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Intubação Orotraqueal
1. INTRODUÇÃO;
5. CONTRAINDICAÇÕES;
6. MATERIAL;
3. CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS;
Principal;
A valécula é o espaço na base da língua Unidade de reanimação com bolsa-
formado por esta e, posteriormente, pela máscara-válvula (Ambu®) e suplemento
epiglote. de oxigênio.
Coxim pequeno ou apoio.
Oxímetro de pulso. Monitor cardíaco.
Monitor de pressão arterial.
Laringoscópio com lâminas curvas de
tamanho 3 e 4 (MacIntosh®) e retas de
tamanho 2 e 3 (Miller®).
Cânulas endotraqueais.
4. INDICAÇÕES; Em mulheres adultas, 6,5 a 7,5
mm;
Qualquer situação em que seja necessária uma Em homens adultos, 7,5 a 8,5 mm;
via respiratória definitiva. Em crianças, o tubo deve se
Parada cardiorrespiratória; aproximar do tamanho da unha de
ventilação mecânica:
Elevação acentuada da PCO2 e acidose
em pacientes debilitados ou com exaustão
respiratória.
Pacientes asmáticos ou com DPOC pós-
anestésicos.
Redução de PO2 arterial < 55 mmHg,
apesar da administração de oxigênio a
50%.
Escala de Glasgow ≤ 8.
Pacientes sem resposta adequada a estímulos
externos, podendo broncoaspirar.
Seringa de 10 mℓ para inflar o balão (cuff).
Curativo/Fixação;
Esparadrapo ou dispositivo para fixação
do tubo endotraqueal.
Fio-guia maleável.
Cateteres de sucção traqueal, bomba de
sucção e cateter de sucção de aço
inoxidável (Yankauer®).
Pinças de Magill.
Lubrificante hidrossolúvel.
Detector de CO2 qualitativo, monitor de
CO2 ou dispositivo esofágico.
Estetoscópio.
Assepsia;
Luvas de procedimento, máscara e
proteção ocular.
Anestesia Tópica;
Lidocaína tópica em spray.
Medicações para analgesia/anestesia, 8. AVALIAÇÃO E PREPARO DO
amnésia e bloqueio neuromuscular.
PACIENTE;
OBS: em adultos, pode-se usar etomidato (30 mg) ou
midazolam (2-5 mg) + succinilcolina (1-2 mg/kg). Em crianças, Explicar o procedimento ao paciente, se
pode-se usar sulfato de atropina (0,1-0,5 mg); etomidato (0,3
estiver acordado, e aos familiares.
mg/kg) ou midazolam HCl (0,1 mg/kg hipovolêmicos e 0,3
Solicitar termo de consentimento informado
mg/kg normovolêmicos); cloridrato de succinilcolina (< 10 kg:
assinado.
2 mg/kg, > 10 kg: 1 mg/kg) – via IV, não diluir!
Infusão; Pedir para o paciente abrir a boca e colocar a
língua para fora.
Visualizar a faringe posterior e classificar Pré-oxigenar com oxigênio a 100% durante 2 a
conforme Mallampati, para prever a 3 min, ou aplicar 3 a 4 ventilações de
dificuldade de intubação. capacidade vital, se o tempo e as condições do
Classe I: palato mole, fauce, úvula e
paciente possibilitarem.
pilares amidalinos visíveis.
O médico fica em pé, à cabeceira do leito, e o
Classe II: palato mole, fauce e úvula
doente é elevado a uma posição confortável.
visíveis.
Classe III: palato mole e base da úvula Inserir um guia levemente lubrificado na
visíveis. cânula endotraqueal e encurvá-la, para auxiliar
Classe IV: palato mole totalmente não a entrada na glote (opcional).
visível. Aplicar lubrificante no balão da cânula.
Conectar a lâmina escolhida ao cabo do
laringoscópio:
Lâmina reta é utilizada para elevar
anteriormente a epiglote, melhor
Colocar o paciente em decúbito dorsal, com a empregada em crianças.
cabeça estendida e a boca aberta. Lâmina curva é inserida na valécula.
Posicionar, em adultos, um coxim pequeno (7 A lâmina no 3 é adequada, a não ser em
9. TÉCNICA;
arterial.
posicionada na valécula sobre a epiglote, e Inspecionar e auscultar o epigástrio e o
a reta, além da epiglote. tórax bilateralmente.
Detector de CO₂ qualitativo: pode
apresentar falso-positivo e falso-negativo,
respectivamente, em pacientes que tenham
ingerido grande quantidade de bebida
gaseificada recentemente e naqueles com
perfusão pulmonar deficiente.
Dispositivo detector esofágico: ao aspirar,
se estiver na traqueia, o ar vem sem
resistência; se estiver no esôfago, ele se
colaba, impedindo a aspiração.
Sinal apenas sugestivo: condensação na
cânula traqueal.
Escutar ruídos respiratórios na cânula em
O laringoscópio só deve ser tracionado ao pacientes em ventilação espontânea.
longo de seu maior eixo. Exame radiológico de tórax, no qual a
Movimentos de báscula, rotação ou cânula deve estar 2 a 3 cm acima da carina
balanço podem lesar dentes, gengivas e da traqueia.
lábios. O laringoscópio não deve tocar os Verificar a saturação de oxigênio do
dentes superiores. paciente.
Visualizar as cordas vocais e a abertura da Fixar a cânula com esparadrapo ou dispositivo
glote. próprio para estabilização.
O assistente pode mobilizar a cartilagem
tireoide retrógrada, para cima e para a
direita.
Inserir a cânula endotraqueal através das
cordas vocais, segurando-a com a mão direita.
Ao encontrar dificuldade para passar a
cânula com o fio-guia, este pode ser
retirado pelo assistente.
Podem ser anestesiadas as cordas vocais
com lidocaína a 2% em spray.
Remover a guia e o laringoscópio, mantendo a
cânula em sua posição.
A marca externa da cânula deve
mostrar 21 cm para mulheres, e 23 cm
para homens.
Inflar o balão com o volume suficiente para
manter 30 mmH₂O.
Certificar-se da posição da cânula.
Hipoxia e/ou hipercapnia durante a realização
do procedimento.
Comprometimento cardiovascular durante e
imediatamente após o procedimento.
Lesão em dentes, gengiva e lábios.
Tubo endotraqueal mal posicionado (esôfago,
brônquio direito).
Lesão faríngea, laríngea ou traqueal.
Distensão gástrica e aspiração de conteúdo
gástrico.
Broncoespasmo e laringoespasmo.
Pneumotórax.
Necrose de traqueia e estenoses traqueais.
Piora de lesão em coluna cervical.
Morte.
Falha na intubação.