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da
dor
Mônica Santana
Prof:Eduardo
Turma: Manhã
Introducao
Para que serve a dor?. As respostas podem ser muitas assim como são inúmeras as
sensações e percepções dolorosas. Para encher a paciência,tirar o sono,quebrar a
rotina,produzir uma desordem na vida.Para punir,disciplinar,purificar e até entender a dor do
outro.Também para conhecer os limites,superar desafios e saber onde começa o prazer.
E,ainda,para lembrar que estamos vivos,ou que é preciso parar ,descansar,ir ao
médico,ouvir o grito silencioso dessa desagradável sensação.
A dor faz parte do cotidiano de qualuqer ser vivo e é condição fundamental para
sobrevivência. É uma qualidade sensorial de alerta para que os indivìduos percebam a
ocorrência de dano tecidual e que estabeleçam mecanismos de defesa ou de fuga
(TEIXEIRA 1995). Esta é a dor conhecida como fisiológica e tem função protetora (WOOLF
1991; GOZZANI 1997). Por outro lado,quando a dor fisiológico não é tratada
adequadamente após o dano tecidual, pode ocorrer a persistência do fenômeno, ativação de
vias não envolvidas na mediação da dor em condições normais e que passam a contribuir
para a nocicepção, fenômeno conhecido como alodinia,adicionado da reducao do limiar de
fenômeno sensibilidade dos nociceptores,fenômeno conhecido como hiperalgesia. Nestas
situações a dor passa de sintoma de uma possível lesão tecidual à própria doença. Casos de
hipersensibilidade periférica e central tornam a dor auto-persistente, muitas vezes por toda a
vida do animal. Neste caso a dor é denominada de patológica ou clínica e pode se tornar
crônica e neuropática. Está bem documentado que a melhor forma de controlar a dor é
prevení-la, para evitar a sensibilização periférica e central do sistema nervoso, esta última
vezes é irreversível,dada à dificuldade de tratamento (LUNA 2006).
Avaliação da dor em animais
Com o avanço da ciência do bem -estar animal, tem -se aguçado o senso crítico da
necessidade de prevenção e tratamento da dor em animais. Adicionalmente o consumidor
está atento para o alimento que respeite as boas práticas e a preservação ambiental. Desta
forma, o bem-estar animal tem passado de uma empecilho às práticas de produção, a um
aliado importante para viabilidade financeira do agronegócio, agregando valor ao produto.
Algumas práticas realizadas em animais de produção têm sido questionadas. A preocupação
com o bem-estaranimal e o controle da dor nestas espécies pode ser vantajosa para a
própria produtividade. Por exemplo,observou-se maior ganho de peso em leitões castrados
sob efeito de anestesia localna semana após a cirusgia, em relção àqueles não (SINGER
2002). anestesiados,superandoinclusive os gastos com o procedimento anestésico, o que
demonstra a vantagem e a viabilidade econômica de se evitar o sofrimento desnecessário de
animais. Cães sudmetidos à cirurgia ortopédica apresentaram melhor recuperação do ponto
de vista cirúrgico, em termos de melhor cicatrização, consolidação da fratura mais rápida e
menor edema,infecção e migração de pino, quando tratados com analgésicos
antiinflamatórios, do que os não tratados, o que o tratamento da dor em animais submetidos
a procedimentos ortopédicos deve ser limitado dado à possibilidade do animal "forçar" o
membro e interferir na recuperação da cirurgia. Desta forma, vários estudos corroboram a
necessidade de prevenir e tratar a dor em animais.
