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Conselho #2 – Não, repito, não jogue nada no corredor porque você vai
machucar seu novo vizinho gostoso.
Conselho #4 – Aceite a oferta dele para lhe ajudar com o seu negócio
paralelo, mas pense duas vezes antes de usar um acompanhante para o
casamento da sua irmã como garantia.
Xo,
Isolada.
Indesejada.
Com certeza haviam sinais de que meu noivo Jeff não estava
feliz, mas tudo que lembro são os sorrisos, os beijos, os abraços
e as risadas. Bem, não havia muitas risadas, mas Jeff não é um
cara alegre ou risonho, o completo oposto dos meus irmãos.
Embora não estejam rindo ou contando piadas neste minuto.
— Não acho que seja uma boa ideia. Vamos para a casa,
espere pelos meninos.
— Sav, o apartamento.
— Eu não vou.
— AGORA! — Seus olhos encontram os meus novamente
pelo espelho retrovisor.
Por que não disse alguma coisa? Tipo: Ei, essa coisa toda de
casamento? Não tenho tanta certeza de que quero ser seu marido.
— Por que?
Concordo.
— Brooklyn. Pare.
Tanto faz.
— Duvido.
— Não está fora de jogo, mas tenho muito mais coisas para
fazer antes de ficar brincando de casinha em Connecticut.
— Casamenteira da cidade.
— Mesmo?
— Wyatt, senhora.
Olho o cara. Ele me tipificou bem rápido. Não que não seja
como ele pensou. Aposto que somos semelhantes em nosso
pensamento quando se trata de se estabelecer.
— Phoenix.
— Mas não ouça minha avó. Não precisa fazer nada para
mim. Ela só gosta de se intrometer na vida de todos. Mas quando
voltar, se precisar de alguma coisa, me avise. Vivi em Lake
Starlight toda a minha vida, então me trate como o Google. — A
risada mais fofa cai fora dela e ela balança a cabeça. — Qualquer
coisa, apenas grite.
— Sim, mas ele pagou por isso. — Diz ela. Pego meu
telefone e coloco no meu bolso. — Então o que faço? Compro
outra passagem?
— Sinto muito, mas o voo está cheio. — Diz o homem. Estou
tentada a acreditar que ele está mentindo para mim porque acha
que fui eu que saí do meu casamento.
— Quero respostas!
— Sério, isso é tudo que você tem? Você fez isso comigo!
Você me pediu em casamento! Você me fez planejar um
casamento grande e elaborado e você me enviou uma mensagem
de texto cinco minutos antes do início da cerimônia de
casamento! — Aponto meu dedo para ele, meu corpo inclinado
para a frente até onde a segurança me deixa ir.
— Minha família está certa. Você não está nem perto de ser
bom o suficiente para mim, seu fraco filho da puta. — Rodo nos
meus calcanhares, os passageiros deixando espaço para eu
passar.
Bato levemente.
Sem resposta.
Nem um pio.
Merda.
Agarro a maçaneta e viro.
Simples o suficiente.
Que pergunta idiota. Claro que ela não está. Sua vida como
conhece acabou. Não que já tenha experimentado mágoa de um
relacionamento romântico. Mas a bagunça das emoções que ela
está sentindo é o motivo exato pelo qual me afasto deles.
— Não é necessário.
— Obrigada.
— Eu tranco.
Sorrio com suas palavras, embora não saiba do que ele está
falando.
— Então, Mac parece perfeito. — Me acomodo no estande.
Cabines que serão substituídas assim que a Whitmore Hotels for
renovada. Cabines ocupam muito espaço e a manutenção é
irreal.
Uma garçonete vem. Não pode ter mais que vinte anos.
Cabelo loiro amarrado em um rabo de cavalo, maquiagem
natural, seu uniforme de poliéster sem rugas. Há vantagens para
o poliéster, mas esses uniformes são de 1976.
— Você também.
Isso explica por que não havia pais em sua casa na outra
noite.
— Eles morreram nove... não... dez anos atrás. O
aniversário é esse inverno. Existem nove deles. Brooklyn está no
meio. O mais velho, Austin, retornou à cidade para criar os
irmãos mais novos quando aconteceu e Savannah, a segunda
mais velha, assumiu a Bailey Timber Corp junto com sua avó
Doris Bailey. Ela chocou e surpreendeu a maior parte do Lake
Starlight. Acho que todo mundo apenas os conhece agora e tem
interesse em sua felicidade.
Aceno sabendo muito bem onde ela está e não está em uma
praia a menos que tenha derramado areia no apartamento e
começado a colocar guarda-chuvas em suas bebidas.
