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hospital psiquiátrico são pedro:

da invisibilidade à integração

carol vasques | trabalho de conclusão de curso


arquitetura e urbanismo | orientadora marta peixoto
prof. orientador:
etapa i | índice

1. ASPECTOS RELATIVOS AO TEMA

1.1. Justificativa da temática escolhida 5.6. Redes de infraestrutura


1.2. Análise das relações entre programa, sítio e tecido 5.7. Aspectos qualitativos e quantitativos da população
urbano de suporte 5.8. Levantamento fotográfico
1.3. Objetivos da proposta 5.9. Levantamento plani-altimétrico, orientação solar,
alinhamento, loteamento e cadastro, levantamentos aero-
2. ASPECTOS RELATIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO fotogramétricos e etc. Levantamento arquitetônico de
PROJETO edificações a serem recicladas.
5.10. Estrutura e drenagem do solo
2.1. Definição dos níveis e padrões de desenvolvimento 5.11. Micro-clima
pretendidos
2.2. Metodologia e instrumentos de trabalho 6. CONDICIONANTES LEGAIS

3. ASPECTOS RELATIVOS ÀS DEFINIÇÕES GERAIS 6.1. Código de edificações e plano diretor


6.2. Normas de proteção contra incêndio
3.1. Agentes de intervenção e seus objetivos 6.3. Normas de acessibilidade universal
3.2. Caracterização da população alvo 6.4. Normas de proteção do ambiente natural e
3.3. Aspectos temporais, com estimativa de prazo e/ou patrimônio histórico e cultural
etapas de execução 6.5. Normas de provedores de serviço de eletricidade,
3.4. Aspectos econômicos, fontes de recursos, custos telefone, água, etc.
estimados e participação dos agentes 6.6. Normas de uso do espaço aéreo, áreas de marinha,
da saúde, turismo, etc.
4. ASPECTOS RELATIVOS À DEFINIÇÃO DO PROGRAMA
7. INVESTIGAÇÃO DE PARTIDO
4.1. Descrição das atividades
4.2. Definição da população fixa e variável 8. FONTES DE INFORMAÇÃO
4.3. Requerimentos funcionais, ambientais e
dimensionais 9. HISTÓRICO ESCOLAR
4.4. Organização dos diferentes fluxos internos e externos
10. PORTFÓLIO ACADÊMICO
5. LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

5.1. Potenciais e limitações da área


5.2. Morfologia urbana e relações funcionais
5.3. Uso do solo e atividades existentes
5.4. Edificações, espaços abertos e vegetação existentes.
5.5. Sistema de circulação veicular e peatonal, hierarquia
viária
etapa i | aspectos relativos ao tema 1

1.1. Justificativa da temática escolhida


A estigmatização da doença sofrendo um contínuo processo de sociedade. Essa rede deve contar com questões políticas essa ocupação cessou.
mental é um antigo processo que data esvaziamento (atualmente possui apenas CAPES (Centro de atenção psicossocial), Percebe-se dessa forma o potencial que
desde fins do século XVIII quando a 200 internos frente aos 5000 que já Residências Terapêuticas, Ambulatórios a edificação e a área tem para atuarem
loucura passa a ser percebida como uma abrigou na década de 70). Apesar disso, de Saúde Mental, Equipes matriciais como polo de cultura e de integração
doença passível de observação, estudo, as dificuldades financeiras, políticas e a de referências, Hospitais-dia e Centros justificando-se assim a criação de um
classificação e tratamento. A psiquiatria falta de uma estrutura adequada acabam de Convivência e Cultura (conhecidos Centro de Convivência e Cultura (Cecco)
e o tratamento manicomial surgem não por impossibilitar não somente o bom também como Centros de Convivência no local. Aliado aos espaços culturais de
como uma ramificação da ciência médica funcionamento do local como instituição e Cooperativa ou Ceccos). Os centros integração propõe-se um anexo novo com
e sim como uma área especializada de tratamento psiquiátrico, mas também de convivência e cultura são um dos salas e escritórios para aluguel. Procura-
da higiene pública. Manicômios são a recuperação da área que é de alto principais e mais efetivos dispositivos se através da multifuncionalidade do
utilizados no mundo inteiro como interesse histórico, cultural e imobiliário. para inclusão social das pessoas com espaço garantir a viabilidade econômica
espaços de controle social evitando que Outro problema apresentado pelo transtornos mentais em tratamento na a curto e a longo prazo e a vivacidade
os internos entrem em contato e sejam terreno é o seu tamanho excessivamente sociedade. O Ministério da Saúde tem do local e da área através da utilização
vistos pela sociedade. A invisibilidade desproporcional ao entorno o que acaba como recomendação a implementação da mesma por diferentes públicos.
era o objetivo principal desses espaços. por isolar ainda mais o local e aumentar os desses centros em cidades com população Apesar dos recentes avanços
Desde a década de 1970, gastos com a manutenção do lote e das 41 superior a 200.000 habitantes e com uma no tratamento psiquiátrico e do
movimentos sociais e políticos edificações que se encontram dispersados boa rede CAPS, padrão no qual Porto desconhecimento e receio da sociedade em
impulsionaram a desinstitucionalização dentro dele. Grande parte dessas Alegre se encaixa. Apesar disso, existem relação ao tema em geral, espaços como o
do tratamento psiquiátrico no Brasil edificações se encontram sem utilização somente 60 centros em funcionamento Hospital Psiquiátrico São Pedro ainda são
seguindo assim a linha dos países ou em mau estado de conservação e no país concentrados principalmente na marcos do esquecimento e da segregação
Europeus os quais iniciaram o processo foram feitas de maneira desarmônica região sudeste e inexistindo na região sul. enfrentadas por essa parcela da
a partir da década de 50. Em 2001, foi e sem planejamento. O problema do Atualmente no Hospital população. A necessidade de modificação
promulgada a Lei Paulo Delgado ou a Hospital Psiquiátrico São Pedro é tanto Psiquiátrico São Pedro já ocorrem do quadro de exclusão e invisibilidade
lei da Reforma Psiquiátrica dando fim de escala urbana quanto arquitetônica. atividades culturais bem sucedidas como soma-se ao potencial cultural e integrador
dessa forma ao tratamento manicomial. Com a reforma psiquiátrica em a Oficina de Criatividade que procura que a área possui construindo dessa
O Hospital Psiquiátrico São Pedro 2001, o tratamento clínico da doença tratar os pacientes através da pintura. Até forma uma temática complexa e rica.
foi a primeira instituição de tratamento mental substituiu a internação em meados de 2017 dois dos seis pavilhões do
psiquiátrico do sul do Brasil e continua manicômios (exclusão social) por uma hospital eram utilizados por companhias
sendo até hoje a maior da região. Desde rede de serviços de atenção psicossocial de teatro porto-alegrenses como área para
a reforma psiquiátrica o Hospital vem que visam à reintegração do paciente à espetáculos, ensaios e sede, mas devido às
etapa i | aspectos relativos ao tema 2

1.2. Análise das relações entre programa, sítio e tecido urbano de suporte relações hpsp x centro x cidade s/esc

O terreno do Hospital Psiquiátrico de permeabilidade e o maior isolamento

iii
São Pedro está localizado em um da área e da edificação. O terreno possui

pe
rim
quadrante definido por importantes uma grande quantidade de área verde e ro
nt
ce

et
vias municipais tais como: Av. Bento espaços abertos quando comparada ao

alr
Gonçalves, Av. Ipiranga, Av. Salvador seu entorno que é densamente ocupado.
França e a Rua Guilherme Alves. A região 1.3. Objetivos da proposta
é uma localização privilegiada da cidade O objetivo da proposta é viabilizar
sendo favorecida devido à proximidade a integração daqueles que sofrem de
com importantes pontos como a Pontifícia transtornos mentais à sociedade e do
av
Universidade Católica do Rio Grande do Hospital Psiquiátrico, quanto edificação . ipi
ra
Sul (PUC), Bourboun Ipiranga, etc. Além esquecida e subutilizada, à cidade e av ng
. be a
disso, o nó Av. Ipiranga e Salvador França ao seu cotidiano. Para isso, se propõe nt
o hp
sp
go
(perimetral) pode ser considerado como o atuar em duas escalas distintas nç
al
centro de acessibilidade de Porto Alegre ve
concomitantemente: s
através dos estudos de sintaxe espacial. 1. escala Arquitetônica -
Sua localização dessa forma acaba por se Restauro do HPSP e utilização do mesmo
tornar estratégica para o desenvolvimento como um Centro de Convivência e Cultura.
de um novo polo cultural e de saúde da Construção de novo anexo com salas de
cidade. trabalho para indústria criativa de forma
O local que em 1884 (ano de a possibilitar a viabilidade econômica do
fundação) contava com um total de 33 projeto e a sua manutenção futura.
hectares de área livre atualmente conta 2. escala Urbana –
com 13,9 hectares após sofrer contínuos Reurbanização da área através do
processos de desmembramento cedendo loteamento dos 13,9 ha do terreno e
espaço para outras instituições. Dos 13,9 da abertura de novas vias de forma
hectares de área, 12.000 m² pertencem a garantir maior permeabilidade, a
somente ao Hospital Psiquiátrico São continuidade da malha urbana já existente,
Pedro. O sítio se destaca do entorno pelo maior acessibilidade ao HPSP e uma
seu tamanho desproporcional à malha possível viabilidade econômica para o
urbana local o que acaba por causar a falta desenvolvimento do projeto.
etapa i | aspectos relativos ao tema 3

2.1. Definição dos níveis e padrões de delimitação áreas e escalas de intervenção s/esc
desenvolvimento pretendidos Planta de Situação – esc 1/1000
Devido às grandes dimensões Planta Baixa dos pavimentos – esc 1/250
do terreno escolhido e do seu entorno, Cortes e Elevações Gerais - esc 1/250
o projeto deverá contar com diferentes Detalhamento construtivo e Maquete –
escalas de definição e detalhamento. escala a definir
Propõe-se o seguintes graus de definição:

