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PSICOLOGIA APLICADA À

SAÚDE

NIP- 4° período
Profa. Alinne Nogueira Silva Coppus

SUPREMA
PSICOLOGIA APLICADA À SAÚDE

Introdução
SAÚDE-DOENÇA, NORMAL-
PATOLÓGICO

 A psicologia da saúde ganhou impulso a partir da


década de 1980 com a consolidação do novos modelos
de atenção à saúde baseados na perspectiva
biopsicossocial, ampliando a inserção deste
profissional nas mais diversas instituições e serviços.
O que é saúde?
 Na fundação da Organização Mundial da Saúde, em 1946, foi
definido o seguinte conceito:

 “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não


consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade.”

 Canguilhem (1988)
 A doença é o que faz o corpo falar
COMO ADOECEMOS?

 A falta da palavra faz com que o sofrimento/ a angústia


apareçam no corpo.
“PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE?”TXT
 O lugar da comunicação tem ganhado cada vez mais
destaque.
 Quando falamos nos mostramos.

 Psico-pathos-logia = busca de sentido (logia) daquilo


que causa espanto (pathos) à alma.

 Reagimos ao nosso desamparo fundamental neurótica,


psicótica ou perversamente.
“PARA QUE SERVE A PSICANÁLISE?”TXT
 Como humanos, subvertermos as determinações do
instinto... Não comemos meramente por fome, não
dormimos apenas por uma necessidade fisiológica.

 SOMOS INFLUENCIADOS POR INÚMERAS


VARIÁVEIS.
SAÚDE-DOENÇA, NORMAL-
PATOLÓGICO

 "A saúde é a vida no silêncio dos órgãos.” (René Leriche, 1940)


 “Quando estamos bem, nenhuma parte do corpo nos informa de
sua existência; se alguma delas nos adverte por meio da dor é, com
certeza, porque estamos mal; se for por meio do prazer, nem
sempre é certo que estejamos melhor.” (Denis Diderot, 1751)
O QUE É SAÚDE?

 Canguilhem (1988)
 O corpo também adoece em silêncio

 “Ainda que a saúde seja o maior de todos os nossos bens


concernentes ao corpo, ele é, contudo, aquele sobre o qual fazemos
o mínimo de reflexão e apreciamos menos. O conhecimento da
verdade é como a saúde da alma: quando a possuímos, não
pensamos mais nela.” (Descartes, 1649)
SAÚDE-DOENÇA, NORMAL-
PATOLÓGICO
 A saúde como laço social

 “O corpo vivo é... [um] existente singular cuja saúde exprime a


qualidade dos poderes que o constituem, visto que ele deve viver
sob a imposição de tarefas, portanto em relação de exposição com
um meio ambiente do qual, em primeiro lugar, ele não tem
escolha... Sua saúde é, ao mesmo tempo, um estado e uma ordem...
A saúde... é... a vida na discrição das relações sociais.”
(Canguilhem, 1988).

 NORMALIDADE COMO NORMATIVIDADE


SAÚDE-DOENÇA, NORMAL-
PATOLÓGICO

 O que é saúde?
 Segundo Almeida-Filho (2011), a raiz da palavra saúde é latina, e
deriva do termo salus que significa inteiro, intacto, integro. Esse
termo deriva do latim medieval salvus que aponta para a superação
de situações onde a integridade física está ameaçada.
SAÚDE-DOENÇA, NORMAL-
PATOLÓGICO
 O que é saúde?
 Straub (2014) destaca a perspectiva atual da psicologia da saúde.
 Perspectiva biopsicossocial (mente-corpo)
 Procurar apenas um fator causal produz uma imagem incompleta
da saúde e da doença de uma pessoa. Portanto, os psicólogos da
saúde trabalham a partir da perspectiva biopsicossocial (mente-
corpo). Essa perspectiva reconhece que forças biológicas,
psicológicas e socioculturais agem em conjunto para determinar a
saúde e a vulnerabilidade do indivíduo à doença; ou seja, a saúde e
a doença devem ser explicadas em relação a contextos múltiplos.
POR QUE A PSICOLOGIA NA SAÚDE?

