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BOCA
Limites da cavidade oral são superiormente o palato duro; posteriormente,
o palato mole; lateralmente pelos dentes e bochechas; inferiormente
limitada pelo assoalho da boca, lugar em que a língua está inserida.
NARIZ
Através das narinas podemos alcançar as fossas nasais, que são simétricas e
possuem o septo nasal como um divisor.
Osteo faríngeo
da tuba auditiva
Epiglote Valécula
Mandíbula
5
Osso hióide
Cartilagem Cartilagem
cricóidea tireóidea
Local da membrana
cricotireoideana
A inervação sensitiva e motora advém do X Par craniano (n. vago) por meio
dos seus ramos laríngeo superior e laríngeo inferior ou recorrente.
Figura 3 - Na imagem podemos ver a passagem do bougie pela via aérea, passando pela traquéia
TRAQUÉIA
No adulto a traquéia tem ao redor de 2,5 cm de diâmetro e 10-13 cm de
comprimento, indo da laringe (em nível de C6) até a carina ( ao nível de T4).
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A DECISÃO
DE INTUBAR
8
Essa decisão de intubar pode ser óbvia, como no caso de pacientes em
coma, com Glasgow menor que 8, ou em franca insuficiência respiratória.
Outras vezes, a decisão de não intubar, também parece óbvia, como na
insuficiência cardíaca descompensada, melhorando rapidamente com VNI e
nitroprussiato, ou um paciente em cuidados paliativos estritos.
Mas, em alguns casos, a decisão não é tão óbvia assim, mas uma simples
avaliação, respondendo 3 perguntas, podem diferenciar pra gente quem
pode ser observado e quem precisa ser intubado.
Exemplos:
- idoso com pneumonia e sepse que evolui com edema agudo de pulmão
na fase de ressuscitação volêmica
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DISPOSITIVOS
E SUAS
UTILIZAÇÕES
Laringoscópios com lâminas retas (Miller) e curvas (Macintosh), tubos
traqueais de diâmetros apropriados; máscaras laríngeas; fibroscópio; guias
metálicos, bougie; lidocaína spray e geleia. Cânulas nasofaríngeas e
orofaríngeas; sistema de ventilação bolsa-válvula-máscara com máscaras
adequadas. Cricotireostomia para emergência. Fio guia flexível em J para
intubação retrógrada; Sonda gástrica e de aspiração; aspirador; magill;
material para fixação; fonte de oxigênio; capnógrafo; cardioscópio;
oxímetro; estetoscópio.
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A lâmina curva traz menor risco de lesão dos dentes e oferece maior espaço
para a passagem do tubo na orofaringe.
Grande
TRAQUEAL
7.0 – 8.5 Azul 15
Médio 6.0 – 7.5 Verde
Pediátrico 4.0 – 5.5 Roxo
Neonatal 2.5 – 3.5 Cinza
Técnica
Nos casos de via aérea difícil onde a visualização das cordas vocais é finita
ou ausente, o bougie pode ser utilizado para procurar a abertura traqueal
abaixo da epiglote, com auxílio do laringoscópio.
Quando da sua passagem pela traquéia deve-se sentir os cliques
característicos do deslizamento da extremidade do bougie passando pelos
anéis traqueais.
Complicações:
Sangramentos, perfuração da faringe, lesão pulmonar, lesão esofágica,
infecções.
CATÉTER NASAL
Os Catéteres nasais são os dispositivos mais utilizados para administrar O2.
Em geral é o dispositivo de escolha para se iniciar o tratamento de
pacientes na maioria dos casos.
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Detalhando:
FiO2 a 100% = 2L/min FiO2 a 100% = 2L/min
FiO2 a 21% = 8L/min (FR = 12) FiO2 a 21% = 38L/min (FR = 30)
[(2 x 1,0) + (8 x 0,21)] / 10 = 0,37 [(2 x 1,0) + (38 x 0,21)] / 40 = 0,25
A oxigenioterapia por Catéter nasal pode ser oferecida com um fluxo entre
1 a 6L/min.
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MÁSCARA FACIAL SIMPLES
As máscaras simples permitem a administração de uma FiO2 que pode
atingir 50 a 60%, com a vantagem de poder ser usada em respiradores
bucais.
