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Disponibilização: Eva

Tradução: Naty e Rezinha


Revisão Inicial: Bey R.
Revisão Final: Keira
Leitura Final: Miss Marple
Formatação: Niquevenen e Eva

Março/2020
August é amargo e frio.
Duas pessoas que ele mais amava o traíram.

Winter é sexy e sensual.


Ela é filha do inimigo.

Uma briga entre Winter e seu pai a envia direto para os braços de
August.

Mas August não quer segurá-la... Ele quer vingança.

Os dois são uma combinação explosiva sempre que estão juntos.


August contraria e Winter provoca de volta. Sob todo o ódio que
arde entre eles há uma atração tão intensa que nenhum deles pode
ignorar.

É só uma questão de tempo antes que consuma os dois.


DEDICATÓRIA

Para meu marido — a inspiração por trás de toda a série


tabu treat.
CAPÍTULO UM

August

Minha filha Callie está tagarela do outro lado da linha,


elogiando-me por ser um pai tão bom. Por sempre fazer a coisa
certa. A culpa me invade, mas rapidamente ignoro. Não há espaço
no meu mundo para a culpa.

Além da minha filha, a única coisa que tem espaço é ódio e


fúria borbulhando dentro de mim. Minha ex-esposa, Jackie, mãe
de Callie, é responsável pela minha raiva. Ela acendeu o fósforo e
jogou gasolina quando decidiu não apenas ficar com meu melhor
amigo Tony, mas também se casar com ele. Já faz dois anos
desde o nosso divórcio amargo e ainda fico irritado pra caralho
sempre que penso nisso.

“Ela estará lá depois da escola.” Ela diz, arrastando-me dos


meus pensamentos raivosos. “Tenho aula de torcida e depois irei
jantar com Landon, Lauren e o pai deles. Você acha que pode
lidar com isso?”

Estendo a mão e pego meu copo cheio de uísque enquanto


olho para fora das janelas gigantes do meu apartamento moderno
e elegante com vista para o centro da cidade. É o primeiro dia de
dezembro e está nevando. Odeio a maldita neve. Odeio feriados.
Odeio a porra toda. “Posso lidar com ela.”

Quando Tony e eu éramos amigos, achava que a filha dele,


Winter, era uma criança legal. Ela amava minha filha como uma
irmã e não causava muitos problemas. A garota não estava no
meu radar. Quando o divórcio saiu, evitei toda e qualquer
situação que envolvesse Tony, então não acertaria meu punho
pelo seu nariz acidentalmente. Mas agora? Agora, Callie diz que
Winter está com problemas em casa e precisa de um lugar para
ficar. A princípio, fui inflexível em dizer não para a minha filha.
Então, quanto mais pensava nisso, mais um plano se
desenvolvia.

Irei irritá-la. Aborrecê-la. Direi a ela a merda que é o seu


pai. A mandarei de volta para eles com o rabo entre as pernas.
Isso faz de mim um idiota, mas não importo. Eles merecem essa
porra.

“Papai?”

Bebo minha bebida e, em seguida, sorrio. “Disse que posso


lidar com ela.”

“Quero que você tente ser legal.” Ela diz suavemente. “Sei
que as coisas estão tensas com você e o pai de Winter, mas, por
favor, não desconte nela.”

“Nunca faria isso.” Digo com os dentes cerrados. Mentira.


Estou morrendo de vontade de provocá-la e aterrorizá-la. Só
porque posso.

“Você é um péssimo mentiroso.” Ela responde com diversão


em sua voz. “Felizmente, ela sabe cuidar de si mesma. Ligarei
amanhã para ver como foi. Obrigada, papai. Eu amo você.”

“Também te amo, garota.”

Desligamos e bebo o resto do meu uísque. Cheguei em casa


cedo do escritório para essa merda. Uma vez que levanto da
minha cadeira de couro branco, inspeciono meu espaço
analisando-o. Este novo apartamento que fui forçado a comprar
depois do divórcio é perfeito para um solteiro como eu. Minha
esposa conseguiu a casa, manteve a filha e levou aquele filho da
puta para a minha cama. Poderia ter lutado por isso,
considerando que ela foi a infiel, mas de jeito nenhum teria
estômago para estar naquela casa novamente.

Então abri mão e consegui um apartamento de dois


quartos que custou o dobro do valor da minha antiga casa. Passei
por uma fase em que comprava o que diabos queria porque podia.
Porque merecia por suportar o que Jackie me fez passar. Meu
carro é ridiculamente caro, mas o adoro. Aos quarenta e um
anos, estou passando por uma merda de crise de meia-idade que
foi posta em movimento com os modos indecentes de Jackie.

Estalo meu pescoço e ando pela casa. Tudo é branco e


limpo. Nem um travesseiro fora do lugar. A porta do quarto de
Callie quando ela vem fica fechada porque ela é uma bagunceira.
Deixo-a fazer a coisa dela atrás da porta, mas o resto do
apartamento permanece imaculado.

A campainha toca e uma pequena antecipação me


atravessa. A maioria dos homens discordaria em aterrorizar uma
doce e inocente garotinha de dezoito anos. Não sou a maioria dos
homens. Desfrutarei de cada segundo disso.

Quando abro a porta, toda a antecipação se esvazia como


um balão. Uma mulher em um gorro preto e com cabelo vermelho
tingido inclina a cabeça enquanto vasculha a bolsa. Sua camisa é
decotada e seus seios empinados estão em plena exibição apesar
do fato de estar nevando lá fora. A jaqueta de couro preta que ela
está usando é apertada e elegante, mas não entendo como a
mantém quente do frio. Ela usa um jeans skinny e botas de pele
UGGs, como a que Callie me fez comprar para ela algumas
semanas atrás.

Tento pensar em todos os encontros do Tinder que tive nos


últimos meses para ver se ela é uma delas. Certamente não é o
meu tipo ou alguém que escolheria de bom grado. Poderia ter
deslizado no sim pelos seios dela, no entanto. Nós fodemos? Ela
está de volta para uma segunda rodada? Desgosto me atravessa.
Não era esse homem antes do meu divórcio. Fui fodidamente feliz
e leal. Agora, apenas saio de mulher em mulher, incapaz de largar
minha raiva por tempo suficiente para deixar alguém se
aproximar de mim. Fodo e vou embora. Elas nunca ganham uma
segunda rodada.

“Desculpe, senhora, mas terei que passar.” Resmungo e


começo a fechar a porta.

Sua cabeça se levanta e grandes olhos castanhos perfuram


dentro de mim. Olhos castanhos familiares. Os olhos castanhos
dele.

“Winter?” Me lembro dela da última vez que a vi com


fodidos aparelhos dentários e cabelos castanhos. Ela não parecia
tão... Fodível.

“Sr. Miller.” Ela cumprimenta com um sorriso forçado que


depois desaparece. “Obrigada por me deixar ficar.” Ela avança e
bloqueio a porta. Seus olhos se estreitam conforme inclina a
cabeça para olhar para mim. Minhas narinas se dilatam
enquanto inalo o cheiro de canela.

“Tenho regras.” Minha voz é fria apesar da maneira como o


sangue corre para o meu pau. “Regras que garotinhas como você
têm que cumprir.”

Sua sobrancelha se arqueia em desafio e seus olhos


castanhos ardem com intensidade. “Vamos ouvi-las, então.”

Apertando meu queixo, recuo para colocar alguma


distância entre nós e cruzo os braços sobre o peito. Meu olhar cai
para os seios dela.

“Primeiro, você não pode usar essa merda na minha casa.”

Ela ri e soa quase doce. Até mesmo angelical. Isso é até que
ela para e olha para mim. “Usarei o que eu quiser.”

Sorrindo, dou de ombros. “Fique a vontade. Você vai atrair


o olhar letal de toda vadia rica neste complexo.”

Suas bochechas coram levemente, isso apenas fala de seu


embaraço, antes de me desafiar com outro olhar duro. “E por que
isso?”
“Porque isso”, — Aceno para a sua roupa. — “Não combina
aqui.”

Ela revira os olhos. “Callie me avisou que você é um idiota


ultimamente. Posso lidar com mulheres julgadoras. Faço isso o
tempo todo com sua esposa.”

“Ex.” Estalo.

Sua risada é zombeteira. “Tanto faz. Ela é uma vadia


também.” Ela passa por mim, arrastando uma mala atrás de si.

Lembro desta menina que da última vez era uma pequena


adolescente. Não esta... Mulher. Meus olhos checam sua bunda
conforme ela passeia pelo meu apartamento como se fosse dona
do maldito lugar. Seus jeans são apertados e abraçam os globos
redondos de sua bunda cheia de curvas, fazendo minha boca
salivar com a visão. Por um breve segundo, esqueço que ela é
amiga da minha filha, a filha do homem que odeio, e admiro-a
pelo que ela é.

Ruiva. Sexy. Feminina.

Meu pau está doendo e lutando contra a calça do meu


terno, desesperado para prendê-la contra a parede. Mas não
posso fazer isso. Tenho outros planos para ela. Planos que
envolvem o uso dela apenas para foder com ele.

“Primeira porta à direita. O quarto de Callie. Não roube a


merda dela.” Grito atrás dela.

Ela me mostra o dedo do meio antes de desaparecer em seu


quarto. Esfrego minha palma no rosto e cerro os dentes. Esperava
alguém tímida e inocente. Alguém fácil de incomodar. Não curvas,
pernas e bunda e atrevida com atitude foda.

Ainda estou de pé no meio da sala quando ela sai do quarto


alguns minutos depois. Sua jaqueta se foi e ganho muito acesso
visual aos seios dela. Ela não está mais usando as botas.
Andando apenas com suas meias, admira meu espaço.
“Uau.” Ela diz em uma voz suave conforme chega à janela.
“Essa é uma bela vista.”

Posso ver o reflexo dela no vidro e ela não está mais usando
o olhar de cadela mal-humorada. Está sorrindo para a paisagem
abaixo. Porra, ela é bonita. Isso é um problema.

“Não terminamos de falar sobre as regras.” Grito conforme


me aproximo.

Seus grandes olhos castanhos se lançam para encontrar os


meus no vidro. Não paro até estar a centímetros dela. Outro
passo e ela saberia o quanto me excita.

“Não sigo regras muito bem.” Ela murmura.

O desejo de tocá-la é forte, então coloco as palmas das


mãos nos ombros dela. A tensão se dissipa em seu corpo
enquanto ela relaxa. Inclinando-me para frente, inalo o cabelo
dela.

“Aqui você segue. Não gostaria de ter que puni-la por


desobedecer.” Murmuro meus polegares esfregando suas costas
por vontade própria.

“Pare com isso, August.” Ela diz friamente. “Quais são as


suas regras?”

A maneira como diz meu nome de uma forma tão familiar


faz com que parte do meu controle se vá. Minhas mãos tremem
com o desejo de girá-la e beijar sua fodida boca. Porra preciso
transar. E não com ela. Definitivamente não com ela.

“Limpe suas coisas.” Digo a ela em tom áspero.

“Entendi.” Ela interrompe. “Fácil. O que mais?”

“Você tem que limpar minhas coisas também. Roupas.


Pratos. Cozinhar. Tudo. Ganhe seu sustento, pequena Winter.”

Ela sai do meu aperto e se vira para mim. Sua expressão é


feroz e ela inclina a cabeça para me encarar. “Sou uma maluca da
organização. Posso viver com isso. Mas cozinhar? Espero que você
goste de cereal.”

“Você pode aprender.” Digo a ela em um tom entediado.


“Como todos os outros adultos do mundo. Pense nisso como um
treinamento. Então você pode ser uma boa esposa um dia.” Meus
olhos percorrem seu nariz fofo e seus lábios cheios e sensuais.

Ela revira os olhos. “Você é condescendente como o inferno,


sabia?”

Meus lábios levantam em um sorriso diabólico. “É o que me


faz um monstro do caralho no tribunal. É o que me faz bem
sucedido na vida.”

“Você gosta de ser um advogado?” Ela pergunta


genuinamente curiosa.

Uma carranca afasta meu sorriso. “É o meu trabalho.”

“Mas você gosta disso?”

“Amo.” Murmuro. “Agora, minha regra final. Sem garotos.”

Ela bufa. “Não se preocupe. Não faço nada com garotos.”


Sua língua rosa se lança para lamber os lábios de uma maneira
convidativa. “Só com homens.”

Calor queima através de mim em suas palavras. Minha


mão levanta e aperto sua mandíbula, chocando a nós dois. Fogo
queima em seus olhos de chocolate enquanto puxo sua
mandíbula, abrindo sua boca. Soltando minha atenção lá,
vagueio meu olhar sobre seus lábios molhados e entreabertos.
Imagino por um momento como seria beijar sua boca flexível. Ela
cheira a canela. Aposto que tem gosto de Natal e Inferno, tudo
embrulhado em um doce deliciosamente pecaminoso.

“Você fala demais para o meu gosto.” Resmungo. “Estou


morrendo de vontade de te punir por isso. Na verdade...” Deslizo
meu polegar sobre seu lábio inferior antes de queimar seus olhos
com os meus. Então, empurro meu polegar através dos lábios
dela, amando o suspiro de surpresa que faz cócegas ao longo da
minha carne.

Ela segura meu pulso e, por um momento, acho que me


afastará. Em vez disso, sua língua corre ao longo do lado de baixo
do meu polegar. Meu pau estremece na calça e um gemido de
prazer me atravessa. Com seus olhos nunca deixando os meus,
ela envolve aqueles lábios gordos e suculentos em volta do meu
polegar e desliza para cima e para baixo como se eu fosse seu
próprio pirulito pessoal. Estou tão atordoado por seu movimento
ousado que afasto minha mão, o estalo do meu polegar deixando
sua boca o único som na sala.

Seu sorriso é positivamente perverso e provocador


conforme ela avança, torcendo o punho na minha gravata e me
puxando para perto dela. “Gosto de coisas na minha boca.” Ela
diz com um ronronar sensual e rouco. “Então, se você está
tentando me punir, não me dê uma recompensa ao invés.” Então,
o olhar sexy desaparece quando ela me perfura com um olhar
penetrante. “E da próxima vez que você achar que pode me
intimidar com sua besteira misógina, pense de novo.” Seus lábios
se abrem em um sorriso desonesto. “Não sou como a maioria das
mulheres. Mordo de volta.”

Com essas palavras, ela se vira, balançando a bunda ao


longo do caminho. Levo o polegar para meus lábios e passo
minha língua ao longo da carne molhada. Canela e Inferno. Assim
como sabia que seria o seu sabor.

Parece que o Natal está chegando mais cedo este ano.

E meu presente é uma garota safada... Uma que terei


imenso prazer em punir pra caralho.
CAPÍTULO DOIS

Winter

Noite passada consegui evitá-lo e passei a noite toda


estudando. Foi assim até que ouvi seu chuveiro ligado do outro
lado da parede que fui capaz de relaxar. Callie me avisou que
August estava sendo um idiota ultimamente, mas não me avisou
que ele transformaria meu interior em uma pilha de gosma
confusa. Claro, tive uma paixão por ele quando era mais jovem.
Foi uma paixão boba. Foi o que pensei. No momento em que
coloquei os olhos nele ontem, percebi que é mais do que paixão.

Minha atração por ele quase me fez comparecer ao café da


manhã esta manhã. Mas não consigo nem mexer na sua máquina
de café. Não tenho que estar na escola por duas horas e se não
tomar café, matarei alguém. O único candidato elegível
provavelmente ainda está dormindo no outro quarto e com base
no idiota que ele foi ontem, não me oponho a isso.

Antes que possa executar os planos do dito assassinato,


sua voz profunda e rouca me assusta.

“Isso não é aceitável também.” Ele diz rispidamente.

Viro e no segundo em que o vejo, percebo que foi um erro.


Ele já está impecavelmente vestido. Seu paletó está faltando, mas
August veste uma camisa de botão branca e um colete cinza claro
que combina com suas calças. Os sapatos que usa são brilhantes
e combinam com o cinto preto. Sua gravata é cor rosa pálido.
Apenas August Miller poderia se safar com essa cor.

“O que?” Pergunto em confusão.

Seu olhar lentamente desce pelo meu pescoço, permanece


em meus seios e depois viaja o resto do caminho. “Suas roupas.”
Ele resmunga. “Ou devo dizer, a falta delas.”

“Não esperava que você acordasse tão cedo.” Digo com um


bufar, cruzando os braços sobre o peito. A camiseta fina parece
mais fina do que o normal, considerando que não visto sutiã e
meus shorts curtos revelam quase tudo. Estou me sentindo muito
exposta em torno de um homem que parece tão bem.

“Sempre acordo assim cedo.” Ele retruca enquanto começa


a brincar com a máquina de café. Assisto com muita atenção para
não precisar perguntar novamente. Mas logo perco o interesse em
sua tarefa quando meu olhar pousa em sua bunda. Suas calças
abraçam sua bunda que parece boa demais tão cedo na manhã.
Ainda não tomei café, então não posso ser responsável por meus
pensamentos malucos.

O café começa a ser preparado e ele se vira, apoiando o


quadril no balcão enquanto me observa. Não posso deixar de
notar a protuberância em sua calça. Minha carne aquece e mordo
o lábio inferior para evitar soltar um suspiro feminino. Levanto
meus olhos para encontrar os seus verdes brilhantes. Seu cabelo
castanho escuro foi elegantemente estilizado de uma forma que
muitos homens não conseguem fazer. Recém-fodido encontra o
chefe da sala de reuniões é o estilo que ele está ostentando. Cada
parte masculina dele grita para as minhas partes femininas. Mas
é uma causa perdida. Meu pai ferrou com ele. E o brilho maligno
em seus olhos diz que quer retribuir o favor.

Macacos me mordam se eu for a fodida vingança de


alguém.

“Tem cereal no armário.” Digo secamente.

Suas narinas se abrem. “Não como no café da manhã.”

Fico boquiaberta com ele. O monstrinho queria que eu


cozinhasse e ele nem come. “Um pouco cedo para a besteira.”
Digo enquanto fico na ponta dos pés para alcançar um armário
superior.

Seu toque é gentil nas minhas costas enquanto se


aproxima e puxa uma caneca para mim. Resmungo meus
agradecimentos enquanto ele agarra uma para si mesmo. Como
dois passarinhos gananciosos à espera de uma minhoca, ficamos
perto da cafeteira. Uma vez que a jarra termina de ser preparada,
ele serve um pouco em cada uma das nossas canecas.

“Açúcar?”

Sacudo minha cabeça em sua direção. “O que?”

“Quer açúcar?”

Balançando a cabeça, me afasto de sua proximidade


ardente. “Gosto do meu café preto.” Sorrio para ele. “Como a
minha alma.”

Isso me dá uma contração no canto da sua boca. Como se


pudesse ter sorrido, mas depois penso melhor.

“Esteja pronta em uma hora.” Ele diz seus olhos correndo


atrás de mim. “Está nevando muito forte. Você não precisa dirigir
nessa merda. Posso te dar uma carona.”

Viro e franzo as sobrancelhas para as janelas. “Posso lidar


com isso.” Minto. Odeio dirigir na neve. Ontem, mal comecei, e
escorreguei por todo o lugar.

Seu calor corporal me queima por trás. Mordo um suspiro


quando sinto sua dureza roçar em mim. “Não, você não pode.” Ele
murmura sua respiração quente fazendo cócegas no meu cabelo.
“Preciso que você chegue inteira.”

“Por quê?”

Ele torce uma mecha indisciplinada do meu cabelo em


volta do dedo e puxa. “Porque se você não estiver aqui, a quem
mais eu iria chatear?”
Quero deixar escapar que ele precisa incomodar outra
pessoa, mas a verdade é que um pequeno arrepio me atravessa.
Algo proibido e sujo. Callie me mataria se fodesse com o seu pai,
mas cara, isso seria divertido.

Até que ele abre a boca e lança seus insultos.

“Estarei pronta.” Interrompo. “Obrigada.”

Duas horas depois, estou olhando para o quadro da minha


aula de cálculo querendo pular pela janela. Professor Long,
embora seja superbom para os olhos, é quase tão cruel quanto
August Miller. O professor estala, grita e resmunga para quem
quiser ouvir. Isso só me faz ansiar ver August novamente.
Conseguimos uma manhã sem matar ou foder um ao outro, o que
parece um grande feito se você me perguntar.

“Senhorita Burke.” O professor diz.

“Sim.” Resmungo. “Estou aqui.”

Ele cruza os braços sobre o peito e olha para mim. “Perca a


atitude.”

Esse cara. Sério. Arqueio minha sobrancelha para ele.


“Defina atitude. Não estou certa se foi uma boa ou ruim.”

Sua mandíbula aperta. “Não tenho tempo para garotas


mimadas que não prestem atenção na minha aula.”

“E estou cansada de idiotas.” Murmuro.

Mas aparentemente não foi baixinho o suficiente.

“Fora.” Ele grita. “Leve sua má atitude ao Renner e deixe-o


lidar com você.”

Bufando alto e ignorando os risos dos outros estudantes,


recolho minhas merdas e saio passando por ele. Lágrimas
queimam meus olhos, mas as pisco para longe. Não quero que
chame meu pai. Se o diretor Renner ligar para ele, verá o que
venho tentando esconder de todos.

Meu pai não se importa.

Meu peito dói com esse pensamento, mas é verdade. Papai


e eu brigamos muito no outro dia e ele me expulsou. Juntou-se
àquela mulher e me disse para arrumar minhas coisas. Sentei no
meu quarto por uma boa meia hora, esperando que passasse.
Não passou, no entanto. Eles estavam falando sério. Meu pai
escolheu sua esposa magra sobre mim e me forçou a ir embora.
Isso me faz sentir falta da mamãe. Ela morreu quando era mais
nova e mal me lembro dela. Mas sempre sorria nas fotos e
alcançava seus olhos. Mamãe era adorável, boa e maravilhosa. Ao
contrário daquela com quem papai se casou em seguida.

