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Disciplina:

PSICOLOGIA DA
SAÚDE
Psicologia da Saúde
Teorias e manejo da dor e do
estresse

Aula anterior:

- Enfrentamento da doença e adesão ao


tratamento
Psicologia da Saúde
Teorias e manejo da dor

-O que é dor?
-O que é estresse?
- Quais as semelhanças e diferenças?
Psicologia da Saúde
Teorias e manejo da dor

Geralmente explica-se a dor física a partir


das teorias ligadas à neurofisiologia, que
afirmam que a dor física é causada por
mecanismos neuroquímicos.
Considerando estas teorias o aspecto
psicológico de uma pessoa que sofre de
uma dor física não sofreria impactos
senão pela repercussão da dor física.
Psicologia da Saúde
Teorias e manejo da dor

Na maioria das vezes trata-se da dor


como se houvesse de um lado uma dor
considerada pela transmissão de uma
mensagem para o sistema nervoso e, de
outro lado, as consequências emocionais
e/ou sociais como é o caso da dor
crônica.
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Teorias e manejo da dor

Seguindo a lógica de tais teorias, haveria


o fenômeno processado pelo sistema
nervoso como dor e as suas
consequências psicológicas que seriam
sempre desencadeadas pela dor física.
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Teorias e manejo da dor

No entanto, existem também outra teorias


que excedem amplamente essa
concepção neurofisiológica da dor que
mostram outras possibilidades de
compreender e explicar o fenômeno
doloroso.
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Teorias e manejo da dor
Segundo Násio(2008), “ a definição oficial
de dor proposta pela Iasp deixa
transparecer essas diversas incertezas
quanto ao papel do fator psíquico.”
A definição da Iasp para dor é “uma
experiência sensorial e emocional
desagradável, associada a uma lesão
tissular real ou potencial, ou ainda
descrita em termos que evocam essa
lesão.”
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Teorias e manejo da dor
“Relendo a definição, medimos a
ambiguidade do termo “dor”. Mais do que
uma sensação, ela é uma emoção que
pode nascer sem lesão tissular
responsável.
Portanto existem teorias que concebem a
possibilidade de existir um tipo de dor em
que não seja necessária uma agressão
orgânica para justificá-la.
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Teorias e manejo da dor
Assim, essa outra possibilidade de
conceber o fenômeno doloroso, permite a
compreensão de porque algumas
pessoas sentem dores crônicas mesmo
na ausência de uma lesão, assim como
ajuda a entender porque as pessoas
respondem de forma singular na
apresentação do mesmo estímulo
doloroso ou de forma semelhante frente à
estímulos dolorosos diferentes.
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Teorias e manejo da dor

Portanto, existe uma dimensão


emocional, psíquica ou psicológica da
dor.
Também é importante observar que as
teorias psicológicas sobre a dor não
excluem o fenômeno doloroso causado
por fatores externos/físicos ou
ambientais.
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Teorias e manejo da dor
Mas independente das teorias sobre a
dor, há um consenso sobre os dois tipos
de dor: a dor aguda e a dor crônica.

A dor aguda é aquela que aparece


repentinamente e se agrava rapidamente.

A dor crônica é aquela que é permanente


e que já existe com algum tempo.
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Teorias e manejo da dor

Embora a dor seja um fenômeno presente


na vida do ser humano desde o seu
nascimento, na área da saúde a dor deve
ser abordada como são abordados pela
sua dimensão patológica.
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Teorias e manejo da dor
Crianças, adolescentes, adultos e idosos,
todos sentem dor e eventualmente pode
vir a sofrer de uma dor, seja ela causada
por uma fator físico e ambiental ou
causada por fatores psicológicos.
Todos estão sujeitos a dor pela via do
cotidiano como uma colisão de
automóvel, um procedimento médico ou
odontológico, um corte acidental, um
arranhão, etc.
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Teorias e manejo da dor
Desta forma os contextos e fatores que
podem possibilitar o surgimento do
fenômeno doloroso são os mais
variados:
comportamentais, ambientais, sociais,
culturais, religiosos e familiares.
Todos são fatores que podem contribuir
para a ocorrência, agravamento ou
manutenção da dor.
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Teorias e manejo da dor
Segundo dados da Organização Mundial
de Saúde (OMS), a dor crônica afeta 30%
da população mundial sendo um
importante problema de saúde pública
contemporâneo. Nos últimos cinquenta
anos, o estudo da dor tem contribuído
com mudanças profundas na
compreensão da dinâmica e
(cont.)
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Teorias e manejo da dor
(cont.)
complexidade do sistema nervoso, tendo
impulsionado o reconhecimento da
importância das dimensões
socioculturais e psíquicas na experiência
e expressão do fenômeno doloroso, além
de proporcionado a diversificação de
recursos terapêuticos mobilizados no
cuidado da dor crônica (LIMA, 2007).
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Teorias e manejo da dor

Importante!

O fenômeno da dor é considerado um


problema de saúde pública e requer um
abordagem específica sobre ele.
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Como se maneja a dor?

Um dos aspectos importantes de serem


considerados no manejo da dor é que ela
é um fenômeno que para tratá-la de forma
eficaz existe a necessidade da
verbalização.
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Teorias e manejo da dor
Tanto para abordá-la, reconhecê-la como
para tratá-la é necessário que o sujeito
que sente a dor, verbaliza sobre ela.
Desta forma os casos de recém-nascidos,
lactentes, crianças com deficiência
mental, em coma ou com alterações
neurológicas, incapazes de relato verbal
da dor, necessitam de uma abordagem e
manejo diferente sobre o fenômeno da
dor.
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Teorias e manejo da dor
Portanto, o manejo da dor fica mais
limitado nos casos em que o indivíduo
que está sentido dor estiver impedido de
verbalizar sobre ela.
Para ser tratada, é necessário que ela
seja averiguada no seguintes aspecto:
- É importante classificá-la quanto a sua
intensidade;
- O tempo em que ela está ocorrendo;
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Teorias e manejo da dor
- Identificação e classificar os possíveis
desencadeadores do fenômeno da dor;
- Investigar o nível de tolerância de cada
indivíduo que se queixa de dor,
considerando a relatividade do nível
de suportabilidade da dor de cada
indivíduo;
- Amenizar o mais rápido possível e
pelos meios menos invasivos a dor
que o indivíduo manifesta;
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Teorias e manejo da dor
Os recursos de analgesia frequentemente
utilizados são os medicamentos. Os
citados na literatura são os derivados de
opiódes, os antidepressivos e
anticonvulsivantes. Além disso, existem
as medidas não medicamentosas como a
terapia ocupacional, a fisioterapia, as
terapias complementares como o
relaxamento, a meditação, a massagem e
a prática de exercícios físicos.

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