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TUTORIA 2º PERÍODO – MEDICINA FATRA

Módulo 1.CASO 05

IDENTIFICAÇÃO:
José da Silva, 71 anos, viúvo, católico, natural de Estrela do Sul-MG onde morou por 36
anos, residente em São Paulo-SP a partir de então. Trabalha como Pedreiro.

QUEIXA PRINCIPAL: “Tosse com sangue há 3 dias”


HMA: Paciente, acompanhado da filha, refere que há vários meses apresenta tosse seca
associada a dispneia progressiva, inicialmente aos grandes esforços evoluindo nas
últimas semanas para médios esforços e que, há 3 dias, percebeu evolução para
hemoptises, com relato de 8 episódios desde então. Informa hemoptises episódicas com
resolução espontânea, de pequeno volume, percebendo a presença de sangue no escarro,
e percebe que após acordar há piora do quadro.
Paciente não faz acompanhamento médico e nega uso de qualquer medicação. Relata
que morou até os 36 anos em ambiente rural no interior de Minas Gerais, onde relata ter
sido exposto a fogão à lenha durante todo período, quando mudou-se para São Paulo e
iniciou atividade laboral na construção civil. Informa que faz uso de bebida alcoólica
diariamente (Pinga – cerca de 500mL) e que é tabagista desde a infância (CT 90 anos-
maço).
A filha informa que tem percebido que o pai apresentou perda ponderal expressiva nos
últimos meses, mesmo mantendo hábitos alimentares usuais.
Paciente negou necessidade de hospitalizações prévias, e informa que trata seus
problemas de saúde com ervas que cultiva no quintal. Negou demais queixas.

ECTOSCOPIA:
Regular Estado Geral, Consciente e orientado, anictérico, acianótico, afebril.

DADOS VITAIS:
FC: 101bpm | PA: 170x61mmHg | FR 26irpm | SpO2 86% em ar ambiente | DXT 174

EXAME FÍSICO RESPIRATÓRIO:


- MVF+ bilateralmente, ausente em base direita, discretos sibilos difusos e creptos em
porção média direita. Leve esforço respiratório
Foi solicitada uma radiografia de tórax com o seguinte achado:
Laudo: Infiltrado grosseiro em terço médio direito, associado a importante derrame
pleural ipsilateral.

Diante do quadro clínico, o médico responsável considerou hipótese de neoplasia


pulmonar, e seguiu a investigação solicitando exames laboratoriais, toracocentese e
tomografia de tórax.
CASO 03- NEOPLASIA PULMONAR
Termos desconhecidos:
• Tosse seca-
• Dispneia- falta de ar;
• Hemoptises- tosses com sangue;
• Perda ponderal-perda de peso;
• Anictérico- (A:NÃO) amarelo
• Acianótico- Ponta os dedos roxas;
• Afebril- sem febre;
• Ectoscopia- exame físico geral;
• CT- carga tabagica.

Esculta
• MVF- murmúrio vesicular fisiológico (faz parte da escuta pulmonar);
• DXT- Hemoglucoteste/glicemia capilar (teste que faz um furinho no dedo);
• Sibilos difusos- alteração da alsculta pulmonar (ouço o murmúrio, sons que nao
deveriam estar ali_ruídos adventícios) sibilos parece um assobio.
• Creptos- crepitação ou estertores (bolhas estourando/barulho de raspar um
cabelo no outro);
• Ipsi lateral- uma maneira de nos guiar no exame clinico, paciente tem uma bolha
na perna direita e uma lesão no braço esquerdo= ipsi contra lateral.
Ipsi lateral é duas lesões do mesmo lado, contra lateral duas lesos em lado diferente
(dor, esq);
• Toracocentese- Tira o liquido para analise laboratorial quanto para alivio, é uma
punção por agulha.
ABERTURA DE CASO CLÍNICO- página 1462 guyton

FATORES DE RISCO

• Exposição ao fogão a lenha;


• Tabagismo;
• Profissão: Pedreiro (exposição a poeira e outros materiais;
• Idade;
• Tratamento com ervas medicinais (possível toxicidade);
• Perda de peso.