Quando chego ao escritório, Renner está me esperando. Ele


é gostoso para um diretor, mas nada sobre seu rosto
decepcionado está me satisfazendo agora. O sigo em seu
escritório e sento em uma cadeira em frente à sua mesa.

“O professor Long disse que você estava atrapalhando a


aula.” O diretor Renner diz, franzindo a testa. “Você está no
caminho certo para ser oradora da turma. Você sabe melhor do
que agir e xingar na aula, Winter. E, no entanto, esta é a terceira
vez em uma semana que você está aqui por ser espertinha com os
professores.”

Dando de ombros, olho pela janela. “Desculpa.”

“Vou telefonar para o seu pai e...”

“Você pode, hum, ao invés disso, ligar para o pai de Callie


Miller? O meu está fora da cidade. Ela é minha meia-irmã.”
Minha voz treme com a mentira. Renner suspeita, mas acena
enquanto disca o número.

“August.” Ele cumprimenta. “Como você está, cara?”


Posso ouvir o estrondo da voz de August vindo através da
linha.

“Na verdade...” Renner diz. “Não é Callie. É Winter.”

Um momento de silêncio.

Renner continua. “Ela disse que o pai dela está fora da


cidade e que deveria ligar para você. Ela estava atrapalhando a
aula do professor Long e foi mandada para o meu escritório. A
suspensão escolar é punição pela terceira infração.” Ele lança os
olhos na minha direção. “Claro. Aqui está ela.”

Pego o telefone e trago ao meu ouvido. “Alô?”

“Você está sendo uma menina má e ficou com muito medo


de ligar para o papai, humm?”

Engolindo, evito o olhar de Renner e olho pela janela. “Algo


assim.”

“Você será boazinha pelo resto do dia?” Ele pergunta.

“Sim.” Resmungo.

“Então tirarei você de problemas.” Ele murmura. “Mas não


pense que você ficará impune quando chegar em casa.”

A última coisa que preciso é ser suspensa. Não quero essa


porcaria no meu registro. Essas bolsas são importantes,
especialmente agora que meu pai rompeu comigo.

“Bem assim?” Pergunto.

August ri e isso aquece meu núcleo. “Posso fazer isso ir


embora assim. Sou bom nesse tipo de coisa. Mas não ficará sem
um preço. A pergunta é; você está disposta a pagá-lo?”

Quando Renner retira o formulário de suspensão escolar,


meu coração dispara.

“Sim”, concordo. “Apenas me ajude.”


“Coloque Adam de volta no telefone.” Ele ordena com
aquele tom de advogado mandão.

Entrego o telefone de volta e o diretor Renner franze a testa.


Ele assente algumas vezes e depois resmunga de acordo. Meu
coração falha quando ele coloca o formulário de volta em seu
arquivo. Uma vez que desliga, ele dá de ombros.

“Estou te dando mais uma chance, Winter. Não estrague


tudo.”

Na viagem da escola para casa, tento conseguir ler August.


Ele está quieto e calmo. Não recebo a provocação usual dele. Isso
me enerva. Concordei com a punição. Ele provavelmente me fará
fazer algo estúpido como esfregar seus rodapés já imaculados. Ele
está em silêncio enquanto estacionamos e subimos o elevador.
Quero me esconder no quarto de Callie, mas quando vou direto
para a porta, ele me para.

“Tire suas coisas. Coloque algo confortável. Então, venha


para a sala para conversarmos.” Ele instrui.

Apenas ontem eu teria recusado suas ordens, mas sinto


que lhe devo isso agora. Ele salvou minha bunda de receber
suspensão escolar e se tiver que fazer alguma tarefa para deixá-lo
feliz, eu vou fazer. E se tiver que fazer isso enquanto mordo
minha língua, que seja. Posso lidar com qualquer coisa que ele
colocar no meu caminho.

Visto um moletom preto de grandes dimensões e um short


cinza que diz “PINK” na bunda. Minhas meias são estampadas de
arco-íris que não combinam com a minha roupa, mas não me
importo. Se terei que limpar, não tenho que ficar bonita fazendo
isso.

Quando entro na sala, August tirou seu paletó e gravata.


Suas mangas estão enroladas, revelando antebraços tonificados.
“Ok, estou pronta.” Digo, olhando ao redor. Seja o que for
que ele faça, não será difícil porque o apartamento dele é
impecável. Talvez me faça limpar o quarto bagunçado de Callie.
Honestamente, não me importaria de organizar toda a porcaria
dela.

Ele começa a desafivelar o cinto, um brilho malicioso em


seus olhos, e congelo. De todas as vezes que imaginei rolar nos
lençóis com ele, nunca achei que realmente aconteceria. Mas em
vez de tirar as calças, ele puxa o cinto com um movimento de
vaivém. Olho de queixo caído quando ele envolve o couro em
torno de seu punho.

“Curve-se sobre o encosto do sofá.” Ele instrui com sua voz


fria. “Irei punir sua bunda por salvar sua bunda.”

Meu coração gagueja no meu peito. “Você vai bater em


mim?”

Seu sorriso é selvagem. “Seu pai, imprestável, nunca fez


isso. Alguém tem que intervir e ser um homem quando se trata de
você.”

Aperto meu queixo, minha primeira inclinação é defender


meu pai, mas depois lembro por que estou aqui. Com um olhar
desafiador, caminho até o encosto do sofá e me inclino sobre as
costas dele, certificando-me de observá-lo por cima do ombro.
Seus olhos varrem minha bunda, luxúria queimando neles.
Empurro minha bunda ainda mais para provocá-lo. Se estou
sendo punida, posso puni-lo também.

“Devo baixar minha calcinha?” Insulto, esperando irritá-lo.

O couro do cinto dele esfrega entre minha parte interna das


coxas. “Você quer?”

Calor queima através de sua pergunta rouca, forçando-me


a desviar o olhar. Estou assentindo antes que possa me parar.
Ele não espera que eu faça isso sozinha e em vez disso desliza os
polegares pela barra do blusão de moletom, antes de arrastar o
short e minha calcinha para baixo. O ar frio beija minha carne
exposta e tremo. O material cai no chão em meus tornozelos e
saio do short e da calcinha. Sua ingestão aguda de ar faz com que
o calor acumule entre minhas coxas.

“Não pegarei leve com você.” Ele avisa com sua voz em um
estrondo profundo enquanto brinca com minha pele nua com o
cinto.

“Não espero que você faça isso.” Respiro.

Paf!

Nenhum aviso, apenas um chicote duro na minha bunda.


Grito de surpresa, mas depois a palma da sua mão acalma a dor.
Quando me acostumo com seu toque quente e firme, ele se afasta
e me bate de novo.

Paf!

Isso queima, mas não é horrível, especialmente quando ele


esfrega minha bunda novamente depois. Ele fica longe da minha
buceta e da minha fenda, mas gostaria que se aventurasse lá.
Estou praticamente gotejando com a necessidade de ser tocada
lá.

Paf!

Desta vez, engasgo com um soluço. É como se eu fosse de


repente atingida com a percepção da minha situação. Tenho
dezoito anos e fui expulsa da casa do meu pai. Ele me deixou por
conta própria, sabendo que não tenho um emprego pois estou
muito focada na escola. Sabendo que está nevando e não tenho
onde morar. Ele me deixou para o grande lobo mau, embora algo
me diga que se soubesse que eu ficaria com o ex de sua esposa,
ele teria algo a dizer sobre isso.

August me chicoteia mais algumas vezes. A queimadura


não é nada comparada à dor no meu peito. O soluço que segurei
escapa.

“Winter?” Sua voz está preocupada e treme.

Lágrimas quentes escapam dos meus olhos e tento enterrar


meu rosto no sofá para que ele não me veja surtando sobre
minha situação. Ninguém me vê chorar. Nem meu pai e nem
Callie. Ninguém. Ainda estou tentando me esconder quando dois
braços fortes me puxam para ficar de pé. Ele me vira para
encará-lo e depois me abraça. Agarro ao seu colete, tentando
esconder minhas lágrimas de vergonha dele. Quando ele agarra
minha bunda e me levanta, envolvo minhas pernas em sua
cintura, ansiosa pelo conforto que está proporcionando. Ele nos
leva até uma cadeira e então se senta, me puxando junto consigo.
Relaxo contra seu peito duro. Estou envergonhada pelo fato de
estar meio nua e sentada em seu colo. Seu pau está duro entre
nós e espremido entre os lábios da minha buceta.

“Fale comigo.” Ele diz baixinho, seus dedos acariciando


meu cabelo. “Machuquei você?”

Balanço minha cabeça. “É estúpido.”

Ele agarra meus ombros e me empurra, então sou forçada


a olhar para ele. “Não é estúpido. Fale comigo.” Sua expressão
normalmente fria se foi. Calor toma conta de suas feições e gosto
disso. Demais. Isso me faz querer me aconchegar contra ele e
implorar por mais.

“Só estou chateada...” Paro, mordendo meu lábio inferior


para não chorar novamente. Odeio me sentir fraca. Sou Winter
Burke, e geralmente uma tempestade de fogo. Hoje me sinto como
uma brasa se perdendo ao vento.

“Sobre ter problemas na escola? Já cuidei disso.” Ele me


assegura com seus polegares me esfregando através do meu
moletom.

Lágrimas enchem meus olhos novamente e, em seguida,


um calor desce na minha bochecha. “Por que ele me mandou
embora?” Meu lábio inferior balança. “Por que ele faria isso com a
própria filha?”

O aperto de August é gentil quando segura meu queixo.


Seus olhos verdes brilham com intensidade enquanto olha para
mim. “Porque ele é egoísta.” Ele diz friamente. “Mas você não
precisa se preocupar. Cuidarei de você.”

Procuro seus olhos. No momento, tudo que vejo é


preocupação genuína neles. Isso me estimula a fazer algo ousado.
Agarrando seu pulso, afasto a mão dele e me inclino para frente
para pressionar meus lábios nos dele. Um pequeno gemido
escapa quando ele separa seus lábios, permitindo-me o acesso à
sua boca. No momento em que minha língua desliza e varre
contra a dele, ele perde o controle. As palmas das suas mãos
encontram minha bunda debaixo do moletom e ele aperta,
separando minhas nádegas. Descaradamente me remexo contra
seu pau duro, um pouco preocupada que esteja encharcando sua
calça com a minha excitação. Beijamo-nos com força e
freneticamente enquanto ele agarra minha bunda, direcionando
meus movimentos para esfregar contra o seu pau. Cada vez que
esfrega contra o meu clitóris, solto um miado de antecipação. Faz
tanto tempo desde que gozei. Quando você está estressada ao
máximo, o auto prazer não está no topo da lista de tarefas.

“É isso.” Ele murmura, beliscando meu lábio inferior.


“Coloque tudo pra fora, doce pequena Winter.”

No momento em que meu clímax chega, solto um grito


baixinho, meu corpo inteiro tremendo de prazer. Meus lábios se
afastam dos dele enquanto grito seu nome. Seus dentes afundam
na minha garganta como uma resposta ao grito e ele me chupa
com força. Aqueles dedos fortes agarram minha bunda, me
empurrando com força contra ele, então estou mais uma vez no
limite de um orgasmo. Sua língua desliza pela minha garganta e,
em seguida, ele agarra novamente. Posso sentir seus dentes e
então ele está chupando, me machucando. Tudo o que isso faz é
adicionar à experiência.

“Oh, Deus.” Assobio quando outro orgasmo me rouba,


escurecendo a minha visão. Desmorono contra ele, esgotada de
energia. Meu nariz roça contra seu pescoço e inspiro seu cheiro.

“Você deixou minhas calças molhadas.” Ele murmura sua


voz crua e rouca.

Começo a me afastar, mas ele me agarra com força.

“Não disse que não gostei.”

Seu pau se contorce em suas palavras entre nós como se


concordasse.
CAPÍTULO TRÊS

August

Encaro-me no espelho embaçado e tento explorar minha


raiva. O que há de errado comigo? Deveria estar aterrorizando
essa garota, não arrancando suas roupas e a fodendo a seco na
minha sala de estar. Meu pau se agita sob a toalha. Mais cedo,
segurei-a depois de seus dois orgasmos consecutivos e depois
disse a ela para se limpar. Ela estava quieta enquanto corria com
seu blusão mal cobrindo seu traseiro vermelho.

Deus sou tão estúpido. Não deveria ter deixado isso ir tão
longe.

Mas ela estava sofrendo. E maldição se não queria aliviar


essa dor.

Saindo do banheiro, encontro uma calça de moletom e


visto. Depois de colocar uma camisa preta, volto para a sala de
estar. Potes batem na cozinha e é um bom lembrete porque
permiti que ela ficasse aqui em primeiro lugar.

Ferrar com ela, para ferrar com ele.

Bato na minha nova determinação conforme entro na


cozinha. Ela ainda usa o mesmo moletom, mas vestiu uma calça
preta de yoga. Com seu cabelo ruivo vermelho falso empilhado em
cima de sua cabeça em um coque bagunçado, ela parece
completamente adorável pra caralho. Todos os planos para irritá-
la voam pela janela.

“O que você está fazendo?” Exijo.

Ela salta em minhas palavras e me lança um olhar


desagradável. O fogo em seus olhos é ainda mais bonito do que as
lágrimas neles mais cedo.

“Ganhando o meu sustento.” Ela diz rabugenta.

Rio enquanto me aproximo. “Tentando me matar?”

“Acho que um sanduíche de queijo grelhado dificilmente irá


te matar.” Ela retruca.

“Queijo grelhado?” Pergunto com um divertido levantar da


minha sobrancelha. “Quantos anos temos, doze?”

Ela revira os olhos para mim enquanto coloca a panela no


fogão. “Pegue a manteiga, vovô.”

“Vovô?” Bufo. “Você não tem ideia do quão longe estou de


um vovô, garotinha.” Levantando a bainha da minha camiseta,
mostro a ela meu abdômen sarado. Malho duro como o inferno na
academia do prédio na maioria das manhãs para manter este
corpo.

Seus olhos castanhos se arrastam até minha barriga e ela


lambe o lábio inferior. Sorrio triunfante até ela falar de novo.

“Isso é um pelo grisalho?” Ela pergunta enquanto passa por


mim para a geladeira.

Olhando para baixo, inspeciono minha trilha da felicidade e


passo meu polegar pelos pelos castanhos escuro lá. “Não tem
nenhuma porra de pelo branco aqui.”

Ela ri com seu tom arrogante e condescendente. “Tem


certeza disso? Talvez você devesse verificar seus óculos.”

A garota está cutucando um urso. Deixando minha


camiseta cair, estreito meus olhos para ela. Ela não está mais
chorosa e triste. Seu sorriso está presente e há um vigor em seu
passo. “Faça-se útil e coloque algumas músicas, vovô rabugento.”

Passo por ela e dou um tapa em sua bunda, amando o grito


que deixa escapar. Caminho na sala para o meu aparelho de som.
Puxando meu iPhone do meu bolso, o conecto. Folheando
algumas músicas, encontro um álbum do Lynyrd Skynyrd. Velho,
que nada. Quando “Tuesday's Gone” começa a tocar, volto para a
cozinha para vê-la balançando ao som da música enquanto passa
manteiga no pão. Fico impressionado com o quão fofa ela é. Tudo
em mim diz que preciso fodê-la tanto que ela correrá para o pai
reclamando. A verdade é que só quero fodê-la porque é divertido.
Porque ela devolve.

Enquanto ela trabalha no queijo grelhado, encontro uma


sopa de tomate no armário e começo a aquecê-la no fogão. Para
duas pessoas que não gostam de cozinhar, trabalhamos bem lado
a lado na cozinha. Tive que aprender com a necessidade depois
que minha esposa se divorciou de mim. Callie não poderia
sobreviver sozinha quando que viesse me ver, então tive que
aprender a cozinhar algo.

Winter canta junto e me vejo sorrindo, divertido. Assim


como a tempestade que parece piorar a cada hora do lado de fora,
Winter explodiu no meu mundo ontem e interrompeu tudo. E
aparentemente, sou fã do novo caos, porque isso é o mais leve
que me senti em muito tempo.

Quando olho para ela, vejo um pouco de Tony nela, mas


tudo o que ela tem que fazer é abrir a boca atrevida ou sorrir, e
então esqueço quem ela é. Por que está aqui. Por que quis mexer
com ela em primeiro lugar.

“Vamos falar sobre mais cedo?” Pergunto enquanto mexo a


sopa.

Ela inclina a cabeça para mim. “Como você bateu na minha


bunda em troca de me tirar de problemas?”

Meu pau sacode com suas palavras. “E então depois...”

“Não deveria ter te beijado.” Ela vira os sanduíches e franze


a testa para mim. “Foi um momento de fraqueza. Não sou fraca.”
Seu corpo está rígido enquanto continua a cozinhar,
levando seus olhos de volta em sua tarefa. A pequena e durona
Winter Burke teve um momento vulnerável e agora volta a ser a
rainha do gelo.

“Você não tem que fazer isso ao meu redor.” Desligo a sopa.

“Fazer o quê?”

“Agir como uma durona.”

“Não é uma encenação”, ela bufa. Ela desliga o fogão e


depois lança um olhar fulminante em minha direção. “Não choro.
Então, desculpe por ter que ver isso. Você não acontecerá de
novo.”

“Então você não me dirá o que te chateou?”

Ela está claramente chateada por seu pai a expulsar, mas


quero que ela elabore e se abra para mim.

“Você me espancou. Isso machuca.” Ela evita o olhar.

Bufo em descrença. “Pequena mentirosa.”

“Talvez estivesse humilhada por estar nua na sua frente.”


Seus olhos castanhos fixam nos meus.

Bufando para ela, balanço minha cabeça. “Tente outra


mentira, querida, porque até agora essas foram péssimas.”

Ela pressiona os lábios e suas narinas se inflamam de


raiva. Ignorando-me, coloca os sanduíches em dois pratos e bate-
os ruidosamente na bancada. Seu olhar desafiador encontra o
meu enquanto ela puxa uma cerveja da geladeira, apenas me
implorando para dizer não, então discutirei com ela.

“Não sou seu pai, Winter. Posso gostar de espancá-la, mas


você não me encontrará dizendo que não pode beber.” Me
aproximo dela, forçando-a a apoiar sua bunda contra a parede.
“Na verdade, poderia encorajar você. Então, a sua atitude de
cadela arrogante pode ir embora.” Levantando minha mão, passo
um dedo ao longo do lado de sua garganta. “E quem sabe? Talvez
tire vantagem de você.”

Tomo a cerveja dela. Com meus olhos nos dela, me afasto


para pegar um abridor de garrafas e, em seguida, abro a tampa.
Bebo um gole e depois entrego de volta para ela.

“Beba.” Insisto com um sorriso perverso enrolando meus


lábios para cima.

Seu pescoço fica vermelho como seu cabelo. Meu pau


balança na minha calça de moletom em apreciação da linda cor.
Ela inclina a garrafa e engole. Observo o jeito que sua garganta se
move e imagino meu pau empurrando profundamente ali dentro,
esticando sua linda boca até os limites. Não há como esconder
minha ereção. Quando ela termina de engolir sua cerveja, vagueia
os olhos na minha frente e os fixa no meu pau ansioso.

Ela olha um pouco mais antes de encontrar meus olhos


com fúria brilhando nos dela. “Nunca serei a porra de vingança
de ninguém.”

Por um momento, fico atordoado. Então, acompanho a


maneira como seus quadris se movem enquanto ela caminha até
o balcão e senta em um banquinho. Ajusto meu pau dolorido e,
em seguida, pego uma cerveja. Essa mulher me deixará louco.

A música ao fundo é suave, familiar e relaxante. Mas a


pequena bola de fogo ao meu lado está borbulhando com ira mal
contida. Diverte-me que ela esteja se esquivando com raiva.
Prefiro vê-la irritada a chateada. Pelo menos, é uma tempestade.
Oh, que linda tempestade ela é.

Comemos sem conversar. Quando terminamos, ela lava a


louça sem reclamar. Pego outra cerveja e me sento no sofá para
que possa ver a neve caindo. Está caindo pesadamente e me
preocupo que será uma merda dirigir amanhã.
“Tenho que estudar.” Ela diz enquanto se dirige para o
quarto de Callie.

“Estude aqui.”

Ela para no final do sofá e franze a testa, as palmas das


mãos nos quadris. “O que?”

“Você ficará aqui de graça? Bem...” Resmungo. “Quero algo


em troca.”

“Sexo?” Ela pergunta com sua voz estridente.

Sim.

“Não.” Mentira. Sorrio para ela. “Sua companhia.”

Com isso, ela bufa. “Tudo bem.”

Alguns minutos depois, ela se dirige para a poltrona em


frente ao sofá, mas balanço a cabeça. “Não, aqui.” Acaricio a
almofada ao meu lado.

“Tanto faz.” Ela geme.

Ela se senta de pernas cruzadas e abre um livro. Olho para


o que ela está lendo e fico surpreso ao descobrir que é um livro
chamado Governo Comparativo e Política.

“Isso é típico do currículo do ensino médio?” Pergunto.

“Vai ficar falando o tempo todo?” Ela resmunga.

“Sim.” Digo a ela honestamente.

Ela ri. “Você é irritante.”

“É a única razão pela qual concordei em deixar você vir


aqui. Para aborrecer você.”

Seu sorriso desaparece e ela me olha com uma expressão


terna. “Para se vingar dele.”
A velha picada familiar do que Tony e Jackie fizeram
comigo não é tão forte. Dou de ombros e tomo minha cerveja.
“Talvez.”

Ela inclina a cabeça contra o meu ombro. “Sinto muito pelo


que aconteceu.”