Seu insulto não é registrado. Não acho que sou melhor que
essas pessoas só porque cresci com dinheiro. Simplesmente acho
que existem aqueles com uma ética de trabalho e aqueles sem. E
parte do gerenciamento de uma empresa de sucesso significa
decisões difíceis. Não estou fazendo nenhum favor a ninguém se
este lugar não der certo e meu pai decidir fechá-lo. Então todo
mundo estará desempregado, em vez de apenas o peso morto.
Isso é verdade.
Deixo isso para a minha irmã mais velha para ter certeza de
que tenho um plano em vigor.
Eu não grito.
Nunca.
Bem... raramente.
— Eu me desculpei.
Levanto as bolas dos meus pés e olho pelo olho mágico mais
uma vez. Está mais para trás agora, com um saco de papel
marrom nas mãos.
— Não me importo.
— Tem que abrir a porta para ver, mas deve estar agradecida
por esta cidade ser pequena, e gostam de colocar fotos de pessoas
orgulhosamente na parede.
— Vamos.
— Você não tem ideia do que Sex and the City é realmente.
É sobre o empoderamento feminino e o relacionamento que você
tem consigo mesma e com outras mulheres. — Me inclino de volta
para o sofá, surpresa com o meu ataque.
— Foi um elogio.
— Que diabos?
— Desculpa.
Ele bufa.
Porra. Ter uma irmã significa que também sei o que Rome
vai fazer quando contar a ele a próxima parte.
— Hum... onde?
— Estamos indo para o Lucky.
— Ouça, não deveria ter dito a você. Não diga a ela que disse
alguma coisa.
Ele me leva até onde está falando com seu gêmeo Denver e
algum outro cara em uma mesa, então sinaliza para o garçom
com dois dedos no ar.
— Obrigado, Nate.
— Estava.
Não que não tenha amigos em Nova York, mas o que esses
caras têm é diferente, menos superficial.
— Estou bem, cara. — Rome toma sua cerveja. — De
qualquer forma, você nunca vai adivinhar o que o bom e velho
Wyatt me disse.
Me sento no sofá.
— Sinto muito. — Digo.
Eu ri.
— Ainda sinto muito que tenha feito o que fez. E sua família
é como o serviço secreto. Não poderia ter chegado até você se
tivesse tentado.
— Olá?
Ela ri.
— O que?
Reagan tem um jeito dela que pode trazer humor nos piores
dias.
Ela suspira.
— E ele disse?
— Fofo.
— Isso é bom.
1 Tea tree oumelaleuca é um dos óleos mais versáteis da aromaterapia. O forte aroma verbal e canforado
faz com que ele, muitas vezes, seja até renegado por quem desconhece suas poderosas funções.
eu falhar. Claro, a casa da família está sempre aberta, mas tenho
26 anos agora e só tenho que fazer um futuro para mim agora.
— Ei, mãe.
— Eu estou.
— Ei, pai.
Solto um suspiro.
Pego a cesta, vendo uma pequena nota presa entre duas das
garrafas. Abrindo o cartão, o roteiro feminino me diz que só pode
ser de uma pessoa, a menos que tenha um admirador secreto.
“Wyatt,
Obrigada pelo jantar e pela companhia ontem à noite.
Olhe atrás para direções.”
Brooklyn.
Não passa vinte minutos até que percebo que minha dor de
cabeça se foi. De jeito nenhum poderia ter sido os óleos que usei,
não depois que quatro aspirinas no início do dia não funcionou.
Pego uma garrafa e o cartão dela para ler as instruções
novamente. Ela deve acreditar nessa merda.
Que se dane.
Saio do meu apartamento e bato na porta dela.
Ela ri.
— Você sabia?
Intrigante.
— Nada importante.
— Nada?
Eu rio.
— Não.
— Mesmo?
Pego a deixa.
— E você?
Agora ou nunca.
— Só você.
— Espere! — Grito.
— Agora terminamos.
— Ei, não sabia que você estava vindo. — Austin sai da porta
dos fundos, Myles correndo por ele e correndo direto para mim.
— Estão bem.
— Estou feliz que tenha passado por aqui. Odeio trazer isso,
mas queria falar com você sobre algo...
— Ela tem que dizer sim ainda. — Fico olhando para ele até
que olhe por cima do ombro.
— Ela faz. Mas quis dizer o que disse. Se quiser que espere,
eu vou. — Enxugo mais lágrimas dos meus olhos.
— Precisava.
— O que?
— Pode lhe dizer que sou romântica. O que sou, então você
não estaria mentindo.
— Obrigada.
