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Fratura Exposta e

Síndrome Compartimental

REVISÃO TEOT 2019


HC-UFPR

Dr. Jorge Aires


Objetivos
Definição
Tratamento inicial no PS
Classificação
Princípios cirúrgicos
Caso Clínico
Paciente 42 anos vítima de acidente
motociclístico
Fratura Exposta

Definição:
Fratura que se comunica com o
meio externo através de uma lesão
de partes moles
Fratura Exposta
Conduta
Antibiotico precoce
Retirar debris grosseiros
Fratura Exposta
Qual o momento do antibiótico?
A) Indução anestésica
B) Após 6h de fratura
C) Após a coleta de culturas
D) O mais precoce possível
Fratura Exposta
Qual o momento do antibiótico?
A) Indução anestésica
B) Após 6h de fratura
C) Após a coleta de culturas
D) O mais precoce possível
Fratura Exposta

Conduta
Curativo estéril provisório
Fratura Exposta
Conduta
Imobilização provisória
Radiografias
Fratura Exposta

Conduta
Vacinação para tétano e/ou
imunoglobulina
Fratura Exposta
Conduta
Limpeza e fixação cirúrgica
URGÊNCIA ORTOPÉDICA
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO E
ANDERSON
Qual classificação?
Qual classificação?
Fatores que modificam a
classificação
Sinais de alta energia
Fratura segmentar
Perda óssea
Fraturas em ossos com arcabouço de partes moles
Contaminação
Modida humana ou de animal
TSCHERNE – ABERTAS
Procedimento cirúrgico
Limpeza cirúrgica
Debridamento de tecidos inviáveis
Estabilização da fratura
Cobertura cutânea
Sd Compatimental Aguda

Definição:
Aumento da pressão em um
compartimento osteofascial fechado
que resulta em comprometimento
microvascular
Campbell 12a ed
Sd Compatimental Aguda
Compartimentos mais acometidos são
Anterior da Perna
Posterior da Perna
Volar do antebraço
Pode afetar qualquer músculo envolvido por fáscia
Campbell 12a ed
Epidemiologia
3.1/100.000 ano
Jovens, masculino ( 10x mais ) – TRAUMA!!!!!
Fraturas – 69% ( principal causa )
1° Tibia / 2° Partes Moles / 3° RD / 4° Esmagamento / 5°
Antebraco
Fator risco ****pp homem jovem
Fx de baixa energia – 59% tibia / fechada>exposta
Gustilo 1 > chance que 3 ---- autodescompressão
Idoso – fator protecao – hipotrofia mm - + espaço
(idoso anticoagulado é fator de risco)
Patogênese
Dano à homeostase normal do tecido
Pressão tissular aumentada
Diminuição do fluxo sanguíneo capilar
Necrose tecidual local por O2

Experimentos:
30mmHg por 8 horas -> Necrose muscular
Patogênese
Síndrome de reperfusão
Após fasciotomia
Resposta inflamatória tecido isquêmico
Produtos da degradação – procoagulantes –
cascata coagulação (mais isquemia-trombose)
Esmagamentos ( maior probabilidade) – liberação
sistêmica – coagulopatia sistêmica e resp
inflamatória – aumento da permeabilidade –
Rabdomiólise -> Lesão Renal -> falência
múltipla dos orgãos
Clínica
O SINAL MAIS IMPORTANTE É A
DOR DESPROPORCIONAL
Á ESPERADA COM A LESÃO
Clínica
Porém
Rebaixamento de nível de consciencia
Sedado
Criança
Plexo/raqui
Dificulta a coleta de informações
Clínica
Dor – 1° sintoma
Grave e desproporcional
Pode estar ausente se lesão neurológica
Dor após alongamento passivo
Parestesia/hipoestesia – Sens13%-Esp 98%
Paralisia – sinal confuse e tardio – baixa expectativa de
recuperação (13%)
Pulso…
Clínica
Pulso periférico sempre presente
Ausência pulsos palpáveis – grande lesão arterial ou
estágio avançados
Faz arteriografia, chama a vascular, avalia by-pass ou
amputação !!!
Edema – no trauma já vai ter edema !
Clínica
Dx – combinação de sinais
3 sinais – probabilidade de 90%

* Elevar o membro na suspeita de SC – piora a


isquemia
Mensuração pressão
Várias técnicas – todas subestimam a P
Técnicas de mensuração da saturação O2
sobre os tecidos periféricos

Pressao Normal <10mmhg


Descompressao
Preferível realizar fasciotomia em um falso
positivo (fasciotomia desnecessária) do que
um falso negativo
Antebraço
Abrir até o túnel do carpo
Normalmente o acesso volar é suficiente
Senão acesso dorsal
Liberar desde tunel do carpo até lacertus fibrosus
proximal
Descompressão
Perna
Causa 1º Fratura
2º Trauma fechado
Pplm no comp. anterior
Sexo masculino e idade
menor que 55
Risco: Idosos
anticoagulados
Tto em
<12h 68% função normal
>12h 8%
Dupla Incisao


Fasciotomia:
Acesso dorsal sob 2° e 4° MTT- comp interosseos e central

Incisao medial – comp medial e lateral respectivamente



Mão
Mao
Fasciotomia
Abertura todo compartimento
Pele e TCSC
Debridamento de mm necrosada
Second look – 48h
Fechar se pele sem tensao
Nunca realizar fechamento primário
Complicações
Relacionado ao atraso da fasciotomia >6h
Contratura isquemica de Volkmann
Flexao do cotovelo, pronaçao do antebraco, flexao
do punho, aduçao do polegar, extensao da MCF,
flexao dos dedos
Taro 2013
No adulto, a síndrome compartimental é mais
frequente na fratura
distal do úmero.
diafisária da tíbia.
diafisária do rádio.
diafisária do fêmur.
Taro 2013
No adulto, a síndrome compartimental é mais
frequente na fratura
distal do úmero.
diafisária da tíbia.
diafisária do rádio.
diafisária do fêmur.
Taro 2013
No adulto, a síndrome compartimental é mais
frequente na fratura
distal do úmero.
diafisária da tíbia.
diafisária do rádio.
diafisária do fêmur.

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