Você está na página 1de 10

Estudo Dirigido P2 ASE 4 – Sistema Nervoso Periférico

1. Compreender os componentes do sistema nervoso periférico, sua função e divisão.


Segundo Marieb (7° edição):
Componentes:
a) Receptores sensitivos: tipos de terminações nervosas que captam os estímulos (alterações
ambientais) do interior e exterior do corpo e depois iniciam impulsos nervosos nos axônios
sensitivos, que levam os impulsos para o SNC. São as estruturas que captam os estímulos e depois
iniciam os sinais nos axônios sensitivos. A maioria dos receptores se encaixa em duas categorias
principais: terminações nervosas livres e células receptoras especializadas, que são células
epiteliais especializadas ou pequenos neurônios que transferem informações para os neurônios
sensitivos. As terminações nervosas livres monitoram a maior parte dos tipos de informação
sensitiva geral (como tato, dor, pressão, temperatura e propriocepção), enquanto as células
receptoras especializadas monitoram a maior parte dos tipos de informação sensitiva especial
(gustação, visão, audição e equilíbrio). Os receptores sensitivos podem ser classificados com base
na sua função ou estrutura.
 Classificação funcional: agrupa os receptores segundo a sua localização ou o tipo de
estímulo que detectam. A) Exteroceptores: são sensíveis aos estímulos originários fora do
corpo. Consequentemente, a maioria dos exteroceptores está situada na superfície do
corpo ou nas suas proximidades e incluem os receptores de tato, pressão, dor e
temperatura na pele e a maior parte dos receptores dos órgãos de sentidos especiais. B)
Interoceptores: também chamados visceroceptores, recebem estímulos das vísceras
internas, como o tubo digestório, a bexiga e os pulmões. Interoceptores diferentes
monitoram vários estímulos, incluindo alterações na concentração química, estímulos
gustatórios, o estiramento dos tecidos e a temperatura. Sua ativação faz que se sinta dor
visceral, náusea, fome ou saciedade. C) Proprioceptores: estão situados nos órgãos
musculoesqueléticos, como os músculos esqueléticos, tendões, articulações e ligamentos.
Os proprioceptores monitoram o grau de estiramento desses órgãos locomotores e enviam
informações sobre os movimentos corporais para o SNC.
 Classificação estrutural: divisão feita em terminações nervosas livres e encapsuladas
(circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo). A) terminações nervosas livres:
invadem quase todos os tecidos do corpo, mas são particularmente abundantes nos
epitélios e no tecido conjuntivo subjacente aos epitélios. Esses receptores são basicamente
nociceptores e termorreceptores, respondendo à dor e à temperatura (embora alguns
respondam aos movimentos do tecido provocados pela pressão). Uma maneira de
caracterizar em termos funcionais as terminações nervosas livres é dizer que elas
monitoram os sentidos afetivos, aqueles para os quais as pessoas têm uma resposta
emocional — as pessoas respondem emocionalmente à dor. B) terminações nervosas
encapsuladas: consistem em uma ou mais fibras de neurônios sensitivos confinadas em
uma cápsula de tecido conjuntivo. Todas parecem ser mecanorreceptores e suas cápsulas
servem para amplificar o estímulo ou para filtrar os tipos de estímulos errados. Os
receptores encapsulados têm formas, tamanhos e distribuições bastante variados. Os tipos
principais são os:
Corpúsculos táteis (de Meissner): são compostos por terminações nervosas espiraladas, envoltas
por células de Schwann que, por sua vez, estão envoltas por uma cápsula oval de tecido conjuntivo.
Estão localizados nas papilas dérmicas, abaixo da epiderme, e são receptores de adaptação rápida
para o toque fino, ocorrendo em áreas sensíveis e sem pelos como os lábios, mamilos, palmas das
mãos e ponta dos dedos.

Corpúsculos lamelares (de Vater-Paccini): estão dispersos pelos tecidos conjuntivos profundos.
Apresenta uma única terminação nervosa, a qual está envolta em até 60 camadas de células de
Schwann. São receptores de adaptação rápida, sendo mais adequados para monitorar estímulos de
vibração e presença/ausência de pressão.

Corpúsculos bulbosos (terminações de Ruffini): são terminações nervosas confinadas em uma


cápsula fina e achatada. Estão localizados na derme, respondendo à pressão e ao toque.
Entretanto, eles apresentam adaptação lenta, podendo monitorar a pressão contínua na pele.

Propioceptores: são terminações nervosas encapsuladas que monitoram o estiramento em órgãos


locomotores. Incluem os fusos musculares, órgãos tendíneos e receptores cinestésicos e articulares.