RASTREAMENTO SOBRE ELE, MAS ELE ESTAVA AQUI NÃO MAIS DO QUE UMA
CARRO FOI DEIXADO. NÃO PODE DIZER QUE NÃO MERECIA ISSO.
O XERIFE DIZ QUE TÊM ALGUNS SUSPEITOS E ACHO QUE TODOS NÓS
SABEMOS QUEM VAI QUESTIONAR PRIMEIRO. VALE A PENA MENCIONAR QUE
HISTÓRIA.
— Eu posso imaginar.
— Tanto faz.
— O que?
— Explique algo para mim então. Por que podem ser tão
protetores com suas irmãs e mães e todas as outras mulheres
próximas a você, mas tratar uma mulher com quem tem um
interesse romântico tão mal? — Andamos sob uma lâmpada de
rua e ele olha para mim.
— Vamos ver, alguém que parece como você, mas não está
ligado. Pega um trabalho bem longe de casa, não quer levar uma
companhia para o casamento da sua irmã... diria que está
fugindo de alguém ou algo assim. Posso farejar um fóbico de
compromisso. Pelo menos agora posso.
Merda.
Nesse mês que vivi em Lake Starlight, vejo agora como não
se parece com Stars Hollow, mas esse policial me lembra Barney
Fife.
Liam se senta com seus amigos, mas sua visão não está
focada no xerife, é em Savannah. Seu decote para ser específico.
Eles têm alguma coisa?
— Quem é você?
— Obviamente.
— Você tem Colt e Wyatt aqui. — Rome diz o que ela não
está entendendo.
Ele sorri.
— Wyatt.
— Si...
— Por quê?
Ela olha para mim como se minha pele fosse fina como papel
e pudesse ver através de mim. Ela sabe que há uma razão para
me sentir assim e não posso negar que está certa, então vou
pleitear o quinto.
— Esqueci de agradecer. — Interrompe o silêncio entre nós
e dá alguns passos para trás. — Por ajudar meus irmãos. Sei que
fizeram isso e a coisa do carro tem Liam escrito em cima.
Ela bufa.
Ela é uma miragem, porque não há como ser tão boa quanto
parece.
O dia não poderia ser melhor para minha primeira aparição
no Farmer’s Market. Está ensolarado e quente e as pessoas já
estão à espera de que abra.
— É ruim que...
Juno e eu rimos.
— A qualquer momento.
Meus ombros vacilam e atiro para ela para dizer, — você não
está.
— Eu estou, Brookie. Quero apoiar minha neta e todas as
mulheres no centro querem um pouco. Vou ser a fornecedora
delas.
— Ótimo. — Murmuro.
— Me dê as mercadorias, Brooklyn.
Austin ri.
— Só você.
— Boa resposta.
O telefone de Austin toca.
— Certo.
— Pode ficar frio hoje à noite lá fora. — Digo. Ela olha para
mim, as sobrancelhas franzidas.
— Cerveja?
— Prefiro vinho.
— O branco é perfeito.
— Você tem sorte de Holly não estar aqui tio B, para não ver
você batendo na bunda de sua mãe assim. — Rome sorri e bebe
sua cerveja.
— Combinado.
— Ele não faz a merda que vocês dois fazem. Tenho certeza
que ficará bem. — Diz Brooklyn, mas ela mordisca o lado de seus
lábios, o que notei que faz quando se sente insegura sobre
alguma coisa.
— Sim?
— Quais são as suas intenções com a nossa irmã? — Rome
pergunta.
Merda de covarde. Seu dia virá, sei que vai, do jeito que ele
atende a Juno.
— Prazer em conhecê-la...
— Oi.
Felizmente vovó corre e chegamos ao corredor para seu
apartamento rapidamente. Ainda estou examinando o fato de que
quero riscar os olhos de uma garota por olhar para Wyatt, pois
tudo que precisa é de uma colher para comê-lo.
— Irei adoçar isso para eles. Sofri das piores dores de cabeça
por meses até você me dar minha primeira amostra.
Ele dirige pela estrada ventosa que leva à Northern Lights
Retirement Residence e me pergunto mais uma vez por que
escolheram fazer a estrada tão desafiadora quando os moradores
ainda dirigem. Então, novamente, nunca ouvi falar de um
acidente acontecendo.
Minha mente então vaga para Nicole e por que o ciúme foi
minha primeira reação, o que me faz questionar por que Wyatt
nunca cruzou a linha entre nós. Todas as vezes que tira a mão
dele quando nossos dedos tocam ou o jeito que seus olhos, às
vezes, se aventuram em qualquer lugar, menos em mim...
— O que?
