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ANATOMIA E FISIOLOGIA PULMONAR

Anatomia geral:

• Fossas nasais
• Boca
• Faringe
• Laringe
• Traqueia
• Brônquios
• Bronquíolos
• Alvéolos

Músculos inspiratórios: Principal músculo da resp – DIAFRAGMA

Intercostais externos, esternocleidomastoideo e escalenos (anterior, médio, posterior) –


MÚSCULOS ACESSÓRIOS

Função: produzir o aumento da caixa toráxica.

- Utilizamos os músculos acessórios quando queremos uma inspiração ou expiração profunda,


usado conscientemente.

Usamos inconscientemente quando há dificuldade respiratória.

A inspiração é um ato ativo, porque tem movimento.

A expiração é um ato passivo, pois não gera movimento em nenhum músculo.

Músculos expiratórios: reto do abdômen, transverso do abdômen, obliquo interno, oblíquo


externo e intercostais interno.

Função: diminuição da caixa torácica

OBS: a expiração natural é passiva, não tem músculo que a faça.

Na expiração forçada é um ato ativo, é ai que esses músculos entram em ação. É forçado quando
estamos cansados, broncoespasmo e ao fazer exercício.

Inspiração – O2 (recebemos aproximadamente 21% de O2

Expiração – CO2

PULMÕES

Direito: mais curto, mais largo (cúpula diafragmática), 3 segmentos (lobo sup, médio e inferior).

Esquerdo: mais longo, mais estreito (pericárdio), 2 segmentos (lobo sup e inferior).
REGIÃO ILAR: onde passam nervos, veias, artérias – o meio do pulmão

RECEPTORES DE CO2: ele que chega no bulbo para o diafragma contrair, para buscar O2, esses
receptores estão na aorta e na carótida.

Para desmamar o paciente temos que deixá-lo reter CO2 e respirar sozinho, sempre deixar um
pouco o aparelho desligado, mas é aos poucos.

CIRCULAÇÃO PULMONAR

Sangue volta pelas veias cavas, no átrio direito e bombeia, indo para o ventrículo direito, artéria
pulmonar e irriga o pulmão.

Passando pelo pulmão, vai para o átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, veia aorta e vai para todo
o corpo.

Ramos arteriais pulmonares


x sistêmicos

• Paredes finas
• São mais curtos
• Menor diâmetro

Resultado

Resistência pulmonar: menor que a sistêmica

Função pulmonar: artérias pulmonares – trazem o sangue rico em CO2

Nutrição pulmonar: artérias brônquicas (mais distais) - carregam sangue oxigenado para os
tecidos pulmonares e pleura visceral.

VIAS AÉREAS

Zona de condução: até os bronquíolos terminais

Zona de transição: até os bronquíolos respiratórios

Zona respiratória: ductos e sacos alveolares

Ocorre a hematose (troca gasosa), quem carrega (trsnporta) CO2 e O2 é a hemoglobina.


Estrutura do alvéolo – capilar

• Distensibilidade: complacência pulmonar


• Camada surfactante: é para manter o alvéolo aberto
• Camada epitélio alveolar: pneumócitos I e II
• Membrana basal:

Entre o alvéolo e o capilar, tem o espaço intersticial que não tem nada.

Zona de transporte: traqueia, brônquio e bronquíolos. A função é de carregar e umidificar o ar,


aquecer e pode reter ou expulsar impurezas.

EPITÉLIO CILIADO

A zona de transporte é formada pelo epitélio ciliado. O epitélio ciliado é para detectar as
impurezas do ar e ao fumar algo que tem ar quente, ele danifica o epitélio ciliado, o ar quente
tragado, causa dano.

Quando a impureza passa é criado o tapete muco ciliado, quando afeta muito o epitélio, esse
tapete muco ciliado aumenta e fica estático.

Ele não se regenera e a célula que produz o muco é a caliciforme, para proteger e fagocitar
qualquer corpo estranho.

ALVÉOLOS

Temos 300 milhões de alvéolos. São revestidos por uma camada de células epiteliais,
denominadas pneumócitos, tipo I e II.

Pneumócito tipo I: Células finas, achatadas (epitélio pavimentoso simples). Tem função de
revestir a maior área dos alvéolos com menor espessura. Perfazem 93% da área alveolar.
Aberturas de comunicação (poros de Kohn) e são incapazes de se dividir.

Pneumócito tipo II: células cuboides, chamadas septais. Característica de célula secretora,
sintetizam surfactante (permite que os alvéolos quando desincham, não “colem”, mantém eles
com resistência), geralmente prematuros nascem sem.

VENTILAÇÃO COLATERAL

Canais de martim – ligação interbronquilar (entre os bronquíolos tem ligação)

Canais de Lambert – ligação brônquio alveolar

Canais de poros de Kohn – ligação interalveolar (entre alvéolos)

VOLUMES PULMONARES
Temos 4 volumes, corrente (respirar “normal” natural), reserva ins (quando é acima do valor
corrente), reserva ex (abaixo do volume corrente). A respiração que sobra é o volume residual.

Capacidade vital: volume de reserva ins, volume corrente e volume de reserva ex.

Capacidade residual: é o volume de reserva ex + volume residual.

Capacidade pulmonar total: é a soma de todos os volumes

Funções pulmonares: O papel principal dos pulmões é realizar as trocas gasosas entre o
sangue e o ambiente.

AVALIAÇÃO DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

Passos da av.resp: anamnese, inspeção (estática e dinâmica), palpação, ausculta pulmonar e


exames laboratoriais.

DIVISÃO ANATÔMICA DO TÓRAX

1. Esternal
2. Supra esternal
3. Supraclavicular TÓRAX ANTERIOR

4. Infraclavicular
5. Mamária
6. Inframamária

7. Axilar
TÓRAX LATERAL
8. Infra-axilar

9. Supraescapular
10. Escapular TÓRAX POSTERIOR
11. Interescapulovertebral
12. Infraescapular

Na inspiração o diafragma desce e a costela abre.

A costela faz movimento de alça de balde

ANAMNESE

Identificação: nome, sexo biológico, identidade de gênero, data de nascimento, raça/cor,


procedência e profissão.
Queixa principal: manifestação imediata do paciente. Quando se queixa muito é um paciente
poli queixoso.

Condições socioambientais: condições de domicílio, presença de animais, local onde dorme,


grau de escolaridade, renda familiar e a rotina do paciente.

História da doença atual (HDA): é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o
paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a momento atual.

História da doença pregressa: essa etapa tem como objetivo colher informações sobre o
passado do paciente, tendo relação com a queixa atual ou não.

História familiar (HF): informações sobre a família, principalmente de doenças familiares, mãe,
pais, avós, irmãos. Devido muitas doenças serem de cunho genético.

História social (HS): relatar ocupação atual e passada do paciente, também deve conter hábitos
de vida (capital social: o quanto ele se sente pertencente na sociedade, perguntar se participa de
grupos, reuniões, se faz exercícios), se tem algum hábito como, tabagismo, alcoolismo.

EXAME FÍSICO

É uma avaliação objetiva do paciente que segue uma sequência lógica a fim de evitar que
qualquer dado passe despercebido. O exame físico pode ser dividido em inspeção estática,
inspeção dinâmica, palpação e ausculta pulmonar.

INSPEÇÃO ESTÁTICA

É a fase de observação da aparência geral do paciente. Informações como, o nível de consciência


e agitação ou sedação, sinais vitais, alterações osteoarticulares, pele, músculos e a presença de
sintomas característicos, fornecem bons indícios quanto à presença.

a) Nível de consciência

A escala de coma de Glasgow é utilizada para avaliar o nível de consciência do paciente que não
recebe sedativo. É dividida em 3 respostas: ocular, verbal e motora.
b) Sinais vitais

FC: 60-100 bpm

>100 bpm – taquicardíaca

< 50 bpm – bradicardia

FR: 12-20 rpm

> 20 rpm – taquipneia

< 10 rpm – bradipneia

TEMPERATURA: 36,5cº - normopneia ou eupneico

> 40cº - hipertermia

< 35cº- hipotermia

SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO (SPO2) >= 90%

PAUSA RESP – não tem repercussão hemodinâmica

APENIA: repercussão hemodinâmica (queda de saturação, diminuição da FC)

AUMENTO DA OXIGENAÇÃO – hiperoxemia

SATURAÇÃO ABAIXO – hipoxemia

c) ALTERAÇÕES OSTEOARTICULARES: o ângulo de charpy é formado pelas últimas


costelas. Quando falamos em observar o ângulo de charpy, nos referimos em um exame
físico clínico usado para diagnosticar alterações no tórax analisar, faz parte da inspeção
estática onde o profissional realiza o exame usando apenas as mãos onde é mais apropriado
o paciente se encontrar sentado. Nessa avaliação tende a avaliar as junções dos rebordos
costais com o apêndice xifoide, que dependendo de suas características estaremos
definindo os três tipos de biotipos:

NORMOLÍNEO: ângulo igual a 90º

LONGILÍNEO: ângulo menor que 90º

BREVELÍNEO: ângulo maior que 90º

TIPOS DE TÓRAX

PECTUS CARINATUM (peito de pombo): proeminência anterior anormal do osso esterno.


PECTUS EXCAVATUM (tórax em funil): depressão do esterno

TÓRAX CIFOESCOLIÓTICO: anormalidade na curvatura da coluna torácica

TÓRAX EM BARRIL: característico de paciente com DPOC (tem aumento da caixa torácica
antero posterior e latero-lateral) não tem movimento de alça de balde.

TÓRAX EM SINO (somente na PED): parte inferior do tórax anormalmente alargada.

Pectus carinatum
Toráx em barril
Pectus excavatum Toráx em sino
Tórax cifoescoliótico
d) PELE

Coloração azulada da pele é chama de cianose, causada pelo aumento de CO2, aumento da
hemoglobina reduzida, que é não saturada.

Existem 2 tipos de cianose:

Central (rosto e boca): problema pulmonar ou cardíaco

Periférica (extremidades): oclusão total ou parcial de artéria, uso de drogas

e) MÚSCULOS

Estado trófico; Assimetrias no trofismo muscular, contração de musc na respiração.

Assimetrias muscular indicam alterações posturais ou deformidades da coluna vertebral que pode
interferir na capacidade respiratória do indivíduo.

f) DISPNEIA

Falta de ar é um sintoma subjetivo de falta de ar, fôlego curto, cansaço (o que nós vemos são
sinais de desconforto respiratório).

Sintomas: esforço, desconforto, aguda (asma), crônica (DPOC, neoplasia).

Ortopneia (dispneia em decúbito dorsal): dificuldade em respirar quando deitado

Tosse: aguda, subaguda, crônica, seca ou produtiva.

AGUDA > 3 sem; SUBAGUDA < 3 – 8 sem; CRÔNICA > 8 sem

TIPOS DE TOSSE
Reativa: é aquela provocada por infecção. Pode ser viral, em geral é persistente.

De corpo estranho: é caracterizada por uma tosse mais intensa

Alérgica: provocada em geral, por ambientes empoeirados ou com mofo. Pode produzir secreção
e desencadear crises de asma.

Seca: não produz secreção e é normalmente provocada por irritação na garganta ou na traqueia.
Também pode ser provocada por vírus ou alergia.

➢ Eficaz ou ineficaz
➢ Produtiva ou improdutiva

SINTOMAS

Escarro: secreções eliminadas pela boca, cuja composição do material proveniente do trato
respiratório inferior, boca, nasofaringe.

Devem ser avaliadas a quantidade (colher de sopa ou copo) e o aspecto do escarro.

