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ANESTESIOLOGIA: Avaliação e Manuseio de Vias Aéreas Prof.

Nádia Duarte
Anotações da Aula por Luciano Sampaio e Bruna Lima (144)

Avaliação e Manuseio de Vias Aéreas  Teste de protusão: pede para o paciente colocar a
mandíbula à frente da maxila; pedir para morder o
lábio superior com os dentes de baixo
 Maiores causas anestésicas de morte e complicações

o 1 em 100 a 200 mil procedimentos anestésicos
o 40-65% de morte e complicações no manuseio das
vias aéreas ocorrem por:
 Ventilação inadequada
 Intubação traqueal difícil
 Intubação esofágica

 Morte e Complicações em Vias Aéreas


o Acontece sobretudo em ASA I e II
o Menos de 60 anos Dificuldade em pacientes que tem alguma

o Cirurgias eletivas deformidade (prognatismo, etc)
 Semiologia da Via Aérea  Paciente do canto superior direito: micrognata
o História médica extremo, não vai conseguir fazer isso;
o Tumorações  Canto inferior direito: prognata, mandíbula maior
o Irradiações em relação à maxila
o Mobilidade cervical o Abertura da boca
 Pede para o paciente fletir completamente a  Idealmente a distância entre os incisivos (de cima
cabeça e depois estender; com a cabeça e de baixo) deve ser acima de 3 cm
estendida, avalia distância tireoide-mento, que
deve ser acima de 6 cm, e a distância esterno-
mento, que deve ser acima de 12,5 cm


o Pescoço o
 o Mallampati e Cormack-Lehane têm relação! (esse
último se refere à visualização na laringoscopia)

 Risco de 5% de via aérea difícil (VAD)


 Colar cervical  instabilidade, não vai conseguir
fazer as medidas de verificação da via e não vai 
poder mobilizar para entubar o M 1  consegue visualizar tudo
 o M 2  não vê mais os pilares amigdalianos
o Mobilidade da mandíbula o C 2  vista apenas posterior da corda vocal
o M 3  ainda vê um pouco da base da úvula, mas
não vê mais nem pilares nem fauces
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Anotações da Aula por Luciano Sampaio e Bruna Lima (144)
o C 3  apenas epiglote R – Range of motion of neck
o M 4  apenas o palato mole
o C 4  vê apenas língua
o Cormack IV: só vê o palato mole, não vê nenhuma Via área difícil:
estrutura da laringe, só língua  Via aérea  anestesista treinado; dificuldade na
o Quanto menor o Mallampati, mais fácil a intubação ventição sob MF, DSG ou IT
o Sinal da Prece  Ventilação MF ou DSG  incapacidade de manter
 Risco de intubação difícil a Sat > 90% apesar de O2 a 100%
 Pede para paciente juntar uma mão com a outra e  IT  diversas tentativas por laringoscopia direta
com ou sem patologia traqueal
verificar se as mãos se tocam completamente, se
 Laringoscopia  Conarck Lehane 4 após diversas
não fechar, é um sinal de hiperglicemia crônica tentativas por laringoscopia direta
com glicosilação de proteínas tissulares
 É um preditor de baixa mobilidade articular Fatores preditivos de dificuldade de ventilação sob
 Coluna cervical, ATM, laringe máscara facial (DVFM):  4x mais chance de dificuldade
de intubação
 Barba
 Ausência de dentes
 Idosos
 Obesidade
 Circunferência cervical > 40cm
 História de roncos
 Apneia obstrutiva do sono

 Dificuldade de laringoscopia e/ou intubação traqueal:


 Outros preditores de via aérea difícil  Distância interincisal < 3cm
 Distância tireomentoniana < 6cm
o Mal estado da dentição
 Distância esternomentoniana < 12,5cm
o Amígdalas grau >= 3  Mallampati III e IV
o Trauma facial e/ou cervical  Circunferência do pescoço > 40cm
o Hipotireoidismo
o Síndromes genéticas: língua grande
o Diabetes – dificuldade de intubação 10x maior
Técnicas e Dispositivos
o Alterações musculo esqueléticas – boca, nariz, Abertura das vias aéreas e pré-
orofaringe oxigenação  o2 na maior
o Obesidade
concentração e por mais tempo
o Tórax em barril
possível. Caso tenha fratura cervical ou
o Gestação 3º trimestre
o desconheça a presença de fratura
cervical, não faz a hiperextensão do
pescoço. Pega com as duas maõs e
eleva a mandíbula.

