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Fisiologia

da
dor

Mônica Santana

Prof:Eduardo

Turma: Manhã
Introducao

Para que serve a dor?. As respostas podem ser muitas assim como são inúmeras as
sensações e percepções dolorosas. Para encher a paciência,tirar o sono,quebrar a
rotina,produzir uma desordem na vida.Para punir,disciplinar,purificar e até entender a dor do
outro.Também para conhecer os limites,superar desafios e saber onde começa o prazer.
E,ainda,para lembrar que estamos vivos,ou que é preciso parar ,descansar,ir ao
médico,ouvir o grito silencioso dessa desagradável sensação.

Para a maioria do médicos,biólogose enfermeiros,entretanto,a dor é um sinal de alerta


para um perigo iminente. A principal função da dor seria a proteção do organismo. Mostrar os
limites que não podem ser transgredidos. O exemplo mais clássico citado é o da mão que
encosta na chapa quente e,rapidamente, é retirada devido a eficácia da via sensorial
específica para a dor (a via nociceptiva,noceo quer dizer nociso)

A dor é sempre associada a fenômenos neurofisiológicos, que são considerados iguais


para todos os seres humanos. Já as diferenças nas experiências e descrições dolorosas
seriam explicadas por elementos psicológicos,sociais e culturais presentes nas formas como
percebe e se vivencia a dor.A nocicepção é o componente fisiológico da dor e compreende
os processis de transdução,transmissão e modulação do estímulo nocieptivo. Uma vez
instalado o estímulo nociceptivo,diversas alterações neuroendócrinas
acontecem,promovendo um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervso central e
periférico. O objetivo da presente revisão é abordar a fisiopatologia do processo doloroso,
bem como suas aplicções na terapêutica analgésica.
Dor e senciência

Seciência, palavra originada do latim sentire, que significa sentir,é a "capacidade de


sofrer ou sentir prazer ou felicidade" (SINGER 2002). De forma sintética é a capacidade de
sentir,estar consciente de si próprio ou apenas do ambiente que o cerca. Não cabe aqui
estabelecer uma discussão filosófica do termo senciência,mas sim das implicações práticas
relacionadas ao fato inquestionável cientificamente de que pelo menos os animais
vertebrados sofrem e são seres sencientes. A evidência de que os animais sentem dor se
confirma pelo fato que estes evitam ao tentar escapar de um estímulo doloroso e quando
apresentam lilimtação de capacidade física pela presença de dor, está é eliminada ou
melhorada com o uso de analgésicos. Para muitos filósofos, a senciência fornece ao animal
um valor moral intrínseco, dado que há interesses que emanam destes sentimentos. Estas
evidências estão bem documentadas por estudos compostamentais, pela similaridade
anatomo-fisiológica em relação ao ser humano e pela teoria da evolução (LUNA 2006).

A dor faz parte do cotidiano de qualuqer ser vivo e é condição fundamental para
sobrevivência. É uma qualidade sensorial de alerta para que os indivìduos percebam a
ocorrência de dano tecidual e que estabeleçam mecanismos de defesa ou de fuga
(TEIXEIRA 1995). Esta é a dor conhecida como fisiológica e tem função protetora (WOOLF
1991; GOZZANI 1997). Por outro lado,quando a dor fisiológico não é tratada
adequadamente após o dano tecidual, pode ocorrer a persistência do fenômeno, ativação de
vias não envolvidas na mediação da dor em condições normais e que passam a contribuir
para a nocicepção, fenômeno conhecido como alodinia,adicionado da reducao do limiar de
fenômeno sensibilidade dos nociceptores,fenômeno conhecido como hiperalgesia. Nestas
situações a dor passa de sintoma de uma possível lesão tecidual à própria doença. Casos de
hipersensibilidade periférica e central tornam a dor auto-persistente, muitas vezes por toda a
vida do animal. Neste caso a dor é denominada de patológica ou clínica e pode se tornar
crônica e neuropática. Está bem documentado que a melhor forma de controlar a dor é
prevení-la, para evitar a sensibilização periférica e central do sistema nervoso, esta última
vezes é irreversível,dada à dificuldade de tratamento (LUNA 2006).
Avaliação da dor em animais