Seroso: claro e com pouco material de VAI (vias áreas inferiores)

Mucoide: translúcido ou esbranquiçado

Mucopurulento: opaco e amarelado

Purulento: espesso e esverdeado

Hemoptise: é o escarro com sangue proveniente das vias aéreas inferiores (VAI), não
importando o volume, podendo ser considerado estrias de sangue a hemorragias maciças. É
importante descartar sangramento nasal (epistaxe) da boca, laringe ou do trato digestivo
(hematêmese).

Dor torácica: a pleura parietal, traqueia, os brônquios de grosso calibre e outras estruturas que
compõem o tórax são capazes de levar a dor torácica quando estimulada.

Hipocratismo digital ou baqueteamento digital: o conhecimento atual é de que estas doenças


causam vasodilatação na circulação distal que leva a hipertrofia do tecido do leito ungueal (da
unha) e consequentemente leva ao formato típico.

Tipos de tosse: espontânea, assistida, estimulada e induzida.

PLANO TERAPÊUTICO :Objetivo (intenção) – ar; er; ir; Condutas (ação)

DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO: Disfuncionalidades

NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Primária (prevenção): UBS, palestras, ações


Secundária: AME (ambulatório médico especializado), tratamentos

Terciário: reabilita

Quaternária: crônica – prevenir o agravo do paciente

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR): Deve ser aferida em repouso e em posição confortável

PADRÕES RESPIRATÓRIOS

Abdominal ou diafragmático: predomínio de elevação do abdômen em relação ao tórax.

Apical: predomínio de elevação do tórax em relação ao abdômen.

Misto: não há predomínio de elevação entre os compartimentos torácico e abdominal.

Paradoxal ou invertido: ocorre assincronia entre os 2 compartimentos (característico na


insuficiência respiratória).

RITMOS RESPIRATÓRIO ANORMAIS: relacionado a janela de tempo de um ciclo respiratório e


outro.

1 ciclo= insp + exp – entre um ciclo e outro temos uma janela de tempo.

Ritmo está relacionado a janela de tempo

Classificação: ritmo resp – regular e irregular

Ritmo respiratório regular: janela de tempo é igual em todos os ciclos

Ritmo respiratório irregular: janela de tempo é diferente nos ciclos

TIPOS DE RITMOS

Ritmo de cheyne stokes: hiper responsividade dos quimiorreceptores do CO2 provoca uma

Pausa resp

Ritmo de kussmaul: composta por 4 fases; a primeira é caracterizada por inspirações ruidosas,
a segunda por apneia em inspiração, a terceira por expiração ruidosa e a quarta, por apneia em
expiração. Dentre as suas possíveis causas, a principal é a vigência de acidose, com destaque
para a acidose diabética.
Tiragem: movimentação da pele causada pelo movimento excessivo da musculatura acessória
respiratória.

Palpação: realizada com a palma da mão ou com os dedos. Avaliar forma, temperatura,
mobilidade, sensibilidade, expansão, vibração e características da pele.

Expansibilidade torácica: verificar simetria.

Lobo superior: de costas (trapézio e interescapular)

Lobo médio: pessoas com mama (infra mamária); pessoas sem mama (região mamária)

Lobo inferior: ângulo inferior da escápula

Percussão torácica: supraclavicular – palpar a clavícula – região paraesternal

Infraclavicular; Percussões capazes de transmitir vibrações que se transmitem aos órgãos e


tecidos subjacentes capazes de produzir um som.

Técnicas: apoiar o 3º dedo da mão esquerda à parede torácica, a partir da falange distal e
paralelamente as costas

SOM

Som claro pulmonar – tórax normal

Som ressonante (hiper sonoridade) – hiper insuflação pulmonar (DPOC)

Som timpânico – pneumotórax

Som submaciço – pneumonia

Som maciço – derrame pleural (lobos inf)

Ausculta pulmonar – detecção de ruídos normais e anormais

Murmúrio brônquico: é a ausculta da região do pescoço. Representa a passagem de ar pela


faringe, laringe e traqueia.

Murmúrio vesicular: é o fluxo de ar que se descola às vias aéreas mais inferiores

Murmúrio bronco vesicular: audível nas regiões mais apicais dos pulmões

RUÍDOS ANORMAIS
Roncos: sons rudes, graves e de baixa tonalidade, podem estar presentes da inspiração e
expiração.

Sibilos: sons contínuos, mais agudos e tonalidade mais alta, provocado pelo estreitamento das
vias aéreas. Quando presente na expiração será por broncoespasmo e na inspiração é secreção.

OBS: broncoespasmo grave não tem ruído.

Crepitações grossas: estreitamento dos brônquios proximais durante a expiração por um


aumento anormal da complacência pulmonar

Crepitações finas: estreitamento dos brônquios distais, produzido devido a abertura súbita
dessas vias aéreas, no final da fase inspiratória.

Atrito pleural: causado pelo atrito dos 2 folhetos pleurais inflamados

ESPIROMETRIA: exame do sistema respiratório não invasivo, indolor, realizado par avaliar se
existe alguma anormalidade na ventilação pulmonar.

INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS

Ventilômetro: desmame ventilação

Manovacuômetro: avalia força resp (ins e exp)

Shaker: ajuda na mobilização da secreção

Power breathe: aumenta da força do musc do diafragma (musc


Insp). Pode ser usado para pessoas com fraqueza musc e atletas.
Tem resistência de inspiração (leve, moderada e intensa).

VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA


Método se suporte ventilatório, máquina movimenta os gases de dentro para fora do pulmão
através de pressão. Manutenção da oxigenação, ventilação até quando ele necessitar.
A pressão é negativa e postiva.
Philip Drinker: criou o pulmão de aço, que usava pressão negativa (pressão negativa puxa).
Década de 50 – epidemia de poliomelite
Pressão negativa – puxa para fazer o movimento de alça de balde
Pressão positiva – empurra o ar
Traqueostomia com ambu para retirada de CO2

Devido a necessidade de criar um aparelho que empurre o ar de forma automatizada – criou-se o


ventilador mecânico
BIRD MARK 7: 1º ventilador mecânico – ajusta pela audição

Ventilação: manutenção do volume corrente


Respiração: efetua trocas gasosas
Modelos de ventiladores: color takaoka, monterey takaoka, siemens, puritan bennet tyco,
intermed e hamitlon medical
VENTILADORES PORTÁTEIS
Objetivo: manter trocas gasosas adequadas, promover correção da hipoxemia (baixa oxigenação
do sangue) e da hipercapnia (aumento de CO2), aliviar o trabalho da musculatura resp, reverter
ou evitar (diminuir) a fadiga da musculatura resp, permitir a aplicação de terapêuticas específicas,
reverter ou prevenir atelectasias em paciente com respiração superficial, permitir sedação e/ou
curarização para procedimento, reduzir ou corrigir consumo de O 2, reduzir a pressão
intracraniana, estabilização torácica em pacientes com múltiplas fraturas de arcos costais.
Indicações: varia de acordo com o objetivo. Em urgência, risco de morte, não permite (não tem
como), fazer uma boa avaliação da função resp. Então vai para ventilação.
• Reanimação devido à parada cardiorrespiratória
• Hipoventilação e apneia: elevação na PaCO2 (com acidose respiratória). Acidose: PH (cai)
CO2 (sobe)
• Diminuição da PaO2 resultado das alterações da ventilação\perfusão (até sua expressão
mais grave, o shunt intrapulmonar). Onde tem circulção, mas não tem respiração).
• Falência mecânica do aparelho resp.
• Fraqueza muscular\doenças neuromusculares\paralisia
• Comando respiratório instável (TCE, AVC, intoxicação exogêna e abuso de drogas).
• Reestabelecimento no p.o de cirurgia de abdomen
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Força de aposição a insuflação pulmonar
Complacência – capacidade de elastância
Resistência – na hora que enche (força)

Pressão de pico: resistência das vias aéreas de condução, mais resistência alveolar. Evitar
acima de 40 a 45 cmh20
Pressão de platô: resistência alveolar – elástica e evitar acima de 30 a 35 cmh20
Complacência estática: medida de situação em fluxo “O”, ou seja, na pausa resp.
Normal: 60 a 100 ml\cmH2O
Impedância das unidades alveolares funcionantes
Complacência dinâmica: relação entre a variação de volume pulmonar para uma determinada
variação de pressão transpulmonar.
Valor normal: 50 a 80 ml\cmH2O

Fórmula complacência estática


CST= VC\PPLAT – PEXP = 500\20 = 25 complacência baixa

Fórmula complacência dinâmica


CEF= VC\PPI-PEXP = 500\35-12 = 500\23 = 21,7
Resistência
R = PPI – PPLAT\V’
Diâmetro do tubo x resistência
Dependendo do tamanho do tubo influência na resistência. Quanto menor a cânula, maior a
pressão do ar.
NÍVEIS DE GRADUAÇÃO – CONDICIONAMENTO
Fc.resp – Fct – Fc.máx
t= (Fcmáx – Fc.resp) x % + Fc resp.
t= (189-70) x 60% + 70 MANOBRAS DE HIGIENE BRÔNQUICA – BAIXO FLUXO
t= 119 x 0,6 + 70
INTRODUÇÃO
t= 71,4 + 70 = 141,4 Fc.máx
A higiene brônquica é uma técnica usada na fisioterapia nas unidades de terapia intensiva e tem
como objetivo auxiliar na depuração mucociliar, prevenir complicações e tratar as complicações
decorrentes do acúmulo de secreções das vias áreas.

O QUE SÃO AS TÉCNICAS DE BAIXO FLUXO?

São manobras que mobilizam pouca quantidade de ar dentro e fora da caixa respiratória, são elas:

• Drenagem postural;
• Percussão/ tapotagem;
• Vibrocompressão;
• CAR;
• AFE LENTO

DEPURAÇÃO NORMAL

A via aérea apresenta atividade mucociliar funcional e uma tosse eficaz (são mecanismos de
defesa das vias aéreas).

A depuração mucociliar ocorre desde a laringe até os bronquíolos.

As células epiteliais ciliadas movem o muco através de movimentos ciliares na divisão da traqueia
e da laringe, onde o excesso de secreção pode ser expelido.
A tosse possui 4 fases.

1. Irritação
2. Inspiração
3. Compressão
4. Expulsão

Na fase de irritação é um estímulo incomum que surge, ele pode ser inflamatório, mecânico,
químico ou térmico, ex químico: fumaça.

Quando esse impulso da tosse é recebido, é produzido uma estimulação reflexa nos músculos
inspiratórios para iniciar a fase 2, que é de inspiração.

Na fase 3 todo esse impulso reflexo, resulta no fechamento da glote e há contração forçada dos
músculos expiratórios, fazendo uma compressão

Na fase 4, a glote abre e começa o processo de expulsão, que resulta na tosse, que desloca o
muco das paredes de via aérea para a corrente do ar.

• DEPURAÇÃO ANORMAL

Qualquer anormalidade que afete o processo da tosse e da função mucociliar.

É a retenção dessas secreções podem acarretar na obstrução da via aérea, total ou parcial.

Em caso de obstrução total pode levar uma atelectasia (que é quando há bloqueio físico do fluxo
do ar, causado pela secreção e devido a esse bloqueio os alvéolos entram em colapso e já
comprometimento de oxigenação.

Em caso de obstrução parcial, vai ter um aumento do trabalho respiratório

AUSCULTA PULMONAR – RUÍDOS ADVENTICIOS

Ronco: som mais grave (secreção nos brônquios de maior calibre, em região central), escutamos
na inspiração e é mais raro na expiração. Ao auscultar ronco, devemos optar por manobras de
alto fluxo.

Sibilo: som mais agudo, na expiração será por bronco espasmo, comum em crises asmáticas. Na
inspiração, é comum secreção nas vias de médio e pequeno calibre. Predominância sempre na
expiração. Ao auscultar sibilos, devemos optar por manobras de baixo fluxo.