— Isso não vai acontecer. Acha que sou gay porque gosto
dos seus óleos?
— Acha que porque não venho para você, sou gay? — Ele
bate a unha na cabeça, e quero me arrastar para baixo do assento
e desaparecer debaixo do tapete.
— Não!
— Você pensa. — Sua voz arrogante acende com humor, diz
que não importa o quanto lute, é no que acredita.
— Mas não porque acho que sou tudo isso. E sim, você gosta
dos meus óleos. Mas almoça sozinho no restaurante todos os
dias. Não vi você falar com outra mulher e muito menos flertar
com elas. Gasta todo o seu tempo comigo quando não está
trabalhando. Nicole estava obviamente interessada em você.
Com mau humor, me viro para ver a Main Street passar pela
janela do carro. Apenas Lucky's está aceso desde que Liam fecha
o Smokin' Guns no domingo e segunda-feira e todos os outros
negócios estão fechados.
— Sinto muito.
Meus olhos caem para seus lábios e sua língua desliza para
fora. Minhas entranhas sentem como se um pinball tivesse
acabado de ser lançado e está correndo pelo meu corpo.
— O que?
Sua mão desliza da minha bochecha, passando pelo meu
braço até a minha mão estar na dele.
Ele olha para mim por cima do ombro depois que chegamos
ao terceiro andar e tenho certeza de que vejo as mesmas
perguntas em seus olhos. Tudo o que tem para me dizer não vai
mudar como me sinto. Vou querê-lo independentemente.
Bang!
Acho que o olho roxo deveria ter me dado a dica. Mas não é
alguém com quem imagino Brooklyn e luto para entender como
ela estava noiva dele. Ele é... por falta de uma palavra melhor, e
não estou tentando soar como uma merda de hierarquia do
ensino médio, idiota. Quem aperta o botão de cima da camisa se
não estiver usando gravata? Parece tão barbeado que não consigo
deixar de pensar se realmente cresce pelos em seu rosto. Seu
cabelo é grande e descuidado e sem estilo. Esse cara nunca
conheceu gel em sua vida.
Hum... o que?
— Desculpa.
Então me ocorre.
— Sente-se.
— Sabia que não teria que fazer isso. Quero dizer, sua
família é como o The Brady Bunch2.
— Vamos. Você sabe tão bem quanto eu que nunca vai sair
daqui.
— Por quê?
— Porque você gastou uma tonelada de dinheiro recebendo
o diploma. É por isso que devíamos ter ido para São Francisco.
Você poderia encontrar uma galeria ou dar uma aula, mas aqui
não há nada para você.
— Há minha família.
— E aí está você. Ouça, não sei o que dizer. Sei que lidei
mal, mas no final acho que a decisão foi a certa.
Ele concorda.
— Quando?
— Terminei.
Dou de ombros.
— Claramente.
— Mas...
— Acho que não vai saber até que esteja nessa situação
novamente. — Algo passa por seu rosto, mas quando seus olhos
pegam os meus, ele sorri como se estivesse mascarando alguma
coisa.
— Tem mais.
— Ok...
Sei que ela não verá isso chegando. Quer dizer, meu pai
verificou tudo. Meu nome foi retirado do site da empresa. Criei
este personagem apenas para me disfarçar, embora não acho que
faço um ótimo trabalho. Então, novamente, ninguém pesquisou
o nome do meu pai no Google? Nossas fotos de família seriam
fáceis de encontrar. Mas as pessoas aqui te aceitam pela sua
palavra. Não assumem automaticamente que as pessoas estão
mentindo.
— Whitmore? — Eu concordo.
— Como em...
— Eu? Não, não estou chateada. — Ela toma outra dose com
uma careta, em seguida, segura a mão sobre o estômago. —
Quero dizer, você é um milionário fingindo ser uma pessoa
comum. Você se envolveu com a minha vida sabendo que ia
partir. Por que eu ficaria chateada? — Ela faz uma pausa para
outra recarga de uísque, mas não a joga de volta ainda. Neste
momento, vou levá-la para a cama.
— E os funcionários?
— Sim.
— Você não pode fazer isso, Wyatt. Há pessoas que
trabalham lá desde sempre. Só porque estão passando por um
momento difícil não significa que você pode tornar mais difícil
fazendo-os serem demitidos. Ou... eu acho que no seu caso,
demiti-los você mesmo.
— Hum... não tanto sobre Jeff ter nossa lua de mel com
outra garota.
— Isso foi circunstâncias extenuantes e Denver teria ficado
chateado se tivesse toda a diversão só para mim.
— E Liam?
— Estou a caminho.
— Então continue.