1. escala Arquitetônica - 2.2. Metodologia e instrumentos de


Escala principal de interesse do projeto. trabalho
Inclui proposta de recuperação e novo uso escala urbana

(centro de convivência e cultura) para o O desenvolvimento do projeto se


Hospital Psiquiátrico São Pedro e proposta dará em três etapas:
de intervenção contemporânea para novo
es
anexo visando a indústria criativa. 1.levantamento de dados - ca
l aa
qu r
ite
Pesquisa e levantamento das informações no
vo

nic
an a
2. escala Urbana - relevantes sobre o tema e o sítio escolhido.
ex
o

Deverá conter somente diretrizes gerais hp


sp

(zoneamento de usos e desenho de 2.estudo Preliminar -


novas vias e quadras) não sendo essa a Proposta do desenho em escala urbana
escala principal de projeto. Considera-se e estudo de proposta para a escala
necessário a intervenção em escala urbana arquitetônica (HPSP) obtido através
para que a arquitetônica se justifique e da interpretação dos dados coletados
atinja os objetivos propostos previamente. previamente e representado através de
desenhos e programas de computação.
Os itens propostos para entrega
são os seguintes (as escalas propostas 3. anteprojeto -
podem ser futuramente alteradas): Desenvolvimento da proposta anterior
Diagramas, axonométricas, perspectivas – com os ajustes necessários e maior escala
sem escala de detalhamento. Representado através
Planta de Localização – esc 1/3000 de desenhos e programas de computação.
etapa i | aspectos relativos ao desenvolvimento do projeto 4

3.1. Agentes de intervenção e seus objetivos


Em 2007, o governo Yeda Crusius É evidente o potencial que o HPSP
anunciou a formação de uma força- tem para abrigar diferentes usos (saúde,
tarefa para definir e orçar a recuperação cultura, negócios e etc), mas por questões
do Hospital Psiquiátrico São Pedro. O políticas acaba se gerando uma eterna
orçamento foi estimado em 30 milhões disputa e vontade de monopolização da
destinados apenas para a recuperação do área. Outra questão importante a ser
edifício em si, ou seja, não contabilizavam tratada é a atual situação financeira do
modificações necessárias para a Brasil como país e do Rio Grande do Sul
qualificação do complexo como um todo. como estado que acaba por impossibilitar
Diversas propostas de uso e formas que um restauro orçado em 30 milhões
de investimento já foram realizadas pudesse ocorrer somente com incentivos
para o Hospital Psiquiátrico São Pedro, públicos. Propõe-se dessa forma que
mas nenhuma chegou a se completar o projeto fosse viabilizado através de
definitivamente devido a questões acordos e parcerias público-privadas.
políticas, sociais e financeiras. Um A Secretária da Saúde e da Cultura
exemplo foi a proposta de compra do local (Governo) seriam responsáveis pela
pela Dell Computer Corporations em 2007 viabilização e implementação do Centro
a qual sofreu fortes críticas por parte da de Cultura e Convivência no Hospital, mas
população em geral por retirar o acesso poderiam se utilizar de verba advinda do
do público ao local. O local também foi loteamento e reurbanização da área (13,9
sondado para ser ocupado por meio da hectares) como também de acordos feitos
Universidade Estadual do Rio Grande do com a iniciativa privada através do novo
Sul ou até mesmo se tornar um centro traçado urbano proposto. Propõe-se a
de eventos do Rio Grande do Sul o que construção de um anexo ao São Pedro de
também acabou não se concretizando. forma que a iniciativa privada (empresas
Outras atividades que tentaram ocupar ou construtoras) também pudessem
o HPSP foram as companhias de teatro participar e ocupar o local de forma a
porto-alegrenses que acabaram tendo as garantir a manutenção e viabilidade
suas atividades encerradas em meados de econômica do projeto a curto, médio e
2017 devido à questões políticas. longo prazo.
etapa i | aspectos relativos ao desenvolvimento do projeto 5

3.2. Caracterização da população alvo 3.3. Aspectos temporais, com estimativa


A população alvo do projeto seria 3.População em geral (Porto Alegre) de prazo e/ou etapas de execução 3.Restauro Hospital Psiquiátrico São
dividida em três grandes grupos e na Através da revitalização do Hospital Tendo em vista o tamanho da Pedro + anexo
seguinte escala de importância / alcance: Psiquiátrico São Pedro e da proposição de área e as diversas entidades e agentes Execução do restauro do Hospital
usos culturais que permitam e incentivem envolvidos no processo, a questão temporal Psiquiátrico São Pedro. Construção do
1.Parcela da população que sofre de o acesso ao local, a população de Porto acaba sendo de alta complexidade e difícil novo anexo e execução do paisagismo
transtornos mentais Alegre poderia usufruir de um grande de estimar com precisão. Entretanto, é seguido da instalação dos equipamentos
O grande desafio do projeto se espaço destinado a cultura e à saúde que possível estabelecer macro etapas para o pertencentes ao projeto.
baseia na proposição de um espaço onde estaria localizado fora do pólo cultural de bom desenvolvimento do projeto nas suas
o tratamento de pessoas com transtornos Porto Alegre (Centro da Cidade). Dessa diferentes escalas e frentes de trabalho.
mentais e a reintegração das mesmas à forma, o projeto contribuiria para o acesso
sociedade possa ocorrer e ser facilitada. à cultura e à saúde pela população em 1.viabilização econômica e projetual
Dessa forma o local poderia continuar a ser geral através de um novo polo municipal. A partir de um estudo de
um referencial de tratamento psiquiátrico, viabilidade global para a área ocorreria
mas atuando de forma inclusiva e não o desenvolvimento do plano urbanístico
mais através do isolamento. integrado ao projeto de restauro e
revitalização do HPSP. Seria necessário
2.População local do bairro Partenon que nessa etapa se firmassem também as
O centro de convivência e cultura parcerias e acordos com a iniciativa privada
atuaria como um polo cultural e de saúde e ocorresse a organização dos diferentes
para o bairro e a sua população através do setores governamentais envolvidos.
uso de oficinas, ateliês e outros espaços
destinados à cultura e ao tratamento 2. Modificações e preparação do entorno
por meio da arte. Atualmente o Hospital Remoção das edificações
Psiquiátrico São Pedro não possui uma necessárias para viabilização do projeto.
atuação com a comunidade local, pois Reurbanização da área através da execução
se destina apenas àqueles que buscam e do novo traçado viário (prolongamento
necessitam de tratamento psiquiátrico. da malha existente) e loteamento das
áreas. Regularização dos assentamentos
irregulares (Vila São Pedro e Salvador
França).
etapa i | aspectos relativos ao desenvolvimento do projeto 6

3.4. Aspectos econômicos, fontes de recursos, custos estimados e participação dos agentes planilha de custos - reurbanização hpsp (intervenção em escala urbana)
Conforme foi citado previamente Apesar do enfoque maior desse
itens variáveis cálculo subtotal total
(item 3.1), considera-se que o projeto projeto ser a escala arquitetônica da
seria financiado através de parcerias intervenção no Hospital Psiquiátrico
público-privadas as quais poderiam ser São Pedro, considerou-se as escalas valor terreno estimativa estimativa R$/M² (bairro R$ 4.490,00 R$ 381.650.000,00
partenon)
viabilizadas através de acordos do governo urbana e arquitetônica de intervenção em
com construtoras ou com investidores do orçamentos separados de forma a realizar área do terreno estimativa 139000,00

setor. O orçamento ao lado simula a partir uma aproximação da realidade. Devido à


parcela do terreno a ser
estimativa 85000,00
loteada

das diretrizes definidas pelo Plano Diretor fase inicial em que o projeto se encontra índice máximo de área esp. interesse cultural
2,00
aproveitamento b-41 279480,00
de Porto Alegre valores estimados de custo um orçamento preciso não é possível. área máxima adensável á. terreno x índice
170000,00
da obra e do projeto. áreas
possível de ser construída aproveitamento

área máxima não adensável


área adensável x 0,5 85000,00
possível de ser construída

área máxima isenta possível


vagas + circ. 24480,00
de ser construída

planilha de custos - restauro hpsp (intervenção em escala arquitetônica) área máxima total possível de
á.a. + á. n.-a +á.i. 279480,00
ser construída

itens variáveis cálculo subtotal total


cal - 8 (com andar livres)
cub julho 2017 R$ 1.672,86
Valor não será considerado normal
no cálculo (considera- estimativa R$/M² (bairro
valor terreno R$ 4.490,00 R$242.460.000,00 área adensável á. a x (cub x 1) R$ 284.386.200,00
se negociação com poder partenon) valor máximo da
R$ 422.711.647,68
público). construção área não adensável á.n-a x (cub x 0,8) R$ 113.754.480,00
área pré existência estimativa 12000,00 área isenta á.i. x (cub x 0,6) R$ 24.570.967,68
área total custo á.a. + á.n-a + á.i. R$ 422.711.647,68
área do anexo a ser
áreas estimativa 12000,00
construído 24000
valor construção x 12,5% R$ 52.838.955,96
área verde estimativa 30.000
cal - 8 (com andar livres) valor construção x 2,5% R$ 10.567.791,19
cub julho 2017 R$ 1.672,86
valor máximo da normal valor do empreendimento R$ 71.860.980,11
R$40.148.640,00
construção CUB x àrea total edificada/ valor construção x 1,5% R$ 6.340.674,72
custo área total R$ 40.148.640,00
a edificar

valor construção x 12,5% R$ 5.018.580,00 valor construção x 0,5% R$ 2.113.558,24

valor construção x 2,5% R$ 1.0003.716,00 R$ 176.270.757,08


valor do empreendimento custo total R$ 494.572.627,79
valor construção x 1,5% R$ 602.229,60
número de vagas de veículos 1 vaga / 100M²
valor construção x 0,5% R$200.743,20
1700
custo total R$ 46.973.908,80
área de vagas número de vagas x 2,4 x 5,0
número de vagas de veículos 1 vaga / 100M² 240 20400
área de vagas número de vagas x 2,4 x 5,0 2880
área de circulação de área de vagas x 0,2
área de circulação de área de vagas x 0,2 veículos 4080
576
veículos
etapa i | aspectos relativos à definição do programa 7