Estridor: obstrução na laringe, ou traqueia, edema de glote

Descontínuos:
Estertores (nível alveolar)

Crepitantes: Secreção alveolar, não se modificam com a tosse.

Subcrepitantes/bolhosos: a diferença é a modificação sim ou não com a tosse, se ele tossir e


mudar a ausculta, é subcrepitante.

Usar manobras de baixo fluxo.

DRENAGEM POSTURAL

A Drenagem Postural é uma técnica simples e há muito tempo vem sendo utilizada na
Fisioterapia Respiratória.

A eliminação normal das secreções exige transporte mucociliar e tosse. Quando um desses
mecanismos não funciona, as secreções se acumulam, podendo levar ao aumento do trabalho
respiratório, aprisionamento de ar entre outros.

Para auxiliar a mobilização e remoção dessas secreções, é utilizada a terapia de higiene


brônquica, que envolve o uso de técnicas não invasivas de desobstrução das vias aéreas. A
drenagem postural é uma técnica passiva que funciona como um facilitador de transporte
mucociliar através da gravidade.

Como é feita a manobra:

A drenagem postural é feita para drenar as secreções no trato respiratório, o primeiro ponto é
localizar a secreção fazendo a ausculta pulmonar. Após localizar e sabendo para qual lado a
gravidade está trazendo a mesma, deve-se posicionar o paciente de maneira estratégica para
que ela se desloque até a linha média. Cada posição deve ser realizada por aproximadamente de
05 à 15 minutos, movendo o muco para as vias aéreas centrais, onde pode ser expelido. Essa
manobra pode ser combinada com outras técnicas como vibrocompressão e percursão.

Principais indicações: Dificuldade para eliminar a secreção, acúmulo de secreção, patologias


como fibrose cística, bronquiectasia ou pneumopatia com cavitação, atelectasia causada por
tamponamento mucoso; presença de corpo estranho nas vias aéreas.

Contraindicações: As contraindicações são divididas em absolutas (lesão de cabeça ou


pescoço, até que seja estabilizada e hemorragia com instabilidade hemodinâmica) e relativas a
pressão intracraniana > 20mmHg; cirurgia medular recente ou lesão medular aguda; edema
pulmonar associado a insuficiência cardíaca congestiva; hemoptise ativa; fístula bronco-pleural;
fratura de costela; embolia pulmonar; derrames pleurais volumosos e intolerância à posição.
DRENAGEM AUTÓGENA

Possui o principal enfoque de principal de promover nas oscilações brônquicas e auxiliar na


remoção de secreções das vias áreas distais para a centrais. Considera como uma manobra de
baixo fluxo e devemos fazer associação com a técnica Huff que é considerada uma técnica de
alto fluxo. (Utilizando mais o diafragma)

Inicia-se no VRE para a mobilização das vias distais e progressivamente para a VRI para
eliminação próxima.

Como fazer:

1. Paciente sentado com uma das mãos na barriga e outra no peito. Peça para puxar o ar
lentamente pelo nariz e soltar lentamente pela boca. Puxar apenas um pouco de ar. No final da
inspiração, o paciente deve segurar o ar nos pulmões por três segundos e solta o ar devagar.
Repita três vezes.
2. A seguir, puxe um pouco mais de ar do que antes, segure por três segundos e solte todo o ar
lentamente pela boca. Repita três vezes.

3. Em seguida, puxe o máximo de ar que conseguir, segure por 3 segundos e solte todo o ar
lentamente pela boca. Repita três vezes.

4. Para finalizar, você deve tossir. Repita novamente todo o processo por pelo menos 2 minutos e
descanse. Repita até completar 20 minutos, ou quantas vezes forem necessárias para soltar a
secreção.

Indicações:

• Doenças pulmonares obstrutivas que a secreção se concentra nas vias áreas distais (Ex:
Enfisema Pulmonar).
• Preferencialmente a partir dos 8 anos de vida.

Contraindicações:

• Criança com menos de 6 anos


• Pacientes não cooperativo
• No PO imediato de toracotomia e laparotomia

TAPOTAGEM

Percussões torácicas manuais (PTM).

As PTM são definidas como ondas rítmicas de energia mecânica, aplicadas sobre a parede
torácica, em especial, sobre a zona a ser tratada.

Essa técnica auxilia na remoção do muco, por meio do deslocamento das secreções nos
bronquíolos de pequeno calibre e na traqueia.

A eficácia dessa técnica vai depender da velocidade da manobra aplicada e da sua intensidade, a
frequência ideal para o transporte desse muco é de 25Hz a 35Hz, a técnica aplicada
manualmente chega a atingir de 108Hz, por isso há controversas sobre essa técnica.

As manobras são: tapotagem/percussão cubital.

VIBRAÇÃO/VIBROCOMPRESSÃO
A vibração é uma contração sustentada das extremidades superiores do fisioterapeuta que
produz uma força vibratória transmitida para o tórax incidindo sobre os segmentos pulmonares
acometidos é aplicada durante a expiração, junto com uma compressão suave da parede torácica
(vibrocompressão).

Na maioria das vezes, a vibração é aplicada em posições de drenagem após a percussão da


área, podendo ser utilizada tanto como vibração manual, quanto um vibrador mecânico. OBS: (No
entanto, segundo alguns autores, embora a vibração mecânica seja utilizada como rotina em
alguns hospitais, ela não é tão eficiente quanto a vibração manual pois não atinge a árvore
brônquica com a mesma intensidade e profundidade).

O objetivo é propiciar a depuração da secreção, pois durante a agitação o muco é capaz de


liquefazer-se facilitando a mobilização das secreções e a reabsorção de líquidos.

Quando presente na ausculta pulmonar ruído adventícios como: Estertores; Rude; Roncos;

Indicação: Mobilizar secreção independente da consciência;

Contraindicações: Sobre fraturas, sobre drenos, incisões cirúrgicas, durante broncoespasmo,


paciente com dor, pneumotórax não drenado, tumores, tuberculose.

Como realizar a vibração


Vou pedir para o meu paciente deitar em decúbito dorsal ou em decúbito lateral colocando as
minhas mãos lado a lado ou sobrepostas, estendendo o braço totalmente e em seguida contrair o
antebraço com movimentos de vibração.
Vibrocompressão temos que fazer somente na expiração porque na inspiração qualquer força
que você coloca no tórax você impede o movimento da caixa torácica, vibrando superficialmente.

CAR – CICLO ATIVO DA RESPIRAÇÃO

Introdução

O Ciclo Ativo da Respiração é uma técnica realizada em três fases que consistem em ciclos
respiratórios repetidos, através de respirações predominantemente diafragmáticas, seguidas de
inspirações profundas com velocidade de fluxo lento, tanto na inspiração quanto na expiração e,
por fim, a eliminação da secreção através do huffing, otimizando o transporte mucociliar. Como é
feita a manobra: Posicionar o paciente de forma confortável, sentado ou em decúbito lateral
elevado e instruí-lo a realizar de 3 a 4 respirações tranquilas, inspirando pelo nariz e deslocando
a porção superior do abdome.

A expiração pode ser realizada com os lábios franzidos (freno labial).

Orientar o paciente a realizar 3 a 4 inspirações profundas com predomínio do componente


torácico, as quais podem ser acompanhadas por estímulo manual.

De acordo com o quadro clínico do paciente, pode-se acrescentar uma sustentação da


inspiração, e a expiração é realizada suave e prolongada pela boca.

Por último, instruir o paciente a realizar 2 a 3 expirações forçadas (huffing), para eliminação de
secreção. E assim, retoma-se o ciclo novamente iniciando pelo exercício diafragmático.

Esta técnica é indicada para os portadores de DPOC que podem desenvolver broncoespasmo.

AFE LENTA – AUMENTO DO FLUXO EXPIRATÓRIO

Introdução:

É uma manobra que consiste na compreensão lenta do tórax e do abdômen no final da expiração
com o objetivo de diminuir os volumes pulmonares em direção ao volume residual.

Indicações: Quando o paciente se encontra hipersecretivo.

Contraindicações: Fraturas, cirurgia cardíaca, pneumotórax e hemotórax.

MANOBRAS DE ALTO FLUXO

A terapia de alto fluxo tem sido utilizada como suporte respiratório nos casos de IRpA do tipo I
hipoxêmica ou tipo II hipercápnica, nos casos de apneia em prematuros, síndrome do desconforto
respiratório e doença pulmonar crônica, além da retirada da assistência respiratória, como
ventilação mecânica invasiva e não invasiva.

TOSSE ASSISTIDA
Tem como objetivo aumentar a eficácia do mecanismo de tosse. A tosse manualmente assistida
(TMA) consiste na compressão vigorosa do tórax no início da expiração espontânea ou da fase
expiratória da ventilação mecânica.

INDICAÇÕES: Em casos que os pacientes são incapazes de expulsar forçadamente o ar para


remover as secreções brônquicas, ou seja, pacientes com comprometimentos neuromusculares,
em pós operatório

imediato de cirurgias torácicas e abdominais altas e em pacientes pouco colaborativos.

CONTRAINDICAÕES: Presença de hipertensão intracraniana, osteoporose, fraturas de costela,


patologias abdominais agudas, pneumotórax não drenado, lesões instáveis da cabeça, pescoço e
coluna e hemorragias na região abdominal.

TOSSE INDUZIDA

Tem como objetivo estimular o reflexo de tosse, é uma manobra que estimula o reflexo de tosse
quando se estimula mecanicamente os receptores laríngeos comprimindo a região abaixo da
traqueia ou acima da fúrcula esternal, sendo utilizada quando a tosse voluntária está abolida ou
em pacientes não cooperativos.

INDICAÇÕES: Em obstrução de vias aéreas superiores. Pacientes sem tosse ativa ou que não
atende solicitação de tosse.

CONTRAINDICAÇÕES: Redução do volume pulmonar (não tem volume adequado para gerar
tosse) e em afecções da laringe.

AFE – ACELERAÇÃO DO FLUXO EXPIRAT´ÓRO

O AFE é definido como um aumento passivo, ativoassistido ou ativo do fluxo aéreo expiratório,
com o objetivo de mobilizar, carrear e eliminar as secreções traqueobrônquicas, com ou sem a
ajuda de um fisioterapeuta
. o AFE no paciente não cooperante (AFE passivo) o AFE no paciente cooperante (ativo-
assistido).

INDICAÇÕES: Está indicada para todas as situações de obstrução brônquica proximal ou distal,
causadas por estase de secreções; Consequentes de afecções hereditária; Congênitas e
adquiridas (agudas ou crônicas).

CONTRAINDICAÇÕES: Contra indicada em casos de instabilidade hemodinâmica; Hipertensão


intracraniana; Hemorragia peri e intraventricular grave; Osteopenia da prematuridade; Distúrbios
hemorrágicos.

ASPIRAÇÃO

A aspiração das vias aéreas é um procedimento utilizados em pacientes que não conseguem
expelir voluntariamente secreções pulmonares, tem como objetivo manter as vias aéreas pérvias
favorecer a ventilação e a oxigenação.

É um procedimento invasivo podendo causar dor, bradicardia, desconforto, aumento da pressão


intracraniana entre outros, todavia o profissional deve ter prática baseada em evidencias para que
seja assertivo.

INDICAÇÕES: Pacientes com acúmulo de secreções em vias aéreas superiores.

CONTRAINDICAÇÕES: Não tem contraindicação absoluta.

