia hora.
Quer verificar primeiro e me avisar?
♥
Winter entra na cafeteria, virando a cabeça de todos no
processo. Ela é linda. Curvilínea, brilhante e sexy. A garota tem
seios gigantes. Enquanto isso, sinto-me magra e chata em
comparação. Quando ela me vê, seus lábios vermelhos se levantam
em um sorriso. Não posso deixar de sorrir de volta.
“Sim, Patty disse que ela está bem. Eles estão fazendo
bolinhos para o jantar.” Eu sorrio abertamente. Faz-me feliz ela
estar se divertindo, e que Patty seja uma boa pessoa para nós,
garotas, mas também estou levemente com ciúmes.
“Essa é a parte boa”, admito. “Só não sei o que fazer sobre
Cora. Quero adotá-la, Winter. Ela é minha.”
Suas sobrancelhas se unem. “Mas não é tão simples assim,
é?”
“Terei cuidado.”
“Vou tentar.”
♥
“Olá?”
“Ei.”
Enzo faz um som de gemido masculino que envia ondas de
excitação correndo pelo meu corpo.
Eu: Se ela quiser falar com você, ela te ligará. Jenna teve
uma vida difícil e está passando por um momento difícil agora.
Pressioná-la por um relacionamento não é uma boa ideia.
Oh garota.
“Você precisa.”
♥
Planejei levá-la para jantar e um filme. Talvez até mesmo
fazer compras. Mas ela está tão quebrada e cansada que opto por
levá-la para minha casa. Patty nos deu pedaços de bolo de
aniversário que podemos comer mais tarde. Quando entro na
minha garagem, Jenna me dá um sorriso de alívio.
“Sei que mencionou que não tem muitas coisas para vestir.
Pode bisbilhotar nas minhas gavetas. Pegue o que quiser. Fique
confortável. Quero que relaxe, Jenna”, murmuro, acariciando o
cabelo atrás da sua orelha. “Você está tão tensa. É seu aniversário.
Você deve isto a si mesma.”
“Promete?”
“Prometo.”
“Um dia de cada vez”, digo a ela. “Isso é tudo que pode fazer.”
♥
Enquanto o filme passa, eu a olho. Ela adormeceu dez
minutos depois que o filme e está apagada desde então. É bom tê-
la em paz no meu sofá. Enquanto ela dorme onde nenhuma
preocupação pode atormentá-la, estou livre para olhá-la em
privacidade. Nossos momentos até agora foram poucos e distantes
entre si. Agora que a idade dela não está no caminho, estou ansioso
para ver onde isso vai dar. Não saio com frequência porque minha
agenda está uma bagunça. Então encontrar uma garota legal,
jantar e assistir a um filme é difícil. Com Jenna, tudo parece
confortável e fácil.
“Eu não babei”, ela argumenta, mas vem até o final do sofá.
Suas pernas montam minhas coxas e ela descansa as palmas das
mãos nos meus ombros. “O que vê?”
“Sim, querida?”
“Preciso de mais.”
Sorrio contra sua pele. Por mais que eu adoraria transar com
ela aqui neste sofá, posso esperar até que ela esteja
emocionalmente pronta. Mas isso não significa que não podemos
fazer outras coisas.
Sua pele clara cora com minhas palavras, mas depois ela se
abaixa para se tocar. Meu pau salta na calça ao vê-la afastar os
lábios da sua buceta para mim. Seu clitóris, rosa escuro e perfeito
parece acenar para minha língua.
“Dormir?” Seu nariz contrai de uma forma que indica que ela
não concorda. “Não estou cansada, Enzo.”
Ela toca meu pau até nos surpreender quando eu gozo sem
avisar. Meu gozo respinga contra sua barriga. Antes que possa me
parar, corro os dedos através dele e passo-os em seus seios. Ela
assiste meu trabalho de olhos arregalados.
E seu pau.
Sinto um calafrio.
“Nada”, minto.
“Melhor?”
“Shh”, ele diz, puxando-me contra seu peito nu. “Eu estou
com você.”
“Eu prometo.”
“Ok.”
“O que?”
Os resultados de paternidade.
“E?” Ofego.
“O que quer?”
“Obrigada”, suspiro.
“Enzo”, imploro.
“Tire novamente.”
Eu o amo.
O pensamento é aterrorizante.
“Jenna”, ele geme, seu pau lateja. Calor arde meu interior, e
então ele sai e goza entre nós.
“Um pouco.”
“E o que?”
“Só não quero ficar com ele”, ela finalmente diz com um
suspiro.
“Garota, hein?”
Tanto quanto quero ser seu herói e salvar o dia, tenho que
ser esperto sobre isso. A contragosto, pego meu telefone e envio
uma mensagem para a pessoa que pode ajudar.