 Para se estabelecer uma relação profissional-paciente


satisfatória, o profissional precisa saber o que pode
ocorrer ao corpo do indivíduo quando seu estado
emocional está alterado e o que pode ocorrer em seu
estado emocional quando seu corpo adoece.
(integração corpo-mente).
POR QUE A PSICOLOGIA NA SAÚDE?
O homem é um ser biopsicossocial; qualquer
alteração numa destas áreas (corpo, mente ou
ambiente), afeta as outras. (não há separação
entre psique e soma).

O profissional precisa saber se fatores


psicológicos modificam a "doença", como e em
que grau.
A PARTIR DA PSICOLOGIA O
PROFISSIONAL É CAPAZ DE:
 SABER que questões psíquicas agravam certas doenças
e sintomas (Ex: ansiedade, depressão, doenças mentais).

 Admitir que aspectos emocionais agravam e ocorrem


simultaneamente à doença.

 perceber o paciente como uma totalidade (psique e


soma).

 - identificar o que dificulta a cura.


ONDE SE APLICA?
 a todas as especialidades que envolvem a saúde;

O que ela permite?

AJUDAR o profissional nas suas tensões profissionais, na


compreensão de sua própria personalidade e comportamento
frente ao paciente, NO TRATO com pacientes difíceis, ao dar
diagnósticos graves, na
compreensão do homem
como um ser biopsicossocial.
MITOS....
 “Os dentistas são sádicos”

 “Cadeira de dentista é igual ao divã do analista”

 (mito: perder o paciente se o encaminhar para o


psicólogo)
 “Tem um paciente que eu pensei em encaminhar para o
psicólogo, mas ele [o paciente] pode acreditar que estou
o chamando de louco, que tem problemas” (Seger, 2009)
TXT: “AS REAÇÕES PSICOLÓGICAS À
DOENÇA....”
 Texto para a próxima aula:

 “As reações psicológicas à doença e ao adoecer”.


 Como trabalhar o texto:

 -- Discussão dos pontos chaves em sala e


 -- Discussão em grupo dos pontos chaves e articulação
com artigos que abordam a mesma temática
ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 INCONSCIENTE

 CORPO

 TRANSFERÊNCIA
INCONSCIENTE
 Segundo Sigmund Freud, a psicanálise é um método de
investigação, que consiste essencialmente em evidenciar
o significado inconsciente das palavras, das ações, das
produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um
sujeito.

 Como se sabe dele? Através dos sonhos, sintomas, ato


falho, chiste.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
 A partir dos estudos de Freud e do seu trabalho com os
paciente, a psicanálise se edifica na busca da
compreensão da relação do homem com seu corpo e seu
mal-estar.

 Essa relação é marcada por causas psíquicas.


POR QUE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE PRECISA
SABER DISSO?

 Porque é na linguagem e através da linguagem que ele se


expressa.

 Ou seja, é na forma como o paciente fala (interessado,


aflito, ansioso, com desprezo, com alegria), e nas
palavras que ele usa para falar da sua dor, do seu
mal- estar que algo do inconsciente aparece, revelando
algo que o próprio paciente não se dava conta.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
 Ex: fala de uma dor com satisfação;
 Fala de um sintoma físico se referindo a si (sou
diabético, sou esquizofrênico). IDENTIFICAÇÃO COM
O SINTOMA.
 Ganho secundário - O que é?

 Relaciona o início daquilo que ele se queixa com um


acontecimento em sua vida pessoal ou história de vida.
O SENTIDO QUE O PACIENTE DÁ ÀQUELE
SOFRIMENTO OU DOENÇA INFLUENCIA NO
PROGNÓSICO DO MESMO.
 É UMA PUNIÇÃO...

 É UMA LIBERTAÇÃO...
EU, CORPO, NARCISISMO E ANGÚSTIA
 EU = a ideia que você tem de você resulta de uma
construção. Essa construção é feita a partir das marcas da
sua história, boas e ruins.

 O eu é uma imagem (Freud, 1914, “Introdução ao


narcisismo”), ele é sobretudo corporal.
 Tem uma parte do eu que é inconsciente...não sabemos
tudo de nós mesmos...