BAG SQUEEZING

Essa manobra consiste na utilização de uma bolsa de hiper insuflação pulmonar (ambu) e das
técnicas de vibração e compressão torácica. É feita em paciente sob ventilação mecânica. Dois
fisioterapeutas poderão atuar conjuntamente: o primeiro administrará um volume gasoso com a
bolsa, maior que o volume corrente utilizado pelo suposto paciente, se possível, chegando
próximo ao limite da capacidade pulmonar total; e o segundo sincronizará a manobra de
vibrocompressão após a hiper insuflação. Deve ser feito de forma rápida em três ciclos seguidos
e ao final deles o um dos fisioterapeutas faz a vibrocompressão. Promoverá, portanto, a
aceleração do fluxo expiratório gerando, com isso, fluxo turbulento e estimulando o mecanismo de
tosse, o que facilitará o deslocamento das secreções impactadas na periferia pulmonar, trazendo-
as mais próximo das vias aéreas superiores onde serão mais facilmente eliminadas.
INDICAÇÕES

Pacientes com uso de (VM); Pacientes que não geram volume suficiente para deslocamento da
secreção

CONTRAINDICAÇÕES: Instabilidade hemodinâmica; Distúrbios hemorrágicos

TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO (TMR)

O Treinamento Muscular Respiratório (TMR) é uma técnica utilizada na fisioterapia que tem como
finalidade: Diminuir o desconforto respiratório; Melhora da capacidade dos músculos respiratórios;
oferecer resistência a fadiga, minimizando assim fraqueza e atrofia desses músculos, que retarda
o desmame.

MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS

MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS: diafragma

MÚSCULOS ACESSÓRIOS: Esternocleidomastóideo. Músculos Escalenos. Serrátil Anterior.


Peitoral Maior. Peitoral Menor. Trapézio. Latíssimo do Dorso. Eretores da Espinha. Iliocostal
Lombar. Quadrado Lombar

No momento da inspiração, o diafragma se contrai e abaixa e as costelas se contraem e se


ATORES ASSOCIADOS A ALTERAÇÃO NA FUNÇÃO
elevam. Isso aumenta a caixa torácica, diminui a pressão interna e força a entrada do ar nos
MUSCULAR RESPIRATÓRIA
pulmões. Já na expiração, a musculatura relaxa e o processo é inverso sendo passiva
• Redução na força muscular.
• Ventilação mecânica prolongada.
• Desordem neuromusculares.
• Obstrução das vias aéreas.
• Alterações da caixa torácica.
• Diminuição da eficiência dos músculos respiratórios.
• Hipersuflação pulmonar e tórax instável

INDICAÇÕES

• Ganho de força muscular.


• Doenças neuromusculares;
• Fraqueza muscular respiratória;
• Paciente em repouso prolongado em (VM);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica ( DPOC );
• Doenças associadas a sarcopenia
• Pacientes submetidos à ventilação por tempo prolongado, para ser
• realizado o desmame (retirada do paciente do ventilador).
• Restabelecer função dos músculos respiratórios.
• Melhorar força dos músculos respiratórios.
• Melhorar a endurance da musculatura respiratória.
• Minimizar fraqueza e atrofia dos músculos respiratórios (o que
• retarda o desmame).

BENEFÍCIOS

• Ganho da força muscular respiratória;


• Restabelece endurance;
• Aprimora as pressões respiratórias máximas;
• Auxilia na expansão da caixa torácica, melhorando capacidades respiratórias;
• Auxilia no desmame dos pacientes em ventilação mecânica prolongada (VM);

COMO A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA É MENSURADA?

• A medida da força dos músculos respiratórios é um exame não


• invasivo, simples de baixo custo e útil na prática clínica, e é feito
• através do manovacuômetro, que é um aparelho que determina as
• alterações na musculatura respiratória e mensura sua força.

MANOVACUÔMETRO: É um teste simples, rápido e não invasivo por meio do qual a


pressão; inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx); são
obtidas, a fim de auxiliar na avaliação muscular respiratória

AV. FUNCIONAL RESP

MANUVACUOMETRIA: Manovacuômetro - Avalia a PImáx.; Avalia a PEmáx.; É realizada antes


do início do (TMR)

Como realizar?

PImáx:

• Paciente sentado com o tronco a 90º e os pés apoiados no chão;


• colocar o bocal e a pinça (clip) nasal;
• Solicitar uma expiração até o nível de volume residual (VR);
• Após fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar uma inspiração até a
capacidade pulmonar total (CPT), permanecendo por 2 segundos de força sustentada;

Paciente é avaliado sentado, com o tronco à 90º graus com as coxas, braços relaxados na lateral
do tronco, e com o nariz ocluído por um clipe nasal.
O avaliado realiza expiração até alcançar o volume residual, conecta-se a peça bucal do
Monovacuômetro na boca do avaliado que realiza um esforço inspiratório máximo.

São realizadas 6 repetições em cada variável do teste onde todas devem ser aceitáveis. De cada
manobra anota-se o resultado onde no final da avaliação é considerado o maior valor alcançado.

O valor da PImáx é precedido por um sinal negativo e o valor da PEmáx. por um sinal positivo

PEmáx:

Paciente sentado com o tronco a 90º e os pés apoiados no chão;

Colocar o bocal e a pinça (CLIP) nasal;

Solicitar uma inspiração até o nível de CPT;

Em seguida fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar uma expiração a nível de


volume residual (VR), com sustentação de 2 segundos;

TREINAMENTO DA MUSCULATURA INSPIRATÓRIA CARGA LINEAR

• Resistência inspiratória obtida por válvulas com molas - resistor Spring Loaded.
• Resistência inspiratória não depende do fluxo.
• Não altera padrão de respiração do paciente.
• Controle total da carga inspiratória - trabalho inspiratório.

TIPOS DE TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO

TREINAMENTO MUSCULAR INSPIRATÓRIO: No treinamento com carga linear utilizam-se


aparelhos como o THRESHOLD e o POWER BREATHE, onde a resistência é dada por meios
de válvulas com molas, não dependente do fluxo do paciente, assegurando, portanto, o
controle total da carga inspiratória.

THRESHOLD

Aparelho que produz uma resistência ao inspirar ou quando expirar, por meio de um sistema
de mola com uma válvula unidirecional e utilização de clipe nasal, CmH20.

Força - a carga é de 40% a 60% da Pimáx/Pemáx.

Endurance – a carga de 30% a 40% da Pimáx/Pemáx.

O aparelho threshold (carga linear pressórica para treino muscular inspiratório) requer uma
pressão pré-determinada para iniciar o treinamento dos músculos inspiratórios.
Para promover um tempo e um efeito máximo no treinamento, o tempo inspiratório e a
frequência respiratória devem ser monitorados.

O treinamento deve ser realizado 2 a 3x/dia a uma intensidade de 30 a 40% da PImáx


(pressão inspiratória máxima) que é avaliada por meio do Monovacuômetro.

POWER BREATHE

É um aparelho utilizado no treinamento muscular inspiratório, visto que a aplicação deste em


atletas e em pacientes com alterações respiratórias acarreta melhora da força e resistência
muscular inspiratória e da performance.

Usado na melhora da qualidade de vida em uma ampla gama de pacientes como:

• Portadores de DPOC.
• Insuficiência Cardíaca. Asma.
• Pós-operatório de cirurgia torácica.
• Auxílio no desmame.
• Tratamento da fibrose cística e da doença neuromuscular

Como usar:

Encaixe do bocal nos lábios para realizar as sessões de treinamento.

Realizar uma expiração esvaziando totalmente o pulmão, para ganho de força. Padrão de
inspiração deve

ser rápido e prolongado, por 30 repetições 2 x ao dia.

Paciente debilitado orientamos o exercício por um tempo determinado, respirando tranquilamente.

Tornando-se fácil o exercício basta ajustar a resistência, e aumentando a carga

CARGA ALINEAR: O treinamento com carga alinear é realizado através de aparelhos


específicos como INFLEX ou PFLEX, onde a resistência é dada por orifícios. Onde quanto
maior o fluxo, maior a resistência e quanto menor o orifício, maior a resistência. Sempre
medida com um Monovacuômetro.

• É um treinamento realizado através de aparelhos onde a resistência é dada por orifícios


de diferentes calibres;
• Fluxo-dependente;
• Pouco utilizados porque existe um difícil controle da carga inspiratória.

PFLEX

Aparelho composto por 6 orifícios, cada orifício apresenta um nível de resistência do 1 (menos
resistência) até o 6 (mais resistência), onde o fisioterapeuta
inflex
irá escolher um orifício para ser o
resistor de acordo com as condições clínicas do paciente (fluxo dependente, ou seja, quanto
maior o fluxo, maior a resistência e quanto menor o orifício, maior a resistência). A pressão é
monitorada através do Monovacuômetro (cmH20).

COMO USAR

Como funciona: Realizar uma inspiração no bocal junto ao um clipe no nariz, a resistência
inspiratória depende do fluxo do paciente, onde o Fluxo aumentado, aumenta a resistência.

Objetivo: proporcionar um treinamento da musculatura inspiratória, aumentando a força e


endurance da musculatura inspiratória.

Frequência: 2-3 vezes por dia com series em 10 repetições.

OBS: Método menos utilizado devido à dificuldade no controle da carga inspiratória

ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DO DIAFRAGMA

Recursos Terapêuticos Físicos Com RTF podemos estimular o diafragma através de


estímulos elétricos de curta duração resultando em uma pressão intrapleural negativa que
pode influenciar tanto em ventilação pulmonar quanto em retorno venoso.

EDET pode ser utilizado em pacientes com insuficiência respiratória crônica, pacientes
apneicos e também pode auxiliar no processo de desmame da ventilação mecânica.

Para a EE diafragmática foram utilizados quatro eletrodos, adaptados ao nível do oitavo


espaço intercostal nas linhas axilar anterior e média em cada hemitórax do paciente. Com
parâmetros:
POSIÇÃO PRONA

INTRODUÇÃO
A doença causada pelo coronavírus, COVID-19, é uma infecção que compromete o trato
respiratório.
Quando infectado pelo COVID-19, pode-se desenvolver ou não complicações, dentre algumas
complicações que podem surgir, a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma das
principais.
A posição prona, foi uma estratégia muito utilizada nesses casos, que se consiste em posicionar o
paciente em decúbito ventral, por um determinado período de tempo, visando o aumento do
recrutamento alveolar, evitando e melhorando a hipoxemia, o que irá resultar em uma melhor
oxigenação e é uma técnica muito associada com o paciente em ventilação mecânica.
OBS: Hipoxemia é a falta de oxigenação no sangue
A posição prona pode ser utilizada nas duas patologias:
Insuficiência respiratória aguda (IRpA): é uma síndrome potencialmente grave que,
independentemente da doença base se caracteriza pela deficiência da troca gasosa. Isso
consiste na falha de oxigenação e eliminação do gás carbônico (Co2).
Do ponto de vista dos parâmetros gasométricos ela pode ser definida em dois tipos:
Tipo 1: hipoxemia, com a diferença alvéolo-arterial de O2 alterada
• PaO2 <55-60 mmHg
• PaO2/ FiO2 < 300
• D (A-a) O2 aumentada (>20)
Tipo 2: hipoxemia associada a hipercapnia e diferença alvéolo arterial
• PaCO2 > 45-50 mmHg
• pH <7,35
• D (A-a) 02 normal (5 a 20)
Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): é um tipo de edema pulmonar não
cardiogênico, no qual a lesão alveolar geralmente secundaria a um processo infeccioso. Esse
processo pode ser tanto sistêmico quanto restrito às vias áreas, envolvendo lesão pulmonar direta
ou indireta.
Algumas causas de SDRA:
• Pneumonia;
• Embolia gordurosa
• Queimadura

PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO PROCESSO


Podem ser de 3 a 5 profissionais para realizar a técnica.
➢ Médico
Deverá avaliar a necessidade do procedimento e indicar que ele seja realizado de acordo com a
condição do paciente. Além disso, esse profissional também avalia se é preciso otimizar a
sedação e a estabilidade hemodinâmica antes da manobra.
➢ Enfermeiro (a)
Irá realizar o checklist com todos as informações e recomendações para realizar a manobra de
forma segura, auxiliando e orientando a equipe a preparar o ambiente para o procedimento
(disponibiliza a caixa de IOT, coxins e aliviadores de pressão para prevenção da lesão por
pressão e realiza cuidados específicos para o paciente em hemodiálise).
➢ Fisioterapeuta
Responsável por realizar os cuidados e manutenção da ventilação mecânica, reforçando
conexões se necessário e auxiliando na manobra de rotação se possível.