— Ele não é Wyatt Moore, ele é Wyatt Whitmore. — Rome
leva um segundo antes que acene em compreensão.
— Como em...
— Sim.
— Não é.
— Isso não é você. Além disso, se você dorme com ele, faça
isso antes de partir, não meses antes. Você é uma garota que
significa que sexo vem com sentimentos. É melhor não deixar
tempo para esses sentimentos atormentarem.
— Mesmo assim, isso não significa que não pode ser o cara
que leva você ao primeiro contato, e funciona como uma ponte
para o novo relacionamento. Não que queira te dizer o que fazer,
mas um cara como Wyatt não é o material de Lake Starlight. Por
que não se divertir com um cara que não terá que ver por anos
depois?
Não digo que ele dorme com muitas mulheres sem o nome
delas e que ele não sabe se deixou uma mulher com o coração
partido ou não.
— Que caixa?
— Obrigada, mano.
Eu bato
— Entre.
Entro e fecho a porta atrás de mim. Wyatt desliza a cadeira
para longe do computador. Hoje ele está de fato, com um traje
muito profissional que, depois de uma inspeção mais detalhada,
posso agora dizer que custou mais do que todo o meu guarda-
roupa. O jeito de vestir os ombros e as pregas na cintura diz que
é feito sob medida para o corpo dele.
Agora que o vejo parado na minha frente assim, sei que fui
idiota em não ver o quanto melhor essa versão dele combina com
ele. Está em suas roupas, fazendo o que deveria estar fazendo,
gerenciando um hotel. O carregador, o serviço de limpeza e a
versão da recepção do Wyatt não eram ele. Na verdade não.
— O que quer dizer com vai lidar com ela? — Inclino minha
cabeça.
— Foi bom ver você, Duke. — Ela pega sua mala depois que
acaba de entregá-la. Aquilo era mesmo necessário?
3 O wrap é um alimento feito com massa de pão achatado enrolado em torno de um recheio.
— O que você está comendo? — Pergunto.
Eu rio, feliz por ela ter mudado de assunto para ela. Então,
novamente, ela está sempre disposta a compartilhar seu passado
e falar sobre memórias que podem ser dolorosas.
Ela ri.
Dou de ombros.
Sorrio.
— Por favor, você teve que suportar a vovó Dori por meses.
Nunca diria isso, mas não me importo. Se não fosse pela
vovó Dori, nunca teria conhecido Brooklyn do jeito que conheço.
— Adoro.
Sorrio.
4 Jogo de cartas para duas ou mais pessoas. Por depender muito do raciocínio lógico e estratégico dos
jogadores, estimula a visão ampla das situações, permitindo a interação de todos os componentes da
mesa.
— Brook. — A voz de Wyatt sussurra em meu ouvido. —
Estamos pousando.
— Adormeci?
Ele ri.
— Você adormeceu.
— Claro, o que?
— Certo.
— Você abasteceu?
Leva tudo em mim para não levá-la daqui para evitar ser
contaminada por essas pessoas.
— Ok. Prometo.
— Certo.
— Eu gosto. — Digo.
— Brooklyn Bailey.
— É legal.
Minha mãe nos ignora e vejo como minha mãe fala sobre
quem sabe o que, levando Brooklyn para longe de mim e mais
perto das águas infestadas de tubarões.
Nós dois sabemos que ela não iria. Então, novamente, talvez
eu seja cínico.
— O que?
— Certo.
— Uma amiga.
— Do Alasca?
Bradley agita sua bebida e olha para mim. Ele pega seu
agitador, lambe-o e coloca-o ao lado de sua bebida no
guardanapo.
— Não é a verdade.
— Porra. — Murmuro.
— Sinto muito.
— Obrigada.
— Meu irmão.
— Abe Whitmore.
— Bailey Timber?
— Sim. — Eu aceno.
Puxo um suspiro.
— Bonito, não é?
— Não. Não sou assim, mas fui criado para conseguir o que
quero. Que se danem as consequências.
— Qual é o problema?
— Você sabe do que estou falando. — Ele não diz nada, mas
seu sorriso diz tudo o que preciso saber.
— Eu sei.
— Apenas feche-os.
— Hum hmm.
Me preparo. É isso. Finalmente vou beijar esse homem e não
vou pensar no amanhã ou no que acontece quando ele sair de
Lake Starlight. Não vou me preocupar com o nosso destino. Só
vou gostar de beijar e tocar e espero fazer sexo com ele hoje à
noite. O futuro será amaldiçoado.
Não conheço o homem, mas sei que isso não pode ser bom.