4.1. Descrição das atividades


Abaixo estão descritas as encontram. norte, fachada sul e oeste) deverão dos laços de sociabilidade e afeto entre os
atividades previstas para o projeto nas 3. quadra hospital psiquiátrico possuir acessos secundários, área para pacientes e a sociedade em geral.
duas escalas de trabalho previamente As 40 edificações que compõem estacionamento e ser conectadas através 4. indústria criativa
propostas (ver item 2.1). atualmente o complexo do Hospital de uma grande praça a qual abraçará o Um novo anexo deverá ser
Psiquiátrico São Pedro deverão ser complexo. edificado no local da fachada nunca
escala macro (urbana) reunidas em uma nova grande edificação realizada do Hospital Psiquiátrico São
Através do loteamento e da de forma a possibilitar a infraestrutura 2. praça pública Pedro (fachada norte) de forma a dialogar
abertura de novas vias dentro dos e espaços adequados para a escala de Deverá ser criado um espaço com a pré-existência e retomar parte da
13,9 hectares do Complexo São Pedro, importância do atendimento atualmente aberto com infraestrutura adequada para história do projeto original ao local. Esse
pretende-se integrar o terreno do HPSP à prestado pelo HPSP. Essa edificação não ser utilizado pela comunidade em geral novo anexo deverá ser ocupado por salas
cidade. Deverão ser propostos os seguintes será detalhada nesse projeto, mas será como uma praça pública de forma a suprir comerciais e espaços para coworking
novos usos (zoneamento) para as quadras definida em escala de zoneamento uma a necessidade do bairro (ver item 5.4). A de forma a criar um uso que traga uma
criadas: nova área para sua localização. praça deverá contar com uma área para população fixa para o local e seja capaz
feiras esporádicas de forma a possibilitar a de viabilizar economicamente a médio e
1. quadras residenciais | comerciais escala micro (arquitetônica) realização de diferentes eventos e também longo prazo a manutenção do complexo.
Deverá ser previsto em Através de novos usos e a a venda do artesanato produzido pelos Os espaços comerciais criados deverão ser
zoneamento quadras para ocupação criação de um anexo e praça pública, pacientes nas oficinas de artes presentes feitos tendo em vista a indústria criativa
residencial unifamiliar e multifamiliar pretende-se integrar o prédio histórico do no Centro de Convivência e Cultura. (publicidade, cinema, arquitetura, moda,
(máximo 4 pavimentos). As edificações Hospital Psiquiátrico São Pedro à cidade design...) e o seu já comprovado interesse
multifamiliares deverão ter uso misto e à sociedade. Deverão ser propostos os 3. centro de convivência e cultura no Hospital Psiquiátrico São Pedro.
(térreo comercial) de forma a estimular a seguintes novos usos para os espaços O espaço do prédio histórico do
circulação e o público local. anteriormente citados: Hospital Psiquiátrico São Pedro deverá ser
ocupado com um Centro de Convivência e
2. quadras habitação social 1. acesso | estacionamento Cultura. Esses centros são ainda escassos
As áreas correspondentes às Vilas O acesso principal se localizará na no Brasil, mas tem se comprovado
São Pedro e Salvador França deverão ser fachada leste do Hospital Psiquiátrico São altamente eficazes na reinserção de
regularizadas e providas de infraestrutura Pedro. Essa fachada no projeto original pacientes de volta à sociedade e no
adequada pelo governo de forma a do hospital (o qual nunca foi concluído) combate à estigmatização sofrida por eles.
possibilitar a permanência e a qualidade seria utilizada como entrada principal. O objetivo é promover através da arte e
de vida das comunidades que ali se As outras fachadas (novo anexo/ fachada das oficinas ali existentes o estreitamento
etapa i | aspectos relativos à definição do programa 8

4.3. definição pop. fixa e pop. variável 4.4. definição de requerimentos projetuais
área unitária área total
setor espaço programa qt. equipamentos pop. fixa pop. var.
(m2) (m2)
recepção 1 balcão + computador + cadeiras 5 9 45
área administração 1 mesas + cadeiras + estantes 20 9 180
administrativa copa 1 bancada + pia + frigobar 20 9 180
sanitários 2 lavatórios + vasos sanitários 4 8
sala professores 1 cadeiras + mesas 5 1 5
oficinas de salas de aula individuais 10 cadeiras + espaço livre 20 1 200
música salas de estudo / mini-biblioteca 1 cadeiras + mesas + estantes 100 1 100
depósito 1 armários 10 10
sala professores 1 + mesas
cadeiras 5 9 45
oficinas de salas de aula individuais 10 cadeiras+ espaço livre 100 1 1000
literatura salas de estudo / mini-biblioteca 1 cadeiras + mesas + estantes 100 1 100
depósito 1 armários 10 10
sala professores 1 + mesas
cadeiras 5 9 45
oficinas de salas de aula individuais 10 cadeiras+ espaço livre 100 1 1000
artes cênicas salas de estudo / mini-biblioteca 1 cadeiras + mesas + estantes 100 1 100
depósito 1 armários 10 10
sala professores 1 + mesas
cadeiras 5 9 45
centro de oficinas de salas de aula individuais 10 cadeiras+ espaço livre 100 1 1000
convivência pintura salas de estudo / mini-biblioteca 1 cadeiras + mesas + estantes 100 1 100
e cultura depósito 1 armários 10 10
(hpsp prédio salas de aula 10 espaço livre + equipamentos 100 1 1000
histórico) oficinas de
vestiários 1 armários + espaço para se vestir 10 10
educação física
depósito 1 armários 10 10
oficinas de salas de aula 2 cadeiras + mesas + estantes 100 1 200
jardinagem depósito 1 armários 10 10
sala de exposições 1 expositores 200 1 200
áreas de uso
sanitários 20 lavatórios+ vasos sanitários 1 4 80
comum
café 1 cozinha + mesas + cadeiras 5 200 1 205
salas pesquisadores 5 cadeiras + mesas + estantes 5 9 225
salas de estudo 5 cadeiras + mesas + estantes 10 1 50
memorial sala para palestras 1 cadeiras + projetor 50 1 50
acervo 1 armários 10 10
salas exposição 1 expositores 200 1 200
sala de luz e som armários + equip. som + mesas +
1 5 9 45
cadeiras
camarins 1 armários + mesas + cadeiras 50 9 450
auditório
palco 1 espaço livre + equipamentos 1 100
platéia 1 cadeiras 200 1 200
foyer 1 sofás + poltronas 200 1 200
total 7408
etapa i | aspectos relativos à definição do programa 9

4.3. definição pop. fixa e pop. variável 4.4. definição de requerimentos projetuais
área unitária área total
setor espaço programa qt. equipamentos pop. fixa pop. var.
(m2) (m2)
mobiliário urbano fixo e móvel +
praça theodemiro bancos + liveiras + café + espaços para
praça pública 1 40000 40000
tostes descanso + espaço para feiras e eventos
não permanentes

área total 40000


vagas ccc 120 120 0 12,5 1500
vagas públicas 60 0 60 12,5 750
estacionamento vagas anexo 120 120 0 12,5 1500
portaria 2 estante + cadeira + mesa 2 0 75 150
sanitários 2 lavatório + vaso sanitário 0 1 4 8
área total 3908
recepção 1 balcão + computador + cadeiras 5 9 45
administração 1 20 9 180
área administrativa
copa 1 20 9 180
sanitários 2 4 8
transformador +
1 1 40
gerdaor
salas de a.c. 1 1 15
infraestrutura reservatórios 1 1 15
casa de bombas 1 1 15
indústria criativa
depósito lixo 1 1 15
( anexo hpsp)
central glp 1 1 5
café / bar /
2 10 100 1 220
restaurante
áreas de uso comum sanitários 20 1 4 80
uso comum /
1 50 9 450
espaços convivência
salas reunião 10 10 9 900
áreas de trabalho salas padrão 20 10 9 1800
espaço coworking 1 100 9 900
área total 4868
área total edificada 12276
área total aberta 43908
etapa i | aspectos relativos à definição do programa 10

4.4. fluxograma

av. bento gonçalves


rua guilherme alves
av. salvador frança
av. ipiranga

novas vias

novos usos (escala urbana)

quadras quadra quadra quadras


uso misto hpsp hospital pisiquiátrico habitação social

áreas de acesso (escala arquitetônica)

praça pública área de transição estacionamento


(conector)

edificações (arquitetônica)

hpsp
anexo hpsp
(centro de convivência e cultura) (edificação escritórios)
etapa i | aspectos relativos à definição do programa 11

5.1. potenciais e limitações da área - escala urbana projeto são pedro cidadão - praça theodemiro tostes fonte: monografia cristiane lisot ucs