Os receptores sensitivos monitoram muitos tipos de estímulo. O tipo de estímulo que ativa
mais prontamente um receptor sensitivo pode ser utilizado para categorizá-lo
funcionalmente. A) Mecanorreceptores: respondem a forças mecânicas como o toque, a
pressão, o estiramento, as vibrações e o prurido. Um tipo de mecanorreceptor, chamado
barorreceptor, monitora a pressão arterial. B) Termorreceptores: respondem às mudanças
na temperatura. C) Quimiorreceptores: respondem a produtos químicos em solução (como
moléculas degustadas ou inaladas) e a mudanças na química do sangue. D)
Fotorreceptores: no olho, respondem à luz. E) Nociceptores: respondem a estímulos
nocivos que resultam em dor (noci = nocivo).

a) Terminações motoras: são as terminações dos axônios dos neurônios motores que
inervam os efetores: órgãos, músculos e glândulas.
b) Nervos: são feixes de axônios que se estendem pelo SNP.
c) Gânglios: agrupamentos de corpos celulares que se situam ao longo dos nervos no SNP.
Semelhantes a nós em uma corda.
d) Plexos: temos 3 divisões: A) plexo braquial, no membro superior. Possui origem nas
raízes de C5, C6, C7, C8 e T1. Então são dessas raízes que saem os nervos que inervam
os MMSS. B) plexo lombar: tem sua origem nas raízes de T12 à L5. C) plexo sacral:
origem nas raízes de L4 a S5.
Função: o SNP liga o SNC aos outros órgãos, outras partes do corpo, com a finalidade de realizar o
transporte de informações. Dessa forma, o SNP leva as informações recebidas – por meio dos
receptores sensitivos – ao SNC, e logo depois dessas informações serem processadas o SNP leva de
volta a resposta aos órgãos efetores.
Divisão:
No mapa
1.1. Descrever o sistema simpático e parassimpático e as principais diferenças entre eles.
Segundo Marieb (7° edição):
O SNA é o sistema de neurônios motores que inervam a musculatura lisa, o músculo cardíaco e as glândulas do
corpo. Ao controlar esses efetores, o SNA regula as funções viscerais, tais como a frequência cardíaca, a pressão
arterial, a digestão e a micção, que são essenciais para manter a estabilidade do ambiente interno do corpo. O
SNA é a divisão motora visceral geral da parte periférica do sistema nervoso. Um terceiro componente da
inervação nervosa, o sistema nervoso entérico, também inerva a musculatura lisa e as glândulas,
especificamente no trato digestório. O sistema nervoso entérico regula a atividade do trato digestório e
funciona de modo completamente independente do SNC. Os neurônios autônomos para o trato digestório
podem influenciar os neurônios entéricos, estimulando ou inibindo sua atividade.
Unidade motora do SNA: inclui uma cadeia de dois neurônios motores. A primeira dessas cadeias chama-se
neurônio pré-ganglionar. O corpo celular desse neurônio está situado no SNC. Seu axônio, o axônio pré-
ganglionar (também chamado de fibra pré-ganglionar), comunica-se por sinapse com o segundo neurônio
motor, o neurônio pós-ganglionar, em um gânglio autônomo periférico. O axônio pós-ganglionar (ou fibra pós-
ganglionar) estende-se até os órgãos viscerais. Em termos funcionais, o neurônio pré-ganglionar sinaliza o
neurônio pós-ganglionar, que então estimula a contração muscular ou secreção glandular no órgão efetor. Os
axônios pré-ganglionares são fibras delgadas e pouco mielinizadas, enquanto os pós-ganglionares são ainda
mais delgados e não mielinizados (amielínicos). Consequentemente, os impulsos são conduzidos pelo SNA com
uma velocidade menor do que a do sistema motor somático. É importante enfatizar que os gânglios autônomos
são gânglios motores que contêm corpos celulares de neurônios motores. Diferentes dos gânglios da raiz dorsal,
eles não são gânglios sensitivos.
O SNA possui duas partes: simpática e parassimpática, que possuem cadeias de dois neurônios motores que
inervam basicamente os mesmos órgãos viscerais, mas que provocam efeitos opostos; uma divisão estimula
algum músculo liso a contrair ou uma glândula a secretar; a outra divisão inibe a ação. A parte simpática
mobiliza o corpo durante as situações extremas, como de medo, de exercício ou de raiva. A parte
parassimpática habilita o corpo a relaxar, trabalhando para conservar a energia corporal. Em outras palavras, a
parte parassimpática controla as funções de manutenção de rotina e a parte simpática torna-se mais ativa
quando é necessário um esforço metabólico extra. O equilíbrio entre as duas partes mantém os sistemas