A complexidade da dor ultrapassa a fronteira física e é influenciada pelo meio


ambiente e pela resposta psíquica do animal. Desta forma é considerada como fenômeno
biopsico-social, que envolve os aspectos biológico,psíquico e socila do indivíduo. Relaciona-
se ao ambiente que o animal vive e às condições de tratamento do mesmo. O ponto crítico é
como avaliar a dor em animais. Apesar do antropormofismo não ser a melhor forma de lidar
com a questão, dada às grandes diferenças existentes não só entre espécies human e os
animais, bem como entre as diferentes espécies de animais, o principio de analogia é um
bom guia para reconhecer a dor em animais. De forma geral os estímulos que causam dor
nas diferentes espécies de animais são muito similares, havendo uma similaridade de limiar
de dor para estímulos, mecânicos, térmicos ou químicos. A variação entre as espécies nao
ocorre pela sensacao em si,mas sim pela forma de menifestação comportamental reativa
frente ao estímulo doloroso.

Dentre os animais domésticos,os animais de produção são os que mais sofrem


dor,tanto pelo fato de que raramente recebem profilaxia ou tratamento analgésico em
condições clínicas, como pelo fato que são submetidos a diversos procedimentos cruentos
com a finalidade de aumentar a capacidade produtiva ou corrigir problemas relacionados
com a produção. Estes procedimentos são muitas vezes questionáveis da real necessidade e
são realizados na maioria das vezes sem a devida anestesia ou analgesia. Dentre as causas
principais de dor e sofrimento em animais de produção têm-se a marcação à quente ou frio,
orquiectomi, descorna, mastite e laminite em ruminantes, a muda forçada, a debicagem e a
doença degenrativa articularem aves domésticas e a caudectomia, orquiectomia e o corte de
dentes em suínos. Adicionalmene o próprio manejo do animais pode desencadear em
estímulos nocivo, como em casos de traumas durante o transporte e a falta de espaço pelo
confinamento, netse caso principalmente em aves de postura e de corte em criações
intensivas de suínos e "baby beef". As práticas de esporte, como em rodeios, também podem
desencadear dor.

Atitudes dos seres humanos quanto ao tratamento


da dor em animais
Há negligencia tanto para prevenção como para o tratamento da dor no homem e em
animais. Ainda permanecem resquícios do pensamento filosófico de René Descartes do
século XVII, que propôs que os animais apresentavam uma fisiologia diferente do homem e
que a reação dos mesmos a uma estímulos doloroso seria paensa mecânica, por um reflexo
de proteção sem consciência da dor. Graças a teoria da evolução de Charles Darwin no
século XX, o homem descende dos animais e suas sensações são muito próximas, dado que
a anatomia, a fisiologia, as respostas farmacológicas, as reações frentes à um estímulo
nocivo e o comportamento de esquiva frente a uma experiência dolorosa são similares. O
"colocar-se no lugar do animal" é uma boa forma de avaliar o sofrimento alheio. O próprio
Charles Darwin enunciou que "não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais
nas suas faculdades mentais... os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor,
felicidade e sofrimento".

Com o avanço da ciência do bem -estar animal, tem -se aguçado o senso crítico da
necessidade de prevenção e tratamento da dor em animais. Adicionalmente o consumidor
está atento para o alimento que respeite as boas práticas e a preservação ambiental. Desta
forma, o bem-estar animal tem passado de uma empecilho às práticas de produção, a um
aliado importante para viabilidade financeira do agronegócio, agregando valor ao produto.
Algumas práticas realizadas em animais de produção têm sido questionadas. A preocupação
com o bem-estaranimal e o controle da dor nestas espécies pode ser vantajosa para a
própria produtividade. Por exemplo,observou-se maior ganho de peso em leitões castrados
sob efeito de anestesia localna semana após a cirusgia, em relção àqueles não (SINGER
2002). anestesiados,superandoinclusive os gastos com o procedimento anestésico, o que
demonstra a vantagem e a viabilidade econômica de se evitar o sofrimento desnecessário de
animais. Cães sudmetidos à cirurgia ortopédica apresentaram melhor recuperação do ponto
de vista cirúrgico, em termos de melhor cicatrização, consolidação da fratura mais rápida e
menor edema,infecção e migração de pino, quando tratados com analgésicos
antiinflamatórios, do que os não tratados, o que o tratamento da dor em animais submetidos
a procedimentos ortopédicos deve ser limitado dado à possibilidade do animal "forçar" o
membro e interferir na recuperação da cirurgia. Desta forma, vários estudos corroboram a
necessidade de prevenir e tratar a dor em animais.