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Figura 22 - Técnica de Ventilação com 1 mão – visão superior – atenção à pega em “C”
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Figura 23 - Técnica de Ventilação com uma Figura 24 - Técnica de Ventilação com uma
mão – visão lateral da mão esquerda mão – visão geral
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Figura 25 - Técnica de Ventilação com duas Figura 26 - Técnica de Ventilação com duas
mãos – detalhe da vedação da máscara mãos – visão geral
TUBOS TRAQUEAIS
Os tubos são curvados seguindo a anatomia da naso ou orofaringe. Marcas
visíveis facilitam o correto posicionamento do mesmo.
Figura 27 - Tubos orotraqueais, simples e aramados. Tubo nasotraqueal (no centro). máscara
laríngea (em verde)
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POSICIONAMENTO
IDEAL
POSICIONAMENTO IDEAL
Lembrando que posicionamento é TUDO em uma laringoscopia de sucesso.
Sendo assim, posicione sempre seu paciente que sua laringoscopia terá
uma chance muito maior de êxito.
Como realizá-la?
Realize a flexão cervical com hiperextensão da cabeça sobre o pescoço;
utiliza-se um coxim occipital para estabilizar a posição.
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Figura 30 - Alinhamento das vias aéreas - Posicionamento adequado para IOT.
Remember:
1 mL -> 20 gotas -> 60 microgotas
Resumindo: 36
1 mL/hora -> 1 microgota/min
Com esse mnemônico, você consegue utilizar diversas drogas sem bomba
de infusão; mas atente-se aos cuidados pois o cálculo exato das microgotas
em um minuto é delicado e a pinça do equipo pode afrouxar com o tempo,
aumentando sua infusão de maneira acidental.
FENTANIL
Nome comercial: Fentanest
Apresentação: ampolas com 50 mcg/mL ou 0,05 mg/mL de 2, 5 e 10 mL
utilizar este número para fins de cálculo de dosagem pois há fabricantes
que escrevem no rótulo: 0,0785 mg/mL, equivalente à 0,05 mg/mL (foto
ampolas)
Exemplo :
Dose: 0.1 mg/kg/hora; Paciente de 70 kg
-> 70 x 0,1: 7,0 mg/hora
Solução 1 mg/mL -> 7,0 / 1 -> Bomba de infusão em 7,0 mL/h
ETOMIDATO
Nome comercial: Hypnomidate
Exemplo:
Dose: 50 mcg/kg/min; Pcte de 70 kg
-> 70 x 50: 3.500 mcg/min x 60 (60 min = 1 hora): 210.000 mcg/hora ->
1000 mcg = 1 mg -> 210 mg/ hora
Solução pura 1% = 10 mg/mL -> bomba de infusão em 21mL/h
Solução pura 2% = 20 mg/mL -> bomba de infusão em 10,5mL/h
ADESPOLARIZANTE: ROCURÔNIO:
Nome comercial: Rocuron, Esmeron
1. Expansão volêmica
Se possível, na ausência de contra indicações como o aumento do volume
circulante aumenta a pré carga, aumentando o volume sistólico e por
consequência melhora o débito cardíaco
Lembre: DC = FC x VS
VS -------> contratilidade 45
Pré carga
Pós carga
Diluições comum:
Noradrenalina 4 ampolas + SG5% 84mL = solução 160 mcg/mL
Noradrenalina 4 ampolas + SG5% 234mL = solução 64 mcg/mL
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BÔNUS
VIA AÉREA FISIOLOGICAMENTE DIFÍCIL
E DROGAS VASOATIVAS
VIA AÉREA FISIOLOGICAMENTE DIFÍCIL
Por definição, a via aérea fisiologicamente difícil é aquela que, por
complicações fisiológicas do paciente, gera um risco de colapso
cardiovascular no momento de sua manipulação.
O paciente pode até ter uma via aérea anatomicamente favorável, mas seu
estado crítico faz com que o manejo seja extremamente arriscado.
São quatro fatores que determinam um risco aumentado para o manejo das
vias aéreas em uma situação de urgência e emergência: hipóxia,
hipotensão, acidose grave e hipertensão pulmonar.