corporais funcionando sem problemas.
a) Simpática: responsável pela resposta de lutar ou fugir. Sua atividade é evidente durante o exercício pesado,
a emoção ou em emergências. O coração acelerado, as pupilas dilatadas e a pele fria e suada são sinais de
que a parte simpática foi mobilizada. Tudo isso nos ajuda a responder às situações de perigo: o aumento da
frequência cardíaca fornece mais sangue e oxigênio para os músculos esqueléticos utilizados para lutar ou
fugir; a dilatação das pupilas deixa entrar mais luz para obter uma visão mais clara; e a pele fria indica que o
sangue está sendo desviado da pele para os órgãos mais vitais, como o cérebro. Além disso, os pequenos
tubos de ar nos pulmões (bronquíolos) dilatam, aumentando a captação de oxigênio, o consumo de
oxigênio pelas células do corpo aumenta e o fígado libera mais açúcar no sangue para suprir as crescentes
necessidades de energia das células. Desse modo, os “motores do corpo são acelerados” para a atividade
vigorosa. As funções temporariamente não essenciais, como a digestão e a motilidade do trato urinário, são
inibidas: quando você está correndo para pegar o último ônibus para casa, a digestão do almoço pode
esperar. A parte simpática também inerva o músculo liso nas paredes dos vasos sanguíneos. O estímulo
simpático para os vasos sanguíneos que atendem os músculos esqueléticos aumenta, fazendo que o
músculo liso dos vasos relaxe. Esses vasos dilatam, levando mais sangue para os músculos ativos. Ao mesmo
tempo, o maior estímulo simpático para o músculo liso em outros vasos sanguíneos estimula a contração,
produzindo vasoconstrição. Esse estreitamento do diâmetro do vaso força o coração a trabalhar com mais
intensidade para bombear o sangue pelo circuito vascular. Em consequência, a atividade simpática provoca
aumento da pressão arterial durante a emoção e o estresse.
b) Parassimpática: mais ativa quando estamos em repouso. Essa parte é voltada para a conservação da energia
corporal e para o direcionamento das atividades vitais de “manutenção”, como a digestão e a eliminação de
fezes e urina. As palavras-chave a serem lembradas são “descansar e digerir”. A função parassimpática é
mais bem ilustrada por uma pessoa que esteja relaxando lendo um jornal, após uma refeição. As
frequências cardíaca e respiratória estão em níveis baixos normais e o trato gastrintestinal está digerindo o
alimento. As pupilas estão constritas, já que o olho foca na visão de perto.
Além dessas diferenças funcionais, existem diferenças anatômicas e bioquímicas entre as partes simpática e
parassimpática:
 As duas divisões originam-se em regiões diferentes do SNC. A parte simpática também pode ser
chamada divisão toracolombar, já que suas fibras emergem das partes torácica e lombar superior da
medula espinal. A parte parassimpática também pode ser chamada parte craniossacral, pois suas
fibras emergem do encéfalo (parte craniana) e da medula espinal sacral (parte sacral).
 As vias simpáticas possuem axônios pós-ganglionares longos, enquanto os axônios pós-ganglionares
das vias parassimpáticas são comparativamente curtos. Todos os gânglios simpáticos situam-se
perto da medula espinal e da coluna vertebral; os axônios pós-ganglionares estendem-se desses
gânglios e seguem para seus órgãos-alvo. Os gânglios parassimpáticos ficam longe do SNC, dentro
ou perto dos órgãos inervados; portanto, os axônios pós-ganglionares são bem curtos.
 As fibras simpáticas ramificam-se profusamente, ao contrário das fibras parassimpáticas. Essa
ramificação ampla permite que cada neurônio simpático influencie uma série de órgãos viscerais
diferentes, habilitando muitos órgãos a se mobilizarem simultaneamente durante a resposta de
lutar ou fugir. Na realidade, a tradução literal de simpática, “vivenciada em conjunto”, reflete a
mobilização que ela produz no corpo inteiro. Os efeitos parassimpáticos, por outro lado, são mais
localizados e discretos.
 A principal diferença bioquímica entre as duas partes do SNA envolve o neurotransmissor liberado
pelos axônios pós-ganglionares. Na parte simpática, a maioria dos axônios pós-ganglionares libera
norepinefrina (também chamada noradrenalina); essas fibras chamam-se adrenérgicas.3 O
neurotransmissor pós-ganglionar na parte parassimpática é a acetilcolina (ACh); essas fibras
chamam-se colinérgicas. Os terminais axonais pré-ganglionares de ambas as divisões sempre são
colinérgicos (liberam ACh).