SINAIS E SINTOMAS

• Hemoptiase à 03 dias (08 episódios);


• Tosse seca e dispneia associada ao esforço;
• Sangue no escarro;
• Pressão arterial alta;
• Frequência respiratória alta;
• Oxigenação sanguínea baixa;
• Perda de peso;
• Glicemia alta (capilar);
• Murmúrio vesicular: na base direita do pulmão direito negativa e na posição
media direita discreto sibilo difuso e creptos.

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Adrenalina no pulmão
RELATÓRIO

1. Explique como é a fisiologia pulmonar. Como diferenciar um pulmão


normal de um alterado?

As funções principais da respiração são prover oxigênio aos tecidos e remover o


dióxido de carbono. A fim de alcançar tais objetivos, a respiração pode ser dividida
em quatro componentes principais: (1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e
o efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; (2) difusão de oxigênio
(O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue; (3) transporte de
oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com
as células de todos os tecidos do corpo; e (4) regulação da ventilação e outros
aspectos da respiração.
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: (1) por
movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade
torácica; e (2) por elevação e depressão das costelas para elevar e reduzir o
diâmetro anteroposterior da cavidade torácica.
A respiração tranquila e normal é realizada quase inteiramente pelo primeiro método,
isto é, pelos movimentos do diafragma. Durante a inspiração, a contração
diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Depois, na
expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da
parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar.
Durante a respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são poderosas o
suficiente para produzir a rápida expiração necessária; assim, força extra é obtida,
principalmente, pela contração da musculatura abdominal, que empurra o conteúdo
abdominal para cima, contra a parte inferior do diafragma, comprimindo, dessa
maneira, os pulmões.
O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica.
O pulmão é um órgão de forma piramidal, semelhante a uma bexiga, de consistência
esponjosa, cor-de-rosa, localizado na caixa torácica e que faz parte do aparelho
respiratório. O corpo humano possui dois pulmões, divididos em segmentos
chamados de lobos; o pulmão esquerdo tem dois lobos e o direito, três. O direito é
mais espesso e mais largo que o esquerdo e também um pouco mais curto.
Os pulmões são recobertos por uma membrana protetora chamada pleura e
compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Os
bronquíolos são responsáveis pelo transporte de ar da traqueia para o alvéolos. Já
os alvéolos formam o tecido pulmonar e são pequenas bolsas compostas por uma
membrana muito fina cercada de vasos sanguíneos.
O diafragma, músculo envolvido na respiração, separa os pulmões da cavidade
abdominal.
A principal função dos pulmões é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono,
permitindo que o ar que respiramos entre em contato com o sangue que circula no
corpo. Esse contato possibilita uma troca gasosa essencial para a vida e consiste,
basicamente, na absorção do oxigênio pelo sangue a fim de, ligado à hemoglobina,
ser transportado para todas as células do organismo, e na eliminação do gás
carbônico, que as células produziram para gerar energia.
Para realizar essa troca, o pulmão é composto de uma membrana muito fina, a
membrana alveolar, que separa aproximadamente 1 litro de sangue de 5 litros de ar.
Se essa membrana fosse estendida como um tapete, atingiria o tamanho de uma
quadra de tênis.
O cigarro e a poluição são os maiores responsáveis pelo aparecimento de doenças
respiratórias que podem danificar os pulmões.
Quando o pulmão não está saudável, por outro lado, é mais difícil ter uma sensação
de bem-estar e os outros órgãos também podem sofrer impactos.
Os sintomas variam de acordo com o tipo específico de doença pulmonar que o
paciente possui.
Nem todos apresentam os mesmos sintomas e alguns sinais de doença pulmonar
podem só surgir depois de algumas semanas ou meses que o paciente possui a
doença.
De modo geral, alguns sintomas de doença pulmonar incluem:
• tosse;
• produção excessiva de catarro;
• secreção nasal;
• eliminação de catarro com sangue;
• tosse com sangue;
• pigarro;
• dificuldades para respirar;
• respiração ofegante ou curta;
• respiração ruidosa;
• falta de ar;
• chiados no peito;
• dor no peito;
• sensação de peito pesado.
Um teste de espirometria verifica se os seus pulmões são saudáveis e pode ser
utilizado para ajudar a diagnosticar e monitorizar doenças pulmonares. Neste
exame, terá de expirar o máximo de ar possível, com a maior força possível, para
um dispositivo chamado espirómetro.
Porque a tosse do paciente tende a piorar pela manhã?