INDICAÇÕES: Pacientes na ventilação mecânica com Síndrome do Desconforto Respiratório


Agudo (SDRA) moderada a grave (PaO2/FiO2 ≤ 150 mmHg). Hipoxemia de moderada a grave.
FÓRMULA PARA CALCULAR: PaO2\FIO2; PaO2 (coletamos na gasometria); FIO2 (fração
inspirada de oxigênio, vemos no ventilador).
Sempre dividimos o valor de FIO2 por 100
Vamos dividir a PaO2 pela FIO2 de modo decimal. Se encontrar um valor menor que 150 mmHg é
indicado.
Ex: FIO2= 100% 100\100= 1; PaO2= 80
PaO2\FIO2 = 80\1= 80mmHg (é indicado).

CONTRA INDICAÇÕES

• Instabilidade hemodinâmica (elevação progressiva de vasopressores)


• Arritmias agudas graves
• Fraturas de pelve, tórax ou coluna
• Hipertensão intracraniana
• Cirurgia cardíaca recente
• Cirurgia abdominal recente
• PIA > 20mmHg
• Hemoptise maciça

TÉCNICA – COMO REALIZAR?


Pausar dietas 2 horas antes
• Separar coxins
• Aproximar carro PCR
• Separar material IOT (intubação orotraqueal)
• Avaliar fixação de sondas, drenos e cateteres
• Revisar comprimento de traqueias e equipos
• Cuidados oculares (Fisioterapeutas)
• Separar material de aspiração
• Testar ambu
• Separar cuffometro (aparelho utilizado para verificação da Pressão do Balonete do Tubo
Orotraqueal)
• Pré oxigenar
• Testar sedação e analgesia
• Verificar sinais vitais
• Pinçar sondas e posicionar entre as pernas do paciente
MANOBRA:
• Paciente em decúbito dorsal
• 5 pessoas posicionados e o médico na cabeceira
• Alinhar membros
• Posicionar coxins sobre o tórax e pelves do paciente (dois travesseiros)
• Posicionar lençol em cima e em baixo do paciente
• Enrolar o paciente entre os dois lençóis
• Levar para a borda
• Lateralizar o paciente
• Trocar de mãos
• Pronar o paciente
• Manter a cabeça a 60 graus
• Monitorização no dorso ( costas)
• Trendelemburg reverso
• Manter cabeceira a 20 graus
• Reposicionar cabeça e braços a cada 2 horas
• Na supinação fazer o mesmo procedimento

MONITORIZAÇÃO
Paciente após ser colocado na posição prona é monitorado pelo fisioterapeuta
Os processos da monitorização consistem em:
• Monitorização eletrocardiográfica contínua no dorso do paciente;
• Proteção da face do paciente intercalando os lados para evitar lesões;
• Confirmar posição do tubo orotraqueal;
• Deve ser mantida por pelo menos 16 horas (podendo atingir 20 horas), antes de
retornar o paciente para posição supina;
• A cada duas os membros superiores são mudados de posição e os coxins também são
trocados de lugar nos membros inferiores, para evitar lesão por pressão;
• A cada 4 ou 6 horas são realizados testes para avaliar a troca gasosa do paciente;

EFEITOS E BENEFÍCIOS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO/COVID


Os efeitos fisiológicos decorrente da posição prona são:
• Melhora da oxigenação
• Diminuição dos efeitos de compressão que favorecem o colabamento alveolar
• Melhora distribuição da ventilação – em pacientes com uso de ventilação
• Redistribuição da perfusão – a distribuição da pressão transpulmonar torna-se mais
homogênea, a variação da pressão pleural entre a região dependente e não dependente é
menos acentuada
• Redução do shunt pulmonar – (shunt pulmonar é um desequilíbrio entre a perfusão
sanguínea e a ventilação, acarretando uma alteração nas trocas gasosas)
• A região dorsal do pulmão não sofre ação do peso pulmonar, podendo se expandir
• Menor desvio do diafragma, que fica apoiado sobre o leito
• Menor formação de atelectasia

COMPLICAÇÕES

• Edema facial
• Obstrução das vias aéreas
• Lesões cutâneas
• Perda de acessos venosos e sonda
• Extubação acidental
• Queda transitória de saturação
• Aumento da necessidade de sedação

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a posição prona seja um recurso terapêutico que melhore os parâmetros de oxigenação
dos pacientes, sugerimos que tenham cautela ao indicar esse procedimento em lugares que não
estejam preparados, ou seja, locais que não tenham todos os materiais, com falta de profissionais
ou falta de treinamento, pois se trata de uma manobra cautelosa.
Nesse sentido reforçamos a necessidade de treinamento dos fisioterapeutas, médicos,
enfermeiros e todos que atuam na área da UTI, para que haja segurança ao fazer a manobra de
prona supinação.
TRAQUEOATOMIA
Traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior da traqueia,
comunicando-a com o meio externo. Essencialmente, é utilizada em situações onde existe
obstrução da via aérea alta, acúmulo de secreção traqueal, debilidade da musculatura respiratória
ou para fornecer uma via aérea estável em pacientes com intubação traqueal prolongada.
Sistema Respiratório: Cavidade Oral > Cavidade Nasal > Faringe > Laringe > Traqueia >
Brônquios > Bronquíolos > Alvéolos > Pulmão Direito e Pulmão Esquerdo
As classificações são:
Preventiva: Complementar a outros procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos que podem gerar
obstrução de via aérea ou dificuldade respiratória. Por exemplo, cirurgias para ressecções de
tumores de cavidade oral ou de orofaringe que geram edemas obstrutivos.
Curativa: Situações onde assegura a manutenção da via aérea, como nas obstruções laríngeas
por neoplasias, estenoses laringotraqueais ou processos infecciosos que causam edema de glote;
Paliativa: Utilizada em paciente terminal, sem possibilidade de tratamento, com o intuito de
promover conforto respiratório
Indicações:
Pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada (maior que 2 semanas), a sedação
torna-se menor porque o tubo da traqueostomia é mais confortável que o orotraqueal. A higiene
brônquica se dá mais fácil, a aspiração se torna mais facilitada e permite que a ventilação em
pacientes com debilidade na musculatura respiratória por diminuir o espaço morto e etc. E as
principais indicações para a traqueostomia em adultos são:
- Alérgicas;
- Metabólicas;
- Profiláticas;
- Degenerativas/ idiopáticas;
- Congênitas;
As possíveis complicações que podem acontecer são: A decanulação acidenta que ocorre
quando o tubo é deslocado antes do estoma do trato estar maduro, o trato se fecha rápido e a
reinserção às cegas do tubo pode gerar falso trajeto.
E a entenose da traqueia que é uma complicação tardia que ocorre após seis meses da retirada
do tubo, é causada por estreitamento traqueal após o fechamento do estoma e na maioria dos
casos é assintomática.
Cuidados e precauções:
Traqueostomia de urgência: Riscos de complicações aumentam até 5 vezes em relação á
traqueostomia eletiva. Faz-se apenas quando a cricotireoidostomia não é possível, como em
crianças abaixo de 12 anos.
Traqueostomia à beira do leito: Deve ser realizada no centro cirúrgico, a exceção se faz quando
em UTIs, mas mantendo condições cirúrgicas no local.
- Manter as mãos e a parte de baixo das unhas sempre limpas, antes e depois de fazer a limpeza
da região operada;
- Secar as mãos com papel toalha ou, quando usar álcool deixar secar naturalmente;
- Quando indicado, inserir o soro corretamente dentro da cânula. O soro permite que o paciente
elimine as secreções e libere a passagem de ar;
- Ao retirar o cateter da cânula, as secreções devem ser retiradas e ele deve ser lavado em água
limpa;
- Realizar a manutenção dos curativos sempre que for necessário.
CUFF
O CUFF é um equipamento utilizado na ventilação mecânica invasiva. Encontra-se no tubo de
traqueostomia e no tubo endotraqueal, é responsável por impedir/vedar a passagem de ar e
dificultar a passagem de líquidos e secreções para o trato respiratório inferior para que não ocorra
uma broncoaspiração.
A avaliação de CUFF tem o objetivo para verificar o nível de pressão existente no balonete
encontrado nas extremidades distais das cânulas endotraqueais através de um Cuffômetro entre
20-30 cmH20 (equivale 25-35 mmHg) ele é aclopado ao balonete externo que é chamado de piloto
e pulgado conector lateral do Cuffomêtro.
Indicações: pacientes que precisam respirar com ajuda de aparelhos por um tempo prolongado
(maior que 10 a 14 dias) e em pacientes traqueostomizados que apresentam risco de
broncoaspiração.
Contraindicação: Contra indicado nos casos de intubação orotraqueal, para pacientes com
doenças glóticas e supragloticas que impedem o posicionamento correto do tubo endotraqueal
através da glote ou pode exacerbar devido ao tubo.
Complicações: Durante a ventilação mecânica, a pressão do cuff deve ser baixa o suficiente para
permitir a perfusão capilar pulmonar e alta o suficiente para prevenir o vazamento de ar e impedir
aspiração das secreções que ficam colhidos na traquéia acima do cuff diminuindo o risco de
pneumonia relacionada ao ventilador mecânico.
Cuidados e precauções:
A pressão de cuff é transmitida à parede da traqueia, e, portanto, deve ser adequada. Se for uma
pressão elevada pode causar danos à mucosa da traqueia, isquemia dos vasos e outras
importantes alterações precoces da mucosa traqueal, caracterizadas:
- Edema celular;
- Perda de cílios;
- Descamação do epitélio.
A hipoinsuflação (pressão abaixo do indicado) também oferece riscos, pois o cuff não veda a via
área, aumenta-se o risco de broncoaspiração de secreções provenientes da região orofaríngea,
podendo levar as infecções pulmonares.
As secreções acumuladas dentro da cânula interna precisam ser retiradas através de limpeza
frequente (4 vezes ao dia), para prevenir a dificuldade da passagem do ar pelo o tubo (respiração).
Lesões causadas pela intubação:
As principais lesões endotraqueais são causadas por intubações difíceis, traumáticas e
prolongadas ou pela compressão da mucosa pelo balonete da cânula.
E é relacionada em três categoria:
Lesões ocorridas durante a introdução da cânula de intubação:
Na introdução da cânula por via oral, durante as tentativas de exposição da glote com o
laringoscópio, são descritas lacerações em:
- Epiglote;
- Pregas Vocais;
- Esôfago
- Traqueia
Lesões secundárias ao contato da cânula ou de seu balonete sobre as estruturas das vias
aéreas:
Devido à configuração da glote em "V", as principais lesões ocorrem na porção posterior da
laringe, no nível dos processos vocais, onde a sonda encontra-se em íntimo contato com a
mucosa.
Essas lesões ocorrem por:
- Diâmetro inadequado das sondas de intubação;
- Dificuldade em manter imobilizado o paciente intubado.
Lesões decorrentes do prejuízo ao condicionamento do ar inalado:
A maior parte do condicionamento do ar inspirado ocorre no interior das fossas nasais e da
rinofaringe. Nestes sítios o ar é umidificado e aquecido.
Com à atividade mucociliar, essas partículas são impulsionadas em direção ao trato digestivo
para serem deglutidas e eliminadas. No paciente intubado ou traqueostomizado o ar inalado
chega diretamente à traquéia, sem prévio condicionamento. Entre as principais consequências da
inalação de ar seco e frio destacam-se:
- Danos ao epitélio;
- Edema de mucosa das vias aéreas;
- Discinesia Ciliar;
Estase de secreções.
SÍNDROME DO IMOBILISMO
Efeitos deletérios da síndrome do imobilismo nos sistemas e os efeitos da imobilidade em
pacientes internados:
As alterações no nível da mobilidade física podem resultar em restrições de movimento, como
repouso no leito, restrição física do movimento por meio de uso de equipamento externos,
movimento voluntário do comprometimento ou da perda da função motora.
Quando o imobilismo é instalado ocorrem alterações nos sistemas que podem levar complicações
para os idosos, portadores de necessidades especiais e doenças crônicas.
Os riscos fisiológicos são:
Sistema cognitivo e comportamental: privação sensorial, confusão e desorientação, ansiedade
e depressão, comprometimento do equilíbrio e coordenação.
Sistema Respiratório: acúmulo de secreção, atelectasia (na adaptação da posição vertical para
supina, ocorre a incapacidade pulmonar total, resultante do fechamento de pequenas vias aéreas
em regiões dependentes).
Sistema Cardiovascular: hipotensão arterial, edema periférico, trombose venosa profunda
Sistema musculoesquelético: eritema, contratura articular, atrofia muscular, intolerância à
atividade, osteoporose.
Pele: perda da integridade cutânea (escara), retardamento na cicatrização da ferida.
Sistema gastrointestinal e urinário: movimentos intestinais dimuídos, diminuição na úrina e
constipação.
Sistema cardíaco: diminuição da atividade simpática causa vasodilatação, queda na pressão
arterial e um aumento do cúmulo de sangue nos reservatórios.
CUIDADOS
Mobilização precoce: iniciada precocemente (até 12 horas)
Mobilização progressiva: série de movimentos planejados sequencialmente.
FORMAS DE CUIDADO
Posicionar os pacientes passivamente:
Os leitos dos hospitais permitem isso.
Realizar atividades físicas diárias:
Prevenção de descondicionamento musculoesquelético e complicações de pele.
Auxiliar no sistema respiratório:
Mudanças de decúbito a cada 2 horas
Utilizar técnicas preventivas de complicação:
Movimentos cinesioterápicos, deambulação e forros ortopédicos.
Monitorização:
- Monitorização da oximetria de pulso;
- Monitorização da pressão arterial média (PAM).
Prevenção e/ou reversão fisioterapêutica:
- Evitar atrofia muscular e manter e/ou restaurar amplitude articular;
- Prevenir trombose venosa profunda, embolia pulmonar, pneumonias, e hipertensão
postural.
- Aliviar a dor
- Diminuir ou prevenir edemas
Objetivo da Fisioterapia consiste em exercícios para o Sistema respiratório, Sistema
musculoesquelético e Sistema cardiovascular.
- Estimular a deambulação
- Prevenir complicações respiratórias
- Promover um padrão respiratório eficaz
- Evitar complicações circulatórias
- Etc.
Mobilização precoce em pacientes hospitalizado em unidades de terapia intensiva e em
enfermaria
Mobilização precoce é uma terapia realizada com um conjunto de métodos aplicados, para
prevenir complicações e facilitar a recuperação.
Sua característica é a aplicação rápida, normalmente começa após a estabilidade fisiológica,
geralmente de 24-48 horas
OBJETIVO
O objetivo evitar efeitos deletérios, tais como:
• Pulmonar: piora da ventilação, aumento da FR, aumento do risco de
tromboembolismo pulmonar.
• Cardiovascular: aumento da FC em repouso, alteração do volume sistólico,
alteração do débito cardíaco, edema, aumento do risco de trombose venosa
profunda;
• Tegumentar: lesão de pele, feridas.
• Neuromuscular: alteração da excitação muscular, do reflexo profundo dos
tendões e do equilíbrio / controle postural.
• Comunicação / cognição: Delirium, ansiedade, estresse pós-traumático.