Máscaras faciais e ambu


 Transparente
 Dispositivo bolsa-válvula-
máscara

Cánulas oro e nasofaringeas:


 Fazer com que a língua não
Avaliação na criança  escala COPUR
obstrua
C – Chin size  Caso não seja possível usar a
O – Interdental Opening oral, pode usar a nasofaringea
P – Previus intubation or OSA (por exemplo em uma EDA)
U – Uvula visualization
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Anotações da Aula por Luciano Sampaio e Bruna Lima (144)
Intubação: Inserção do tubo traqueal através das cordas  Já ta vestido com o tubo
vocais  Já ta com uma sedação leve
Objetivos da IOT:  Visualização da carina
 Fornecer o2 e gases inalatórios Dispositivos supra glóticos:
 Manter a perviedade das vias aéreas  Indicações e vantagens:
 Proteger as vias aéreas contra aspiração o Prescinde de laringoscopia
 Manter a ventilação e oxigenação o Curva rápida de aprendizado
 Reestabelecer padrão na insuficiência respiratória o Via aérea temporária / definitiva
Fazer um bom posicionamento é fundamental  colocar o Conduto para IOT/ fribroscopia
um cochim para fletir a cabeça e depois estende a cabeça o Algoritmo de VAD
o Salva vidas (não intubo/não ventilo)
Laringoscópios / lâminas:
 Contraindicações:
 Laminas retas usa mais pra crianças
o Falta de acesso a cavidade oral
 Pode ser articulado: ajuda a visualização quando
o Obstrução mecânica na VAS
a glote é muito alta
o Alta resistência ventilatória
 Videolaringoscópios ópticos
o Procedimentos eletivos quando: risco de
regurgitação e broncoaspiração
Tubos traqueais:
 Vai arrastando pelo palato duro até “topar”
 Sem cuff: apenas para crianças muito pequenas Tubo laríngeo:
(mas já ta usando com cuff também)
 Não tem problema se for para o esôfago, pois
 Cuff tem um volume de 3 a 5ml, se colocar muita
tem outra saída para a traqueia
pressão vai rolar uma isquemia de traqueia
 É usado mais em área de resgate
 Tubo aramado: não dobra fácil, usar quando o
paciente vai mudar de decúbito durante a cirurgia
Via aérea cirúrgica:
 Tubos pré-dobrados: pode ser dobrado para cima
(cirurgia da boca, precisa do campo livre, ai ele  Traqueo  eletivo!!!
fica em direção a testa) ou pra baixo (cirurgia de  Na urgência, faz crico
testa)
Guias rígidos ou flexíveis
Bougie: parece um guia, mas entra sozinho. Com a ponta
Algorítimos
você sente os anéis traqueais (trec trec trec), e “veste” o
tubo no bougie. Se não sentiu, reposiciona o bougie. Avaliação prévia específica e rigorosa
Estilete luminoso: menos utilizado, queima muito fácil. Se Estratégias de alta efetividade (inicial e resgate)
tiver indo pra traqueia, consegue ver a luz pescoço Prioridade à ventilação / oxigenação sobre a IT a qualquer
abaixo. Se tiver isso pro esôfago, a luz desaparece. custo
Capnógrafo: útil tanto na entubação quanto na parada Conhecimento e treinamento com técnicas e dispositivos
Pinça de Magill: entubação nasal, ajuda a direcionar o Indicação correta de técnicas e dispositovos
tubo para baixo Chamar ajuda
Filtro bacteriano: Fica entre o tubo e saída dos circuitos
da anestesia. Proteção de um paciente para o outro. Para intubação traqueal difícil:
Manômetro de balonete: Mede a pressão de insuflação  Equipe experiente e treinada
do cuff usada para vedar a parede do tubo e da traqueia.  O2 suplementar antes e durante as tentativas
Deve insuflar entre 20 e 30mm de água.  Usar o melhor equipamento desde o início
 Capnografia
 Limitar tentativas, reconhecer prontamente a
Laringoscopia direta:
falha e fazer transição para a próxima etapa do
 Sempre com a mão esquerda e gira para a algoritmo
esquerda  Uso precoce de videolaringoscopio com tela
visível para todos
Métodos alternativos disse que não precisávamos saber  Dispositivos supraglóticos de 2ª G: tem um canal
agora. por onde é possível fazer aspiração gástrica, caso
Dissociação crânio facial grau 3 é contraindicação necessário
absoluta de intubação nasal  Acesso cirúrgico viável
 Reverter BNM e acordar paciente
Fibroscopia Óptica flexível:
ANESTESIOLOGIA: Avaliação e Manuseio de Vias Aéreas Prof. Nádia Duarte
Anotações da Aula por Luciano Sampaio e Bruna Lima (144)
Extubação traqueal:
 Procedimento 100% eletivo: planejamento,
preparo, estratificação de risco
 SO, SRPA, UTI
 Plano de resgate para reintubação
 Extubação com paciente acordado –
preferencialmente
 Retardada ou indicada traqueostomia eletiva
quando não for seguro

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