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O PODER DA ANALGESIA

As principais causas de procura para atendimentos em clínicas e consultórios estão


relacionadas a dor. Infelizmente no Brasil a maioria das pessoas esperam sentir dor
para procurar ajuda terapêutica. A prática da prevenção ainda não é tão enraizada.
Porém, com o surgimento da pandemia a necessidade de cuidar da saúde para
prevenir contaminações tem mudado essa realidade.

Atualmente a dor é considerada um fator determinante para a qualidade de vida de


um indivíduo. Por se tratar de uma reação sensorial desagradável, essa sensação
leva pessoas a procurarem profissionais em busca de um alivio. Por isso, a analgesia
deve ser uma prioridade no atendimento.

Existem diversas formas de promover alivio da dor, não existe a forma correta de
promover analgesia. Cada organismo age de uma forma e a dor é uma experiência
individual, mas podemos utilizar a ventosaterapia como uma ferramenta incrível
nesse processo.

Um dos principais efeitos da ventosaterapia é o seu efeito analgésico. Através dos


estímulos das células sensoriais, podemos perceber um alivio instantâneo das dores
nos locais de aplicação.
O PODER DA ANALGESIA

A analgesia com as ventosas ocorre através do estimulo dos


nociceptores, que são receptores sensoriais distribuídos por todo o
nosso corpo, inclusive na nossa pele.

A tração exercida pelas ventosas estimula a condução de impulsos


nervosos que percorrem um caminho de condução neuronal. Esses
impulsos fazem sinapses com neurônios secundários da medula
espinhal, que, por sua vez, compartilham a informação com um
terceiro neurônio no cérebro que completa a condução nociceptiva até
o córtex cerebral. É nesse momento que há detecção do estimulo pelo
cérebro. A partir daí, são conduzidas informações por uma via
descendente, na medula espinhal, que se comunica com
interneurônios promovendo liberação de opióides endógenos (como
encefalinas, endorfinas e dinorfinas). Esses neurotransmissores
combinam com receptores de opióides, diminuindo a liberação da
substância P e reduzindo assim a dor no local.
O PODER DA ANALGESIA

Saber classificar a dor quanto ao tipo, qualidade e quantidade


pode interferir diretamente no plano de ação para um
tratamento assertivo.

A dor pode variar com relação ao tipo: Crônica, aguda,


neuropática, idiopática, psicossomática, nociceptora somática,
nociceptora visceral. Com relação a qualidade: latejante, em
peso, queimação, pontada, de início súbito, insidiosa,
intermitente ou persistente. Com relação a intensidade: Dor
leve, dor moderada, dor intensa e dor insuportável.

Para cada tipo de dor e suas características deverão ser


tomadas medidas de tratamento diferenciados.

Saber avaliar o padrão doloroso é fundamental.


Nunca devemos subestimar a dor do nosso paciente.
O PODER DA ANALGESIA
Existem várias ferramentas que nos ajudam a quantificar a dor do paciente.
Essas ferramentas devem estar presentes na ficha de avaliação e anamnese e
elas consistem tanto na observação, quanto na entrevista.

Escalas como a de faces nos levam a observar a expressão facial do paciente e


a partir dessa observação identificar o nível doloroso. Existem também a
escala verbal e a escala numérica onde o paciente relata o padrão de dor
através da escolha da opção que ele mais se identifica no momento.

Essas ferramentas possibilitam o dimensionamento da dor e através dessa


compreensão podemos escolher a conduta prioritária e ideal para o paciente.
O PODER DA ANALGESIA

Quando um paciente busca um atendimento de ventosaterapia porque


está com dor, a coisa mais importante para ele é que essa dor seja
sanada.

O terapeuta tem um papel importante no manejo da dor e deve


considerar esse processo como prioridade em seu atendimento. Ao
procurar um serviço de analgesia o paciente espera ter sua
problemática solucionada de imediato.

É importante promover o alivio dessa dor muitas vezes durante a


própria avaliação para que o paciente possa contribuir com as
informações necessárias para seu diagnostico e tratamento. Dessa
forma, ao receber um paciente com um quadro álgico importante, o
terapeuta deve utilizar ferramentas para aliviar a condução nociceptiva
e só então proceder com as demais etapas do atendimento.
O PODER DA ANALGESIA
Existem métodos de aplicação que são dessensibilizantes e ajudam a reduzir a
sensibilidade local como o método em bombeamento e o método em flash. O
método em flash é excelente para tratar dores crônicas e promover tonificação
no local.

O método de aplicação com sangria também é capaz de promover um grande


alívio em situações de plenutide e dores agudas. Ao realizar os furinhos e extrair
uma quanidade de sangue no local, promovemos uma eliminação de citocinas
no local e a atracao de células de defesa que cumprirão o seu papel anti-
inflamatório.

O deslizamento com as ventosas pode ser eficiente para os casos de estagnação,


fazendo com que o Qi e o sangue circule, eliminando bloqueios e fatores
patogênicos

O terapeuta deve ter conhecimento dos métodos de aplicação, sejam eles


estáticos, dinâmicos ou com associações. Conhecer as respostas que cada
método proporciona e o tipo de dor que cada método trata é fundamental para
a escolha assertiva e personalizada das manobras de forma individual.
O PODER DA ANALGESIA
Para promover analgesia, além de utilizar a aplicação no local da dor e
em regiões proximais, podemos utilizar os acupontos, que
comprovadamente oferecem um maior alcance sensorial por possuírem
em sua localização uma maior rede de vasos, nervos, feixes musculares e
sítios nervosos.

Muitas pesquisas já foram feitas para avaliar o efeito do estímulo dos


acupontos no corpo humano. Os resultados mostraram que os estímulos
nesses pontos agem sobre uma ampla rede, responsável tanto pelo
sistema sensorial somático, como também pelo afetivo e cognitivo
atuando no sistema nervoso periférico e estimulando
neurotransmissores que enviam sinais ao cérebro para a liberação de
analgésicos naturais.

Um estudo realizado na Universidade de York, na Inglaterra, mostrou


que o estímulo dos acupontos é capaz de atuar sobre estruturas neurais
especificas que desativam as regiões associadas a dor sustentando a
mesma ideia de que os seus efeitos são potencialmente analgésicos.
O PODER DA ANALGESIA
Além das ventosas outras ferramentas podem ser utilizadas para dar
continuidade ao estimulo e consequentemente potencializar a resposta
analgésica.

Terapias manuais, auriculoterapia, moxaterapia, massagem com pedras


quentes, aromaterapia, stiperterapia, são alguns exemplos de terapias que ao
associarmos com as ventosas potencializam seu efeito terapêutico no alivio da
dor.

Elementos como calor ( através da agua morna, moxa, vela de massagem ou


pedras quentes), chás para ingestão ou escalda pés, produtos , também
oferecem sua contribuição nesse processo.

Um bom terapeuta esta sempre pronto para atualizar-se e investir em


conhecimentos que possibilitarão alavancar sua carreira e seus resultados.
Lembre-se, o atendimento personalizado e humanizado pode fazer de você
uma referencia na sua região. Faca o seu melhor pelo próximo sempre.

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