O terreno escolhido localiza-se Glória, Santana, Santa Cecília, Petrópolis,


no bairro Partenon no quadrante definido Jardim Botânico, Jardim do Salso, Jardim
pelas avenidas Ipiranga, Bento Gonçalves, Carvalho e Agronomia. Atualmente a região
Salvador França e a rua Guilherme Alves. é conhecida pelo comércio de pequeno,
A história do bairro data desde 1868 médio e grande porte além de contar
quando uma sociedade de literatos fundou com diferentes centros educacionais
a “Sociedade do Partenon Literário”. Os que variam desde escolas de segundo
associados possuíam planos de construir grau estaduais e particulares até polos
uma réplica do Partenon Grego que se importantes educacionais da cidade como
localizaria onde atualmente é a Igreja de a PUC (Pontifícia Universidade Católica do
Santo Antônio. Ao mesmo tempo, a área Rio Grande do Sul). O Partenon também se
recebia um grande plano de urbanização caracteriza por ser um bairro residencial
e loteamento que possuíam como objetivo o qual possui uma grande variedade na
a valorização da natureza e do clima do tipologia residencial que varia desde áreas
local. Foi proposto um acordo à sociedade com melhor qualidade de vida até áreas
de literatos que em troca do uso do com habitações irregulares e estrutura
nome “Partenon” para a área receberia precária.
uma parcela do loteamento. O acordo A situação atual do terreno e
acabou por nunca acontecer e em 1899 edificações estudados é precária. O
a sociedade se dissolve e doa os seus complexo do HPSP possui um total de
terrenos à Santa Casa de Misericórdia. No 41 edificações das quais diversas estão
dia 02/12/1879 o bairro recebe o primeiro interditadas por falta de manutenção e até
hospital psiquiátrico do Estado, o Hospital mesmo risco de desabamento. Observa-
Psiquiátrico São Pedro. se uma grande dificuldade na manutenção
O bairro foi oficialmente criado dos 13,9 hectares que compõem o
apenas no dia 7/12/59 através da Lei complexo devido principalmente à
2022 e teve seus limites ampliados questões financeiras e administrativas.
posteriormente em 08/01/90 pela Lei 6572. O Hospital Psiquiátrico São
O Partenon faz divisa com os bairros: Vila Pedro (prédio histórico) atualmente
São João Pessoa, São José, Santo Antônio, possui apenas 20% da sua área total em
etapa i | levantamento da área de intervenção 12

5.1. potenciais e limitações da área - escala urbana projeto morada são pedro fonte: monografia cristiane lisot ucs

funcionamento. Os 80% restantes estão diversas propostas de refuncionalização


desocupados e até mesmo totalmente em escala urbana e arquitetônica ao longo
sem uso o que acaba por agravar a sua do tempo. Na escala urbana, o complexo
deterioração. Até meados de 2016, dos possui dois grandes projetos. O primeiro
seis blocos que o compõem apenas chamado de Projeto São Pedro Cidadão
os pavilhões 1, 2 e 4 estavam sendo nasceu no ano de 1992 e tem como intuito
utilizados. O primeiro bloco era ocupado reintegrar o espaço do Complexo São
pela administração central, o segundo Pedro no contexto urbano de Porto alegre
pelo departamento jurídico e serviço de através de novos usos. É um projeto da
Memória Cultural e no quarto pavilhão Secretaria da Cultura em colaboração
era onde ocorria o Núcleo de Atividades com a Secretaria de Obras e da Saúde. O
Expressivas Nise da Silveira também projeto não foi concretamente decidido,
conhecido como Oficina de Criatividade. Os mas possui como plano a criação de uma
pavilhões 5 e 6 eram utilizados por grupos grande área verde dentro do complexo a
teatrais. A grande tendência observada qual viria a se tornar um parque público.
no local é o seu gradual desligamento O segundo projeto se chama
e enfoque em atendimento somente a “Projeto Morada São Pedro” e consiste
pacientes com surto à medida que os na reestruturação viária, relocação dos
200 pacientes residentes forem sendo habitantes e saneamento da área da Vila
realocados ou falecendo. Atualmente São Pedro. Para isso foi utilizada área
somente o pavilhão 2 funciona abrigando pertencente ao complexo São Pedro de
o Memorial do HPSP. Todos os outros forma que o IPHAE acabou embargando
pavilhões, exceto pelo A que está sendo a obra que até hoje não foi completada.
restaurado, estão interditados devido às Questiona-se a real eficácia em embargar
más condições em que se encontram. projetos de importância social e urbanística
Tendo em vista as modificações como o Morada São Pedro em relação à
ocasionadas na psiquiatria devido à proteção do patrimônio público.
reforma psiquiátrica e as tendências
previamente comentadas, o Complexo do
Hospital Psiquiátrico São Pedro foi alvo de
etapa i | levantamento da área de intervenção 13

5.1. potenciais e limitações da área - escala arquitetônica planta baixa 1ro pav - situação até 2016
Em relação à escala arquitetônica, durante o governo do Pedro Simon, havia
o prédio histórico do São Pedro já recebeu uma proposta de criar três grandes
propostas de ser ocupado pela UERGS, centros de referência humanística na
virar um Centro de Eventos para a cidade cidade de Porto Alegre coordenados
de Porto Alegre e até mesmo sedear a pelo Psiquiatra Salvador Célia. Os locais
empresa Dell Corporations conforme foi escolhidos seriam: Casa de Cultura
citado previamente no item 3.1. Mário Quintana, Cerâmicas Cordeiro e o
Desde meados de 2011 vem Hospital Psiquiátrico São Pedro. Esses
sendo executadas as obras de restauro centros deveriam atuar como importantes
do Pavilhão A do Hospital Psiquiátrico equipamentos sociais para a cidade, mas
São Pedro (prédio histórico). A empresa principalmente para o entorno. O Hospital
curitibana Arquibrasil Arquitetura e Psiquiátrico São Pedro transformado em
Restauração elaborou em 2010 o projeto equipamento cultural e social deveria administração memorial desativado oficina condomínio cênico

completo do restauro da edificação. Apesar atuar de forma desmistificadora e criatividade

da existência de um projeto para o local, integradora das pessoas em tratamento


pouco se sabe sobre o plano e a sua forma com a comunidade local, fato que até hoje planta baixa 1ro pav - projeto restauro
de financiamento (orçamento atual é de não conseguiu se concetrizar.
50 milhões de reais para restaurar apenas Atualmente o Complexo e o Prédio
o prédio histórico). O governo do Estado Histórico do São Pedro vem sofrendo um
pretende ocupar o prédio com a Secretária crescente processo de esquecimento e
da Saúde colocando um fim dessa forma estagnação agravados pela dificuldade de
a história da instituição como local de acesso ao local (falta de permeabilidade),
tratamento psiquiátrico. grande metragem quadrada e etc. Tanto
Entretanto, durante a entrevista o sítio estudado quanto a edificação
realizada com a Coordenadora da Oficina histórica apresentam um imenso potencial
de Criatividade Bárbara Neubarth, urbano e arquitetônico que deveria vir a
fui informada sobre o projeto mais ser desenvolvido e estudado de forma
interessante já desenvolvido para o a valorizar a região e colaborar com a
HPSP que infelizmente nunca chegou manutenção e preservação do patrimônio museu hpsp
gabinete departamentos coordenadorias auditório e escola de
oficina de
a sair do papel. No final dos anos 80, histórico. secretário saúde da ses regionais saúde afins
criatividade
saúde pública
etapa i | levantamento da área de intervenção 14

5.2. morfologia urbana e relações funcionais

O Complexo do Hospital edificações que ocupam a interface com

perfis viários entorno


fonte: monografia cristiane lisot ucs

perfis viários av. bento gonçalves

perfis viários av. ipiranga

perfis av. salvador frança

perfis viários rua guilherme alves


Psiquiátrico São Pedro se localiza numa área a Av. Bento Gonçalves acabam em sua
densamente urbana.No entorno do sítio grande maioria ocupando o lote até as
estudado percebe-se quadras de tamanho divisas e possuindo um recuo de jardim
muito inferior à quadra do Complexo menor ou até mesmo inexistente. Na Av.
São Pedro. As quadras em sua grande Ipiranga esse padrão se modifica já que
maioria são residenciais formadas por a presença de residências unifamiliares
edificações unifamiliares e multifamiliares. (Vila São Pedro) é maior do que a
Nas interfaces com as avenidas Bento presença de edificações de uso comercial.
Gonçalves e Ipiranga as quadras acabam A região é bastante edificada
adquirindo um caráter de uso misto através possuindo um tecido razoavelmente
de térreos comerciais ou de serviços denso. Entretanto, a Av. Salvador França
com andares superiores geralmente possui um aspecto diferente de todo o
residenciais. As quadras residenciais resto. Em um dos seus limites a quadra
possuem uma alternância entre residências é ocupada por uma extensa área militar
unifamiliares de geralmente no máximo 2 a qual acaba possuindo grandes áreas
pavimentos e residências multifamiliares livres não edificadas (vazios). Na outra
que na sua grande maioria possuem extremidade existe a presença de um
no máximo 4 pavimentos. O grão das tecido mais cheio (densificado) devido à
quadras ao redor do Complexo São Pedro presença da Vila Salvador França, mas
é em geral de tamanho médio (residências essa presença é pontual e contida. Pode-
multifamiliares ou edificações de uso se afirmar que a Av. Salvador França possui
comercial) e de tamanho pequeno quando grandes áreas de vazio em ambas as suas
corresponde às residências unifamiliares. extremidades diferentemente do restante
As edificações que se localizam nas das quadras do entorno. O tecido urbano
ruas de menor fluxo (por exemplo, a Rua da área é razoavelmente coeso, mas
Guilherme Alves) possuem, na sua grande possui dois grandes pontos de modificação
maioria, recuos de jardim e alternam entre no padrão os quais são a Vila São Pedro
ocupar o lote até as empenas laterais e a Vila Salvador França que acabam
ou apresentar recuos laterais. Já as formando um tecido irregular e não coeso.
etapa i | levantamento da área de intervenção 15

mapa figura e fundo 1:6000 mapa alturas 1:6000

edificado

1 pav
2 pavs
não edificado

3 pavs
4 pavs ou mais
área de intervenção
etapa i | levantamento da área de intervenção 16

