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VIAS AFERENTES
O que são vias aferentes?
SISTEMA SENSORIAL
• Somestesia (do latim soma, que quer dizer corpo e
aesthesia, que significa sensibilidade)

• é a capacidade que homens e animais tem de receber


informações sobre as diferentes partes do seu corpo.

• A detecção de um estímulo propriamente dito é


denominada sensação e a interpretação do estímulo
que envolve a consciência é chamada de percepção.
VIAS AFERENTES
A) Receptor: terminação nervosa
sensível ao estímulo que caracteriza a
via.
B) trajeto periférico: compreende um
nervo espinhal ou craniano e um
gânglio sensitivo anexo a este nervo.

C) trajeto central: as vias se agrupam


em feixes que chegam ao SNC

D) área de projeção cortical: córtex


Nas vias conscientes, estes neurônios são
cerebral (sens. Consciente) e cortex geralmente três (I, II, III).
cerebelar (sens. Inconsciente) Em vias inconscientes essa cadeia neuronal
é constituídas de apenas 2 neurônios (I, II).
Em vias inconscientes essa cadeia neuronal é
constituídas de apenas 2 neurônios (I, II). Já nas vias
conscientes, estes neurônios são geralmente três (I, II,
III).

• Neurônio I. Localiza-se geralmente fora do SNC


em um gânglio sensitivo. É um neurônio sensitivo
com um prolongamento periférico e outro central.
• Neurônio II. Localiza-se na coluna posterior da
medula espinhal ou em núcleos de nervos
cranianos, origina axônios que geralmente cruzam
o plano mediano e entram na formação de um
tracto ou lemnisco.
• Neurônio III. Localiza-se no tálamo e origina um
axônio que chega ao córtex cerebral.
Vias de dor e temperatura

• Receptores periféricos: terminações nervosas livres.


• Existe duas vias principais:

1. Neoespino-talâmica; filogeneticamente mais recente e


constitui o tracto espino-talâmico lateral.

2. Paleoespino-talâmica; filogeneticamente mais antiga,


constituída pelas vias tracto espino-reticular e as
fibras retículo-talâmicas (via espino-retículo-talâmica)
Via Neoespino-Talâmica

• É a via clássica de dor e temperatura, constituída basicamente pelo


tracto espino-talâmico lateral (TETL), envolve uma cadeia de 3
neurônios.
• Neurônio tipo I; localizado no gânglio da raiz dorsal, fazendo
sinapse com o tipo II (corno posterior) que cruza o plano mediano
pela comissura branca e se projetam para o funículo lateral do lado
oposto (TETL). terminam no tálamo fazendo sinapse com o
neurônio do tipo III, onde seus axônios se projetam pela capsula
interna ao córtex cerebral, no giro pós-central (somestésica, 3,2 e 1
Brodmann)

É responsável apenas pela sensação de dor


aguda e bem localizada na superfície do corpo
(somatotopia)
NEOESPINOTALÂMICA
Via paleoespino-talâmica

• Constituída de uma cadeia de 4 neurônios.


• Tipo I, localizados nos ganglios espinhais
• Tipo II, situam-se no corno posterior, seus axônios dirigem-se ao funículo
lateral do mesmo lado e do lado oposto e constitui o tracto espino-reticular e
sobe juntamente com TETL.
• Tipo III, na formação reticular, fibras retículo talâmicas.
• Tipo IV, projetam-se para territórios muito amplos do córtex cerebral.

Não tem organização somatotópica e é


responsável por um tipo de dor pouco
localizada, dor profunda do tipo crônica, dor em
queimação
Vias de pressão e tato protopático

• Os receptores de pressão e tato são tanto os corpúsculos de Meissner


como os de Ruffini.
• Neurônios tipo I: localizam-se no gânglio da raiz dorsal.
• Faz sinapse na coluna posterior com os neurônios tipo II, e seus axônios
cruzam o plano mediano na comissura branca, atingem o funículo anterior do
lado oposto constituindo o tracto espino-talâmico anterior. Ao nível da ponte
se funde com o TETL formando o Lemnisco espinhal cujas fibras terminam no
tálamo fazendo sinapse com os tipo III, e daí passam pela capsula interna e
chegam ao córtex cerebral.