Para a prevenção e o tratamento da dor animais é necessário reconhecê-la. Esta


avaliação, da mesma forma que em neonatos humanos, é difícil em anmais, pela dificuldade
de interpretar o comportamento aversivo. Várias escalas têm sido introduzidas ena prática
clínica de pequenos animais, entretantoesta aordagem é quase inexistente em animais de
produção e silvestres.
Tipos de dor
Dor Fisiológica

O componente fisiológico da dor é chamado de nocicepção, que consiste dos


processos e transdução, transmissão em modulação de sinais neurais gerados em resposta
a um estímulo noivo extreno. De forma simplificada, pode ser considerado como uma cadeia
de três-neurônios, com o neurônio de primeira ordem originado na periferia e projetando-se
para a medula espinhal, o neurônio de segunda ordem ascende pela medula espinhal e o
neurônio de terceira ordem projeta-se para o córtex cerebral (MESSLINGER 1997;
TRANQUILLI 2004).

Os dois sistemas de modulção nociceptiva mais importantes são mediados por


receptores NMDA(N-Metil-D-Aspartato) e opióides, distribuídos por toda extensão do
sistema nervoso central. Entre os três principais subtidos de receptores opióides, os
receptores z e y podem inibir ou potencializar eventos mediados pelos receptores NMDA,
enquanto o receptor x antagoniza a atividade mediada por receptores NMDA.

Segundo (PISERA 2005) o primeiro processo da nocicepção é a decodificação de


sensações mecânica, térmica e química em impulsos elétricos por terminais nervosos
especializados denominados nociceptores. Os nociceptores são terminações nervosas livres
dos neurônios de primeira ordem, cuja função é preservar a homeostasia tecidual,
assinalando uma injúria potencial ou real. Os neurônios de primeira ordem são classificados
em três grandes grupos, segundo seu diâmetro, seu grau de mielinizção e sua velocidade de
condução.

Na ausência de dano tecidual ou nervos as fibras A somente transmitem informação


referente a estímulos inócuos, como tato, vibração e pressão. Normalmente, a informação
nociceptiva é transmitida por fibras do tipo C e A localizadas na pele, vísceras, vasos
sangíneos, peritôneo, pleura, periósteo, tendão, fáscia, c´psula articular e fibras do músculo
esquelético; sua distribuição dependendo da espécie e localização anatômica, podendo
aparecer a cada 2 a 10 mm. As fibras A são responsaveis pela primeira fase da dor, rápida e
forte, do tipo picada ou ferroada e são sensíveis a estímulos mecânicos intensos. As fibras C
produzem um segunda fase de dor mais difusa e persistente e formam, na periferia,
receptores de alto limiar para estímulos têrmicos e/ou mecânicos. Existem também fibras do
tipo C polimodais que respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos. Os campos
receptivos deste neurônios oscilam entre 2 e 10 mm, reltam que os estímulos nociceptivos
mediados pelas fibras A e C são processados numa mesma área no córtex cerebral porém
em diferentes janelas de tempo.

Dor Patológica

A dor fisiológica descrita até aqui, como uma entidade isolada é um evento raro. Na
maioria das vezes o estímulo nocivo não é transitório e pode estar associado com
inflamação e injúria nervosa significativa. Sob tais circunstâncias, aslterações dinâmicas no
processamento da insofmação nociva são evidentes nos sistemas nervosos periférico
central. Este tipo de dor é chamado de dor patológica e envolv desconforto e sensibilidade
anormal na sintomatologia clínica do paciente. A dro ptológica pode surgir de diferntes
tecidos e pode ser classificada com dor inflamatória (envolvendo estruturas somáticas ou
viscerais) ou neuropática ( envolvendo lesões do sistema nervoso). É importante a
caracterização temporal da dor, fazendo distinção entre dor aguda (ocorrência recente) ou
dor crônica (longa duração).

