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Saints and Sinners MC

Livro 02

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Cris Guerra

Anna Azulzinha

Carla C. Dias

Lola

Cinthia U.

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Elena é a irmã mais nova de Saint, presidente do
Saints and Sinner’s Mc. Ela fez parte de sua vida até
que a sua mãe a levou para longe. Agora, não pertence
ao clube, tampouco como a irmã de Saint. Quando
conhece Pipe em um bar, tudo muda. Ele lhe desperta
um desejo que não pode negar.

Pipe não quer nada de Elena, apenas ela. Não


quer começar uma guerra ou chantagear a irmã de
Saint. Ela não é como qualquer outra mulher que
conheceu. Tudo o que desseja é conhecê-la.

Longe dos clubes, exploram a atração e não


demora muito para que os sentimentos de ambos se
aprofundem.

Saint não é tolo, e quando descobre que Pipe se


envolveu com a sua irmã, quer tirar satisfações.

Pipe não deixará que Elena escolha entre ele ou


Saint. Ele está preparado para fazer um negócio que
deixará o Saints and Sinner’s MC mais perto dos
Hell’s Wolves MC. Ele quer a paz e manter a sua
mulher segura. Saint o deixará viver? Ou será que
Pipe cuidará dos negócios uma última vez?

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— O que sugere? — perguntou Saint.

— Minhas lutas lucram cada vez mais. Quero saber se


quer um pouco de ação — disse Pipe, olhando para o Prez do
Saints and Sinners MC.

— Por que nos quer dar um pouco de ação? —


perguntou Rage. Desde que se casou com Penny, se tornou
um pouco hesitantes em assumir riscos. Pipe não culparia o
cara. Com uma mulher como Penny, você não permite que se
afaste e sempre tem a certeza de que esteja segura. Esta era
uma das razões pelas quais decidiu uma trégua. Algumas
semanas atrás, uns membros de seu clube tomaram Penny,
em nome do Hell’s Wolves MC. Ficou puto por não ter sido o
único a abater cada um desses imbecis. Ao invés disso, teve
de lidar com a satisfação de queimar esses filhos da puta e
enterrá-los em vergonha.

Ninguém o ferrava e fugia. A tensão dentro de seu


próprio clube aumentou e os seus homens sabiam que não
estava acima da porra ao longo dos traidores. Um dos
Recrutas de seu clube foi pego vendendo drogas em uma
escola, prejudicando as crianças.

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Pipe esperou até que conseguiu a evidência e chamou o
clube para ver o recruta dar o seu último suspiro, quando
Pipe injetou cada pacote de drogas que encontrou com o
Recruta em suas veias.

Ele não era um bom homem.

Pipe aconselhava toda mulher solteira que se aproximou


dele para ficar o mais longe possível dele. Não era o tipo de
homem calmo e gostava de foder bocetas aleatórias. As
prostitutas do clube sabiam manter suas bocas malditas
fechadas, a menos que seu pau estivesse em suas bocas ou
em suas bocetas.

Havia uma mulher que não avisou. Elena, a irmã mais


nova de Saint. Ele a seguia desde o dia que Rage e Penny se
casaram — o que era apenas uma semana atrás — mas não
deu qualquer tipo de aviso, durante a noite inteira que esteve
com ela.

— Considere isso um pedido de desculpas e uma


esperança para nós, que não haja qualquer incidente como o
que aconteceu com Penny. — olhou para Saint, querendo
saber o que o outro homem pensava de Elena. Ela não fazia
parte do clube e intrigou-lhe que tivesse desaparecido,
apenas para voltar, reservada.

— Queremos uma parte das lutas sem os nossos


homens e também 50% quando os nossos rapazes lutarem —
disse Saint.

— Isso é besteira — disse Shawl.

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Pipe levantou a mão. — 10% sem seus homens e 45%
para os homens.

Rage se inclinou para frente, sussurrando algo para


Saint.

— 50%. Esta era a sua oferta, não a nossa. Não


precisamos colocar qualquer uma das nossas coisas na linha
para isso.

— Fechado — disse Pipe.

Apertaram as mãos e, pelas costas, sentiu a raiva de


Shawl. Esperou que os Saints and Sinner’s MC saíssem, e
Shawl começou a vociferar suas perguntas.

Levantando a mão, Pipe o silenciou. — Tenho minhas


razões para o que fiz. — acabara de abrir a sua passagem
segura para clube Sinners “por fazer negócios” com Saint, e
por sua vez, acesso à Elena, que era o que queria daqui para
frente.

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— Eles são monstros, Elena. Nunca volte para eles. Irão
machucá-la e usá-la. Eles são pessoas más.

Elena olhou para o seu celular quando tocou


novamente. Fazia duas semanas desde que cometera um
erro, tomando um drink com o inimigo de clube de seu irmão.
Merda, não estava envolvida com os Saints and Sinner’s MC,
e ainda assim era controlada pelo inimigo. Ela odiava isso.

Cancelando a ligação de Pipe, guardou seu celular e


sorriu para sua amiga Sarah, que voltou para a loja principal
carregando uma grande caixa.

— Você está bem? — perguntou Sarah.

— Sim.

— De quem era a mensagem?

— Pare de ser intrometida. — Elena sorriu para mostrar


que estava brincando. — Apenas um cara que não me deixará
em paz.

Sarah gemeu. — Odeio homens.

— O que? Ralf não está incluído nisso?

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Ralf foi um membro do MC, mas saiu, entregando o seu
colete, tornando-se deputado em Corner Sinners.

— Sim, está.

A dor na voz de Sarah fez Elena ir em direção a sua


amiga. — O que é isso? O que está acontecendo?

Sarah colocou a caixa no chão e colocou as mãos na


frente do rosto. — Não é nada. — seus olhos encheram de
lágrimas que escorriam por suas bochechas.

— O que aconteceu? — perguntou Elena.

— Ralf e eu, estamos dando um tempo. — Sarah cobriu


o rosto e começou a chorar.

— Um tempo? O que? Por quê? Merda, sei que nenhuma


das minhas perguntas te ajudarão agora. — colocou as mãos
nos ombros de Sarah, tentando dar-lhe conforto, quando
nada parecia lhe dar.

— A vida como um deputado, não é apenas a trabalhar


para ele e lhe disse que não precisa ser um deputado. Tudo é
confuso e começamos a discutir e ele disse que eu lhe custei
o colete e não havia outra coisa também. Gritamos muito. Ele
está infeliz e nós estamos apenas separados. — Sarah
enxugou as lágrimas. — Ele deixou de ser um deputado três
dias atrás, e mudou-se de nosso pequeno apartamento.
Provavelmente já se enroscou em algum clube de prostituta,
esquecendo de mim. Olhe para mim? Por que ainda ficaria
comigo? Comparada a outras mulheres, sou feia e frígida.

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— Nunca mais diga isso! — disse Elena, ficando com
raiva. Ela chutaria o traseiro de Ralf. Como ousou ser tão
cruel com a sua amiga?

Não viu Saint crescer porque sua mãe a levou para


longe do clube. Elena abafou a dor de deixar para trás sua
família. Os Saints and Sinners MC não era mais sua família.
Saint estava certo de que foi afastada dos negócios do clube.

Pensou em Pipe e cerrou os dentes. De nenhuma


maneira deveria falar com ele. Pipe é o presidente dos Hell’s
Wolves MC, um clube rival de seu irmão. Não falou com ele
desde o dia que passou a noite com ele, sem ter relações
sexuais, apenas se divertindo. Ele relaxou com ela, tomando
um drink, jogando bilhar e até mesmo dançando. Por
algumas, foi capaz de esquecer que era irmã de Saint.

— Sinto muito. — Sarah enxugou as lágrimas. — Sabia


que nunca duraria. Éramos duas pessoas diferentes.

Ralf perseguiu Sarah, não o contrário.

— Não acho que é culpa sua. Ele é um burro e não deve


nunca pedir desculpas para ele.

Sarah respirou fundo. — Você está certa. Estou bem.


Tudo está bem e estamos todos bem.

Sua amiga levantou, colocou a mão em seu estômago e


respirou fundo. Elena notou que se colocando para frente.

— Quer vir para minha casa? Tomar sorvete? Posso até


pegar uma foto de Ralf e colocá-la em uma placa de dardo.
Que tal lançarmos dardos em sua cara feia?

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Sarah começou a rir. — Não, estou bem. Não preciso
disso. Posso apenas chorar enquanto tomo sorvete?

— Claro.

Elena foi em direção aos pedidos de bolsa, enquanto


Sarah colocava alguns dos produtos nas prateleiras. Dirty
Deeds era um sex shop muito bom, que não apenas fornecia
para os moradores, mas também distribuía online. Elena não
era uma idiota e sabia que era apenas um dos muitos riscos
de negócio que o clube tinha.

Ela recebeu um bom dinheiro, por isso ficou na cidade,


sem procurar outro lugar para se mudar. Será que seu irmão
fez isso de propósito? Houve um tempo em que ela idolatrava
seu irmão. Agora, não podia sequer pensar em uma razão
para gostar dele. Havia uma distância entre eles que foi
criada por mais de anos de separação. Com os avisos que sua
mãe lhe dava sobre a crueldade, ficou difícil se aproximar do
seu irmão.

Parecia irônico. Sua mãe a levou para longe do perigo


do clube e o perigo real aconteceu com ela.

Ela não contou a Saint sobre os espancamentos e a


inanição que sua mãe a fez passar para “livrar a sua alma do
mal do clube”. Três anos atrás, sua mãe morreu e Elena
voltou por insistência de Saint. Durante os dez anos que ficou
distante do clube, tudo havia mudado e Elena sabia que não
era a mesma pessoa.

Afastando o pensamento de sua mãe, Elena forçou a se


concentrar no presente. Foi assim que se manteve em curso:

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ignorando o passado e seguindo em frente. Reviver o passado
não a ajudava. Somente a fazia lembrar-se de tudo o que
perdeu.

Seu celular começou a tocar e tirou-o do bolso


esperando ver que era Pipe. Não era. Era seu irmão.

— O que foi? — perguntou

— Passará pelo clube? Tenho algo para a loja.

— Você não pode sair? — odiava visitar o clube. Isso


apenas servia para lembrar o que lhe faltava.

— Estou enrolado no momento. Estamos ocupados com


os negócios do clube.

Outra maneira de dizer “merda que você não precisa


saber”.

— Bem. Estarei lá esta noite quando terminar o


trabalho.

— Elena?

— O quê? — falou alto e, pelo canto do olho, viu que


Sarah ficou chocada.

— O que está acontecendo? — perguntou Saint, soando


como o irmão em questão, o que apenas a fez sentir-se
culpada.

— Nada.

— Você pode me dizer qualquer coisa.

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Não, realmente não podia. Saint era seu irmão e não
confiava nele, não realmente. Eram duas pessoas diferentes,
e que era difícil para superar agora.

— Tenho trabalho a fazer. Te vejo mais tarde. —


desligou o telefone.

— Tem certeza que está bem? — perguntou Sarah.

Ficou tentada falar com a amiga, para ver o que achava


de todo o negócio com Pipe, mas, sua intuição lhe dizia para
ficar quieta.

— Estou bem. Não há nada acontecendo. Juro. — deu


um sorriso para sua amiga e foi salva por vários clientes que
entraram na loja. Elena deixou Sarah arrumando o estoque
nas prateleiras para atender os clientes. Forçou um sorriso
aos lábios e foi fazer algumas mulheres felizes.

Pipe sorriu para seu telefone celular. Ele sequer se


incomodou de colocar o telefone celular ao ouvido. Sabia que
ela rejeitaria a ligação. Ela rejeitou todas as outras e não
esperava nada diferente. Tinha certeza que Elena era um osso
duro de roer. Os Saints devem estar orgulhosos dela.

— O que está acontecendo? — perguntou Shawl.

— Nada. — guardou seu telefone celular e olhou para o


seu VP. — Então, me diga o que temos. — olhou para o
grande armazém que tratou em combates ilegais. Uma das

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maneiras de ganhar dinheiro era promover lutas. Alguns de
seus clientes tinham muito dinheiro e gostavam de um banho
de sangue.

Sua configuração não era alguém como Ned Walker,


mas ele não estava em Vegas e havia menos chance de ser
pego, especialmente porque tinha amigos dentro da lei. Não
apenas tinha um monte de amigos em lugares importantes,
mas também fez um acordo com Saint, colocando as suas
perspectivas de uns contra os outros.

O anel não era uma luta até a morte, só até um


adversário ser eliminado.

— Este é o concorrente de Lugi. Seu nome é Victor, e ele


é um filho da puta mortal. — Shawl falou sobre seu mais
recente grupo de lutas e Pipe simplesmente não estava
interessado. Ao invés disso, uma loira com olhos azuis
intensos e um sorriso que deixava seu pau pulsando o
distraía. Tudo o que precisava fazer era pensar em seus seios
fartos e curvas arredondadas e era difícil manter sua atenção
em qualquer outra coisa. Sim, Elena era uma menina grande,
mas gostava disso. Não podia esperar para tê-la montando
seu pênis.

Depois de uma hora verificando a programação de lutas,


teve que ligar para Saint.

— O que posso ajudá-lo? — Perguntou Saint, soando


menos do que feliz em ouvi-lo.

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— Temos negócios a tratar. A primeira luta com um dos
seus garotos será amanhã à noite. Tenho uma cópia do
cronograma. Quer passar aqui e pegá-lo? — perguntou Pipe.

— Merda, não tenho tempo. Não, traga para o clube.

— Quer que entre no território dos Saints and Sinners


sozinho?

— Pelo amor de Deus, traga alguns dos seus homens.


Não dou à mínima, Pipe. Tenho coisas melhores a fazer do
que me preocupar com a sua bunda velha. Traga o
cronograma e lhe darei a informação que precisa na minha
cara.

Saint desligou e Pipe sorriu.

— O que está acontecendo com você? — perguntou Egg.

Egg era o único a quem contou sobre a tentativa de


Sean para assumir o poder de Hell’s Wolves MC. O clube lhe
pertencia. Pipe não apenas lutou com o velho homem pelo
direito de Presidente, mas também matou seu pai. O filho da
puta queria vender crianças e levar o clube a um caminho
escuro. Pipe estava no escuro, mas não se envolvia com
crianças. As mulheres podiam foder com quem quisessem,
desde que não lhe causassem problema.

Elena não era como nenhuma das mulheres com quem


esteve. O seu sorriso era puro, ainda que cheio de tanta dor.
Pipe queria saber o que a deixou tão fechada. No momento
soube de sua existência, ficou curioso, mas agora estava
viciado. Precisava vê-la novamente e saber que estava bem.

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— Nada está acontecendo. Apenas trabalho a fazer.

— Quer que um de nós vá com você? — perguntou


Pocket, gritando para ele.

Pipe sacudiu a cabeça. — Posso lidar com isso.

— Não confio neles — disse Shawl.

— Não é a sua posição para confiar neles. Lembre-se


que nossos caras bateram contra eles primeiro, não o
contrário. Eles têm o direito de estar chateados. Estamos no
negócio juntos. Não começarei uma guerra, está me ouvindo?

Olhou para alguns dos seus homens presentes no


armazém.

— Ouvimos — disse Shawl. — Basta ter cuidado.

Pipe era o único com capacidade de lidar com o clube.


Shawl já manifestou o seu medo para ele e entendeu a
preocupação de Shawl. Todos os seus homens estavam
sedentos de sangue e eram usados para derramar sangue
regularmente.

Seu pai viu que os Hell’s Wolves MC eram viciosos e não


mostrou misericórdia. Nos últimos anos, Pipe os forçou a
usar suas cabeças ao invés de suas armas. Não queria
enterrar mais homens. Os que colocou no chão, foi
necessário.

Ninguém fodia com ele e viveu para contar o conto. Ele


era conhecido como Pipe1 porque esmagava a cabeça das
pessoas com um tubo de aço, mas isso era apenas uma parte

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Tubulação

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da história. Pipe não parou até que fez as pessoas implorarem
pela morte muito antes que as dava. Ele era um monstro e
admitiu abertamente a ele.

Se Saint soubesse por um segundo que estava


interessado em Elena, não duvidava que uma guerra seria
declarada.

Pegando o cronograma de Shawl, acenou para todos os


seus homens e caminhou em direção a sua moto. Foi um
longo dia e Elena deixou todas as suas chamadas caírem na
caixa postal. Não enviaria uma mensagem e ela muito bem
sabia. Pipe ouviu sua voz quando disse às pessoas que
sentiam falta dela.

Queria vê-la novamente. Fazia muito tempo desde que


estiveram juntos.

Montando sua motocicleta, colocou o cronograma


dentro de sua jaqueta, antes de sair do armazém. Andava em
direção Corner Sinners. A cidade era muito grande, na
verdade, uma simpática comunidade. Ainda tinha que ter o
prazer de comer na cidade, com o seu clube não era
permitido, a menos que convidado pelo próprio Saint, que
ainda tinha que acontecer.

Ela é apenas uma cadela.

Mesmo que tenha pensado, sabia que era uma mentira.

Elena não era apenas uma cadela. Ela era uma mulher
para cuidar. Shawl lhe mostrou como era uma mulher que devia
ser cuidada. O irmão foi casado por seis anos e tinha quatro
filhos, e não se envolveu com nenhuma das mulheres do clube.
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Foi por isso que Pipe o fez VP. Shawl não procurava guerras ou
problemas. Tinha sua esposa e filhos para se preocupar.

Afastando os pensamentos de Shawl, dirigia pela longa


faixa da cidade, olhando para Dirty Deeds. Ficou surpreso ao
vê-la fechada, como era normalmente aberta o tempo todo.

Não havia chance de ver Elena agora. Indo para o


clube, se concentrou na estrada à sua frente, ignorando os
olhares curiosos dos moradores. Entrando no clube, avistou
Saint juntamente com Ralf. O único problema é que Ralf não
usava uniforme, apenas um colete de couro. Isso foi um
choque. Uau, todos estavam cheios de surpresas
ultimamente.

Estacionando sua moto, Pipe viu vários dos Saints and


Sinners vão para suas armas, mas não desenhar. Escalando
fora de sua motocicleta, ele sorriu, e deu-lhes um assobio.

— Tenho uma pequena reunião de seguidores. Estou


impressionado.

— Cale a boca, Pipe. Apenas me dê a merda da


programação.

Caminhava em direção a Saint, quando outro carro


parou no estacionamento. Estacionou na entrada de modo
que ninguém podia entrar ou sair. Pipe observou enquanto
Elena manteve o motor funcionando, mas saiu do carro.
Congelou no momento em que o viu e se perguntou o que ela
diria.

— Elena? — perguntou Saint.

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— Você me queria aqui depois do trabalho. Trabalho
está terminado.

Interessante.

Irmão e irmã não parecem ter um bom relacionamento.


Pipe olhou para Saint e viu sua mandíbula tensa quando ele
apertou os dentes juntos.

— É cedo — disse Saint.

— Sarah queria ir para casa e percebi que fechar a loja


não seria um problema. — Elena olhou para o homem ao lado
de Saint. Sua raiva era nítida. Pipe encontrou sua raiva tão
quente e seu pênis engrossou em suas calças. — Por que não
estou surpreso que esteja aqui? — perguntou.

Pipe virou-se para Ralf, que tinha ficado tenso.

— Cai fora, Elena.

— Você é um babaca. — Elena cruzou os braços. — O


que você quer, Saint?

— Volte para o meu escritório.

— Não entrarei lá. Diga-me agora o que quer para que


eu possa sair.

— Elena!

— Você sabe, Saint, e foda-se todos vocês e seu clube de


merda. — voltou para seu carro, visivelmente tremendo de
raiva. — Sarah perdeu tempo com você, Ralf. Espero que ela
encontre um cara que a trate direito.

— Nenhum outro homem a tocará — disse Ralf.

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Elena começou a rir. — Quer apostar?

Ela entrou no carro e saiu do estacionamento. Saint


deu um passo mais perto e amaldiçoou.

— O que ela quis dizer com o quer apostar? —


perguntou Ralf.

— Não admira que não continuou como deputado. Você


tem cérebro. — Pipe bateu o cronograma no peito de Saint. —
Espero o seu rapaz amanhã.

Caminhou em direção a sua motocicleta e teve pena de


Ralf.

O que isso significa, filho da puta, é que ela se certificará


de que Sarah seja tocada por outro homem. Elena sairá essa
noite e levará sua garota com ela.

Havia apenas um lugar que iria e se certificaria de estar


lá também, e talvez com dois de seus amigos sem os coletes.

Território neutro, sem necessidade de nenhuma


correção de qualquer tipo.

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— Elena, isso não é comigo, disse Sarah, olhando para o
bar em campo neutro. Não havia outro bar ao redor, onde
Sarah podia dançar com outros homens. Além disso, a última
vez que esteve aqui, Elena adorou. Claro, isso a fez pensar em
Pipe e de como a fez se sentir e rir.

— Não é qualquer um de nós, mas não pode passar a


noite toda chorando sobre o sorvete. Precisamos sair, dançar
com homens que não conhecemos e rir.

Elena não estava aqui para ver Pipe ou qualquer outro


homem. Pelo menos, é o que dizia a si mesma.

— Não sei.

— Não é algo que realmente precisa pensar. Ralf estava


na sede do clube e, tanto quanto estou preocupada, ele é um
idiota. — Elena tentou não deixar que seu temperamento a
dominasse, mas era difícil.

Sarah sorriu. — Eu o amo, Elena.

— Eu sei querida. Você não precisa pegar qualquer um


dos caras aqui. Sequer precisamos ficar muito tempo.