Por este caminho chegam ao córtex os impulsos relacionados a


pressão e tato situados no tronco e membros
Via de propriocepção consciente, tato epicrítico e
sensibilidade vibratória

Receptores para propriocepção consciente (fusos neuromusculares e


órgãos neurotendinosos); tato (Ruffini e Meissner) e para a
sensibilidade vibratória ( corp. Paccini).
• Neurônios tipo I: gânglios espinhais e ascende via fascículo grácil (MMII) e
cuneiforme (MMSS) até o bulbo.
• Neurônio tipo II: nos núcleos grácil e cuneiforme no bulbo, cruzam o plano
mediano onde fazem a decussação no lemnisco medial, este termina no
tálamo fazendo sinapse com o do tipo III, que geram axônios que chegam a
área somestésica.
Por estas vias chegam ao córtex impulsos nervosos
responsáveis pelo tato epicrítico, propriocepção
consciente, e sensibilidade vibratória.
Via de propriocepção consciente,
tato epicrítico e sensibilidade
vibratória

Receptores para propriocepção


consciente (fusos neuromusculares e
órgãos neurotendinosos); tato (Ruffini
e Meissner) e para a sensibilidade
vibratória ( corp. Paccini).

Por estas vias chegam ao córtex impulsos


nervosos responsáveis pelo tato epicrítico,
propriocepção consciente, e sensibilidade
vibratória.
Via de propriocepção inconsciente

• Os receptores são os fusos e OTG’s, situados nos músculos e tendões.


• Neurônio tipo I: localiza-se no gânglio da raiz dorsal.
• O prolongamento central penetra na raiz posterior, que terminam fazendo
sinapse com os tipo II da coluna posterior ou no núcleo cuneiforme acessório
do bulbo.
• Os impulsos originados no tronco e MMII seguem pelos dois tractos espino-
cerebelares
• Os originados nos membros superiores e no pescoço seguem pelo tracto
cuneo-cerebelar

Através dessas vias, os impulsos proprioceptivos originados


na musculatura estriada esquelética chegam até o cerebelo.
Via de propriocepção inconsciente
• Os receptores são os fusos e OTG’s, situados
nos músculos e tendões.
• Neurônio tipo I: localiza-se no gânglio da raiz
dorsal.
• O prolongamento central penetra na raiz
posterior, que terminam fazendo sinapse com
os tipo II da coluna posterior ou no núcleo
cuneiforme acessório do bulbo.
• Os impulsos originados no tronco e MMII
seguem pelos dois tractos espino-cerebelares
• Os originados nos membros superiores e no
pescoço seguem pelo tracto cuneo-cerebelar
Através dessas vias, os impulsos proprioceptivos originados
na musculatura estriada esquelética chegam até o cerebelo.
Subsistemas sensoriais

• Sistema epicrítico: responde ao tato fino e propriocepção


consciente, possui grande capacidade discriminativa e alta
precisão sensorial (acuidade).
• Alta velocidade de condução e campos receptores pequenos.

• Sistema protopático: responde ao tato grosseiro,


termossensibilidade e a dor, é um sistema pouco
discriminativo e menos preciso.
• Média e baixa velocidade de condução e campos receptores
grandes.
Subsistemas sensoriais

• Sistema Epicrítico:
Propriocepção
Sensibilidade vibratória
Tato epicrítico (tato fino)

• Sistema Protopático
Tato grosseiro e pressão
Dor
Temperatura
SENSIBILIDADE
 Constitui uma das grandes funções do SN
 É uma resposta a um estímulo na pele ou dentro do corpo que nos
comunica o que está acontecendo. É a sensação que o organismo
percebe.