O fato de que os olhos do meu pai estão focados em mim
deve ter minha atenção focada em me desculpar silenciosamente
pelo espetáculo que fiz chegando atrasado. Acho que isso mostra
que não mudei tanto quanto gostaria de pensar que tenho feito.
Mas em vez do meu pai, é Brooklyn que ocupa minha mente.
Sorrio para ela. Não consigo não sorrir quando olho para
ela.
— Ei.
Tudo pelo que passei com meu pai vem como um trem de
carga passando pela minha cabeça. Todas as lembranças de sua
aparência desapontada, os comentários feitos para minar
qualquer autoconfiança que eu tinha, e os insultos de que nunca
encontrarei sucesso. Como não pode contar comigo ou confiar em
mim para fazer a coisa certa. O que ele realmente quer dizer é
que eu não sou ele. Que em algum lugar me desviei de ser o que
a visão dele era para mim. Posso estar andando na pista de trem
ao lado dele, mas estamos em caminhos diferentes.
— Você quer...
— Wyatt!
— Sei que você usa pessoas para conseguir o que quer. Que
está amarrando essa garota prometendo a ela algum futuro de
ter milhões e nunca querendo nada.
— Foda-se, Ian.
— Não, sem mim você não vai. — Ele passa por mim e aperta
o botão do elevador.
— Ingênua?
Seu olhar cai pelo meu corpo e volta para cima, suas mãos
deslizando sob as alças do meu vestido até que elas caem pelos
meus ombros. Ele as guia pelos meus braços, observando meu
corpo atentamente enquanto o material passa por meus seios e
pelo meu umbigo. Sua respiração engata quando passa meus
quadris e cai em cascata para o chão.
Seu peito é liso e seu estômago reto e uma vez que tem sua
camisa completamente desfeita, ele tira do corpo, deixando-a
para se juntar ao meu vestido no chão.
— E as suas calças?
Ele não torna difícil apreciar a maneira como ele adora meu
corpo. Seus beijos são pequenos pedaços de admiração pela
minha eu nua. Seus gemidos são um impulso de autoconfiança
que me garante que sou o que ele quer.
Não acho que poderia ficar excitada tão cedo, mas observá-
lo estimula outra rodada de desejo dentro de mim.
— Chuveiro? — Pergunto.
— Por quê?
— Por que você foi para lá? — Tomo minha cerveja e ela olha
para longe.
— Você não tem que me dizer nada que não queira. — Ela
desliza mais perto, sua mão chegando ao meu rosto.
— Você entrou?
— Por que sua mãe fica com ele? — Ela pergunta sem
julgamento. Dou de ombros.
— Brooklyn. — Sorrio.
Uma vez que estou com os pés firmes, Wyatt volta para
segui-lo e Ian ri.
— É tão impressionante.
— Bem, o barman não deu cartão, então foi bom,— diz Ian.
Ele desacelera no meio das filas e acho que ele vai me depositar
lá, mas estou errada. — Vamos desacelerar. Não estou nessa
coisa de pressa. Você está bem, mas as mulheres velhas, são
sensíveis. — Ele olha para trás e se inclina. — A tia-avó de Wyatt,
uma vez encaminhada, agarrou minha bunda. — Não consigo
segurar meu riso.
— Não sei o que é mais engraçado. O fato de ela ter feito isso
ou o fato de você conhecer a relação tão bem. — Ele encolhe os
ombros.
— Minha mãe vai ficar em êxtase por você ainda estar aqui
comigo. Ok, tenho que andar com a minha mãe. Você está bem?
— Ele se senta na quarta cadeira.
Rome: Não!
Eu: Wyatt tem que andar com a mãe dele pelo corredor, então
estou sozinha na primeira fila e não conheço ninguém.
Rome: ???
Merda.
— Sem problemas.
A música começa.
Que frase...
— Ok...
— Austin, Savannah, Rome, Denver, Juno, Kingston,
Phoenix, Sedona... — Seus olhos se arregalam esperando por
mim para pegar.
Que idiota sou. Nunca pensei que poderia ser a primeira vez
dela aqui e tudo o que fizemos foi o casamento.
— Ei, Rome.
— Nós ainda precisamos conversar. — Meu pai vem ao meu
lado. Tapo minha outra orelha com o dedo para poder ouvi-lo
sobre a música.
— O que aconteceu?
— Hum...
— Sim, concordo. Ela vai levar isso melhor com você.
— Ok?
— Sabe tão bem quanto eu, ela estará no próximo voo. Vou
enviar uma mensagem para você quando tiver as informações
sobre o voo.
— Obrigado, Wyatt.
— Sem problemas.