 Narcisismo= eu/ corpo é um objeto investido


libidinalmente.
IMPORTANTE:

 o que afeta o EU GERA CONSEQUÊNCIAS NO


CORPO.

 Ex: as maneiras como a angústia se expressa no corpo.


 Falta ou excesso de sono, de apetite, de libido.

 A pessoa está triste e se vê feia. Ex:Repetidas cirurgias


plásticas.
PARA REFLETIR...

 "É do conhecimento de todos, e eu o aceito como coisa natural,


que uma pessoa atormentada por dor e mal-estar orgânico deixa
de se interessar pelas coisas do mundo externo, na medida em
que não dizem respeito a seu sofrimento. Uma observação mais
detida nos ensina que ela também retira o interesse libidinal de
seus objetos amorosos: enquanto sofre, deixa de amar.“ (Freud,
1914 'Sobre o Narcisismo: uma introdução')
A passagem do homem da situação de sadio para
a de doente, seja de forma abrupta ou insidiosa,
modifica a sua relação com o mundo e consigo
mesmo e implica sempre em repercussões
psicológicas, tanto nele quanto no seu círculo
familiar e social.
 As fantasias do paciente a respeito da sua
doença, a maneira como ele constrói um sentido
próprio para ela, assim como o peso dos
significados implícitos de certas doenças como o
câncer e a AIDS, são da maior relevância na
determinação do modo com que o indivíduo vai
se relacionar com a sua doença.
 “Por que isso me aconteceu?
 Por que isso me aconteceu agora?”

A doença nos torna conscientes de nossa fragilidade e


nos surpreende com o sentimento ameaçador, raramente
presente no nosso cotidiano, de que somos mortais e que
devemos morrer um dia.
A doença, do ponto de vista psíquico,
mobiliza defesas psicológicas no intuito de
enfrentar a ruptura do equilíbrio que é
acarretada pela eclosão da doença.
REGRESSÃO
 Comportamento infantil, marcado pela dependência.

 IMPORTANTE:
 ESSE COMPORTAMENTO É NECESSÁRIO E ÚTIL ,
na medida em que o paciente se deixa ajudar.

 Papel importante do médico de não colar o paciente


nesse lugar e incentivá-lo no que ele tem condições de
fazer.
DEPRESSÃO
 A depressão constitui uma consequência psíquica
praticamente inevitável do adoecer.

 Tristeza não é depressão.

 Ficar atento a sintomas tais como fadiga, apatia,


anorexia, perda de peso e insônia, podem ser
confundidos com sintomas resultantes da própria doença
física.
NEGAÇÃO
 Só se nega algo que eu já se sabe....

 “Não sei o que eu tenho” ....gera....Ansiedade.

 Diagnóstico = tenho isso – vão saber me tratar.


PRÓXIMA AULA: A IMPORTÂNCIA DO
SINTOMA
 “Psicanálise e odontologia: uma trajetória em
construção”
 – RESUMO DO TEXTO,

 - O QUE É TRANSFERÊNCIA?

 - O texto fala de uma integração organismo


corpo...explique.
 “A ENFERMAGEM E A ASSISTÊNCIA
PSICOLÓGICA PRESTADA AO ...”
 “A relação fisioterapeuta paciente, um estudo de
caso”
 Atenção Farmacêutica e Atenção Flutuante:
ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

 O Apoio psicológico a um paciente é importante para a


condução do tratamento, fortalecendo a relação do
paciente com o profissional de saúde.

 A assistência psicológica deve ser dada por toda a


equipe multiprofissional.
APOIO PSICOLÓGICO

 O profissional pode se colocar disponível para a


escuta, retirando suas dúvidas, explicando o
procedimento, dando apoio físico e emocional ao
cliente e a família, em relação à doença e o seu
tratamento.
 O profissional deve intervir promovendo o bem estar do
paciente de maneira individualizada e personalizada,
ouvindo-o, conversando, sendo compreensivo e
atencioso, de forma que lhe passe confiança, para que
este possa expor seus medos e angústias a cerca da
cirurgia, aceitando melhor a situação atual.
 Estar atento aos sentimentos do paciente é fundamental.