A dor aguda tipicamente surge do trauma de tecidos moles ou inflamação e está


relacionada com um processo adaptativo biológico para facilitar o reparo tecidual e cicatricial.
A hipersensibilidade na área da injúria (hiperlgesia primária), bem como nos tecidos
adjacentes (hiperalsia secundária) contribuem para que o processo cicatricial ocorra sem
interferência.

A dor crônica persiste além do período esperado de uma doença ou injúria e tem sido
arbitrariamente definida como aquela com durção maior que 3 a 6 mese. pode manifestar-se
espontaneamente ou ser provocada por vários estímulos externos. A resposta é tipicamente
exagerada em duração, amplitue, ou ambas. A dor crônica além de simplesmente
manifestar-se por um longo período de tempo, implica numa síndorme debilitante que possui
um significante impacto sobre a qualidade de vida do paciente e caracetriza-se por uma
resposta pobre ás terapias analgésicas convencionais.

O sistema nociceptivo é capazde sofrer alterações nos mecanismos de percepção e


condução dos impulsos, denominados neuroplasticidade. A neuroplasticidade pode aumentar
a magnitude da percepção da dor e pode contribuir para o desenvolvimento de síndromes
dolorosas crônicas.

Dor inflamatória ou nociceptiva

A hipersensibilidade é a principal característica da dor patológica e resulta de


alterações drásticas na função do sistema nervoso. Este conjunto de alterções denominadas
plasticidade do sistema nervoso, é um fenômeno que acontece perifericamente por redução
do limiar de ativação dos nociceptores;bem como centralmente, pela responsividade
aumentada da medula espinhal aos estímulos sensoriais.

Sob circunstâncias fisiológicas normais, estímulos mecânicas, térmicos e químicos


ativam nociceptores associado com fibras A e C para avisar sobre um estímulos nocivo.
Cada estímulos esta associado com certo grau de inflamação que inicia uma cascata de
sensibilização periférica com eventos celulares e subcelulares. Células lesadas e fibras
aferentes primárias liberam uma série de mediadores químicos, incluindo substância P,
neurocinina A e peptídeo relacionado com o gene da calcitonina, que têm efeitos diretos
sobre a excitabilidade de fibras sensoriais e simpáticas. Estes mediadores também
promovem vasodilatação com extravasamento de proteínas plasmáticas e o recrutamento de
células inflamatórias. Mastócitos, macrófagos, linfócitos e plaquetas contribuem para a
formação de um ambiente complexo, composto por mediadores inflamatórios, como íons
hidrog~enio, norepinefrina, bradicinina, histamina, íons potássio, citocinas, serotonina, fator
de crescimento neural, óxido nítrico e produtos das vias da ciclo-oxigenase elipo-oxigenase
do metablismo do ácido araquidônico. Parece que estas moléculas agem melhor
sinergicamente do que isoladamente, gerando o que se chama "sopa sensibilizadora" que
afetivamente desencadeia a resposta para ativação das fibras A e C. enquanto alterações no
limiar de transdução aferente caracterizada pela sensibilização periférica são responsáveis
pela zona de hiperalgesia primária na região da injúria tecidual, elas não explicam os
aspectos comportamentais da dor, clinicamente. Entretanto, a identificação de subpopulação
de terminais nervosos aferentes chamados nociceptores silencioso tem contribuído para
entendermos o fenômeno de sensibilização periférica. Estesnociceptores pertencem a uma
classe de fibrasC polimodais, amielínicas que demonstram pequena ou nenhuma atividade
até que seja submetida á estimulação extrema;entretanto, eles são excessivamente
sensibilizados pelos efeitos da inflamção local e podem disparar vigorasamente sob tais
condições.