— Não acha que isso está indo longe demais? Entendo que
gosta dela, mas não está exatamente pronto para ser um sistema
de apoio.
Ele olha para mim e pela primeira vez recebo a reação que
quero. Choque total. Quase podia sorrir, exceto que isso vem à
custa da minha mãe, então me sinto sujo.
— Foda-se você.
— Obrigado.
— O que é?
— Brooklyn. — Responde.
— Meu pai está enganado. Não vou voltar com você. — Olho
para Wyatt e ele revira os olhos.
— Vou enviar-lhe algo mais, mas espero que isso ajude você
a dormir hoje à noite. — Coloco o frasco na palma da mão dele e
o abraço com força em meu corpo.
Merda.
— Gosto disto.
— Sim, não posso dizer muito. Austin foi quem teve que
tomar a difícil decisão de se estabelecer aqui.
— Decisão?
— Meu? — Eu concordo.
— Eu estou.
— Alô?
— Uh huh...
— Ok.
— Sim.
— Obrigado.
— Tchau.
— Não. Ok.
— Obrigado.
Assisto para ter certeza de que todos estão saindo antes que
eu a beije. Não precisamos de mais perguntas sobre onde
estamos, especialmente quando nenhum de nós tem as
respostas.
— E?
Eu: Algo me diz que legal não é realmente o que você quer
dizer.
Eu: Tchau.
Meu telefone toca mais algumas vezes, mas não vou ouvir a
negatividade dela nesse momento. Finalmente me sinto mais feliz
do que em meses e ela está estragando tudo.
— Estou silenciando você. — Digo depois que ela continua
a enviar mensagens de texto para mim.
— Que maduro.
Ele balança a cabeça e levanta a mão que diz que não está
se envolvendo nisso.
— E?
Seu sorriso se alarga e ele pisca. Por que Juno não sai com
ele? Ele é adorável e lindo.
— Duvido que fosse o que ela quis dizer. Todo mundo está
estressado e preocupado agora. Foi uma noite longa. Vamos
pegar algumas flores, cartões e outras coisas para mantê-la
ocupada.
— Nada.
— Ótimo.
— Bom.
Ela se afasta e Juno e eu nos separamos na loja, cada uma
de nós escolhendo flores para o grande arranjo para Denver.
— Não.
Tão madura.
— Sei que disse que estava ok, mas estou preocupada e não
posso morder minha língua até que você me ouça.
Espero um segundo.
Juno se aproxima.
— Brookie. — Diz ela.
— Não chore.
— Não.
Ela olha de relance para mim e o que quer que seja que ela
vê no meu rosto a faz virar-se na minha direção.
— Sim?
— Me beija.
Não tenho ideia para onde iremos, mas sei que estou
disposto a ver, para saber o que vai acontecer. Me importo muito
com essa mulher para de boa vontade desistir dela neste
momento. Vamos lidar com o futuro mais tarde.
— Uhuuuuull! — Alguém grita e nós dois olhamos para
encontrar as portas de correr abrindo e fechando enquanto
alguns dos Baileys assistem.
— Eu também.
— Eles não vão nos deixar vê-lo ainda. Ele está indo para
um quarto. — Diz Rome.
— Falando em quartos, se vocês dois quiserem um quarto,
vamos dar o de Denver para o amor de vocês. — Acrescenta
Kingston.
— De nada.
Uma vez que está sobre mim, suas mãos correm sobre o
meu corpo mais devagar do que nunca. Seus beijos são lentos e
seu toque fica mais suave. Sua língua busca e explora enquanto
suas mãos se movem como se estivesse memorizando cada curva.
Em algum lugar no ato frenético de se despir, ele levou um
momento para se reagrupar.
— Wyatt. — Murmuro, meus olhos se fechando enquanto
ele desliza em cima de mim, empurrando minhas pernas abertas
com suas coxas.
— Bafo matinal.
— Ainda bem que é dos anos oitenta. — Fico nos meus pés
e inalo seu perfume de sândalo.
Wyatt está em seu terno com o meu café esperando por mim
em um copo para viagem e uma barra de granola ao lado dele.
— O quê? — Sussurro.
— Precisamos conversar.
— O que? — Eu sorrio.
Merda.
— Estou em apuros.
Eu cutuco ela.
— Não acho que isso mudou a maneira como ele se sente
por você.
— O que?
— Desculpe. — Murmuramos.
— A minha garota.
Dou de ombros.
— Sério?
— Não. Quero falar sobre isso. Senti sua falta o dia todo.
Ele se aproxima e não paro porque não quero lutar com ele.
Meu corpo o quer. Meu coração o quer. Minha cabeça o quer.