 Sem uma boa relação com o paciente a realização do


tratamento e a aderência ao mesmo são dificultados.
CONTINUANDO

 “REFLEXÃO ACERCA DAS CONTRIBUIÇÕES


DA PSICANÁLISE PARA O CUIDADO E PARA A
CLÍNICA DA ENFERMAGEM”. Texto base

 “O sintoma na medicina e na psicanálise: notas


preliminares”
 “Motivação e educação odontológica em pacientes
especiais”
E O TRABALHO INTERPROFISSIONAL?

 A compreensão do ser humano e do processo saúde-


doença passa necessariamente por uma abordagem
interdisciplinar ― e, mesmo, transdisciplinar ― na
construção dos conhecimentos.
A BUSCA PELA INTEGRALIDADE EM
SAÚDE
 .... possibilita uma ampliação do olhar sobre as
demandas de cuidado e sobre as necessidades de
saúde no âmbito da coletividade, e dos sujeitos em
suas singularidades.

 Isto porque as necessidades de saúde são complexas, e


estão inseridas em dimensões da vida cuja abordagem
disciplinar é limitada e objetificante.
O encontro do profissional de saúde
com o paciente, sob a ótica da
psicanálise pressupõe, uma relação
onde ambos exerçam a condição de
sujeitos;
 o exercício dessa condição possibilita o deslocamento
do cuidado em seu formato prescritivo e centrado na
doença, para uma perspectiva onde o paciente possa
participar do processo de elaboração de suas
necessidades de cuidado.
Transitou-se de um modelo intervencionista, onde o
sujeito aparece como objeto do saber-técnico científico
dos profissionais da saúde, para outro modelo onde a
doença é considerada como determinada socialmente,
logo, não existe de fato um sujeito.
 Reconhecer o sujeito em sua dimensão psíquica a

partir da psicanálise implica em construir espaços

para que ele se implique e decida sobre os modos de

cuidar que lhe atendem singularmente.


 Segundo o filósofo Descartes, o método clínico instaura
uma delimitação no campo da observação e se compõe a
partir de dois elementos: o inquérito e o exame, ambos
estruturados pela linguagem.

 “penso, logo sou”


MÉTODO CLÍNICO - BIOMÉDICO
 Isso significa que em tal método os sintomas estão para a
doença assim como os significantes estão para o
significado.

 O olhar do profissional intervém para agrupar os


sintomas, para estabelecer uma relação entre eles e,
finalmente, para deduzir a doença, que é o resultado de
uma alteração anatômica ou fisiológica.
 Assim, de acordo com Foucault, o método
clínico que a medicina inaugura lê os sintomas
para reuni-los em quadros, criando, com esta
operação, os tipos clínicos. Tal método instaura
um discurso sobre a doença que permite
constituir, como fatos médicos, elementos que na
ausência deste discurso permaneceriam
contingentes e desarticulados. 
 Isso significa admitir a não existência de uma
relação unívoca entre o sintoma e a doença,
deduzida como seu significado.

Supõe a consideração de que, se o
sintoma é um sinal, antes de ser o
sinal de uma alteração anatômica,
ele é o sinal de um sujeito.
 o saber do paciente sobre seu corpo, seus sintomas e
sobre sua doença pode e deve contribuir para a
construção do saber acerca do próprio caso.


Quando construímos um caso clínico não podemos
prescindir da experiência pessoal que o doente faz de sua
doença.
 Não o convidamos a se desprender das

interpretações subjetivas sobre o que lhe

ocorre. Não excluímos o que o paciente pensa

e sente sobre sua patologia e seu corpo


 A interdisciplinaridade no cuidado em saúde é um
princípio que se orienta pela articulação de saberes e
práticas em torno das necessidades dos sujeitos que
recorrem à rede assistencial.
QUESTÃO
 “Quando saí da posição de doente, a doença sumiu”.
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
Saúde Mental
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 O que é o campo da saúde mental?
O termo saúde mental se refere ao campo das políticas, leis,
estudos, pesquisas e intervenções que versam sobre o sofrimento
psíquico, sobre o mal viver inato à condição humana.