1. HIPÓXIA
A insuficiência respiratória aguda tipo 1, ou hipoxêmica, é aquela em que
há falha em manter a oxigenação arterial adequada. É uma causa comum
de indicação de intubação e ventilação mecânica no departamento de
emergência.
Ela deve ser feita com o paciente em uma inclinação de 30-45º, facilitando
a entrada do ar. O método padrão de pré oxigenação atual é o uso de
máscara não reinalante, com fluxo de 15L/min, por 3 a 5 minutos.
Dica importante: alguns pacientes que não toleram VNI pelo incômodo da 50
pressão positiva, ou até por claustrofobia. Nesses casos analgesia e
ansiólise com medicações como precedex, e intubação em sequência
atrasada podem ser considerados para otimizar a pré oxigenação.
2. HIPOTENSÃO
A hipotensão é comum em cerca de 25% dos pacientes após a intubação e a
transição pra pressão positiva da ventilação.
Uma ferramenta bem validada, que pode ser usada, para prever a chance
do colapso hemodinâmico é o shock index.
O shock index (SI) é dado pela frequencia cardíaca (FC) dividida pela
pressão arterial sistólica (PAs).
SI = FC x Pas
Em pacientes com o shock index maior que 0.8, podemos usar etomidado
em associação com um analgésico, ou a cetamina sozinha.
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NITROGLICERINA
Nome comercial: tridil
Apresentação: ampolas de 5 ou 10 mL com 5 mg/mL
Mecanismo ação: relaxamento da musculatura vascular lisa, através da
produção de óxido nítrico, com efeito mais pronunciado no sistema venoso.
Desta forma, reduz consumo de oxigênio miocárdico através da diminuição
de pré-carga. Dilatação das artérias coronárias otimizando fluxo para
áreas isquêmicas.
DOPAMINA
Nomes comerciais: revivan, dopacris, constriction
Apresentação: ampolas de 10 mL com 5mg/mL;
Mecanismo ação: Agonista Adrenérgico
Indicação: bradicardia sintomática não responsiva à atropina e ponte para 55
marcapasso; não está mais recomendada para casos de choque circulatório
Dose: 5-20 mcg/kg/minuto (geralmente com 7,5 mcg/kg/min você
consegue o efeito desejado)
Diluição:
5 ampolas de 10 mL (250 mg) em SF 200 mL
-> solução final com 250 mL com 1 mg/mL ou 1000 mcg/mL
Exemplo :
Dose: 5 mcg/kg/min; Paciente de 70 kg
-> 70 x 5 mcg: 350 mcg/min -> em 60 minutos (60 minutos = 1 hora) ->
21.000 mcg/hora
Solução 1 mg/mL ou 1000 mcg/mL -> 21.000 / 1.000 -> Bomba de infusão
em 21 mL/h
Peso paciente Dose 5 mcg/kg/min Dose 7,5 Dose 10
mcg/kg/min mcg/kg/min
50 kg 15 mL/h 22,5 mL/h 30 mL/h
70 kg 21 mL/h 31,5 mL/h 42 mL/h
100 kg 30 mL/h 45 mL/h 60 mL/h
DOBUTAMINA:
Diluição:
1 ampola de 20 mL (250 mg) em SF 200 mL
-> solução final com 250 mL com 1 mg/mL ou 1000 mcg/mL
Exemplo :
Dose: 5 mcg/kg/min; Pcte de 70 kg
-> 70 x 5 mcg: 350 mcg/min -> em 60 minutos (60 minutos = 1 hora) -> 56
21.000 mcg/hora
Solução 1 mg/mL ou 1000 mcg/mL -> 21.000 / 1.000 -> Bomba de infusão
em 21 mL/h
Peso paciente Dose 2,5 Dose 5 mcg/kg/min Dose 10
mcg/kg/min mcg/kg/min
50 kg 7,5 mL/h 15 mL/h 30 mL/h
70 kg 10,5 mL/h 21 mL/h 42 mL/h
100 kg 15 mL/h 30 mL/h 60 mL/h
VASOPRESSINA
Nome Comercial: Encrise
Apresentação: Ampolas de 1 mL com 20 ui de vasopressina
Mecanismo de ação: estimulação dos receptores da família arginina-
vasopressina (avp); pelo estímulo do receptor AVP1 ou V1 ocorre aumento
da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial; pelo estímulo do
receptor AVP2 ou V2 ocorre aumento da permeabilidade da água no túbulo
renal resultando em diminuição do volume urinário.