5.3. usos do solo e atividades existentes mapa uso do solo | vegetação 1:6000
As edificações que se encontram sua grande maioria por edificações de
dentro do sítio do Complexo São Pedro são uso residencial e algumas poucas de uso

residencial
todas de caráter institucional e pertencem comercial as quais se localizam geralmente
ao Hospital Psiquiátrico São Pedro. Já próximas aos limites das quadras com
os usos do solo do entorno imediato do as Avenidas Ipiranga e Bento Gonçalves.
Complexo São Pedro variam em grande A maior parte dos lotes dedicados
parte de acordo com a hierarquia viária à prestação de serviços e ao comércio

comércio
da via que faz limite com a quadra em da área são de pequeno ou médio porte.
análise. Por exemplo, nas imediações da Apesar disso, a área também conta com
Av. Bento Gonçalves a maior parte das equipamentos comerciais de grande porte
edificações possuem caráter comercial / como o Bourboun Ipiranga e de médio porte

institucional
serviços ou misto. Já nas imediações da Av. como revendedoras de carros, postos de
Salvador França a presença de edificações gasolinas e etc. Além disso, as imediações
de caráter institucional é forte estando ali do complexo também contam com
localizadas áreas de uso militar, o Instituto equipamentos culturais e institucionais de
Psiquiátrico Forense, AMRIGS e a Igreja grande porte como a AMRIGS, o CTG 35,

hab. irregular
de São Jorge. Além das edificações de a Pontifícia Universidade Católica e etc.
caráter institucional a Av. Salvador França
5.4. espaços abertos e vegetação
possui uma grande área residencial de
ocupação irregular (Vila Salvador França). A região carece de parques e
Nas imediações da Av. Ipiranga áreas verdes públicas sendo o Complexo
a maior parte das edificações são, assim São Pedro e a área militar vizinha uma das
poucas áreas verdes do local. Apesar disso,
misto
como na Av. Bento Gonçalves, de caráter
comercial, misto ou institucional. Esse ambos não possuem acesso livre ao público
padrão é rompido na quadra do Complexo em geral o que acaba demonstrando a
São Pedro devido à presença da Vila São falta de espaços abertos públicos com
áreas verdes

Pedro a qual possui caráter puramente vegetação no local. A área do bairro


residencial de ocupação irregular. As Partenon está abaixo da recomendação
vias de menor capacidade como a Rua de área arborizada de acordo com
Guilherme Alves são conformadas em o nível aconselhado pela UNESCO.
etapa i | levantamento da área de intervenção 17

5.5. sistema de circulação mapa hierarquia viária | mobilidade 1:6000


O entorno do Complexo São Pedro 200 a 300 m de extensão para as quadras.
conta com três grandes avenidas da Em relação à oferta de diferentes

pontos de ônibus
cidade: Av. Bento Gonçalves, Av. Ipiranga modais de transportes para o local, o
e Av. Salvador França. Essas vias são Complexo está razoavelmente bem servido. av
. ipi
interligadas por uma série de vias de O local deverá contar com a ciclovia da ra
ng
a
menor hierarquia como, por exemplo, a Av. Ipiranga a qual será posteriormente
Rua Guilherme Alves que limita o terreno expandida de forma a aumentar a malha

es
alv
a oeste. Tanto a Av. Ipiranga quanto a Av. cicloviária da cidade e da região. O local

e
via arterial
Bento Gonçalves promovem conexão com também conta com uma grande quantidade

rm
he
o centro da cidade enquanto a Av. Salvador de pontos de ônibus espalhados por

uil
França (terceira perimetral) liga a zona toda a sua extensão os quais recebem

ag
norte à zona sul da cidade explicando assim linhas que conectam a cidade em

ru
o ótimo posicionamento do lote em relação ambos os sentidos (norte-sul e leste-

via coletora
à cidade como um todo nos eixos Norte – oeste) conforme citado anteriormente.
Sul (Av. Salvador França) e nos eixos Leste- Há também a presença do Viaduto
Oeste (Av. Ipiranga e Av. Bento Gonçalves). São Jorge, ou viaduto da terceira perimetral,
O entorno do Complexo não grande obra viária que demonstra a
possui ruas peatonais ou um percurso magnitude dos fluxos presentes no local.

av. sal
via local
agradável para os pedestres. As calçadas O viaduto disponibiliza algumas vagas
presentes nas duas grandes avenidas para estacionamento do público em

vado
não delimitam um percurso agradável geral. Além desse ponto, o entorno conta

r franç
para o pedestre devido à intensidade do com estacionamentos particulares que av
. be
fluxo presente nessas vias e à falta de juntamente com algumas ruas secundárias nt
og
on
permeabilidade presente especialmente e trechos da avenida possibilitam a

a
ça
lv
es
na quadra do São Pedro que possui utilização de transporte individual para
extensões que variam desde 600 m até acesso à área com relativa facilidade.
800 m sem nenhuma interrupção ou
possibilidade de mudança de percurso. O
recomendado para se obter uma malha
ativa e confortável para o pedestre é de
etapa i | levantamento da área de intervenção 18

5.6. redes de infraestrutura 5.7. aspectos quantitativos e qualitativos da população residente e usuária

O bairro Partenon se localiza Segundo o IBGE, em 2010, a 2000 a porcentagem correspondia a 18,48% população vivendo com 1 a 2 salários
dentro da Macrozona 1 e da UEU 078 população de Porto Alegre totalizava aumentando para 19,54% durante 2010. mínimos no bairro é de mais da metade da
do PDDUA conhecida como “Cidade 1.409.351 habitantes. Em 2000, o bairro Percebe-se através desses dados, população total (60,63%). Desde 2000 até
Radiocêntrica” a qual constitui a área Partenon contava com 47.750 habitantes que famílias e adultos estão procurando 2010 a quantidade de domicílio que vivem
mais estruturada do município em termos no total. A população não demonstrou um outras zonas da cidade para morar o que com 1 a 2 salários mínimos aumentou
de infraestrutura. Os seguintes dados decréscimo ou acréscimo significativo no indica que a região apresenta carência enquanto a quantidade de domicílios com
do IBGE coletados em 2010 demonstram censo de 2010 em relação ao censo de 2000 já de equipamentos e espaços que tornem mais de 10 diminuiu consideravelmente.
que a zona possui uma boa rede de que o bairro contava com 45.707 habitantes o local atraente para essas faixas da Conclui-se através desses dados que a
infraestrutura, mas ainda conta com (43 habitantes a menos do que em 2000). A população. Em relação à questão de desvalorização do bairro e a piora nas
aspectos que devem ser melhorados. população residente do bairro no ano de gênero a população local apresenta condições de vida da população local
- 99,67 % dos domicílios possuem 2010 correspondia a 3,24% da totalidade atualmente maior quantidade de mulheres devem-se em parte à crise financeira
abastecimento de água potável; dos habitantes de Porto Alegre. Com (53,65%) do que homens (46,35%). Essas atual que o estado e o país se encontram
- 76,91% dos domicílios contam com área total de 6,25 km2 (representa 1,31% porcentagens não sofreram grandes e à falta de investimentos na região.
bueiros / boca-de-lobo em seu entorno; da área do município) possui densidade modificações no período de 2000 a 2010.
- 98,31 % dos domicílios contam demográfica de 7.313,12 habitantes por Ao analisarmos as questões
com sistema de esgoto adequado; km2. A taxa de analfabetismo é de 3,15%. qualitativas do bairro, percebemos
- 99,57% dos domicílios contam com energia A população de adultos que a maior parte da população que
elétrica da companhia distribuidora; compõe 40,84% da população total, a habita o local pertence à classe média e
- 87,71% dos domicílios contam com de adolescentes 19,54%, a de crianças média baixa. O rendimento médio dos
iluminação pública em seu entorno. 14,07% e a de crianças na primeira responsáveis por domicílio em 2010 é
infância de 4,43%. Desde o ano 2000 de 4,14 salários mínimos apresentando
até 2010 todas as populações citadas um significativo decréscimo desde 2000
anteriormente decresceram. As únicas quando o rendimento correspondia ao
faixas populacionais que demonstraram dobro do atual (8,15 salários mínimos).
crescimento no período de 2000 até 2010 A parcela da população que vive com até
foram os idosos e jovens. Nos anos 2000 a um salário mínimo, segundo os dados
população de idosos do bairro compunha atuais, é de 17,30%, com até dois salários
12,57% da população total e nos anos 2010 mínimos por domicílio é de 43,33% e
essa porcentagem aumentou para 15,43%. com mais de 10 salários mínimos por
Em relação à população jovem, nos anos domicílio é de 7,06%. O percentual da
pátio interno entre pavilhão 1e2 pátio interno entre pavilhão 1e2
etapa i

corredor pavilhão 3 antiga farmácia


5.8. levantamento fotográfico prédio histórico
| levantamento da área de intervenção

corredor pavilhão 3 detalhe portas internas

fachada norte hpsp pátio interno entre pavilhão 5e6


19
frente pavilhões prédio histórico pavimentação em pedra portuguesa
etapa i

fachada oeste prédio histórcio antiga farmácia


5.8. levantamento fotográfico complexo hpsp
| levantamento da área de intervenção

fachada oeste prédio histórcio antigo necrotério

antiga caixa d’ água pavilhão clifford beers


20
etapa i | levantamento da área de intervenção 21

5.9. plani-altimétrico e edifícios a serem preservados. mapa plano-altimétrico 1:6000