“Sim.” Resmungo com meu corpo enrijecendo. “É o que é.


Já faz dois anos. Superei.”

Sua cabeça se inclina e seus olhos castanhos perfuram os


meus. “Mas você não superou. Você está chateado pra caralho,
August.”

“O que você esperava?” Estouro. “Minha esposa fodeu com


seu pai. Arruinou nossa família.”

“Se serve de algum consolo, a odeio.” Ela sussurra um sinal


de raiva iluminando seus olhos.

Serve, na verdade. Ter alguém com quem se compadecer é


bom pra caralho. Certamente não posso reclamar com Callie
sobre sua mãe.

“Realmente não quero te machucar.” Admito, com minha


atenção caindo em seus lábios carnudos. “Quero dizer, espancar
sua bunda foi divertido, mas não quero ferir seus sentimentos.”

Ela pega minha cerveja e toma um gole. “Então podemos


ser amigos?” Sua sobrancelha se arqueia em dúvida.

Porra, ela é linda demais.

“Não tenho muitos amigos.” Resmungo. “Amigos geralmente


ferram com você.”

Suas sobrancelhas se juntam. “Talvez possamos ser algo


melhor do que amigos.” Ela pisca enquanto bebe minha cerveja
novamente antes de devolvê-la. Então, ela aponta para o livro
dela. “Estou tendo aulas avançadas principalmente e alguns
cursos universitários. Uma bolsa de estudos é importante para
mim agora que meu pai me expulsou. Não tenho outra forma de
pagar as mensalidades e trabalhei muito para chegar a esse
ponto. Ser suspensa poderia estragar minhas chances de
conseguir uma bolsa de estudos.”

“O que você fará na faculdade?”

Ela sorri para mim, pura felicidade em sua expressão.


“Quero estudar direito.”

Ambas as minhas sobrancelhas levantam. “Você quer,


hein?”

“Quero me tornar uma advogada durona como meu novo


colega de quarto ‘melhor que amigo’.” Ela diz com uma risada.

“Você seria ótima nisso.” Digo a ela honestamente. “Você é


feroz e dedicada. E apesar dessas lágrimas mais cedo, você não é
fraca.”

Seu sorriso some enquanto ela rouba minha cerveja


novamente. Desta vez, em vez de beber, coloca a garrafa na mesa.
Então, ela joga o livro para o chão com um baque. E se senta de
joelhos e atravessa meu colo.

“Tire a minha camisa, August.” Seus intensos olhos


castanhos ardem nos meus.

Meu pau sacode com a exigência dela e obedeço à garota


mandona. Com movimentos provocantes, removo seu moletom.
Sem sutiã. Essa garota do caralho. Arrastando meu olhar para os
seios dela, pego cada um com uma mão e admiro o jeito que eles
se encaixam perfeitamente no meu aperto.

“Você é linda.” Murmuro, enquanto me inclino para frente,


beijando entre seus seios.

Ela ofega, seus dedos deslizando em meu cabelo úmido.


“August.” Ela choraminga.

Olhando para ela, sorrio. “O que, Red Hot Winter? Você


está com medo?” Provoco.

“Sim.” Ela admite com sua voz em um sussurro.

Amo que essa garota durona fique destruída na minha


presença. Isso faz eu me sentir protetor sobre ela. Como se
quisesse protegê-la de tudo que o mundo tentasse lançar nela.

“Você não tem que ter.” Murmuro conforme afasto minha


mão de um dos seus seios e substituo-o com a minha boca.
Chupo o mamilo entre meus lábios e me delicio com o jeito que
ela geme com prazer. Minha língua provoca a carne do mamilo
enquanto olho para ela. “Farei você se sentir bem.”

Seus olhos geralmente duros brilham com confiança e


admiração, o que faz uma merda para o meu ego. Ela puxa minha
camisa, forçando-me a me afastar o suficiente para que me livre
disso. Faminto, ataco seu mamilo molhado com meus dentes.

“August!” Ela grita seus dedos segurando meu cabelo.


“Faremos sexo?”

Rio contra seu peito, com meus dentes presos em seu


mamilo. Afastando-me, amo o jeito que ela puxa meu cabelo,
gritando de dor. Solto o mamilo e coloco-a no sofá para que esteja
de costas.

“Não, pequena Winter.” Meus lábios se enrolam


maliciosamente. “Nós vamos foder. Você já foi fodida antes?”

Ela fecha os olhos solta um bufo. “Fiz sexo com um cara


uma vez...” Ela para.

Agarrando suas calças, começo avançando por suas coxas.


“Uma vez? Quero mais detalhes, querida. Pensar em você com as
suas pernas abertas, deixando algum imbecil tomar sua
virgindade, surpreendentemente deixa meu pau dolorosamente
duro.”

“Por quê?” Ela exige com seu lábio inferior fazendo


beicinho.

“Porque sei que no momento em que esticar sua doce


buceta e fazer você ver estrelas, você estará arruinada para
sempre. Nenhum outro homem jamais irá comparar. Você será
minha e não poderá controlar isso.” Sorrio diabolicamente para
ela enquanto atiro suas calças para longe.

Seu doce sorriso tímido transforma-se em um malvado que


poderia facilmente rivalizar com o meu. “Só uma vez.” Ela diz,
mordendo o lábio inferior. “Tinha dezesseis anos. Estava
completamente e totalmente apaixonada pelo pai da minha
melhor amiga. Ele estava passando por um divórcio amargo e
nem sequer olhou duas vezes para mim. Então, encontrei alguém
como ele. Deixei que tirasse a minha virgindade enquanto fingia
que era outra pessoa.”

Menina má.

Menina má que joga jogos ruins melhor que o grande lobo


mau.

Ela abre as coxas e revela sua buceta brilhante para mim.


“Ele nunca satisfez a fantasia. Às vezes, me pergunto se essa
fantasia será alguma vez satisfeita.”

Passo meus dedos ao longo de sua fenda molhada, amando


o jeito que ela treme. “Oh, doce Winter.” Sussurro, sondando seu
canal apertado com a ponta do meu dedo. “Todas essas fantasias
estão prestes a se tornarem realidade.” Meu dedo desliza dentro
de sua buceta escorregadia e suas costas arqueiam. “E elas serão
melhores do que você imaginou, baby.”
CAPÍTULO QUATRO

Winter

Oh Deus.

August Miller tem seu dedo dentro de mim. Estamos


realmente fazendo isso. Sonhei com isso por tanto tempo quanto
me lembro. Com os olhos nos meus, ele beija meu joelho e, em
seguida, percorre o interior da minha coxa até minha buceta. Sua
respiração quente me faz cócegas e depois sua língua está em
mim. Salto, subjugada pela súbita explosão de prazer, e aperto
minhas coxas juntas, prendendo sua cabeça entre elas.

Ele resmunga, empurrando meu joelho de volta. Seus


dentes mordem meu clitóris e grito. Toquei-me centenas de vezes.
E fiz sexo com um cara chamado Hank, ele foi meu primeiro e
único. Mas nunca senti prazer assim. Ele chupa meu clitóris e
tremores balançam meu corpo, fazendo minhas pernas tremerem.
August ri contra minha buceta antes de voltar a festejar. Outro de
seus dedos procura a entrada com o outro. Seus dedos me
esticam e depois se enroscam dentro de mim, encontrando um
novo botão de prazer lá no fundo.

“Ah!” Grito. “Oh Deus!”

Seu chupar, lamber e morder se torna mais voraz. Ele está


perdendo o controle. Estou completamente à sua mercê. Meus
olhos rolam para trás quando um orgasmo explode dentro de
mim, enviando impulsos elétricos de prazer através de todas as
minhas terminações nervosas. Seus dedos deslizam para dentro e
fora de mim mais facilmente agora que minha excitação parece
estar jorrando de mim.
“Olhe para você.” Ele diz contra a minha carne sensível.
“Veja como o seu corpo gosta de ser tocado e adorado.”

Derreto sob suas doces palavras. Ele remove os dedos e a


perda me faz tremer de necessidade. Seus olhos verdes piscam
com desejo e talvez uma ligeira loucura. A necessidade de me
possuir brilha em seus olhos. Quando sua língua sai para lamber
seus lábios molhados, solto um gemido.

“August.” Imploro. “Preciso de você.”

“Não aqui.” Ele resmunga. “Não te foderei no sofá como um


perdedor. Irei levá-la para a minha cama, onde posso te espalhar
e aproveitar meu tempo com você.”

Ele desliza um braço nas minhas costas e me levanta


conforme fica de pé. Meus braços envolvem seu pescoço e minhas
pernas ao redor de sua cintura. O beijo gananciosamente,
chocada com o gosto que provo em sua boca. Cegamente, ele nos
leva através do apartamento, seu aperto firme na minha bunda.
Cada vez que ele espalha minhas nádegas como se quisesse
colocar os dedos lá também, tremo de antecipação.

Uma mão deixa minha bunda enquanto ele puxa o seu


moletom. Uma vez que estão em torno de seus tornozelos, ele sai
da calça e, em seguida, caminha para sua cama. Seu pau grosso
bate contra a fenda da minha bunda enquanto ele anda. Caímos
na cama e então a boca dele está de volta na minha. Exigindo e
possuindo. Ele me devora de tal maneira que me faz sentir
reivindicada. Considero-me bastante independente, mas debaixo
dele, me sinto especial e cuidada. E, francamente, parece bom.

“Não mereço você.” Ele murmura, sua boca sussurrando


sobre a minha. “Sou um idiota egoísta. Não mereço isso ou você.”

“Você merece.” Discuto. “Nós dois merecemos.”

Ele alcança entre nós e agarra seu pau. Sua ponta provoca
ao longo da minha fenda molhada. Olho para o seu rosto
perversamente bonito enquanto ele mal empurra dentro de mim.

“Você é tão pequena.” Ele diz. “Isso será tão bom para mim,
mas, baby, te machucarei.” Como se pretendesse provar seu
ponto, ele empurra um pouco mais dentro de mim. Estica e
queima enquanto meu corpo tenta acomodar sua circunferência
maciça.

“Ahh.” Respiro. “Posso aguentar.” Lágrimas queimam meus


olhos porque dói. Mas quero isso. Ah, como quero. A única vez
que fiz sexo foi embaraçoso em comparação. Hank com certeza
não ostentava um monstro.

Seu polegar esfrega contra o meu clitóris ainda sensível. A


selvageria brilha em seus olhos verdes enquanto ele me penetra
com seu olhar. “Você aguentará.” Ele concorda rispidamente.
“Você me deixará arruinar essa buceta doce e perfeita. Você me
deixará te machucar tão bem.”

“Simmm.” Gemo, abrindo mais as minhas pernas,


implorando por mais, apesar da dor.

Seus olhos caem entre nós, com seu polegar


preguiçosamente provocando meu clitóris. “Veja como seu corpo
quer resistir, mas depois me suga.” Seu pau me estica mais
conforme ele entra. “Você está escorregadia pra caralho por esse
pau, baby.”

Quando meus olhos se fecham, ele pressiona meu clitóris,


fazendo minha buceta apertar.

“Olhos abertos, Winter. Preciso me perder neles.” Seu olhar


ardente e os ângulos agudos de sua mandíbula fazem com que ele
pareça um vilão vampiro vindo para me levar para o lado negro.

Quero ir com ele. Muito, eu quero.

Seu polegar esfrega meu clitóris mais forte, fazendo-me


choramingar de prazer, e ele empurra um pouco, empurrando o
resto do seu pau em mim. Ele é tão grande, estou chocada com a
maneira como é tão bom ser completamente preenchida por ele.
Como se fôssemos um quebra-cabeça que mal se encaixa, mas é
perfeito. Nossos olhos se encontram conforme ele facilmente me
leva ao orgasmo com apenas o polegar em mim. Meu corpo
sacode quando o orgasmo estremece através de mim. Antes que
possa me acalmar da loucura que ele acabou de entregar, August
solta seu corpo no meu, seu peito liso pressionado contra os
meus seios, e bate forte em mim. Sua boca bate de volta na
minha. Faminta. Desesperada. Não querendo parar.

Agarro seus ombros e seguro enquanto ele empurra seus


quadris de um jeito que me faz quase chorar de felicidade. Amo
ser consumida por ele. Até agora tem sido uma fantasia boba de
menina. Agora é a realidade. O homem dos meus sonhos, o
homem pelo qual estive apaixonada por anos, está tirando todo o
prazer do meu corpo. É bom me entregar a ele. Ceder às suas
exigências e permitir-lhe o controle que meu corpo tão
desesperadamente deseja.

Sua mão desliza no meu cabelo e ele me agarra ao ponto de


dor. “Você”, ele murmura. “Você é linda pra caralho.” Ele morde
meu lábio. “E é minha agora.”

Meus olhos se fecham quando seu empurrão fica fora de


controle. Sua boca encontra o lado do meu pescoço e ele me
chupa com força. Grito, apertando em torno de seu pau. Isso
parece excitá-lo porque ele grita contra a minha garganta e sai do
meu corpo. Sêmen quente é lançado em meu estômago enquanto
ele morde meu pescoço. A perda dele é decepcionante, mas adoro
sentir o jeito que me reclama, espalhando seu sêmen por cima de
mim. Quando termina, se afasta rapidamente e franze a testa.

“O que?” Exijo meu coração gaguejando no meu peito.

Ele senta em suas coxas entre minhas pernas abertas e


passa os dedos pelo cabelo bagunçado, puxando-o. Seu pau
goteja com sêmen e se ele não estivesse agindo tão
estranhamente, me ofereceria para lambê-lo. Olhos verdes
ardentes encontram os meus enquanto ele esfrega seu esperma
em todo o meu estômago com a palma da mão e depois sobre
cada um dos meus seios.

“Isso...” Ele diz friamente. “Não é certo”

Endureço com suas palavras, odiando o jeito que meus


olhos queimam com emoção. “Por que não? Até agora estava tudo
bem.”

Sua mandíbula aperta enquanto olha para a bagunça que


ele fez. “Não o sexo, Winter. A parte desprotegida disso.”

Oh.

Ohhh.

Merda.

“Não posso engravidar.” Arfo. “Estou indo para a


faculdade.”

“Você estava gostosa pra caralho.” Ele resmunga. “Foi


preciso tudo de mim para sair. Outro segundo e...” Ele para, seu
olhar endurecendo. “Deveria ter revestido o meu pau.”

“Sinto muito.” Murmuro.

Seu olhar é assassino. “Você sente muito? Baby sou o


idiota aqui. Não deveria ter feito isso.”

Meu corpo relaxa e solto uma lufada de ar. “Jesus, August!”


Grito. “Você assustou o inferno fora de mim. Pensei que você se
arrependeu... de nós.”

Ele sai da cama e agarra meus quadris. Puxando-me para a


borda, ele balança a cabeça lentamente. “Arrependo-me de quase
foder seu futuro. Mas certamente não me arrependo de foder
você.”

Seu pau, ainda molhado do gozo, desliza entre os lábios da


minha buceta contra o meu clitóris, mas ele não entra no meu
corpo. Quando tento me contorcer para incitá-lo, ele ri e se
afasta. Ele agarra seu pau e bate na minha buceta de uma
maneira irritantemente provocante.

“Posso dizer que sua necessidade pelo meu pau será um


grande problema, Winter safada.” Diz com um sorriso. “Então
você colocará sua linda bunda tomando pílula para que eu possa
entrar em sua buceta apertada a qualquer momento.”

Rio de suas palavras possessivas. “Você acha que faremos


isso de novo, hein?”

Ele me puxa para ficar de pé. “De novo e de novo. Você está
presa comigo. Deveria ter pensado nisso antes de provocar seu
pai para que você fosse enviada para mim.”

Recuo com as palavras dele. “Não o provoquei.”

“Oh, vamos lá, baby.” Ele diz em um tom frio. “Nós dois
sabemos que seu pai é uma marica. Ele nunca a deixaria ir de
bom grado.”

Uma onda de raiva me atravessa e o empurro de mim. “Vá


se foder, August.”

Seus olhos se arregalam com a minha repentina explosão.


“Acabei de fazer isso, baby. Melhor foda que você já teve.”

O empurro de novo, mas a gigantesca estátua dura de um


homem mal se move. Raiva queima através de mim e bato no
peito dele. Bato e bato e bato. Lágrimas queimam em meus olhos
enquanto grito com ele. Um soluço alto e embaraçoso me
engasga, o que me irrita ainda mais. Minhas unhas o arranham e
é isso que o dispara. Sua mão vai para a minha garganta,
apertando até que ele me afasta, para longe do alcance.

“Qual. É. A. Porra. Do. Seu. Problema?” Suas palavras são


pontuadas e ardentes.
“Não o provoquei.” Sufoco com minhas lágrimas deslizando
sem vergonha. “Não o provoquei.”

Ele solta meu pescoço e me puxa em um abraço


esmagador. Apego-me a ele desesperadamente, ansiosa pelo
conforto. Seus dedos correm pela minha espinha, enviando
arrepios através de mim.

“Shhh, baby”, ele murmura. “Sinto muito. Diga-me o que


aconteceu.”

Quando não respondo, ele se afasta e pega minha mão. Sou


puxada atrás dele enquanto ele se dirige para o banheiro. Ele liga
o chuveiro e então me traz junto sob o jato quente. Fico embaixo
da água, chorando miseravelmente e sentindo pena de mim
mesma enquanto ele me lava. Isso só me faz chorar mais. Uma
vez que ele se lava, aperta minha mandíbula e inclina meu rosto
para cima. Distribui beijos doces em todo o meu rosto, acalmando
a dor no meu peito.

“Diga-me o que aconteceu.” Ele murmura com preocupação


gravada em suas feições. “Deixe-me melhorar isso.”

Minha garganta está rouca de tanto chorar, mas consigo


arrancar minhas palavras. “E... ele ficou do lado de Jackie, como
de costume, e eu me cansei disso. Ela é uma cadela louca,
August. Você, de todas as pessoas, sabe disso.”

Sua mandíbula endurece. “Eu sei. Aturei muito no final do


nosso casamento com a nossa filha. Olhando para trás, a traição
foi um choque, mas a decadência do casamento, não. Ela era
uma cadela egoísta.”

“Bem, ela me odeia.” Digo a ele amargamente. “Desde…”

Ele franze a testa. “Desde quando?”

“Não muito tempo depois que nos mudamos para a casa


dela, ela mexeu no meu telefone. E encontrou um monte de fotos
que roubei de você. Era uma coisa de adolescente boba. Desenhei
corações nas fotos. Era óbvio, minha paixão por você.” Digo com
um suspiro pesado.

Suas sobrancelhas se aprofundam juntas. “Continue.”

“Ela gritou comigo. Papai não tinha chegado em casa do


trabalho e Callie estava no treino da torcida. Ela gritou e disse
que eu era uma prostituta. Que agora que você estava divorciado,
poderia me prostituir para você. Que você era como qualquer
homem, feliz por foder uma mulher jovem. Odiei como
transformou minha paixão adolescente em algo sujo e errado.
Você não é assim, August. Observei você por tanto tempo. Você é
bom e se importava profundamente com as pessoas que ama. Eu
queria fazer parte disso.”

Ele me puxa mais apertado e beija minha testa. “Você faz


parte disso.”

Meu coração gagueja no peito enquanto procuro seus


olhos. Seus olhos nunca mentem e essas poucas palavras que
significam tudo para mim são verdade absoluta. Isso me dá
coragem para continuar.

“E... ela excluiu tudo. Então, revirou meu quarto. Havia


uma selfie de mim e Callie, em que você intrometeu na foto.
Amava aquela imagem. Seu sorriso era tão grande e bonito.”
Engulo em seco e olho para longe. “Ela rasgou e me disse que eu
era nojenta.”

Ele rosna e me pressiona contra a parede fria de azulejos.


“Olhe para mim.” Ele exige. Meus olhos se voltam para os dele.
“Você não é nojenta. Ela te envergonhar por você ter uma paixão
por um homem mais velho é nojento. Como ela tratou você é
nojento.”

Seus lábios pressionam os meus docemente e então ele


espera que eu continue.

“Bem, daquele ponto em diante, estávamos sempre


brigando. Cada coisinha que eu fazia, ela tinha um problema.
Papai tentou me defender, mas ela sempre tinha um jeito de
manipulá-lo para ver do jeito dela. Quando era apenas meu pai e
eu, estávamos felizes. No momento em que ela arruinou tudo, ele
me arruinou.” Engulo as lágrimas. “Outro dia eu fiquei farta. Ela
estava dizendo coisas terríveis sobre você. Sobre que homem você
era agora, fodendo qualquer coisa que anda. Que você estava
passando por uma crise de meia idade estereotipada e ela estava
envergonhada de você. Ela e meu pai riram. Fiquei furiosa. Como
ousam te destruir e depois continuar a zombar de você?”

Ele olha para mim, mas não com fúria direcionada a mim.
Para eles. Aquece meu coração.

“Disse a eles que estávamos dormindo juntos.”

Seu queixo cai. “O que?”

“Disse a eles que precisavam te deixar em paz porque a


única mulher que você fode sou eu.” Solto uma gargalhada. “Dei
alguns detalhes muito gráficos de todas as coisas obscenas que
você fazia comigo.”

Ele sorri e beija o canto da minha boca. “É mesmo?”

“Vamos apenas dizer que Jackie teve um ataque. Quebrou


todos os tipos de merda enquanto tinha um colapso. Papai ficou
furioso, mas fiquei feliz por eles verem como era a sensação de
traição. Foi tudo mentira, mas, August...” Digo, sorrindo
maldosamente. “Os fiz acreditar. Os fiz acreditar em cada
palavra.”

Acho que provoquei meu pai como August disse. Ainda


assim, dói que ele me expulsou.