É comum que sinta a tosse piorar em momentos específicos do dia, como a manhã e
à noite.
Nesses dois casos, há um elemento comum responsável por agravar o quadro: a
gravidade.
Isso porque, quando estamos deitados, além de o nosso corpo reduzir
significativamente a atividade, ele também se coloca em posição horizontal, o que
não facilita o fluxo.
Além disso, outros fatores podem aumentar de tosse ao acordar, tais como:
• presença de agentes irritantes parados na garganta por falta de movimento
e atividade;
• inchaço das paredes da garganta;
• refluxo gastroesofágico que causa irritação do estômago, esôfago e pode
chegar até a garganta;
• presença de alérgenos no quarto (como ácaros, poeira, etc);
• acúmulo de catarro (processo que tende a ocorrer na posição horizontal).

Pq a secreção fica acumulada?


Esses pacientes perdem a motilidade e a disponibilidade de cílios, as nossas células
(quais) produzem o muco e joga nos brônquios e os cílios fazem o movimento de
saída, ele bate pra cima e o muco vai subindo, se tiver muco demais, a carina
estimula tosse.

Tipo histológico do epitélio pulmonar?


Pseudoestraficadociliado …..
Qual o motivo da hemoptiase, como causou?

A hemoptise é o termo médico que significa cuspir, escarrar ou tossir sangue. Assim
hemoptise se refere à saída de sangue da via respiratória (brônquios ou pulmões).
Pode estar acompanhada ou precedida de tosse, que evolui com a expectoração ou
exteriorização do sangue pela boca, em quantidades variáveis.
A maior parte do sangue dos pulmões (95%) circula pelas artérias pulmonares de
baixa pressão e termina no leito capilar pulmonar, no qual acontece a troca gasosa.
Cerca de 5% do suprimento sanguíneo circulam pelas artérias brônquicas de alta
pressão, que se originam da aorta e suprem as vias respiratórias principais e as
estruturas de sustentação. Em geral, o sangue na hemoptise é oriundo dessa
circulação brônquica, exceto quando as artérias pulmonares são lesionadas por
trauma, erosão por tumor ou linfonodo granulomatoso ou calcificado, ou, raramente,
por cateterismo arterial pulmonar, ou quando os capilares pulmonares são
comprometidos por inflamação.
O sangue que inunda a árvore brônquica pode se originar da rede vascular
espalhada dentro do tecido pulmonar, isto é, do sistema arterial brônquico e do
sistema arterial pulmonar. O sangramento do sistema brônquico resulta da
neoformação vascular sistêmica (sistema de alta pressão), a qual é induzida por
doença inflamatória pulmonar ou por defeito no sistema arterial pulmonar. O sangue
irrompe pelo ramo arterial por erosão ou rompimento da parede muscular. A árvore
arterial pulmonar é diferente (da baixa pressão) da arterial brônquica. O
sangramento desse sistema arterial ocorre por necrose do vaso, como, por exemplo,
na pneumonia necrosante, no câncer de pulmão e na aspergilose intracavitária. Esse
tipo de sangramento não responde bem ao tratamento com soro gelado ou drogas
instiladas na árvore brônquica
História Clínica
Apesar de pouco específicos no auxílio do diagnóstico etiológico e na localização
exata do sítio de sangramento, alguns dados de história clínica podem ser úteis para
direcionar melhor a investigação. A instalação abrupta de dispneia, hipoxemia e
anemia torna obrigatória a investigação de HA.

O paciente tem antecedentes de doença pulmonar, cardíaca ou renal?


A presença de alteração prévia em qualquer um destes órgãos deve priorizar a
investigação no órgão acometido. Lesões concomitantes em pulmão e rim podem
estar relacionadas a vasculites sistêmicas e sua investigação é prioritária.

O paciente é fumante?
Apesar de o tabagismo estar relacionado a várias doenças pulmonares e cardíacas,
a principal patologia a ser descartada no paciente tabagista com hemoptise é a
neoplasia de pulmão.

O paciente já apresentou outros episódios de hemoptise?


A hemoptise recorrente geralmente está relacionada a processos crônicos, como
insuficiência cardíaca congestiva, ou a doenças que ocorrem em surtos. como
vasculites pulmonares.