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Estamos aqui para um drink, uma dança e um pouco de
diversão.

— OK.

Saindo do carro, Elena deixou seu celular no porta-


luvas e juntas entraram. Estava muito cheio, mas foram em
direção ao bar. Elena pediu um refrigerante para ela e uma
cerveja para Sarah. Sua amiga necessitava para iluminar-se,
e até mesmo quando sentaram no bar, viu a tristeza nos
olhos de Sarah.

— Aposto que ele tinha um pau pequeno — disse Elena.

— O que?

— Ralf, direi que ele tinha um pau pequeno, muito


pequeno. Não sabia como satisfazê-la e era ruim de cama.

Sarah começou a rir e simplesmente não conseguia


parar. — Deus, está completamente errada — disse Sarah. —
Ele era muito bom na cama e tinha um pau incrível.

Elena riu. — Ele não está com você, agora pode


embelezar todos os seus defeitos.

Sarah tomou um gole de cerveja. —Você é uma boa


amiga.

— Eu tento.

— Então, todos os homens em sua vida?

— Nenhum. Todos têm medo de Saint e não estou com


vontade de chutar o traseiro de meu irmão. Seria bom para
lhe dar razão, embora. Ele precisa de seu traseiro chutado.

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— Você pode chutar o traseiro de Saint e eu o de Ralf.
Ou podemos trocar.

— Não sei. Posso chutar Ralf nas bolas de modo que


nunca possa ter filhos.

Sarah riu mais uma vez. — Isso é divertido, muito


obrigada.

— Você precisa aprender a me ouvir mais vezes. Tenho


boas idéias.

Terminaram suas primeiras bebidas e foram para a


pista de dança. Uma música animada tocava e Elena foi
dançar com sua amiga, balançando os quadris de um lado
para o outro.

Quando um cara subiu atrás de Sarah, Elena viu como


sua amiga estava feliz antes que ela estava prestes a ter um
assento no bar, e assistir. Isto era para Sarah, não para ela.

Elena foi parada de se mover quando um corpo


pressionou contra suas costas.

— Sempre preciso vir a um bar para encontrá-la?


perguntou Pipe.

Congelou e o olhou. O homem era grande, e seus


braços estavam cobertos de tatuagens. Ela deveria saber. O
homem dançando com Sarah tinha “Motociclista” escrito tudo
sobre ele.

— Este é Knife. É um amigo meu e ele sabe como jogar


bem.

— Não machucá-la.

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Ele grunhiu e girou para encará-lo.

— Este é um território neutro. Você sabe disso. É por


isso que vem aqui. Sua amiga está mais segura com ele do
que com qualquer outro desgraçado nesta sala.

— Como?

— Ele está ordenado para dar a Sarah um bom tempo,


dançar com ela, sorrir e conversar. No final da noite, a levará
em seu carro e sairemos juntos.

— Por quê? — perguntou, tocada que ajudava a sua


amiga a se divertir.

— Você parecia zangada hoje e sabia o que faria.

— Você não sabe nada sobre mim.

— Não?

— Não. — sentiu uma emoção de estar perto e adorava a


maneira como segurou-a. Sua grande mão descansou em seu
quadril, mantendo-a no lugar.

— Então me diga o que faço aqui e porque está aqui.

Não podia responder-lhe. Tentou sair de seu abraço,


mas não iria deixá-la, apertando sua cintura.

— Sarah precisava de um pouco de diversão.

— Está mal por romper com o deputado.

— O que fazia no clube de meu irmão hoje? — No


momento em que o viu, entrou em pânico, pensando que
estava lá para dizer para Saint que se divertiram duas
semanas atrás.

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— Negócios do clube, baby.

— Uma maneira educada de dizer para não me meter


nisso.

— Olha, não é algo que precise saber, ok? É um acordo


entre Saint e eu.

— Contou a ele sobre nós? — perguntou, mordendo o


lábio.

— Não. O que temos aqui, não quebra nenhuma regra.

— Você já matou uma mulher? — não sabia onde vinha


a confiança para fazer esse tipo de pergunta. Elena foi
ensinada para manter a si mesma, e mantendo suas
perguntas trancadas.

Fazer perguntas sempre a deixava em apuros.

— Onde está papai e Saint?

— Por que não posso morar com eles?

— Sinto falta deles.

— Por que continua me machucando, mamãe?

— Realmente quer saber a resposta a essa pergunta?

— Sim.

Ele soltou um suspiro. — Tudo bem, baby. Matei


traidores do meu clube, e se tinham uma boceta, então sim,
as mulheres estão mortas, também.

— O que considera um traidor?

— Alguém que vira as costas para o clube.

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As lágrimas encheram seus olhos enquanto olhava para
ele. — Então acredita que sou uma traidora.

— O que? Não.

— Estou com você, então, segundo a sua definição de


um traidor, sou uma. — Mordendo o lábio, tentou se
recompor.

Pipe segurou a sua mão e se afastaram da pista de


dança. Não queria ir, mas ele parecia bastante determinado a
se certificar de que ela não tinha escolha. Foram para o lado
de fora do clube e pressionou-a contra a parede. O calor da
noite os cercava.

Colocou as mãos de cada lado da sua cabeça e seu


corpo estava tão perto que não tinha para onde ir.

— Você não é uma traidora. Já lhe disse antes, somos


apenas duas pessoas se divertindo no bar.

— E fora dele? — perguntou — Está muito determinado


a manter contato comigo.

— Não a machucaria.

— De acordo com as suas palavras, sou uma traidora do


meu clube.

— É seu clube, Elena? É isso? Pelo que notei hoje, você


é apenas a irmã e não têm nada a ver com o clube. Saint, fica
de olho e te protege ao ponto de nenhum homem se
aproximar de você. Você vive sozinha e sua única amiga
acaba de ter seu coração partido por um cara do clube.

— Sarah não é minha única amiga.

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— Penny também pertence ao clube mais do que você.
Ela usa colete de Rage e seu nome. Sei o que os Saints and
Sinners MC querem de suas mulheres.

Elena apertou a mão contra o peito. — O que quer de


mim?

Ele segurou seu rosto e passou o polegar sobre os


lábios. — O que você quer, Elena?

Ninguém jamais pediu a sua opinião antes. Sua mãe a


afastou de sua família. Saint trouxe-a de volta para a outra
família, onde realmente acreditava que não pertencia.

Seu coração estava perdido. — Eu não sei.

Pipe não podia esperar mais. Inclinando-se, pressionou


seus lábios nos dela, e levou uma chance. Elena não era uma
traidora, quando não pertencia a ninguém. Saint a adorava,
mas ainda havia uma distância entre eles. Pipe testemunhou
a dor de Elena há duas semanas e hoje, no estacionamento
clube, viu novamente.

Ela sofria e ninguém enxergava. Eles se recusavam a


enxergar e ficou com o coração partido, por vê-la em dor.

Ele matou mulheres por traírem o seu clube. Não era


algo que se orgulhava, mas não havia nada que pudesse fazer
sobre isso. Seu clube esteve sempre em primeiro lugar, e as

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cadelas sempre estavam dispostas a vender informações do
clube por dinheiro.

Colocando sua língua na boca de Elena, segurou seu


rosto com as duas mãos e inclinou a cabeça para trás quando
o prazer o alcançou.

Ela segurou sua cabeça e correspondeu o beijo com


uma paixão que o surpreendeu. Quando moveu a mão para
afundar em seu cabelo, ela suspirou e ele a segurava,
arrebatadora em sua boca.

Segundos se passaram e ele lançou os lábios, mas não


se afastou.

— Você não é uma traidora e não a prejudicaria, nunca.

— Você é um clube rival.

— Não coloque nossos clubes nisso.

Suas mãos foram para os ombros. — Nossos clubes


sempre serão parte disso, Pipe. Você é o líder dos Hell’s
Wolves MC e eu, bem, não sei o que sou, mas não sou apenas
uma civil. Saint é meu irmão. Não posso fazer isso com ele.

— E você? Quando fará o que quer? — perguntou.

Ela lutava para tomar o que queria e doía-lhe vê-la


assim. Nunca tinha conhecido Elena, nem se aproximado
dela e ainda assim, era parte dele. Sua dor era a sua dor.

— Não chegarei a ter o que quero.

— Isso é besteira e você tenta tornar a sua vida difícil.

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— Diga-me, Pipe, como faremos isso dar certo? —
perguntou. — Moro em uma cidade que é propriedade de um
clube e você não é parte disso.

— Diga-me que não me quer. Diga-me que sua boceta


não está encharcada agora e que não tem vontade de ter algo
comigo? — não recuaria.

Ela abriu a boca e ele a beijou, silenciando-a


novamente. Agarrou sua cintura, pressionando seu pênis
contra sua vagina, gemendo quando o abraçou mais forte.

— Elena — disse Sarah, interrompendo-os.

Afastando-se, viu Knife atrás de Sarah, quando passou


pela porta.

— O que foi? — perguntou Elena, colocando uma mecha


de seu cabelo atrás da orelha.

— Saint acaba de entrar no bar — disse Sarah. — Com


Ralf.

Sarah vacilou e Pipe Realmente sentiu pena dela.

— Merda! — Elena o olhou e, em seguida, sua amiga. —


O que você quer fazer, querida?

— Não quero ver Ralf. Não quero estar perto dele.

Olhou na direção da Knife, que olhava para Sarah.

— Vá — disse Pipe.

— O que?

— Vá por esse caminho e chegará a seu carro. Eu cuido


de Saint.

32
— Você faria isso?

— Sim. Vá.

Knife manteve a porta aberta quando Sarah e Elena


deixaram a parte de trás do bar. Ele fez com que Knife
segurasse a porta aberta, e foi para a lateral do bar,
observando como Elena foi atrás dele. Ela lhe deu um sorriso
e um aceno.

Voltando para a porta, Knife sorria.

— Qual é a porra do seu problema?

— Não tenho nenhum problema.

— Claramente tem algo que dizer, então, fale logo.

Knife sorriu. — Você gosta da irmã de Saint.

Envolvendo seus dedos ao redor da garganta de Knife,


Pipe começou a apertar, Knife não sabia mexer com ele.

— Você mantém essa merda para si mesmo, entendeu?


Não contará a ninguém, nem no clube, nem a Saint.
Ninguém, entendeu?

Knife assentiu e Pipe o soltou.

— Não contaria aos caras que tem uma coisa com Elena,
quando Sarah me chamou a atenção.

— Sarah?

— Ela é uma boa garota e tenta se fazer de menina má,


quando não é. Há algo sobre ela... só não sei o que é. — Knife
sorriu. — Acho que estamos fodidos, sabendo que pertencia
ao deputado.

33
— Eles não estão mais juntos.

— Estamos falando como dois maricas aqui. — Knife


sacudiu a cabeça. — Isso pode ficar feio.

Pipe riu e juntos voltaram para o bar principal. Não


estava com medo de Saint. Ele não tinha medo de nada.

— Sarah, não é? — perguntou Pipe.

— Não sei. Ela é legal e acho que em nosso mundo não


somos bom. Lidamos com cadelas e cadelas não são
agradáveis.

Pipe não culparia o homem. Elena não era como


qualquer outra cadela que conheceu. Na verdade, pensar nela
como uma cadela deixou um gosto ruim em sua boca.

No momento em que entraram no bar principal, viu


Saint e vários motociclistas observando a multidão. Pipe e
Knife sentaram no fundo do bar e sinalizou ao barman para
trazer-lhes uma cerveja.

Não demorou muito para Saint identificá-los.

— Que porra é fazem aqui? — perguntou Saint.

Pipe virou para o outro Presidente e sorriu. — Não


usamos nenhum patch. Temos o direito de estar aqui, assim
como você.

Nenhum dos Saints and Sinners MC usavam patch


também.

— Onde está Sarah? perguntou Ralf, ficando ao lado de


Saint.

34
— Sarah é quem? — olhou para Knife. — Sabe de
alguma Sarah?

— Todas essas cadelas poderiam ser uma Sarah para


mim.

— Não fale sobre a minha mulher assim! — Ralf tentou


agarrar Knife, que rapidamente levantou uma faca, tal qual
seu nome.

— Você realmente quer fazer isso aqui? — perguntou


Pipe, levantando-se. A sala inteira ficou tensa e o silêncio era
ensurdecedor. — Estamos em terreno neutro. Se quer uma
luta, terá, mas seria o presidente do Saints and Sinners que
começaria. Quer isso? — perguntou.

— Porra! Recue, Ralf, agora.

— O que?

— Agora. Pipe está certo. Este não é o momento ou o


lugar para este tipo de luta. Recue.

Knife esperou por Ralf abaixar os punhos e todos deram


um passo para trás.

— Recuarei e você se afastará — disse Pipe, agarrando o


braço de Knife, caminhando em direção à parte de trás do
bar.

— Sim.

Lentamente, saíram da sala grande e quando estavam


saindo do bar, Pipe ouviu o silêncio desaparecer à medida
que os freqüentadores começaram a falar mais uma vez.

— Podia ter transado com ela — disse Knife.


35
— Não é o momento certo, nem o lugar certo. Teríamos
nos fodido mais com isso.

— Não gosto disso. Sarah chorando por essa merda? Ele


não transa com uma cadela. Não pode nem mesmo cortá-lo
como um deputado. Merda.

— Diga-me como se sente — disse Pipe, caminhando em


direção a sua moto. Ele pode não usar o seu colete, mas
sempre anda de motocicleta.

Knife sacudiu a cabeça. — Por que me convidou?

Ele foi a sua escolha do clube.

Pipe deu de ombros. — Imaginei que seria o único que


não seria ameaçador em direção a Sarah.

— Sabe que isso acabará mal para você e Elena, certo?

Ele soltou um suspiro. Knife e Elena pareciam gostar


de dizer-lhe o que poderia ou não ter. Ele enfureceu-o e
irritou.

— Deixe-me lidar com o que posso e não posso ter.

— Saint começará uma guerra se achar que está se


aproveitando de sua irmã.

— Não estou me aproveitando, imbecil. Ele não fará


nada se souber que Elena quer tanto quanto eu.

Knife começou a rir.

— Qual é o seu problema?

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— Não sei. Saint fez um grande negócio para que
ninguém soubesse que Elena era sua irmã e, no entanto, todo
mundo sabia. Foi meio inútil, não acha?

— Ele a protegia.

— No entanto, fez mais danos tentando protegê-la. Pelo


menos é o que parece para mim.

Pipe não podia discutir com ele. Elena estava com dor,
viu claramente em seus olhos, quando se tratava de seu
irmão. Ela foi danificada por algo em sua vida e só queria
saber de que forma foi danificada.

37
— Você beijou Pipe!

Elena encolheu quando olhou para a amiga. Chegaram


à casa de Sarah há 20 minutos, colocaram um pijama e
tomavam sorvete. Ninguém lhes havia parado, o que ela era
grata.

— Não diga a ninguém.

— Não tenho ninguém a quem contar. Trabalho no Dirty


Deeds, Elena. Não tenho nenhuma ligação com o clube.

— E quanto Ralf?

— Ele me deixou, lembra? Estou no meu próprio país. —


Sarah cerrou os dentes, lutando contra as lágrimas que
estavam prestes a vir.

Respirou fundo várias vezes antes olhar novamente


para Elena. — Você está bem?

— Não, não estou bem. Sabe quando os programas de


televisão ensinam o que uma mulher precisa fazer para
esquecer um homem, apenas se divertir, ficar louca, envolver
com qualquer homem que cruzar o seu caminho?

38
— Não acho que isso realmente acontece, mas entendo o
que quer dizer.

— Não sou tão forte. Amo Ralf. Ele é tudo para mim e
quando estou com ele, o mundo inteiro desaparece. Estou
machucada e sofrendo. Isso não desaparecerá só porque ele
me deixou. — Sarah lambeu os lábios. — Ele foi o meu
primeiro.

— Seu primeiro amor?

— Não, foi meu primeiro em tudo. Isso é o quanto o


amo. Não poderia estar com qualquer outro homem e ele é
tudo para mim. Eu o amo. Com todo meu coração e não há
ninguém que queira mais do que ele. — Sarah deu de
ombros. — Knife, era legal, nós dançamos. Ele não invadiu o
meu espaço ou tornou pessoal. Conversamos e foi bom.

— Você não acha que teria alguma coisa entre você e


outro homem?

Sarah soltou um suspiro pesado. Um monte de gente


parecia fazer isso recentemente ao seu redor. Elena não sabia
que começava a se ofender por isso.

— Não imediatamente. Vou namorar novamente, mas


levará algum tempo.

Elena balançou a cabeça, colocando a colher no sorvete


e comendo um pouco.

— Então, você e Pipe?

Revirando os olhos, Elena terminou de comer o sorvete,


e pegou um pouco mais.

39
— Não há nada a dizer.

— Tem que dizer algo.

— Certo, tudo bem. No dia do casamento de Rage e


Penny, fui àquele bar. Pipe estava lá e não era nenhum clube
ou qualquer coisa. Era apenas um homem e uma mulher,
tomando um drink e se divertindo. Isso foi tudo. Nada de
ruim ou decadente.

— Gosta dele?

— Gosto. Isso me assusta porque quando estamos


juntos, e foram apenas duas vezes, mas o sentimento foi o
mesmo. Ele é o primeiro cara que realmente me olha e me vê.
Isso faz sentido?

— Todo o sentido.

— Eu me sinto como uma mulher quando estou com ele.


Saint desaparece. Mamãe deixa de existir dentro da minha
cabeça. Toda a porcaria negativa simplesmente desaparece e
somos apenas nós dois.

— Ele faz o seu coração bater acelerado?

— Sim. E seu beijo é de outro mundo. Nunca fui beijada


assim e ele me deixa louca. Isso não acabará bem para mim.
— Elena respirou fundo. — Pipe é o Presidente do Hell’s
Wolves MC e não são exatamente os melhores amigos do
clube do meu irmão.

— Nem sempre tem que ser sobre o clube.

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Elena riu. — Para estes homens, não há nada mais
importante do que o clube. Nada acontecerá. É muito bom
quando estou perto dele.

Sarah estava prestes a falar quando a porta do


apartamento abriu. Ralf, Rage, Willy e Saint vieram correndo
para o apartamento.

Naquele momento Elena estava tão satisfeita que


usavam pijama. Ralf lançou um olhar assassino, quase na
fronteira com a loucura e seu irmão apenas olhou irritado.

Está certo. Sou apenas o incômodo de uma irmã que


tem que ser tratada.

— Seu carro estava no bar principal na estrada, nos


arredores de Corner Sinners — disse Saint.

As próprias palavras soaram como uma acusação.

— Então? — perguntou Elena.

— O que fazia lá?

Olhando para Sarah, viu que sua amiga olhava para


Ralf. — Fomos nos divertir. Algum problema com isso? —
perguntou Elena.

— Sabia que os Hell’s Wolves MC estavam lá hoje à


noite? — perguntou Saint, cruzando os braços.

— Trata-se de um interrogatório, Saint? É isso? — Elena


ficou de pé, sem se importar que seu pijama fosse visível ao
clube. Era a irmã intocável, então não teria um problema com
qualquer membro do clube olhando para ela.

41
— Você está em perigo em qualquer lugar perto desse
clube.

— Fomos tomar um drink fora da cidade. Se fosse a


qualquer lugar por aqui, teria um dos Saints and Sinners
fungando em meu maldito pescoço. Posso sair, tomar um
drink e ficar sozinha. É um bar neutro. Nada acontece lá.

Saint riu. — Qualquer coisa pode acontecer em um bar


neutro, Elena. A proteção é uma maldita enganação.

— Você e outros membros do clube concordam em não


usar o patch. Sem patch, sem brigas. Sua palavra significa
muito para um monte de homens. Você diz que começaria
uma briga porque alguns homens estavam em um bar?

— Começaria uma briga se esses homens pensassem


que podiam tocar minha irmã.

— Foda-se, Saint. Não preciso de sua proteção. Nunca


precisei antes e não quero isso agora.

— Você não precisava da minha proteção. Mamãe


cuidou de você. O que é isso, Elena? Por que age como uma
criança maldita?

Ela o empurrou com força. Saint não sabia como era


viver com a mãe. Não sabia nada e apenas dizer que sempre
foi protegida a irritou. Sabia que era culpa dela também.
Elena deveria dizer-lhe o que aconteceu, mas não podia.
Admitir o que aconteceu só traria de volta as lembranças e
não queria isso.

42
— Vá embora. Este é o lugar de Sarah e a última vez que
verifiquei, não pertence a ninguém do seu maldito clube!

Elena olhou para a amiga, que também concordou.

— Este não é mais o seu lugar, Ralf. Você não pertence


aqui.

— Saia. — Elena estava cansada de ouvir o que deve ou


não deve fazer.

— Este é o meu lugar — disse Ralf, dando um passo em


direção a Sarah.

— Você me abandonou, Ralf. Este lugar agora é meu.

Recuando, Elena ficou ao lado de sua amiga e olhou


para os quatro homens.

— Nós trabalhamos para o clube, nada mais — disse


Elena.

Parecia que Saint queria dizer alguma coisa, mas não o


fez e deu um passo para trás.

— Tudo bem — disse Saint. — Vamos sair daqui. —


Como sempre, ele recuou.

Elena esperou até que a porta estivesse fechada e


Sarah correu para trancar a porta.

— O que aconteceu? — perguntou Sarah.

— Ele me deixou louca e estou cansada que me digam o


que fazer quando não têm direito. — as mãos de Elena
estavam fechadas e ela queria socar alguma coisa. Ao invés
disso, se absteve.