Seu resmungo me faz rir e seus lábios pressionam beijos ao


longo do meu queixo ao meu ouvido. A água continua a cair sobre
nós. Ele morde meu lóbulo da orelha antes de sussurrar: “Parece
que precisarei conhecer cada detalhe obsceno.” Ele morde meu
lóbulo da orelha com mais força, fazendo meus mamilos
endurecer em resposta. “Preciso saber para podermos reviver
tudo. Não quero que minha querida pequena Winter seja uma
mentirosa.”

Ele agarra minha bunda e me levanta. Seu pau duro


esfrega contra o meu clitóris de uma maneira provocante.

“Você me foderá no chuveiro?” Provoco. “Depois do seu


pânico sobre um bebê mais cedo?”

Seus dentes trancam no meu pescoço e grito. “Não tive um


pânico de bebê.”

“Você meio que teve.” Provoco.

“Estou preocupado com seu futuro.” Ele resmunga,


beliscando minha pele.

“Pensei que os homens mais velhos tivessem controle.”

A minha mais recente provocação o enlouquece. Ele agarra


seu pau, alinhando-o contra o meu centro escorregadio, e então
ele entra em mim. Não é nada doce.

“August!” Grito, minha cabeça batendo contra a parede.

“Você brinca com fogo, baby. É como se você quisesse se


queimar.”

“Simmm.” Gemo.

Ele investe contra mim de uma maneira que é quase


dolorosa. Mas amo isto. Amo o jeito que ele me consome
completamente.

“Toque seu clitóris.” Ele ordena. “Quero que você goze e


ordenhe meu esperma fora de mim. Entrarei tão profundamente
dentro de você, que você estará grávida antes que seus pés
atinjam o chão.”
Agarro seu cabelo e o puxo de volta, avisando-o com meus
olhos. Ele simplesmente sorri. Idiota.

“Toque-se. Agora.”

Reviro meus olhos em sua ordem, mas depois começo a


massagear meu clitóris. Nossos olhos estão fixos em uma batalha
acalorada de vontades. Ambos sabemos que ele vencerá, mas
gosto de fazê-lo sentir que pode perder o controle e esquecer.
Aparentemente ele gosta de me ver contorcendo, sabendo que
absolutamente não preciso engravidar tão cedo.

Mas um dia…

Olho para o homem mais bonito que já vi. Ele pode ter
ficado recentemente atraído por mim, mas fui totalmente
obcecada por ele há anos. Já o amo. Um dia, espero que ele
também possa me amar. Espero que possamos evoluir a faísca
entre nós e mantê-la queimando por anos.

E então... um dia.

Um dia poderemos ter um bebê.

Seu olhar de olhos verdes queima em mim, mas é como se


ele pudesse ver dentro da minha cabeça. Isso não o assusta. Um
entendimento mútuo.

Um dia, mas não agora.

Meu orgasmo me surpreende e estremeço em seus braços.


Ele grunhe antes de retirar seu pau. Seu punho empurra o
comprimento e, em seguida, seu jorro quente espirra na minha
barriga.

“Você tirou.” Digo, imitando um beicinho.

Ele ri. “Menina má.”

“Gosto que você bata em mim.” Provoco.


Suas feições ficam sérias enquanto ele me desliza para os
meus pés. Ele embala meu rosto com as palmas das mãos e
encosta a testa na minha. “Você nunca esqueça de nós juntos.”

Balanço minha cabeça. “Nunca.”

“Bom.” Ele resmunga. “Porque agora, nunca deixarei você


ir.”

“Promete?”

“Prometo.” Ele me beija suavemente. “A pequena Winter


durona e má ficando suave comigo?” Ele brinca.

“Apenas com você.” Sorrio para ele.

“Boa garota. Para o inferno com o resto do mundo. Tenho


você agora.”

Mal consigo ficar acordada na aula. August me manteve


acordada até tarde da noite ultimamente — não que esteja
reclamando — mas porra, é difícil focar nas palestras do
professor. Mal posso esperar até terminarmos as finais e
conseguir uma pausa para o Natal.

Sinto olhos em mim e olho de volta para uma garota que


conheço como Jenna. Dizem que ela é uma criança adotiva. Meu
pai me expulsou há pouco tempo e tenho lutado com minhas
emoções. Não posso nem começar a imaginar como ela se sente.
Ela nunca teve pais. Isso me faz sentir falta de meu pai ainda
mais.

Suas sobrancelhas se juntam quando me pega encarando.


Rapidamente, olho para longe e de volta para o meu telefone.
Quase esqueço dela enquanto tento tomar boas notas para que
possa estudar mais tarde quando o professor começa a
enlouquecer. É a coisa favorita dele.

“Detenção, senhorita Pruitt.” O professor grita com sua


carranca irritada por uma vez não dirigida a mim. “Depois da
escola.”

Viro para ver Jenna olhando para ele em choque. “O... o


que?”

“Você parece pensar que rir na minha classe e depois


dormir é aceitável. Não na minha aula.” Ele grita antes de voltar
para sua aula.

Deus, ele é tão idiota.

Pobre Jenna parece que nunca teve uma detenção em sua


vida. Seu lábio inferior treme enquanto as lágrimas ameaçam.

“Você está bem?” Sussurro.

Ela assente e morde o lábio para não chorar. Somos salvas


felizmente pelo sino. Rabisco meu número no canto de uma folha
do caderno e a destaco. Seus olhos verdes se arregalam de
surpresa quando a entrego para ela. No meu caminho para fora, o
professor olha para mim. Evito, por pouco, de acertar sua bunda.

O cara precisa de uma soneca.

Talvez não seja a única que tem alguém os mantendo


acordados até tarde da noite.
CAPÍTULO CINCO

August

Olho para o meu e-mail. É do Tony. Irrita-me demais que


ele esteja me contatando em vez de falar com Winter. Apesar de
seu exterior duro, ela está sofrendo por dentro. Claro, ela tem a
mim para ajudar a cuidá-la, mas a mágoa do que Jackie e Tony
fizeram ainda é uma ferida nova e sangrenta. Com um grunhido
de aborrecimento, abro o e-mail.

August,

Sei que você provavelmente não quer ouvir o que tenho


a dizer, mas direi assim mesmo. Por favor, não a machuque.
Sei que você odeia minha fodida bunda pelo que Jackie e eu
fizemos com você, e entendo isso completamente, mas não
jogue isso em cima de Winter. Callie falou que ela está com
você. E apesar do que Winter disse sobre vocês dois terem
um relacionamento, não acredito nisso. Ela sempre foi de
dizer algo estranho para conseguir uma reação. Sei que ela
sempre teve uma paixão por você e provavelmente gostaria
que fosse verdade. Você deixar que ela fique com você não é
apenas bondade do seu coração ou um favor para Callie. É
uma vingança. E enquanto Jackie e eu merecemos tudo que
você deseja para nós, por favor, não machuque Winter.
Imploro a você. Isso tudo se acalmará e quando Winter se
desculpar com Jackie, tenho certeza de que tudo voltará ao
normal. Apenas não destrua minha filha no processo. Ela é
jovem e impressionável. Não como uma das suas parceiras
de foda. Imploro a você.
Tony

Fúria cresce dentro de mim. Há milhares de coisas que


quero dizer a ele. Cada uma delas é odiosa e cruel. Até mesmo
provocante. E se fosse alguém além de Winter, deixaria que ele o
tivesse. Mas algo sobre ela me faz querer protegê-la de tudo... até
mesmo de uma guerra entre seu amante e seu pai. Ela não
merece nem mesmo ser mencionada como se fosse um brinquedo
de foda.

Ela não é.

Ela é minha.

Rapidamente digito minha resposta.

Tony,

Winter tem um teto sobre a cabeça, comida no


estômago e apoio emocional. Mais do que seu pai está
disposto a dar. Não me mande um e-mail novamente, idiota.

August

Teria sido divertido dizer a ele que ela acabou de sair do


meu escritório depois de me visitar para o almoço e chupar meu
pau debaixo da mesa. Ou como a fodi com força no chuveiro esta
manhã. Mas o que Winter e eu compartilhamos é nosso, não
algum insulto a ser jogado no merda do seu pai.

“Miller.” Uma voz profunda ressoa.

Olho para cima do meu computador e tento esfregar a


frustração do meu rosto com a palma da mão. “O que?”

Dane Alexander, meu amigo e sócio da firma, entra no


escritório, fechando a porta com uma sobrancelha levantada em
divertimento. Ele está acostumado comigo sendo um idiota. Por
alguma razão, ele continua aguentando minhas maneiras idiotas.

“Sobre o que você está tão feliz?” Exijo, irritado por ele estar
sorrindo quando estou chateado pra caralho agora.

Ele levanta as palmas das mãos e ri. “Recolha as presas,


psicopata. Alguns de nós estamos transando muito e estou
orgulhoso disso.”

Animo com as notícias. “Você está pegando uma bunda?”

Suas bochechas tingem levemente de rosa. “Estou.” É tudo


o que ele diz, mas sinto que há mais.

“Humm.” Junto meus dedos e me inclino para frente,


descansando meus cotovelos na minha mesa. “Se importa em
compartilhar?”

Ele sorri. “Não.”

“Então por que você está no meu escritório parecendo


orgulhoso como merda?”

“Estou te salvando.”

“Salvando?”

“De Jackie.”

Estremeço com o nome dela. “O que?”

“Ela apareceu há poucos minutos, mas disse a ela que você


estava no meio de um grande caso. Então vim aqui.” Ele dá de
ombros. “Você me deve.”

Rangendo meus dentes, me inclino para trás na cadeira e


puxo minha gravata. “Por que diabos ela está aqui?”

“Não sei.”
Winter.

Tem que ser algo sobre Winter.

A única vez que falei com Jackie foi através de Callie. Ela
me manda mensagem algumas vezes pedindo dinheiro para
viagens e merda para nossa filha, mas nunca respondo. Apenas
dou a Callie o que ela precisa. Odeio Jackie. Não há nenhuma
razão para ela estar aqui para falar comigo além de me fazer
sentir como merda sobre receber Winter. Conheço minha ex-
esposa bem o suficiente para saber que está com ciúmes. Posso
não ser mais seu, mas ela ainda deve sentir como se tivesse um
direito sobre mim.

“Como está Callie?” Ele pergunta enquanto envia


mensagens para alguém, seus olhos na tela.

“Bem. Ela está no Colorado com o namorado e a família


dele.”

“Landon, filho de Teddy Englewood?”

“Sim.” Resmungo. “Ele é um bom garoto. Os dois garotos de


Englewood são.”

Landon é o jogador de futebol e minha filha é líder de


torcida. Eles são exatamente como Jackie e eu no passado. A
diferença é que minha filha não é uma puta traidora. E se Landon
a machucar... Matarei o filho da puta.

“Como vão os seus casos? Já que estou aqui, podemos


realmente trabalhar.” Dane diz, colocando o telefone na minha
mesa.

Passamos a próxima meia hora passando por alguns casos


complicados. Uma vez que ele decidiu que Jackie não é mais uma
ameaça, me deixa no meu trabalho. Winter e eu trocamos
mensagens ao longo do dia. Já que agora são as férias de Natal,
ela tem assistido episódios antigos de Criminal Minds e vem me
dando uma explicação sobre o que é realista e o que não é. É fofo
o quanto ela analisa esse programa idiota.

Dezessete horas chegam e estou pronto para dar o fora do


trabalho para que possa levar minha garota para jantar. Pego e
visto meu casaco antes de sair do escritório. As pessoas nem se
incomodam mais em acenar. Sou um idiota com todos. Nem me
importo. Estou saindo do elevador na garagem do prédio quando
a sinto imediatamente.

Arrepio ao ver Jackie encostada no meu Jaguar como se


fosse dona dele. Não, ela levou seu precioso Mercedes após o
divórcio e meu Audi. Desde que seu argumento era que Callie
precisava de um carro, cedi. Acabei comprando meu Jaguar mais
tarde, então não posso dizer que estou irritado por isso. O que me
irrita é o fato de ela estar aqui e me perseguir.

“O que?” Grito conforme me apresso em direção ao meu


carro, apertando o botão no chaveiro. “Você tem trinta segundos
para dizer o que você precisa.”

Ela parece a Jackie que lembro. Cabelo castanho escuro e


elegante. Olhos azuis brilhantes. Tudo nela é comprado e pago,
inclusive seus seios. Alto custo de manutenção pra caralho.
Espero que Tony esteja aproveitando cada segundo de sua bunda
horrível.

“Precisamos conversar. Você não pode sair correndo. Isso é


importante.” Ela interrompe.

“Sobre Callie?” Pergunto, virando meu olhar gelado em sua


direção.

Ela se endireita. “Callie está perfeita. Como sempre. É...


ela.”

Minha sobrancelha arqueia e cerro os dentes. “Quem?” Sei


quem. Quero ouvi-la dizer o nome dela.

Ela franze os lábios antes de soltar um bufo. “Winter.”


Seu nome envia uma onda protetora quente queimando em
minhas veias. “O que sobre Winter?”

“Ela é problema, August.”

Solto uma risada dura. “Ela é filha do seu marido.”

“Isso não muda o fato de que é problema.” Ela retruca.


“Escute-me. Ela tem uma daquelas paixões esquisitas de homem
mais velho por você. Sei disso há anos. Aquela garota é do tipo
que afunda suas garras e enlouquece se você não lhe der o que
quer. Se você foder Winter, você será fodido. Escreva minhas
palavras.”

“Isso é tudo?” Resmungo minhas palavras frias.

“Não.” Ela grita. “Não é tudo. Estou tentando te avisar aqui.


Ela ficará obcecada por você. Mais do que já é. A próxima coisa
que você sabe, ela estará grávida. Essa garota sem valor te
drenará por tudo que você tem.”

Com isso, zombo. “Parece que sua madrasta pode ser a


melhor professora para isso. Embora...” Digo enquanto abro a
porta do meu carro. “Ela pode estar muito atrasada. Já tive uma
cadela frígida me drenando de tudo que possuo.”

“August Miller!” Ela grita seus lábios gordos abertos em


choque com as minhas palavras.

“Vá se foder, Jackie. Deixe-me em paz. Você já destruiu


minha vida uma vez. Não deixarei você fazer isso de novo.”

Quando atravesso a porta da frente, Winter não está em


lugar algum. Caminho pelo apartamento em desesperada
necessidade de foder para acabar com irritação. Ela não está no
quarto de Callie ou na sala de estar. Apenas quando empurro a
porta do meu quarto é que paro no meu caminho.
Um lindo maldito anjo.

Foda-se Jackie por insinuar o contrário.

O cabelo ruivo de Winter está começando a desbotar um


pouco desde que ela está aqui. E enquanto é fofo nela, gosto de
ver sua cor castanho natural retornar. Ela está vestindo uma das
minhas camisetas e minha calça de moletom junto com um par
de meias de néon brilhante. Mas o que faz meu coração tropeçar
no peito é como ela parece certa e doce na minha cama. O tempo
todo essa garota abre a boca e gosta de me provocar, mas no final
das contas, ela é apenas uma menina doce que precisa de um
bom homem para cuidar dela.

Puxo minha gravata e tiro meu casaco. Enquanto pego os


botões da minha camisa, ela se mexe, mas não acorda da soneca.
Deixo minha camiseta, mas tiro os sapatos e calça. A lâmpada de
cabeceira está acesa, mas o resto do quarto está escuro. Rastejo
na cama ao lado dela e como seu corpo conhece o meu mesmo em
seu sono, ela enrola um braço sobre o meu peito. Passo meus
dedos pelos seus cabelos macios e inspiro seu aroma de canela
que tem permeado cada centímetro da minha casa.

Tony precisa pensar muito sobre o que fez. Nunca afastaria


Callie em um milhão de anos. Não me importo se ela estivesse
sendo um pouco como sua mãe. Nunca. Ela. É. Minha. Filha.
Como no inferno ele escolheu aquela vadia sobre Winter está
além de mim.

Meu sangue começa a ferver novamente. Em um esforço


para me acalmar, pego o romance na mesinha de cabeceira. É um
lançamento de Stephen King e, em logo estou envolvido na
história. Atravesso vários capítulos antes de me distrair
novamente.

Jackie precisa ficar bem longe de mim. Ainda não posso


acreditar que tive que lidar com sua bunda triste hoje agindo
como se estivesse me fazendo um favor. É muito triste que ela se
sinta ameaçada por Winter. Sua insegurança foi o começo de sua
morte e a queda final de nosso casamento.

“O livro deve ser assustador. Você está rosnando.” Winter


diz sonolenta, seu polegar esfregando círculos no meu peito
através da minha camiseta.

Jogo o livro na mesa de cabeceira e brinco com um fio de


cabelo dela. “Muito assustador.” Digo inexpressivo.

Ela bufa. “Mentiroso. O que há de errado?”

Um suspiro passa pelos meus lábios. “Seu pai me mandou


um e-mail.”

“Oh?” Seu corpo inteiro fica tenso. “O que ele disse?” Uma
pausa e depois um bufo. “Na verdade, não. Esqueça. Não quero
saber.”

“Sua madrasta malvada passou pelo escritório também.”

Ela se senta e fogo ilumina seus olhos castanhos. “O que


ela queria?”

Segurando seu rosto, admiro os traços perfeitos. “Para me


avisar para ficar longe da tempestade má Winter que invadiu
minha vida.”

Seus olhos reviram com tanta força que podem cair. Rio de
suas travessuras.

“Cuidado.” Ela resmunga. “Sou terrível. Já fui rejeitada por


uma família.”

Aperto seus quadris e a puxo através do meu colo. “Não fale


assim.”

Um pequeno tremor no lábio inferior é o único sinal de seus


sentimentos feridos. Então, ela range os dentes e endurece suas
feições. “É verdade.”
“Não é e não gosto quando você os deixa fazer você se sentir
assim. Você é melhor que esses idiotas, querida.”

Ela se inclina para frente e a abraço no meu peito. Seu


corpo relaxa contra o meu. Lágrimas silenciosas encharcam
minha camisa. Não digo as palavras novamente. Ela sabe que é
verdade.

Depois que não está mais fungando, puxo uma mecha de


seu cabelo. “Você já acabou de chorar?”

“Não estava chorando.” Ela argumenta em seu tom de


costume.

“Bom, porque não gosto quando minha garota chora. Faz


com que eu queira chutar alguns traseiros. Estou velho demais
para chutar traseiros.” Beijo o topo de sua cabeça. “Vamos.
Vamos levantar e sair. Estou com fome e você não sabe cozinhar.”
CAPÍTULO SEIS

Winter

“Você é um pau tão grande.” Resmungo e o empurro


quando chegamos perto da porta da frente, fazendo-o derrubar as
chaves.

Ele ri enquanto se inclina para pegá-las. “Ainda bem que


você gosta de pau, hein?”

Balanço minha bolsa em sua direção e ele se esquiva.


“Estou ficando melhor em cozinhar.”

“É mesmo? Então, por que estamos saindo para jantar pelo


terceiro dia consecutivo? Hum, baby?” Ele sorri para mim. Isso
me faz querer dar um tapa nele e beijá-lo simultaneamente para
que ele continue. Pequeno idiota.

“Estamos lançando insultos agora? É assim que será?”


Desafio, levantando uma sobrancelha. “Por que não falamos
sobre como os velhos precisam descansar entre...”

Sua mão cobre minha boca enquanto me apoia em sua


porta. “Sei que você não estava prestes a dizer que não consegui
te fazer gritar alto o suficiente para o andar inteiro deste prédio
ouvir.”

“Mmphk”, tento e não consigo chamá-lo de filho da puta.

“Porque...” Ele resmunga sua boca mergulhando no meu


ouvido e sua respiração me fazendo cócegas. “Não quero ter que
te lembrar como estou sempre pronto quando se trata de você.”
Ele pressiona sua impressionante e extremamente dura ereção
contra minha barriga. “Sempre pronto.”
Ele morde meu lóbulo da orelha e um arrepio me atravessa.
Sua mão desliza da minha boca e seus lábios a substituem.
Deslizo minhas palmas em seu peito sobre o casaco, beijando-o
freneticamente. O homem está certo. Às vezes sou eu quem não
consegue acompanhá-lo. Ele me desgasta e sonecas são minhas
amigas agora. Para uma garota que normalmente não consegue
desligar sua mente, ele com certeza sabe como acionar o
interruptor.

“Quando te pegar lá dentro...” Ele murmura. “Vou te foder


naquela mesa da cozinha que provavelmente nunca mais
usaremos de novo.”

Não posso deixar de rir. Ele gosta de me dar merda sobre


eu cozinhar, mas o babaca não é melhor nisso. Seu sorriso contra
meus lábios derrete meu coração.

As chaves tocam e ele as derruba novamente. Antes que ele


possa me soltar para pegá-las, a porta se abre por dentro. August
e eu caímos dentro do apartamento. Minha bunda bate no chão e
a respiração é arrancada de mim quando ele pousa em mim.

“O que...”

“Papai?”

August se levanta desajeitadamente e agito minha cabeça


para olhar minha melhor amiga.

“Callie.” Grito e tomo a mão oferecida por August. Ele me


puxa para cima, mas não me solta, embora eu tente puxar minha
mão de seu aperto.

Os olhos de Callie descem para onde nossas mãos estão


unidas e sua boca se abre. “Eca, não.” Seu olhar se dirige para o
de seu pai. “Papai, me diga que não. Nojento.”

“Não é nojento, querida.”

Ela se vira e corre para o quarto. Um segundo depois, todas


as janelas do apartamento tremem quando ela bate a porta.

August recua antes de pegar as chaves do chão, fechando a


porta do apartamento e trancando-a. “Não sabia que ela já estaria
de volta do esqui.”

“Nem eu.” Franzo a testa enquanto lanço minha atenção


pelo corredor até a porta de Callie.

“Eu deveria falar com ela.” Ele resmunga enquanto joga as


chaves na mesa de entrada e começa a tirar o casaco.