Doença mental
X

Saúde mental
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Tundanca (2006) diferencia espaço, lugar e campo:
 Espaço: se define como sítio/terra, espaço de cada um, das lutas e
disputas, prevendo operações de exclusão e substituição, não
definindo para o sujeito o seu lugar no mundo.

 Lugar: vinculado ao social e ao político, diz respeito ao múltiplo,


aos laços, regras e leis que localizam um sujeito na coletividade.

 Campo: local de intercessão e conflito, que se dá no encontro do um


com múltiplo.
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Tundanca (2006) diferencia espaço, lugar e campo:
O espaço da saúde mental é a própria cidade, o sujeito na rede
discursiva que compõe o laço social de uma determinada local e
tempo.
 Como espaços específicos de intervenção as instituições públicas ou privadas
(mesmo assim regidas pelo público), tais como os consultórios, CAPS,
hospitais, clínicas, UAPS, residências terapêuticas, dentre tantas outras
organizações institucionais de acolhimento e tratamento que funcionam como
dispositivos de localização subjetiva.
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Tundanca (2006) diferencia espaço, lugar e campo:
 Como referentes de lugar, a saúde mental tem como base leis,
portarias, manuais, arcabouços teóricos, conselhos de classe, dentre
outros mecanismos de identificação e subjetivação.
 A lógica que permeia os lugares da saúde mental são baseadas na lógica da
adaptação: resposta universal ao mal-estar na civilização, balizada pelos
manuais de psiquiatria e classificações dos transtornos mentais.
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Tundanca (2006) diferencia espaço, lugar e campo:
 Quanto à definição de campo, podemos definir como um campo de
cuidado orientado pela política do ajustamento à ordem pública.
Tem como objetivo reintegrar o indivíduo à comunidade social. A
saúde mental acredita na noção de responsabilidade social, na
reabilitação do psico-ao-social, nos ideais de subjetividade psíquica
onde o real cessaria de ser insuportável.
 Gozar de boa saúde mental seria, portanto, poder andar pelas ruas sem ser
atropelado no caótico sistema de trânsito atual, sair de casa e depois voltar
sem perder-se no emaranhado contemporâneo das grandes cidades, saber
utilizar corretamente a medicação prescrita pelo médico e engordar as
estatísticas que indicam boa qualidade de vida. (Miller, 1988)
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Tundanca (2006) diferencia espaço, lugar e campo:
 Ao contrário, a clínica traz como:
 Espaço: fala e a linguagem
 Lugar: dinâmica transferencial e relação médico-paciente
 Campo: política do sintoma um à um, um campo de cuidado cuja
perspectiva é balizada pela ética, onde cada um se insere no laço social de
uma maneira singular.
 Não existiria, portanto, o conceito pleno de saúde mental, visto a aposta
na singularidade, o encontro não harmônico por natureza do Um com o
Outro.
 Parte da lógica do não-todo e engendra a noção de responsabilidade
subjetiva.
 Lacan chegou a afirmar que em certa medida todo mundo é louco,
delirante (1978): A fórmula todo mundo é louco é um princípio, que
afirma ser radical a inadequação do real e do mental [...]. Ao
contrário do que o otimismo governamental professa: não há saúde
mental.
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL

Saúde
Um Mental Outro
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 O que é saúde mental?
 Saúde mental e ordem pública: A definição de saúde mental faz
parte do conjunto da ordem pública, visto que quando um sujeito
não goza de boa saúde mental ele, em geral, perturba a ordem
pública. Diz respeito ao laço social. (Miller, 1988)
 Segundo Dany-Robert Dufour, a subjetividade contemporânea é
marcada pelo rebaixamento dos ideais civilizatórios, das grandes
utopias comunitárias, em detrimento da elevação dos objetos de
consumo e da lógica do mercado nas relações humanas.

 Quais as consequências para o campo da saúde mental que


essa nova ordem social produz?
O CAMPO DA SAÚDE MENTAL
 Atividade complementar:
Assistir o filme:
“Bicho de sete cabeças”

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