Exemplos de funções motoras viscerais que não são controladas de forma fácil pela vontade consciente
(parecem ter vontade própria):

 Acordar no meio da noite após ter ingerido uma comida com gosto estranho num restaurante e
perceber que o estômago não aceita o alimento.
 Após ingerir muito líquido sentir a bexiga apresentar contrações desconfortáveis.
 Quando o professor faz uma pergunta difícil e começamos a suar inconscientemente.

São funções controladas pelo SNA, um sistema motor que trabalha com relativa independência.

2. Compreender a origem, função, tipos e estrutura de nervos.


Segundo Marieb (7° edição):
Origem
A) Cranianos: se originam do encéfalo, 2 pares do cérebro e 10 pares do tronco encefálico, totalizando
12 pares de nervos cranianos.
B) Espinhais: origem na medula espinhal e totalizam 31 pares, que emergem das regiões cervical,
torácica, lombar, sacral e coccígea; esses 31 pares originam mais nervos, sobretudo nos MMS e
MMI (nervos periféricos).
Função: os nervos cranianos levam e trazem sinais para o encéfalo, enquanto os nervos espinais
transmitem sinais de/para a medula espinal. Os nervos periféricos servem como linhas de
comunicação que ligam todas as regiões do corpo ao sistema nervoso central. Cada nervo segue um
caminho definido e supre uma região específica do corpo. Eles estabelecem comunicação entre os centros
nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores (músculos e glândulas). Eles possuem fibras aferentes
(transportam informações no sentido centrípeto) e fibras eferentes (transportam informações no sentido
centrífugo).
Estrutura: Consiste em muitos axônios (fibras nervosas) organizados em feixes paralelos e confinados em
envoltórios sucessivos de tecido conjuntivo. Quase todos os nervos contêm fibras nervosas sensitivas e
motoras, mielínicas e amielínicas. Cada axônio é circundado pelas células de Schwann e há uma camada
delicada de tecido conjuntivo frouxo, o endoneuro, revestindo esse conjunto. Esses axônios se associam em
grupos chamados de fascículos, revestidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada perineuro. Esse
perineuro apresenta células unidas por junções oclusivas, o que constitui uma barreira à passagem de
moléculas, o que é um mecanismo de defesa do SNP. Finalmente, os grupos de fascículos são revestidos por
uma bainha fibrosa rígida, o epineuro, que preenche os espaços entre os feixes de fibras. O tecido
conjuntivo em um nervo contém os vasos sanguíneos que nutrem os axônios e as células de Schwann.
Tipos: A maioria dos nervos contém fibras sensitivas (aferentes) e motores (eferentes), sendo chamados de
nervos mistos. Nervos que apresentam somente fibras sensitivas são chamados de nervos sensitivos, como é
o caso de alguns nervos que partem do encéfalo. Nervos que contém somente fibras de função motora são
chamados de nervos motores.
2.1 Identificar os pares de nervos cranianos e sua importância (fazer correlação com o problema).

Segundo Grays – Anatomia para estudantes:


Conectam ao encéfalo e passam por vários forames no crânio. Esses nervos são numerados de I a XII em
uma direção craniocaudal. Os dois primeiros pares se conectam ao prosencéfalo (diencéfalo e telencéfalo) e
os demais ao tronco encefálico. Exceto o nervo vago (X), que se estende para o abdome, os nervos
cranianos inervam apenas as estruturas da cabeça e pescoço.
I. Olfatório: origem aparente no encéfalo é no bulbo olfatório e no crânio na lâmina crivosa do osso
etmoide. Carrega fibras aferentes especiais relacionadas com a olfação. Seus neurônios sensitivos
possuem: a) processos periféricos que atuam como receptores na mucosa nasal; b) processos
centrais que conduzem informações ao encéfalo.Seus receptores estão no teto e na parte superior
da cavidade nasal.
II. Óptico: origem aparente no encéfalo é no quiasma óptico e no crânio no canal óptico. É o nervo
sensitivo da visão e se desenvolve como um crescimento do cérebro. Possui fibras aferentes
especiais e conduzem informações ao encéfalo por meio de fotorreceptores na retina.
III. Oculomotor: origem aparente no encéfalo é no sulco medial do pedúnculo cerebral e no crânio na
fissura orbital superior. Possui dois tipos de fibras: A) eferentes somáticas gerais – inervam a
maioria dos Mm. Extrínsecos do olho – e B) eferentes viscerais gerais – compõem a parte
parassimpática do SNA. É responsável por mover o bulbo do olho na órbita.
IV. Troclear: origem aparente no encéfalo é no véu medular superior e no crânio na fissura orbital
superior. É formado por fibras eferentes somáticas gerais. Inerva um músculo extrínseco do olho –
M. oblíquo superior – que passa por um ligamento em forma de polia, na órbita.
V. Trigêmeo: origem aparente no encéfalo é entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio e no crânio
na fissura orbital superior (oftálmico); forame redondo (maxilar) e forame oval (mandibular). É o
principal nervo sensitivo da cabeça e inerva também Mm. que movimentam a mandíbula. Possui
fibras aferentes somáticas gerais – que captam informações da face, metade anterior do couro
cabeludo, mucosas da cavidade oral e nasal e seios paranasais, parte da membrana timpânica,
bulbo do olho e conjuntiva e a dura-máter nas fossas anterior e média do crânio – e eferentes
viscerais especiais – que inervam os Mm. da mastigação, o tensor do tímpano, tensor do véu
palatino, o milo-hióideo e o ventre anterior do digástrico. Expande-se e forma um gânglio
trigeminal na fossa média; esse gânglio se encontra na depressão trigeminal. A margem anterior do
gânglio trigeminal origina três divisões terminais do nervo trigêmeo, que em ordem descendente
são: o nervo oftálmico (divisão oftálmica V1), nervo maxilar (divisão maxilar V2) e o nervo
mandibular (divisão mandibular V3).
VI. Abducente: origem aparente no encéfalo é no sulco bulbo-pontino e no crânio na fissura orbital
superior. Chama-se abducente porque é responsável por inervar o Mm. reto lateral, que abduz o
bulbo do olho (vira para os lados).
VII. Facial: origem aparente no encéfalo é no sulco bulbo-pontino (lateral ao VI) e no crânio no forame
estilomastóideo. Possui fibras aferentes somáticas gerais, aferentes especiais, eferentes viscerais
gerais e eferentes viscerais especiais. É responsável principalmente por inervar os Mm. da face e
pelas expressões faciais. Possui fibras aferentes especiais. Possui um componente vestibular para o
equilíbrio e um coclear para a audição. É reponsável pela audição e equilíbrio.
VIII. Vestibulococlear: origem aparente no encéfalo é no sulco bulbo-pontino (lateral ao VII) e penetra
no osso temporal pelo meato acústico interno, mas não sai do crânio. Possui fibras aferentes
especiais. Possui um componente vestibular para o equilíbrio e um coclear para a audição. É
reponsável pela audição e equilíbrio.
IX. Glossofaríngeo: origem aparente no encéfalo é no sulco lateral posterior do bulbo e no crânio no
forame jugular. Possui fibras AVG, AE, EVG E EVE. É responsável por inervar a língua e a faringe.
X. Vago: origem aparente no encéfalo é no sulco lateral posterior caudalmente ao IX e no crânio no
forame jugular. Apresenta fibras dos tipos ASG, AVG, AE, EVG e EVE. Responsável por inervar o
tórax e abdome.
XI. Acessório: origem aparente no encéfalo é no sulco lateral posterior do bulbo (raiz craniana) e
medula (raiz espinhal) e no crânio no forame jugular. Possui fibras do tipo EVE. É responsável por
levar a inervação motora aos músculos trapézio e esternocleidomastóideo.
XII. Hipoglosso: origem aparente no encéfalo é no sulco lateral anterior do bulbo, adiante do oliva e no
crânio no canal do hipoglosso. Possui fibras do tipo ESG. É responsável por inervar todos os
músculos intrínsecos e a maioria dos extrínsecos da língua.
2.2 Identificar os pares de nervos espinhais e sua importância (fazer correlação com o problema).
Trinta e um pares de nervos espinais, cada um contendo milhares de fibras nervosas; caracterizam-se
por possuir sua origem na medula espinhal. A medula possui 31 segmentos, cada um originando um par
de nervo. Esses nervos recebem seus nomes de acordo com sua saída na coluna vertebral. Existem: 8
pares de nervos cervicais (C1-C8); 12 pares de nervos torácicos (T1-T12); 5 pares de nervos lombares
(L1-L5); 5 pares de nervos sacrais (S1-S5); 1 par de nervos coccígeos (designado Co). Existem 8 pares de
nervos cervicais mas apenas sete vértebras cervicais. Explicação: o primeiro nervo cervical espinal (C1) é
superior à primeira vértebra, enquanto o último nervo cervical (C8) sai em uma posição inferior à
sétima vértebra cervical, deixando seis nervos entre eles. Abaixo da região cervical, cada nervo espinal
sai em uma posição inferior à vértebra de mesmo número. Cada nervo espinal possui ramos longos que
se destinam a maior parte do corpo inferior à cabeça. Cada nervo espinal se conecta à medula espinal
por uma raiz dorsal e uma raiz ventral. Cada raiz se forma a partir de uma série de radículas que se
conectam ao longo de todo o comprimento do segmento de medula espinal correspondente. A raiz
dorsal contém os axônios dos neurônios sensitivos que surgem nos corpos celulares no gânglio da raiz
dorsal. A raiz ventral contém os axônios dos neurônios motores cujos corpos celulares estão situados
no corno ventral da medula espinal. O nervo espinal está situado na junção das raízes dorsal e ventral,
imediatamente lateral ao gânglio da raiz dorsal. Os nervos espinais e os gânglios da raiz dorsal se situam
nos forames intervertebrais, entre os pedículos ósseos dos arcos vertebrais. Na posição diretamente
lateral ao seu forame intervertebral, cada nervo espinal se abre em um ramo dorsal e um ramo ventral.
Conectando-se à base do ramo ventral estão os ramos comunicantes, que levam aos gânglios do tronco
simpático (estruturas motoras viscerais). O ramo dorsal contém fibras sensitivas, e o ramo ventral,
fibras motoras. O nervo espinal é misto, ou seja, possui tanto fibras sensitivas como motoras. Esses
ramos inervam toda a região somática do corpo, o tubo externo (musculatura esquelética e pele), a
partir do pescoço e na direção inferior. Os ramos dorsais inervam a região dorsal do pescoço e do
tronco. Os ramos ventrais muito mais espessos inervam uma área maior: as regiões anterior e lateral do
pescoço e do tronco e todas as regiões dos membros. É importante rever a diferença entre raízes e
ramos.
 As raízes se situam no lado medial dos nervos espinais e são estritamente sensitivas (raiz dorsal)
ou estritamente motoras (raiz ventral).
 Os ramos são ramificações laterais dos nervos espinais e cada um deles contém fibras sensitivas
e fibras motoras.
2.3 Diferenciar nervos e gânglios.