Tem sintomas pulmonares ou infecciosos precedendo o sangramento?


Pacientes com infecção bacteriana do parênquima pulmonar podem apresentar
sangramentos. Somente após o tratamento correto da infecção é possível diferenciar
se a hemoptise foi causada pela infecção ou por qualquer outra alteração estrutural
ou patológica.

Tem história de lesões cutâneas?


Lesões cutâneas, principalmente se associadas a disfunção renal e sinusopatias,
devem direcionar a investigação para vasculites sistêmicas.

Paciente viajou a alguma região endêmica para doenças infectocontagiosas?


Qualquer agente que porventura cause infecção pulmonar pode cursar com
hemoptise, seja ela bacteriana, viral, fúngica ou micobacteriana. Por isso, a
anamnese bem feita deve incluir viagens recentes a possíveis regiões endêmicas ou
epidêmicas para doenças infectocontagiosas. No Brasil, devemos sempre
considerar a hipótese de tuberculose pulmonar.

Tem exposição a asbesto?


A exposição ao asbesto pode causar doenças pulmonares e pleurais diversas,
principalmente asbestose, placas pleurais e mesotelioma pleural. Apesar de
pequena incidência, pode ocorrer hemoptise secundária a estas patologias.

Usou ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios não-hormonais ou


anticoagulantes?
Medicações que interferem na função plaquetária ou na coagulação do paciente
podem ser responsáveis por episódios de sangramento pulmonar, principalmente em
situações de alteração da permeabilidade da membrana alveolocapilar e aumento da
pressão hidrostática na circulação pulmonar.

Tem queixas ou história prévia de sintomas de vias aéreas superiores ou


gastrintestinais?
Estes dados são fundamentais na tentativa de excluir outros sítios de sangramento
que não o pulmão.
Qual a relação com a perda de peso? Como causou?

Devido ao estágio avançado da doença primária, muitos pacientes podem


apresentar sintomas gerais como perda de peso, anorexia, caquexia e/ou
adenomegalias.

Segundo o ‘’Vence Onco: Site de oncologia’’, as células cancerígenas demandam


muita energia para se multiplicarem e fazem isso de forma acelerada. Assim,
atrapalham várias funções do organismo, inclusive o aproveitamento dos nutrientes
consumidos pela alimentação.
Para entender melhor, saiba que, por meio do sangue que circula, todos os órgãos,
tecidos e células recebem oxigênio e nutrientes. Contudo, com o câncer, temos
“invasores” e precisamos dividir ainda mais as substâncias nutridoras.
É como se um convidado extra chegasse para o jantar. Dessa forma, o corpo perde
peso e também surge o cansaço extremo, mais um sintoma comum do câncer.

Outra explicação na mira dos cientistas:


Os pesquisadores do Departamento de Bioengenharia da Universidade Norueguesa
de Ciência e Tecnologia (NTNU) chegaram a outra possível explicação para a perda
de peso no câncer. Analisando as condições clínicas de pacientes com tumores
malignos nos pulmões, eles perceberam que o sangue dessas pessoas continham
substâncias inflamatórias, como altos níveis de interleucina e citocinas. Essas
moléculas estimulam a autofagia, que é a autodestruição das células corporais,
inclusive das que formam os músculos.
Após o diagnóstico do câncer, a perda de peso continua e está bastante associada à
falta de apetite.
DPOC justifica.
Fisiologia da hipoxemia.