INDICAÇÕES
A indicação da Mobilização Precoce se dá principalmente pela perda de força muscular, podendo
chegar a 60%, ocasionada pelas respostas inflamatórias sistêmicas, desregulação do controle
glicêmico, sedação, desnutrição, bloqueadores neuromusculares, a própria imobilidade
prolongada e o tempo que o paciente se mantém no suporte ventilatório mecânico. (Mota et al.
2012)

CONTRAINDICAÇÕES

• Tromboflebite.
• Infecção sistêmica aguda.
• Embolia recente.
• Instabilidade hemodinâmica.
• Recusa do paciente.
• Pós-operatório imediato de angioplastia.

BENEFÍCIOS

• Aumento da força muscular.


• Melhora do nível de consciência.
• Aumento da independência funcional.
• Melhora da aptidão cardiovascular.
• Aumento do bem estar psicológico.
• Redução do tempo de duração da VM.
• Tempo de internação hospitalar.
• Diminuição da dispneia e da fadiga muscular.
• Fortalecimento da musculatura respiratória e periférica

AVALIAÇÃO

SINAIS VITAIS
• F.C - 60 a 100 bpm
• SPO2 - 92% a 96%
• F.R – 12 a 20 ipm
• Temperatura axilar – 36.5 a 37°C
MANUVACUOMETRO
• P.A – Sistólica 110 a 130 / Diastólica 60 a 90mmHg.
Tabela de referência de PImáx e PEmáx
ESCALA DE GLASGOW

SCORE MEDICAL RESEARCH COUNCIL – MRC

A força muscular é graduada de 0 a 5.


Realiza-se a soma dos 4 membros.
Sendo a pontuação para cada membro de 15
pontos.
A pontuação mínima é de 0, e a pontuação
máxima de 60 pontos.
MRC abaixo de 48 pontos é considerado perda
CINESIOTERAPIA: Exercícios de amplitude de movimento articular passivos, ativos ou
total de 80 % de força muscular.
resistidos.
Se todos os pontos forem negativos é
TREINO DE SEDESTAÇÃO E CONTROLE DE TRONCO considerado como a FAUTI; síndrome da
fraqueza muscular.
• Paciente em posição sentada visando estímulo ao estresse gravitacional

• Contração dos músculos abdominais e extensores de tronco


TREINO DE MOBILIDADE PARA TRANSFERÊNCIA NO LEITO
Treinos de rolar no leito e mudança independente, saindo da posição
deitado para sentado.

BIPEDESTAÇÃO (ortostatismo)
Colocar o indivíduo na posição em pé, pode ser realizada passivamente
(prancha ortostática) ou de forma assistida, com auxílio do fisioterapeuta

Cicloergômetro em MMSS e MMII


• Movimentação passiva ou assistida com uso de ciclo ergômetro eletrônico.
Marcha
• Treino de marcha com ou sem auxílio.
A mobilização precoce deve ser meta primordial a ser seguida pela equipe
multidisciplinar da terapia intensiva, tendo em vista a melhora na capacidade
funcional respiratória e ao aumento de força muscular e periférica. Além
disso, é de domínio específico do fisioterapeuta a prescrição das atividades,
bem como as etapas de desenvolvimento das tarefas propostas, respeitando
as limitações de cada paciente.
CONDICIONAMENTO PULMONAR EM PACIENTES PÓS COVID
Covid 19 é uma infecção respiratória causada pelo novo coronavírus potencialmente grave,
altamente transmissível e espalhou-se por todo o mundo;
Primeiro caso no Brasil foi em fevereiro de 2020;
Pode apresentar repercussões que vão além do comprometimento do sistema
respiratório, prejudicando diversos sistemas;
Os fisioterapeutas têm um papel fundamental no enfrentamento da pandemia
causada;
AÇÃO DO VÍRUS
Ao entrar no corpo humano, o vírus passa pelo sistema respiratório de
forma despercebida;
Com o passar dos dias, o coronavírus se espalha e o corpo reage a essa invasão.
Nesse período podem surgir os primeiros sintomas;
Na maior parte das vezes, o sistema imune consegue combater o vírus de forma eficaz. Por isso,
a maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves e recuperam-se após alguns dias.
Alguns casos, o vírus consegue chegar aos pulmões provocando sintomas graves.
TRANSMISSÃO
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções
contaminadas, como:

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 07 dias após o início
dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a
transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas

SINTOMAS
A COVID-19 afeta diferentes pessoas de diferentes maneiras, dentre elas os pacientes podem ser
assintomáticos, sintomáticos ou pré sintomáticos

Sintomas mais comuns: febre, tosse, cansaço, perda de olfato e\ou paladar

Sintomas graves: falta de ar ou dificuldade para respirar, perda da fala, mobilidade ou confusão,
dores no peito.

Sintomas pós covid: alterações de memória, falta de ar ao realizar esforço, tosse, ansiedade e
depressão, perda do paladar e\ou olfato e cansaço

FATORES DE RISCO

Fatores de risco da covid 19 podem acometer indivíduos saudáveis de qualquer idade, porém
ocorrem predominantemente em idosos ou pessoas que tenham problemas de saúde
preexistentes. Os principais fatores de risco associados a formas graves da covid 19 são:

• Doenças cardiovasculares (como hipertensão arterial)


• Diabetes
• Doenças pulmonares crônicas
• Imunossupressão
• Obesidade
• Doença renal crônica
• Doença hepática crônica
• Tabagismo e outros

TRATAMENTO

A fisioterapia no Pós Covid-19, pode ser tratada no âmbito residencial e clínica de fisioterapia,
onde irão atuar na melhora cardiopulmonar do paciente, melhorando em si as suas atividades de
vida diária, ansiedade e um melhor condicionamento respiratório.

O tratamento pós covid necessita de recursos como:

• Manobras de reexpansão pulmonar


• Fortalecimento muscular
• Uso de incentivadores

EXERCÍCIOS DE REEXPANSÃO PULMONAR

Exercícios respiratórios com o freno labial

sse exercício tem como objetivo aumentar


VC e diminuir a frequência respiratória,
melhorando a oxigenação por manutenção
e pressão positiva nas vias aéreas.
aciente realiza inspiração nasal lenta e
Respiração diafragmática
ração diafragmática permite-nos respirar de forma mais completa,
o mais oxigénio
EPAP em a todo
selo od'água
organismo. Paciente em posição ereta, irá

rauma
umadas mãos positiva
pressão na região nadas últimas por
expiração costelas
meio edaa água,
outra sobre a os
ou seja,
umbilical,
ientes têmfará
umauma inspiração
resistência levando
para soltar ao barriga
ar. Essae resistência
a mão apoiada para
auxilia
após irá realizar
expectoração a expiração
(soltar e umaPaciente
a secreção). pressãosentado,
com a mão levando
irá fazer o
uma
en para edentro.
piração soltar lentamente através do canudo dentro da garrafa com
ua, controlando assim os borbulho do mesmo.

ciente faz inspiração nasal e expira na garrafa com água e ao expirar


trola o borbulho, (dependendo do tamanho do canudo, muda o
manho da abertura da glote).

anto mais alto o recipiente, mais pressão. Quanto menor o recipiente,


nor pressão. Trabalha pressão exp. PEEP
RESPIRON

xpansão pulmonar e fortalecimento da musculatura respiratória

Realizar uma expiração tranquila com o paciente sentado, após realizar uma
iração de forma lenta ou rápida e continua mantendo assim as esferas por maior
po de elevação.

Realizar com o paciente sentado PImax em 3 seg, manter em pausa respiratória


2 seg e realizar expiração com freno labial em 6 seg

EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM O BALÃO

Encher balões pode ser uma maneira simples de aumentar a capacidade


ulmonar, ao trabalhar contra uma resistência oposta, os músculos torácicos
ão treinados para superar esse obstáculo. Inspire pelo nariz e sopre o ar
ara dentro do balão. Pode-se fazer 5 vezes e ir aumentando conforme o
empo e o aumento de resistência do pulmão.