O lote em estudo está localizado Em relação às edificações
em uma área que apresenta certo grau presentes no entorno e no sítio, apenas o

curvas de nível
de desnível em seu perímetro, mas que prédio histórico do Hospital Psiquiátrico
devido à sua extensão e tamanho acaba São Pedro possui a peculiaridade de ser
o diluindo e tornando a passagem da cota tombado juntamente com o seu recuo
mais baixa até a mais alta suave. O prédio frontal (área verde). Além do prédio
histórico do Hospital Psiquiátrico São histórico, outras quatro edificações que
Pedro está localizado na cota mais alta compõem o conjunto são avaliadas pelo
e foi feito dessa forma propositalmente IPHAE como conformadoras do conjunto
de acordo com as normas estabelecidas e logo devem ser preservadas as quais
na época para implantação do mesmo. são: Antiga Farmácia, Necrotério,
Acreditava-se que localizando a edificação Pavilhão Clifford Beers e a antiga Caixa
em pontos mais altos e ensolarados d’água. O restante do complexo (36
se estaria combatendo os “miasmas” edificações) é classificado como passível
responsáveis pela propagação de doenças de compatibilização ou remoção, ou seja,
de acordo com as crenças higienistas da não agrega valor ao conjunto histórico.
época. A insolação do local é boa devido à
extensão do terreno e a falta de edificações
que barrem a incidência solar no lote.
Uma das peculiaridades do local é
de cursos d’água próximos. Inicialmente,
na data da compra do terreno, o local era
delimitado a leste pela Sanga do Chagas
(antigo curso d’água que existia na atual
Av. Salvador França) e a norte pelo Arroio
da Azenha (nome do arroio dilúvio antes da
canalização). A proximidade com cursos d’
água também fazia parte das indicações
higienistas para a implantação do local.

etapa i | levantamento da área de intervenção 22

mapa inventário complexo 1:6000 mapa edificações a serem mantidas 1:6000

tombado

à preservar
à preservar
à demolir
/ compatibilizar
etapa i | levantamento da área de intervenção 23

5.9. edifícios a serem preservados mapa cidade de porto alegre 1910 - fonte: aula neoclassicismo - técnicas retrospectivas - prof. luisa duran
(hospital psiquiátrico são pedro)
Inaugurado em 29 de Junho
de 1884, o Hospital Psiquiátrico São
Pedro representa em sua arquitetura
e implantação os ideais filantropicos
imperiais, as condições de higiene
almejadas pela época, mas especialmente
as regras morais vigentes. A disposição
pavilhonar permite ventilação cruzada,
melhor iluminação natural, combate
a umidade e oferece a “segurança”
necessária para Hospitais Psiquiátricos
da época combatendo a insalubridade e ao
mesmo tempo promovendo o isolamento
que se considerava necessário para o
tratamento. A edificação projetada pelo
Eng. Álvaro Nunes Pereira inicialmente
contava com doze pavilhões de forma
que originaria através da sua planta
espelhada e simétrica um grande pátio
interno seguindo o modelo arquitetônico
do panóptico. Apesar disso, em 1914
as obras são encerradas por questões
políticas e financeiras. Somente 6 dos 12
pavilhões foram construídos de forma que
a fachada de entrada original (leste) nunca
foi finalizada. Ao longo dos anos diversas
modificações e remodelações foram
realizadas de forma que poucos pavilhões
se encontram no seu estado original.
etapa i | levantamento da área de intervenção 24

5.10. estrutura e drenagem do solo mapa insolação / ventos 1:6000


Segundo dados fornecidos pelo com alagamentos. Há a presença de dois
Diagnóstico Ambiental de Porto Alegre, cursos d’água, conforme foi comentado

ventos verão
a unidade geológica presente na área é anteriormente, de 3ra ordem no local. O tipo
uma mistura entre Granito Ponta Grossa de ocupação do solo do lote é uma mistura
e Terraços e Cordões Arenosos sendo entre edifício, ocupações espontâneas,
o último mais presente. Os Terraços e campos manejados e bosques.
Cordões arenosos são datados do período
quartenário, mais especificamente do N
5.11. microclima

ventos inverno
Pleistoceno. O granito Ponta Grossa,
datado do período Pré-Colombiano, O clima de Porto Alegre é
foi muito utilizado na construção civil classificado como subtropical úmido o que
como pedra de alicerce e calçamento. significa que apresenta grandes variações
A formação rochosa é recoberta no e extremos de temperatura ao longo do
local por uma mistura entre uma associação ano. Devido ao tamanho do terreno e a
de Argissolos Vermelhos / Argissolos falta de edificações altas no seu entorno a
insolação é boa no local e não há problemas O L
Vermelho-amarelos / Cambissolos Háplicos
com uma associação de Planossolos de sombreamento. Os ventos no local
Hidromórficos / Gleissolos Háplicos / durante o verão são predominantemente
Neossolos Flúvicos. A primeira associação sudeste e no inverno noroeste.
de solos costuma ocorrer em topos e O entorno não possui fábricas
encostas de elevações, relevos ondulados ou outros tipos de utilização que possam
e nos terços inferiores de encostas de colaborar com a poluição do ar no local,
morros. A segunda associação de solos entretanto, o grande fluxo de carros
ocorre geralmente em áreas marginais ao presente nas avenidas do entorno acaba S
longo de arroios em relevos planos. contribuindo e também gerando altos
O escoamento superficial na níveis de poluição sonora. O local possui
área do Complexo São pedro é de 90- também um alto nível de poluição visual
100% o que caracteriza uma área com através das atividades comerciais que
um ótimo escoamento superficial e logo se utilizam de anúncios e letreiros
possui menores chances de problemas sem nenhum padrão ou organização.
etapa i |condicionantes legais 25

6.1.1. plano diretor (pddua) 6.1.1. (pddua) parecer do aluno mapa pddua 1:6000
Os dados aqui apresentados A área de intervenção consiste
provêm do PDDUA de Porto Alegre, numa área especial de interesse cultural,

subunidade aeic
consultado por meio digital, e do parecer ou seja, exige um regime urbanístico
técnico do IPHAE N 06/09 o qual substituiu específico devido às peculiaridades do local
o parecer técnico N 02/89 reavaliando e o patrimônio cultural presente. Como o
às delimitações do entorno do conjunto projeto se insere dentro de uma AEIC,
das Edificações Centenárias do Hospital ele é também considerado um projeto
Psiquiátrico São Pedro devido à alterações especial precisando dessa forma de uma

1
viárias que a área sofreu após 1989. avaliação diferenciada para sua aprovação.

subunidade
O entorno das edificações centenárias É necessária a realização de um estudo
do Hospital Psiquiátrico São Pedro é de impacto e viabilidade urbana do projeto
atualmente formado pela seguinte poligonal: para que o mesmo possa vir a ser aprovado.
Segundo o plano diretor atual,
regime urbanístico vigente: as condições para novas intervenções

2
na área são extremamente restritivas de

subunidade
Macro Zona 1: “Cidade Radiocêntrica:
engloba o território compreendido forma que contribui para a manutenção da
pelo Centro Histórico e sua extensão estagnação e falta de integração da área
até a III Perimetral, constituindo a com a cidade. Entende-se a necessidade
área mais estruturada do Município, de proteção levando em consideração a
prática corriqueira da desvalorização e

3
com incentivo à Miscegenação e

subunidade
proteção ao patrimônio cultural”. falta de respeito ao patrimônio cultural
no Brasil, entretanto, para que ocorra a
UEU 078: Pelo PDDUA (1999) a Unidade modificação dessa mentalidade, projetos
078 foi dividida em três subunidades, que promovam a readequação desses
porém hoje, esta mesma área encontra-se espaços às necessidades atuais da
5e6

dividida em seis subunidades diferentes. cidade e sociedade devem ser realizados.


O seguinte projeto tem como objetivo
subunidades

Subunidades 01, 02, 03, 04, 05 e 06 promover esse questionamento através


de intervenções que procurem integrar o
Complexo São Pedro à cidade e a sociedade.
etapa i |condicionantes legais 26

6.1.1. plano diretor (pddua)


SUBUNIDADE 01: Especial de que se trata.” na área frontal do monumento que é área
“No espaço de abrangência da poligonal os DIRETRIZES ESPECÍFICAS AIC B-41 Verde gravada e protegida desde Março SUBUNIDADE 04 (VILA SÃO PEDRO):
espaços da subunidade 01 fazem parte da (CATÁLOGO DE BENS CULTURAIS DE de 2002. A proteção de toda a área do “Os lotes da subunidade 04 ficam restritos
área resguardada do Complexo São Pedro, PORTO ALEGRE): Complexo São Pedro deve ser máxima. nas novas construções a altura máxima
AEIC B-41, fica proibida a sua densificação, “Novas intervenções respeitando e Proíbe-se a construção e conservam-se de dois pavimentos ou seis metros de
ou seja, não é permitido que sejam feitas integrando-se a tipologia predominante ou todos os vazios e, em especial, o vazio que altura. Recomenda-se uso residencial com
novas construções salvo consulta prévia ao relevante. Prioridade à recuperação das separa o Monumento da Avenida Bento permissão para comércio de pequeno porte.
IPHAE, com no máximo dois pavimentos ou unidades relevantes e/ou inventariadas Gonçalves.” A densidade bruta permitida fica também
seis metros de altura. O uso recomendado existentes. Valorização dos aspectos nos quatrocentos e noventa habitantes por
continua institucional.” urbanos ligados ao uso tradicional. SUBUNIDADE 02 (Rua Guilherme Alves): hectare e o índice de aproveitamento do
Está inserido nesta subunidade Manutenção, restauração ou projeto da “Os lotes da subunidade 02 ficam os solo em setenta e cinco metros quadrados
desde 03 Setembro de 2004 o espaço pavimentação dos passeios públicos em edifícios a serem construídos restritos a na quota ideal.”
identificado como Área de Interesse pedra portuguesa, laje de grês, ladrilho altura máxima de quatro pavimentos ou
Cultural (AIC) B-41, devido ao Monumento hidráulico ou paralelepípedo de granito doze metros de altura no corpo do prédio. SUBUNIDADE 05 e 06 (Vila Salvador
e Complexo Hospital Psiquiátrico São (o que existir no local). Recuperação e/ou Recomenda-se uso residencial com França):
Pedro. Para essa área se tem as seguintes manutenção das áreas verdes públicas. permissão para comércio de pequeno porte. “Também aqui os lotes das subunidades 05
estratégias urbanísticas: Preservação do centenário edificado e/ou A densidade bruta permitida permanece e 06 ficam restritos nas novas construções
natural e vegetação existente. Potencial de quatrocentos e noventa habitantes por a altura máxima de dois pavimentos ou
AEIC - ÁREAS ESPECIAIS INTERESSE para incremento de atividades culturais.” hectare e o índice de aproveitamento do seis metros de altura. Recomenda-se uso
CULTURAL (PDDUA): solo permanece inalterado em setenta e residencial com permissão para comércio
Capítulo VII – art. N 73, parágrafo 1: PROCESSO 001.000445.02.9 ARQUIVO cinco metros quadrados na quota ideal.” de pequeno porte. A densidade bruta
“Nas Áreas Especiais, até a definição MUNICIPAL permitida fica em quatrocentos e noventa
do regime urbanístico próprio, por lei Dentro da AIC B-41 foi definida uma área SUBUNIDADE 03 (IGREJA SÃO JORGE): habitantes por hectare e o índice de
específica, será concedido licenciamento marcada e gravada no PDDUA como área “Também aos espaços da subunidade 03 aproveitamento do solo em setenta e cinco
para parcelamento do solo, uso e verde e parque tendo em vista o “Projeto São fica proibida a sua densificação, ou seja, metros quadrados na quota ideal”.
edificação, através de Projetos Especiais, Pedro Cidadão” explicando anteriormente não é permitido que sejam feitas novas
resguardadas as condições ambientais (ver item 5.1). construções salvo consulta prévia ao
desejáveis, não podendo acarretar prejuízo AIC B-41: IPHAE, com intenção de não mais que dois
aos valores ambientais intrínsecos que “Ao espaço da AIEC B-41 fica proibido pavimentos ou seis metros de altura. O uso
determinaram a instituição da Área qualquer tipo de construção especialmente recomendado continua institucional.”
etapa i |condicionantes legais 27