A hipoxemia é uma condição médica caracterizada pela baixa concentração de


oxigênio no sangue arterial. Isso significa que a quantidade de oxigênio transportada
pelo sangue para os tecidos e órgãos do corpo está abaixo dos níveis considerados
normais.
A oxigenação adequada é essencial para o funcionamento saudável das células e
tecidos. Isso ocorre pois o oxigênio é necessário para o metabolismo celular e a
produção de energia.
A fisiopatologia da hipoxemia envolve uma série de processos complexos que
podem ocorrer nos sistemas respiratório, cardiovascular e sanguíneo.
Nos pulmões, o processo de troca gasosa ocorre nos alvéolos pulmonares. Esses
alvéolos são pequenos sacos de ar nos quais o oxigênio é transferido dos alvéolos
para os capilares sanguíneos adjacentes. Qualquer distúrbio que prejudique essa
troca gasosa, como pneumonia, edema pulmonar ou fibrose pulmonar, pode levar a
uma diminuição da oxigenação do sangue.
Etiologia da neoplasia pulmonar.
A causa mais importante do câncer de pulmão, responsável por cerca de 85% dos
casos, é:
• Tabagismo: o risco de câncer difere de acordo com a idade, intensidade e
duração do tabagismo.
O risco de câncer de pulmão aumenta com a exposição combinada a toxinas e
tabagismo. Outros fatores de risco confirmados ou possíveis incluem poluição
atmosférica, fumar maconha, exposição a tabagismo passivo e a agentes
carcinógenos (p. ex., amianto, radiação, arsênio, cromatos, níquel, éteres
clorometílicos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, gás mostarda ou emissões
de coqueria, fumaça de cozimento primitivo ou fornos de aquecimento em cabanas).
Ainda é necessário determinar o risco de pulmonar associado a sistemas eletrônicos
de entrega de nicotina (p. ex., cigarros eletrônicos), embora se acredite que os
produtos da combustão do tabaco sejam os principais carcinógenos.
O risco de câncer cai após a cessação do tabagismo, mas nunca retorna ao risco
inicial de pessoas que nunca fumaram. Cerca de 15 a 20% das pessoas que
desenvolvem câncer de pulmão nunca fumaram ou fumaram minimamente.
A exposição ao radônio doméstico aumenta o risco de câncer de pulmão e é a
segunda principal causa de câncer de pulmão nos Estados Unidos (2).
A inflamação crônica aumenta o risco de muitos tipos de câncer, incluindo câncer de
pulmão. Suspeita-se também que a doença pulmonar obstrutiva crônica (doença
pulmonar obstrutiva crônica), a deficiência de alfa1-antitripsina e a fibrose pulmonar
aumentem a suscetibilidade ao câncer de pulmão. As pessoas cujos pulmões são
afetados por outras doenças pulmonares (p. ex., tuberculose) têm potencialmente
maior risco de câncer de pulmão. Além disso, pessoas que são fumantes ativos e
também tomam suplementos de betacaroteno podem ter maior risco de desenvolver
câncer de pulmão.
Fatores genéticos
As células epiteliais respiratórias necessitam de exposição prolongada às
substâncias desencadeadoras de câncer e acúmulo de múltiplas mutações
genéticas antes de se tornarem neoplásicas (um efeito chamado cancerização de
campo).
Tipos de ausculta pulmonar.
Sons respiratórios normais
Os sons respiratórios normais são os ruídos produzidos pela passagem do ar pelas
vias aéreas durante a respiração. Eles podem ser divididos em três tipos principais:
• Som traquel
• Brônquico
• Broncovesicular
• Murmúrio vesicular
• Som traqueal
• Audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal. Origina-
se da passagem de ar da fenda glótica e na própria traqueia.
• Há componente inspiratório – composto por ruído soproso, um pouco rude – e
expiratório – ruído forte e prolongado que ocorre após curto intervalo silencioso.
• Som brônquico
• Som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na
face anterior do tórax, nas proximidades do esterno.
• Assemelha-se ao som traqueal, diferenciando-se dele apenas por ter
componente expiratório menos intenso.
• Som broncovesicular
Somam-se características do som brônquico com murmúrio vesicular. Desse modo,
intensidade e duração da inspiração e expiração são de igual magnitude, ambas um
pouco mais forte que murmúrio vesicular, mas sem alcançar a intensidade do som
brônquico.
Em condições normais, é auscultado na região esternal superior,
interescapulovertebral superior e no nível da terceira e quarta vértebras dorsais.
Em outras regiões, indica condensação pulmonar, atelectasia por compressão ou
presença de caverna, ou seja, mesmas condições que originam som brônquico.
Para que surja esse som é necessário que na área lesionada haja alvéolos mais ou
menos normais capazes de originar o som vesicular.
Murmúrio vesicular
Os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são causados pela
turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das bifurcações
brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos
ou alvéolos, ou vice-versa.
O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade mais alta
em relação ao componente expiratório que, por sua vez, é mais fraco, de duração
mais curta e tonalidade mais baixa. Não há intervalo silencioso entre inspiração e
expiração, como no som traqueal.
Ao comparar-se o murmúrio vesicular com o som brônquico, nota-se que o murmúrio
vesicular é mais fraco e suave. Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o
tórax, com exceção nas regiões de sons brônquicos e broncovesicular. Entretanto, é
mais forte na parte anterossuperior, axilas e regiões infraescapulares. Sofre
variações em sua intensidade na dependência da amplitude dos movimentos
respiratórios e da espessura da parede torácica, sendo mais débil nas pessoas
musculosas ou obesas.
A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de presença de ar
(pneumotórax), líquido (derrame pleural) e tecido sólido na cavidade pleural
(espessamento pleural); enfisema pulmonar, dor torácica que impeça ou diminua a
movimentação torácica, obstrução das vias aéreas superiores (espasmo ou edema
de glote, obstrução da traqueia), oclusão parcial ou total de brônquios ou
bronquíolos.
Pode haver alteração do murmúrio vesicular chamada prolongamento da fase
expiratória, que, em condições normais, é mais curta e suave que fase inspiratória.
Esse prolongamento aparece na asma brônquica em crise e na DPOC avançada,
traduzindo dificuldade de saída de ar.