43
Saint não lhe diria o que fazer. Ela não deixaria.

— O que foi isso? — perguntou Rage.

Saint sacudiu a cabeça e olhou para o apartamento


onde sua irmã estava hospedada a noite. Algo acontecia com
ela, mas não se abriria para ele. Ela o afasta e, desde que sua
mãe a tirou dele, Elena estava diferente. Saint lembrou que
seu pai tentou trazer Elena de volta, lutou com sua mãe até
mesmo para falar com ela.

— Lou, você não pode afastá-la de mim. Sou o pai. Você


está errada sobre isso.

Seu pai nunca parou de tentar de se aproximar de


Elena, até que, finalmente, os tribunais decretaram que a
mãe tinha a custódia de Elena e ele ficou com o pai. Os
Saints and Sinners MC sempre será o seu clube. Ele teve que
aprender a assumir para lutar por aquilo em que acreditava.

— O que é isso? — perguntou Rage.

— Nada. Você e Sarah se separaram? — perguntou


Saint.

— Demos um tempo. Isso não significa que tem o direito


de procurar outro homem.

Willy começou a rir. — Cara, você é hilário. Você está


no clube, rodeado por bocetas livres e acha que ela não sairá
com ninguém?
44
— Não estamos juntos e não estou aproveitando de
qualquer boceta livre.

— Não importa para ela. Você saiu e agora ela pode sair
com qualquer homem. — Willy piscou para Ralf —
Certamente lhe daria um gosto do meu pau.

Ralf não perdeu tempo, dando um soco no rosto de


Willy. Saint não estava interessado em luta. Se colocando
entre os dois homens, os empurrou.

— Mostre algum respeito — disse a Willy. Virando para


Ralf, ele olhou. — O que esperava que aconteceria? Que ela
ficaria feliz com você fazendo esse tipo de merda?

— Saint?

— Não. Você deixou sua mulher e não é o seu lugar para


assumir. Se ela quiser passar um tempo com Willy ou
qualquer outro homem, ela pode. No momento em que foi
embora, não é mais a sua mulher.

— Que tal pegar a mulher de outro homem? —


perguntou Rage.

— Não vejo quaisquer colete sobre Sarah ou qualquer


tatuagem afirmando que lhe pertence. Você não a reclamou,
não tem o direito de dizer aos outros irmãos que não podem
tê-la. — Saint afastou-se do grupo, a raiva o consumindo pelo
o que sua irmã disse e fez.

Ele não se surpreendeu quando Rage ficou a lado dele.

— Você está bem, cara?

— Não. Eu não estou bem.

45
— O que está acontecendo?

Olhando para o apartamento, ele estava desapontado


que a mulher nem estava mesmo olhando para eles.

— Você já foi relacionado a alguém que nada mais é que


um estranho para você?

— Não posso dizer que eu tenha.

— Crescemos juntos antes que mamãe a levasse


embora; éramos melhores amigos. Ela me contava do bullying
que sofria das crianças na escola. Era seu irmão mais velho e
ela sempre disse que a protegeria das merdas.

— Isso mudou?

— A mulher que vejo no corpo de Elena é fria e não


deixa ninguém entrar. Sequer tenho ideia do que fazer para
mudar isso.

— Ela não está por perto tanto tempo assim. Algo


mudará e você se surpreenderá.

Saint sacudiu a cabeça. — Duvido. Realmente duvido.


— subiu em sua moto e foi em direção ao clube.

Para ajudar a limpar sua mente, precisava de uma


mulher de boca suja que não tem um problema de tomar o
seu pau. Livraria sua mente das preocupações que Elena
criou.

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Pipe esperou na casa de Elena que ela voltasse para
casa. Ela deixou uma janela aberta e teria uma conversa
séria com ela. Colocava-se em perigo real e isso o irritou.
Sendo irmã do presidente de um clube, deveria manter as
janelas fechadas e portas seguras em todos os momentos.

Depois que deixou o bar, voltou para o clube, para ser


visto pelos seus homens e para ser atualizado sobre as lutas.
Tudo ia bem e, na verdade, era a noite que um dos rapazes
do Saint lutaria. Estava interessado em ver como um dos
outros MCs lutava. Pipe teria um lugar na primeira fila.

Primeiro, queria falar com Elena, sem o risco de ser


interrompido. Parece que ela decidiu passar a noite com sua
amiga, o que lhe deu muito tempo para bisbilhotar suas
coisas. Ela era uma pessoa pura. Mas a corromperia e a faria
implorar por mais. Pipe não a deixaria esconder do que
precisava, que era um agradável pau duro. Também era um
homem que não viraria as costas para ela.

Ficou sozinho em sua casa a noite inteira e bisbilhotou.


Não, bisbilhotar era uma palavra extremamente agradável.
Ele remexeu tudo, suas gavetas, seus cadernos, até mesmo
seus livros de culinária e invadiu sua geladeira, preparando
um lanche. Estava com fome o tempo todo e não seria
diferente agora.

Sentado em sua cama, esperou que chegasse. Ouviu a


tração do carro na entrada da garagem às sete e meia. Pipe
não conseguiu dormir, quando queria estar preparado.

47
A porta da frente abriu e a ouviu colocar suas chaves
na pequena bandeja. Houve mais alguns barulhos e o
entusiasmo começava a aumentar. A queria debaixo dele,
com o pênis profundamente em sua boceta apertada.

Não era apenas isso. Era sobre o quão boa ela era como
pessoa. Sabia que era um clichê de merda, mas ela o fazia
querer ser uma pessoa melhor. Seu passado, presente e
futuro envolveria matar pessoas e ainda quando estava por
perto, o fazia sentir apenas como um homem.

Ele ficou tenso quando ela subiu e a esperou entrar no


quarto.

Assim que entrou, ela fechou os olhos e esticava os


braços acima da cabeça. Usava uma roupa bonita, a blusa
lhe dava uma boa visão de seus peitos. Seu cabelo estava
preso e ela parecia tão adorável.

— Sabe, você realmente devia trancar as janelas.

Elena gritou no momento que começou a falar e


colocou a mão em seu coração. Seus olhos estavam
arregalados e deu um passo para trás.

— O que faz aqui? — perguntou, olhando ao redor de


seu quarto.

— Não deixaria o nosso pequeno beijo assim. Deveria


saber disso. Esteve com Sarah durante toda a noite? —
perguntou, colocando seu pequeno coelho urso de pelúcia de
volta na cama.

— Invadiu a minha casa?

48
— Na verdade, entrei por uma janela.

Ele deu um passo em sua direção e Elena apenas o


olhou. — Precisa ir embora. Se Saint o vir aqui...

— Você dirá a ele? Dirá que me quer, Elena?

— Não te quero. Não quero ter nada a ver com você.

Ele resmungou. — Está mentindo, baby e realmente


precisa parar. Aposto que sua boceta ficou extremamente
molhada para mim ontem à noite e aposto que está molhada
agora, não é, baby?

— Pare com isso. Pare de me chamar de baby e pare de


falar sobre eu estar molhada. Este é o meu corpo.

Pipe fechou a distância entre eles. — É o seu corpo e ele


me quer, não é? Admita, Elena. Você me quer.

— Não. Saint...

— Foda-se Saint. Ele é apenas o seu irmão. Você não é


parte de seu clube. Você não é mesmo uma puta do clube.
Não tem nenhum apego a esse clube e vi na noite passada
como prefere fugir dele a enfrentá-lo.

— Ele é meu irmão. Cresci naquele clube.

— Por quanto tempo? Quanto tempo cresceu no clube?


Lembro-me que eram dois, um irmão e uma irmã, mas a irmã
foi embora com sua mãe.

— Pare com isso, Pipe.

— Só admita a verdade.

— Não. Não existe nenhuma verdade.

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— Está mentindo. — a apertou contra a porta do
armário, colocando a mão na lateral de seu rosto. — Pare de
mentir.

Sua mandíbula apertou. — Estou bem aqui. Sou de carne


e osso, sou quente e lhe digo, Elena, quero você. Não dou a
mínima para quem é o seu irmão, o que seu clube é ou faz.

— É uma traição. Não posso fazer isso.

Pipe inclinou-se para que seus lábios se tocassem.

— Esqueça o clube. Esqueça quem é seu irmão. O que


você quer? O que a pequena Elena quer?

As lágrimas encheram seus olhos, mas não se afastou.


Também notou que não tinha medo dele. Achou uma
experiência inebriante.

— Quero ser feliz. Quero ser querida. — as palavras


fluíam de seus lábios e ele sorriu.

— Posso te dar o que quer. — Com a mão livre, segurou


a dela e colocou-a em seu duro e dolorido pênis. Ela o cobriu,
acariciando seu comprimento. — Você sente, baby? Sente o
quão duro me deixa, o quanto preciso de você?

— Por que faz isso comigo? — perguntou Elena.

Ela não tentou se afastar.

— Tomo o que quero, Elena. Quero você e não recuarei,


nem irei embora. Quero transar com você e fazê-la minha.
Quero afundar o meu pau em sua boceta e enchê-la com o
meu sêmen. Trabalha em uma loja de sexo, então isso não é
nenhuma surpresa para você. Quero foder seu rabo. Pode ter

50
muito prazer nisso. Farei com que adore. Farei com que
aproveite cada segundo. — ela respirava profundamente e
pressionando seu corpo mais perto dele. — Para fazer tudo
isso, preciso que pare de mentir.

Elena o beijou. Soltou seu pênis e colocou os dedos em


seu cabelo, segurando-o com força enquanto pressionou seu
corpo ao dele. Envolvendo os braços ao redor dela, puxou-a
para perto, segurando sua bunda com uma mão e afundando
a outra em seu cabelo.

— Estou admitindo a verdade. Quero você, Pipe.

Essas palavras foram sua ruína e, pela primeira vez em


sua vida, Pipe não se importava com a queda.

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O coração de Elena estava acelerado e sua boceta
muito molhada. Devia dizer-lhe que era virgem? O que faria
quando visse as cicatrizes em suas costas? Ao invés de
desfrutar do beijo e ficar ansiosa para ficar nua, sentiu-se
paralisar, esperando a repulsa e rejeição que experimentou
tantas vezes antes.

— Baby, o que é? — perguntou Pipe.

— Não posso fazer isso.

Suas mãos tremiam e queria tudo o que ele disse. O


desejo de ser fodida e de lhe pertencer era extremamente forte
que tornou-se quase impossível pensar direito.

— Elena.

Até mesmo a maneira como disse o seu nome a fez


estremecer e ansiar mais. — O que? — perguntou, olhando
para o chão.

Não a deixaria ir embora sem o olhar. Colocou um dedo


debaixo de seu queixo e a forçou olhá-lo. — O que está
escondendo? — perguntou.

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Ela lambeu os lábios e as lágrimas encheram seus
olhos. — Não posso fazer isso. É um erro. Saint...

— Não faça isso. Você esconde alguma coisa, sei que


você quer. Você está quente para mim. Sua vagina é implora
para ser fodida. Sei que sim.

— Pare. — Ele diminuía sua determinação e não sabia


como ficaria forte contra ele. A última coisa que queria era
que visse suas cicatrizes. Suas cicatrizes eram feias.

Ninguém as viu, nem mesmo Sarah. Sempre fez


questão de se trocar longe de todos os olhares indiscretos.

— Por que se esconde? O que esconde?

— O que te faz pensar que escondo alguma coisa? Não


quero fazer sexo com você.

Era tudo mentira. Queria estar com Pipe.

Ele a olhou por alguns segundos. Não sabia quanto


tempo passou. De repente, ele virou e sentou-se na beira da
cama.

— Você era fogo em meus braços, Elena. Você esconde


algo e tenta me afastar. Vi como é. Você não deixa que as
pessoas se aproximem. Fale comigo.

— Por que deveria falar com você?

Você está sendo infantil e sabe disso. Pare com isso,


Elena.

— Não vejo ninguém aqui disposto a falar com você.


Confie os seus segredos a mim. Diga-me o que te causa tanta
dor?
53
Sua garganta estava seca e quase não conseguia
engolir. — Não há ninguém em quem possa confiar. Você é
um motociclista rival. — o olhou e, ao invés de ver um
assassino, viu um homem que a queria. Ele não perseguia
Saint ou queria ser parte do clube. Seu único interesse era
ela.

— Pode confiar em mim.

— Por quê?

— Tive várias oportunidades de contar a Saint o que


acontecia entre nós. Ajudei-a na noite passada quando queria
ficar longe.

Ela mordeu o lábio inferior e viu que, de fato, falou a


verdade.

— Fale comigo, Elena. Não pode se fechar dessa


maneira.

Quero conversar. Quero dizer-lhe a verdade.

— Entenderei se não me quiser mais — disse ela.

Ele franziu o cenho, mas assentiu.

Virando de costas para ele, respirou fundo e levantou a


blusa. Em seguida, abaixou a calça e depois tirou o sutiã e
calcinha. Estava diante dele, mostrando-lhe suas costas.

— Que porra aconteceu com você? — perguntou.

Ela engasgou quando as pontas de seus dedos


traçaram um caminho das cicatrizes em suas costas.

— Quem fez isso com você?

54
— Minha mãe me mostrando o quão perigoso o mundo
exterior pode ser. Eu era ruim e quando uma menina é ruim,
precisa saber o seu lugar.

— Que porra é essa?

Ele se levantou e se aproximou. Ela fechou os olhos


enquanto ele parecia rodeá-la com seu calor. Era assim que
sempre se sentia com ele. Ele a fazia se sentir protegida e
segura. Ninguém, nem mesmo de Saint ou o próprio pai,
podiam protegê-la.

Sua mão alcançou em torno da frente, colocando o


queixo e inclinando a cabeça para o lado.

— O que aconteceu?

Ela cruzou as mãos sobre os seios, e lambeu os lábios


secos novamente.

— Mamãe não gostou da vida do clube e não acreditava


que era um bom lugar para sua filha.

— Então, o que ela fez?

— Ela me levou embora. Papai ficou com Saint e minha


mãe me pegou. Ela era louca e foi capaz de esconder isso por
tanto tempo que ninguém viu o quão demente era.

— A cadela iria vencê-lo.

— Perguntei-lhe porque não podia ver o meu irmão ou


pai e levei uma surra pela pergunta. Ela me impedia de falar
com eles e se certificou de que estava fora da vida deles.

— Ninguém sabia?

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— Ninguém. Se sabiam, não dão qualquer indicação do
que acontecia. — encolheu os ombros e foi doloroso para ela
naquele momento.

— Você acha que isso me expulsaria?

— Não sabia o que faria. Sempre escondo. — não teve


coragem de admitir que era virgem.

Elena não estava pronta para admitir para ninguém ainda,


especialmente, para Pipe. Ele deve ter ficado com as mulheres
que não apenas sabiam o que faziam, mas eram muito boas
no que faziam. Ela não sabia se seria boa em sexo ou qual
seria a sensação de estar com ele. Será que dói?

— Saint sabe o que aconteceu?

— Não. Ele parece pensar que estava protegida


enquanto estava com a minha mãe. Não sabe o que
acontecia. Até mesmo o nosso pai não sabia e depois de
alguns meses, pararam de vir ao redor. — Estava sozinha. No
ensino médio foi conhecida como a filha de um MC e tratada
como um pária. Não havia ninguém para salvar ou protegê-la.
Esteve sozinha.

— Você não estará sozinha, baby. Estarei aqui e a


protegerei todos os dias.

— Como pode me proteger? Nem é permitido aqui. Se


Saint souber que está aqui, pode te machucar e isso
significaria guerra entre nós. — colocou a mão no seu rosto e
tocou-o. A vida era tão injusta que o único homem que queria
mais do que tudo, não podia estar com ela.

56
— Posso te proteger. Estou aqui, não estou? Acho que
provei a você que quando quero algo, posso fazer isso.
Podemos fazer este trabalho com apenas nós dois.

Ela sorriu, colocou os braços em volta do pescoço, e


reivindicou seus lábios assim como fez com ela. Era o que
queria com ele e estava determinada a fazer dar certo.

Pipe lutava com seu controle. Pressionou Elena em seu


corpo e sentiu seus perfeitos seios contra seu peito. Ele não
usava seu colete, mas queria ficar nu como ela estava.

— Baby, estou me segurando aqui. — odiava o fato de


que essas cicatrizes estavam em seu corpo, porque lhe
mostravam que foi ferida. Pipe ficou extremamente irritado.
Ela foi ferida por alguém que deveria protegê-la e isso o
irritou. Ninguém deveria prejudicar sua mulher e se a mãe
dela já não estivesse morta, encontraria uma maneira de
chegar até ela.

Acariciou as mãos sobre suas velhas cicatrizes. Não era


preciso ser um gênio para notar que foram feitas por um
cinto. Saint não sabia, a não ser que Pipe não tenha
percebido a índole do homem. Em todos os contatos que teve
com o Presidente dos Saints and Sinners MC, nenhuma vez o
imaginou como um abusador de mulheres ou que aceitasse
isso.

57
Elena esteve sozinha, sem ninguém saber a verdade.

Ela afastou-se, afastando o cabelo do rosto. — O quê?


— perguntou.

— Preciso de algum espaço ou farei algo que não está


pronta ainda. — ela lambeu os malditos lábios novamente e
isso o fez gemer — Você precisa parar de fazer isso.

— Quero isso, Pipe. Viu minhas cicatrizes e não quero


esperar. — puxou a camisa dele e ele a ajudou a tirá-la sobre
a cabeça.

Porra! Nunca pensou que estaria em um quarto com


uma mulher nua e que ela seria a única a tentar deixá-lo nu.
Era completamente estranho mas assumiria o controle.

Pipe segurou seus pulsos, impedindo-a de continuar. —


Pare — disse ele.

Ela fez uma pausa. — Você não me quer?

— Baby, meu pau está doendo pra caralho porque te


quero muito. Não tem ideia do quanto te quero. É como uma
agonia constante. — nunca foi um homem de fala mansa e
sempre disse a verdade. — Não posso prometer-lhe corações
ou romance. Posso dar-lhe de mim.

— Exclusivamente?

— O que?

— Você será apenas meu. Sem outras mulheres,


prostitutas do clube ou qualquer outra pessoa?

— Ninguém além de você. Você é a única que quero,


baby. Mais do que nunca. — segurou seu rosto, inclinando a
58
cabeça para trás para que olhasse em seus olhos azuis. Ela
era a mulher mais bonita que já tinha visto. Seu longo cabelo
loiro estava preso e ele o soltou. Passou os dedos entre os fios
suaves de seu cabelo. — Fale comigo — disse ele.

Ela colocou a mão em seu peito nu. — Se posso ser sua


e não está com ninguém, então não me importo.

— Nunca usarei um terno ou serei bom.

— Não venho de uma família agradável. Aceito o estilo


de vida do motociclista, Pipe. Pare de perder tempo e me foda
agora.

Puxando-a para perto, beijou seus lábios e empurrou-a


novamente na cama.

— Tire seu jeans — disse ela.

— Você acha que está no comando?

— Você pode me ver e quero vê-lo.

Ele resmungou e balançou a cabeça. — Primeiro,


deixarei essa pequena boceta doce pronta para receber o meu
pau. — Ajoelhado no chão, a puxou em direção à beira da
cama, afastando suas coxas. Olhou para Elena ao invés de
olhar para a sua bonita boceta. Sua boca salivava e queria
um gosto dela. Ela devia ser tão doce.

— Estou limpo — disse ele.

— Eu-eu também.

Finalmente, olhou para sua boceta e não se


desapontou. Finos fios cobriam seus lábios, mas era bem
aparada. Sua boceta brilhava com creme e usando seus
59
dedos, abriu sua boceta o suficiente para ver seu clitóris
inchado. Não podia esperar mais um segundo e assim se
inclinou para frente, capturando o clitóris, sugando o broto
em sua boca.

Pipe não estava errado, mas raramente errava.

O seu sabor explodiu em sua língua e era doce.


Deslizando sua língua em sua entrada, circulou seu buraco,
mas não penetrou como a foderia com o seu pau. Qualquer
outro homem que teve, se reduziria à insignificância depois
que a tivesse por completo.

Queria que se viciasse nele, para que sequer pensasse


em procurar outro lugar. Colocando a língua sobre seu
clitóris, escutou seus gemidos. Seu pênis pressionou em seu
jeans, deixando-o louco. Soltou sua boceta enquanto ainda
chupava seu clitóris e começou a desabotoar sua calça jeans
para dar alguma liberdade a seu pau.

— Isso é tão bom — disse Elena.

Puxando seu zíper, quase gemeu quando a pressão


diminuiu sobre seu pênis. Ela não tinha ideia de quão sexy
era. Ele se certificaria de que ela soubesse exatamente o que
fazia com ele.

Chupando o clitóris, mordiscou o broto duro e depois


acalmou a leve ardência pressionando sua língua em seu
cerne. Ela se agitou um pouco e gemeu quando ele não
desistiu. Estava determinado a levá-la ao orgasmo antes que
colocasse seu pau dentro dela.

60
— Oh Deus, oh Deus, oh Deus — disse, ofegante e
começou a gritar um pouco mais alto.

No momento em que seu orgasmo a atingiu, Pipe


agarrou sua mão, segurando-a firmemente, para que não
tentasse fugir.

No momento em que acalmava do seu orgasmo, estava


mais do que pronto para encontrar sua libertação. Mal podia
esperar para a colocasse de volta na cama, então agarrou
seus quadris, colocou a ponta do seu pênis em sua entrada, e
bateu-lhe para baixo em seu pau.