Indicação: estados de choque circulatório não responsivos à infusão de
noradrenalina (0.5 mcg/kg/min)
Exemplo:
Dose: 0,02 ui/minuto ; Paciente de 70 kg
-> 0,02 x 60 minutos (60 minutos = 1 hora) -> 1,2 ui/hora
Solução 0,1 ui/mL -> 1.2 / 0,1 -> Bomba de infusão em 12 mL/h
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DOSE mL/HORA
0,01 ui/minuto 6
0,02 ui/minuto 12
0,04 ui/minuto 24
NORADRENALINA:
Nome Comercial: Levophed, Hyponor
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO:
Nome comercial: Nipride
Apresentação: Ampolas de 50 mg
Mecanismo de ação: reduz a resistência vascular periférica devido à ação
direta na musculatura lisa vascular (arterial e venosa), causando
hipotensão.
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Indicação: Manejo de urgências/emergências hipertensivas e manejo de
descompensação de insuficiência cardíaca.
Dose: 0,25 – 10 mcg/kg/minuto (geralmente até 2 mcg/kg/min se consegue
o efeito terapêutico); infusões acima de 2 mcg/kg/min estão relacionadas à
aumento da produção de cianeto, potencialmente tóxico.
Diluição: 1 ampola de 50 mg em Soro Glicosado 5% 250 mL (utilizar equipo
fotoprotetor e proteger frasco da luz)
-> Solução final com 250 mL com 0,2 mg/mL ou 200 mcg/mL
Exemplo:
Dose: 0,5 mcg/kg/min ; Pcte de 70 kg
-> 0,5 x 70 = 35 mcg/min x 60 (60 minutos = 1 hora) = 2.100 mcg/hora
Solução 200 mcg/mL -> 2.100 / 200 -> Bomba de infusão em 10,5 mL/h
ADRENALINA / EPINEFRINA:
Nome comercial: Drenalin, Epifrin, Adren
Exemplo:
Dose: 0,1 mcg/kg/min; Paciente de 70 kg
-> 0.1 x 70 = 7 mcg/min x 60 (60 minutos = 1 hora) = 420 mcg/hora
Solução 16 mcg/mL -> 420/16 -> Bomba de infusão em 26,2 mL/h
Peso paciente Dose 0,01 Dose 0,1 Dose 0.2
mcg/kg/min mcg/kg/min mcg/kg/min
50 kg 1,8 mL/h 18 mL/h 37,5 mL/h
70 kg 2,6 mL/h 26,2 mL/h 52,5 mL/h
100 kg 3,75 mL/h 37,5 mL/h 75 mL/h
Diluição 2: 16 ampolas de epinefrina (4 mg) em Soro glicosado 5% 250 mL
(utilizar equipo fotoprotetor e proteger frasco da luz)
-> Solução final com 250 mL com 0,064 mg/mL ou 64 mcg/mL (por
aproximação = 60mcg/mL)
(vantagem da preparação -> 1mL/h = 1mcg/min)
Exemplo:
Dose: 0,1 mcg/kg/min; Paciente de 70 kg
-> 0.1 x 70 = 7 mcg/min x 60 (60 minutos = 1 hora) = 420 mcg/hora
Solução 60 mcg/mL -> 420/60 -> Bomba de infusão em 7 mL/h
Peso paciente Dose 0,01 Dose 0,1 Dose 0.2
mcg/kg/min mcg/kg/min mcg/kg/min
50 kg 0,5 mL/h 5 mL/h 10 mL/h
70 kg 0,7 mL/h 7 mL/h 14 mL/h
100 kg 1,0 mL/h 10 mL/h 20, mL/h
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EQUIPE INTUBEM AGRADECE
POR TER CHEGADO ATÉ AQUI