Sons ou Ruídos Anormais


Os sons ou ruídos anormais que podem ser auscultados durante a respiração
indicam a presença de alterações nas vias aéreas, pulmões ou pleura.
Aqui estão alguns dos sons respiratórios anormais mais comuns:
• Descontínuos
• Contínuos
• Descontínuos
• São representados pelos estertores, ruídos audíveis na inspiração ou expiração,
superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem ser crepitantes (finos) ou
subcrepitantes (grossos).
• Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração e têm
frequência
alta, isto é, são agudos. Curta duração. Não se modificam com a tosse. Podem ser
comparados ao ruído produzido pelo atrito dos fios de cabelo. Auscultados
principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade quando
originados por congestão pulmonar.
Estertores finos são produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórios
anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de líquido ou
exsudato no parênquima pulmonar – isso explica a presença de estertores finos na
pneumonia e congestão pulmonar da IVE – ou por alteração no tecido de suporte
das paredes brônquicas – doenças intersticiais pulmonares.
Os estertores grossos, bolhosos ou subcrepitantes têm frequência menor e maior
duração que os finos. Podem desaparecer com tosse e são audíveis em todo o
tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. Surgem por
causa da abertura e fechamento de vias respiratórias contendo secreção viscosa e
espessa, bem como pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes
brônquicas. Comuns na bronquite crônica e bronquiectasias.
O que causa derrame pleural? Quais são seus sintomas?

Derrame Pleural: Coleção de Grandes Quantidades de Líquido Livre no Espaço


Pleural. O derrame é análogo ao líquido do edema nos tecidos, e pode ser chamado
“edema da cavidade pleural”. As causas do derrame são as mesmas causas do
edema em outros tecidos incluindo:
• bloqueio da drenagem linfática da cavidade pleural;
• insuficiência cardíaca, que causa pressões capilares periférica e pulmonar muito
altas, levando à excessiva transudação de líquidos para a cavidade pulmonar;
• diminuição acentuada da pressão coloidosmótica do plasma, permitindo a
transudação excessiva de líquidos;
• infecção ou qualquer outra causa de inflamação nas superfícies da cavidade
pleural, que aumenta a permeabilidade das membranas capilares e permite o
rápido acúmulo de proteínas plasmáticas e de líquido na cavidade.

As causas mais comuns dos derrames pleurais são a falta de algumas proteínas que
ajudam a manter a água dentro dos vasos sanguíneos e a obstrução de canais
responsáveis pelo escoamento do líquido pleural.

Sintomas do derrame pleural


Os sintomas do derrame pleural podem variar bastante. Os mais característicos são:
• Falta de ar (dispneia), mesmo em repouso;
• Cansaço ao realizar esforços;
• Dor para respirar, especialmente nas inspirações profundas (a chamada dor
pleurítica).
• Em casos mais graves, pode ocorrer uma elevação entre as costelas, como se a
pele estivesse sendo empurrada de dentro para fora.
• Como o derrame pleural pode estar relacionado a diversas condições, outros
sintomas, como febre, podem estar presentes devido ao problema que originou
o derrame.
Qual a relação dos fatores ambientais (fogão a lenha, pedreiro, poeira,
cigarro,álcool)? O que acontece com o pulmão?