Colocando minha palma em seu peito, balanço minha


cabeça. “Ela te ama, não importa o quê. Mas eu? Preciso deixá-la
saber que não estou apenas fodendo o pai dela para provocar a
mãe.”

Ele se inclina e planta um beijo na minha testa. “Sim? Por


que você está fodendo com o pai dela então?”

Porque o amo.

Desde que tinha dezesseis anos.

“Porque realmente gosto muito dele de verdade. Quero ficar


com ele.” Digo em vez disso.

Meu belo advogado enxerga através da minha manipulação


da verdade. Seus olhos verdes escurecem conforme seus lábios se
estreitam em uma linha firme. “Winter...”

Não te amo garota.

Não olhe para mim como você está olhando.

Você é uma aventura de inverno para mim.

Desde que Jackie foi ao seu escritório no outro dia, não


consigo tirar sua bunda má da minha cabeça. Sempre que me
sinto baixa ou como se não fosse mulher o suficiente para um
homem como August Miller, é ela dentro da minha mente.
“Apenas deixe-me falar com ela.” Digo levemente,
acariciando seu peito firme. “Tentarei melhorar as coisas.”

Ele me puxa e me aperta em um abraço apertado. Não


tenho certeza se está dando o abraço ou tomando um que
precisa. De qualquer maneira, me apego desesperadamente a ele.
Seus dedos acariciam meu cabelo e ele beija o topo da minha
cabeça.

“É uma coisa boa que você seja uma cozinheira de merda.”


Ele diz brincando. “Porque aqui estava começando a pensar que
você era perfeita.”

Rio e dou-lhe um empurrão. “Serei a melhor cozinheira um


dia e você terá que comer suas palavras.”

Deixando-o tirar o casaco, corro para o quarto de Callie.


Tiro minhas botas, meu casaco e, em seguida, entro em seu
quarto. Ela está sentada em sua cadeira girando para frente e
para trás enquanto digita rapidamente em seu telefone.

“Ei.” Saúdo.

Ela solta um suspiro, mas não olha para mim. “Ei.”

Caminho até ela e arranco seu telefone de suas mãos antes


de jogá-lo na cama. “Olhos aqui em cima, princesa.”

Ela mostra a língua e, bem assim, tenho minha melhor


amiga de volta. “Por que meu pai?” Ela resmunga, mas há derrota
em sua voz.

Sento na beira da cama e dou de ombros. “Porque sempre


foi ele para mim.”

Suas sobrancelhas franzem enquanto olha para mim. “Você


parece feliz. Estava preocupada que as coisas fossem ruins, mas
você está feliz.”

Um sorriso genuíno puxa meus lábios. “Estou feliz. Ele me


ajuda a não pensar sobre...” Paro e emoção faz minha voz ficar
rouca. “Meu pai.”

“Sinto muito que te expulsaram.” Callie diz.

“Estou bem.”

Ela revira os olhos. “Posso ver isso. Ainda é nojento para


mim.”

“Seria estranho se não fosse.” Digo com uma risada. “Vá


com calma com seu pai. Isso não é uma aventura, ok?”

Seus olhos são duros e implacáveis, um lembrete do olhar


frio de Jackie, mas ela deve ver o que está procurando porque
suaviza. “Tudo bem.”

“Agora me fale sobre o Colorado.” Digo enquanto tiro meu


suéter e caço através de sua cômoda por uma camiseta. “Você
voltou cedo.”

“Lauren não estava se sentindo bem, então voltamos.


Landon não estava feliz porque não estávamos conseguindo
algum tempo de qualidade sozinhos, mas o que podíamos fazer?”

Visto a camiseta e depois caio em sua cama. Callie e a irmã


de Landon, Lauren, ficaram muito mais próximas desde que ela
começou a namorar com Landon. Vi Lauren por aí, mas nunca
falei com ela. Ela parece legal, no entanto. “Você e Landon estão
sérios?”

Ela sorri. “Casaria com ele hoje se me pedisse. É claro que


ele não vai fazer isso porque quer deixar seu pai orgulhoso e tirar
a faculdade do caminho antes de se estabelecer. Mas nos
amamos.”

“Isso é realmente incrível, Callie.”

Conversamos sobre bobagens por algumas horas até


August bater na porta. Ele torce a maçaneta e empurra para
dentro. Seus olhos preocupados estão em Callie, mas sua atenção
se volta para mim por um momento. Dou a ele um sorriso
tranquilizador.

“Você já acabou de me punir?” Ele pergunta enquanto


entra no quarto parecendo bom o suficiente para comer, vestindo
calças esportivas e uma camiseta justa.

“Tecnicamente, ainda estou te punindo por causa daquele


Natal que você me disse que não ia ganhar um pônei.” Ela diz.

Ele ri e a puxa em um abraço. “Comprei um Mustang para


você quando você destruiu meu Audi neste verão. Tecnicamente,
estou livre dessa. Pônei? Mustang? São a mesma coisa.”

“Tanto faz papai.”

E bem assim, tudo está de volta ao normal.

“Você acha que papai gostaria dessa?” Callie pergunta


enquanto segura uma gravata cinza escura.

Balanço minha cabeça e aponto para a rosa em sua outra


mão. “Ele está mais em contato com seu lado feminino.”

Ela bufa. “Não vou comprar uma gravata rosa para ele.”

“Tudo bem.” Digo com uma risada. “Eu vou.” Arranco a


gravata rosa da mão dela. Vamos até o balconista para pagar
nossas compras. “É muito difícil comprar pra ele.”

“Não me diga.” Ela resmunga. “Nós duas estamos


comprando gravatas. Que chato é isso?”

Não digo a ela que consegui alguns outros presentes de


Natal para ele que são um pouco mais significativos. Como um
livro de receitas para solteiros e vários romances de Stephen
King, já que ele parece ser um grande fã. August é realmente
difícil de presentear. Mas gosto de um desafio.
Pagamos pelas nossas aquisições e acabamos passando as
próximas horas fazendo compras. Estou completamente esgotada
quando ouço a voz dela.

Jackie

Vim com Callie em seu Mustang, então a repentina vontade


de fugir é inútil, considerando que não tenho para onde ir. Tudo o
que posso fazer é olhar para o chão.

“Aqui, querida.” Jackie diz a Callie. “Basta pegar um do seu


tamanho enquanto estou aqui. Então, embrulharei debaixo da
árvore. Esperarei aqui e darei uma rápida palavrinha com
Winter.”

Congelo com suas palavras. Callie murmura que volta logo.


No momento em que ela se foi, Jackie se agita.

“O que você está fazendo?” Ela sussurra, chegando perto o


suficiente para que seus sapatos de couro Louis Vuitton
apareçam.

Calor sobe pelo meu pescoço. Odeio que essa mulher


sempre faça eu me sentir como se fosse de alguma forma uma
barata invadindo sua vida. “Compras.” Digo, levantando a cabeça
para encontrar seu olhar.

Ela franze os lábios e noto as minúsculas rugas se


formando ao redor de seus lábios. Onde August parece ficar
melhor com a idade, Jackie apenas parece velha.

“Sempre tão espertinha.” Ela diz.

“O que você quer?” Consigo manter o tremor fora da minha


voz. É bom me posicionar contra essa mulher.

“Quero que você pare de se intrometer na vida de Callie.


Entendo que você despreze a mim e seu pai.” Ela pausa, me
capturando em seu olhar gelado. “E o sentimento é mútuo.”
Desta vez, recuo em suas palavras. Um sorriso satisfeito aparece
em seu rosto. “Mas não terei você destruindo o relacionamento da
minha filha com o pai dela.”

Cerro meus dentes, desesperadamente segurando minhas


palavras. “Tenho que ir.”

“Você não pode fugir disso, Winter.” Ela grita para mim.
“Sei que você está fodendo meu ex-marido e isso precisa parar!”

Vários fregueses riem da miniguerra que acontece no meio


do shopping. Não posso fugir rápido o suficiente. Sua voz, porém,
parece me seguir como um mau presságio.

“Ele se cansará de dormir com você e depois vai seguir para


a próxima mulher! Você não é especial, querida. Você não é
especial!”

Lágrimas de ira queimam meus olhos enquanto desapareço


na multidão. Pego meu telefone e envio uma mensagem para
August vir me buscar. Então, envio outra para Callie dizendo a
ela que pegarei uma carona sozinha. Nos vinte minutos
seguintes, me escondo na Dillard até que recebo uma mensagem
dizendo que August está lá fora.

Correndo do shopping, estou muito feliz em ver o seu


detestavelmente bonito Jaguar estacionado bem na frente. Ele
abre o porta-malas para mim e coloco minhas sacolas nele. A
porta é aberta por dentro. Deslizo para o banco da frente e fecho
a porta um pouco furiosa demais.

“Você está bem?” Ele pergunta, sem fazer nenhum


movimento para partir.

Assinto, odiando que as lágrimas que estão ameaçando.

“Callie está bem?”

Assinto de novo. “Ela provavelmente está fazendo compras


com a mãe agora.”

Essas palavras o fazem xingar baixinho. Ele coloca o carro


na vaga e, em seguida, estende a mão para pegar minha mão.
Mordo meu lábio inferior para não chorar. Felizmente, ele entende
minha necessidade de silêncio. Em vez de ir para casa, me leva a
um bar.

“Não posso entrar.” Resmungo.

“Quem disse?”

“Hum, a lei.”

“Você quer ser uma advogada um dia, querida?” Ele me


lança um sorriso malicioso. “Você aprende, a saber, quais leis
podem ser quebradas. Além disso, é um bar e grill. Você ficará
bem. Ninguém vai expulsá-la de lá. Se tentarem, acabarei com
eles.”

Solto uma risada. “Por que me excita quando você fica todo
alfa fodão?”

“Tudo o que faço te excita.”

Revirando os olhos para ele, saio do carro e vou em direção


às portas. Antes que possa abrir a porta, ele passa por mim para
agarrá-la. E abre para mim e depois bate na minha bunda como o
homem das cavernas que é. Dou-lhe um olhar mortal e ele
simplesmente sorri.

“Sentem-se em qualquer lugar.” O cara de trás do bar diz.

August agarra minha mão e me guia para uma cabine de


apoio alto. Ele me guia para dentro antes de deslizar ao meu lado.
Seu braço envolve ao meu redor e ele me puxa para perto. Deslizo
contra ele, fechando os olhos e inalando seu aroma reconfortante
enquanto ele finge olhar o cardápio. O barman vem tomar nosso
pedido, mas não presto atenção ao que ele pede. Uma vez que
estamos sozinhos de novo, ele beija o topo da minha cabeça.

“O que ela disse?” Ele exige.

“Coisas bobas e falsas.”


“Diga, Winter.”

Solto um suspiro pesado. Estou com vergonha de repetir


suas palavras.

Ele se cansará de dormir com você e depois vai para a


próxima mulher! Você não é especial, querida. Você não é especial!

“Ela acha que estou tentando destruir Callie através de


você. E então me avisou que sou essencialmente sua aventura de
inverno e você logo passará para outra pessoa.” Engulo a
amargura queimando minha garganta. “Ela disse que não sou
especial.”

Seus dedos deslizam no meu cabelo e ele me agarra


apertado. Gentilmente, inclina minha cabeça para que eu olhe
para ele. “Winter, quero que você me escute.”

Pisco rapidamente para ele para que não fique emocional


na frente dele. Novamente. “Ok.”

“Você. É. Especial. Pra. Caralho.”

Lágrimas vazam contra a minha vontade, queimando linhas


quentes pelas minhas bochechas. Ele beija a umidade na minha
pele e depois inclina a testa contra a minha.

“Nunca machucaria Callie.” Murmuro.

Ele se afasta e franze a testa. “Você sabe disso. Sei isso.


Callie sabe disso. Pare de deixar essa cadela entrar na sua
cabeça. Prometa que vai simplesmente ignorá-la, querida. Você é
mais forte do que qualquer mulher que conheço e está deixando a
mais fraca que conheço te atingir.” Ele alcança e enfia o cabelo
atrás da minha orelha. “Você é intocável, Winter. E é por isso que
ela não suporta você. Você é tudo o que ela não é.”
CAPÍTULO SETE

August

“Experimente.” Ela bufa, estendendo o biscoito suspeito


escuro e duro.

“Passo.” Resmungo.

Ela revira os olhos. “Está bom.”

Observo com diversão enquanto ela morde o biscoito e


mastiga alto. Está queimado demais, mas Winter tem tentado
assar em sua pausa de inverno. Até agora, ela é uma droga.

“Bom gosto, hum?” Provoco.

“Fabuloso.” Ela mente. “Você está realmente perdendo.”

“Você quebrou um dente?”

Ela me mostra seu dedo médio. “Não, idiota, não está tão
duro.”

Minhas sobrancelhas levantam conforme me aproximo dela


e a prendo contra o balcão da cozinha, meus quadris
pressionando contra ela. “Peço desculpa, mas não concordo.
Parece muito duro para mim.”

“Coma meu biscoito e então você pode me comer.” Ela


desafia um sorriso malicioso em seus lábios.

“Você é malvada.”

Ela dá de ombros. “O biscoito tem um gosto bom.” Ela


murmura, lambendo algumas migalhas. “Mas eu tenho um gosto
melhor.”
Empurro o maldito biscoito na minha boca, meus olhos
queimando no dela. Tem um gosto melhor do que último lote e
ninguém morreu, ao contrário da última vez que pensei que iria.
Chamo isso de melhoria. Assim que engulo o último pedacinho,
ataco sua garganta com meus dentes.

“Pare!” Ela grita, me golpeando. “Nós temos aquela festa de


Ano Novo hoje à noite na sua firma. Não deixe chupões em mim,
August Miller!”

“É para isso que serve maquiagem, baby. Estou marcando


o que é meu.”

“Quero causar uma boa impressão.” Ela lamenta, mas


depois inclina a cabeça para o lado para oferecer sua garganta
doce e pálida para mim.

Chupo sua adorável carne. “Você vai naquele vestido


quente pra caralho que você comprou. Ninguém vai olhar para o
seu pescoço.”

Ela geme. “Ele é muito sexy.”

“Red Hot Winter. Você vai dar ereção em cada velho


naquele lugar. Quem precisa de Viagra quando você tem uma
mulher sexy com seios perfeitos em um vestido apertado e justo?”

“Você é nojento.” Ela geme, mas abre as pernas quando a


levanto.

“Você é nojenta por gostar de alguém tão nojento.”

Ela se afasta para garantir que tenha o efeito completo de


seu revirar de olhos. Rio enquanto ataco seu pescoço novamente,
moendo contra ela, desejando que não estivéssemos vestindo
tantas roupas. Agora que ela está segura com a pílula, a encho
com muita porra para compensar o tempo perdido.

Ela me chama de homem das cavernas.

Chamo-a de minha.
Nossas bocas se encontram para outro beijo quando
alguém bate na porta da frente. Solto Winter e franzo a testa.

“Você está esperando alguém?” Pergunto.

Callie está com Landon e ela não bate.

“Não. Você está?

“Não.” Belisco seus lábios e depois a solto. “Fique aqui.


Voltarei logo para terminar isso.”

Ela sorri para mim e imprimo esse sorriso em meu cérebro


para mais tarde, quando estiver deitado no escuro com aquela
linda garota ao meu redor, sempre sonhando com ela. A pessoa
bate na porta novamente e franzo a testa. Odeio visitantes. Giro a
fechadura e abro a porta. Estou em silêncio atordoado enquanto
encaro um par de olhos castanhos iguais aos dela. Mas esses
olhos castanhos pertencem a ele. Aquele que me traiu.

Tony Burke.

Minhas mãos se fecham em punhos e olho para ele. “Vá


embora.”

Sua mandíbula enrijece e ele olha para mim, tentando ver


meu apartamento. “Onde ela está? Onde está minha filha?” Ele
exige. E começa a passar por mim, mas bloqueio a porta.

“Ela está fora há semanas.” Digo friamente. “Semanas e


você acabou de decidir vir ver se ela está bem?” Enviar-me um e-
mail ou enviar sua esposa para meu escritório para fazer seu
trabalho sujo não é bom o suficiente.

Vergonha pisca em seus olhos. “Só quero falar com ela.”

O fogo que costumava queimar dentro de mim sempre que


tinha que ver o rosto deste fodido não está mais tão ardente
dentro de mim. Seria bom, claro, esmagá-lo com o fato de que
estou dormindo com a filha dele. Adoraria ver o jeito enfurecido
que seus olhos se iluminariam quando ele percebesse que ferrei
com ele de volta.

Mas então penso nela.

Isso causaria sofrimento desnecessário e estresse para


Winter. Assisti por semanas que antecederam a pausa de inverno
como ela escravizou seus livros, estudando muito. Uma vez que
sua pausa começou, ela começou a relaxar e se soltar. A pobre
garota esteve estressada além da crença. Nem quero pensar em
trazer mais conflitos em seu caminho.

“Não.” Digo. “Saia.”

“Mas ela é minha garotinha.” Ele diz pateticamente. Vejo


isso em seus olhos. Ele sabe que não estou apenas transando
com ela, estou a amando. Estou cuidando dela de um jeito que
ele nunca será capaz. De certo modo, ele desistiu quando a
mandou embora.

“Ela não é mais pequena. Ela é uma mulher brilhante e


forte. Se ela quiser falar com você, Winter irá até você. Direi que
você passou por aqui.” Começo a fechar a porta, mas ele para
com o pé.

Sua voz soa enquanto ela canta em voz alta “The Joker” da
Steve Miller Band. Minha garota ama seu rock clássico. Essa voz
dela não ganhará nenhum show do American Idol, mas conquista
meu coração toda maldita vez.

“Diga a ela que sinto muito.” Ele engole. “E, pelo que vale a
pena, obrigado por cuidar dela.”

“Sempre.” Com essas palavras, fecho a porta na cara dele.


Tranco e depois procuro por minha mulher. Ela está de pé no
forno, pegando um novo lote de biscoitos. Estes não estão
queimados. Amo o quão tenaz é sobre tudo na vida. Ansiosa para
dominar tudo. Mesmo algo tão simples como cozinhar.

“Hora de se arrumar.” Grito conforme vou atrás dela assim


que ela fecha o forno.
Ela esfrega sua bunda contra o meu pau através do
moletom enquanto usa uma espátula para colocar os biscoitos em
um prato. “Arrumar para que?”

A abraço por trás e enterro meu nariz em seu cabelo. “Para


mais.”

“Mais de nós?”

“Sou ganancioso.” Digo a ela, com minha voz rouca de


necessidade.

Ela me empurra para trás com a sua bunda e depois pega a


minha mão. “Lidere o caminho.”

Com um sorriso, pulo nela e jogo sua pequena bunda por


cima do meu ombro.

“August!” Ela grita, batendo na minha bunda. “Coloque-me


no chão!”

“Nunca, baby.”

Caminho pelo apartamento e a carrego para o quarto que


agora compartilhamos. Como se ela fosse um saco de batatas, a
atiro na cama, amando a carranca que ela me dá. Isso não me
assusta. Isso me faz rir pra caramba. Ela me mostra o dedo
médio enquanto tiro minha camiseta. Sua raiva vai embora
quando desço meu moletom e agarro o pau.

Ela observa o jeito que me acaricio com interesse aquecido.

“Gosta do que vê humm?”

“É bom.” Ela diz, fingindo tédio.

“Pequena mentirosa.” Aproximo da cama. “Tire suas


roupas, mulher. Não vou esperar para ter você. Espero que sua
buceta carente esteja boa e suculenta, porque estou prestes a te
foder, esteja você pronta ou não.”
Seu olhar escurece. “Hum.” Ela ronrona enquanto desliza a
mão em seu short. “Talvez prefira apenas me satisfazer sozinha.
Sou uma especialista agora.”

Meu pau vaza com pré-sêmen. Essa garota é tão


provocadora às vezes. Amo isso nela. Mantém-me alerta.

“Como você é uma especialista em cozinhar?” Provoco.

Ela empurra seu short para baixo e chuta-o para mim. Sua
pequena mão se move debaixo de sua calcinha preta. Maldição,
ela me deixa louco.

“Camiseta. Tire.”

Seu sorriso é perverso, mas desta vez ela obedece sem


discutir. Essa maldita calcinha preta é tudo o que resta entre
nós.

“Venha aqui.” Exijo.

Ela ri. “Obrigue-me.”

Seu grito é música para meus ouvidos quando aperto seu


tornozelo e a arrasto até o final da cama. Viro-a de barriga para
baixo e rapidamente aperto seu pulso. Torcendo o braço dela,
coloco-o em suas costas e o outro ainda está dentro da calcinha.

“Toque essa buceta, baby. Deixe-a gostosa e cremosa para


o meu pau.”

“Você diz as coisas mais grosseiras que de alguma forma


soam excitantes.” Ela reclama.

Rio enquanto pego sua calcinha, puxando-a para o lado.


Seus dedos espreitam entre as pernas enquanto massageia seu
clitóris. Tão gostosa pra caralho. Com minha mão livre, aperto o
pau e empurro em sua buceta apertada e molhada.

“August.” Ela choraminga.


“Sim, Winter?”

“Goze dentro de mim. Dê-me um bebê.” Ela implora. Fodida


garota suja. Nós dois sabemos que não faremos nada como
engravidar até que ela termine a faculdade, mas Winter gosta de
atuar.

“Levante sua bunda.” Exijo. “Faça-me acreditar que você


merece meu esperma.”

Ela geme e tenta levantar sua bunda. A fodo com força e


implacável. Bato na bunda dela, amando o jeito que sua buceta
engole meu pau sempre que a espanco.

“Não acho que você merece.” Assobio. “Gozarei sobre sua


bunda perfeita e macia. Vou desperdiçar toda a maldita porra em
sua pele bonita e pálida.”

“Não se atreva.” Ela grita. “Você vai me encher, porra.