-Tipos de Sensibilidade:

a) Superficial ou Exteroceptiva
b) Profunda ou Proprioceptiva
c) Sensações corticais combinadas

Fonte: FISIOTERAPIA-AVALIAÇÃO E TRATAMENTO. Susan O Sulliva. Capítulo 8


A) Sensações superficiais

 Recebem estímulos do ambiente externo


através da pele.
 Os exteroceptores são responsáveis pela
percepção de:
 DOR
 TEMPERATURA
 TATO LEVE
 PRESSÃO.
B) SENSAÇÕES PROFUNDAS( PROPRIOCEPTIVAS)

 Recebem estímulos de músculos, tendões,


articulações, ligamentos e fáscias.
 São responsáveis pelo senso de:

- PROPRIOCEPÇÃO

ARTRESIA / CINESTESIA

- VIBRAÇÃO;
c) Sensações corticais
 TATO EPICRÍTICO:
 estereognosia,
combinadas
 barognosia,
 discriminação entre dois pontos,
 grafestesia Requerem informações de receptores
exteroceptivos e proprioceptivos.
- Tipos de receptores sensoriais

Receptores cutâneos

Terminações nervosas livres ( percepção de dor, temperatura, toque,


1.
pressão, sensação de cócegas e coceira)
2. Folículos pilosos (tato leve )
3. Discos de Merkel (tato leve)
4. Terminações de Ruffini( tato leve, pressão e calor)
5. Corpúsculos de Krause( tato leve, pressão e frio)
6. Corpúsculos de Meissner ( toque discriminativo e identificação da
textura)
7. Corpúsculos de Pacini ( toque profundo e vibração)
-Tipos de receptores sensoriais

Receptores Profundos

a) Fusos musculares ( senso de posição e movimento e


aprendizado motor)
b) Órgão tendinosos de Golgi( monitoram a tensão dentro do
músculo)
c) TNL ( respondem à dor e à pressão)
d) Pacini ( vibração e pressão profunda)
-TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS

• Receptores Articulares

a) Órgão tendinosos de Golgi (detectam a velocidade


do movimento articular)
b) TNL (respondem a dor e a pressão)
c) Pacini ( mov. Articulares rápidos)
d) Ruffini ( velocidade do mov. Articular)
GRANDES VIAS
EFERENTES

• VIAS PIRAMIDAIS (TRACTO


CORTICO-ESPINHAL E CÓRTICO-
NUCLEAR)

• VIAS EXTRAPIRAMIDAIS (RUBRO-


ESPINHAL, TECTO ESPINHAL
VESTIBULO-ESPINHAL E RETÍCOLO-
ESPINHAL)
TRACTO CORTICO-
ESPINHAL
• VIAS DO CÓRTEX AOS NEURÔNIOS
MOTORES DA MEDULA
• MAIORIA DAS VIAS CRUZADAS
TRACTO CORTICO-
NUCLEAR
• TRANSMITE OS
IMPULSOS AOS
NEURÔNIOS
MOTORES DO
TRONCO
ENCEFÁLICO

• A MAIORIA É
HOMOLATERAL
TRACTO RUBRO-ESPINHAL
Junto com
o tracto córtico-
espinhal,
controla a
motricidade
voluntária dos
músculos distais
dos membros.
TRACTO TECTO-ESPINHAL
Origina-se no
colículo superior, que
se relaciona com a
retina e o córtex visual,
terminando na medula
cervical alta. Logo, faz
parte dos reflexos para
a movimentação da
cabeça aos estímulos
visuais.
TRACTO VESTIBULO-ESPINHAL
Núcleos
vestibulares recebem
informações do
ouvido e cerebelo,
envia para os
neurônios motores
medulares,
realizando a
manutenção do
equilíbrio.
TRACTO RETICULO-ESPINHAL
É o mais importante dos
tractos extrapiramidais.
Interliga várias áreas da
formação reticular com
neurônios motores. Envolvem
o controle de movimentos
tanto voluntários como
automáticos. Coloca o corpo
na postura básica, ou postura
de “partida”, necessária à
execução de movimentos pela
musculatura distal dos
membros.

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