Ela era incrivelmente apertada e, enquanto segurava


seus quadris e o sangue bombeava em suas veias, tornando
impossível raciocinar, se tornou ciente de várias coisas. A
primeira era quão incrivelmente apertada era e o fato de que
tinha certeza que sentiu algo rompendo em seu interior. A
segunda foi o seu grito de dor. A terceira foi o jeito que
tentava se afastar dele.

Levou um pouco mais de tempo para que tudo


clareasse em sua mente e, quando se deu conta, sentiu-se o
maior idiota do planeta.

— Você é virgem?

61
Ela esperava que houvesse dor. Por que não haveria
dor? Cada mulher teve que perder a virgindade em algum
momento e não manteve a sua porque queria. Nunca quis
estar com um homem, não como queria estar com Pipe. Ter
relações sexuais com estranhos aleatórios simplesmente não
era para ela. Queria o que Penny tinha com Rage. Elena viu o
casal quando estavam juntos. Rage era completamente
apaixonado por Penny e estava tão protetor agora que
carregava seu primeiro filho. Escutou os dois discutindo
sobre como chamariam seu bebê.

Afastando esses pensamentos, olhou para o homem


que acabou de dar a sua virgindade e ele parecia puto de
raiva.

Elena parou de tentar se afastar dele e simplesmente o


olhou. — Sim. — O que mais ela poderia dizer?

Mordendo o lábio, o olhou, esperando que dissesse


alguma coisa. Sua vagina estava em chamas e não era
apenas porque era virgem. Ele não era um homem pequeno.
Pipe era grande e seu pau era tão grosso e longo que era
quase doloroso para ela.

62
— Porra, porra, porra.

Ele continuou xingando e ficou preocupada se causaria


mais dor se ela se movesse.

— Devia ter me dito, porra.

— Não sabia como e que diferença teria feito? — Não


havia nenhuma maneira que ficaria bravo com ela quando
era seu pau o causador de seus problemas.

— Que diferença teria feito? Porra, baby, não teria te


puxado da cama e enfiado meu pau de uma vez em você. Eu
teria ido lento.

— Você não é esse tipo de homem.

— O que?

— Você disse que não era esse tipo de homem. Que não
faz romance e imaginei que não faria amor e ir devagar, para
mim, é fazer amor.

Pipe a olhou por alguns segundos e, de repente,


começou a rir. — Você é uma virgem e está me dizendo o que
pensa que aconteceria. Não posso dar-lhe palavras doces,
Elena. Posso fazer amor com você. Posso fazer este momento
ser incrível para você, entende? — acariciou sua bochecha. —
Deus, podia ter te machucado.

— Você me machucou. — o olhou, com raiva dele e de si


mesma.

— Dói muito? — perguntou.

63
— Dói — disse ela. Ela se mexeu um pouco e ele agarrou
seus quadris, mantendo-a no lugar. Ela estremeceu um
pouco. — Ainda dói.

— Ok, quando nos movermos para cima da cama. Você


retira.

Ele começou a afastá-la de seu pênis e o choque inicial


causou dor e ela colocou os braços ao redor do seu pescoço.

— Não, não tire. Isso dói. Por favor, podemos fazer isso
com você dentro de mim?

Isso tinha que ser o momento mais embaraçoso da sua


vida inteira. Era tão difícil que sequer olhava para ele.

— Ei — ele disse, segurando o seu cabelo — Não se


sinta constrangida. Nós dois fodemos isto e vamos corrigir.
Agora, quero que se mova para a cama e faremos isso juntos,
ok?

— Isso é embaraçoso. Aposto que nenhuma da outras


mulheres que teve passou por isso.

— Toda mulher que fodi, teve uma variedade de paus


dentro delas. Você é a primeira mulher que apenas teve o
meu pau e ficará desse jeito.

— Você não está com raiva de mim?

— Estou com raiva de mim mesmo, Elena. Deveria ter


perguntado. Imaginei que esteve com um monte de outras
pessoas. Você é uma mulher bonita e sexy. —

— Você odeia que seja o primeiro homem com quem


estive? — perguntou ela.

64
— Não. Você está em apuros a partir de agora.

— Por quê?

— Serei o único homem com quem estará. Pertence a


mim agora e não de maneira alguma a deixarei ir.

Ela gostava muito isso. Não havia ninguém mais a


quem quis pertencer, apenas ele. E isso, apesar de
inspirados, a aterrorizava.

Juntos, subiram na cama em pequenos movimentos


para que não a machucasse mais. Deitados na cama, mordeu
o lábio enquanto o olhava. Ele segurou seu corpo um pouco
longe dela, mesmo enquanto seu pênis estava dentro dela.

— Esse é o momento mais bizarro da minha vida.

Ela sorriu para ele. — Você nunca esteve com uma


virgem?

— Nunca tentei deixar uma mulher confortável antes.

— Você não é um cavalheiro.

— Não, eu não sou.

Olhando para seu corpo, onde se juntaram, balançou a


cabeça. — Acho que existe um cavalheiro dentro de você
desesperado para sair.

Ele se inclinou perto de modo que seus lábios estavam


muito perto dos dela. — Não sou um cavalheiro para
qualquer outra pessoa. Nunca me importei com o que os
outros pensam.

— Se preocupa com o que penso?

65
— Todo o tempo e não sei o que pensar sobre isso.

— Estamos pensando muito. — abriu os olhos e riu


dele. — Nós dois somos loucos agora.

Pipe começou a se mover e ela ficou tensa esperando a


dor, só que não havia dor. Ela agarrou seu quadril, e
instantaneamente ele fez uma pausa.

— Qual é o problema, baby?

— Não doeu.

— E não doerá. Começará a sentir-se bem, eu juro.

Olhou para onde seus quadris estavam aninhados


entre suas coxas e, lentamente, empurrou sua pélvis contra
ele e depois novamente para baixo.

— Baby?

— Isso é bom. — afastou-se, empurrou-se contra ele,


montando seu pênis.

— Porra! — pegou a mão dela e colocou-a sobre a sua


cabeça — Se estiver pronta para foder, me diga e o farei.

Antes que pudesse protestar, tomou posse de seus


lábios e toda a sua raiva se dissipou quando o beijo tornou-se
apaixonado. Nunca foi beijada de tal maneira antes e gemeu,
arqueando-se contra ele.

Lentamente, Pipe começou a se mover. Seu pênis


bombeado entrava e saia, enquanto a beijava profundamente.
Sua língua traçou seu lábio inferior, em seguida, mergulhou
dentro. Pipe a manteve à sua mercê.

66
Seu pênis era como uma marca dentro dela, tornando-
se impossível para que se movesse. Ela não queria. O que
aconteceu minutos atrás transformou a dor insuportável em
puro prazer. Estava tão molhada, ou pelo menos achava que
estava molhada, pela a maneira como entrava e saía dela.

Interrompendo o beijo, Pipe recuou. — Quer ver meu


pau, baby?

— Sim.

— Wuer vê-lo entrar em você, coberto de seu líquido?

— Sim.

Cada palavra que falou aumentava seu prazer. Faria o


que ele quisesse, apenas para manter o sentimento incrível
que criava dentro de seu corpo.

— Por favor, Pipe, foda-me.

Ajoelhou-se, agarrou seus quadris, e começou a fodê-la


lentamente.

— Observe-nos, baby, veja como está molhada.

Viu o seu pênis sair dela, liso com seu líquido. O prazer
aumentava dentro dela e não conseguia desviar o olhar. Ela
empurrou-se para encontrá-lo impulso para o impulso.

Era a sua primeira vez sendo fodida e adorou.

Pipe não ia agüentar mais. Sua boceta era tão apertada,


e apertou ainda mais quando se aproximou de seu orgasmo.
Ela o deixava maluco pela forma como respondia a ele. Os

67
seus seios saltavam com cada impulso de seu pênis e ela
implorava para fodê-la mais forte.

Seu olhar estava em seu pênis e não desviava o olhar,


nem mesmo por um segundo. Descobriu que essa era uma
das coisas mais quentes que existia, a maneira como o
observava.

Batendo em sua vagina, soltou de um dos seus


quadris, para tocar seu clitóris. Bastou dois toques e ela
gritou seu prazer, chamando seu nome.

Não podia mais segurar e, com algumas estocadas


dentro, entrou em erupção, enchendo-a com seu esperma.
Pipe não usou um preservativo e não se importava com o que
aconteceria. Elena era sua e se ficasse grávida, isso resolveria
muitos de seus problemas.

Quando acabou, permaneceu dentro dela e deitou ao


seu lado na cama. Segurou seu rosto, passando o polegar
sobre o lábio inferior.

— Como foi isso? — perguntou. — Sente muita dor?

Ela lambeu a ponta do polegar e balançou a cabeça.

— Não, não sinto nenhuma dor. Isso é estranho?

— Não. Vou preparar um banho e assim aliviaremos


qualquer dor que possa ter. — nunca tomou uma virgem
antes, mas leu em alguma merda sentimental que as
mulheres tomavam banho, certo?

Ele queria fazer direito por Elena e ele já estava


transando.

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— Então, como faremos? — perguntou ela.

— O que?

— Nós, você e eu, e o fato de que temos dois MCs que


não se dão muito bem. — colocou a mão no seu lado, e
afastou-se tão rapidamente como ela colocou a mão lá.

— Qual é o problema? — perguntou.

— Não sei se deveria tocar em você ou não.

— Baby, apenas dei-lhe orgasmos, tomei a sua cereja, e


meu pau ainda está muito feliz dentro de você. Você pode me
tocar quando quiser.

Sua mão voltou para o seu lado, e tudo parecia certo


para ele com seu toque. Ela o deixava de maneiras que matar
e o clube nunca teve.

— Então, como faremos? Não quero que Saint descubra.


Ainda não.

Não, ele não queria que Saint descobrisse ou qualquer


outra pessoa. A última coisa que precisava era que o irmão de
Elena a assustasse e não seria capaz de ter estes momentos
de abraçá-la e queria tê-la em seus braços. Ela era como uma
droga e ele tiraria proveito de qualquer maneira que pudesse
para mantê-la em sua vida.

— Não diremos nada para Saint. — acariciou sua


bochecha, e sorriu. — Não precisa se preocupar.

— Fugir não será exatamente divertido.

— Existem lugares em que nenhum dos nossos clubes


vão.
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— Não é perigoso? Você está no comando, é o líder do
seu clube. Você não deve ter algum tipo de proteção.

— Sim, tenho alguns homens que guardam minhas


costas, querida. Knife é um deles. O homem que viu na noite
passada, e também Shawl. Você não o conheceu, mas ambos
terão minhas costas.

— Não estaremos sozinhos? — perguntou ela.

— Estaremos sozinhos na maior parte. Depende de onde


nos encontrarmos. Se nos encontrarmos no bar, estarei lá
com você, sem problema. Tenho um lugar privado não muito
longe da sede do clube, e pode me visitar em qualquer hora.
Te mostrarei onde é mais tarde esta noite, se quiser.

— Preciso trabalhar hoje. — estremeceu e olhou para


trás. — Em três horas.

Ele assentiu. — Vou lhe dar um banho. Fique aqui. —


Ele retirou-se da sua pequena vagina apertada e odiou
quando a viu estremecer.

Pipe foi ao seu banheiro e começou a preparar-lhe um


banho. Quando viu alguns sais calmantes, acrescentou-os
para a água também.

— Como sabe onde fica o meu banheiro? — perguntou.

Virou-se para encontrá-la na porta. — Se voltasse para


casa como pensei que faria, teria sido fodida toda a noite.

— Esteve aqui a noite inteira e ninguém te viu?

— Por que acha que disse que daríamos um jeito? Estou


aqui e ninguém sabe que estou aqui. Nós podemos fazer isso.

70
— cruzou os braços e olhou para seu corpo. Havia algumas
manchas de sangue no interior das coxas, que odiava, mas
isso a fez sua. Elena lhe pertencia. — Ia bater em seu traseiro
por deixar uma janela aberta. — andou até ela, envolvendo
seus braços ao redor da sua cintura — Agora, levará uma
surra se não a deixar aberta.

— E por que a deixaria aberta?

— Porque serei o único a subir na janela. —


Reivindicando seus lábios, pressionou a língua dentro de sua
boca e gemeu quando seu pênis acordou para a vida.

Acalme-se, rapaz. Ela precisa descansar.

— Vamos tomar um banho antes de ir para o trabalho.


Estava com Sarah na noite passada?

Desligou a água quente e verificou a temperatura da


água para se certificar de que ela não se queimaria. Quando
estava convencido de que ela não se machucaria, estendeu a
mão para ela.

Pipe a ajudou a entrar na banheira e depois entrou


atrás dela. Ele manteve as pernas abertas e ela descansou
entre elas.

— Estava com Sarah na noite passada. Não quis


arriscar um encontro com Saint, mas isso não importava. Ele
veio com Ralf e um alguns outros para a casa de Sarah. —
encolheu os ombros. — Sarah está realmente chateada.

Pipe não disse nada, estendendo as mãos para que ela


tomasse.

71
— Ralf foi um burro com ela e não tinha o direito de
invadir o seu lugar. Ele, literalmente, os deixou entrar, e
então começaram a exigir respostas às perguntas que não
tinham o direito de perguntar. Deus, era extremamente
irritante e até mesmo pensar nisso me deixa com raiva.

— Sarah é sua amiga. Ela vem em primeiro lugar —


disse ele.

— Nem sei qual é o problema de Ralf. Ele a perseguiu e


não o contrário. Sarah estava hesitante em ficar com ele, mas
foi o único que se tornou um deputado. Ela não lhe pediu
para fazer isso.

— Ele fez tudo sozinho?

— Sim. Ela trabalhava em Dirty Deeds comigo e Ralf


estava determinado a continuar tentando ficar com ela. — Ela
suspirou. — Agora ele a deixou, mas ele não vai deixá-la ir. É
chato, e ele está indo para torná-lo difícil para ela, mesmo
seguir em frente. Ela merece seguir em frente. — rosnou. — É
frustrante para cacete.

Ele riu e beijou seu pescoço. — Os Saints são


estranhos.

— Você está me dizendo que sou estranha? — olhou


para ele e sorriu. —

— Não, sei onde meu pau se sente bem. Não arruinarei


qualquer chance de estar com você. — não se importava que
parecesse um maricas. Elena o possuía, e ela não sabe
mesmo.

72
— Você está de bom humor esta manhã — disse Sarah,
chamando a atenção de Elena. Seu corpo estava
incrivelmente dolorido. O banho ajudou um pouco, mas não
aliviou tudo. Já não era virgem. Não apenas já não era
virgem, mas também perdeu com um homem como Pipe e ele
foi incrível.

— Eu me sinto de bom humor.

— Será que isso tem algo a ver com certo motociclista na


noite passada? — perguntou Sarah.

Elena ficou tensa e desviou o olhar.

— É, não é?

— Não diga nada — disse Elena. — Por favor, realmente


gosto dele e não quero que Saint arruíne isso para mim. —
Seu irmão faria, pois não lidaria com ela sendo feliz. Pelo
menos, era assim que a fazia sentir, que o seu jeito de ser
feliz não era bom o suficiente.

— Já falou com o Saint? Ele é seu irmão e tenho certeza


que quer o melhor para você.

Elena olhou para Sarah. — Na verdade, não.

73
— Talvez devesse falar com ele.

— Não sobre Pipe. Ele não entenderia. Por favor, não


diga nada.

— Não direi nada, Elena. Está feliz com a Pipe e acho


que é uma coisa boa. — Sarah olhou para a porta principal.
— Sei que isto será o seu segredo. Não direi, juro.

— Mesmo se Ralf pedir?

— Especialmente se Ralf pedir, disse Sarah. — Depois


que saiu esta manhã, tomei um banho e pensei sobre o que
falou. Minha vida com Ralf era boa, mas não era perfeita. Não
tínhamos um relacionamento perfeito. Tivemos uma época
bem. Fomos complacentes um com o outro. Ralf não era feliz,
e acho que esperava por tudo isso falhar. — encolheu os
ombros. — Acho que tudo é uma merda para todos nós.

— Não, isso não acontece. Você não pediu para Ralf


mudar, não é?

— O que? Não, claro que não. Sempre pediu-me para


sair e isso me deixou nervosa. Nunca fui boa ao redor dos
homens e Ralf, não é o tipo de homem que você ignora. É o
tipo de homem que você presta atenção. Tentei ignorá-lo e
falhei. A partir do momento que ficamos juntos, sabia que
não duraria e que seria uma porcaria. Tudo é uma porcaria e
não há nada que possamos fazer sobre isso. Alguns casais
não são destinados a darem certo.

— Acha que estou cometendo um erro? — perguntou


Elena.

74
— Não sei se está cometendo um erro ou não. Se Pipe te
faz feliz, então fique com ele e seja feliz. Às vezes é apenas
sobre encontrar alguma felicidade juntos.

Elena assentiu. Não conseguia encontrar uma falha no


que Sarah dizia. Pararam de falar quando a loja começou a
ficar agitada. Elena deixou Sarah para lidar com os clientes,
enquanto ia para a parte de trás e começou a separar os
pedidos da internet e começou a embalá-los.

Seu celular tocou, informando que recebeu uma


mensagem. Parou o que fazia e viu que era de Pipe.

Pipe: Ei, linda, como se sente?

Ela não podia deixar de sorrir para a mensagem.

Elena: Estou bem. Trabalhando!

Depois de sua resposta, não esperava receber mais


nada dele. Segundos depois, seu celular tocou novamente.

Pipe: Como está a sua boceta?

Elena: Precisa parar com as mensagens.

Pipe: Diga-me ou irei vê-la pessoalmente.

Revirando os olhos, não podia acreditar no quão


divertido isso era.

Pipe: Estou indo!

Anexado a sua mensagem havia uma foto de sua moto,


e entrou em pânico. De maneira alguma arruinaria isso antes
mesmo de ter começado.

75
Elena: Não. Estou bem, realmente. Estou apenas
dolorida, muito dolorida. Você não é um homem pequeno e
provou isso. Embora queira fazê-lo novamente. Realmente
quero fazer isso novamente e de novo e mais uma vez. Você
vem hoje à noite?

— O que está acontecendo? — perguntou Saint,


assustando-a.

Ela rapidamente enviou a mensagem e colocou seu


telefone no silencioso. Voltando-se para seu irmão, não
conseguia forçar um sorriso.

— O que faz aqui?

— Preciso de uma razão para ver a minha irmã? —


perguntou.

Seus braços estavam cruzados sobre o peito e parecia


perigoso, mas depois relaxou.

— Não sei. Algo mudou? — arriscou um olhar e


esperava que não visse que seu coração estava disparado.

— Faço todos os tipos de erros com você, não é? — se


afastou da porta, entrando no quarto.

— Não sei que tipo de erros que fala.

— Lembro-me de quando tinha cinco anos e tentava


andar de bicicleta. Papai estava ocupado com o clube e
mamãe constantemente ao telefone com ele. Estava
concentrado em minha própria merda. Você estava sozinha e
me lembro de voltar da casa de recrutas para o clube e estava
escurecendo. Você ainda estava em sua bicicleta. Você se

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recusou a usar um capacete, pois todos eram muito grandes
para você. — começou a sorrir. — Seu joelho sangrava por
cair da bicicleta, seu rosto estava machucado, mas você não
parava de subir em sua bicicleta e andar para cima e para
baixo.

Ela se lembrava daquele dia. Mamãe se recusou a


ajudá-la, papai nunca estava em casa e Saint já era recruta
no clube. Estava determinada a mostrar que era capaz de
andar em sua bicicleta até o final do dia. No início, andou um
pouco e caiu. Elena se levantou, limpou a sujeira, subiu de
novo em sua bicicleta e começou a andar novamente. Nada a
impediria de aprender a andar.

— Lembro de assistir e sentir tanta culpa. Papai me


ajudou a andar de bicicleta e você estava em seu próprio
esforço. Fiz uma promessa a mim mesmo que sempre que
precisasse de alguém, estaria lá e a quebrei, não é?

— Realmente não sei o que quer que eu diga.

— Exatamente. Depois daquele dia, estava sempre ao


meu lado. Eu a levava para a escola, brigávamos e todos eles
tinham de deixá-la sozinha.

— Irmã mais nova de Saint. Ninguém mexeria comigo.


— se lembrou o quão especial se sentia cada vez que a levou
para a escola.

— Então, mamãe decidiu ser porra louca e levá-la


embora. Papai e eu, ficamos totalmente perdidos sem você.
Continuamos telefonando para mamãe e ela nos dizia que
estava na cama, soluçando, que não podia ficar perto de nós.

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Isso fez Elena olhar para cima. — O que?

— Sim, mamãe nos disse que implorou para ir embora.


Você percebeu o que o clube era e que estava desgostosa com
quem estava relacionada.

— Isso não é verdade! — Droga, sua mãe tinha passado


dos limites e isso deixou-a ainda mais irritada. Afastou-a de
sua família, não apenas seu pai e Saint, mas também do
clube. Elena quis ser parte do clube por tanto tempo.

— O que?

— Não foi isso que aconteceu. Cheguei em casa e minha


mãe tinha embalado tudo dizendo que tínhamos que sair, que
nos expulsou de casa. Não apenas isso, disse que eu não era
mais permitida ficar ao redor do clube. Vocês eram homens
maus e homens maus não podiam ficar perto de meninas
como eu.

Ela viu Saint fazer uma carranca. — Papai não chutou


a mãe fora. Ele te perdeu, Elena. Porra, senti sua falta.