Gânglios: Corresponde ao acúmulo de neurônios fora do SNC. São pequenas massas de tecido nervoso
compostas primariamente por corpos celulares que se localizam fora do encéfalo e da medula espinal. Em
sua maioria, são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a nervos. Os
corpos celulares são circundados por células-satélite da neuroglia, as quais fornecem suporte estrutural e
regulam as trocas de substâncias entre os corpos celulares neuronais e o líquido intersticial. Associam-se
intimamente com os nervos cranianos e espinais.
3. Entender as vias motoras e sensitivas e citar suas alterações.
Segundo Marieb, 7° edição:
O encéfalo está conectado com a periferia do corpo por vias multineuronais que atravessam a substância
branca do SNC. Essas vias são compostas de tratos interconectados que retransmitem informações de uma
parte do SNC para outra. As vias que transmitem informações para as regiões mais rostrais do SNC se chamam
vias ascendentes; as vias que transmitem informações para as regiões mais caudais do SNC se chamam vias
descendentes.
Características resumidas das vias ascendentes e descendentes:
 A maioria das vias atravessa, ou cruza, o SNC de um lado a outro em algum ponto ao longo de seu
curso.
 A maioria das vias consiste em uma cadeia de dois ou três neurônios ligados em série que contribuem
para tratos sucessivos ao longo de determinada via.
 A maioria das vias é organizada espacialmente de maneira específica, de acordo com a região do corpo
que abastecem. Por exemplo, em um trato ascendente os axônios que transmitem impulsos das partes
superiores do corpo se situam lateralmente aos axônios que transmitem impulsos das partes inferiores
do corpo.
 Todas as vias são simétricas bilateralmente, ocorrendo nos lados direito e esquerdo do encéfalo ou da
medula espinal.

Os segmentos dessas vias que passam pela medula espinal denominam-se tratos espinais ascendentes e
descendentes: os tratos ascendentes transmitem informações sensitivas para o encéfalo; os tratos
descendentes transmitem instruções motoras para os efetores do corpo.

- Vias ascendentes: conduzem impulsos sensitivos somáticos gerais superiormente através de cadeias de
dois ou três neurônios para várias regiões do encéfalo. O primeiro neurônio na via, chamado neurônio de
primeira ordem, é o neurônio sensorial que se estende do receptor sensorial para a medula espinal. O
neurônio de primeira ordem mantém uma sinapse no SNC com outro neurônio na via, o neurônio de
segunda ordem. Em alguma via ascendente, o neurônio de segunda ordem faz sinapse com um neurônio de
terceira ordem. Três vias ascendentes principais são as vias espinocerebelar, funículo posterior e
espinotalâmica.

 Via espinocerebelar: surge nos neurônios de segunda ordem, no corno dorsal da medula espinal, e
termina no cerebelo. Essa via transmite informações sobre propriocepção inconsciente dos
membros inferiores e do tronco para o cerebelo, que utiliza essas informações para coordenar os
movimentos do corpo. Essas fibras não se cruzam ou se cruzam duas vezes, desfazendo a
decussação; desse modo, elas projetam-se na direção ipsilateral.
 Via do funículo posterior: transmite informações sobre tato preciso, pressão e propriocepção
consciente (como no exemplo que eu citei na abertura passada, de flexionar e estender os dedos; a
gente sabe quais articulações estão trabalhando mesmo sem olhar). Esses são os sentidos
discriminativos — que podem estar situados precisamente na superfície do corpo. Na via do
funículo posterior: A) os axônios dos neurônios de primeira ordem, os neurônios sensitivos, entram
na medula espinal e enviam um prolongamento até um dos tratos do funículo posterior, o fascículo
grácil medial ou o fascículo cuneiforme lateral. Esses axônios sobem pelo trato espinal até o bulbo.
B) No bulbo, esses axônios fazem sinapse com neurônios de segunda ordem no núcleo grácil ou
núcleo cuneiforme. Os axônios desses núcleos encefálicos formam um trato denominado lemnisco
medial, que decussa no bulbo e depois sobe pela ponte e pelo mesencéfalo até o tálamo. C) Os
neurônios de terceira ordem originam-se no tálamo e enviam axônios para o córtex somestésico
primário no giro pós-central, onde as informações sensitivas são processadas, resultando na
percepção de sensibilidade precisamente localizada.
 Via espinotalâmica: transmite informações sobre dor, temperatura, pressão profunda e tato
protopático (não discriminativo) — estímulos que percebemos, mas não conseguimos localizar com
precisão na superfície do corpo. Na via espinotalâmica: A) os axônios dos neurônios sensitivos de
primeira ordem entram na medula espinal, onde fazem sinapse com interneurônios no corno
posterior. B) Os axônios dos neurônios de segunda ordem cruzam-se na medula espinal, entram
nos funículos lateral e anterior como trato espinotalâmico e sobem para o tálamo. C) Os axônios
dos neurônios de terceira ordem no tálamo projetam-se para o córtex somestésico primário no giro
pós-central, onde a informação é processada como sensibilidade consciente. O encéfalo interpreta
a informação sensitiva transmitida pela via espinotalâmica como desagradável — dor, queimadura,
frio etc.

