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Laura da Silva Nunes – ATM 2028/2 1

A = VIA AÉREA + CONTROLE DA CERVICAL


1. Verificar paramentação e uso de EPIs, preparar a sala – temperatura e equipamentos para receber
o paciente;

2. Conferir colar cervical;


3. Apresentação do médico - “eu sou a doutora Laura e vou realizar seu atendimento hoje”;
4. Perguntar o nome do paciente e se ele se lembra do que aconteceu
a. Responde adequadamente = boa perfusão cerebral e via aérea livre
b. Resposta inadequada = redução da perfusão cerebral e via aérea obstruída

5. Inspecionar via aérea


a. Obstrução sólida = pinça de Magil
b. Obstrução líquida = aspirador rígido

6. Elevação do mento e anteriorização da mandíbula: evita queda da base da língua


7. Ofertar oxigênio suplementar para TODOS os pacientes
a. Oxigênio de 10 a 12L/minuto com máscara de Venturi
8. Manutenção da via aérea – ver o que fazer com o paciente para manter sua via aérea pérvia

9. Semiologia cervical
a. Inspeção – busca de hematomas, equimoses, escoriações, orifícios, abaulamentos, turgência
jugular ou desvio de traqueia
b. Palpação ASCENDENTE - com ambas as mãos, buscando crepitações, instabilidades ou
enfisema subcutâneo
10. FECHAR COLAR CERVICAL

VIA AÉREA NÃO-DEFINITIVA VIA AÉREA DEFINITIVA VIA AÉREA CIRÚRGICA


(INTUBAÇÃO)
TUBO OROFARÍNGEO OROTRAQUEAL CRICOTIROIDOTOMIA
MÁSCARA LARÍNGEA NASOTRAQUEAL CRICO POR PUNÇÃO
TRAQUEOSTOMIA

VIA AÉREA NÃO-DEFINITIVA


Modo TUBO OROFARÍNGEO MÁSCARA LARÍNGEA
Função Evita sobreposição da língua frente à epiglote Manejo supraglótico na VA que
dispensa o uso de laringoscópio
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VIA AÉREA DEFINITIVA


Sonda endotraqueal com balonete insuflado abaixo das cordas vocais e conectado a uma fonte de
ventilação assistida, com oxigênio e mantida em posição por meio de fixação
Modo OROTRAQUEAL NASOTRAQUEAL
Função Indicado em apneia Método menos usado,
contraindicado em sinais de fratura
de base do crânio
INDICAÇÕES PARA UMA V.A. DEFINITIVA
1. APNEIA – paciente não respira
2. INCAPACIDADE DE MANUTENÇÃO – incapacidade de manter a perviedade da VA
3. PROTEÇÃO ASPIRATIVA – evita aspiração de conteúdo gástrico ou sangue
4. COMPROMETIMENTO IMINENTE – garantir que não haja obstrução posterior
5. INCONSCIÊNCIA – Glasgow menor ou = a 8
6. INCAPACIDADE DE OXIGENAÇÃO – incapacidade de oxigenação adequada pela m. de
Venturi

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL – SEQUÊNCIA


1. PLANEJAMENTO – ter um plano B
2. EQUIPAMENTOS
3. PRÉ-OXIGENAÇÃO – oxigênio a 100% por 3 minutos
4. MANOBRA SELLICK – compressão da cartilagem cricóide
5. SEDAÇÃO – manter paciente sedado com etomidado ou propofol
6. RELAXAMENTO – relaxamento muscular com succinilcolina
7. INTUBAR – realizar a intubação orotraqueal
8. CUFF E AUSCULTA – insuflar o balonete e conferir a posição do tubo pela ausculta pulmonar
9. SELLICK OFF – interromper a compressão da cricóide
10. VENTILADOR – conectar ao oxigênio, fixar o tubo e ventilar

VIA AÉREA CIRÚRGICA


Alternativa à intubação orotraqueal. Indicada em situações de edema de glote, fratura de laringe,
hemorragia orotraqueal grave ou quando o tubo não puder ser posicionado abaixo das cordas vocais
Modo CRICOTIROIDOTOMIA CRICO POR PUNÇÃO TRAQUEOSTOMIA
Função Mais fácil e menos hemorrágico. Não definitivo. Usado Utilizada apenas
Contraindicado para crianças menores apenas em emergências com quando existe
de 12 anos e em fraturas de laringe. manutenção máxima de 30 contraindicação
minutos de crico
INDICAÇÕES PARA CRICOTIROIDOTOMIA
Qualquer fator que impossibilite a visualização da laringe (pregas vocais)
1. Falha de IOT
2. Edema de glote/distorção da anatomia cervical
3. Traumatismo maxilo-facial extenso
4. Hemorragia profusa

TRAQUEOSTOMIA
1. Indicada em fratura de laringe
2. Indicada para crianças menores de 12 anos
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B = VENTILAÇÃO E RESPIRAÇÃO
1. Inspeção
a. Estática – avaliação da lesão – escoriações e abaulamentos; equimoses e hematomas; orifícios
b. Dinâmica – movimentos respiratórios – simetria, respiração paradoxal
2. Palpação – ascendente, bilateral e comparativa
a. Dor
b. Crepitação
c. Enfisema
3. Percussão – ascendente, bilateral e comparativa
a. Hipertimpanismo – ar
b. Som maciço – sangue
4. Ausculta
a. Pulmonar – avaliação dos murmúrios vesiculares – presentes, ausentes ou diminuídos
b. Cardíaca – avaliação das bulhas e da frequência – abafadas, frequência aumentada ou diminuída