THRESHOLD
rnece uma pressão consistente específica para a força muscular
piratória e o treinamento da resistência, independentemente de quão
ido ou devagar os pacientes respiraram
HIDROTERAPIA
odo trabalho de ganho de força, resistência e equilíbrio dentro da água, pode e deve ser
ssociado a exercícios respiratórios, melhorando a expansão pulmonar, oxigenação e força dos
úsculosEXERCÍCIO
inspiratórios.AERÓBICO: Aquecer o paciente com 20 minutos de esteira andando de forma lenta
á moderada sem cansar, podendo graduar.

Podemos utilizar recursos como:

Cinesioterapia e Eletroestimulação elétrica


para fortalecimentos dos membros
inferiores e superiores e utilização do TENS
para analgesia

TÉCNICAS DE REEXPANSÃO PULMONAR


É uma técnica fisioterapêutica utilizado através da mecânica e/ou exercícios atuando em
pacientes que não tem a capacidade do pulmão adequada, essa patologia diminuem
volumetricamente a expansão pulmonar incapacitando o paciente de realizar uma respiração
profunda.

INDICAÇÕES: Pós operatório; Paciente Acamado; Atelectasia= colapso completo do pulmão ou


do lóbulo do pulmão

CONTRAINDICAÇÕES: Hemoptise; Instabilidade hemodinâmica; Fraturas das costelas

Cuidados: Exercício Diafragmático; Espirometria de Incentivo; Técnicas que utilizam pressão


positiva; EPAP; CPAP

CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

• Exercício respiratório diafragmático


• Exercício respiratório com Inspiração máxima sustentada
• Exercício De inspiração fracionada
• Exercício de respiração abreviada

PADRÕES VENTILATÓRIOS: Se refere ao Ritmo, profundidade do ciclo ventilatório, que são um


conjunto de fase inspiratória com a fase expiratória.
TIPOS DE RITMOS

RECURSOS MECÂNICOS PARA REEXPANSÃO PULMONAR


Espirometrias de incentivo
• Pressão positiva expiratória nas vias aéreas EPAP
• Pressão positiva continua nas vias aéreas CPAP
• Pressão positiva em dois níveis (Bipap/Belivel)
• Exercício Respiratórios diafragmático
• Exercício de respiração abreviada
INCENTIVADORES DE VOLUME INCENTIVADORES DE FLUXO

INCENTIVADORES À PRESSÃO

TÉCNICAS MANUAIS DE REEXPANSÃO PULMONAR

ANOBRA DE COMPRESSÃO E DESCOMPRESSÃO


nsiste em colocas as mãos nas últimas costelas. Na
piração, nós fisioterapeutas fazemos uma compressão
ácica para dentro e para baixo, e posteriormente uma
scompressão quando o paciente inicia uma inspiração.
BLOQUEIO TORÁCICO

a técnica é feita por uma força externa, feita pelas


os do fisioterapeuta no fim da expiração, fazendo com
o volume de Ar colocado nas vias aéreas do paciente
pe o Hemitórax contralateral ao bloqueio realizado.

SÍNDROME DA FRAGILIDADE

É a ocorrência de diminuição das reservas fisiológicas e o aumento da vulnerabilidade dos


indivíduos, reduzindo sua capacidade de adaptação homeostática, resultado de processo interno
e progressivo.
É uma condição associada ao envelhecimento, representada por uma deterioração na
capacidade fisiológica de órgãos e sistemas, com consequente impacto na resposta a eventos
estressores. Indivíduos frágeis estão mais suscetíveis a complicações clínicas e eventos.
O que acomete?
Principalmente nos sistemas endócrinos, imunológico neurológico e musculoesquelético. A SDF
também afeta os aspectos funcionais, como redução da mobilidade, da marcha e do equilíbrio
postural.
A SDF é composta por cinco indicadores mensuráveis que são:
- Perde de peso não intencional;
- Exaustão avaliada por autor relato de fadiga;
- Diminuição da força;
- Baixo nível de atividade física;
- Diminuição da velocidade de caminhada.
Princípios da Síndrome da Fragilidade:
- Considera-se frágil aquele indivíduo que apresentar três ou mais dessas características;
- Individualmente, cada uma das manifestações clínicas é causada de uma série de eventos
adversos relacionados com a SDF, como o declínio funcional, institucionalização, quedas e
mortes;
- Considera-se pré frágil aquele com uma ou duas características;
- Baixo desempenho em alguns testes, como teste funcional de performance, velocidade de
marcha, avaliação de equilíbrio estático, etc.
Escala visual da fragilidade
Fatores agravantes:
Primários: sexo, idade, cor da pele
Secundários: escolaridade, renda, moradia
Terciários: má percepção de saúde, alterações cognitivas, mal estado nutricional, inatividade
física
Quaternários: quedas, morbidades, hospitalização e institucionalização
Exercícios:
- Exercícios aeróbicos, alongamentos, fortalecimento muscular, aumento da amplitude de
movimento, flexibilidade, equilíbrio, capacidade funcional e exercícios resistidos.
Devemos levar-se em consideração que podemos associar os exercícios resistidos, aeróbico e
alongamentos pelo menos 2x na semana para a melhora da capacidade física do idoso.
Teste get up and go

MUDANÇAS DE DECÚBITO
As mudanças de decúbitos consistem em modificar e movimentar a posição prona do paciente
acamado, com objetivo de proporcionar conforto e evitar complicações devido a imobilidade
prolongada. Auxiliando na prevenção de ruptura de pele, melhora da eliminação da secreção,
melhora da ventilação e perfusão e evitar atelectasia.

Efeitos das mudanças de decúbito para os sistemas:

Sistema respiratório: os pacientes que estão por um tempo prolongado no leito podem sofrer
sérias complicações respiratórias;

Sistema cardíaco: melhor circulação arterial;

Sistema Vascular: a permanência dos pacientes acamados pode resultar em baixa circulação
sanguínea ocasionando edema;

Sistema Neurológico: as mudanças de decúbitos em pacientes neurológicos, neurocirúrgicos e


poli traumatizados, os mesmos na maioria evoluem com instabilidade hemodinâmica grave. Por
isso, torna-se muitas vezes contraindicada por elevar a pressão intracraniana, agravar a
instabilidade hemodinâmica e a ventilação pulmonar.

Sistema Tegumentar: lesões mais frequentes são as asxeroses, lacerações, dermatite


amoniacal e as ulceras de pressão. Por isso, é indicado a mudança de decúbito.

Efeitos da mudança de decúbito:

Decúbito lateral: melhora a oxigenação em lesões unilaterais, o pulmão tem melhor ventilação,
além de apresentar maior complacência do sistema respiratório.

Decúbito dorsal: diminuição no diâmetro anteroposterior do tórax, aumenta o volume sanguíneo


torácico, diminuição da complacência pulmonar e aumento da oxigenação.

Decúbito ventral: melhora da oxigenação e distribuição de pressão trans pulmonar. A posição tem
efeitos positivos na síndrome do desconforto respiratório agudo.

Alguns cuidados que devem ser tomados na mudança de decúbito:

- Tempo máximo de cada posição é de 2 horas;

- Cuidados à prevenção dermatológica de áreas de pressão e isquemia;

- Correto alinhamento de cabeça e do tronco visando assimetria na distribuição de peso, que


proporciona adequado retorno venoso;

- Os membros superiores e inferiores devem estar estabilizados e apoiados corretamente de modo


a evitar a compressão de feixes vasculho nervosos favorecendo o conforte;

Cuidados que devem ser tomados nas mudanças de decúbitos


Em pacientes imobilizados, hospitalizados, em unidades de terapia intensiva ou em
acompanhamento ambulatorial.

Deve atentar-se para os seguintes cuidados:

• Cuidados à prevenção dermatológica de áreas de pressão e isquemia


• Facilitação funcional da mecânica respiratória
• Correto alinhamento da cabeça e do tronco visando assimetria na distribuição de peso, que
proporciona o adequado retorno venoso da cabeça devido à liberação do fluxo da jugular
• A elevação da cabeça em relação à ação da gravidade há pelo menos 30° evitando assim
o risco de broncoaspiração. Porém o aumento do grau de elevação só deve ocorrer caso
não existam outros riscos clínicos como por exemplo a hipotensão
• Elevação adicional do paciente deve ser analisada quanto à manutenção do ajuste postural
a exploração de uma postura inadequada poderia causar dificuldade tanto na deglutição
devido à instabilidade da cabeça

Cuidados que devem ser tomados nas mudanças de decúbitos

Os membros superiores e inferiores devem estar estabilizados e apoiados corretamente de modo


a evitar a compressão de feixes vasculho nervosos favorecendo o conforto.

Ajustar corretamente a elevação desses membros evitando assim os edemas.

As mudanças adequadas são normalmente realizadas como parte da rotina, sendo necessário a
mudança de decúbito no mínimo a cada 2 horas para prevenir escaras de decúbito.

A alteração de cúbito promove melhor adaptação e exploração sensório motora do paciente


também torna-se possível o exame de diversas áreas de ventilação e perfusão pulmonar.

CUIDADOS E PREVENÇÃO

xins de posicionamento - auxiliam o


ciente na posição prona, evitando a
mação de feridas.

ta de espuma para prevenção de escaras

Monitoramento

Pressão arterial - A expressão pressão arterial refere-se à pressão exercida pelo sangue contra a
parede das artérias.
Oximetria – A principal utilização do oxímetro é observar a saturação de oxigênio, que é fornecida
pelo aparelho no campo que diz "SpO2" e que é fornecida em %, geralmente com um valor acima
de 90.

Capnometria - A capnometria é a medida da pressão parcial de CO2 na mistura gasosa expirada.


A representação gráfica da curva da pressão parcial de CO2 na mistura gasosa expirada, em
relação ao tempo, é denominada capnografia.

Técnicas

Indicações

Técnicas indicadas para minimizar os efeitos da longa permanência no leito:

• Técnica de Decúbito dorsal/Posição supina;


• Técnicas de Decúbito lateral lado sadio;
• Técnicas de Decúbito lateral lado acometido;
• Técnica de Decúbito ventral/Posição prona;
• Posição de Trendelemburg

Técnica de Decúbito dorsal/Posição supina

• Posicionar a cabeça com apoio, respeitando a curvatura fisiológica da co-luna cervical e o


alinhamento entre cabeça e tronco;
• Utilizar, se necessário, uma toalha para posicionar a mão, deixando -a sempre em posição
anatômica, liberando a região palmar;
• Posicionar o membro superior sobre um travesseiro, para melhorar o retorno venoso e
oferecer mais estabilidade;
• Utilizar, se necessário, uma toalha dobrada para posicionar o quadril, favorecendo a
estabilidade e o alinhamento;
• Posicionar os joelhos sobre uma toalha dobrada a fim de evitar rotação de membros
inferiores e hiperextensão dos joelhos;
• Utilizar um apoio para os pés, quando necessário, para evitar áreas que possam reforçar a
presença exacerbada de reflexos plantares.