6.1.1. plano diretor (pddua) - tabelas índices

subunidade 01 (aeic) e 03 (igreja são jorge) subunidade 02 (rua guilherme alves)


densidade bruta - 85% de consolidação densidade bruta - 85% de consolidação
área de área de
densidade cód. zona solo privado solo criado total densidade cód. zona solo privado solo criado total
ocupação ocupação
bruta
hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha bruta hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha
(anexo 4) (anexo 4)
área de interesse predom.
rarefeita 23 conforme projeto específico
institucional intensiva 11 residencial, mistas, 315 90 70 20 385 110
predom. produtiva
at i v i d a d e cód. zonas de uso
at i v i d a d e cód. zonas de uso
(anexo 5) 17 área de interesse institucional
(anexo 5) 01 área predominantemente residencial, centro histórico
área de índice de aproveitamento quota
i.a. código área de índice de aproveitamento quota
ocupação ia sc tpc ia máximo ideal i.a. código
(anexo 6) ocupação ia sc tpc ia máximo ideal
rarefeita 23 regime urbanístico próprio a critério do smgp (anexo 6)
intensiva 11 1,6 sim sim 3,0 75m2
área de altura taxa de
código área de altura taxa de
volumetria ocupação máxima (m) divisa (m) base (m) ocupação volumetria código
(anexo 7) ocupação máxima (m) divisa (m) base (m) ocupação
intensiva e
25 regime urbanístico próprio (anexo 7)
rarefeita intensiva 03 12,5 12,5 - 75%

aic b-41 (monumento e complexo hospital psiquiátrico são pedro ) subunidade 04 (vila são pedro) e subunidades 05 e 06 (vila salvador frança)
densidade bruta - 85% de consolidação densidade bruta - 85% de consolidação
densidade área de área de
cód. zona solo privado solo criado total densidade cód. zona solo privado solo criado total
bruta ocupação ocupação
(anexo 4) hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha bruta hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha hab./ha econ./ha
04 regime urbanístico próprio
(anexo 4) predom.
intensiva 11 residencial, mistas, 315 90 70 20 385 110
at i v i d a d e cód. zonas de uso predom. produtiva

(anexo 5) 06 regime urbanístico próprio at i v i d a d e cód. zonas de uso

área de índice de aproveitamento quota (anexo 5) 01 área predominantemente residencial, centro histórico
código
i.a. ocupação ia sc tpc ia máximo ideal área de índice de aproveitamento quota
i.a. código
(anexo 6) ocupação ia sc tpc ia máximo ideal
intensiva 03 1,3 não sim 2,0 75m2 (anexo 6)
intensiva 11 1,6 sim sim 3,0 75m2

área de altura taxa de área de altura taxa de


volumetria código volumetria código
ocupação máxima (m) divisa (m) base (m) ocupação ocupação máxima (m) divisa (m) base (m) ocupação
(anexo 7) (anexo 7)
28 regime urbanístico próprio intensiva 01 9,00 9,00 - 66,6%
etapa i |condicionantes legais 28

6.1.2. código de edificações


O código de edificações de Porto LOCAIS PARA REFEIÇÕES 8.2.3 Restaurantes, refeitórios, bares e Viabilidade Urbanística (EVU), devendo a
Alegre funciona como uma compilação de F-6 (Locais para refeições): 8 similares intervenção ou a edificação que a substituir
regras para lançamento, manutenção e LOJAS 8.5.3 Parques, praças e locais turísticos observar as restrições necessárias
uso das edificações. Através dele é possível C-1 (comércio em geral, de pequeno porte): 6 8.7 Bibliotecas e centros de leitura à preservação cultural e histórica da
utilizar parâmetros mínimos necessários EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS 8.8 Locais de comércio e serviços edificação de Estruturação e do entorno
para o bom dimensionamento, escolha de D-1 (locais para prestação de serviços 6.4. normas de proteção do ambiente a que estiver vinculado, bem como à
materiais entre outras decisões projetuais profissionais ou condução de negócios): 3 natural, patrimônio histórico e cultural paisagem urbana.
necessárias. Serão levadas em consideração Por se tratar de uma edificação de uso A lei Complementar nº 601 § 5º
6.5. normas de provedores de serviços
as seguintes tipologias encontradas misto, segundo o Art. 29 do Código de específica e regulamenta o inventário do de eletricidade, telefone, água e esgoto

no código para elaboração do projeto: Proteção contra Incêndio, devem-se patrimônio cultural de bens imóveis do O terreno se localiza em um
obedecer às normas relativas ao tipo de município através de normas, formas de bairro já consolidado e com bom nível de
SEÇÃO II: Edifícios de Escritórios; uso que apresentar maior grau de risco. proteção, incentivos e regras que servirão infraestrutura apresentando instalações
SEÇÃO III: Lojas Dessa forma, o projeto será concebido de de base para a elaboração desse projeto. de eletricidade (CEEE), telefonia (GVT, OI,
SEÇÃO XX: Locais para refeições; forma a respeitar as normas e diretrizes Art. 10. As edificações Inventariadas de NET...), água (DMAE) e esgoto (DMLU).
SEÇÃO XXI: Clubes e Locais de Diversões; estabelecidas pelo Código de Proteção Estruturação não podem ser destruídas, 6.6. normas de uso do espaço aéreo,
SEÇÃO VIII: Cinemas, Teatros, Auditórios e Contra Incêndio para as tipologias F-5 e mutiladas ou demolidas, sendo dever áreas de marinha, da saúde e turismo.

Assemelhados; F-6 (risco 8). do proprietário sua preservação e As normas da PORTARIA Nº396-
conservação. SAS-Ministério da Saúde sobre centros de
6.2. código de proteção contra incêndio 6.3. normas acessibilidade universal
Parágrafo único. Poderá ser autorizada, convivência e cultura deverão ser seguidas
O Código de Proteção Contra O projeto será elaborado dentro das
mediante estudo prévio junto ao órgão como base para proposição do programa.
Incêndio de Porto Alegre estabelece os normas estabelecidas pela NBR 9050 que
técnico competente, a demolição parcial,
seguintes graus de risco para os tipos de determina parâmetros para acessibilidade
a reciclagem de uso ou o acréscimo de
uso listados abaixo: universal em edificações, mobiliário,
área construída, desde que se mantenham
CINEMAS, TEATROS, AUDITÓRIOS E espaços e equipamentos urbanos. Será
preservados os elementos históricos e
ASSEMELHADOS dada ênfase aos seguintes itens:
culturais que determinaram sua inclusão
F-5 (Locais para produção e apresentação 6. Acessos e Circulações
no Inventário do Patrimônio Cultural de
de artes cênicas e assemelhadas): 8 8. Equipamentos Urbanos
Bens Imóveis do Município.
CLUBES E LOCAIS DE DIVERSÃO 8.1 Bens tombados
Art. 11. As edificações Inventariadas de
F-1 (Locais onde há objetos de valor 8.2.1 Cinemas, teatros, auditórios e
Compatibilização poderão ser demolidas
inestimável): 2 similares
ou modificadas, por meio de Estudo de
E-2 (escolas especiais): 2 8.2.2 Locais de exposições
etapa i | investigação de partido 29

7. partido inicial - escala urbana


Inicialmente, em escala urbana,
propõe-se o loteamento dos 13,9 ha
do complexo de forma a gerar maior
permeabilidade e ao mesmo tempo, como
ato símbólico, trazer a cidade para dentro do
local antes isolado. Para isso, prolongam-
se as ruas já existentes de forma a gerar
continuidade do tecido urbano. As áreas
de interesse social são tratadas como
tal e propõe-se a regularização das
Vilas Salvador França e São Pedro. As 40
edificações espalhadas pelo complexo nas
quais funcionavam o Hospital Psiquiátrico
são retiradas e unificadas em uma nova
edificação a se localizar na quadra ao
lado do antigo HPSP. Possibilita-se dessa
forma que o prédio histórico, agora um
ANEXO
Centro de Convivência e Cultura, seja