Dor Patológica
A dor fisiológica descrita até aqui, como uma entidade isolada é um evento raro. Na
maioria das vezes o estímulo nocivo não é transitório e pode estar associado com
inflamação e injúria nervosa significativa. Sob tais circunstâncias, aslterações dinâmicas no
processamento da insofmação nociva são evidentes nos sistemas nervosos periférico
central. Este tipo de dor é chamado de dor patológica e envolv desconforto e sensibilidade
anormal na sintomatologia clínica do paciente. A dro ptológica pode surgir de diferntes
tecidos e pode ser classificada com dor inflamatória (envolvendo estruturas somáticas ou
viscerais) ou neuropática ( envolvendo lesões do sistema nervoso). É importante a
caracterização temporal da dor, fazendo distinção entre dor aguda (ocorrência recente) ou
dor crônica (longa duração).
A dor crônica persiste além do período esperado de uma doença ou injúria e tem sido
arbitrariamente definida como aquela com durção maior que 3 a 6 mese. pode manifestar-se
espontaneamente ou ser provocada por vários estímulos externos. A resposta é tipicamente
exagerada em duração, amplitue, ou ambas. A dor crônica além de simplesmente
manifestar-se por um longo período de tempo, implica numa síndorme debilitante que possui
um significante impacto sobre a qualidade de vida do paciente e caracetriza-se por uma
resposta pobre ás terapias analgésicas convencionais.
As fibras A que antes respondiam apenas à sensações inócuas, são agora recrutadas
gerando dor como resultado do processamento central alterado no corno dorsal da medula
espinhal.
Dor visceral
Dor neuropática
A lesão de nervos periféricos induz descargas rápidas e intensas por período mais ou
menos prolongados, na ausência de estímulos. Estes estímulos parecem produzir a ativação
de receptores NMDA, originando o fenômeno de "wind up" nos neurônios do corno dorsal da
medula. Logo depois a indução de processos inflamatórios faz com que certos mecanismos
desencadeantes da dor neurogênica sejam comuns ao da dor nociceptiva. As extremidades
do nervo lesionado "aderem-se" logo após o trauma, podendo formar uma estrutura de
crescimento irregular denominada neuroma, que pode dar origem a descargas espontâneas
e hipersensibilidade a estímulos mecânicos. São produzidos padrões anormais de
comunicação interneuronal na periferia, nas quais um neurônio modifica a atividade de
neurônios adjacentes. Logo após a lesão, as fibras simpáticas (que normalmente não afetam
a sinalização dos terminais sensoriais) respondem a estímulos,tanto na periferia como nos
gânglios da raiz dorsal, a agonistas (norepinefrina), em particular os neurônios A. Os
neurônos aferentes lesadostambém sofrem alterações fenotípicas, observando-se maior
expressão de peptídeos pró-nociceptivos, como a colecistoquinina.
Uma importante sequela da injúria nervosa e outras doenças do sistema nervoso como
ataques virais, é a apoptose de neurônios na periferia e no sistema nervoso central. A
apoptose parece induzir sensibilização e perda do sistema inibitório, causando um processo
irreversível.
A dor incapacita para a vida e ao considerar que os animais estão sob nossa
responsabilidade , é dever do ser humano e particularmentedo médico veterinário, prover
condições para que os animais não sejam submetidos a procedimentos dolorosos sem a
devida anestesia e analgesia. Em casos de animais de produção deve ser repensar o uso de
práticas que causam dor e sofrimento animal, pois ao considerar que os animais são criados
para o nosso benefício, o mínimo que pode ser feito é trata-los de uma forma digna e com
respeito pela qualidade de vida. Práticas como a debicagem em aves de
postura,caudectomia e corte de dentes em leitões,cadastrção, desvio lateral de pênis para
produção de rufiões e descornaum ruminantes, bem como outras práticas de manejo que
causam dor e sofriment intensos,tal como a marcação a fogo, deveriam ser reavaliadas
quando à becessidade e a forma de realização. O custo do sofrimento animal deve levado
em consieração, já que a emoçãoe/ou inteligência animal pode ser questionada, mas é
inquestionável que os animais podem sofrer.
Referencias bibliograficas
Vida Ética, Rio de Janeiro:Ediouro, 2002/pg 19-25
Hora Veterinária/19-25
Clínica Veterinária/pg25-19