— Nunca quis ir com a mãe. Nunca, e nenhum de vocês


tentou vir me buscar. Nenhum de vocês sabia como ela era.
Ela era louca! — colocou a mão sobre a boca e deu um passo
para trás. Tudo o que aconteceu foi por causa das mentiras
de sua mãe. A distância entre eles era por causa de sua mãe
egoísta.

— O que está tentando dizer? A mamãe... a machucava?

Ela congelou e olhou para ele. — Por que está aqui?

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— Por que sempre tenta se esconder? Por que sempre
tenta me afastar?

Elena não podia fazer isso agora, não com Saint.


Depois de sua revelação, se sentiu exposta, aberta, nua.
Tentou se afastar dele, mas a segurou pelo braço.

— Você não vai sair. — se moveu em direção à porta e a


fechou de repente, trancando-a. Estava presa com ele,
sozinha no estoque e isso a assustava. Elena fez tudo o que
podia para evitar de ficar sozinha com ele.

— Quem veio com você?

— Ralf está conversando particularmente com Sarah e


não serão incomodados.

— Isto não é justo. Sarah não quer falar com ele.

Ele ainda segurava seu braço e guiou-a para uma


cadeira.

— Pare de me evitar. Não farei mais isso. Te perdi por


tempo suficiente. Não te perderei.

— Não me pergunte coisas que não quer saber.

— Quero saber o que aconteceu com você. Quero que


fale comigo, porra!

— Não sou uma das cadelas em seu clube, que você


pode mandar. — gritou para ele. Elena não pertencia ao seu
clube e não havia lugar para ela também, não se queria estar
com Pipe.

— Quero saber o que está acontecendo. Onde a minha


irmã foi? O que fez com ela?
79
— Ela foi embora há muito tempo atrás. Não sou mais
essa garota, Saint. Não sou uma menina jovem e nerd. Nunca
mais serei essa garota.

— O que a mãe fez? Você me afastou e estou cansado de


lutar contra essa merda com você, Elena. Conte-me.

— Você quer saber? Realmente quer saber? Isto é o que


ela me fez.

— A luta está indo bem — disse Shawl. — Saint tem três


recrutas que lutam esta noite. A agenda não o inclui na noite
passada.

Pipe assentiu. Olhou para os números das lutas que


ganharam na noite passada. Seus próprios recrutas foram
bem e trouxeram algum dinheiro bom que seria distribuído
entre os irmãos. Pipe sempre fez todos serem tratados
igualmente.

— Não sabemos quais os três recrutas que virão hoje à


noite? — perguntou Pipe.

— Francis, Gunner e Jewel.

— Trarão as mulheres?

— Eles, Saint e todos os homens. Jewel era um lutador


de volta na escola, ganhou um pouco de uma reputação para
si mesmo. Perdeu sua bolsa de estudos. Pela informação que

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consegui, está sendo educado pelo clube, e uma vez que se
provar, será corrigido — disse Shawl.

Pipe podia ver Saint ajudando um cara para fora.

— Algum dos seus filhos lutará com nossos homens?

— Não. Imaginei que para as relações, vamos manter-se


mutuamente o mais longe possível.

— Parece certo. Não quero qualquer Hell’s Wolves MC


contra os Saints and Sinners MC.

— Isso tem alguma coisa a ver com certa irmã?

— Knife disse?

— Vi o nome de Elena em seu celular. Isto acabará mal.

— Não acabará em tudo, tudo bem.

— Nem sabe o que faz com ela? — perguntou Shawl.

— Quando conheceu sua esposa, viu que iria mudá-lo?


Poderia afastar-se dela uma vez que você tem que conhecê-la.

— Estava com minha esposa quase um ano antes que


soubesse.

— Queria deixá-la a qualquer momento? Ir embora?

A mandíbula de Shawl cerrou. — Não e não podia


simplesmente ir embora.

— Elena me completa, Shawl. Não colocarei o clube em


risco. Quero ver onde isto vai.

Seu celular tocou e viu uma mensagem de Elena.

Elena: Preciso te ver!

81
— Tenho que atender. Você está bem aqui? Precisa de
mim?

— Não. Tudo está bem aqui. Seja cuidadoso.

Pipe caminhou até a sua motocicleta, enviando uma


mensagem com o endereço de um lugar. Era uma cabana que
estava nos limites da floresta. Manteve isso em segredo e era
o seu lugar seguro. Pipe não tinha dúvida de que Saint tinha
uma casa segura também.

Mesmo que o clube corresse em suas veias, havia


momentos em que precisava estar longe do clube, a fim de
tomar as decisões corretas.

Uma vez que recebeu a mensagem que ela estava a


caminho, subiu em sua moto e correu até sua cabana. Ele
não quebrou nenhuma lei e chegou lá antes dela. Pipe
entrou, acendeu as luzes e se certificou de que tinha um
pouco de comida na geladeira. Ia para a cabana a cada dois
dias, mantendo um fornecimento constante de alimentos.
Pipe também verificava se nada fez residência dentro de sua
casa. Ele odiava se um guaxinim ou um gambá aparecesse.

Talvez devesse investir em um cão. O problema era que


odiava cães ferozes e podia imaginar as piadas que os rapazes
fariam se chegasse em casa com um Labrador. Não gostava
da imagem que um motociclista devia ter.

Os cães podiam ser perigosos e nunca passaria seu


tempo com um animal que poderia matar com uma única
mordida.

82
O fato de gostar de um Labrador ou um Lulu da
Pomerânia o fez sentir como um maricas. Seu clube não
pararia de irritá-lo se tivesse um desses cães. Quando ouviu
o som de um carro se aproximando, foi em direção à porta e
viu como Elena correu para a casa. Estava preocupado que
ela não pararia quando escutou o som do freio.

— Elena? — perguntou.

Viu os que seus olhos lacrimejavam e ela não falou,


contornando o carro e jogando-se em seus braços.

Pipe segurou-a firmemente, levando-a para sua casa.


Fechando a porta, acariciava seu cabelo e viu que estava
apavorada.

— Baby, você está bem? — perguntou. — Precisa falar


comigo, caso contrário, ligarei para seu irmão para descobrir
o que está acontecendo.

Não gostava do jeito que como chorava. Estava


agarrada a ele, fato que gostava, mas era por todas as razões
erradas.

— Fale comigo.

— Só preciso de você para fazer parar o mundo e para


me abraçar. — esfregou sua bochecha em sua jaqueta de
couro. — Apenas me abrace. Faça tudo ficar bem, só por um
segundo.

Estavam juntos na cabana, abraçando-a firmemente.

Vários minutos passaram, até que suas lágrimas


diminuíram. Acariciou lhe o cabelo, cantarolando.

83
— Este é o seu lugar? — perguntou ela.

— Finalmente percebeu?

Ela assentiu com a cabeça.

— É um lugar agradável. — levantou a cabeça,


enxugando as lágrimas.

— O que aconteceu?

Ela balançou a cabeça e soltou um suspiro. — Alguma


vez já teve um momento em que percebeu que vivia uma
mentira? Tudo o que achava que sabia não era o que
realmente sabia?

— Acho que sim.

— Saint veio me ver hoje na loja. Ele queria conversar e


começamos a gritar um com o outro. — passou a mão pelo
rosto, que estava sem maquiagem. Era outra razão pela qual
gostava de estar com ela. Ela não cobria o rosto com
cosméticos. Tudo nela era puro e natural.

As prostitutas do clube foram o seu mundo por tanto


tempo que esqueceu como muito bom estar com uma mulher
real. Elena era essa mulher. Não podia escolher uma parte
favorita dela. Os seus seios eram grandes e adorava vê-los
saltar enquanto a fodia. Amava como envolveu suas coxas ao
redor de sua cintura enquanto a fodia. Não havia nada de
errado com suas curvas mais amplas, como tinha planos
para seu corpo delicioso.

84
— Eu lhe mostrei minhas cicatrizes. É uma loucura que
escondi por tanto maldito tempo e agora as compartilhei com
duas pessoas.

Ele segurou seu rosto. — Não precisa se esconder de


mim.

— Quando a minha mãe me levou, disse que era porque


o clube não era um lugar para mim e que meu pai amava
mais o meu irmão.

— Não era verdade?

— Não. Eram mentiras. Ela disse a Saint e a meu pai


que não podia ficar com eles. Perdi a minha verdadeira
família, porque minha mãe era uma porra louca. Saint sabe a
verdade sobre o passado. Quer que nos conheçamos
novamente. — respirou fundo, segurando em suas mãos. —
Eu... eu não podia ficar. Precisava sair de lá. Lá parecia
muito sufocante e a única pessoa em que pensei foi em você.

Gostava disso. Gostava pra caralho.

— Pode me ligar sempre que quiser, querida. Este lugar,


pode vir aqui a qualquer hora. — foi em direção à cozinha,
pegando a jarra de chá. Pegou uma de suas chaves reserva e
entregou-lhe. — Sempre que precisar ficar longe, venha aqui.
Envie-me uma mensagem e saberei que está aqui. É seguro.
Ninguém que possa te machucar sabe sobre ela.

Ela segurava a chave com força. — Confiará em mim


sobre isso?

— Confio em você com muito mais.

85
Elena franziu a testa — Realmente aprecio isso. —
colocou os braços em sua cintura, abraçando-o.

Ele acariciou suas costas, descendo para apertar sua


bunda. Ela soltou um suspiro e ele gemeu.

— Porra, amo essa bunda. Como está?

— Não estou muito dolorida. Quero você, Pipe.

— Deixe-me mostrar o meu quarto.

Elena tirou sua jaqueta, empurrando-a de seus ombros


até que caiu no chão. Ele agarrou sua camisa e rasgou-a em
dois. Ela parecia tão linda e a queria nua. Pipe não usou
preservativo esta manhã quando transaram, mas não queria
quebrar o feitiço que se instalara entre os dois. Parte dele
queria que engravidasse pela forma como a reivindicou. Se
estivesse grávida, seria capaz de resolver as questões de
forma mais suave com Saint. Sem a gravidez, seria uma luta
até a morte.

— Pensei em você o dia todo — disse, assustando-o.

— Não parei de pensar em você. Nem mesmo por um


segundo. — tirou o sutiã e acabou rasgando o tecido em dois.
O objeto o ofendia e o jogou para longe dele. — De agora em
diante, é melhor vir sem qualquer lingerie. — segurou seus
seios apertando-os, manuseando seus mamilos. — Foderei
estes seios e o meu sêmen escorrerá entre eles.

Em resposta, gemeu e sabia que tinha razão. Havia


uma parte de Elena que queria ficar completamente suja. Ele
desencadeou a sua paixão e a despertou para seu prazer .

86
Pipe nunca soube que poderia ser tão possessivo e, no
entanto, era exatamente o que Elena fazia com ele.

— Quer isso, não é, querida?

— Sim.

Ela soltou seu cinto, abaixando seu jeans. Ele tirou os


sapatos e estava prestes a tirar o seu jeans quando ela ficou
de joelhos diante dele. Colocou os dedos em seu comprimento
e começou a masturbá-lo da base de seu pênis para a ponta.

— Porra, porra, porra — disse, encontrando dificuldade


para manter uma aparência de controle sobre seu corpo.

Estava em chamas com o desejo. Queria estar dentro


dela mais do que qualquer outra coisa.

— A sua boceta será minha, Elena. Vou enchê-la com


meu pau.

— Mal posso esperar.

Olhando em seus olhos, observava o sorriso malicioso


quando abriu os lábios, colocando seu pau na boca. Calor o
envolveu e perdeu todo o pensamento.

87
O pau de Pipe era duro, mas suave. O contraste era
incomum para Elena quando colocou seu duro pau em sua
boca. Seu pré-semen era salgado quando revestiu a sua
língua e o engoliu. Após o episódio com seu irmão, seu único
pensamento era chegar a Pipe. Mal se conheciam e ainda
assim a fazia se sentir totalmente confortável.

Passou os dedos em seus cabelos e começou a guiá-la


exatamente como queria e ela o fez sem reclamar.

— Porra, porra, porra, isso é incrível, baby. Tome tudo.


— empurrou seus quadris para que levasse mais de seu pênis
para o fundo da sua garganta. Quando fez, o puxou. Pipe
nunca levou isso longe demais ou lhe permitiu tornar-se
desconfortável com ele. — Alguma vez já chupou o pau de um
homem, baby? — ela balançou a cabeça. — Você é uma
mestre.

Ela sorriu, satisfeita que ele gostava. Sua boceta estava


escorregadia com seu creme. Ela apertou as coxas, tentando
obter algum atrito através de seus próprios jeans. Nada
acontecia e gemeu de frustração.

88
— A minha mulher precisa de minha ajuda com sua
boceta? Tudo o que precisa fazer é pedir.

Elena queria continuar chupando seu pênis e que ele


brincasse com a sua boceta. Sua boca era incrível e queria
senti-la novamente.

Segurando as bolas, chupou seu pênis por mais alguns


minutos, deixando-o selvagem quando ganhou confiança.

De repente, ele agarrou seu cabelo um pouco mais forte


e não teve escolha, a não ser soltá-lo.

— De pé, agora!

Ela fez o que ele pediu, excitado ao vê-la. Seu olhar


parecia mais escuro do que lembrava e respirou fundo
quando se levantou.

— Você é tão linda, querida. — seus dedos se moviam


dentro de sua calça jeans e abriu o botão e desceu o zíper. —
Agora, será a minha vez de lamber a sua boceta.

Ela saiu da calça jeans e pegou sua mão. Elena gritou


quando de repente colocou o ombro em seu estômago e a
levantou.

— Pipe, o que está fazendo? Coloque-me no chão, agora!


— colocou-a na cama e ela desabou com uma risada. — O
que está fazendo comigo? — perguntou.

— Nada ainda, baby. Porém estou prestes a corrigir isso.


Lamberei esta pequena e doce boceta até molhar todo o meu
rosto e engolir todo o seu creme. — lambeu os lábios, o que
provocou um gemido.

89
— Você faz isso de propósito.

— Afaste suas pernas e abra sua boceta. Quero ver o


que me pertence. — ele já tinha tirado sua calcinha quando
puxou-a ao mesmo tempo que seu jeans.

Afastando suas coxas, abriu os lábios de seu sexo e o


observou. Ela se sentia vulnerável sob o seu olhar e não tinha
certeza do que fazer com ele.

— Olhe para essa boceta cremosa. Você é toda minha,


Elena. Diga.

— Diga o quê?

— A quem pertence?

Em toda a sua vida nunca pertenceu a ninguém e


agora pertencia a Pipe.

— Pertenço a você, Pipe.

— Está certo. Nunca se esqueça disso.

— Duvido que esqueça qualquer coisa que me disser.

Ele subiu na cama, pairando sobre ela. — Lamberei


essa boceta e então a colocarei de joelhos e você verá no
espelho quando te foder.

Olhou ao redor da sala e viu que havia de fato espelhos.

— Gosto de assistir, mesmo quando me masturbo. Não


perderei nada com você.

Ele deu um beijo em seus lábios e ela gemeu quando


ele começou a fazer uma trilha de beijos pelo seu corpo,
parando em seus seios, sugando os bicos.

90
Ele abaixou, movendo em direção a sua boceta. Ele
parou entre suas coxas e seus dedos acariciaram sua vagina,
circulando seu clitóris antes de descer.

— Sabe a quem pertence a sua boceta?

— Sei quem pertenço. Não há mais ninguém que queira.

Ela gritou quando colocou um dedo dentro dela,


pegando-a de surpresa.

— Minha boceta. Carimbarei o meu nome em sua boceta


para que todos saibam a quem pertence. É perfeita. É como
deveria chamá-la, a minha pequena boceta perfeita.

Elena riu e engasgou quando chupou seu clitóris,


mordiscando-o. Ele acrescentou um segundo dedo dentro
dela e começou a bombear.

— Não importa o que faça, mantenha a pressão de seus


lábios.

Foi difícil para se concentrar em manter-se aberta para


ele. O prazer tomou outra dimensão enquanto chupava seu
clitóris e a fodia ao mesmo tempo. Seu corpo não estava
mais sozinho. Pertencia a Pipe e ele sabia exatamente o que
fazer com ela.

— Goze para mim, Elena. Mostre-me o que quer de mim


— disse.

Fechando os olhos, arqueou-se contra ele, relaxando


sua mente enquanto a masturbava. O prazer era diferente de
qualquer coisa que experimentou e ele era o mestre de seu
corpo.

91
Ele passou a língua sobre seu clitóris e ela mordeu o
lábio enquanto desfrutava da sensação. Seu polegar acariciou
seu clitóris ao mesmo tempo que a sua língua e se manteve
dentro dela, fazendo-a ofegar.

Era muito difícil combater a excitação.

Incapaz de conter seu orgasmo, gritou seu nome,


mantendo os lábios de seu sexo abertos. Ela estremeceu
quando sua libertação continuou. Pipe prolongou seu
orgasmo até que implorou que parasse.

Pipe arrastou-se da cama, quando segurou seu pênis.


Olhou em seus olhos quando colocou seu pau em sua
entrada e entrou nela.

— Preciso estar dentro de você primeiro.

Ela gritou quando ele tirou apenas para entrar


novamente. Ele empurrou três vezes, antes de tirá-lo e
colocá-la de joelhos.

Elena faria qualquer coisa que pedisse. Ela adorava a


maneira como a fazia sentir, não apenas com o sexo, mas
com tudo.

Passando as mãos em sua bunda, Pipe se inclinou e


deu um beijo em uma nádega. Ficou muito excitado.
Colocando seus dedos ao redor de seu pênis, usou seu creme
em seu comprimento antes de pressioná-lo em sua entrada.

92
— Veja-nos, Elena. — olhou fixamente em seus olhos
quando guiou seu pênis nela. Assim que colocou a ponta
dentro de sua vagina, agarrou seus quadris, e estocou
lentamente, muito lentamente, tornando-se passado.

— Você é gostosa para caralho — disse ele.

— Foda-me, Pipe, por favor, me foda.

Não queria machucá-la, mas quando olhou fixamente


em seus olhos, no reflexo no espelho, viu que a machucava
por não fodê-la forte.

Aumentando o aperto em sua bunda, estocou com


força.

Ambos gemeram e fodeu sua boceta forte enquanto


manteve o olhar fixo nele. Só quando não podia segurar mais
abaixou o olhar para ver seu pau enfiado.

— Não vou durar. Você é tão quente.

— Por favor, Pipe, isso é tão bom.

Estocando sua boceta, deu um tapa em sua bunda e


fodeu-a mais forte do que nunca, dando-lhe tudo o que podia.
Os espelhos só serviram para destacar seu desejo por ela. Ele
precisava fodê-la mais forte.

Fodeu-a com força, fazendo com que a cama batesse


com suas estocadas.

— Quero isso, quero você, por favor — disse, gemendo.

Mais duas estocadas e ele gozou. Pipe deu impulso e


encheu-a de seu esperma. Aumentou o aperto em seus
quadris, que com certeza causaria hematomas, marcando-a.
93
Todo homem saberia a quem pertencia. Seria uma questão de
tempo antes que dissesse a Saint.

Assim que o prazer diminuiu, tirou de sua boceta.


Observou seu esperma escorrendo e não pode resistir quando
o empurrou novamente para dentro.

— O que você está fazendo? — perguntou.

— Nada, baby. Fique aqui, buscarei um pano. — desceu


da cama, caminhando em seu banheiro. Viu seu reflexo no
espelho e se sentiu o pior idiota do mundo.

Tenta engravidá-la e ela sequer percebe isso.

Deveria apenas dizer-lhe a verdade sobre o que tentava


fazer. Ao invés disso, voltou para o quarto e encontrou-a
deitada de costas, olhando para o teto.

— Quantas mulheres trouxe aqui? — perguntou.

— Nenhuma. Este é o meu espaço e as mulheres que


normalmente tive na minha vida são as putas do clube. Elas
não pertencem aqui. Este é o meu espaço.

— O seu espaço?

— Sim.

— Por que tem espelhos se não trouxe nenhuma mulher


aqui? — Sua mente estava agitada.

— Gosto de me assistir. Olhe para si mesma, Elena.


Diga-me o que vê.

Ela riu. — Vejo uma loira gordinha, que apenas teve


sexo.

94
Ele resmungou. — Não é o que vejo. — subiu na cama e
olhou para seu reflexo também. — Vejo uma mulher sexy pra
caralho. — colocou a mão sobre sua boceta. — É uma mulher
bonita e realmente precisa enxergar o que vejo.

Pipe limpou o excesso de esperma de suas coxas e virou


para ela.

— Então, sou a única mulher que esteve aqui?

— Sim. Você é a única mulher que queria aqui. Você


deve considerar-se muito especial.

Ela riu. — Porque sou a única mulher que quer aqui?

— Sim. É a única mulher que estará aqui.

— E agora tenho uma chave. Está nervoso sobre isso?

— Não. Não estou.

— Tem certeza?

Pipe olhou fixamente em seus olhos brilhantes e era


uma bola de fogo. Desde que descobriu a verdade sobre o
abuso que sua mãe lhe infligira, ela se abriu e viu uma
mulher animada sobre a vida. Antes que a verdade fosse
revelada, não tinha sido muito feliz.

— Estou muito certo. Está nervosa? Estou indo muito


rápido com você?

— Não estou apressada. Gosto disso e você sabe, Sarah


sabe sobre nós.

— Achei que diria a ela.

95
— Alguém que conhece, sabe sobre nós? — fez uma
careta. — Isso soa realmente confuso no momento.

— Shawl e Knife sabem sobre nós e confio neles, então


não precisa se preocupar com isso. Nunca a colocarei em
perigo. O que acontecerá com você e Saint?