O desenvolvimento de doença pulmonar ambientalmente induzida em um indivíduo é


uma função da toxicidade da substância inalada, da intensidade e duração da
exposição, e da suscetibilidade fisiológica e biológica do hospedeiro. O estado físico
da substância inalada (p. ex., sólido, fumaça ou mistura), como também a
solubilidade e as dimensões aerodinâmicas, são as principais características
determinantes do sítio inicial de atividade da doença.
Embora o trato respiratório seja bastante resiliente, diante da pletora de agentes que
encontra no meio ambiente, pode haver quebra do mecanismo de depuração
alveolar se o indivíduo for exposto a partículas altamente concentradas sob
determinadas condições de trabalho, ou se a exposição ocorrer durante o trabalho
vigoroso, quando a ventilação minuto está aumentada e o indivíduo tende a respirar
pela boca. Dependendo da solubilidade e reatividade da substância inalada, ocorrem
reações agudas ou crônicas à medida que as partículas se depositam sobre a
superfície alveolar. Reações agudas com edema ou inflamação associada, ou,
ainda, reações mais crônicas, caracterizadas por fibrose ou formação de granuloma,
foram demonstradas após a inalação de muitos agentes ambientais.
Vários fatores podem tornar os indivíduos mais suscetíveis às toxinas inaladas no
local de trabalho. Entre estes fatores, estão as tendências genéticas relacionadas à
inflamação e fibrose; a habilidade de eliminar substâncias presentes no trato
respiratório inferior; a presença de doenças pulmonares coexistentes; e os efeitos de
exposições concomitantes (p. ex., fumaça de cigarro).
A doença pulmonar ocupacional e ambiental pode ser desafiadora, em termos de
estabelecimento do diagnóstico, e até mais difícil de estudar do ponto de vista
epidemiológico, devido ao intervalo de tempo decorrido entre a exposição e a
manifestação clínica da doença, que em muitos casos varia de anos a décadas.
Uso de fogão a lenha
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os prejuízos causados
pelos fogões à lenha são devido a queima da lenha, os derivados dessa combustão
como monóxido de carbono,benzopireno, hidrocarbonetos e fuligem . “Diariamente,
e durante horas, mulheres e crianças respiram uma quantidade de fumaça
equivalente a fumar dois maços de cigarro por dia”, disse a OMS.
O uso diário do fogão a lenha pode provocar doenças respiratórias e até levar ao
óbito. “A fumaça emitida pelos fogões à lenha provocam uma série de doenças, já
que as micropartículas invisíveis são absorvidas pelos pulmões. A depender do grau
de complicação, o individuo pode sim vir a óbito”, explicou a pneumologista Laís
Chaves.

Bebida alcoólica em excesso


De acordo com a UFMG, pessoas que consomem bebida alcoólica em excesso têm
maior risco de contrair doenças respiratórias infecciosas que atingem os pulmões e
são causadas por agentes nocivos como vírus, bactérias e fungos. Em pesquisa de
doutorado realizada no Programa de Pós-graduação em Genética, vinculado ao
Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, a pesquisadora Nathália Oliveira
demonstrou, pela primeira vez, a maneira como o consumo de álcool afeta o sistema
de defesa do organismo humano em meio a uma pneumonia.
Por meio de testes em camundongos, o estudo descobriu que o consumo crônico de
álcool prejudica a ação das células de defesa, os neutrófilos, que se tornam menos
reativos aos sinais inflamatórios e menos efetivos no combate aos agentes
infecciosos.

TABACO
A infecção respiratória é caracterizada pela redução da defesa do pulmão
ocasionada pela atuação de substâncias contidas no cigarro. O pulmão fica mais
suscetível a contrair vírus e bactérias, principalmente crianças que convivem com
pessoas que fumam, levando a gripes, bronquites e até pneumonia”.
O que é uma acidose respiratória?

