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VENTILAÇÃO
Uma vez garantida a perviedade da via aérea, a ventilação pode ser feita a
partir do uso do dispositivo bolsa-válvula-máscara (AMBU). Posicione-o
adequadamente, realize ventilações que forneçam cerca de 500-600mL de
ar enriquecido com O2 a 100% e observe se há expansibilidade do tórax
do paciente. Uma vez que as medidas prioritárias na PCR já tiverem sido
tomadas, podemos pensar em estratégias avançadas de ventilação!
MINIMIZE AS INTERRUPÇÕES
Minimizar as interrupções é importante para uma perfusão adequada de
órgãos nobres, como cérebro e coração. Quanto mais interrompemos as
compressões, mais tempo esses órgãos deixam de ser adequadamente
perfundidos, levando a uma piora de desfecho ao paciente!
ASSISTOLIA
COMO REALIZAR
— Gel nas pás (não queime o seu paciente)
— Certifique-se que ninguém está em contato com o paciente ou com
algum material ou equipamento conectado a ele
—Aplique as pás pressionando-as sobre o tórax do doente
CARGA
A carga a ser aplicada irá depender do tipo do desfibrilador (se bifásico ou
monofásico) e também pode variar a cada equipamento. Geralmente, em
equipamentos bifásicos, a carca varia entre 120-200J e em aparelhos
monofásicos, utiliza-se uma carca de 300J.
ATENÇÃO:
— Ao identificar a parada e solicitar o desfibrilador, inicie as compressões
imediatamente. Se a sua equipe estiver reduzida e você for o líder da
parada, solicite a troca da compressão e fique à frente da desfibrilação.
— Minimize as interrupções! Apenas interrompa as compressões durante a
checagem do ritmo e aplicação do choque,
— Após a aplicação do choque, retome as compressões imediatamente —
não perca tempo checando pulso nessa etapa!
— Sempre após aplicar adrenalina e amiodarona, lembre-se de solicitar a
elevação do membro do paciente e a infusão de um "flush" de soro
fisiológico para auxiliar na distribuição adequada das drogas.
— Inicialmente, não preocupe-se com a obtenção de uma via aérea
avançada. Lembre-se do que discutimos no capítulo de Via Aérea na PCR.
5Hs 5Ts
— Hipovolemia — Tóxico
— Hipotermia — Trombo no coração
— Hipóxia — Trombo no pulmão
— Hidrogênio (acidose) — pneumoTórax hipertensivo
— Hipo/hipercalemia — Tamponamento cardíaco
ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE
No mundo perfeito e ideal do ACLS, a equipe deve ter, no mínimo, 6
profissionais, que se comunicam em cadeia fechada: O líder passa a
ordem para um membro da equipe e o mesmo deve confirmar quando
ela for feita. Os membros não se comunicam entre si, apenas com o líder.
NA VIDA REAL...
Nem sempre teremos 6 profissionais disponíveis para auxiliar na parada.
A saída é: SE ADAPTAR. Temos que trabalhar com o que temos ao nosso
dispor e mantendo a mesma preocupação com a organização. Só tem 3
pessoas na sua equipe? Organize-a para oferecer ao seu paciente o
melhor desempenho que uma equipe de 3 pessoas é capaz!
ADRENALINA
Uma droga conhecida com efeito alfa e beta adrenérgico com aumento
das pressões de perfusão cerebral e coronariana, que, de acordo com as
recomendações do ACLS, deve ser administrada o quanto antes (ASAP)
nos ritmos não chocáveis e após o segundo choque em ritmos chocáveis!
AMIODARONA
É o principal antiarrítmico quando o assunto é PCR e deve ser
administrada após o primeiro choque (ritmo chocável refratário ao
choque) pois, como sabemos, num ritmo chocável, a prioridade é choque!
LIDOCAÍNA
Outro antiarrítmico, com desfecho de sobrevida similar à Amiodarona, no
entanto, com posologia mais complexa.
CAPNOGRAFIA
Níveis reduzidos na capnografia podem indicar que suas compressões não
estão fornecendo perfusão adequada. Agora, se você verificou que as
compressões e ventilações estão adequadas e, mesmo assim o a
capnografia continua baixa, é um sinal de mau prognóstico neurológico!
Mais especificamente, um CO2 expirado < 10 mmHg após 20 minutos de
RCP com boas compressões, é pouco provável um retorno à circulação
espontânea e, caso retorne, apresentará sequelas neurológicas graves.
"Então toda vez que isso acontecer, devo cessar os esforços?"
Mais uma vez: depende! Devemos sempre considerar todos fatores que já
mencionamos aqui, pois, como pudemos perceber, é algo subjetivo.
ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE
Todo paciente pós-PCR é um paciente grave e, como nós sabemos,
paciente grave = ABCDE + MOVer!
O que fazer no atendimento primário:
— Avaliar necessidade de IOT (RNC, instabilidade grave, desconforto
respiratório importante)
— Manter StO2 ≥ 92%
— Manter PaCO2 entre 35 e 45 mmHg
— Manter PAS ≥ 90 mmHg e PAM ≥ 65 mmHg
— Diagnóstico e tratamento de convulsões
— Controle da temperatura, se necessário
Após o atendimento primário:
— Identificar e tratar possíveis causas da PCR
— Vigilância e tratamento de infecções
— Solicitar leito de UTI - Todo paciente pós-PCR deve ir para a UTI
— Manter glicemia entre 140 e 180mg/dL