♥
Deito-me na cama no escuro, pensando em Jenna. Mais
cedo, liguei para verificar como ela estava se adaptando ao abrigo
de mulheres e quis discutir o que August me disse. Consegui
explicar seu plano de ação e o cronograma de seis meses antes que
ela me dissesse que tinha que ir. Sua voz estava trêmula e sei que
ela estava à beira das lágrimas. Gostaria que ela estivesse na
minha cama agora, para que eu pudesse garantir que tudo ficaria
bem. Tem que ficar bem. Não aceitarei de outro forma.
“Sinto sua falta”, digo a ela, minha voz fica rouca enquanto
tento afastar os pensamentos dela quase nua.
“Eu sei, Baby. Shhh”, digo. “Tudo vai dar certo. Você só tem
que confiar em mim. Vai levar um tempo, o que é uma droga, mas
Cora vale a pena.”
“Enzo...”
“Mmm?”
“Um muito rico”, digo com surpresa. “Por que ele tem uma
casa tão grande se é só ele?”
“Oh, querida”, ele diz suavemente. “Sinto muito por tudo que
teve que suportar. Mas eu juro que, se permitir, serei o melhor pai
que uma garota pode ter.”
“Atrevida é um eufemismo.”
♥
“Deixe-me mostrar-lhe seu quarto”, papai diz, quando
terminamos de comer.
♥
“Ei”, uma voz diz atrás de mim, tirando-me do meu pânico
interno.
Ela manca até mim e bate nas teclas algumas vezes sem
sucesso. “Não.”
Assim que a mulher se vai, Sophia ri. “Ela é tão tensa. Gosto
de fazê-la se encolher. Uma vez ela nos pegou. Os dedos de Drew
não estavam sendo tão inocentes, se sabe o que quero dizer.”
“Sophia!” Eu grito.
“Apenas Enzo.”
“Amante italiano.”
Ele relaxa e vira sua atenção para mim. Seus dedos correm
pelo meu cabelo e ele dá um beijo nos meus lábios. “Você está
pronta para ver Cora?”
“Absolutamente.”
CAPÍTULO QUINZE
ENZO
Duas semanas depois...
“La la”, Jenna diz por cima do ombro. “Não posso ouvi-la.”
“Ligo mais tarde para lhe dar todos as partes suculentas, J”,
Sophia grita.
Ela ri. “Relaxe. Ele não virá atrás de você com uma
espingarda. Eu recebi uma mensagem antes. Ele foi chamado e não
estará em casa até amanhã.” Seu sorriso é sexy. “Somos só nós.”
Abro o livro. “Acho que você seria ótima nisso. Você é ótima
com todas as doenças de Cora.”
“Ahh!”
“Não é a primeira vez que você goza dentro de mim”, ela diz
suavemente.
Pego suas mãos e a puxo para ficar em pé comigo. “Eu não
estou tentando engravidá-la, mas é uma possibilidade real com
quantas vezes fizemos sexo. E você ainda não toma a pílula.”
“Está com raiva de mim?” Seu nariz fica rosa com sua
pergunta vulnerável.
Ela ri. “Quero dizer, ele é seu pai e tudo, mas você mal o
conhece. Ele parecia estranho em dar isso para você?”
“Maios ou menos, tipo, faz três dias desde que dei entrada
no pedido. Não ouvi uma palavra de volta.”
“Obrigada, pai.”
“Mais tarde. Ele teve que ir para a mãe dele para ajudá-los a
aparar algumas árvores. Vou dizer-lhe que disse olá. Quando
estará em casa?”
♥
Eu acordo com o toque do telefone. Meu primeiro
pensamento é que é Enzo, mas depois lembro que ele está
ajudando sua mãe e simplesmente foi para casa descansar,
sabendo que tinha que acordar cedo para o trabalho. O número
não é um que reconheço. É pouco depois das 08h e gemo quando
percebo que dormi mesmo depois do alarme. Eu deveria estar no
trabalho já. Porcaria.
“Senhorita Pruitt?”
“É ela.”
“Não esperarei até que minha filha faça cinco anos para
recuperá-la!” Eu grito, lágrimas caindo por minhas bochechas.
“Ei”, me cumprimenta.
“Assim que eu fizer uma visita domiciliar, irei até você. Você
está no trabalho?” Ele questiona.
“Estou em casa”, eu suspiro. “Estou bem. Apenas me ligue
depois.”
Choro mais com suas palavras. Palavras que ele nunca falou
até agora. Isso só me faz sentir mais emocional. “Eu também te
amo.”
♥
Minha mão treme quando olho o teste de gravidez. Comprei
um no outro dia quando me senti mal. Eu não menstruei, mas
estive estressada sobre tudo, então atribui a isso. E, francamente,
estava com medo de fazer o teste. Mas agora que não consigo
manter nada no estômago, decidi tirar a dúvida.
Grávida.
Eu preciso vê-la.
Se a ver, então posso ter forças para continuar. Só preciso
beijar seu rosto doce. Só preciso que ela me encoraje e me lembre
que posso fazer isso.
Isto é mau.
“Alô?”
As duas garotas.