- Vias descendentes: os tratos espinais descendentes transmitem instruções (eferências) motoras do


encéfalo para a medula espinal. Cada via contém neurônios motores superiores e neurônios motores
inferiores. Os neurônios motores superiores originam-se na substância cinzenta do encéfalo e enviam
longos axônios por um trato descendente da medula espinal. Esses axônios fazem sinapses com
neurônios motores inferiores no corno anterior da medula espinal. Os axônios dos neurônios motores
inferiores saem da raiz anterior da medula espinal e inervam os músculos ou glândulas do corpo. Os
tratos espinais descendentes podem ser classificados em dois grupos: vias diretas, que são os tratos
piramidais, e vias indiretas, essencialmente todas as demais vias.

 Vias diretas (tratos piramidais): estendem-se sem sinapses a partir das células piramidais no
córtex cerebral até a medula espinal. As células piramidais são os grandes neurônios
encontrados no córtex motor primário do cérebro. Os longos axônios das células piramidais
formam os tratos piramidais, também chamados tratos corticospinais, que controlam os
movimentos voluntários precisos e especializados. Nos tratos piramidais: A) os axônios das
células piramidais, os neurônios motores superiores, descem do córtex motor cerebral através
do tronco encefálico até a substância cinzenta da medula — principalmente para os cornos
anteriores. B) No corno anterior, os axônios fazem sinapse com interneurônios curtos que
ativam neurônios motores somáticos ou estabelecem sinapse diretamente com os neurônios
motores somáticos, os neurônios motores inferiores. Dessa maneira, os sinais que percorrem
as vias piramidais exercem influência sobre os músculos dos membros, especialmente os que
movem a mão e os dedos. Os axônios dos tratos piramidais decussam ao longo de seu curso: no
trato corticospinal lateral, isso ocorre no bulbo dentro da decussação das pirâmides; no trato
corticospinal anterior, os axônios decussam na medula espinal.
 Vias indiretas (tratos extrapiramidais): originam-se nos núcleos motores subcorticais do tronco
encefálico. Acreditava-se que essas vias eram independentes das células piramidais, por isso se
chamavam tratos extrapiramidais, um termo ainda utilizado clinicamente. Hoje se sabe que as
células piramidais se projetam e influenciam essas vias, que são nomeadas indiretas ou
multineuronais. As vias motoras indiretas incluem o trato tetospinal do colículo superior (o teto
do mesencéfalo), o trato vestibulospinal dos núcleos vestibulares, o trato rubrospinal do núcleo
rubro e o trato reticulospinal da formação reticular. Esses tratos estimulam os movimentos
corporais subconscientes, grosseiros ou posturais. Em geral, as vias da/para a cabeça são
similares às vias do tronco e membros, exceto que, nos tratos que atendem a cabeça, os
axônios estão situados nos nervos cranianos e no tronco encefálico, não na medula espinal.

Alterações:

a) Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Também conhecida como doença de Lou Gehrig, a esclerose
lateral amiotrófica (amiotrófica = “degeneração muscular” ou “atrofia muscular”; esclerose =
“endurecimento”), ou ELA, provoca com mais frequência a degeneração dos tratos piramidais,
resultando na atrofia muscular esquelética. À medida que os tratos piramidais se deterioram, o
tecido cicatricial endurece as partes laterais da medula espinal onde se encontram esses tratos. Os
neurônios motores inferiores também degeneram, causando fraqueza muscular e atrofia. Os
primeiros sintomas incluem fraqueza ao usar as mãos ou dificuldades na deglutição ou na fala. A
causa da ELA não é clara, mas pode resultar de um excesso do neurotransmissor glutamato no
córtex cerebral motor primário, onde o glutamato primeiro superestimula e depois mata os
neurônios.
b) Hipótese: “alterações das vivas sensitivas determinam alterações motoras.” Nos doentes com
alterações da sensibilidade é afetada, não somente a percepção do mundo exterior e do próprio
corpo, como também a motricidade. Ato motor nada mais é, em última instância, senão a
sistematização de movimentos simples, realizada sob o controle da sensibilidade; as sensações
coordenam, regulam, corrigem os movimentos e os dispõem em série capaz de constituir um ato e
realizar um fim. A alteração da sensibilidade, qualquer que seja a localização da lesão, desde os
receptores aos centros corticais, acarreta, pois, paralelamente ao déficit sensitivo, uma alteração da
motricidade. No sistema nervoso periférico, a lesão das vias sensitivas, cortando a via aferente,
abole o arco reflexo elementar e determina alterações motoras: arrefletividade, falta de reflexo. A
interrupção das vias longas ascendentes que conduzem, na medula, a sensibilidade profunda
consciente, determina ataxia sensitiva que é, também, um distúrbio motor. Artigo: “Distúrbios
motores consequentes a alterações da sensibilidade. Estudo clínico de um caso com hemissíndrome
sensitiva e perda da iniciativa motora.”