Associada à hiperlgesia primária (no local da injúria) e secundária (nos tecidos ao


redor da injúria), observa-se também alodinia (sensibilidade a estímulos inócuos). Tal
condição é agora reconhecida como resultado de alterações dinâmicas na excitabilidade dos
neurônios do corno dorsal 9 sensibilização central), que modifica suas propriedades nos
campos receptivos. O primeiro estágio está relacionado à duração dos potenciais de ação
sinápticos lentos gerados por fibras A e C. Os potenciais sinápticos podem durar mais de 20
segundos e resulta na soma de potenciais de baixa frequência repetidos em nociceptores
estímulos, gerando uma despolarização progressiva e de longa duração (LTP- long term
potentioation) nos neurônios do corno dorsal. Somente alguns segundos de estímulos de
fibras C podem gerar vários minutos de despolarição pós-sináptica. Também observa-se um
tipo de potenciaçãoa curto prazo em neurônios espinhais após estimulação de fibras C. Este
evento,chamado "Wind-up", é mediado por receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), que
ligam-se ao glutamato;e receptores da taquicinina, que ligam-se à substância P e à
neurocinina A. A ativação de receptores NMDA resulta em influxo de cálio e ativação da
proteína cinase C, que modifica estruturalmentanal de o canal de NMDA, aumentando sua
sensibilidade ao glutamato.

As fibras A que antes respondiam apenas à sensações inócuas, são agora recrutadas
gerando dor como resultado do processamento central alterado no corno dorsal da medula
espinhal.

Os neurônios aferentes sofrem também alterações fenotípicas importantes, em


consequência da exposição a neurotrofinas como o fator de crescimento to neural (NGF),
liberado por células de Schwann, macrófagos, fibroblastos e queratinócutos, aumentando a
expressão de substância P, glutamato,oxído nítrico e peptídeo relacionado ao gene da
calcitonina.

Dor visceral

Os mecanismos neurais que envolvem a geração da dor inflamatória e da dor


visceral, por muito tempo foram tidos como iguais, porém existem diferenças relevantes. As
vísceras raramente são expostas a estímulos extrenos mas são alvos comuns de diversas
doenças. O conceito de aferentes nociceptivos ativados por um estímulos direto sobre o
tecido é difícil de trnsferir para os tipos de dor visceral. A sensibilidade do tecido visceral a
estímulos térmicos, químicos e mecânicos difere significativamente. As vísceras parecem
mais sensíveis à distensão de órgãos cavitários de parede muscular,sem dano tecidual,
isquemia, e inflamção. A área sobre a qual o estímulo acontece pode ser uma determinante
crucial no desenvolvimento dos tipos de dor. Os receptores mecânicos ou
mecanorreceptores existentes na musculatura lisa de todas as vísceras ocas são do tipo A e
C, e respondem a estímulos mecânicos leves, tensão aplicada ao peritônio, contrção e
distenção da musculatura lisa. O trato gastrintestinal possui receptores químicos e
mecãnicos de adaptação lenta e rápida que são classificados em dois grupos:o grupo de
receptores de alto limiar para estímulos mecânicos leves, e o grupoo de baixo limiar para
estímulos mecânicos que responde a estímulos agressivose não agressivos.O primeiro
grupo é encontrado no esôfago, sistema biliar,intestino delgado e colón e o segundo, apenas,
no esôfago e colón. A relação entre a intensidade do estímulo e a atividade nervosaé
somente evocada após a estimulção nociva. A dor visceral é profunda e dolorosa, masl
localizada e, frequentemente relacionada a um ponto cutãneo. O mecanismo da dor referida
não está totalmenet esclarecido, mas pode ser relacionado a ponto de convergência de
impulso sensorial cutâneo e visceral em células do trato espinotalâmico na medula espinhal.

Dor neuropática

A dor neuropática ou neurogênica é produzida pelo dano ao tecido nervoso.


Caracteriza-se pela aparição de hiperalgesia, dor espontânea, parestesia e alodinia
mecânica e por frio.

A lesão de nervos periféricos induz descargas rápidas e intensas por período mais ou
menos prolongados, na ausência de estímulos. Estes estímulos parecem produzir a ativação
de receptores NMDA, originando o fenômeno de "wind up" nos neurônios do corno dorsal da
medula. Logo depois a indução de processos inflamatórios faz com que certos mecanismos
desencadeantes da dor neurogênica sejam comuns ao da dor nociceptiva. As extremidades
do nervo lesionado "aderem-se" logo após o trauma, podendo formar uma estrutura de
crescimento irregular denominada neuroma, que pode dar origem a descargas espontâneas
e hipersensibilidade a estímulos mecânicos. São produzidos padrões anormais de
comunicação interneuronal na periferia, nas quais um neurônio modifica a atividade de
neurônios adjacentes. Logo após a lesão, as fibras simpáticas (que normalmente não afetam
a sinalização dos terminais sensoriais) respondem a estímulos,tanto na periferia como nos
gânglios da raiz dorsal, a agonistas (norepinefrina), em particular os neurônios A. Os
neurônos aferentes lesadostambém sofrem alterações fenotípicas, observando-se maior
expressão de peptídeos pró-nociceptivos, como a colecistoquinina.