Técnicas Decúbito lateral lado sadio

• Posicionando o lado sadio em posição infra lateral, deve--se proceder da seguinte maneira:
• Apoiar a cabeça sobre um travesseiro que tenha a largura do ombro, alinhando com o eixo
corporal;
• Manter o ombro comprometido (se houver) com o braço adequadamente estabilizado
sobre um apoio com o cotovelo semi fletido e o braço em posição neutra;
• Manter o lado sadio do quadril em ligeira extensão e o lado comprometido em ligeira flexão
e apoiado sobre um travesseiro, alinhado. Alterando- o lado, altera - -se também a posição
do quadril, minimizando o encurtamento dos músculos iliopsoas e reto abdominal

Técnicas Decúbito lateral lado acometido

• Decúbito lateral sobre o lado comprometido, deve- - se proceder da seguinte maneira:


• A cabeça deve ser posicionada sobre um travesseiro da altura do ombro;
• O tronco deve permanecer alinhado; se necessário, apoiado em rolos;
• O ombro do lado comprometido deve ser posicionado em ligeira protração, com o cotovelo
estendido e estabilizado e o punho em ligeira extensão;
• O membro inferior comprometido deve ser posicionado em ligeira extensão de quadril e
semi flexão de joelho;
• O membro inferior sadio deve permanecer em flexão de quadril e joelho, apoiado sobre um
travesseiro, evitando sempre a rotação da pelve

Técnica de Decúbito Ventral/Posição prona

• Posicionar a cabeça com apoio, respeitando a curvatura fisiológica da co-luna cervical e o


alinhamento entre cabeça e tronco;
• Utilizar, se necessário, uma toalha para posicionar a mão, deixando- a sempre em posição
anatômica, liberando a região palmar;
• Posicionar o membro superior sobre um travesseiro, para melhorar o retorno venoso e
oferecer mais estabilidade;
• Utilizar, se necessário, uma toalha dobrada para posicionar o quadril, favorecendo a
estabilidade e o alinhamento;
• Posicionar os joelhos sobre uma toalha dobrada a fim de evitar rotação de membros
inferiores e hiperextensão dos joelhos;
• Utilizar um apoio para os pés, quando necessário, para evitar áreas que possam reforçar a
presença exacerbada de reflexos plantares que geram pé equino

Posição de Trendelemburg

A posição de Trendelemburg consiste em uma inclinação corporal de angulação variável entre


30o e 45o com a cabeça posicionada em plano inferiorem relação ao tórax. Essa posição tem
sido usada com o objetivo de drenar secreções pulmonares localizadas nos segmentos basais. É
utilizada também, com frequência, em Unidade de Terapia Intensiva para pacientes que
apresentam hipotensão arterial

Técnicas de Reexpanção Pulmonar (Pediatria)


A Reexpansão pulmonar é uma técnica Inspiração Profunda
fisioterapêutica que pode ser usado de forma Soluços ou Suspiros Inspiratórios
mecânica ou de exercícios, que atua em áreas Inspiração em Tempos com ou sem Pausa Inspiratória
pulmonares que não estão expandidos Manobra de compressão e descompressão
adequadamente.
Cinesioterapia
São recomendadas para RN’s, lactentes e crianças em DE FLUTTER E SHAKER
situações de doenças ou condições clinicas que É solicitado ao paciente para soprar o máximo que
predispõem a atelectasias pulmonares ou em puder, puxa o ar todo e sopra, dentro do aparelho, à
situações clinicas com redução nos volumes esfera vibra e faz um som. Esse exercício deve ser
pulmonares. realizado pelo menos 5 a 10 minutos de preferência 2
vezes ao dia. Ele ajuda da mobilização da secreção
Indicações:
pulmonar.
Condições que cursam com diminuição do volume
pulmonar (p. ex., atelectasia, pneumonia, pós- EXERCICIO COM A FOLHA DE PAPEL
operatório, tempo prolongado no leito) Utilizada em Utilizando uma folha de papel pedimos para o
lactentes, crianças e adolescentes. É adjuvante a paciente realizar com expiração com força.
terapia de remoção de secreção brônquica.
EXERCICIO PARA ASSOPRAR A LUVA
Contraindicações: Com a utilização de uma luva presa a um copo plástico
Hiper insuflação pulmonar Pneumotórax não drenado. com um pequeno furo para o canudo, pedimos uma
Falta de compreensão Instabilidade hemodinâmica. para o paciente realizar uma expiração.
Derrame pleural puncionável ainda não puncionado.
FRENO LABIAL
Desconforto respiratório.
Esse exercício tem como objetivo aumentar e diminuir
Pneumotórax não drenado
a frequência respiratória, melhorando a oxigenação
Instabilidade hemodinâmica Desconforto respiratório.
por manutenção de pressão positiva nas vias aéreas
Distúrbios ósseos, como osteoporose e osteopenia da
prematuridade Padrões Ventilatórios:
Instabilidade torácica (pós-opera tórios de cirurgias É o número de movimentos respiratórios num espaço
torácicas e abdominais) de tempo, existem dois tipos de movimentos
Pós-operatório de cirurgia traqueoesofágica -Trauma respiratórios, torácico(costal) e abdominal
de face. (diafragmático).
Incapacidade de deglutição Tosse ineficaz.
O volume Corrente (VC) é um marcador importante
Manobra de Reexpanção Pulmonar: do padrão Ventilatório
Exercícios Diafragmáticos
A ventilação com aumento excessivo do VC chama-se reserva inspiratória.
hiperpneia, enquanto a ventilação com redução do VC
Indicações:
denomina-se hipopneia
Situações de redução de volume pulmonar, como em
O ritmo ventilatório normal tende a ser regular, ou atelectasias, doenças neuromusculares, pós-
seja, com VC e FR variando pouco e sem pausas operatório de cirurgias torácicas e abdominais, e
inspiratórias ou expiratórias. também para prevenção dessas complicações.

Padrões Ventilatórios Patológicos: Contraindicações:


Cheyne-Stokes. Recomenda-se o uso a partir de 3 anos de idade.
Biot. Observar se o paciente tem capacidade para mobilizar
Kussmaul. volumes inspiratórios e fazer manutenção do exercício
Ventilação Apnêustica. (capacidade vital maior que 10 mL/kg); observar se
Gaspin. apresenta sinais de dispneia ou fadiga muscular
Ventilação Paradoxal. durante o treinamento.

Recursos Mecânicos para a Reexpansão Pulmonar: Voldyne


Flutter e Shaker.
EPAP.
Respiron ou Triflow.
Voldyne 2500.
liniflo Coach
Spiroboll.

Incentivadores Respiratórios:
Inspirômetros de Incentivo: Os Inspirômetros de
incentivo ou incentivadores respiratórios
compreendem recursos mecânicos que estimulam o
paciente a realizar inspirações profundas para
aumentar a ventilação alveolar, utilizando a Spiroball:

respiração em esforços inspiratórios, com o objetivo


de aumentar a capacidade inspiratória e o volume de

Respiron

Incentivadores Respiratórios:
Respiração com Pressão Positiva Intermitente (RPPI):

Clinifor

Pressão Positiva Expiratória nas Vias Aéreas (EPAP):


Coach
PEP Bottle ou Selo D’água:

Indicações:
Com diminuição do volume pulmonar (p. ex., atelectasia, pneumonia, pós-operatório, tempo
prolongado no leito) Adjuvante à terapia de remoção de secreção brônquica. Utilizada em
lactentes, crianças e adolescentes.

Contraindicações:
Derrame pleural puncionável ainda não puncionado Instabilidade hemodinâmica, Instabilidade
torácica (pós-operatório de cirurgias torácicas e abdominais), pós-operatório de cirurgia
traqueoesofágica, trauma de face, Incapacidade de deglutição. Tosse ineficaz.

Diferenças anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório na pediatria


e cuidados da fisioterapia respiratória

Desenvolvimento do sistema respiratório: Morfogênese (antes do


nascimento); Adaptação a respiração atmosférica (nascimento); Crescimento
físico (pós-natal).

Morfogênese

• 4 semana início do sistema respiratório.


• 5 e 16 semanas período pseudoglandular caracterizada pela ausência
de bronquíolos e alvéolos, traqueia e intestino separam-se, e forma-se o
diafragma.
• 16 e a 25 semanas período canalicular formação dos bronquíolos e
tecido pulmonar, altamente vascularizado, e a hematose passa a ser
possível.
• 26 e 35 semanas período sacular formação de alvéolos primitivos e os
capilares estabelecem contato íntimo permitindo as trocas gasosas
adequadas.
• 35 semanas período alveolar início da formação dos alvéolos é muito
variável (26 -35 semana), mas desde a 32 semana estão presentes e
continuam seu desenvolvimento e crescimento depois do nascimento.
Adaptação a respiração atmosférica

Ao nascimento dá-se transição para a respiração atmosférica (pulmonar)

Transformação neuroendócrina que se caracteriza pelo aumento de produção


de glicocorticóides, hormonas tiroideias e a diminuição de produção de insulina,
hiperglicemia, cetose e androgénios estimulam o papel secretor dos alvéolos
com produção de surfactante

Desenvolvimento pós natal

Ocorre aumento de alvéolos até aos 8 anos de idade

Area de superfície alveolar é de 2,8 m²

Criança está mais propensa a atelectasias

Crescimento de vias aéreas distais são mais lentos do que das vias aéreas
proximais durante os primeiros 5 anos

Ocorre a síndrome adaptativa

Diferenças anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório

Vias aéreas superiores: Face e mandíbula são pequenas; Língua de


localização mais alta e relativamente grande; Tecidos da base da boca são
facilmente compressíveis

• Vias aéreas de menor calibre


• Até 4/5 meses realiza uma respiração nasal
• Vasos linfáticos mais desenvolvidos

Nasofaringe

• Contribui para até 25% da resistência total


• Cabeça relativamente grande
• Flexão excessiva
• Obstrução das vias aéreas

Laringe

• Laringe alta, em funil (entre c3-c4)


• Crinoide estreita
• Diâmetro diminuído (entre 3-4 mm)
• Mucosa fina e friável
VIAS AÉREAS INFERIORES

Alvéolos

• Area alveolar reduzida (de 15 a 20 milhões – 3 a 4 m²


• Redução da capacidade de difusão o2/co2
• Reserva pulmonar limitada
• Sistema tampão menos eficaz

Ventilação colateral (poros de Kohn e Lambert): Redução de canais para


ventilação colateral

Fatores fisiológicos

• Fase do sono REM (bebe de 3 meses cerca de 40%)


• Relaxa a musculatura intercostal
• Aumenta a distorção da caixa torácica
• Reduz a capacidade residual funcional
• Aumento em torno de 250% da resistência das vias aéreas
• Dificultando o trabalho respiratório

Tipos de fibras (diafragma e intercostais)

➢ Fibras tipo 1 Oxidativo resistente a


fadiga

➢ Fibras tipo 2 Glicolítico não resiste a


fadiga

Caixa torácica
• Formato circular
• Costelas mais horizontalizadas
• Alta complacência
• Arcabouço mais cartilaginoso
• Não realiza o movimento torácico
adequado (alça de balde)

ZONA DE APOSIÇÃO
Cuidados da fisioterapia respiratória
Posicionamento e manuseio do recém-nascido: RN tende a ficar com a cabeça
em flexão por conta do peso e hipotonia cervical, consequentemente pode
ocorrer a obstrução de vias aéreas superiores, portanto é indicado que
mantenha-o em leve extensão.

Intubação: A principal diferença anatômica que deve ser considerada, é a


redução do diâmetro da laringe quando comparado ao adulto, isto torna a
intubação mais difícil, necessitando-se além de experiência, técnica e cuidado
ao se realizar o procedimento, será necessário também materiais adequados
para o RN.
Cuidados da fisioterapia respiratória

Manobras de higiene brônquica, Aspiração, Reexpansão Pulmonar


Diferenças a serem consideradas: fragilidade da caixa torácica, músculos que
atuam no ciclo respiratório pouco desenvolvidos, portanto é necessário tomar
os devidos cuidados com as técnicas utilizadas, não usar excesso de força.

Aspiração: A mucosa da via superior é sensível, podendo ser facilmente


traumatizado.

Reexpansão pulmonar: Considerar a fragilidade das estruturas respiratórias,


tomar o devido cuidado com escolhas e aplicações de técnicas.
EPAP/CEPAP: Ultiliza-se uma máscara facial ou bucal, por isso necessário o
cuidado com a pressão exercida na colocação da máscara, deve estar bem
vedada para evitar o escape de ar e ao mesmo tempo evitar possíveis traumas.

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