4. Citar alterações homeostáticas do Sistema Nervoso Periférico.


Segundo Silverthorn, 7° edição:
O sistema nervoso autônomo trabalha em estreita colaboração com o sistema endócrino e com o sistema de
controle dos comportamentos para manter a homeostasia no corpo. A informação sensorial proveniente do
sistema somatossensorial e dos receptores viscerais segue para os centros de controle homeostático,
localizados no hipotálamo, na ponte e no bulbo. Esses centros monitoram e regulam funções importantes, como
a pressão arterial, a temperatura corporal e o equilíbrio hídrico. O hipotálamo também contém neurônios que
funcionam como sensores, como os osmorreceptores, que monitoram a osmolaridade, e os termorreceptores,
que monitoram a temperatura corporal. Os impulsos motores do hipotálamo e do tronco encefálico produzem
respostas autonômicas, endócrinas e comportamentais, como beber, procurar alimento e regular a temperatura
(sair de um local quente, vestir um casaco). Essas respostas comportamentais são integradas em centros
encefálicos responsáveis pelos comportamentos motivados e pelo controle do movimento. Além disso, a
informação sensorial integrada no córtex cerebral e no sistema límbico pode produzir emoções que influenciam
as respostas autonômicas. Ficar vermelho de vergonha, desmaiar ao ver uma agulha de injeção e a sensação de
“frio na barriga” são todos exemplos de influências emocionais sobre as funções autonômicas. A compreensão
dos mecanismos de controle hormonal e autonômico dos sistemas corporais é a chave para entender a
manutenção da homeostasia em praticamente todos os órgãos do corpo.
As doenças e disfunções do sistema nervoso autônomo são relativamente raras. A lesão direta (trauma) dos
centros de controle hipotalâmicos pode alterar a capacidade do corpo de manter o equilíbrio hídrico ou de
regular a temperatura. A disfunção simpática generalizada, ou disautonomia, pode resultar de doenças
sistêmicas, como câncer e diabetes melitus. Há também algumas condições, como a atrofia de múltiplos
sistemas, na qual há degeneração dos centros de controle da função autonômica, localizados no SNC. Em
muitos casos de disfunção simpática, os sintomas se manifestam principalmente no sistema circulatório, pois a
redução da estimulação simpática sobre os vasos sanguíneos (“redução do tônus simpático”) resulta em pressão
arterial anormalmente baixa. Outros sintomas proeminentes de patologias simpáticas incluem incontinência
urinária, que é a perda do controle sobre a bexiga, ou impotência, que é a incapacidade de produzir ou manter
uma ereção peniana. Ocasionalmente, os pacientes sofrem de disfunção autonômica primária quando há
degeneração dos neurônios simpáticos. Em face da redução crônica dos impulsos simpáticos, os tecidos-alvo
fazem uma regulação para cima, colocando mais receptores na membrana celular para maximizar a resposta da
célula à noradrenalina disponível. Esse aumento na abundância de receptores leva à hipersensibilidade de
desnervação, um estado em que a administração exógena de agonistas adrenérgicos produz uma resposta
maior do que a esperada.
Segundo Marieb, 7° edição:
Distúrbios:
a) Enxaqueca: são cefaleias extremamente doloridas e episódicas. A causa das enxaquecas foi muito discutida,
mas hoje se sabe que está relacionada à inervação sensitiva das artérias cerebrais pelo nervo trigêmeo: um
sinal do tronco encefálico faz que as terminações nervosas sensitivas da divisão oftálmica liberem
substâncias químicas nas artérias cerebrais que elas inervam, sinalizando essas artérias a dilatarem
(alargarem). Essa dilatação comprime e irrita as terminações nervosas sensitivas, provocando a cefaleia.
b) Neuropatia periférica: refere-se a qualquer condição patológica dos nervos periféricos que perturba a
função nervosa. Se um nervo for afetado, a condição se chama mononeuropatia; se vários nervos forem
afetados, chamase polineuropatia. Os sintomas de uma neuropatia podem variar de acordo com as fibras
nervosas afetadas. Os sintomas de envolvimento nervoso sensitivo incluem parestesia, dor grave,
queimação ou perda de sensação. Se as fibras motoras forem afetadas, ocorre fraqueza muscular e
paralisia. As neuropatias periféricas podem ser provocadas por trauma nos nervos ou por lesões de uso
repetitivo que comprimem os nervos. Muitos transtornos sistêmicos (diabetes, transtornos autoimunes,
HIV, deficiência de vitamina B e alcoolismo) também podem causar neuropatia periférica. 70% de todos os
diabéticos têm alguma disfunção nervosa.

Você também pode gostar