— Ele queria que fosse para o piquenique do clube para


comemorar o bebê de Rage. — colocou a mão sobre sua boca.
— Deveria contar-lhe isso?

— Não contarei a ninguém. Juro, Elena, nunca usarei o


que falamos contra você.

Ela deixou escapar um suspiro e sorriu para ele. —


Ficamos juntos duas vezes e gosto de estar com você. É
louco. Você é um homem perigoso e o pensamento de que me
assusta...

— Nunca a machucarei, baby. Nunca.

— Por quê? — perguntou. — O que me faz tão diferente?

— Há muitas coisas que a tornam diferente. A primeira,


você não sair à procura de um clube. Naquela noite, no bar,
queria que o clube te deixasse sozinha. A segunda, sou o
primeiro homem que permitiu que estivesse dentro de seu
corpo. A terceira, você não procura problemas. Quer que eu
continue?

— Sim. Gosto de ouvir sobre o quão fabulosa sou. —


ficou de joelhos e subiu em sua cintura. — Diga-me tudo o
que quiser sobre mim.

96
Mensagens entre Elena e Pipe

Pipe: O que está fazendo?

Elena: Trabalhando, preguiçoso. E você?

Pipe: Sentindo sua falta.

Elena: Ah, sentindo minha falta ou de uma determinada parte


de mim?

Pipe: Ambos. Será que a sua boceta precisa do meu pau?

Elena: Talvez. Será que o seu pau precisa da minha boceta?


Veja, podemos jogar esse jogo.

Pipe: Quando te vir, farei com que me diga o que deseja que eu
faça. Para dizer palavras boceta e pau.

Elena: Sou uma boa menina. Não digo coisas assim. É rude!

Pipe: Te ensinarei.

No dia seguinte...
Elena: O que fez na noite passada estava errado!

Pipe: Você montou em meus dedos.

Elena: Não é minha culpa que colocou no lugar errado.

97
Pipe: Querida, pretendia brincar com a sua bunda. Sei que
não teve anal, mas fará comigo.

Elena: Não farei.

Pipe: Nunca diga nunca.

Mais tarde...
Elena: Dói?

Pipe: Não da maneira que faço. Prepararei o seu traseiro e


você vai adorar.

Elena: Não estou pronta.

Pipe: Não estou com pressa. Eu posso esperar.

No dia seguinte...

Elena: Sarah está triste. O que devo fazer para ajudá-la?

Pipe: Está me perguntando sobre problemas com garotas.


Entenda. Possuo um pau.

Elena: Se quiser seu pau em qualquer lugar perto da minha


boceta, me dirá o que fazer para ajudá-la.

Pipe: Pare de me ameaçar com sexo. Fale com ela e enquanto


estiver falando, seja uma cadela sobre ele.

Elena: Apenas isso?

Pipe: Sorvete, cookies, chocolate e a terapia que ele é um


imbecil. Sempre ajuda.

Elena: Como sabe disso? Foi despejado ultimamente?

98
Pipe: Não, pesquisa na Internet. É o que todas as cadelas
fazem.

Elena: Me chamou de cadela! Arrancarei seu pau.

Pipe: Você é minha ameixa doce. Te adoro e você não é puta.

Elena: Ameixa doce?

Pipe: Sexy, gostosa, boceta apertada, peitos deliciosos.

Elena: Seu pau é flácido e erra no buraco. Quer que continue?

Pipe: Quer a minha língua em seu clitóris? Diga-me coisas


boas.

Elena: Você tem um pau enorme e mal posso esperar para


montá-lo.

Pipe: Boa menina, te darei um bom orgasmo hoje.

Duas horas mais tarde.


Pipe: Funcionou?

Elena: Estamos tomando sorvete entre os clientes que


atendemos. Sinto sua falta e estou ansiosa pela sua língua.
Veja bem, sua língua.

No dia seguinte.
Elena: Saint passou aqui hoje. Ele queria conversar e ainda
reluto. Isso é normal?

Pipe: Não tenho família. Não sei. Saint se preocupa com você.

Elena: Como sabe?

99
Pipe: Ele manteve a sua existência em segredo para que
ninguém a machucasse. Ninguém faz isso se não se preocupa
com alguém. Ele se preocupa muito.

Elena: Obrigada. Você se importa?

Pipe: Você não sabe?

Elena: ?

Pipe: Eu me importo. Apenas não está pronta para descobrir o


quanto me importo.

Elena: Tenho que ir. Sarah precisa de mim.

Horas mais tarde.


Pipe: Quer assistir a um filme hoje à noite?

Elena: Que tipo?

Pipe: Horror?

Elena: Você está esperando ficar com alguém depois?

Pipe: Mulher, você usará o meu pau.

Elena: Não apenas o seu pau, você é divertido no texto. Eu me


comunico com você mais do que ninguém. Veja, me importo.

Pipe: O que há de errado com um horror?

Elena: Sangue, grosseria e eca. Se quer sexo, então sem


horror. Um thriller talvez, não algo super-romântico. Não quero
que fique enjoada.

Pipe: Oh, Elena, doce boceta Elena. Sua boceta é mais


apertada do que a de qualquer outra cadela e seus peitos
saltam quando me monta.

100
Elena: Estou com tesão e molhada.

Pipe: Cuidarei disso quando estiver com você, prometo.

Elena: Estou sozinha e no banheiro. Posso cuidar de mim


mesma.

O telefone celular tocou e Elena sorriu quando atendeu.


— Qual é o problema, baby? — perguntou, deslizando seus
dedos por sua fenda.

— Você está tocando a sua boceta?

— Sim. Estou tão molhada para você, Pipe. Queria que


estivesse aqui, enquanto estou me tocando.

— Queria estar aí. Cuidaria disso. Coloque um dedo


dentro de sua vagina.

Ela fez o que mandou e gemeu. — Isso é tão bom.

— Toque em seu clitóris. Mantenha seus dedos em sua


vagina e use o polegar.

Ela acariciou seu clitóris, e engasgou quando sua


boceta apertou em torno de seus dedos. Sua excitação
aumentou, e ela precisava dele dentro dela.

— Estou sozinho agora, baby e meu pau está em minha


mão.

— Imagina eu te tocando?

— Sim. Vai me tocar esta noite?

— Sim. Farei o que pedir — disse ela, crescendo em


confiança para o seu toque.

101
— Porra, baby, mal posso esperar para colocar minhas
mãos em seu corpo e vai se entregar a mim, não vai?

— Sim. Te darei tudo, Pipe.

— Goze para mim.

Ela gozou ao seu comando, explodindo, e ofegando


enquanto o orgasmo correu sobre ela. Seu orgasmo foi
incrível, mas não era nada parecido com o toque de Pipe.

Quando acalmou, disse que sentia falta dele e que


falaria com ele em breve.

Quando desligou, descansou a cabeça na parede. Ela


estava dependente desse homem e estava um pouco
assustada. O pensamento de não vê-lo novamente rasgou-a
por dentro. Não podia ficar sem ele.

102
Uma semana depois...

Elena gritou quando fugiu de Pipe, enquanto ele corria


em sua direção. Ela usava uma de suas longas camisas, e
mais cedo naquele dia ele a levou para o lago por sua cabana.
A última semana tinha sido como viver uma outra vida para
Elena. Ela tinha dividido seu tempo entre a loja, a sua casa, e
a cabana de Pipe. O piquenique para a celebração do bebê de
Penny e Rage era amanhã e ela passou o dia inteiro com Pipe.

Ele se tornara parte do seu mundo, e ela adorava estar


com ele. Ele a fez rir, sentir-se especial, e dentro de uma
semana ela tinha tido uma grande dose de divertimento.

— Estou atrás de você, baby — disse ele, gritando.

Olhou para trás e viu que se aproximada dela.


Gritando, pegou o ritmo, correndo para longe dele.

Ele capturou-a pela cintura e a levou em direção ao


lago. Ela tentou fugir, embora não tentava tanto assim. Pipe
levou-a para a água e o súbito choque da água fria a fez
ofegar enquanto a soltava.

103
Elena foi sob a água, e ela quebrou a superfície rindo, e
virou-se na água à procura de Pipe. Ele estava longe de ser
visto, e ela começou a entrar em pânico.

— Pipe? — Não houve resposta.

— Não é engraçado! Saia! — gritou com espaço vazio.

Pipe agarrou-a pela cintura e puxou-a para baixo.

Desta vez, quando ela quebrou a superfície, ela


empurrou-o com força.

— Não faça isso, você é um idiota. Estava preocupada.

— Sou um bom nadador. Será que preocupei você? —


perguntou, circulando ela.

— Não!

— Está mentindo, menina.

— Sim, estava preocupada que se afogasse e não gosto


da ideia de se afogar. — Os melhores momentos de sua vida
eram os únicos com ele. Adorava estar com ele, e quando ela
estava longe dele, ela pensava em estar com ele. Era uma
constante. Os sentimentos que ele estava inspirando dentro
dela,davam medo nela.

Envolvendo os braços ao redor do pescoço, sorriu para


ele.

— Passei muitos verões aqui, baby. Conheço todo este


lago assim como conheço o seu corpo. Sei o que coloco para
tocar para levá-lo selvagem, e eu vou continuar fazendo isso.
— agarrou a bunda dela, movendo-se entre suas bochechas
para tocar nas tetas dela.
104
Ela engasgou quando ele tocou sua boceta. Elena só
usava uma camisa longa e não estava de calcinha.

— Amanhã estará no lugar do seu irmão? — perguntou.

— Sim. Deixarei a minha janela aberta. Farei isso por


volta das 10 horas. O clube não ficará louco antes disso. —
Ele se infiltrou pela janela duas vezes nesta semana e cada
vez a manteve até tarde da noite. Contou a Sarah sobre as
visitas e sua amiga começou a ficar preocupada, já que
estava apegada a ele.

Era mais do que se apegar. Tinha sentimentos por Pipe.


O homem conhecido por causar uma contusão na cabeça de
uma pessoa, a fez se apaixonar, em grande estilo.

— É melhor te foder de tal modo que qualquer cara que


tentar algo com você hoje à noite, lembrará a quem pertence.

— Sei a quem pertenço, baby. — não ficou um dia sem


fazer sexo, e mesmo que estivesse machucada, não queria
perder a oportunidade de estar com ele.

Estava prestes a dizer mais alguma coisa quando


alguém chamou seu nome.

— Pipe!

Elena ficou tensa em seus braços e a colocou atrás


dele. Olhando por cima do ombro, viu um homem que não
conhecia.

— O que foi, Shawl? — perguntou Pipe.

105
— Back Saint na sede do clube e tem alguns de seus
irmãos com ele. Ele quer um encontro sobre a próxima luta
planejada. — Shawl a olhou e suspirou. — Ela terá que ir.

— Está tudo bem? O que ele quis dizer sobre uma luta?
— perguntou, sussurrando em seu ouvido.

— Shawl, saia. Não o quero aqui quando minha mulher


sair da água, porra! — Pipe rosnou e ela se afastou dele.

Elena nunca o ouviu falar assim antes e, de repente,


ocorreu-lhe que não o conhecia totalmente. Pipe não era
apenas o homem por quem se apaixonou, era Presidente de
um clube.

Nadando em direção à borda do lago, ela saiu.

—Elena.

— É melhor ir. Vou me trocar e falarei com você


amanhã.

— Elena — disse ele, saindo do lago. Ela já andava de


volta para sua cabana quando a agarrou pelo braço. — O que
está acontecendo?

— Nada.

— Você não pode me deixar.

— Não estou te deixando. Tenho um monte de coisas


para fazer. — as mentiras apenas saíam de sua boca e ela
odiava.

— Você está me sacaneando. Hoje à noite iria para a


minha cama. Diga-me o que está acontecendo, caso contrário
a acorrentarei à minha cama, porra!
106
— Não fale assim comigo. Não sou uma boceta do clube
para que fale assim.

— Então o que é? É melhor do que eu se não tiver a


porra do meu pau?

Ela lhe deu um tapa no rosto. No momento em que fez


isso, se arrependeu, cobrindo a boca, odiando-se. Ela não era
melhor do que ele. Era pior, Pipe nunca a machucou.

— Sinto muito — disse ela.

Ele respirou fundo e quando pensou que ele lhe revidar


como resposta, ele segurou seu rosto.

— Não te machucarei, baby. Nunca fuja para longe de


mim, ok.

— Você machucou mulheres antes.

— Não te machuquei. — inclinou a cabeça para trás


para olhar para ela. — Você destrói meu coração quando se
afasta.

— Sinto muito.

— Não baterei em você. Não quero nem pensar nisso.

Ela assentiu com a cabeça. — Nunca o ouvi falar


assim. Não tive a intenção de bater em você. Sinto muito.

— Shawl faz parte dessa vida e da maneira que estou


com você, existe a preocupação de que ficarei fraco. O meu
clube não me pagará para ser mole. Entende?

Elena franziu a testa. — Me apresentando mostra que


ainda é um cara durão?

107
— Praticamente. Faz sentido?

— Faz. Só me fez perceber quem é. Você é como meu


irmão. Tem um clube para liderar.

— Se quiser ir para casa e ficar sozinha, então entendo.


Mas não precisa sair. Minha cabana é sua.

Sentindo-se totalmente estúpida, forçou um sorriso


para que ele não se preocupasse.

— Cometi um erro e é minha culpa. Ficarei na cabana e


esperarei que volte.

— Tem certeza?

— Tenho. — segurou na sua mão e caminharam em


direção a sua cabine. Shawl esperava em uma motocicleta e
sequer olhou quando foram para frente. Elena estava prestes
a sair de Pipe quando a agarrou e puxou-a para ele.

— Sairei para tratar de negócios do clube, mas quero


estar com você. Voltarei em breve. — encostou seus lábios
nos dela, beijando-a. Ela fechou os olhos e o mundo
desapareceu, somente os dois existiam.

Shawl pigarreou, atrapalhando o momento. — Te verei


quando voltar. — ela se afastou, observando como Pipe pegou
seu colete de couro de dentro da cabana antes de ir para a
sua moto. Ela subiu os degraus e virou-se para vê-lo de moto.

Pipe assentiu em sua direção e segundos depois, ele


partiu. No momento em que as luzes se foram, sentia falta
dele. Voltando-se para a cabana, fechou a porta e andou até o
sofá.

108
Sentando-se, pegou o celular e ligou para Sarah. Dirty
Deeds estava fechado por ser sábado à tarde. O piquenique
seria quase todo o domingo. Estaria com as senhoras do
clube, fazendo comida. Saint a queria ali, a sua amizade
começou mais uma vez. Não era o melhor, mas tinha
começado.

— Ei, menina, como é o rebelde motociclista sexy?

— Ele saiu para atender meu irmão, por isso estou


sozinha agora.

— Seu irmão?

— Negócios do clube. Não sei mesmo o negócio que têm,


só que existe algum. O que faz?

— Começando uma limpeza profunda.

— Ainda quero saber o que é isso? — perguntou Elena,


sentando-se no sofá.

— Sim, estou jogando fora tudo relativo a Ralf. É


bastante terapêutico na verdade. Tenho a janela aberta e
estou, literalmente, jogando fora todo o seu lixo. Você sabe,
ele me ligou hoje para perguntar como estava. Imbecil. Estou
na fase de raiva do luto. Ele está enchendo o saco e agora
quero que saia da minha vida totalmente.

— Isso é sábio? — Elena encolheu quando ouviu o som


de algo quebrando.

— Você ouviu isso? Era seu scotch favorito. O bastardo


pode se dar ao luxo de comprar mais.

109
— Sarah, estou indo até aí. — encerrou a ligação, correu
em direção ao quarto e pegou alguns moletons. Pegando a
chave, enviou uma mensagem rápida para Pipe antes de
entrar em seu carro. Dirigiu em direção à cidade, e a pilha de
coisas de Ralf chamava alguma atenção. Na verdade, alguns
dos Saints and Sinners MC estavam perto dela.

Estacionando o carro dela, olhou para sua amiga a


tempo de ver Sarah jogar fora roupas.

— Foda-se Ralf e seu pequenino pau. Você é um babaca,


pode foder qualquer que seja a porra de mulher que quiser,
contanto que não seja eu!

— Sarah — disse Elena.

— Ei, querida. Achei que desligou na minha cara.

— Desliguei. O que está fazendo?

— Terapia. Estou farta dos homens. Eles são cães com


chifres, idiotas e virarei lésbica. Quer ser minha primeira
namorada, Elena? Podemos experimentar juntas.

Ficou vermelha. Mesmo dali viu que Sarah bebeu.

O som de motos se aproximando fez girar em direção ao


barulho. Ela viu Saint, Ralf, Willy, Shawl e Pipe.

— Oh não, Ralf veio me dizer para sair? — perguntou


Sarah.

— Sarah, o que está fazendo?

— Limpeza.

110
Elena ficou olhando para sua amiga, ciente do
momento em que Pipe estava perto dela. Ela fechou os olhos
por um segundo enquanto seu cheiro a cercava. Sua mão
repousava em suas costas.

— Ainda está usando minha camisa — disse ele.

Ela não se importou.

Recuando, engasgou enquanto sua mão rodeou a


cintura. Seu próprio toque a incendiou. Ela amava seu toque,
adorou.

— O que acontece aqui, Elena? — perguntou Saint. Pipe


soltou e quando virou para seu irmão, viu que olhava para
Sarah.

— Ela está acabando com aquele babaca.

A porta abriu e Sarah tinha um par de garrafas de


vodka.

Afastando-se dos homens, ela foi para a amiga.

— Realmente quer fazer isso? — perguntou Elena.

— Sim. Estou farta, Elena. Estou farta desta cidade


esquecida por Deus. Estou farta com toda a porcaria que vem
com ele e estou farta de Ralf. Ele pode comer merda e morrer.
— iniciou uma chama e jogou o fósforo na pilha de coisas.

A chama pegou um item de álcool embebido em roupas


e Elena se afastou. Os Saints and Sinners MC rodearam as
chamas. Ralf pegou Sarah em seus braços.

— Eu tenho isto. Todo mundo sai. —

111
Elena não estava saindo.

— Isso foi estúpido — disse Shawl, ficando ao seu lado.

— O quê? — perguntou Pipe, mas já sabia o que seu


amigo e VP diria. Ele deu uma mancada tocando Elena em
público e não lembrou que Saint estava presente. Ralf pegou
Sarah chorando em seus braços e levou-a para longe de olhos
curiosos. Pelo que escutou de Knife, ainda falava com ele,
mesmo que fosse ignorante ao fato de que Knife a queria.
Knife não ultrapassou a linha ainda, mas seria uma questão
de tempo. Talvez deixar a cidade lhe faria bem e Knife, era
bom. Ela realmente sofreia e Pipe não se surpreendeu quando
Elena foi atrás dela.

Falava com Saint e Ralf quando os homens receberam o


telefonema sobre Sarah agindo de maneira louca. Ao mesmo
tempo que os homens partiram, recebeu a mensagem de
Elena que dizendo que ia encontrar com Sarah.

Era a primeira vez que estava em Corner Sinners sem a


ameaça de iniciar uma guerra.

— Você sabe o quê, senhor.

— Ralf tem isso — Saint disse, vindo em sua direção. —


Volte para o clube.

Balançando a cabeça, Pipe não podia deixar de olhar


para onde Elena estava. Ela lhe deu um sorriso e acenou.

Ele acenou para ela e seguiu Shawl longe da cena.

112
— Você precisa tomar uma decisão sobre ela e toda a
porcaria que isso significa.

— Que porra quer dizer?

— Realmente acha de Saint permitirá que continue


fodendo a sua irmã assim que descobrir? Terá que fazer uma
escolha. O clube ou Elena.

Batendo com o punho contra o rosto de Shawl, Pipe


empurrou-o contra a parede mais próxima.

— Vamos esclarecer uma coisa. Sou o líder, a porra do


Presidente do Hell’s Wolves MC. Não me diga o que tenho que
decidir. Elena é minha senhora e não aceito desrespeito.

— Pipe, não estou te desrespeitando.

— No momento que duvida de mim, é desrespeito. Eu


possuo o Hell’s Wolves MC. A única razão pela qual ainda tem
uma família é porque tirei toda a merda que apodrecia o
clube. Quer que eu faça uma escolha? Matei por esse clube e
ganhei o direito de ter uma mulher e alguma felicidade, seu
egoísta.

Empurrou Shawl longe dele. Seu peito arfava com cada


respiração.

— Está tudo bem? — perguntou Saint. O Presidente do


Saints and Sinners MC subiu em sua moto, enquanto
observava a cena.

— Tudo certo. Vamos segui-lo para o seu clube. — Pipe


ajudou Shawl, batendo-lhe nas costas.

113
Saint e os meninos à esquerda antes Shawl falou
novamente.

— Sinto muito. Com Elena está distraído e ela não é


uma boceta que passou para o clube. Você é real com ela.

— É real. Nunca pense que colocarei o clube em perigo.


Elena me pertence, tanto quanto o clube.

Pipe estava extremamente irritado e não teria o clube


tirado dele. Trabalhou por ele, matou pelo clube e ninguém
tiraria isso dele.

Foram em direção a Saints and Sinners MC. O passeio


ajudou a aliviar a tensão que sentia. Ele teria Elena e teria o
clube. Pipe não sabia como faria, apenas que ele faria.