Página 1127 Livro- Guyton

As anormalidades na respiração podem também causar mudanças na concentração


de H+. Por exemplo, o comprometimento da função pulmonar, como no enfisema
grave, diminui a capacidade dos pulmões de eliminar CO2, o que provoca um
acúmulo de CO2 no líquido extracelular e uma tendência à acidose respiratória.
Além disso, a capacidade de responder à acidose metabólica fica comprometida,
pois as reduções compensatórias da Pco2, que normalmente ocorreriam por meio de
aumento da ventilação, estão prejudicadas. Nessas circunstâncias, os rins
representam o único mecanismo fisiológico remanescente para fazer o pH retornar
ao normal depois de já ter ocorrido o tamponamento químico inicial no líquido
extracelular.
O diagnostico do médico foi de neoplasia pulmonar, o que é e o que causa?

Neoplasia é o nome genérico dado a um tumor que surge em razão do aumento do


número de células de forma anormal. As neoplasias podem ser benignas ou
malignas.
As benignas (tumores benignos) têm crescimento lento, limites (margens) nítidos,
não invadem tecidos próximos e não se espalham. As neoplasias malignas (tumores
malignos ou câncer) crescem rapidamente, têm limites pouco definidos, são capazes
de invadir outros tecidos e se espalham pelo organismo (metástase).
A neoplasia maligna pulmonar (câncer de pulmão) é um tipo de câncer que tem
origem nos pulmões. Em todo o mundo, o câncer de pulmão é a causa principal de
mortes por câncer.
As pessoas que fumam têm risco muito maior de desenvolver um câncer de pulmão
comparado ao não fumante, embora a doença também ocorra em indivíduos que
nunca fumaram.
Os riscos de desenvolver um câncer de pulmão cresce com o número de cigarros
que a pessoa fumou e com o tempo de tabagismo. Se ela largar o cigarro, mesmo
após fumar por muitos anos, o risco de desenvolver câncer de pulmão cai
significativamente.

Quais são as causas da doença?


O tabagismo causa a maior parte dos cânceres de pulmão. Isso vale para fumantes
e quem convive com eles (fumo passivo).
O problema, no entanto, também ocorre em indivíduos que nunca fumaram e
pessoas que nunca foram expostas ao fumo passivo de forma prolongada. Nesses
casos, não costuma haver uma razão clara para a neoplasia pulmonar.
Quais são as hipóteses diagnosticas?

• Diagnósticos diferenciais: Adenocarcinoma, Epidermoide, Câncer de Pulmão de


Células Não Pequenas (CPCNP), Células Pequenas, Células Grandes,
Mesotelioma (Neoplasia Pleural Maligna), Tumor Fibroso Solitário de Pleura
(Neoplasia Pleural Benigna), Pneumoconioses.
• Diagnósticos secundários: Metástase, Síndrome Paraneoplásica, Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Derrame Pleural, Bronquiectasias.

O que é DPOC?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um termo genérico usado para


descrever doenças pulmonares progressivas, incluindo enfisema, bronquite crônica e
asma refratária (não reversível). Esta doença é caracterizada por aumento da falta
de ar. A DPOC é uma doença progressiva e (atualmente) incurável, mas com o
diagnóstico e tratamento corretos, há muitas coisas que você pode fazer para
controlar a DPOC e respirar melhor. As pessoas podem viver por muitos anos com a
DPOC e aproveitar a vida.
PESQUISAR
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• Pesquisar mais sobre anatomia
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• Sistema simpático e parassimpático
• Receptores beta 1 e 2 e correlação com o coração
• o que a adrenalina faz no pulmão (broncodilatação)
• Inalação com adrenalina (asma/bombinha) e
• fisiologia da produção de muco
• Vascularização pulmonar (sistema azidos/mac)
• cílios
• Onde fica as pleuras, como funciona.
• otopneia
• síndrome Comsuptiva: Inflamatória, perda de peso….
• Tipos de derrame pleural, tipo do líquido,
Qual o motivo de deitar o paciente de barriga pra baixo na COVID?
Tira o efeito da gravidade lá de cima e deslocava a hidrostática do pulmão e
conseguia recrutar os alvéolos apicais.
Pq a secreção fica acumulada?
Esses pacientes perdem a motilidade e a disponibilidade de cílios, as nossas células
(quais) produzem o muco e joga nos brônquios e os cílios fazem o movimento de
saída, ele bate pra cima e o muco vai subindo, se tiver muco demais, a carina
estimula tosse.

Tipo histológico do epitélio pulmonar?


Pseudoestraficadociliado…..

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