Quero ter seu esperma escorrendo pelas minhas coxas até o
relógio bater meia-noite e você me beijar no próximo ano.”

Gemo de prazer. “Você sempre tem que vencer, não é?”

“Sim.” Ela cantarola. “Oh Deus.”

Sua buceta aperta e perco o controle. Meu pau expele seu


gozo profundamente dentro de seu corpo necessitado. Amo não
ter que sair. O calor do meu orgasmo inunda sua buceta,
satisfazendo a besta masculina dentro de mim. Amo reivindicá-la
desse jeito. Soltando sua mão, caio contra seu corpo, acariciando
meu nariz em seu cabelo.

Essa garota é minha e ela nunca vai a lugar nenhum.


CAPÍTULO OITO

Winter

Olho para a mensagem no meu telefone e tento não


explodir em lágrimas.

Pai: Sinto muito, querida. Por favor, fale comigo.

Estou apenas uma semana no semestre da primavera, não


mais presa à bolha feliz e sem estresse do apartamento de
August. Não, estou de volta à escola. De volta à vida. De volta à
realidade. A aula desse professor está me matando e agora tenho
meu pai tentando fazer as pazes.

Meus dedos pairam sobre a tela. A menininha em mim quer


chorar e se jogar nos braços do papai para que ele deixe tudo
melhor. A mulher em mim, no entanto, está com raiva.

Em vez de responder a ele, escrevo para August.

Eu: Ele diz que sente muito.

Ele não responde imediatamente e me pergunto se ele está


no tribunal. Acabei de voltar para a palestra do Professor Long
quando meu telefone vibra.

August: Aposto que ele sente.

Eu: Estou com raiva, mas...

August: Ele ainda é seu pai.

Eu: Sim.

August: Bem, a oferta para chutar a bunda dele


continua de pé.
Engasgo com uma risada que faz o Professor chicotear seu
olhar furioso em minha direção.

“Isso está correto ou incorreto, senhorita Burke?” Ele grita,


com seus olhos que se estreitam conforme aponta para o
problema no quadro.

Deslizando meu olhar sobre seus cálculos, rapidamente


respondo. “A solução está correta porque as quatro raízes
racionais encontradas são zeros do resultado.”

Alguém bufa por perto.

Quando ele volta a falar, respondo a August.

Eu: Meu cavaleiro de armadura brilhante.

August: Você quer dizer seu cavaleiro em um Jaguar F-


Type brilhante, vermelho cereja e cromado.

Quase não consigo segurar uma risadinha.

Eu: Muita crise de meia idade?

Meu telefone vibra novamente e espero que seja August. É


um número que não reconheço, no entanto.

Número Desconhecido: É a Jenna. Ganhei um telefone


no Natal.

Viro no meu lugar para olhar para a triste Jenna me dando


um pequeno sorriso. Depois de salvar o nome dela no meu
telefone, respondo de volta.

Eu: Já era hora. Sou Winter... Mas você já sabe disso


porque o professor grita meu nome com frequência.

Jenna: Ha... sim. Essa aula é tão dura!

Eu: A bunda do professor é mais. Sério, você poderia


fazer o giz ricochetear.
Ela ri, mas felizmente ele está ocupado demais para notar.

Jenna: É uma bunda muito dura de se olhar. Ainda acho


que a aula dele é mais difícil.

Eu: Você acha que ele é ruim para um professor… ouvi


que é ainda pior como treinador.

Jenna: Oh, Deus Eu morreria. Vi garotos subindo e


descendo as arquibancadas.

O professor dá uma volta e começa a gritar com um garoto


que está cochichando com uma garota ao lado dele. Olho
arregalada para Jenna e ela tem que cobrir a boca com a mão
para não rir. Quando ele olha em nossa direção, nós duas agimos
com calma. Eventualmente, a campainha toca e somos salvas do
tormento de Satanás.

“Não seja uma estranha.” Digo a Jenna enquanto enfio o


livro na bolsa e depois a coloco no ombro. “Se você precisar de
uma parceira de estudos ou apenas alguém para conversar, estou
aqui.”

Um sorriso puxa seus lábios. “Obrigada. Vejo você por aí.”

Ela sai correndo da sala e vou para o corredor. Estou


andando em direção ao meu armário quando alguém chama meu
nome.

Callie.

Trocamos mensagens sobre coisas bobas, mas não falamos


muito em algumas semanas. Ela está com uma careta e me
encolho, sabendo que eventualmente virá me confrontar sobre o
que aconteceu com sua mãe naquele dia no shopping. Ganhei um
passe livre durante as férias porque ela passou quase todo o
tempo com o namorado, Landon, mas agora que as aulas estão de
volta, ela dirá alguma coisa.

“Você vai falar com ela?” Callie pergunta com suas


sobrancelhas franzidas.

Jackie? Porra não.

“Sua mãe...”

“Não, minha mãe”, ela exclama com exasperação. “Com


Lauren.”

Franzo a testa para ela. Lauren é quieta e tímida. Não sei


se já conversei com a irmã de Landon antes. “Eu?”

Ela assente. “Ela está com raiva de Landon, o que significa


que está com raiva de mim por tabela. Mas...” Ela franze os lábios
e olha por cima do ombro. “Ela não está bem. Landon não quer
ninguém lá com ela. Por favor, Winter. Você me deve.”

Devo a ela por foder seu pai.

Uggghhh.

“Certo, claro. Onde ela está?”

Ela me acena para seguir até o banheiro. O olhar


preocupado de Landon encontra o meu quando dou a volta. Seu
ombro está encostado na porta enquanto ele tenta falar com
Lauren.

“Ela está doente. Como doente, doente.” Ele sussurra


conforme me aproximo. “Quero que ela vá para casa, para que
papai possa levá-la ao médico. Está piorando nas últimas
semanas.” Então ele levanta a voz para que ela possa ouvir. “Ela
continua ignorando as coisas, mas isso não é algo que
simplesmente vai embora.”

A maneira como ele fala com ela me irrita demais.

“Diga a Callie para me enviar seu número. Mais tarde eu


posso te avisar sobre como ela está. Acho que vocês dois deveriam
ir para a aula. Deixe-me ver se consigo falar com ela.” Digo a eles.
Ele acena para mim antes de pegar a mão de Callie. Ela faz
com a boca um ‘obrigada’ para mim. Bato minha junta na porta
de metal.

“Lauren?”

Silêncio.

“Eles foram embora. Deixe-me entrar.”

A campainha para a próxima aula toca e então ouço metal


arrastar quando ela destranca a porta. Ela está sentada na tampa
fechada do vaso sanitário, seus longos cabelos loiros pendurados
em torno de seu rosto enquanto olha para o chão.

“Você está bem?”

“Apenas enjoada.”

“Grávida?” Pergunto franzindo a testa.

Ela levanta o queixo e seus olhos castanhos me encontram.


“Meio que tenho que fazer aquilo para que isso aconteça.” Sua
expressão se torna azeda e lágrimas enchem seus olhos. “E aquilo
definitivamente não aconteceu. Nunca.”

Solto um suspiro e caminho até a pia onde pego algumas


toalhas de papel e as molho. Quando volto até ela, afasto seu
cabelo suado para o lado e coloco o papel frio e úmido contra a
parte de trás do seu pescoço. “Ok, garota virgem. O que há de
errado?”

Ela bufa. “Garota virgem?”

“Não fomos exatamente e formalmente apresentadas antes.”

“Lauren está bem.”

“Lauren não está bem.” Digo enquanto me agacho na frente


dela. “Lauren está doente, se escondendo do irmão e sua
namorada, e faltando à aula. Pelo que posso dizer, Lauren não
está nada bem.”

“Estou enjoada porque tenho uma enxaqueca paralisante.”


Ela resmunga.

“Por que você não vai para casa?”

Suas sobrancelhas franzem. “Porque papai me fará ir ao


médico.”

“Isso é o que as pessoas fazem quando estão doentes...”

“Não estou doente.” Ela sussurra seu tom defensivo.

A estudo por um momento. Olheiras sob os olhos. Pele


pálida. O jeito pesado que respira. Ela definitivamente não está
bem.

“Não doente. Entendi.” Levanto e acaricio suas costas. “As


cólicas menstruais podem ser uma porcaria.”

“Cólicas menstruais?” Ela olha para mim em confusão.

“Quando quero que as pessoas me deixem em paz, digo a


elas que estou com cólicas e elas precisam ir embora.” Levanto a
minha mão antes que ela possa falar. “Sei a verdade, então você
não pode usar isso em mim. Mas o diretor Renner? Ele se encolhe
no momento em que começarmos a falar sobre menstruação. Vou
nos tirar daqui e te levarei para casa.”

“Obrigada.” Ela murmura.

“Mas me prometa uma coisa.”

“Ok.”

“Se ficar pior, vá ao médico. Seja o que for que está


acontecendo, não desaparecerá sozinho. Você pode precisar de
remédio.”

Ela toca um coração de prata em seu colar e uma lágrima


desce por sua bochecha. “Remédio não conserta tudo. Algumas
coisas não podem ser consertadas.”

Franzo a testa para ela. “O que é essa coisa que não pode
ser consertada? E como você sabe que não é solucionável a
menos que você tenha tentado?”

Seu lábio treme. “Sei o suficiente. Sei o que essas coisas


fazem. Eles demoram até não aguentar mais. Negar significa que
não podem tirar nada de mim.”

Em vez de dizer que sua negação é uma má ideia,


simplesmente lhe ofereço minha mão. “Você não pode se esconder
do inevitável.”

“Agora posso.”

Menina teimosa.

“Ok.” Digo com mau humor. “Ótimo. Se esconda. Por


enquanto, vãos enlouquecer Renner. Mal posso esperar para ver
seu rosto quando disser que você está sangrando e fez uma
bagunça horrível em sua calcinha.”

Ela ri e me sinto muito melhor.

Lauren ficará bem.

Pelo menos espero que sim.

Enquanto tento me concentrar no que o professor Long


está dizendo, não posso deixar de pensar em Lauren. Ontem,
quando a levei da escola para casa, tentei extrair informações
sobre o que estava acontecendo. Essa garota é teimosa como o
inferno, no entanto. Terei que pedir a Callie para ficar de olho
nela.

O professor se abaixa para pegar o giz que deixou cair,


mostrando a todos sua bela bunda, e olho de volta para Jenna
para balançar minhas sobrancelhas para ela. Ela está franzindo a
testa com força, mas dá um sorriso em minhas travessuras. Meus
dedos voam sobre o telefone enquanto lhe mando uma
mensagem.

Eu: Que cara é essa?

Ela sorri e lança seu olhar para o professor antes de olhar


para o telefone para responder de volta.

Jenna: Ha. Você é tão engraçadinha. Apenas estressada.

Eu: Dã. Você tem bolsas sob seus olhos e está nervosa.
O que há?

Ela franze a testa e abafa um bocejo.

Jenna: Você não quer saber.

Eu: Quero... caso contrário não perguntaria. Não seja


tão difícil. Pode falar.

Jenna: É complicado.

Solto um suspiro, fazendo o professor girar e dar uma


olhada do mal para todos nesta aula. Quando nos intimida por
tempo suficiente, ele se volta para o quadro.

Eu: Você é tão rabugenta e reservada. Para sua sorte,


tenho a paciência de um santo. Agora me diga o que diabos
há de errado com você antes de mandar nós duas para a
detenção, onde posso passar uma hora te incomodando.

A pirralha me mostra o dedo médio e seguro um sorriso.

Ignoramos a aula do professor enquanto trocamos


mensagens de um lado para o outro. Ela finalmente está se
abrindo para mim, mas sinto que realmente precisa desabafar.
Mensagens de texto no meio da aula não serão suficientes, então
peço a ela que me encontre depois da aula para tomar café.
Eu: Eu deveria ir para casa para ficar com Cora.

Winter: Tenho certeza que Cora ficará bem por meia


hora. Quer verificar primeiro e me avisar?

Olho para o meu telefone e levanto meu lábio.

Callie: Você deveria sair conosco hoje à noite.

É estranho estar com o pai dela. Não podemos namorar


com um casal porque é estranho. Mas ela também é minha
melhor amiga.

Eu: O professor está tentando me matar, então tenho


toneladas de lição de casa. Vamos remarcar.

Ela me envia alguns emojis de rosto triste, mas deixa


passar. Fecho meu carro e olho pela janela para o café. Meu
mundo parece tão virado de cabeça para baixo agora. Callie tem
sido minha melhor amiga por toda a minha vida, mas
ultimamente, não estamos tão próximas. Desde que posso ser
uma cadela fria às vezes, não mantenho muitos amigos.

E ainda aqui estou fazendo tempo para uma amiga para o


café. Entre ajudar Lauren no outro dia e agora me preocupar com
Jenna, não posso deixar de me perguntar se August me
amoleceu.

Leio sua última mensagem e sorrio.

August: Sinto sua falta.

Ele enviou em algum momento durante o dia. Sei que


esteve inundado com casos judiciais. O fato de ter tirado um
tempo para não apenas sentir minha falta, mas me falar sobre
isso significa mais do que ele jamais saberá.

Saio do meu carro e corro para dentro da cafeteria. No


canto, Jenna se senta parecendo insegura de si mesma. Ela é
bonita de uma maneira simples. Onde Callie é o tipo de líder de
torcida bonitinha e rica, Jenna tem beleza natural. O fogo queima
atrás dos olhos dela. Por quê? Não sei. Só vejo a determinação
brilhando atrás de sua tristeza e carrancas. Ela é uma criança
adotiva com roupas ruins e ninguém se importa. Posso me
identificar com ela mais do que com Callie agora.

Jenna está perdida. Estou um pouco perdida também.

Ela sorri para mim e não posso deixar de sorrir para ela.
Um cara em um terno de negócios descaradamente checa meus
seios enquanto caminho em direção ao balcão. Não posso deixar
de sorrir sabendo que se August estivesse aqui, o cara não teria
coragem de olhar para mim. August tem essa aura agressiva que
emana dele. Protetora e possessiva. Amo isso sobre ele. Quero
dizer, isso faz dele um idiota às vezes, mas ele é meu idiota.

Peço dois cafés e, em seguida, preparo um deles com creme


e açúcar para ela, desde que duvido seriamente que adore café
preto e sem alma como eu. Uma vez que deixo o dela num belo
tom castanho dourado, caminho até ela e me sento.

“Uau.” Digo a ela enquanto sento e passo-lhe o café. “Você


deveria sorrir um pouco mais frequentemente. Não sabia que você
podia.”

Ela mostra a língua para mim. “Pirralha.”

“Aí está a garota por quem me apaixonei.” Provoco.

Passamos a próxima meia hora conversando. Aprendo que


ela está em um novo lar adotivo que realmente gosta, mas o que a
está deixando chateada é uma das outras meninas adotivas.
Cora. Ela ama a pequena Cora e não quer se separar dela quando
fizer 18 anos, em breve. É de partir o coração ouvi-la falar sobre
ela, lágrimas escorrendo livremente pelas suas bochechas.

Enquanto ela prossegue, descubro que tem uma grande


paixão por seu assistente social, Enzo. E pelo que soa, ele tem
uma paixão por ela também. Ela não precisa dessa complicação
em sua vida, mas parece que está feliz em tê-la.

“Farei o que for preciso para cuidar de Cora.” Ela me diz


finalmente, seus olhos não mais marejados, mas ferozes.

O fogo.

É por Cora.

Acho realmente uma merda que a pessoa que mais ama


Cora não seja considerada pelo sistema apta para ficar com ela.
Minha mente se embaralha em todos os requisitos que ela
precisará preencher e toda a burocracia necessária só para fazer
a garotinha ser dela. É uma boa e sólida lembrança do motivo
pelo qual quero estudar Direito. Quero ajudar pessoas que
precisam de alguém forte do seu lado para lutar por eles. Casos
como Jenna e Cora são daqueles que aceitaria em um piscar de
olhos.

“Meu namorado é advogado. Se você quiser, posso


perguntar se ele pode te ajudar.” Sorrio para ela. August fará
isso. Ele verá sua triste história e irá querer ajudar. Ele é um bom
homem assim.

“Sério?” Ela grita, envergonhando os pulmões de líder de


torcida de Callie. O cara de terno nas proximidades para de olhar
para os meus peitos por tempo suficiente para dar a ela um olhar
de nojo. “Ficaria muito agradecida.”

“Sem problemas. Agora me conte mais sobre esse seu pai.”


Insisto. “Você é como um talk show do Maury Povich andando.”

Conversamos um pouco mais enquanto ela desabafa mais


da merda que a está sobrecarregando. Algumas coisas me deixam
preocupada, mas o fogo nos olhos dela me diz que ela ficará bem
no final. Ela só precisa de uma amiga. Como eu.

“Você sabe...” Ela diz com outro sorriso bonito. “Você tem
um coração bem quente para uma rainha do gelo.”

Atiro um sorriso perverso para ela. “Sim, bem, não conte a


ninguém meu segredo.”

“Seu segredo está seguro comigo.”

“Os seus estão seguros comigo também.”


CAPÍTULO NOVE

August

Fico triste vendo-as se distanciarem. Por tanto tempo,


Callie e Winter eram melhores amigas. Mesmo depois do divórcio
e quando as coisas ficaram estranhas. Callie e Winter estavam em
sua pequena bolha de amizade fraternal. Mas agora Callie está
namorando com Landon e Winter está comigo. Odeio que parece
haver uma divisão entre elas, mas não tenho certeza se serei o
único a consertar isso.

Seu telefone toca com outra mensagem de texto.

Jenna: Professor Long é um sádico. Graças a Deus essa


tarefa acabou.

Ela ignora a mensagem de Callie enquanto responde a


Jenna com um monte de emojis rindo.

Gosto da Jenna. Ela tem sido uma boa pessoa para


preencher o vazio agora que Winter e Callie se afastaram um
pouco. Foi uma surpresa quando descobri que a garota da escola
que Winter queria que eu ajudasse é a mesma garota que já
estava ajudando como um favor a Enzo. Mundo pequeno, com
certeza.

“Você tem lição de casa neste fim de semana?” Pergunto,


acariciando meu rosto no cabelo de Winter.

Ela suspira quando finalmente responde a Callie que não


quer ir a uma festa na casa de Landon amanhã à noite. “Sim.
Enorme relatório.”

Mentirosa, mentirosa.
É a desculpa dela toda vez que Callie a convida para fazer
alguma coisa. Isso vem acontecendo há meses.

“Você deveria ir.” Digo a ela. “Callie sente sua falta.”

Seu corpo vira para encarar o meu. “Quero ficar com você.”

Beijo seus lábios que estão vermelhos e mordíveis hoje.


“Você está obcecada por mim?”

É uma piada, mas é um lembrete do que Jackie me disse.


Odeio aquela mulher e o veneno que ela continuamente tenta
infectar todo mundo. Palavra chave: tenta. Callie parece bastante
imune e acredito que tem mais a minha personalidade do que a
de Jackie. Sou imune porque Jackie é uma puta e não tenho
tempo nem paciência para putas. Winter e Tony que parecem ter
sido contaminados com suas palavras. Winter é tão ousada que
às vezes posso dizer que as palavras de Jackie fodem com sua
mente. E Tony... ele vendeu sua alma para o diabo porque ela é
uma boa bunda. Pergunto-me se ele se arrepende de que parte
dessa ‘venda’ significa que sua única filha faz parte do acordo.

“Não estou obcecada por você. É o contrário, perseguidor.”


Ela retruca.

Levanto uma sobrancelha desafiadora enquanto alcanço


entre nós. Sua respiração sai suave e carente quando esfrego seu
clitóris por cima de suas calças de ioga. “Deixarei você gozar se
você admitir que está obcecada por mim.”

“Talvez não queira gozar, idiota.”

Rio. “Você é uma péssima mentirosa.”

Ela morde o lábio inferior e atira adagas em mim com seus


olhos. Seus quadris rolam com cada um dos meus movimentos,
ansiosos pelo prazer que ela sabe que tenho para oferecer.

“Tudo bem.” Ela resmunga. “Agora me faça gozar.”

“Tão mandona.” Digo com uma risada. “Prometa-me que


você vai à festa amanhã à noite.”

“Você é cruel.” Ela bufa. Pensaria que ela estava brava, mas
seus olhos tremulam conforme se aproxima do orgasmo.

“Você gosta quando sou mau.” Argumento de brincadeira.


“Minha doce menina gosta de ser desafiada.”

Ela choraminga. “Humm”

“Diga que você vai...”

“Irei…”

Levo ela ao limite da felicidade. Meu pau está duro em


minha calça de moletom, mas lidarei com isso mais tarde no
chuveiro. Uma vez que ela relaxa novamente, acaricio os cabelos
para longe de seus olhos. Nunca estive com alguém como Winter.
Nem mesmo Jackie quando ela era mais legal. Winter é boa para
minha alma. Ela acalma uma dor profunda dentro de mim que
nunca me permiti focar antes.

Conheço a emoção. Conheço-a muito bem. Apenas não


esperava saber tão cedo com Winter.

Amor.

O amor se esgueira em você, te algema e te leva prisioneiro.

Mas isso não é ruim. Não, o amor é bom.

“Vamos.” Digo a ela enquanto a puxo em meus braços e fico


em pé. “Se você quer que eu faça amor gentil com você antes do
jantar, preciso de pelo menos duas horas para fazer você gritar de
prazer.”

Ela ri enquanto a carrego através do apartamento. “Quem


disse que quero gentil?”

Atiro-a na cama e ela me mostra o dedo médio.

“Tire essas roupas, Winter. Vou te foder tão doce que você
me implorará para te machucar.”

Ela tira as roupas e me queima com seu melhor olhar


‘venha e pegue’. Cara, como quero pegar e gozar pra caralho.
Arranco minhas roupas com vigor e, em seguida, acaricio meu
comprimento dolorido enquanto admiro seu corpo curvilíneo.