— Reagan...
— Reagan!—
Concordo.
Convencê-lo era quase impossível, uma vez que ele tem uma
política rigorosa de não permitir animais de estimação. Tive de
dar um depósito e prometi ser responsável por quaisquer danos.
— Espero que esteja bem. Quer dizer que não é uma garota.
Holly disse que ele seria perfeito para você.
— Sim?
— Aluguel?
Ela recua, mas roubo outro beijo antes que ela fique muito
longe.
— Não é um veterinário.
— Lindo rapaz.
— Eu não estou.
— Eu sei.
— Feito, então.
— Sem argumentos?
— Obrigada.
— Bom.
— Tchau.
Juro que toda vez que algo surge com o pai dele, isso o
coloca em parafuso, e não se parece com o homem que eu amo e
passo cada minuto do meu tempo livre.
— Fique aí mesmo.
— Eva.
— Ok.
— Sinto muito.
— Por quê? Vou usá-lo quando for tirar uma soneca. Não
posso esperar.
— Viu?
— Apenas funcionários.
— Obrigada Reagan.
— Sra. Whitmore quer que eu almoce com ela e você vai
junto para que as pessoas não me julguem e olhem. — Ela sacode
a cabeça.
— Certo.
— Definitivamente.
— Ok, tenho que ir. Vejo você hoje à noite. — Grito pelo
restaurante vazio, acenando com a mão.
— Sim.
— O que?
— Como você pode ser tão egoísta? Você recebe seus hotéis.
Eu tenho o meu negócio e deixamos todas essas pessoas para
lutar e talvez conseguir um emprego na próxima cidade? Não me
perdoo que tenham que ser entrevistados para trabalhos que já
estão fazendo. Estou curiosa, por que quer que vá com você?
Engulo o nó na garganta.
— Pensei que talvez eu fosse o suficiente.
— Quase,— murmuro.
— Não sei. Teria que falar com Dori, mas acho que não. —
Concordo.
— Hmm...
— É por isso que não quer vir para Nova York comigo? —
Viro minha cabeça, descansando minha bochecha no meu
antebraço.
Eu bufo.
— Você não viu a leve camada de neve que caiu esta manhã?
É melhor que Mac jogue um pouco de sal antes que uma velhinha
como eu caia e quebre o quadril. Ela pode processar este lugar.
— Vovó Dori entra com Savannah a reboque.
— Obrigado?
Ela me olha bem nos olhos. — Por mais assustador que seja,
se você dá um salto de fé, às vezes compensa.
— Ela te assusta?
— Porque você está prestes a fazer algo que acho que sente
que tem que fazer, mas não tenho certeza se realmente quer fazer.
Preciso ter certeza de que entende exatamente o que está fazendo
antes de assinar os papéis e assumir a cadeia de hotéis.
— Sei que nunca levei isso a sério antes, mas nos últimos
anos... — Ela sacode a cabeça.
— Não é?
— Não posso.
— Isso foi o que pensei. Então por que está aqui, lutando
por algo que você não quer? Para jogá-lo no rosto do seu pai?
Para provar a ele que é tão bom ou melhor que ele? Que de
alguma forma merece passar sua vida administrando um negócio
que não era seu sonho em primeiro lugar? Vá lá, Wyatt.
— Wyatt, sei que seu pai não é santo. Mas deixei o passado
para trás, assim como ele. Fomos a conselheiros e fizemos o
trabalho e, sim, seu pai ainda é um workaholic e difícil de
agradar, mas não é o mesmo homem que foi por muitos anos. —
Minha cabeça desce. Ela sabia o tempo todo e escolheu perdoá-
lo.
— Mas...
— Mãe...
Brooklyn,
Com amor,
Wyatt
Dobro o pedaço de papel de volta, querendo ler
repetidamente porque posso ouvir sua voz lendo para mim na
minha cabeça.
— Novo começo.
— Estou bem.
— Você sabia que a vida dele era em Nova York, então por
que se envolver? — Ele esclarece. Eu olho para Rome.
— Sim.
— Wyatt? — Suspiro.
— Talvez.
— O quê? — Sussurro.
— Nova York?
— Estou mudando para Lake Starlight definitivamente. Na
verdade... — Ele segura um conjunto de chaves.
— Abriu?
— Definitivamente.
— Então ele não deveria ter feito isso em seu jipe atrás de
Lucky. — Diz Savannah.
Todos concordamos.
— Por que todo mundo está tão quieto? — Ele olha para a
mulher e a criança.
— Há dois de vocês?
Denver inclina a cabeça e Rome contorna a ponta da mesa
para se aproximar.