Dormindo.
“Eu estava com medo”, Patty soluça. “Pensei que algo tivesse
acontecido com aquele bebê.”
“Eu também.”
Porra.
“Por favor, não a leve”, ela implora. “Por favor, Enzo. Eu não
aguento isso. Não de você.”
Para o carro.
♥
Sento-me no carro do lado de fora da casa de Daniel depois
de ter levado Cora para Patty. Cora não voltou ao normal quando
chegou ao lar adotivo. Todas as meninas estavam chorando sobre
como ela estava chateada e tentando consolá-la. Faye finalmente
ganhou seu coração com um bolinho. Saí antes de fazer algo
estúpido, como levá-la de volta comigo. Agora, estou tentando ter
coragem de ir ver Jenna.
Ela me odeia.
Mas evitamos uma crise. Patty disse que seus lábios estão
fechados, mas que absolutamente não pode acontecer novamente.
Eu prometi a ela que não irá. Eu com certeza espero que não.
Daniel: Como consertamos isso?
♥
Entro no quarto de Jenna na ponta dos pés depois que ajudei
Daniel a preencher a papelada. Nós enviamos para os canais
apropriados, e até liguei para August para atualizá-lo. Enquanto
me encolhi, esperando-o gritar sobre o desastre do sequestro, ele
não o fez. Simplesmente fez um plano de ação. O plano é agilizar
os tramites para fazer de Daniel um pai adotivo. Então,
continuaremos apresentando o pedido de adoção de Jenna até que
eles não possam mais negá-lo. Mesmo que tenhamos que esperar
até ela completar vinte e um anos. Pelo menos elas estarão juntas,
o que é a parte mais importante.
Deixe-me te salvar.
Eventualmente, seus soluços param e ela se vira para mim,
enterrando o rosto contra o meu peito.
“Nós?”
“Assim que você permitir, vou arrastar sua bunda linda até
o tribunal e torná-la legalmente minha. Então seremos
oficialmente ‘nós’.”
♥
“Eu amo isso aqui”, digo a Enzo, da minha espreguiçadeira.
“Mmmmhhmm.”
Abro um sorriso e olho para ele. Seu livro está descansando
em seu rosto enquanto ele rouba uma soneca da tarde. Inclino meu
olhar para baixo em seu peito esculpido e lambo os lábios ao ver
sua trilha escura e feliz enquanto ela desaparece abaixo do calção
de banho. Um suspiro feliz me escapa. Nós estamos em nossa lua
de mel em Destin, Flórida por quase uma semana. Meu pai pagou
a viagem como seu presente de casamento. Ele também não
poupou despesas. A casa à beira-mar é o lugar mais chique em que
já fiquei.
“Você está com fome”, ele diz, com as palmas das mãos em
meus quadris.
Ele sorri. “Não pela manhã. Não posso nem mencionar o café
da manhã.”
Ele ri. “Bem, parece que assim que eu fizer meu treinamento
de recursos familiares de vinte e sete horas, estarei pronto para
pegá-la.”
“Não”, eu sussurro.
“Quem?”
Começo a chorar.
♥
Quatro semanas mais tarde...
Aliso sua nova colcha e depois caminho no chão ao lado da
cama de Cora. Enzo foi buscá-la e trazê-la para casa. Enquanto ele
está normal, estou um desastre nervoso.
“Patty disse que não ela não tirou um cochilo hoje”, Enzo
sussurra, quando Cora começa a gritar com Halo por ser um
gatinho mau. Ele a pega e ela esfrega os olhos.
“Vou deixar vocês colocarem ela para dormir”, meu pai diz.
“Estarei no corredor se precisarem de mim.”
Depois que ele sai, Enzo vai ao nosso quarto. Cora já está
tendo problemas para manter os olhos abertos. Ela se agarra à
camisa de Enzo, efetivamente derretendo meu coração. Subimos
em nossa cama e colocamos nossa doce Cora entre nós. Ela rola
para mim e torce meu cabelo em seus dedos, como nos velhos
tempos. Sorrio para ela e beijo sua testa. Nós três ficamos juntos
até que sua respiração suave é ouvida. Bocejo e olho para Enzo.
Ele me observa com um olhar amoroso.
“Você é uma boa mãe para Cora”, ele sussurra, colocando o
cabelo loiro atrás da orelha. “E será uma boa mãe para o próximo
bebê também.”
“É uma linda flor que você tem aí”, digo enquanto me ajoelho
para olhá-la.
“Se elas ficarem muito fora de controle, vou ligar para minha
mãe vir salvar o dia”, digo a ela com uma risada. Minha mãe é uma
mãe muito boa, mas é uma avó fantástica. Cora adora o chão em
que ela pisa. No ano passado, quando Jenna e eu tivemos que
trabalhar, e Daniel foi chamado para o hospital, foi minha mãe que
se apresentou como babá para Cora. Elas desenvolveram um
vínculo que só é fortalecido com o tempo.