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Vias Aéreas

 Componente do exame das vias aéreas: . Dispositivos ventilatórios:


. Tamanho dos incisivos superiores e sua
 cânula orofaríngea (Guedel, mede-se o
relação com os inferiores
tamanho do lóbulo da orelha a comissura
. Distancia intercisivos
labial, usar em casos de pacientes
. Visibilidade da úvula
inconscientes e sem reflexo de tosse e
. Complacência do espaço mandibular
vômito, é utilizada para manter a via aérea
. Distancia tireomento
pérvia durante a ventilação com a bolsa-
. Comprometimento e circunferência do
válvula-máscara, aspiração e intubação, deve-
pescoço
se inserir voltada para o palato duro e girar
. Mobilidade da cabeça e pescoço
180 depois de introduzir metade da cânula),
. Capacidade de avançar a mandíbula
. Condição dos dentes  cânula nasofaríngea (gera menos incômodo no
. Presença de pelos faciais paciente, é contraindicada em fratura de base
de crânio, mede-se o tamanho pela distância
do ângulo da mandíbula a narina, pode aspirar
secreções e deve-se usar em pacientes
1. Ventilação
conscientes ou semiconscientes, com reflexo
. Pode ser realizada com o ambu ou bolsa-
de vomito, trismo, traumatismos maciços ao
válvula-máscara (KT-5) conectada a fonte de
redor da boca, fixações intermaxilares, tono
O2
ou coordenação faríngea inadequada, ver o
. Fatores de risco para dificuldade de
tamanho que é da asa nasal até o lóbulo da
ventilação com balão e máscara: idade ≥ 55,
orelha e inserir pela narina)
IMC > 26, ausência de dentes, presença de
barba, história de roncos
. Fatores de risco para dificuldade de
ventilação: apneia obstrutiva, obesidade, 2. Intubação
aumento da circunferência cervical, distancia . Intubação difícil: mais de 3 tentativas ou
tireomento > 7 com extensão cervical máxima, mais de 10 min realizada por profissional
índice de Mallampati alto, língua grande, experiente. Para que uma via aérea seja
esclerodermia, anomalias congênitas da cabeça considerada difícil, a ventilação e intubação
e pescoço, artrite reumatoide, síndrome de devem ser difíceis
Down, inabilidade em protuir a mandíbula ou . IOT difícil: distância tireomento < 6cm,
dentes inferiores e superiores, deformidades abertura bucal ≤ 3cm, mobilidade atlanto-
faciais e cervicais em decorrência de cirurgia occipital reduzida, incisivos longos, pescoço
prévias, irradiação prévia de cabeça ou curto e/ou largo, retrognatismo
pescoço, doença ou cirurgia prévia de coluna . Teste de Mallampati
cervical, história de roncos
. Manobras de ventilação:
 Chin lift (não realizar quando houver
lesão cervical) e
 Jaw trust (anteriorização da
mandíbula)

. Cuidados pré IOT: posicionamento com a


posição olfativa/cheirador para alinhar os
eixos laríngeo, faríngeo e oral, deixando o
meato acústico externo alinhado com a fúrcula
. Contraindicações para uma IOT: abscesso de
faringe, epiglotite, traumatismo de face, tumor
com deformidade de via aérea alta = indicação
de traqueostomia eletiva.
. Complicações de IOT: broncoaspiração,
fratura de dentes, edema, sangramento de
mucosa, lesão cervical e traqueal, lesão de
. Laringoscopia direta por via oral: com a mão glote e de cordas vocais e atelectasia.
esquerda, entrar pelo lado direito da boca do . IOT na prática:
pct, deslocando a língua e epiglote. Entrar com 1- Acesso venoso
laringoscópio para cima e para frente. 2- Pré-oxigenar
Confirmar intubação com capnografo ou 3- Posicionar com coxins
ausculta e fixar o tubo 4- Não ventilar se tiver com estômago cheio
 Lâmina curva (Macintosh): adultos
5- Aspirador montado
 Lâmina reta (Miller): crianças 6- Laringoscópio e aparelho de anestesia
testados.
7- Indução: pilares da anestesia
- Hipnose: Midazolam 5 a 15 mg (até 0,15
mg/kg); Etomidato 0,3 mg/kg; Propofol 1-
2mg/kg; Cetamida 1 a 2 mg/kg.
- Analgesia: Fentanil 3 a 5 mcg/kg
- Bloqueio neuromuscular: Succinilcolina 1 a
1,5 mg/kg; Rocurônio 0,6 a 1,2 mg/kg;
Cisatracúrio 0,1 a 0,15 mg/kg

 Técnica de IOT
1o passo
 Posicionamento da cabeça e pescoço rotação
leve da cabeça para trás.
 Em crianças é tipicamente usado um coxim
sob a cintura escapular.
2o passo

 Posicionamento da mandíbula
 Projetar a mandíbula anteriormente

3o passo
o Visualização da glote
 Lâmina do laringoscópio penetrando pelo lado
. Uso do Bougie: 2b e 4ª direito da boca. Lâmina curva (valécula),
. Intubação difícil: 3b e 4 lâmina reta levanta epiglote.
. Confirmação: ausência de ruídos  Rechaçar a língua para a esquerda e para cima
epigástricos, ausculta pulmonar bilateral, no campo do operador.
elevação simétrica do tórax, oximetria de  Tracionamento ântero-superior do
pulso e capnografia laringoscópio.
. Cuidados pós-IOT: insuflar o cuff, checar
posição e fixar o tubo, ajustar parâmetros do
aparelho de anestesia, checar sinais vitais (FC,  Indicações de Intubação
Sp02, ECG e PA), solicitar RX, iniciar  Segurança das VAS em pcts com risco
sedação e analgesia em BIC, solicitar a aspiração
gasometrias seriadas, ajustar parâmetros  Dificuldade na manutenção da VA na
ventilatórios de acordo com gasometrias, ventilação por máscara facial
oclusão ocular com micropore ou pomadas
oculares
 Períodos prolongados de ventilação
controlada
 Cirurgias de cabeça e pescoço,
intratorácicos e intra-abdominais
 Deficiência dos mecanismos de
proteção da laringe
 Trauma de VAS

 Complicações de Intubação
 Dentes quebrados
 Mucosas laceradas
 Edema subglótico
 Ulceração de mucosa
 Estenose subglótica
 Isquemia traqueal
 Pneumotórax hipertensivo
 Intubação seletiva
 Hipoxemia
 Ruptura alveolar
 Enfisema intersticial pulmonar
 Pneumomediastino
 Perfuração traqueal/
hipofaringe/esofágica
 Hemorragias
 Edema laríngeo
 Lesão de cordas vocais
 Fibrose ou ulceração cricóide
 Formações granulomatosas

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