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PICO 1
CAUSAS DE MORTE NO BRASIL:
o Segundos ou minutos após o trauma 1- DCV
o 50% das mortes 2- CA
o Causas: lesões gravíssimas 3- Trauma
o Tratamento: prevenção - Até 44 anos (1ª causa)
PICO 2 - Idosos (até 30%)
o Minutos até a 24ª hora
o 30% das mortes
o Causas: lesões passíveis de tratamento
o Tratamento: sistema de saúde + ATLS
PICO 3
o A partir da 24ª hora
o 20% das mortes
o Causas: complicações da internação – Sepse, SDMOS (disfunção múltipla de órgãos), TEP
o Tratamento: sistema de saúde + ‘boa medicina’
AVALIAÇÃO INICIAL
1- Preparação
Pré-hospitalar
Hospitalar
2- Triagem
Múltiplas vítimas
o Há capacidade de atendimento para todos
o Prioridade: risco de vida iminente e lesões multissistêmicas
Vítimas em massa
o Não há capacidade de atendimento para todos
o Prioridade: vítimas com maior capacidade de sobrevivência (maior sobrevida) x assistência mínima
3- Exame primário
4- Reanimação
5- Medidas auxiliares do exame primário e reanimação
6- Exame secundário
7- Medidas auxiliares do exame secundário
8- Reavaliação e monitorização contínua após reanimação
9- Cuidados definitivos
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A - AIRWAY
B - BREATHING
C - CIRCULATION
D – DISABILITY
E – EXPOSITION AND ENVIROMENT
A – AIRWAY
AVALIAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS COM RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA CERVICAL
B – BREATHING
RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO
O2 > = 10L/min
o VA ou VA artificial
Avaliar o aparelho respiratório e verificar saturação
o Exame físico respiratório
o Oxímetro (≥ 95% - cuidado com idosos)
Corrigir a alteração primeiro, para depois passar para o C
Armadilhas:
o Pneumotórax hipertensivo
AULA 2 – CIRURGIA – TRAUMA I 3
o Pneumotórax aberto
o Hemotórax
Pneumotórax hipertensivo
o Fisiopatologia clássico: lesão em “saco de papel”
PNEUMOTÓRAX
O saquinho alveolar se rompe HIPERTENSIVO:
O ar entra e passa para o espaço pleural e não consegue sair devido ao Dispneia +
mecanismo valvular - Desvio contralateral da
Começa a formar uma bola de ar comprime o pulmão insuficiência traqueia
respiratória - Enfisema subcutâneo
o Mais comum em traumas FECHADOS - Hipertimpanismo a percussão
o Clínica do hemitórax acometido
Desvio de traqueia (do lado oposto) - Ausência ou diminuição do
Turgência jugular MV
- Turgência jugular
Mediastino é deslocado dobra os vasos da base sangue
- Hipotensão ou choque
não consegue descer da cabeça e ir para o átrio direito
Percussão: timpanismo (cheio de ar)
Ausculta: MV abolido (não tem expansão pulmonar)
Hipotensão choque obstrutivo
Vasos da base dobrados – sangue não sobe
NÃO SE PEDE EXAME DE IMAGEM PARA DIAGNÓSTICO DE PNEUMOTÓRAX
o Diagnóstico: clínico
o Conduta imediata
“Fura a bola”
Toracocentese de alívio
Crianças: 2º EI, linha hemiclavicular (antes era em adultos tbm, mas não é mais)
Adultos: 4-5º EI, entre as linhas axilares anterior e média
Jelco calibroso
Duração 30 minutos, depois disso faz a Toracostomia
o Conduta definitiva:
Toracostomia com selo d’água
5º EI, entre as linhas axilares anterior e média
o Se não melhorar coloca segundo dreno
o Se não melhorar confere técnica
o Se não melhorar broncoscopia e tratar com toracotomia
Pneumotórax aberto
o Fisiopatologia:
Trauma penetrante
Orifício > 2/3 do diâmetro da traqueia
Ar entra e sai diferente do hipertensivo
o Conduta imediata:
Oclusão da ferida
Curativo em 3 pontas sistema valvular
Ar não entra na inspiração (curativo colaba), mas na expiração o ar sai
o Conduta definitiva:
Toracostomia com selo d’água
5º EI, entre as linhas axilares anterior e média
NÃO APROVEITA O LOCAL DA LESÃO
Drena e depois sutura o local da lesão
Pegadinhas de pneumotórax
Checar a técnica
Causa: lesão de grande VA: traqueia e brônquio fonte
Conduta imediata:
o Passa segundo dreno ou
o Faça intubação seletiva
Diagnóstico: broncoscopia
Tratamento
o Toracotomia
Hemotórax
o Fisiopatologia:
Mais comum no trauma penetrante
Vasos hilares ou sistêmicos
4 AULA 2 – CIRURGIA – TRAUMA I
Autolimitado
o Hemotórax maciço = acúmulo de 1500ml de sangue, ou um terço da volemia na cavidade torácica
o Clínica
Jugular colabada devido a perda de sangue (AD também está colabado)
Percussão: macicez (cheio de sangue)
Ausculta: MV abolido
Hipotensão
o Conduta:
Toracostomia com drenagem em selo d’água
5º EI, entre as linhas axilares anterior e média
Reposição volêmica
Avaliar necessidade de toracotomia
Pegadinha de hemotótax
#1 Indicações de toracotomia
C – CIRCULATION
Monitorização
o ECG, saturação, PA/FC/FR, capnógrafo
o Gaso venosa
o Débito urinário
Avaliação da resposta
o Sinais vitais
Olhar outra tabela
Sem resposta
o Transfusão maciça
o + ácido tranexâmico 1g IV (só até 3h pós trauma)
o + 1g ao longo de 8h
Cateterismo vesical para ver diurese (alvos)
o 0,5ml/kg/h adultos (acima disso, ta bom)
o 1ml/kg/h crianças
o Cuidado! Se tem:
Sangue no meato
Hematoma perineal ou escrotal
Retençao urinária, fratura de pelve
o Uretrografia retrógrada antes do cateterismo
o Lesão de uretra = cistostomia
Resumo:
AULA 2 – CIRURGIA – TRAUMA I 5
o Controle da hemorragia
Compressão local
Torniquete por até 6h
Toracotomia de reanimação: clampeamento de aorta
Pegadinhas do “C”
#1 Fratura de pelve
#2 Tamponamento cardíaco
D – DISABILITY
Glasgow
o Avaliar dor: compressão do leito ungueal
o ≤ 8 IOT
o Avalia resposta: ocular, verbal e motora
o Menor valor: 3
Reflexo pupilar
Extremidades
o Solicita apertar a mão, mexer os pés, perguntar sobre dormência
EXAMES PRIMÁRIOS
EXAMES SECUNDÁRIOS
TRAUMA DE TÓRAX
1. Hemotórax maciço
o Definição
Drenagem de 1500ml imediato
200 a 300ml nas duas 2-3 horas iniciais (100ml/h)
2. Lesão penetrante + tamponamento cardíaco
o Primeira medida: pericardiocentese
3. Destruição da caixa torácica
4. Lesão de vasos nobres + instabilidade hemodinâmica
5. Lesão traqueobrônquica extensa
o Grande borbulhamento no dreno (selo d’água)
6. Perfuração esofagiana
o Prevenção de mediastinite necrosante (amilase no mediastino posterior)
= Toracotomia de reanimação
Tórax instável
Respiração normal
o Inspiração intensifica a pressão negativa por meio da expansão da caixa torácica e rebaixamento do diafragma (PV=cte)
o Expiração retração da caixa torácica, aumento da pressão, levando à saída do ar
Fisiopatologia
o Fratura de pelo menos dois arcos costais consecutivos, em pelo menos dois locais cada arco (pedaço quadradinho de
costela solto)
o Gradio costal instável segmento não se expande, levando a sua retração
Clínica
o Dor respiratório dependente – fragmento enfia na pleura durante o movimento respiratório
o Respiração paradoxal – ao invés de expandir, retrai
Conduta se paciente estável
o Oxigênio
o Analgesia
o Fisioterapia respiratória
Se houver insuficiência respiratória
o Indício de contusão pulmonar (hematoma no pulmão)
o Causa muita dor
Conduta CONTUSÃO PULMONAR
o Além do que já se está fazendo:
o Se Pao2 < 65 ou Sat < 95% considerar IOT + VM
Pneumotórax
Hemotórax
Contusão cardíaca/miocárdica
AULA 2 – CIRURGIA – TRAUMA I 7
Clínica
o Insuficiência de VD
o Arritmia
o Hipotensão
Diagnóstico
o Clínica
o Eco
Conduta
o Monitorização
o Dobutamina aumento do DC
Tamponamento cardíaco
Lesão de aorta
Fisiopatologia
o Laceração ao nível do ligamento arterioso (fica normalmente da emergência da subclávia E formação de hematoma
tamponou a aorta)
Clínica
o Pulsos:
Normais em MMSS
Diminuídos em MMII
Diagnóstico
o Clínica + imagem (superabaulamento do botão aórtico – alargamento do mediastino)
o RADIOGRAFIA SIMPLES:
1. Mediastino > 8cm
2. Perda do contorno aórtico
3. Desvio do TOT/CNG para a direita
o Exame mais usado: ANGIO TC DE TÓRAX
Não quer dizer que seja o padrão ouro
o Padrão ouro: AORTOGRAFIA
Conduta: tratar as outras lesões ou a aorta?
o A aorta fica estável por cerca de 24h. Vai nas outras!!
1. Iniciar Betabloqueador, se possível
2. Tratamento definitivo:
Toracotomia esquerda
Terapia endovascular
TRAUMA DE PESCOÇO
Instabilidade hemodinâmica
Sangramento ativo
Hematoma cervical expansivo
o Pacientes com tireoidectomia se sangramento, há colabamento de glote e não é possível intubar sendo necessário
traqueostomia
Lesão aerodigestiva
o Enfisema subcutâneo
EDA
Esofagoscopia
Laringoscopia
Broncoscopia
Arteriografia
Zonas
Zona I
o Fúrcula esternal até cartilagem cricóide
o Mais difícil de abordar cirurgicamente
Zona II
o Cricoide até ângulo da mandíbula
Zona III
8 AULA 2 – CIRURGIA – TRAUMA I
TRAUMA DE FACE
Le Fort
I
o Disjunção dentoalveolar (onde os dentes se apoiam na maxila)
o Fratura de Guérin
II
o Lesão nasomaxilar
o Disjunção da maxila com o osso nasal e do osso frontal
III
o Lesão II + lesão da órbita lateral e do zigomático