Suas palmas agarram os peitos e ela belisca asperamente


seus mamilos.

“Lenta, doce e gentil pra caralho.” Provoco.

Ela balança a cabeça. “E aqui eu ia pedir para você colocar


na minha bunda hoje à noite.”

Meu pau sacode na minha mão. Escorreguei meu polegar


em seu traseiro apertado muitas vezes, mas não o pau. “Você
sempre tem que vencer, não é?”

“Sempre.” Ela suspira enquanto rola de barriga para baixo


e, em seguida, faz algum movimento de estrela pornô que me faz
quase gozar bem ali. Ela empurra a bunda para o ar em minha
direção, deslizando as palmas das mãos ao longo da cama. Então,
se estica, endireitando seu corpo. Quando ela me provoca com
sua bunda novamente, dou uma palmada com força.

“Vai doer.” A aviso, minha voz rouca enquanto alcanço a


mesa de cabeceira para o lubrificante.

Ela balança a bunda para mim. “Talvez queira que doa.”

“Farei você chorar.” Coloco uma quantidade generosa de


lubrificante na mão e depois esfrego no meu pau. “Nem minta
para mim dizendo que você quer chorar. Sei que você odeia essa
merda.”

“Conversa, conversa, conversa. Isso é tudo que você faz.”


Ela ronrona, empurrando sua bunda de volta para mim. “Não
admira que você seja um bom advogado.”

Empurro um dedo lubrificado contra as dobras de sua


bunda. “Continue falando besteira, querida.”

Ela geme quando pressiono. A fodo lentamente com o meu


dedo mais longo até que ela esteja bem e preparada. Então,
adiciono outro dedo à festa. Ela se contorce e posso sentir sua
bunda contrair em volta dos meus dedos.

“Aprenda a relaxar esses músculos.” Instruo. “Meu pau é


muito maior que isso. E ao contrário dessa sua boca que fala
demais, sei que você não quer que te machuque.”

Ela fica quieta enquanto fodo sua bunda com meus dois
dedos. Tento adicionar um terceiro, mas a maneira como ela
agarra o edredom e estremece me faz parar.

“Demais?”

“Não.” Ela mente.

Alivio meus dedos dela e, em seguida, bato alegremente em


sua bunda. “Vamos. Vou te foder no banho.”

“Não.” Ela resmunga. “Quero fazer isso. Você não vai me


machucar.”

Balanço minha cabeça enquanto aperto seus quadris e


puxo suas pernas para fora da beira da cama. “Doerá, e é por isso
que não faremos isso agora.”

Ela esfrega sua bunda contra o meu pau e olha por cima do
ombro para mim. O desafio brilha em seus lindos olhos de
chocolate. “Posso lidar com isso. Quero isso, August. Quero você.
Em toda parte.”

“Nós podemos tentar, mas realmente não acho que você


esteja pronta, querida. Não estou brincando.”

“Por favor.” Ela murmura. “Apenas tente.”

Solto um suspiro pesado enquanto aperto meu pau.


Provoco com minha ponta ao longo de sua rachadura enquanto
despejo mais lubrificante em sua bunda. Lentamente, pressiono a
cabeça do meu pau contra a bunda dela. Sua respiração trava,
mas ela não se afasta. É hipnotizante ver o corpo dela se esticar
para acomodar o meu tamanho. Ela faz sons sufocados, mas a
coisinha teimosa se recusa a me dizer que não consegue lidar
com isso.

“Dói.” Digo a ela. “Posso dizer que dói.”

“Não pare.” Ela sussurra.

Tento não desmaiar de prazer. É incrível como ela está


agarrando meu pau. Um dia estará pronta o suficiente para que
possa realmente fodê-la desse jeito. Sem que ela saiba, não
estamos nem perto de estar prontos.

“Aiii.” Ela choraminga. Então, resmunga: “Não pare.”

Mordo meu lábio inferior para não rir com suas ordens.
Lentamente, empurro para dentro dela até cair completamente.
Seu corpo treme e ela está quase puxando os cobertores da cama
enquanto os segura. Em vez de entrar e sair dela como quero,
estico uma mão ao redor dela para tocar seu clitóris. Ela está
rígida no começo, mas tudo o que é preciso é um pouco de
beliscão especialista em seu feixe de nervos para tê-la
choramingando mais uma vez em prazer. Cada vez que ela chega
perto do orgasmo, sua bunda contrai. Alivio um pouco e depois
empurro de volta nela.

Ela grita. É um som estrangulado de prazer misturado com


dor. Dedilho seu clitóris ao ponto de não ter volta, aproveitando o
jeito que ela explode abaixo de mim. Retiro meu pau quase todo.
Apenas a cabeça permanece dentro dela.

Acaricio a base do meu pau até que minhas bolas se


apertam de prazer. Gozo dentro de sua bunda pequena com
apenas a ponta do meu pau dentro. Ela geme na explosão de
calor que, sem dúvida, pica suas entranhas. Uma vez que drenei
meu gozo, puxo para fora e sorrio para o jeito que sua entrada
fica escancarada por apenas um segundo antes que se feche
apertado. Está esfolada, vermelha e usada.

“Você é perfeita, Winter. Você é perfeita pra caralho e você é


minha.”

Ela geme quando aperto suas nádegas com força e as


espalho. Seu traseiro abre ligeiramente.

“Você não pode manter esse gozo lá para sempre.”


Resmungo. “Você não pode engravidar dessa maneira.”

Uma risadinha irrompe dela. “Você é um idiota.”

“Um idiota que ficará aqui e que vai assistir quando você
forçar esse gozo para fora da sua bunda. Vamos querida, mostre-
me o quão suja você pode ser.”

Ela aperta as bochechas da bunda e meu esperma branco e


leitoso escoa de sua entrada. Recolho-o com meu polegar e
empurro de volta dentro dela.

“August!” Ela grita.

Rio da sua explosão. “Acontece que menti. Quero que você


mantenha isso dentro de você. Quero que escorra de você pelo
resto da noite. Toda vez que você rir, tossir ou espirrar, quero que
se lembre de mim.”

“Odeio você.” Ela resmunga conforme começa a rastejar


para longe de mim na cama.

Salto nela e prendo-a no colchão. Meu pau endurece contra


sua bunda. “Você não me odeia absolutamente, querida. Nem um
pouco. E o sentimento é mútuo pra caralho.”

Meus dedos correm pelas costelas dela e ela grita de rir. É


imediatamente seguido por um gemido.

“Oh meu Deus. Realmente vai acontecer isso, não é?”


Rio enquanto deslizo minha mão para sua bunda,
esfregando a umidade lá agora. “Sim. E continuarei fazendo isso.”
Empurro o gozo de volta contra a entrada.

“Você é malditamente obsceno, August Miller.”

“Não, sou eu que deixa alguém empurrar gozo de volta em


sua bunda.”

Ela consegue escapar das minhas garras e corre para o


chuveiro. Vou atrás dela. Limpamos nossos corpos imundos, mas
nossas mentes sujas permanecem para sempre maculadas.

“Você acabou de me empurrar para fora do seu corpo?”


Pergunto com uma sobrancelha arqueada.

“Você é tão nojento. Isso é nojento.”

“Você gosta.” Provoco. “Se soubesse que você deixaria,


colocaria minha língua lá e sentiria o meu gosto em você.”

Ela fica boquiaberta, horrorizada comigo. “Você não faria.”

“Faria.”

“Mentiroso.”

“Não minto para você, querida.”

“Isso é nojento.”

“Não para mim.”

“August…”

Sua falta de palavras me diz que ela está curiosa. Ajoelho


diante dela sob o chuveiro e aperto seus quadris. “Vire-se e
mostre-me o que é meu.”

Ela vira e encara a parede.

“Incline-se e coloque as mãos no azulejo.” Ordeno.


Assim que ela concorda, separo suas nádegas com as
mãos. Pressiono um beijo no seu traseiro e depois a provoco com
a minha língua.

“Esquisito, oh meu Deus, isso é esquisito, August!”

“Vai parecer mais esquisito por dentro.” Ofereço.

Ela geme, mas empurra contra minha língua quente. No


momento em que minha língua desliza dentro dela em uma busca
ávida por restos salgados do meu gozo, ela choraminga.

“Uauuuu.”

Deslizo para fora para que possa morder sua bunda e dizer,
“É melhor do que meu pau, hein?”

“Oh siiiimmm”, ela diz quando empurro de volta nela.

Ela me deixa foder seu rabo com a língua até a água ficar
fria. Então, em um frenesi feroz e selvagem, a fodo contra a
parede de azulejo até encher sua buceta também.

Nunca me cansarei de ter essa garota.

Fodidamente nunca.
CAPÍTULO DEZ

Winter

A casa de Landon está cheia de gente. Seu pai está fora da


cidade a trabalho, então ele decidiu fazer de tudo. Parece que
toda a maldita escola está aqui. Estou chateada que August não
está aqui comigo. Queria que ele viesse, mas isso teria sido
estranho. Callie morreria de vergonha se trouxesse o pai dela
para a festa do seu namorado. Quando ele me deixou, não quis
sair do carro. Mas ele me prometeu que voltaria em algumas
horas para me pegar. Ele tem algum trabalho para fazer no
escritório e prefere fazer quando não há ninguém. Acho que é
apenas uma desculpa para me forçar a vir a essa festa idiota.

Um cara me entrega um copo de plástico vermelho que


cheira como se estivesse cheio de vodca. Ele está bêbado e mal
são oito da noite.

“Bebidasss por miiinha conta.” Ele diz.

“Passo, amigo. Não quero ser estuprada hoje à noite por um


aspirante a fraternidade.”

Ele bufa e arranca o copo da minha mão. “Cadela gelada.”

Reviro meus olhos e atravesso a multidão de pessoas.


Estive evitando qualquer um que conheço pela última hora desde
que cheguei aqui. Incluindo Callie e Landon. A última vez que os
vi, eles estavam chupando o rosto um do outro no sofá.

Desesperada para fugir dos idiotas desta festa, escapo pelo


corredor em busca de um lugar calmo para ligar para August.
Acabo entrando numa sala que já tem pessoas nela. Estou
prestes a voltar quando a cena diante de mim me faz parar.
Lauren?

Dois garotos da escola estão beijando no pescoço dela. Sua


camisa e sutiã sumiram. Não esperava que Lauren ficasse em
trios.

“Acorde.” Um dos garotos diz para ela, enquanto abre seu


jeans. “Acorde para que possamos foder.”

Acorde?

Fúria cresce dentro de mim e corro para eles. Ela está


fodidamente desmaiada. Sua pele está pálida e não parece bem.
Um desses idiotas lhe deu alguma coisa?

“Ei, estupradores em treinamento.” Grito, batendo na


cabeça do garoto na esquerda. “Saiam de cima da minha amiga.”

O garoto da esquerda faz uma careta para mim enquanto


esfrega a cabeça. “Vá embora, vadia.”

“Sim, vadia.” O menino à direita imita.

Bato na cabeça do estúpido também. “Tirem suas bundas


daqui antes que eu chame o xerife McMahon.”

Eles me olham confusos.

“Ela desmaiou e vocês a estão apalpando, idiotas.


Entendam uma coisa em seus crânios. Isso não está bem.” Minha
voz é estridente e o desejo de sufocá-los é forte.

O menino à direita se levanta e sai cambaleando. O menino


à esquerda é mais teimoso. Ele olha para mim com desafio em
seu olhar enquanto corajosamente acaricia seu pau.

“Você está acordada.” Ele sorri para mim.

Oh, inferno não.

Pego um punhado de seu cabelo escuro e arrasto seu


traseiro bêbado do colchão. Ele grita enquanto o puxo para longe
dela e depois o liberto quando estamos perto da porta.

“Vá.” Grito. “E guarde seu pau. É embaraçoso de olhar.”

Ele me chama de todas as maldições possíveis enquanto


fica de pernas bambas, empurrando seu pau inexpressivo de
volta dentro do jeans. Já que ele é mais lento que merda, o
empurro para fora do quarto e tranco a porta.

Lauren.

Maldição.

Corro até ela e me ajoelho em frente ao colchão enquanto


pego sua blusa. Rapidamente puxo-a sobre a cabeça e empurro
seus braços pelos buracos. Depois de tê-la coberta, tento
despertá-la.

“Ei, garota virgem. Acabei de salvar sua bunda.


Literalmente.”

Ela não se move nem mostra qualquer indicação de que


esteja ciente. O ritmo cardíaco acelera no meu peito.
Rapidamente puxo meu telefone e ligo para August.

“Faz apenas uma hora.” Ele cumprimenta com sua voz


rouca. Ele sempre parece tão mal-humorado quando está
trabalhando em seus casos.

“Preciso de uma carona para o hospital. Acho que esses


filhos da puta lhe deram algo. Não sei. Algo está errado com ela.”
Lágrimas quentes ardem nos meus olhos.

“Callie?” Posso ouvir o pânico em sua voz.

“Não, a irmã do namorado dela, Lauren. Por favor, pode vir


nos buscar?”

“Estarei aí em dez minutos.”

Enquanto espero que ele chegue, corro para o banheiro


anexo e molho um pano. Umedeço a garganta e têmporas de
Lauren. Seus olhos se agitam e quando seus olhos castanhos
encontram os meus, confusão brilha neles. Afasto o cabelo loiro e
úmido de seus olhos e beijo sua testa.

“Você ficará bem. Diga o que os garotos te deram.” Insisto.

Ela pisca várias vezes. “N... nada.”

Nada?

Ela está definitivamente confusa.

“Eles te deram algo. Você está completamente chapada.”

Seu nariz se contrai. “Não estava me sentindo bem… e…


acho que não devo ter bebido nada. Sinto-me doente.”

“Quanto você bebeu?”

“Uh.” Ela murmura, fechando os olhos. “Talvez um copo.”

“Eles drogaram você.” Resmungo.

“N...não, servi a b... bebida eu mesma.”

“Então o que há de errado?” Pergunto, minha voz um


sussurro preocupado.

Uma lágrima vaza do canto dos olhos dela. “Não sei. Tenho
medo de descobrir.”

Aquele dia no banheiro da escola volta para mim como uma


avalanche.

“Você não pode se esconder do inevitável.”

“Agora eu posso.”

Mas não mais.

Meu coração se aperta porque me preocupo com muito


mais do que aquilo que encontra o olho aqui.
Apresse-se, August. Essa garota precisa de um médico e
rápido.

Caminho pela sala de espera, minha mente inundando com


um milhão de coisas que poderiam estar erradas com ela. Todos
estamos sentados aqui por quase uma hora. E é desconfortável
como o inferno, porque não só Callie e Landon estão aqui, ambos
bêbados como gambás, mas também August e Jackie. Callie deve
ter chamado sua mãe para levá-los ao hospital quando August e
eu corremos para fora da casa em um louco frenesi com Lauren.
Aparentemente, de acordo com a conversa de Jackie com Callie,
meu pai foi até a casa de Landon para garantir que todos fossem
para casa.

“Sente-se.” August ordena. “Andar em círculos não faz nada


além de colocar todos no limite.”

Todos, exceto Callie e Landon.

Eles estão praticamente se pegando na sala de espera


enquanto descobrimos o que há de errado com Lauren. Amo
minha melhor amiga, mas agora, realmente queria que ela ficasse
sóbria.

Uma vez que sento, August pousa a palma da mão na


minha coxa para impedir que eu balance minha perna para cima
e para baixo. Sua calma me tranquiliza um pouco. Isto é, até fixar
os olhos na minha inimiga.

O olhar gelado de Jackie mira em mim. Suas narinas


inflam quando ela olha para onde August agarra minha coxa.

“Puta.” Ela faz com boca para mim.

Congelo e August levanta a cabeça para olhar para ela.

“Tem um problema, Jackie?” Ele resmunga.


Ela zomba. “Apenas um problema. Parece que você tem o
mesmo problema, embora.”

Landon faz cócegas em Callie e ela ri alto.

“Callie.” August grita. “Já chega.” Então, para Jackie ele


diz: “Leve nossa filha para casa. Ficarei de olho em Landon.”

Jackie odeia que lhe digam o que fazer. Com ela e papai,
ela gosta de ser quem manda. Sei que a enfurece que seu ex-
marido ainda dê as ordens.

Callie ri novamente e é o suficiente para ter Jackie bufando


em resignação. Ela tem que erguer Callie dos braços de Landon e,
em seguida, arrastá-la para longe. Quando elas se vão, Landon
faz beicinho.

“Pegarei um café para ele.” August bufa. “Fique de olho.”

Assim que August sai, um médico com cabelos castanho-


escuros aparece entrando na área de espera. Ele é alto e
ridiculamente bonito. Acho que tem a idade de August, meio dos
quarenta anos ou mais. Seus olhos verdes queimam nos meus.

“Você é da família de Lauren Englewood?” Ele pergunta,


procurando na sala provavelmente por um adulto de verdade, e
não dois adolescentes que mal chegaram à maioridade, metade
dos quais estão bêbados como o inferno.

“Sou sua irmã e este é o nosso irmão bêbado.” Levanto e


caminho para apertar sua mão. “O que há de errado com ela?”

Ele me olha com ceticismo, mas um olhar para Landon e


ele certamente percebe que sou a única com quem pode falar.
“Nós a deixamos estável. Ela está bem. Conversando comigo e
com as enfermeiras.” Ele franze a testa. “A pressão dela estava
muito alta. Quero fazer alguns outros exames, mas ela parece
inflexível em sair daqui agora que está se sentindo um pouco
melhor. Você pode convencê-la a ficar e me deixar fazer alguns
exames?”
Concordo e arranco seu irmão idiota da cadeira.
“Falaremos com ela.”

Landon divaga sobre como Callie e ele vão se casar neste


verão. O ignoro enquanto tento mantê-lo em pé. Seguimos o Dr.
Porra Ele É Gostoso por um corredor e entramos na área de
emergência. Atrás da cortina três, encontramos Lauren muito
melhor do que há uma hora.

“Winter?” Ela pergunta.

“Isso é maneira de cumprimentar sua irmã?” Provoco


conforme abandono Landon para abraçá-la. “Como você está se
sentindo?”

“Ótima, mas esse cara é persistente.” Ela resmunga. “Só


quero ir para casa e descansar.”

Dr. Porra Ele É Gostoso me implora com seus brilhantes


olhos verdes.

“Eh, claro, menina virgem. Que tal você fazer alguns


exames rapidinho?”

Seu nariz aperta e ela balança a cabeça. “Não preciso de


exames.” Ela me mostra um sorriso de conhecimento. “É coisa
menstrual. As cólicas são horríveis. E a coagulação...”

Landon engasga e tropeça para fora da cortina. O ouço


vomitando em algum lugar por perto.

“Irmã má.” Repreendo.

Ela dá de ombros, não afetada.

“Você não está menstruada.” Dr. Porra Ele É Gostoso


murmura. “De acordo com o que você disse à enfermeira.”

Reviro os olhos para sua desculpa da coagulação que


claramente não funciona nos médicos do pronto-socorro. “Fique
para os exames.”
“Estou bem.” Ela praticamente rosna. “Você pode tirar esse
soro de mim antes que eu mesma o arranque?”

Ele solta um suspiro pesado. “Deixarei você ir porque não


posso te obrigar a ficar.” Ele faz uma pausa e balança a cabeça.
“Prometa-me que você vai procurar seu médico de cuidados
primários.”

Ela dá a ele o mais falso maldito sorriso de sempre.


“Prometo, Doutor.”

Todos na sala, incluindo Lauren, sabem que ela é uma


grande mentirosa segurando um segredo perigoso. Só espero que
ela confie em alguém antes que seja tarde demais.
CAPÍTULO ONZE

August

“Nós vamos morrer.” Callie brinca enquanto olha ao meu


redor para olhar a panela que estou mexendo.

“Eu sei. Winter acha que a comida deve ser preta antes de
você servir. Não é, querida?” Grito para onde ela está jogando
uma salada.

“Sim, cai fora.” Ela grita de volta.

Landon ri da sala de estar. Minha filha me abraça por trás


e fica na ponta dos pés para sussurrar para mim.

“Estou feliz que você esteja feliz, papai.”

Abaixo a colher para acariciar sua mão. “Muito feliz.”

Ela se afasta e vai até a sala onde Landon está assistindo a


um jogo de beisebol. Uma vez que Winter e eu estamos sozinhos,
puxo-a para mim.

“A formatura é no mês que vem. Talvez você devesse se


candidatar a escolas de culinária.” Ofereço com um sorriso.

Ela revira os olhos e murmura em um tom seco: “Muito


engraçado.”

“Estou brincando. Você é a melhor cozinheira desta casa.”


Digo a ela, beijando seu nariz.

Seu sorriso é largo. “Isso seria um elogio, mas


considerando que as outras três pessoas neste lugar não sabem
cozinhar qualquer merda, acho que ainda é um insulto.”
Enquanto pressiono beijos no rosto da garota por quem
estou super louco pra caralho, percebo que me apaixono por ela
cada vez mais a cada dia. Estamos brincando de casinha há um
tempo e é o mais feliz que senti em anos. Ela traz luz e alegria ao
meu mundo escuro.

“Eu te amo, Winter.”

Seu corpo congela e ela se afasta, seus olhos castanhos


correndo de um lado para o outro enquanto procura meu rosto.
“Não foda comigo, August.”

Alcanço e tiro uma mecha de cabelo de sua bochecha. “Não


estou fodendo com você, baby.”

Anos atrás, ela se apaixonou perdidamente por mim de


longe ao ponto de ter seu traseiro expulso de sua casa. Ela nunca
parou. Seus sentimentos por mim sempre estiveram lá. Conforme
o tempo passa, tão malditamente depressa, percebo que estou
bem ali com ela. Apaixonado. Meus sentimentos podem ter vindo
depois, mas não são menos intensos. Reivindiquei-a e nunca vou
deixar que vá embora. É uma promessa que faço com meus lábios
agora. Uma que está esculpida no meu coração.

