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DOR
REFERÊNCIAL TEÓRICO
TIPOS DE DOR
É ampla a variedade de dores e de sensações dolorosas, esta diversidade é
produto das numerosas etiologias de dor, bem como das respostas individuais aos
estímulos dolorosos. A dor deve ser classificada de acordo com a fisiopatologia, a
duração, a Fisiopatologia da dor 20 localização da dor, a etiologia e dependência do
sistema nervoso simpático e região afetada (Sakata e Issy, 2008). A dor pode-se
manifestar de forma contínua, descontínua, difusa e até perfurante. A forma como ela
se assume vai condicionar o tipo de tratamento a instituir (Grunenthal, 2012). Quando
se pretende classificar a dor em relação à sua fisiopatologia então, esta pode ser de
origem nociceptiva, neuropática e psicogênica. Quando a dor é do tipo nociceptivo
então esta, ainda pode ser de origem somática ou visceral. A dor neuropática pode ser
de origem central ou periférica. Quanto à duração pode ser classificada em crônica ou
aguda e subaguda durável. A dor pode ser dependente ou independente do sistema
nervoso simpático e pode surgir através de várias etiologias tais como: cancro,
espasmos ou traumatismos. Existem, síndromes que causam dor, tais como: a
lombalgia, a fibromialgia, a lombociatalgia. A região afetada não deixa de ser um
método de classificação importante, pois dela muitas vezes depende a avaliação a que
o paciente é sujeito, perante isto pode ser uma dor lombar, torácica, cefálica, cervical,
abdominal, pélvica, dos membros, entre outras (Sakata e Issy, 2008).
Dor acuda
Dor fisiológica
Dor inflamatória/nociceptiva
Dor crônica
É uma dor causada por lesão tecidual, podendo ser cutânea ou visceral. Ocorre
quando tem uma lesão suficiente ao ponto de produzir vários mediadores da
inflamação que não foram devidamente tratados em média de 3 a 6 meses da lesão.
A dor neuropática é um dos tipos de dor crônica que ocorre quando os nervos
sensoriais do Sistema Nervoso Central e/ou periférico são lesados ou danificados.
Esse tipo de problema está cada vez mais presente na população e pode levar à
incapacidade, resultando em diferentes sensações de dor (SWIEBODA et al., 2013). A
dor neuropática é amplamente conhecida como uma das condições dolorosas crônicas
mais difíceis de reconhecer e tratar, constituindo um desafio significativo para clínicos
gerais e especialistas da dor. É particularmente problemática por poder se tornar
crônica imediatamente ou em poucos dias, pela sua severidade, etiologia heterogênea
e resistência às terapias analgésicas convencionais. O impacto da dor neuropática é
vivido intensamente por pacientes que a classificam como “devastadora” e "exaustiva”,
pois há interferência na qualidade de vida, humor e atividades da vida diária.
Sempre que possível, a dor neuropática deverá ser classificada em central ou
periférica, consoante a localização da lesão/disfunção, pois apresentam manifestações
clínicas e patofisiologia distintas. Tendo essa definição em mente, a dor neuropática
refere-se a uma ampla gama de condições clínicas (tabela 1) que podem ser
categorizadas anatomicamente (periférico ou central) e etiologicamente (degenerativo,
traumático, infeccioso, metabólico e tóxico). Sabe-se, também, que esse tipo de
problema está cada vez mais presente na população e pode levar à incapacidade,
resultando em diferentes sensações de dor (SWIEBODA et al., 2013).
Epidemiologia
Etiologia
Sintomatologia
“É quando você tem a fusão de uma dessas três”. Ela pode ter começado de
uma forma e terminado de outra ou se manifestado de diferentes maneiras. Isso
acontece por causa da sensibilização do sistema nervoso central. Os mecanismos que
regulam a dor se tornam ausentes, fazendo com que, independentemente do estímulo,
a pessoa sinta uma dor muito mais intensa do que se esperaria. Um exemplo é o
paciente com câncer.É a manifestação mais comum da dor, impossível de isolar entre
os diferentes tipos. O tratamento, portanto, tenta tratar aquele que é mais
predominante. Em geral, a melhora de um, melhora o outro também.A reumatologista
lembra ainda que dor é um sintoma real e, que se está persistindo e atrapalhando a
qualidade de vida, deve ser avaliada. “A dor não é invalidez. A pessoa não deve
começar a se diminuir por causa dela, deve investigar, procurar ir para frente, tentar
mudar”.