Segundo PITCHER e HENRY (2005) em consequência das alterações fenotípicas que


acontecem durante a neuropatia periférica, os aferentes mielinizados sintetizam e liberam
substância P que ligam-se a receptors NK-1. O resultado é a expressão de neurônios
nociceptivos espinhais que respondem de forma exagerada a estímulos inócuos.

Uma importante sequela da injúria nervosa e outras doenças do sistema nervoso como
ataques virais, é a apoptose de neurônios na periferia e no sistema nervoso central. A
apoptose parece induzir sensibilização e perda do sistema inibitório, causando um processo
irreversível.

Novos indicadores na terapêutica da dor

A supressão da resposta clássica do eixo pituitário-adrenal ao estresse, sempre foi


reconhecido como o principal objetivo do manejo da dor . O reconhecimento de novos
marcadores intracelulares gerados em neurônios do corno dorsal da medula espinhal criou
um novo impulso para futuras terapias analgésicas. Estes marcadores são respons´veias
palas alterações fenotípicas nos neurônios sensoriais periféricos:1) expressão de genes (c-
fos) que codificam proteínas enolvidas na iniciação da exitabilidade neuronal de longa
duração.2) ativação de enzimas(proteína cinase C e NOS) que possuem um importante
papel na sensibilização central e desenvolvimento da tolerância por opióides.3)secreção do
fator de crescimento neural e citocinas neuropoiéticas, contribuindo para sensibilização
central e periférica.
Conclusão

O conhecimento da patofisiologia da dor ou nocicepção é uma importante


ferramenta para o entendimento dos mecanismos desencedeantes dos processos
dolosos,sejam fisiológicos ou principalmente patológicos. Tais informções são essenciais par
a instituição de uma terapia analgésica eficiente, preemptiva e multimodal, pois a síndrome
dolorosa pode ser considerada uma doença, gerando alterações na homeostasia orgânica
que implicam em perda da qualidade de vida do paciente.

As consequências negativas da dor de longe excedem alguma preocupção especial


para a ultilização de analgésicos. O estresse causado por tal situação deve ser impedido de
tomar proporções catastróficas para o indivíduo, ou seja, antes que haja a exaustão das
reservas biológicas de energia.

A dor incapacita para a vida e ao considerar que os animais estão sob nossa
responsabilidade , é dever do ser humano e particularmentedo médico veterinário, prover
condições para que os animais não sejam submetidos a procedimentos dolorosos sem a
devida anestesia e analgesia. Em casos de animais de produção deve ser repensar o uso de
práticas que causam dor e sofrimento animal, pois ao considerar que os animais são criados
para o nosso benefício, o mínimo que pode ser feito é trata-los de uma forma digna e com
respeito pela qualidade de vida. Práticas como a debicagem em aves de
postura,caudectomia e corte de dentes em leitões,cadastrção, desvio lateral de pênis para
produção de rufiões e descornaum ruminantes, bem como outras práticas de manejo que
causam dor e sofriment intensos,tal como a marcação a fogo, deveriam ser reavaliadas
quando à becessidade e a forma de realização. O custo do sofrimento animal deve levado
em consieração, já que a emoçãoe/ou inteligência animal pode ser questionada, mas é
inquestionável que os animais podem sofrer.

Referencias bibliograficas
Vida Ética, Rio de Janeiro:Ediouro, 2002/pg 19-25

Hora Veterinária/19-25

Revista de Educação Continuada do CRMV-SP/pg 1-13

Revista Brasileira de Anestesiologia/pg 833-853

Dor,analgesia e bm estar animal/pg16-18

Clínica Veterinária/pg25-19

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