“Acho que você vai ficar comigo agora?” Ela diz, sorrindo
feliz.

“Nunca te deixaria ir.”

Não percebi até que tive essa menina em meus braços que
ela era a coisa que estive procurando nos últimos dois anos.
Amargura e raiva dominaram todos os meus pensamentos e
ações. Estava procurando por algo que não doesse. Algo que fosse
bom para uma mudança. Winter é melhor do que bom. Ela tirou
essas camadas horríveis e me encontrou novamente.

“Oh, Deus, também te amo.” Ela murmura. “Eu sempre


amei.”
Noite de formatura...

“Estou tão orgulhoso de você.” Digo a Winter, apertando


sua mão. “A melhor da sua turma. Essa é minha garota.”

“E sou insignificante aqui.” Callie diz com uma risada.


“Média 3.4 não é tão ruim assim.”

“Não é tão bom também.” Digo com um sorriso.

“Imbecil.” Callie resmunga de volta antes de ficar séria.


“Vocês ficarão bem esta noite?”

Ficarei. Estou acostumado com minha ex-esposa. Mas


Winter é com quem me preocupo. Se essa cadela pensar em
arruinar a noite de formatura de Winter e Callie falando pra
caralho, enlouquecerei.

“Ficaremos bem.” Winter assegura. “É apenas um jantar.”

“Sim, e você não está cozinhando, então ninguém morrerá.”


Callie intervém.

“Piedade.” Resmungo, ganhando risos de ambas as


meninas.

Nós conversamos sobre uma viagem de verão para a Itália,


em que as levarei antes que tenham que ir para a faculdade.
Depois deste verão, elas se separarão oficialmente. Onde Callie
está indo com Landon para o outro lado do maldito país, Winter
está indo para a mesma universidade local que fui. Era para onde
queria ir muito antes de começarmos a namorar e, francamente,
estou feliz que ela esteja por perto.

Vamos para a churrascaria onde temos reservas para nós


cinco. Embora, se tudo correr bem e ninguém se matar,
arranjaremos uma cadeira extra para Landon, que pode aparecer
mais tarde. Callie achou melhor que jantássemos em território
neutro. Posso lidar com vê-los, porque não dou a mínima para
Tony ou Jackie. Apenas espero que Winter seja tão forte quanto
ela pensa que é.

“Oh cara.” Callie resmunga, seu rosto se ilumina no banco


de trás enquanto digita mensagens. “Mamãe está de mau humor.”

Qual é a fodida novidade?

“Hum.” É tudo o que digo.

“Tudo o que eles fazem ultimamente é brigar.” Ela


resmunga ao responder.

Winter e eu trocamos olhares curiosos enquanto paro em


um estacionamento. Saio do Mustang de Callie. Meu Jaguar tem
apenas dois lugares, então tivemos que vir no carro dela hoje à
noite. Winter se apressa para mim e entrelaça os dedos nos meus
enquanto esperamos que Callie rapidamente termine de mandar
mensagens de texto para sua mãe.

“Jenna conseguiu um carro novo. Você acredita nisso?”


Winter diz distraidamente, tentando e falhando em desviar a
conversa de qualquer que seja a reclamação de Callie.

“Isso é bom.” Digo, também não fazendo um bom trabalho


em dar privacidade a Callie.

“Oh Deus.” Callie grita. “Mamãe está nuclear agora.”

Abraço Callie de lado. “Não deixe nada disso estragar seu


dia feliz, ok?”

“Não estou preocupada comigo.” Ela murmura.

Estou tenso conforme entramos no restaurante. O anfitrião


nos guia até onde Jackie e Tony estão sentados. As feições de
Tony endurecem quando percebe que o braço de Winter está
preso no meu. Jackie está praticamente cuspindo veneno.
“Querida.” Jackie diz, batendo no assento vago ao lado
dela. Callie se aproxima e se senta ao lado de sua mãe. Elas
começam uma conversa sobre o vestido de Callie.

Winter pisa de um pé para o outro. Poderia tomar o lugar


ao lado de Tony para que ela se sentasse ao lado de Callie. Faria
isso por ela. Mas antes que possa me sentar, ela se senta ao lado
do pai. O alívio em seus olhos é o suficiente para ter um pouco do
gelo derretendo em mim. O odeio pelo que fez comigo — pelo que
fez com minha doce Winter — mas no final das contas, ele ainda
é pai dela. E a expressão em seu rosto é uma que conheço muito
bem. Ele a ama mais do que as palavras poderiam expressar.

Sento ao lado dela e aperto sua coxa debaixo da mesa antes


de me inclinar. “Você está indo muito bem, linda.”

Ela se vira e me mostra um sorriso agradecido. O olhar de


Jackie está em nós dois, não importa o quanto Callie tente
distraí-la. Os olhos de Tony são apenas para sua filha enquanto
ele tenta se envolver.

“Você esteve incrível lá em cima.” Ele diz a ela. “Estou


muito orgulhoso de você.”

Ela fica tensa e um sorriso estranho se espalha em seu


rosto. “Obrigada.” Sua voz assume essa qualidade rouca logo
antes de ela chorar. Isso me faz querer arrastá-la de volta para a
segurança da minha casa.

Tony franze a testa com a expressão dela. Esqueci que ele a


conhece tão bem. Ele alcança e pega a mão dela. “Winter, sinto
muito.”

“Tony.” Jackie grita. “Conversamos sobre isso.”

Callie agarra o bíceps de sua mãe. “Mãe.” Ela avisa.

Tony ignora sua esposa para se concentrar em Winter. “Por


favor, me perdoe.” Ele diz. “Eu estava errado.”
Winter baixa a cabeça e limpa uma lágrima com a palma da
mão. “P... pai.” Sua voz desaparece e aperto sua coxa para que ela
saiba que ainda estou aqui por ela.

De alguma forma ele consegue puxá-la para ele para um


abraço. Para minha surpresa, ela vai de bom grado. Sei que essa
briga com o pai a tem corroído por meses. Se isso é o que ela
precisa para ser feliz, irei apoiá-la a cada passo do caminho.

“Não.” Jackie grita. “Disse a você que não aguentarei o jeito


que ela falou comigo!”

“Já chega.” Grito em aviso.

Ela zomba de mim. “Não tenho que ouvir você, graças a


Deus. Mas ele...” Ela diz. “Ele tem que me ouvir porque é o meu
marido!”

“Ouça a si mesma, Jackie.” Digo. “Você está fazendo uma


cena e envergonhando nossa filha.”

Ignorando-me, ela volta sua ira para Tony. “Você não pode
ter nós duas. Não quando sua filha é uma puta e...”

“Jackie!” Tanto Tony como eu gritamos imediatamente.

“Ela é.” Jackie grita. “Ela queria foder meu marido quando
era apenas uma garotinha!”

Tony solta Winter para se virar para Jackie. Uma veia salta
em seu pescoço enquanto ele vibra com fúria. “É o bastante.”

“Não suportarei isso.” Ela grita. “Como disse antes, sou eu


ou...”

“Ela.” Ele grita. “Escolho Winter. Deixei você foder com a


minha cabeça antes, mas estou cansado disso, Jackie. Estou
cansado de você. Você é um vampiro emocional e estou cansado
demais de você se alimentando de mim.”

Callie e eu compartilhamos um olhar ponderado. Jackie,


completamente alheia que toda a maldita cidade está assistindo
esta guerra em nossa mesa, arqueja para ele.

“Acho que é um péssimo momento para dizer que fodi com


seu chefe.” Ela cospe antes de se levantar e ir embora.

Callie me olha boquiaberta, indecisão guerreando em seus


olhos. Aceno para ela. Jackie é a mãe dela e sei que quer ver
como ela está. Ela se levanta da mesa e sai correndo.

“Ai.” Winter murmura. “Ela fodeu com seu chefe? Gordon?”

Tony bufa e toma um longo gole de sua garrafa de cerveja.


“É problema dele agora.”

Rio porque pensei o mesmo quando Tony começou a ver


Jackie. Bem, pelo menos depois que passou o choque inicial de
ser enganado. Jackie é um grande problema e inferno se esse
cara não parece aliviado por ter terminado com ela.

“Você realmente quis dizer tudo isso?” Winter pergunta.

Tony assente. “Não estávamos bem. Estava tentando salvar


nosso casamento. Quando ela me contou suas mentiras, acreditei
nelas. Quando me fez escolher um lado, fui pego tentando nos
consertar...” Com o sacrifício de sua filha. “Cometi um erro. Um
mau. Farei o que for preciso para você voltar para a minha vida.”

Ela o abraça novamente e ele parece um pouco aliviado


com lágrimas nos olhos. Winter acaba se afastando e endireita a
coluna. “Pai, estou vendo August agora.”

“Ela não é uma puta e a amo.” Digo. “Tem um problema


com isso?”

Ele cerra os dentes, mas balança a cabeça. “Sem


problemas, desde que Winter seja feliz e amada. Isso é tudo que
eu poderia esperar.”

“Aprendi a cozinhar.” Ela diz, sua mentira é tão doce que


quase acredito.
“Impressionante.” Ele diz. “Talvez você possa cozinhar para
mim algum dia.”

Ela se envaidece e eu bufo, o que me faz ganhar uma


cotovelada no estômago. Tony arremessa seus olhos castanhos
que combinam com os dela exatamente entre nós.

“Ela ainda queima macarrão e queijo?” Ele pergunta com


um sorriso.

“Ela queima cereais.” Replico.

“Idiotas. Vocês dois são idiotas.” Ela diz com uma risada.
“Odeio vocês dois.”

Callie retorna sem a mãe. “O que eu perdi?”

“Winter está mentindo para o pai dela. Disse a ele que ela é
uma chef estrela agora.” Provoco.

Callie gargalha e Winter lhe mostra o dedo médio.

“Fiquei doente quando ela fez espaguete na semana


passada.” Callie diz a Tony. “É possível ter intoxicação por alho?”

“Arsênico é o meu ingrediente secreto.” Winter diz para


Callie.

Enquanto as meninas se divertem de um lado para o outro,


não posso deixar de me sentir um pouco aliviado. Jackie terá seu
ataque em outro lugar. Winter pode reparar seu relacionamento
com Tony. E podemos ter uma boa refeição que minha namorada
não cozinhou. Graças a Deus.

Landon aparece e conta histórias de futebol hilariantes que


parece agradar bastante a Tony. Enquanto eles estão distraídos,
abraço Winter para mim e beijo sua bochecha.

“Você é minha para sempre.”

“Jesus, cara.” Ela brinca. “Você se move rápido. Acho que


os romances chamam isso de amor à primeira vista. O mundo
real chamaria você de um perseguidor assustador.”

“Não me faça bater em você.”

Seus olhos encontram os meus, um brilho sacana neles.


“Não me ameace com prazer.”

Enfio uma mecha de cabelo atrás da sua orelha, admirando


o quão linda ela é. Ela me olha com olhos suaves e amorosos. Tão
doce, inocente e minha.

“Para o registro, adoro amor à primeira vista, perseguidores


assustadores e uma boa surra.” Ela diz, inclinando a cabeça,
oferecendo seus lábios para mim.

Beijo seus lábios macios. “Para o registro, amo você.”


EPÍLOGO

Winter

Sete anos depois...

Oh Deus.

O envelope parece pesado em minhas mãos. Quero dizer, é


o meu futuro afinal de contas. Deveria apenas abrir e descobrir
de uma forma ou de outra. Tenho trabalhado duro durante toda a
escola e depois na faculdade de direito. Estou preparada. No
fundo sei que passei.

Certo?

Mas e se não passei?

August se esforçará tanto para me animar e depois me


forçar para tentar de novo.

Enjoo ressoa em meu estômago. Estive tão estressada que


não tenho conseguido comer. Não consigo dormir. Não posso
fazer nada além de ser obsessiva. E antes disso, tudo que fiz foi
estudar. Isso estava prejudicando minha saúde. Enquanto
estudava e estudava, tudo que August podia fazer era me manter
alimentada e hidratada. No verão passado, fiquei doente três
vezes seguidas.

Algo tem que ceder.

Bílis sobe pela minha garganta e tento ignorar isso. Sinto-


me horrível e juro por Deus se eu tiver outra sinusite,
enlouquecerei. Meu estômago dói enviando um suor frio em toda
a minha pele.
Penso em uma das minhas amigas mais próximas que
lidou com alguns problemas de saúde horríveis. De repente, estou
preocupada em ficar preocupada. E se passar no exame da
Ordem dos Advogados se tornar a questão menos importante da
minha vida? E se eu estiver morrendo?

A porta se abre e meu pai entra, com um olhar de


expectativa no rosto. “Você passou?”

Em vez de ficar animada com o envelope em minhas mãos,


começo a chorar. “Estou morrendo.”

“O que?” Ele diz, rindo. Quando ele percebe que estou


falando sério, franze a testa. “O que há de errado?”

“E... eu preciso que August chegue em casa.” Soluço.


“Preciso ir para o hospital.”

“Querida...” Papai murmura. “Acho que você está tendo um


ataque de ansiedade.”

“Papai, estou doente!” Grito, lágrimas quentes escorrendo


pelo meu rosto. Como se para comprovar isso, meu estômago se
aperta e quase desmaio de uma onda de tontura.

“Jesus.” Ele amaldiçoa. “Venha aqui. Peguei você.”

Ele me ajuda entrar em seu carro e depois liga o motor.


Sento no banco do passageiro com o envelope fechado agora na
minha bolsa. Meu telefone toca e é Jenna me mandando uma
mensagem.

Jenna: Você passou? Vamos celebrar com margaritas


hoje à noite? Papai cuidará das crianças quando sair do seu
turno em uma hora.

Limpo minhas lágrimas e respondo de volta.

Eu: Vamos remarcar. Estou indo para o hospital.


Alguma coisa não está certa.
Ela responde implorando para ligar para ela assim que
souber de algo e prometo que irei. Meu pai entra no pronto-
socorro e me ajuda. Quando entro no check-in, posso ouvi-lo
ligando para August. Isso só me faz chorar mais.

Dr. Porra Ele É Gostoso vem trotando pelo corredor


parecendo um daqueles médicos papais quentes daquele antigo
programa de TV, ER. Ele é comprometido, sou comprometida e
sou amiga de sua filha. Ainda assim, posso apreciar um homem
bonito.

“Deixa comigo.” Ele diz à recepcionista enquanto me guia


pela sala de espera vazia até o primeiro quarto na área de
emergência. “O que está acontecendo, Winter?”

Conto tudo a ele. O estresse. As sinusites crônicas. A


ansiedade. Minhas refeições fracassadas que deixam todo mundo
doente. Provavelmente tenho úlceras. Úlceras hemorrágicas
provavelmente. Oh Deus, e se meu estômago estiver se enchendo
de sangue enquanto falamos?

Um soluço alto e horrível sai de dentro de mim. Ele chama


uma enfermeira que extrai um pouco de sangue e depois me guia
para o banheiro. Eles me pedem para fazer xixi em um copo e,
quando termino, me acomodo na cama. Ambos Dr. Porra Ele É
Gostoso — ou Dr. Venable se você quiser ser técnico — e a
enfermeira me deixam momentaneamente. Papai fica sentado ao
lado da cama, com um olhar preocupado no rosto.

“Se você simplesmente abrir a carta, se sentirá melhor.” Ele


diz.

“Não posso.” Sussurro.

Ele começa a separar a boca para dizer alguma coisa, mas


a cortina é puxada para o lado com tanta força que me preocupa
que possa sair do teto. August, com sobrancelhas franzidas de
preocupação, entra na sala.
“O que há de errado?” Ele exige naquela voz suja de
tribunal que nunca deixa de me excitar.

De repente, me sinto um pouco melhor.

Penso sobre como ele me acordou esta manhã. Com a


língua. Em lugares onde nenhuma língua deveria ir. Deus, ele é
tão obsceno às vezes.

“Ela recebeu os resultados.” Meu pai tagarela.

August franze a testa. “Você não passou?”

“Claro que não.” Digo. “Bem, quero dizer, tecnicamente não


sei. Mas conheço a lei melhor que você. Sei que passei.”

Papai e August compartilham um sorriso. Então, August


vai até minha bolsa e pega o envelope. Ele o abre. Apenas arranca
o band-aid proverbial. Observo sua expressão para qualquer
pista. Ele permanece impassível enquanto me entrega.

Olho para as palavras, incrédulas.

Passei.

“Você passou, querida.” Meu pai diz gentilmente.


“Parabéns. Agora você pode se acalmar.”

Mas algo ainda não está certo. Torço meu diamante gigante
ao redor do dedo anelar. É um hábito nervoso que deixa August
louco. Ele pega minha mão e puxa para ele, então paro com a
minha inquietação. Seus olhos são extraordinariamente suaves
enquanto ele me observa.

“Tony, ela só precisa de um pouco de água. Você pode


buscar uma garrafa para ela?” August pergunta, seus olhos
nunca deixando os meus.

Meu pai acena e me beija no topo da cabeça antes de sair.


August se senta ao meu lado e enfia nossos dedos juntos.
“Você sabe que te amo, não importa o que aconteça.” Ele
diz, com suas sobrancelhas franzidas.

Um pico de pânico se eleva dentro de mim. Por que ele está


sendo tão estranho? “S... Sim.”

“Fiz promessas para você seis anos atrás que estaria ao seu
lado através de tudo.” Ele se inclina para frente e beija minha
testa. “Mesmo quando você surtar.”

“Desculpe?” Assobio, não me sentindo mais doce e amorosa


com ele. “Não estou surtando!”

“Ainda não.” Ele murmura.

O Dr. Venable entra com um sorriso extravagante no rosto.


“Winter…”

Oh Deus.

“Aqui vamos nós.” August diz para ninguém. “Cinco,


quatro, três, dois...”

“Você está perfeitamente saudável.” Dr. Venable diz. “E


grávida.”

“E ela está oficialmente surtando.” August diz para mim.

“EU ESTOU O QUE?!” Grito. “IMPOSSÍVEL!”

August ri, aquele bastardo sujo. O Dr. Venable


simplesmente dá de ombros.

“Não! Tomo aquelas malditas pílulas religiosamente!”


Argumento. Lágrimas quentes enchem meus olhos. Os
pensamentos de carregar a menininha ou o menino de August
têm alegria afugentando toda a ansiedade que senti há meses por
causa desse exame idiota.

“Você tomou.” August concorda. “Mas...”

“Sem mas!” Viro para ele. Oh meu Deus, meu anjinho terá
olhos castanhos ou verdes? Espero que sejam verdes. Seus olhos
são perfeitos. “Você me engravidou, seu imbecil! Como?!”

E sua risada.

Amo sua risada.

Agora quero sufocá-lo porque está rindo. Ainda é uma


risada perfeita, no entanto.

“Veja só.” Dr. Venable começa em sua voz de doutorado que


não é tão sexy nesse momento. “Os antibióticos diminuem os
efeitos do controle de natalidade e...”

“Você precisou tomar três rodadas.” August me lembra.


“Nós nem sempre fomos cuidadosos.”

Callie terá um irmão. Quão legal é isso?

“E a minha carreira?” Murmuro em derrota.

“Como se você fosse a única mulher grávida a ser uma


advogada?” August desafia de volta.

Sou uma advogada. E grávida. Este é o melhor dia da


minha vida.

“Quem está grávida?” Papai pergunta e depois grita. “Você


está... minha garotinha...” Sua garganta se agita com emoção.

Quando todos nós três acenamos para ele, ele grita “Minha
garotinha está grávida!”

Um sorriso repuxa meus lábios e August pisca para mim.

“Você surtou.” Ele diz com um sorriso.

“Não surtei.”

“Oh, aí vão eles.” Meu pai diz, rindo antes de beijar o topo
da minha cabeça. “Farei algumas ligações.”

Dr. Venable o segue, deixando-nos sozinhos.


“Você surtou completamente.” Os lábios de August
encontram os meus.

“Não surtei, nada.”

“Foi muito sexy.” Ele continua. “Você sabe que amo quando
você enlouquece.”

“Você é um idiota.”

“E você será uma mãe, Sra. Miller. O que você tem a dizer
em sua defesa, doutora?”

Meu lábio inferior balança. “Obrigada.”

Suas sobrancelhas levantam em surpresa. “Estava


esperando um dedo.”

“Já te dei um.” Lembro a ele, balançando o meu anel de


casamento.

“Amo você.” Ele me diz.

“Também te amo.” Sussurro. “Sempre amei.”

“Você está pronta para ligar para Callie?”

“Ela vai surtar.”

Ele ri. “Ninguém nunca surtará como você, querida.”

Mostro a ele meu dedo médio e ele me lança um sorriso.

Todo o humor desaparece quando o peso esmagador da


realidade me atinge.

“August, estou com medo.”

Ele segura minha bochecha e beija meus lábios. “Não


estou. Você é incrível em tudo que faz. Bem, exceto cozinhar. É
melhor você me deixar lidar com a alimentação do bebê.” Lanço
um olhar fulminante que o faz rir. “Mas além disso, você é
literalmente a melhor e mais esperta em tudo. Você acha que irá
fracassar na maternidade?” Ele balança a cabeça. “Sei muito bem
que não.”

Espero mais provocações, mas meu marido, grande e tolo,


sobe na pequena cama ao meu lado e me abraça enquanto penso
em como será ser mãe. No começo, sinto-me nervosa. Mas então,
a ansiedade desaparece e uma determinação familiar se instala
em meus ossos.

“Posso resolver isso.” Digo a ele, confiança derramando em


minhas palavras.

Ele beija meu cabelo. “Nunca tive qualquer dúvida.”

FIM.

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