MECANISMO DE DOR
Percepção
Nocicepção
Sensibilização periférica
Sensibilização central
Modulação segmentar
nociceptiva atinge um limiar que excede a inibição, “abre o portão”, ativa as vias que
levam à experiência da dor e os comportamentos relacionados. Para além da ativação
do 2(segundo) neurônio, ao nível do corno dorsal da medula espinhal, como todos os
aferentes são excitatórios ocorre a inibição dos interneurônios inibitórios, aumentando
a percepção da dor. Com isso, as fibras Aβ que têm um grande diâmetro e são
altamente mielinizadas, transmitem informação táctil e não são ativadas pela dor. Por
este motivo, quando esse equilíbrio é favorável à sua ativação há estimulação de
interneurônios que suprimem a transmissão das fibras tipo C e bloqueiam a dor parcial
ou total.
Modulação suprasegmentar
Sistema serotoninérgico
Sabe-se que mais de um terço das projeções descendentes a partir da RVM são
serotoninérgicas, formando o trato bulboespinhal que através do funículo dorsolateral
alcança o corno dorsal da medula espinhal. Pelo contrário, os neurônios
serotoninérgicos dos núcleos da rafe originam projeções ascendentes difusas para
estruturas límbicas, estando implicados na etiologia e tratamento de alterações do
21
Sistema noradrenérgico
Sistema opioide
Sistema endocanabinóide
TRATAMENTO
Farmacológico
Canabidiol
de neurônios de faixa dinâmica ampla (WDR), quanto dos neurônios específicos para
nocicepção, supressão do efeito de windup, ação em neurônios medulares, bem como
talâmicos e, ainda, da modulação das vias descendentes da dor63. Pesquisas recentes
em roedores têm observado possíveis novos efeitos em todo o SCB, como a ação
analgésica dos endocanabinoides AEA e 2-AG na dor inflamatória e neuropática, com
o AEA atuando em receptores CB1 e TRPV164,65. Observou-se também o aumento
da expressão do CB2 no encéfalo, gânglio da raiz dorsal e corno dorsal da medula
espinal, sob condições inflamatórias e patológicas66-76. Ainda em roedores, há
indícios de que a neuromodulação mediada por canabinoides pode estar envolvida
também em terapias antálgicas não farmacológicas, como a estimulação elétrica
nervosa transcutânea (TENS)77, a analgesia induzida por atividade física na dor
inflamatória78 e a terapia de imersão em água quente79. Um estudo recente sugere
ainda que medicamentos não baseados em canabinoides, como o paracetamol
(acetaminofeno), podem ter seu efeito analgésico auxiliado pela estimulação de
receptores CB1 no RVM80, assim como outros compostos podem interagir com os
receptores canabinoides no SNC81. Em modelos de lesão por constrição crônica (CCI)
em ratos, verificou-se aumento do AEA e 2-AG na PAG e no RVM após 7 dias de lesão
por constrição do nervo ciático, quando a hiperalgesia e alodínia mecânica estão em
pontos máximos82. Notou-se também aumento das concentrações na medula espinal
após a indução de dor crônica em outros modelos de CCI82,83. O AEA possui efeitos
anti-hiperalgésico e anti-alodinia através de mecanismos envolvendo o CB1 84,85,
enquanto o 2-AG leva aos mesmos efeitos através da ativação dos CB1 e CB2
periféricos86. O uso de CBD reduziu de forma significativa a alodinia em ratos no pós-
-operatório recente de ligação do nervo ciático87 e no pós-operatório imediato de
constrição do nervo trigeminal88. Resultados semelhantes foram obtidos com o uso do
THC, o qual ainda mostrou capacidade de impedir o desenvolvimento de tolerância à
morfina89. O THC possui efeitos mais intensos que o CBD na redução da dor,
entretanto seu uso é limitado pelos efeitos adversos. A administração conjunta de THC
e CBD mantém o alto efeito analgésico do THC, porém reduzindo de forma significativa
seus efeitos indesejados.
Não farmacológicos
Meditação
FIBROMIALGIA
Diagnóstico
Causa
Ainda não se sabe exatamente se há uma causa específica, mas existem alguns
fatores em comum nos pacientes:
Fatores genéticos e epigenéticos (em estudo): em alguns casos a
fibromialgia é recorrente em pessoas da mesma família e da interação
com o meio;
Traumas psicológicos e estresse: problemas como traumas na infância,
perdas, términos de relacionamentos, problemas profissionais e em casa,
e situações estressantes;
Traumas físicos: acidentes de carro, principalmente os que afetam a
região do pescoço;
Distúrbios psicológicos: depressão e ansiedade são comuns nos
pacientes fibromiálógicos, podendo desencadear a doença ou ser uma
consequência dela;
Menos fibras nervosas: os pacientes com fibromialgia apresentam menor
densidade de fibras nervosas na pele;
Infecções: a fibromialgia pode aparecer logo após infecções bacterianas
ou virais.
Sintomas
Tratamento
CONCLUSÃO
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