114
No dia seguinte, Elena estava no clube de seu irmão
com Sarah. Ela convidou a amiga porque não podia suportar
deixá-la sozinha. Depois de seguir Ralf para o apartamento
com Sarah, tinha visto um lutador em sua amiga. Não só ela
vira um lutador, ela também tinha visto a força interior que
Sarah possuía. Na primeira, ela realmente achava que Sarah
tinha perdido. A verdade foi que seus olhos tinham sido
abertos.

— Realmente irá embora?

— Sim, irei. Estou saindo para a faculdade, e eu vou


levar os meus cursos de negócios. Fiquei em Corner Sinners
por um relacionamento que era besteira completa. É hora de
seguir em frente. Eu vou.

— Quando irá embora?

— Amanhã. O apartamento está nas mãos de Ralf agora.


Ele pode lidar com isso. Estou cansada e mal posso esperar
para ir. Estou animada.

Elena estava feliz por sua amiga, mas também estava


triste. Na última semana estava com Pipe enquanto sua
amiga organizava sua partida.

115
— Sentirei sua falta — disse Elena.

— Pode vir comigo. Podemos deixar esta cidade toda


para trás.

Por um segundo, realmente pensou sobre isso. Se não


fosse por Pipe, teria ido.

— Não posso ir.

— Por quê?

Olhando ao redor da sala, Elena suspirou. — Sabe


porquê.

— Elena, não dará certo. Sabe disso.

— Não sei.

— Dois clubes, dois líderes diferentes e dois homens


diferentes. Um deles é o seu irmão, o outro, o seu amante.
Como funcionará?

Mordendo o lábio, franziu a testa.

— Eu o amo, Sarah. Como posso ir embora quando sei


que é o único?

— Você o ama? — Sarah olhou ao redor. — Pensei que


fosse apenas sexo entre vocês dois.

— Era. Agora não é. Eu o amo. Não sei o que ele sente


por mim.

— Como?

Elena sorriu pensando em seu tempo com ele.

116
— Ele me faz sentir viva quando estou com ele. Todo o
resto desaparece e é como se fôssemos as duas únicas
pessoas no mundo.

O olhar de Sarah suavizou. — Era assim com Ralf e eu


no início. Não é agora, mas o que fazer.

— Realmente sinto muito.

— Não tenha pena de mim. Isto é sobre você. Seguirei


em frente, Elena. Você está apaixonada por um homem que é
conhecido por bater no crânio dos homens com um tubo de
aço.

— Admito que ele não é o tipo de homem que você leva


para casa e apresenta para a mãe e o pai. Não tenho pais e
Pipe não é esse homem quando está comigo. Ele é diferente.
— Elena não queria lutar com todos ao seu redor para provar
que ele a fazia feliz. Não estava sob nenhuma ilusão e
imaginou que Saint teve seu quinhão de mortes sob o seu
cinto.

— Realmente acha que dará certo com ele? — perguntou


Sarah.

— Sei que será difícil, mas como disse, ele me faz feliz e
isso não deve ser a única coisa que importa? Ele me faz feliz.

— Ei, mana, está bem? — perguntou Saint.

Elena levou a mão ao peito. — Você me assustou.

— Não foi minha intenção. Ralf está lá fora, Sarah. Ele


gostaria de falar com você.

117
— Ele chama e devo ir correndo. As coisas nunca
mudam. — Sarah limpou as mãos em uma toalha e saiu da
sala.

Colocando o cabelo atrás da orelha, Elena olhou para o


irmão. — E aí?

— Queria vir e dizer olá e passar algum tempo com você.

Mordendo o lábio, balançou a cabeça.

— Olá. — Isso era tão estranho. Eram irmãos e ainda


assim nenhum dos dois sabia o que fazer.

— Isto é tão fodido.

— Sim, é. — bateu os dedos no balcão e sorriu para ele.


— Então, está bom o piquenique?

— Ainda nem começou.

Encararam-se por alguns minutos e Elena se


perguntou o que Pipe fazia. Ela se sentia mais confortável
com um motociclista de outro clube.

— Darei parabéns para o casal feliz. — tentou passar


por ele. Saint gemeu, colocou seu braço em volta do pescoço e
a puxou.

— Passaremos por isso logo, mana. Te amo e farei tudo


ao meu alcance para protegê-la. Vamos lá fora dizer parabéns
ao casal feliz, juntos.

Ele manteve o braço ao redor dos ombros e, pela


primeira vez em anos, Elena realmente sentiu que tinha um
irmão. Caminharam para o lado de fora e vários membros do

118
clube sorriram para eles quando foram em direção a Rage e
Penny.

Ficaram em um canto e Rage estava com as mãos sobre


a barriga de Penny.

— Parabéns, Penny.

— Obrigada, Elena. — Penny olhou para sua barriga,


suspirando. — Ainda não consigo compreender o fato de que
há uma outra vida crescendo dentro de mim e é magico.

— Isso é certo, baby. Meu pau ajudou a criar nosso


bebê.

As bochechas de Penny ficaram vermelhas e ela revirou


os olhos.

O clube recebeu Elena com os braços abertos, mas


onde isso deixava ela e Pipe?

— Chamou? — perguntou Sarah, caminhando em


direção Ralf.

Ela não está mais na dor com a visão do homem que se


afastou dela. Ele precisou de uma pausa e ela estava em
movimento. Sugou, mas agora enxergou a verdade que existiu
a cada segundo que estiveram juntos. Sempre soube que não
ficaria por aqui. Knife tinha dito a ela durante uma de suas
muitas conversas sobre o telefone que precisava tomar a
decisão e resolver o que queria.

119
Ralf não era o tipo de homem que ficava preso ao redor.

— Você está indo embora.

— Sim, o apartamento é todo seu. — encolheu os


ombros. — Já está tudo embalado e estou pronta para ir. —
Nunca tinha intenção de ficar em Corner Sinners. Este era o
lugar que cresceu, mas era o lugar de onde sempre quis sair.

— Não quero que vá.

Ela respirou fundo. — Não faça isso, Ralf.

— Pedi um tempo.

— Iria sair antes de decidir que me queria, Ralf. Fiquei


com você e não esperarei para viver a minha vida. Tivemos a
oportunidade de estar juntos. Você precisa de um tempo e eu
preciso sair. — cruzou os braços na frente dela. A proteção
era necessária. Ralf sempre foi capaz de fazê-la esquecer o
que queria da vida. Viver em Corner Sinners não era o que
queria. Queria uma vida diferente, longe da cidade, longe do
clube motociclista. Perderia o clube, Elena e partes da cidade.
Até mesmo perderia Ralf, mas precisava fazer isso.

— Não quero que vá. — se aproximou. — Eu te amo,


Sarah. Isso nunca mudou. Não estive com nenhuma das
mulheres aqui.

— Então me deixando partir lhe dará a liberdade para


fazer o que precisa fazer. Tenho que ir, Ralf. — descruzou os
braços e colocou-os sobre seus ombros. — Também te amo.
Se me ama, ama o suficiente para me deixar ir. — deu um
beijo em sua bochecha. — Adeus, Ralf.

120
Ela se afastou dele, e mesmo que isso destruísse seu
coração, tinha que ir.

Mais tarde naquela noite, Saint olhou para o fogo. A


festa estava em pleno andamento e sua irmã já tinha saído.
Estava determinado a fazê-lo funcionar com Elena.

— Alguém viu o que aquele filho da puta fazia com


Elena? — perguntou Ralf.

O irmão não era o mesmo desde que falou com Sarah.


Saint estava ciente de que Sarah deixaria a cidade e tinha se
matriculado em uma faculdade perto da cidade.

— Vi que Pipe estava realmente perto de Elena. — não


era um idiota e esperava que Elena confiasse nele o suficiente
para dizer-lhe a verdade. Saint viu a camisa que usava e
também tinha conhecimento que Pipe era dono de uma
camisa como aquela.

— O que fará sobre isso? — perguntou Rage.

Saint pediu aos homens para lhe dar uma chance de


falar com Elena antes que fizessem algo. Esperava que Elena
lhe dissesse, mas manteve o silêncio durante a maior parte
da noite, ao invés de falar com Penny.

— Deixei Jewel observando sua casa. Ele me avisará o


que acontece. — Saint amava sua irmã e assim que descobriu
a merda que passou, estava mais determinado do que nunca
para se certificar de que estava segura e protegida.

121
Pipe era um homem perigoso. Mesmo que tivessem
negócios com o seu acordo atual com a luta, Saint tinha
conhecimento que havia algo acontecendo. Pipe não apenas
rolava e mostrava sua barriga.

— No momento que souber de alguma coisa, estarei lá.


Não deixarei Pipe perto da minha irmã mais nova. — apenas
acabou de tê-la de volta. De maneira alguma a deixaria ir. —
O que está acontecendo com você e Sarah? — perguntou.

Ralf resmungou. — Ela está partindo.

— Você não tentará impedi-la.

Saint foi responsável quando Ralf decidiu que a queria


uma última vez e fez tudo que podia para mantê-la. Sarah era
uma boa mulher, uma mulher gentil. O fato de que era amiga
de sua irmã lhe dizia que era uma boa mulher. Elena se
tornou uma mulher difícil de conhecer e ainda assim Sarah
quebrou suas paredes. As duas eram melhores amigas.

— Se a amo, a deixarei ir. É o que ela disse. — Ralf


jogou a garrafa de cerveja em direção a lata de lixo. — Porra,
jogue a cerveja para cima. — gritou para uma das prostitutas
do clube, que estava perto de onde a garrafa caiu.

— Pare! — Saint gritou na direção da cadela do clube. —


Ralf, vá e pegue sua garrafa. Mostre algum respeito,
bastardo. Minhas mulheres não pegam suas coisas.

Ralf suspirou, levantou-se e colocou a garrafa no lixo.

— Não admira que Sarah queira te deixar. Você é um


pateta — disse Saint.

122
— O que faremos sobre Pipe? Se está de olho em Elena,
acha que é real ou falso?

Quando veio para Pipe, Saint não queria correr o risco


de ler a situação errada. Pipe era um bom Presidente e fez
maravilhas pelo Hell’s Wolves MC. Ele o respeitava, mas
nenhum homem era bom o suficiente para sua irmã.
Ninguém, nem mesmo qualquer um dos próprios irmãos do
clube. Se fosse por ele, ela se contentaria em permanecer
virgem para sempre. Merda, isso era totalmente fodido e até
mesmo quando pensava sobre isso, sabia que era injusto.

Sentando, tomou um gole de cerveja à espera de seu


telefone celular para tocar. Ele tocaria, apenas sabia que sim.

Elena esperou Pipe chegar. Mandou-lhe uma mensagem


quando deixava o clube e agora estava em sua sala de estar,
esperando por ele. Olhando para a janela, pensou na
conversa com Sarah. Apaixonou-se por Pipe e não sabia se
ele sentia o mesmo.

Estavam juntos há duas semanas e antes quando


deixava mensagens. Quando estavam longe um do outro,
sempre mandou mensagem para ela e nunca parou. Teria
que dizer a Saint em algum ponto. Nunca seria um bom
momento para que seu irmão soubesse que se apaixonou?

Estava em conflito sobre tudo. Como poderia desistir de


Saint?

123
O farfalhar vindo da janela cortou todas as dúvidas e
ela sorriu enquanto Pipe entrou em sua casa. Fechou a porta
e deu um passo em sua direção.

— Senti sua falta, baby.

— Senti sua falta. — colocou os braços ao redor dele,


pressionando seu corpo contra o dele.

— Como foi o piquenique?

— Muita comida e cerveja. Sarah não ficou todo o tempo


e fiquei um pouco mais. — passou as mãos em sua jaqueta
de couro antes de tirá-la. — Preciso de você, Pipe.

— A sua boceta está gananciosa novamente?

— Não, ela está faminta.

Afastando-o da janela, levou-lhe até o sofá. — Mal posso


esperar até que estejamos no quarto — explicou-lhe quando
lhe deu um olhar interrogativo. Elena usava uma camisola e
subiu em sua cintura. Passou as mãos para cima e para
baixo de seu corpo, apertando sua bunda e deslizando
debaixo de sua camisola.

— Você está molhada para mim?

— Sempre.

Posicionou-a entre as coxas, colocando o dedo em sua


boceta, fazendo-a ofegar.

— Porra, você está pingando.

— Quero você, Pipe. Por favor, preciso que me foda.

124
Ele agarrou seus quadris e levou-a para o sofá de modo
que estava sobre ela. Ela sorriu para ele.

— Sou o único responsável.

— Então estou à sua mercê, senhor.

— Gosto disso. Posso me acostumar a me tratar com


algum respeito. — capturou seus lábios, mordendo-os e ela
engasgou. — Dê-me um beijo, baby.

Voltou a tocá-la entre as coxas e ao mesmo tempo, a


beijou profundamente.

— Sou viciado em você, Elena. Preciso tê-la o tempo


todo. Não podemos continuar fazendo isso.

Ela se afastou, olhando para ele.

— Quer falar com Saint? Acha que isso é sábio?

— Não quero manter isso escondido. Você vale mais do


que ficar se esgueirando, fingindo. Ontem, queria segurá-la
em meus braços. Não queria me preocupar com alguém nos
vendo, o que acontecerá.

Lambendo os lábios, não podia manter o sorriso no


rosto. — Vamos juntos falar com Saint.

— Será sangrento. Dois clubes, não será fácil. Ele


pensará que estou te usando.

— E está? — perguntou.

— Não.

— E acredito em você. — cobriu seu rosto. — Confio em


você, Pipe.

125
Ele se inclinou, beijando-a mais uma vez.

A felicidade que a consumia não durou muito. Alguém


arrombou a porta da frente e antes que pudesse dizer
qualquer coisa, Pipe foi arrastado para longe dela. Viu Saint,
Willy, Rage, Ralf e Jewel, correndo em sua casa. Saint estava
sobre Pipe, socando-o no rosto.

No primeiro momento, estava congelada no lugar com


as pernas abertas e então, percebendo que o homem que
amava não lutava de volta, rapidamente levantou-se de seu
sofá. Por que Pipe não lutava de volta?

— Saint, saia de cima dele! — disse Elena.

— Você é um pedaço de escória. Acha que não sabia?


Acha que deixaria um pedaço de merda como você tocar em
minha irmã?

Saint socou o rosto de Pipe mais duas vezes e Elena


gritou. — Pare!

Ninguém escutava.

— Não é o que pensa — disse Pipe, mostrando que não


revidaria.

— Você transando com minha irmã? Não foi o que vi?

— Saint, deixe-o. Esta é a minha casa e você não tem o


direito de entrar aqui.

— Tenho todo o direito. Essa casa é minha. Você mora


aqui porque eu deixo — Saint disse, grunhindo as palavras.

Elena congelou com a veemência na voz de Saint.

126
— Trabalho muito duro nesta casa.

— Isto é o que queria, Elena? Queria foder meu inimigo?


Está lhe dando boceta livre ou ele que está lhe dando algo
para obter informações sobre o clube?

Ela cambaleou para trás como se a tivesse atingido.

Pipe finalmente saiu do estupor que estava e socou o


rosto de Saint. Três socos, um após o outro.

— Quer me bater, me bata, mas não fale com sua irmã


assim. Estamos juntos porque queremos. Nenhuma outra
razão. Ela não é prostituta e ela nunca escolheu entre você
ou eu.

— Você fodeu com minha irmã e espera que acredite que


não a usou para obter informações.

— Que informação? — perguntou Elena, envolvendo os


braços ao redor de si mesma.

— Hã? — perguntou Saint, voltando-se para ela.

— Que informações poderia lhe dar? — encontrou a sua


raiva e que exalava por todos os seus poros. — Não sou parte
da porra do seu clube. Trabalho em um sex shop. Não tenho
nada a dizer. Nem sei nada da porra do meu irmão e sabe o
quê, não me importo.

— Este é meu inimigo.

— Ele é o homem que amo! — a verdade saiu de sua


boca e ela balançou a cabeça, virando-se para Pipe. — Sinto
muito. Sei que não falamos sobre isso.

127
— Não fale com ele. Saia. — Saint disse, jogando Pipe
em direção à porta da frente.

— Não. Você não pode fazer isso. — Elena correu para


Pipe. — Esta é a minha casa.

— Está tudo bem, baby — disse Pipe. — Lidarei com


isso.

— Estou lidando com isso. Fique longe de minha irmã e


não volte.

— Não deixarei Elena — disse Pipe. — Estou disposto a


conversar com você e você não está pensando direito para
falar.

— Saia, antes que te mate.

Elena engasgou quando Saint tirou uma arma da parte de


trás de suas calças e apontou para Pipe.

— Não! — correu na frente de Pipe. — Largue a arma.

— Você não esteve ao redor do clube, Elena. O que você


fez foi traição. Deveria te lançar fora.

— Eu não fiz nada de errado. Não há nada que saiba do


clube.

— Com esse imbecil, fodeu com o clube. Saia do


caminho antes que faça algo que me arrependa. Ia sair com
ele.

Olhando para Pipe, respirou fundo. — Você me


ajudará? — perguntou.

— Sempre.

128
Balançando a cabeça, olhou para o irmão.

— Nunca fiz nada para machucá-lo e estar com Pipe não


era sobre você. Gosto dele, o amo, mas acha que te traí. —
lhe deu um sorriso fraco. — Irei embora.

Ela segurou nas mãos de Pipe e deu um passo para


longe da casa.

— Elena? — Saint segurou seu braço e ela o empurrou.

— Isto é o melhor. Não pertenço aqui e acabou de provar


isso. Pertenço a Pipe. Adeus, Saint.

Ela virou as costas e continuou caminhando com Pipe.


A camisa que usava estava no meio da coxa e ela segurou a
mão de Pipe com força. Olhando para ele, viu o sangue
escorrendo de seu lábio e hematomas que se formavam.

— Você está bem?

— Estou bem. Como você está?

— Estou ... dormente. Por que não lutou com ele no


início e depois o bateu?

— Ninguém chama a minha mulher de prostituta,


ninguém. Cuidarei de você.

129
Saint foi travado por Rage e Ralf. Ele ia matar Pipe. O
bastardo tomou a sua irmã e ele não sabia o que fazer.

— Cara, precisa se acalmar. Irá machucá-la se for agora


— disse Rage.

Saindo de seu domínio, pegou o abajur e atirou-o pela


sala. Estava extremamente irritado. Anos atrás, falhou com a
sua irmã e ela foi a única a traí-lo.

Pegando vários itens que estava por perto, atirou em


toda a sala. Estava ciente de que seus irmãos o observavam,
mas não se importou.

Sua irmã acabou de se afastar sem olhar para trás.

Você a chamou de prostituta.

Você era um idiota com raiva.

Rangendo os dentes, não podia lidar com a porcaria


que acontecia em sua cabeça.

— Preciso fazer planos. Tirarei os Hell’s Wolves MC.

— Saint, isso é infantil.

— Não, ele se aproveitou de Elena e é isso que quer.


Esse clube é nosso inimigo e foda-se o inimigo. — Saint não
130
permitiria que sua irmã ficasse entre os dois clubes e iria
salvá-la. Pipe não era o tipo de homem que devia ter. Ela
precisava de um homem de negócios calmo ou alguém gentil.

— Será que alguém percebeu que Pipe apenas te atacou


quando disse alguma merda sobre Elena? — perguntou Ralf.

— O quê? — perguntou Saint.

— Você o socava e falava um monte de merda. Por tudo


isso, Pipe não o atacou até que você falou sobre Elena.
Realmente acho que aquele bastardo a ama. — Ralf riu. — Já
tinha motivos demais para beber agora até mesmo pensar
essa porcaria. Minha mulher me deixou e não tenho trabalho.
— Ralf riu novamente e sentou.

Saint pensou sobre o ataque e Pipe não fez nada, não


até que falou sobre Elena.

— O que acha? — perguntou Saint, olhando para Rage.

— O cunhado da minha mulher quer transar com ela.

— Não estou falando de Pea. Quero saber o que viu.

Rage esfregou as costas de sua cabeça.

— Algo acontece aqui e entrou correndo sem perguntar.

— Elena é a minha preocupação.

— Eu sei, mas realmente a ouviu? Ela está apaixonada


por Pipe e ele mostrou que não quer guerra. — Rage deu de
ombros. — Não julgarei sua reação. Não tenho uma irmã.
Isso é totalmente sua decisão.

131
Caindo no sofá, Saint gemeu. Ele viu o que Elena e Pipe
fizeram e não queria estar em qualquer lugar perto desse tipo
de merda. Passando a mão pelo rosto, foi até a janela, e
tentou colocar seus pensamentos em ordem.

Que merda ele fez?

O dia seguinte

Pipe observou enquanto Elena estava na pia da cozinha


na sede do clube, lavando os pratos do café da manhã. Não
falaram sobre o que aconteceu ontem à noite. No momento
em que chegou ao clube, disse a Knife para colocar Elena em
seu quarto, então contou ao resto dos irmãos o que tinha
acontecido.

Estavam todos tensos, à espera do ataque que tinha


certeza que viria. Ele a levaria de volta para a sua cabana,
mas desde a confissão de que o amava, não podia deixá-la
fora de sua vista. Pipe a amava. Amava-a muito, tanto que o
assustou. Sorvendo seu café, não tirou os olhos dela, mesmo
enquanto seus homens observavam, não se impressionaria
com o fato de que não tomou sua casa.

— Disse que ela lhe pertence? — perguntou Shawl.

— Direi hoje. Ontem à noite, quando fui até a cama, ela


dormia. — embora tenha tomado conhecimento de suas
lágrimas. Elena adormeceu chorando e não gostou disso.
132
— Tem certeza que esta é a decisão certa?

— Será que os homens têm um problema com a minha


decisão? — perguntou.