PROCEDIMENTOS
Tipo DRENAGEM EM SELO D’ÁGUA PERICARDIOCENTESE
Indicado para Pneumotórax simples, hipertensivo, aberto e Tamponamento cardíaco
hemotórax
Definição LOCAL: 5º espaço intercostal anterior à linha axilar LOCAL: 2 cm abaixo do apêndice xifóide
média PUNÇÃO: Abbocath 14
ANTISEPSIA: afastar braços, antissepsia (clorexidina) DIREÇÃO: 45° em direção ao ombro
e campo estéril esquerdo
ANESTESIA: com lidocaína no 2º EI acima e abaixo DRENAGEM: acoplar torneira de 3 vias
INCISÃO: paralela, de 2-3 cm (borda superior da ao chegar na cavidade pericárdica
costela inferior)
DIVULÇÃO – pinça de Kraimer
INSPEÇÃO DIGITAL

C – CIRCULAÇÃO E CONTROLE HEMODINÂMICO


Choque, trauma abdominal e pélvico

IMPORTANTE – o que é choque - anormalidade do sistema circulatório que resulta em má perfusão tecidual
e oxigenação tecidual inadequada

Sinais de choque: FRIO – PÁLIDO – TAQUICÁRDICO – HISTÓRICO DE TRAUMA

Choques não-hemorrágicos

1. Neurogênico – lesão medular alta. Perda do tônus simpático: hipotensão sem taquicardia.
2. Obstrutivo – fluxo sanguíneo é bloqueado por um obstáculo mecânico, como tamponamento e
pneumotórax hipertensivo.
3. Cardiogênico – falha da bomba: IAM, ICC, redução do volume sistólico
4. Séptico – raro no trauma; infecção generalizada de difícil controle e grandes repercussões.
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Manejo do choque

1. CHECAR SINAIS VITAIS


2. REPOSIÇÃO VOLÊMICA
a. Coletar AMOSTRA SANGUÍNEA – tipagem, fator RH, toxicológico e Beta HCG antes de infundir
b. Acesso: Abbocath 18 na veia anticubital/safena interna/jugulares/criança: 2º intraósseo
c. RINGER LACTATO – 1L aquecido a 39°C no microondas. Criança: 20ml/Kg
d. Sangue: somente se necessário, aquecido a 39°C em banho-maria

3. DÉBITO URINÁRIO – normal: 0/5 a 1Ml/Kg/hora


a. Avalia a resposta do paciente em relação à reposição volêmica
b. SEMPRE descartar a primeira urina
4. TRANSFUSÃO MACIÇA
a. 10 concentrados de hemácias adulto (CHAD) em 24h ou 4 CHADS em 1 hora
b. Obs.: pacientes que receberam muito sangue podem desenvolver coagulopatia

TRÍADE DA MORTE: ACIDOSE METABÓLICA + HIPOTERMIA + COAGULOPATIA

5. Controle da hemorragia
a. HEMORRAGIA EXTERNA: comprimir sem trocar a primeira compressa
b. HEMORRAGIA INTERNA: procurar origem com inspeção e palpação – realizar ultrassom –
FAST: 4 focos e cabeça
a. Espaço subfrênico direito e esquerdo – diafragma e fígado
b. Espaço hepato-renal e espleno-renal
c. Goteiras parietocóticas – rim e parede intestinal
d. Pelve

Obs.: hipocôndrio direito e esquerdo = tamponamento cardíaco

6. Exame de períneo - fraturas


7. Toque retal – TODOS politraumatizados devem receber, indica:
a. Sinal de trauma raquimedular
b. Lesão no trato digestivo, se houver sangue
8. Sondagem uretral
a. TODOS politraumatizados devem ser sondados, exceto os que têm sangramento uretral ou
sondagem supra-púbica
b. Antes deve esvaziar a bexiga, usando sonda de Levine (nasogástrica) apenas em pacientes
inconscientes (evita aspiração de alimento e esvazia líquido do estômago
c. Sonda de FOLLEY nº 18 ou 16
d. Produção de urina após sondagem é bom sinal
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CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO


GRAU GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3 GRAU 4
Perda sanguínea em Até 750 ml (<15%) Até 750 ml – 1500ml 1500 – 2000ml (30 a Mais de 2000ml
ml (%) (15 a 30%) 40%) (>40%)
Frequência cardíaca Até 100bpm 100 a 120bpm 120 a 140 bpm Mais que 140bpm
Frequência De 14 a 20 De 20 a 30 De 30 a 40 Mais que 35
respiratória
Diurese (ml/h) >30 De 20 a 30 De 15 a 5 Desprezível
Estado mental Levemente ansioso Moderadamente Ansioso e confuso Confuso e letárgico
ansioso
Reposição volêmica Cristalóide Cristalóide Cristalóide e sangue Cristalóide e sangue

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