— Não. Eles confiam em você e eu também, Pipe.

— Não colocarei o clube em risco. O Hell’s Wolves MC


ainda é a minha prioridade e isso não mudará. Elena é a
minha mulher e ela terá a melhor vida que posso lhe dar.
Fazer as pazes com os Saints and Sinners MC é meu objetivo.

— Quando acha que Saint chegará?

— Em algumas horas. Ele precisa se acalmar primeiro.


— Ficando de pé, foi em direção a Elena. Assim que estava
atrás dela, passou o braço em sua cintura. — Olá baby.

Ela ficou tensa.

— Você dormia na noite passada quando fui para a


cama.

— Você demorou um longo tempo.

Ele beijou seu pescoço. — Tive que fazer o clube ciente


do que acontecia. Saint não aceitará isso com facilidade.

Ela segurou na borda do balcão e manteve a mão em


sua cintura.

— Deveria estar aqui?

— Sim.

— Mas estamos causando problemas.

Ele virou-a para si e segurou-lhe o rosto para que não


tivesse escolha, além de olhar para ele. — Ouça-me

133
atentamente, Elena. Eu te amo. Você é minha mulher e não
recuarei, nem a deixarei ir. Lutarei com Saint por você.

— Você me ama? Não precisa dizer que você...

A única maneira de silenciá-la era com os lábios. Ele a


beijou, calando todos os seus protestos. Afundando os dedos
em seu cabelo, segurou-a firmemente contra ele e com a
outra mão, cobriu sua bunda.

Liberando seus lábios, não deu-lhe a chance de se


afastar.

— Uma vez disse que não lidaria com o que sinto por
você. Estou apaixonado por você. Você é minha mulher e
faremos isso dar certo. Eu juro.

— Acredito em você.

Deu um beijo em sua boca. — É minha mulher agora.

Ela sorriu. — Nunca pensei que seria uma Senhora.

Ele a soltou e tirou a jaqueta de couro.

— Te darei um patch em breve, mas quero que use este.


— colocou sobre os ombros e estava tão bonita no colete.

— É um pouco grande — disse ela.

— Fica bem em você.

— Pipe, eles chegaram — disse Shawl.

O sorriso que estava no rosto dela desapareceu.

— Saint chegou mais cedo do que imaginava.

— Ele não veio sozinho. Vários membros do seu clube


estão aqui.
134
Agarrando as lapelas do casaco, a beijou forte

— Confie em mim, baby.

— Confio em você.

Tomando-lhe a mão, saiu do clube e no estacionamento


à frente do clube Saint estava sentado. Já tinha saído de sua
moto e Pipe manteve Elena ao seu lado enquanto se movia à
frente de seus homens. Todos do Hell’s Wolves MC estavam
tensos, prontos para alcançarem as suas armas, assim como
os Saints and Sinners.

Se deixasse isso se transformar em um tiroteio, seria


um banho de sangue e não estava interessado nisso. Nenhum
deles voltaria vivo e precisava proteger seu clube e Elena.

— Temos contas a acertar — Saint disse, ficando na


frente dele.

— Temos. Esperei por você. — Elena agarrou a mão um


pouco mais forte. Fez o possível para tranqüilizá-la.

— O único lugar que sei que isso acontecerá será no


ringue, porra.

— Quer lutar?

— Com certeza.

— O que? Não, você não pode lutar. Isso é arcaico. Pipe,


não lute com ele. Estou aqui e pode deixá-lo sozinho. Não
precisa lutar.

Pipe viu a dor nos olhos do Saint.

135
— Preciso lutar. Quando estivermos no ringue,
negociaremos o que significa o nosso relacionamento. Amo
sua irmã e não a deixarei.

A mandíbula de Saint cerrou. — Lutaremos.

Apontou para Shawl para arranjar tudo. — Lutaremos.

Segurando a mão de Elena, voltou para o clube.

— Não pode lutar com ele, Pipe. Não quero que lute com
ele.

— Lutarei com ele para que fique e conheça o seu irmão.

— Isso não faz sentido.

Ele riu. — Você e Saint podem não estar no melhor dos


termos agora, mas o ama. Ele é seu irmão e é da família. Você
se arrependerá, baby. Me certificarei de que esteja feliz e se
essa luta ajudar, é o que farei.

— Não quero que nenhum de vocês sinta dor.

— Posso levar uns socos, querida. Pode ficar aqui ou


sair. Cabe a você, mas irei fora, entrar em um acordo com ele,
por nós.

— Não quero que se machuque.

— Não me machucarei. Confie em mim. — ele segurou


seu rosto, beijou seus lábios e, relutantemente, se afastou.
Knife estava em pé ao lado da porta. — Proteja-a.

Ele esperou tempo suficiente para que ele acenasse e,


então foi para o ringue de luta. Os Saints and Sinners
estavam em um lado e seu clube estava no outro.

136
— Tem certeza de Elena vale isso? — perguntou Shawl.

— Sem sombra de dúvida.

Foi até o ringue e viu quando Saint removeu seu patch


de couro e foi em sua direção.

— Realmente quer fazer isso?

— Temos problemas para resolver e acho que a única


maneira de lidar com esses problemas é com os nossos
punhos. — Pipe manteve as mãos abaixadas, assim como
Saint. Ambos foram em frente e não sabia quem ganharia, ele
ou Saint.

— Há quanto tempo está enroscando a minha irmã?

— Não é da sua conta. Tratei Elena com respeito e você


também deveria. — Pipe estava determinado a não perder a
calma. Isso era o que precisava acontecer. Eram dois líderes
diferentes e não somente precisavam provar sua força um ao
outro, precisavam provar isso para seus clubes.

— Tratarei a minha irmã como quero.

— Como? Deixando-a com uma cadela louca que a


machucava?

Saint atacou e Pipe se defendeu dos socos que podia.

— Não sabia o que acontecia. Acha que deixaria alguém


machucá-la? Amo a minha irmã e Elena deveria ter me
procurado, porra!

— Não a machucarei. Eu a amo. — recebeu um golpe no


rosto e, cuspindo sangue, olhou para Saint. — Você me bater.

137
Isso não mudará o fato de que estou apaixonado por sua
irmã. Ela é o meu mundo inteiro.

Os combates realmente começaram e foi brutal. Ele


gritou, lutou e Pipe provou a Saint que não recuaria, nem
cederia quando se tratava de Elena. Estava apaixonado por
ela e Saint gostasse ou não, estavam destinados a serem
irmãos de lei.

Ficaram frente a frente, sangrando e prontos para


lutarem um pouco mais.

— Saint? — disse Elena, chamando a atenção para a


beira do ringue de luta. Knife estendeu seu braço, puxando-a
de volta. — Eu o amo. Nunca compartilhei nenhuma
informação do clube. Não o traí, mas sabia que não me
deixaria vê-lo.

— Não pedi nada a ela. Apenas nos encontrávamos. Os


clubes nunca chegaram a ela.

Saint baixou os punhos. — Sinto muito por ter perdido


a paciência. Elena, não acho que é uma puta e sinto muito.
— abriu os braços e Pipe saiu da frente para que Elena
abraçasse seu irmão.

— Não ficarei entre vocês dois — disse Pipe. — Amo


Elena e sei que ela te ama. Não a farei escolher.

— Quer fazer este trabalho, Elena com você?

— Sim. — Pipe já tinha o apoio de seu clube.

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— Isso significa que não podemos entrar em guerra.
Teremos que entrar em um acordo com o compartilhamento
de informações e passando pelo território do outro?

Pipe deu ombros. — Coisas piores aconteceram com o


meu clube. Estou preparado para fazer de tudo para manter
a paz e para manter a mulher que amo segura.

Saint olhou para trás em direção ao seu clube e eles


assentiram. — Não estamos interessados na guerra. Podemos
fazer este trabalho, não apenas para os clubes, mas para a
minha irmã também. — beijou a cabeça de Elena e estendeu
a mão para apertar a mão de Pipe.

Pipe olhou para a mão, tomou-a, sacudindo-a.

Seria uma amizade rochosa, mas estava determinado a


fazê-la funcionar.

Duas semanas depois

Ralf estacionou seu carro do lado de fora do café, onde


Sarah trabalhava. Esteve completamente fora de sua vida por
duas semanas e estava morrendo por dentro. Amava o clube,
e sempre seria fiel a Saint.

Sarah era sua mulher e cometeu o maior erro de sua


vida. Voltou para o apartamento e estava completamente
vazio. Seu material sumiu e não podia ficar mais à noite.

139
Ele dormia na sede do clube e ficou longe das bocetas
do clube. Não esteve com ninguém desde Sarah. As bocetas
do clube estavam mais do que dispostas, mas não queria as
mulheres que estavam em oferta. Queria Sarah.

Saindo de seu carro, foi em direção ao café e sentou na


parte dos fundos. Pegou o menu e começou a ler.

— O que posso fazer por você? — perguntou Sarah.

Ele abaixou o menu e olhou para sua mulher. Seu


cabelo já não estava tingido. Os cachos castanhos que
pareciam brilhantes, estavam presos em um rabo de cavalo.

— O que faz aqui, Ralf?

— Quero que volte para casa.

— Não voltarei para casa. Estou feliz aqui.

— Está feliz em uma cidade que lhe oferece uma merda?

Ela suspirou. — Vai pedir alguma coisa?

— Venha para casa.

— Não.

— Você será difícil.

Ela soltou um grunhido sexy e se sentou em frente a


ele. Ela cruzou os braços e se inclinou sobre a mesa. — Quer
conversar sobre isso agora? Pensei que seu negócio era voltar
correndo para o clube.

— Não estava funcionando.

— Pensei que estava grávida, Ralf. E o que fez? Você


fugiu. Adivinha? Não estou grávida e terminamos. Não

140
preciso de um homem que fugirá no primeiro sinal de um
compromisso real. Deixe-me sozinha e siga em frente. —
Pegou o caderno e caneta, afastando-se.

Ralf ficou em sua mesa e Sarah trouxe-lhe um café.


Ninguém sabia que quase estiveram grávidos. Quando Sarah
lhe disse, entrou em pânico e fugiu como um babaca. Queria
fazer mais do que um pedido de desculpas, queria conquistá-
la novamente. Teria Sarah de volta, ela gostasse ou não.

141
Quatro semanas mais tarde

Elena olhou para o bastão branco, esperando que algo


acontecesse. Não sabia o que esperar ou como lidaria se
estivesse grávida ou não. Fazia seis semanas desde que Pipe
e Saint lutaram no ringue, entre si.

Não tinha esperança que qualquer um ganhasse. Seu


amor pelos dois homens era diferente e ainda assim não
queria que nenhum sofresse. Esse evento inteiro tinha sido
ao longo de seis semanas atrás, e desde então sofria com
enjôos matinais e alterações de humor. Ela não contou a
Pipe, mas seus seios estavam sensíveis, sem mencionar o fato
de que não teve o seu ciclo também.

— Tem alguém aí? — perguntou, olhando para seu


estômago.

Ninguém respondeu e ela respirou. Dois minutos — ou


eram quatro? — Foi um longo tempo de espera.

Descansando a cabeça no banheiro da sede do clube


Hell’s Wolves MC, refletiu sobre tudo o que acontecia. Até
agora, seu irmão e Pipe chegaram a um acordo amigável, que
também viu os dois clubes se reunindo para um churrasco
142
tenso. Tinha sido difícil e todos estavam no limite, prontos
para ir para suas armas até que Shawl chegou com sua
esposa e filhos.

Todos os Saints and Sinners MC se surpreenderam ao


vê-lo com a esposa e filhos. Era a forma de Shawl lidar com
isso?

— Achei que, como seremos uma grande família feliz, já


era hora de mostrar o amor que tenho.

Todos acalmaram. Até foi capaz se divertir com seu


irmão. O que amava mais do que tudo era o fato de que não
teria que esconder seus sentimentos por Pipe. A tensão ainda
estava lá e tinha certeza de que os dois homens lutavam
regularmente, só que desta vez era com palavras.

— Isso tem que ser o dia mais longo da minha vida —


disse ela, olhando para o bastão branco.

— Elena, está bem, baby? — perguntou Pipe, batendo


na porta.

— Estou bem. Sairei em um minuto. — Ela não contou a


ele que fazia um teste de gravidez e não lhe disse os seus
pensamentos sobre a gravidez.

E se ele não quisesse ter filhos com ela?

E se ele se entediou com ela?

Merda.

— Sei o que faz aí — disse ele.

— Duvido.

143
— Acha que não percebi quando corria para o banheiro?
Ou a forma como aperta o seu estômago tentando não
vomitar? Não sabe o quanto te amo? Observo tudo sobre
você. Observo quando está cansada, quando está com fome e
quando precisa de mim.

Lágrimas encheram os olhos com suas palavras doces.


— Pipe?

— Sim, querida.

— Estou assustada.

— Então me deixe entrar e te abraçarei enquanto


descobrimos o futuro juntos. Mesmo se não estiver grávida
agora, me certificarei que esteja grávida em breve. Isso é o
quão determinado estou para que tenha o meu filho.

— Quer um bebê?

— Sim. Quero um bebê com você e mal posso esperar


para ter uma família.

Respirando fundo, sorriu e abriu a porta do banheiro.


No momento em que destravou a porta, Pipe entrou e foi em
direção a ela. Passou os braços em volta dela e ela segurou o
bastão firmemente em sua mão.

— Nós temos isso, Elena. — segurou seu rosto,


enxugando as lágrimas.

— Estava tão assustada.

— Não precisa ter medo. Faremos isso juntos. — se


inclinou e beijou-lhe os lábios.

144
Ele se sentou no vaso sanitário e a descansou em seu
colo com a mão em sua barriga.

— O que esperamos?

— Duas linhas azuis, eu acho. — limpou seu nariz.

— Quer filhos? — perguntou.

— Não sei. Se isso se estiver azul, então o quero. Nunca


me livrarei de qualquer garoto que tivermos.

— Droga certo que não fará.

— E Saint?

— Isso não impedirá de planejar a minha morte.

— Ele não planeja a sua morte.

— Ele planeja alguma coisa e acredite em mim, se


tivesse uma irmã, planejaria a morte do bastardo.

Ela riu.

Respirando fundo, ambos olharam para o bastão e


ambos observaram como as linhas ficaram azuis. Ela estava
grávida.

Elena prendeu a respiração, esperando a reação de


Pipe.

Ele gritou, aplaudiu e levantou-a, pressionando-a


contra a parede.

— Porra, baby, estamos grávidos.

— Estamos grávidos.

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Pipe reivindicou seus lábios, colocando sua língua
dentro de sua boca e passando as mãos por todo o corpo,
pressionando o pau em sua barriga. — Vamos ver um
médico. Não transarei com você até que ele deixe tudo claro.

— Você se tornará super protetor, não é?

— Pode apostar que sim. Você é minha mulher e


protegerei a minha mulher. Vamos. — pegou na mão dela,
foram para a parte principal do clube. Ficou envergonhada
enquanto Pipe chamou a atenção para eles. Colocou seu
braço ao redor da cintura, assobiando para que todos no
clube se virassem para ele. Shawl já sorria, pois estava com
ela quando foi à farmácia. Não entrou na farmácia porque lhe
disse que precisava de coisas de mulheres.

— Tenho um grande anúncio a fazer, que poderia causar


a minha morte, mas não dou a mínima. Elena e eu, teremos
um Baby. — Pipe fez o anúncio e todo o clube entrou em
erupção, aplausos soaram e Pipe levantou-a do chão, girando
em torno dela.

Ela gritou, riu e saboreou a sensação de pertencer,


quando o clube abraçou-a como a Senhora do Pipe. Foi um
dos melhores dias de sua vida.

— Temos que dizer a Saint — disse ela, sorrindo para


Pipe.

— Não importa. Podemos lidar com qualquer coisa.


Seremos pais orgulhosos.

— Você está feliz?

146
— Estou tão feliz.

Ela engasgou quando Pipe ficou de joelhos e o silêncio


caiu sobre a sala.

— Elena, você é o amor da minha vida. Quer se tornar


minha esposa? — perguntou.

Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Um milhão de vezes


sim.

Oito meses mais tarde

Pipe andava fora do quarto de sua esposa. Ele passou de


uma extremidade do quarto para a outra.

— Deveria estar lá — disse Saint.

— Não enche, idiota. Estava lá e ainda estaria se minha


esposa não exigisse que fosse expulso do quarto. Ela é uma
mulher má e agora está em apuros.

Saint riu.

Elena acordou no meio da noite, ofegante e gritando de


dor. Suas bolsa estourou e as contrações começaram. Nunca
em toda a sua vida sentiu tanto medo de ouvir Elena gritar. O
Hell’s Wolves MC acordou com a urgência para levá-la ao
hospital. Ninguém tinha permissão para ficar na cama e ele
conduziu o carro, em direção ao hospital. Chamou Saint no
caminho e agora estava com seu irmão de lei. Desde o início
esteve ao lado de sua esposa, segurando a sua mão enquanto

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gritava de dor, encorajando-a e talvez gritando com os
médicos e parteiras que estavam no quarto.

Após cerca de cinco minutos dele dizendo-lhes como


fazer o seu trabalho, Elena o mandou ver seu irmão. Ela não
o queria no quarto.

Ele falhou com ela.

Saint desatou a rir.

— As mulheres fazem isso o tempo todo. Penny fez um


algumas semanas atrás. Rage não ficou louco.

— Espere até que seja a sua mulher lá dentro. As


mulheres continuam a morrer durante o parto. Li todos os
livros. — O estoque de livros sobre gravidez estava escondido
debaixo da cama e os leu todas as noites quando Elena
adormecia. Ele estaria preparado para tudo.

Saint parou de rir. — Sei que a minha irmã é uma


lutadora.

Pipe esperava que fosse. Sentou e olhou para a porta,


esperando por algum sinal de que sua esposa estava bem. Se
ela morresse, mataria cada filho da puta na sala que permitiu
que ela morresse.

Planejando todas as mortes, estava prestes a pegar o


seu tubo de aço, quando uma enfermeira deixou o quarto.

— Sua esposa o verá agora.

Não precisou que lhe dissesse duas vezes e ele correu,


passando a mulher, indo direto para a sala principal.

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Elena sentou-se na cama, parecendo exausta e em seus
braços estava um pacote pequeno.

— Papai está aqui para te ver.

Seus olhos brilhavam e ele andou em direção a ela,


cobrindo seu rosto.

— Você está bem?

— Estou tão feliz. Temos uma filha, Pipe. Uma bela e


saudável menina.

Ela segurou sua mão e se permitiu o prazer de olhar


para sua filha. No momento em que o fez, Pipe sabia que
nunca seria o mesmo novamente. Morreria por Elena e seu
bebê.

Saint limpou a garganta e ambos o chamaram.

— Você tem uma sobrinha, Saint — disse Elena.

— Porra, ela será o bebê mais cuidado no mundo —


disse Saint.

Pipe beijou a cabeça e passou a mão na bochecha de


sua filha. Logo em seguida, ela abriu os olhos e olhou para
ele. O instinto de protegê-la era forte.

— Bluebell — disse ele. — Vamos chamá-la de Bluebell.

Ele abraçou sua esposa e, quando Elena adormeceu,


tomou Bluebell, que também dormia, em seus braços. Suas
duas meninas dormiam, protegidas em seus braços e era
exatamente como queria ficar.

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Os pés de Sarah estavam feridos e estava extremamente
triste e cansada. Ela perdeu a gravidez inteira de Elena em
sua teimosia de não voltar para Corner Sinners e Elena
acabara de dar à luz a uma menina. Trabalhando no café e
estudando na faculdade sentia-se sugada. Conversou com
Knife todos os dias e sentia falta dele. Parte dela também
sentia falta de Ralf.

Ela não tinha muito dinheiro. O apartamento em que


vivia era uma merda e aulas eram chatas.

— Isto é o que queria. — andou em direção seu a


quarto, esfregando o rosto, com sono.

Será que dormiria esta noite? Seu vizinho tinha de ser


uma máquina ou algo assim. Não conseguia dormir quando
ouvia tudo claramente — e era tão alto. As mulheres
pareciam loucas. Não teve uma noite inteira de sono desde
que deixou sua antiga vida para trás.

Entrando em seu apartamento, olhou para Ralf, que


estava no centro de seu apartamento. Ele a visitava no café,
pelo menos uma vez por semana, forçando-a a fingir que sua
vida estava bem.

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— Esta é a vida que quer. Aquele filho da puta ao lado
fode o tempo todo e aposto que não consegue dormir. Você
tem um sono leve, Sarah.

— O que faz em meu apartamento? — perguntou.

— Vou levá-la para casa.

— Não irei para casa. — Quero ir para casa. Quero ir


para casa.

— Oh, acha que pedirei para voltar para casa? Não sou
de perguntar ou implorar. Não pedirei. Eu te levarei.

Sarah riu. — Realmente acha que pode entrar em meu


apartamento e me dizer o que fazer? Acha que não lutarei?

Ralf se aproximou, inclinando a cabeça para trás e


olhando em seus olhos. Deu um beijo em seus lábios e ela
respirou tentando absorver cada parte de seu toque.

— Sinto muito, querida. Disse que envolveria concordar


com alguma coisa? Está enganada. Teimosa como é e sendo
um pé no meu saco, então isso é um seqüestro. — se inclinou
e antes que pudesse argumentar, empurrou o ombro em seu
estômago, levantando-a.

— Ralf, o que está fazendo?

— Uma vez lhe disse que se precisasse, a acorrentaria a


minha cama até que tivesse o que quero. Adivinha, baby? É
exatamente o que farei.

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