PRAÇA
utilizado pelas pessoas em tratamento no
novo Hospital Psiquiátrico. As outras duas
superquadras restantes são destinadas
à habitação com enfoque em moradia
estudantil devido à proximidade com a
PUC. A quadra do Hospital Psiquiátrico
São Pedro fica responsável por abrigar o
Centro de Convivência e Cultura, o Anexo
para Indústria Criativa e uma grande praça
pública conforme previsto no PDDUA.
etapa i | investigação de partido 30

7. partido inicial - escala arquitetônica


Na escala arquitetônica, o Centro
de Convivência e Cultura no Hospital
Psiquiátrico São Pedro e o anexo para
Indústria Criativa formam duas frentes: o
passado e o presente. O robusto, massivo
e rígido São Pedro é contraposto pela leve
e translúcida arquitetura contemporânea
do novo anexo que busca características
antagônicas às citadas anteriormente
contrastando e evitando falsos históricos. O
novo anexo é posicionado estrategicamente
de forma a resgatar a memória do Hospital
que nunca teve seu projeto terminado por
completo.
Ambas as áreas são articuladas
pelo elemento o qual deverá ser o mais
marcante do conjunto, um grande conector
posicionado no eixo o qual abrigaria a
antiga entrada do Hospital. Busca-se
marcar o vazio deixado pela falta da antiga
entrada e inverter a lógica do percurso
através de um espaço que possui saídas
claras e proporciona sensação de liberdade
em contraponto a uma entrada que já foi
para muitos única e sem saída.
la lira - rcr araquitectes pinacoteca de são paulo - paulo mendes da rocha
etapa i

7. referências
| investigação de partido

tate modern - herzog & de meuron soulages museum - rcr arquitectes

nave matadero madrid - arqa expo milao pavilhão brasil - artur casas + marko brajovic

centro academico e cultural san pablo - mauricio r. + gabriela c.


31
etapa i | fontes de informação

bibliografia legislação visitas técnicas | entrevistas outros


GODOY, Jacintho. Psiquiatria no Rio Grande do Código de edificações de Porto Alegre, Lei Entrevista com Edson Medeiros Cheuiche, Prefeitura de Porto Alegre, http://www2.
Sul. Porto Alegre: Edição do Autor, 1955. Complementar Nº 284; Historiador do Serviço de Memória Cultural do portoalegre.rs.gov.br
Hospital Psiquiátrico São Pedro.
CHEUICHE, Edson Medeiros. Fragmentos Código de Proteção contra Incêndio de Porto Secretaria de Urbanismo de Porto Alegre,
históricos do Hospital Psiquiátrico São Pedro, na
Alegre, Lei Complementar no 420 /98; Entrevista com Tailor Jerônimo Massuco, http://www2.portoalegre.rs.gov.br/spm/
Porto Alegre do século XIX a meados do séculos Diretor Administrativo Secretaria de Estado da
XX. Porto Alegre: Serviço de Memória Cultural do Saúde Hospital Psiquiátrico São Pedro. Consulta DMI, http://dmweb.procempa.com.br/
HPSP, 2012. Material não publicado. NBR 9050:2004 - Lei de acessibilidade para dmweb/searchBox.seam
portadores de necessidades especiais Entrevista com Bárbara Neubarth, Psicóloga
Relatório Hospicio S. Pedro pelo Dr. Carlos Lisbôa e Coordenadora da Oficina de Criatividade do IPHAN, http://www.iphan.gov.br
da Irmandade da Santa Casa de Misericódia de PDDUA - Plano Diretor de Desenvolvimento Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Porto Alegre de 20 Dezembro 1884. Centro de Urbano e Ambiental de Porto Alegre, lei IBGE, Cidades. Dados Básicos Porto Alegre –
Documentação. Centro Histórico da Santa Casa complementar 434/99; Visita ao IPHAE no dia 16 de Junho de 2017. RS. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/
de Porto Alegre, 2008. painel.php?codmun=431490
PORTARIA Nº396-SAS-Ministério da Saúde - Visita ao IPHAE no dia 26 de Junho de 2017.
LISOT, Cristiane. Estudo de entorno de edifícios
centro de convivencia e cultura Observa POA, http://www.observapoa.com.br/
históricos: entorno do edifício centenário tombado Visita ao Hospital Psiquiátrico São Pedro no dia
do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Projeto de 17 de Agosto de 2017. Hospitais Estaduais de Porto Alegre, https://
Pesquisa (Laboratório de Arquitetura e Urbanismo) Processo 01.0184.64.93.9.2. Núcleo de hospitaisestaduais.blogspot.com.br/p/hpsp.
– Centro de Artes e Arquitetura,Departamento de Pesquisa da Equipe doPatrimônio Histórico Visita ao Hospital Psiquiátrico São Pedro no dia html
Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Caxias e Cultura,Coordenação da Memória Cultural, 30 de Agosto de 2017.
do Sul.Caxias do Sul, 2007. Secretaria Municipal da Cultura. imagens
Visita ao Hospital Psiquiátrico São Pedro no dia Imagem Capa: disponível em https://
ARNOLD, Karen. Intervenção nos edifícios do Parecer técnico IPHAE N 06/09 Assunto: 05 de Setembro de 2017. hospitaisestaduais.blogspot.com.br/p/hpsp.
Hospital Psiquiátrico São Pedro - Complexo Delimitações do entorno do conjunto html
Cultural. Tese (Bacharelado em Arquitetura das Edificações Centenárias do Hospital
e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Imagens Antigas HPSP: Imagens retiradas
Psiquiátrico São Pedro.
Urbanismo, Feevale. Novo Hamburgo, 2012. do Processo 01.0184.64.93.9, Documentos do
MELLO NETO, Reynaldo Lírio de. Resgate do São Processo de Tombamento do HPSP.
Pedro : projeto urbanístico para HPSP e AEIS.
Tese (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo)
– Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFRGS.
Porto Alegre, 2013.

ESCRITÓRIO MODELO ALBANO VOLKMER.


Estudo de Contribuição à intervenção no
Hospital Psiquiátrico São Pedro com enfoque no
Condomínio Cênico. Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, UFRGS. Porto Alegre, 2012.

HASENACK, Heinrich (Coordenador). Diagnóstico


Ambiental de Porto Alegre: Geologia, Solos,
Drenagem, Vegetação, Ocupação e Paisagem.
Porto Alegre: Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, 2008.
etapa i | anexos

03/09/2017 Aluno - Histórico Escolar

Universidade Federal do Rio Grande do Sul


9. histórico escolar do aluno Portal de Serviços

Histórico Escolar

atividades liberadas
CAROL CUNHA OLIVEIRA VASQUES RIBEIRO
Cartão 207386

Vínculo em 2017/2
Curso: ARQUITETURA E URBANISMO
Habilitação: ARQUITETURA E URBANISMO
Currículo: ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRICO ESCOLAR

Lista das atividades de ensino de graduação cursadas pelo aluno na UFRGS

Ano Tur- Con- Cré-


Atividade de Ensino Situação
Semestre ma ceito ditos
2017/1 TÉCNICAS RETROSPECTIVAS B A Aprovado 4
2017/1 CLIMATIZAÇÃO ARTIFICIAL - ARQUITETURA U A Aprovado 2
2017/1 PROJETO ARQUITETÔNICO VII A A Aprovado 10
2016/2 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO B U A Aprovado 4
2016/2 PROJETO ARQUITETÔNICO VI B A Aprovado 10
2016/2 URBANISMO III C A Aprovado 7
2016/2 LEGISLAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL NA U A Aprovado 2
ARQUITETURA
2016/2 PRÁTICAS EM OBRA E1 A Aprovado 4
2016/1 PROJETO ARQUITETÔNICO V A A Aprovado 10
2016/1 ACÚSTICA APLICADA B A Aprovado 2
2015/2 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO A U B Aprovado 4
2015/2 URBANISMO II B B Aprovado 7
2015/2 ECONOMIA E GESTÃO DA EDIFICAÇÃO A A Aprovado 4
2014/1 ESTRUTURAS DE AÇO E DE MADEIRA A U B Aprovado 4
2014/1 TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO C A A Aprovado 4
2014/1 PROJETO ARQUITETÔNICO IV A A Aprovado 10
2014/1 URBANISMO I A A Aprovado 6
2013/2 CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES URBANOS U B Aprovado 4
2013/2 ANÁLISE DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS U A Aprovado 4
2013/2 ESTABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES U B Aprovado 4
2013/2 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS A U A Aprovado 4
2013/2 HABITABILIDADE DAS EDIFICAÇÕES B B Aprovado 4
2013/2 TÓPICOS ESPECIAIS EM URBANISMO I-C U A Aprovado 2
2013/2 GERENCIAMENTO DA DRENAGEM URBANA U A Aprovado 4
2013/1 TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO B U A Aprovado 4
etapa i | anexos - portfólio aluno

PROJETO I WORKSHOP TALLER ROMA TRE WORKSHOP TALLER ROSARIO


professores: professores: professores:
Benamy Turkienicz Benamy Turkienicz (UFRGS), Mario Cerasoli (ROMA TRE), Benamy Turkienicz (UFRGS), Mario Cerasoli (ROMA TRE),
exercício: Marcelo Barrale e Ana Valderrama (UNR) Marcelo Barrale e Ana Valderrama (UNR)
Proposta de centro comunitário no bairro Santa Maria exercício: exercício:
Goretti em Porto Alegre. Proposta de cobertura para proteção de anfiteatro etrusco Proposta de intervenção e revitalização na região da antiga
em Sutri, Itália. fábrica SWIFT em Rosário, Argentina.
etapa i | anexos - portfólio aluno

PROJETO II PROJETO III PROJETO IV


professores: professores: professores:
Fernando Freitas Fuão Cláudia Piantá Costa Cabral e Maria Luiza Adams Sanvitto Marta Silveira Peixoto
exercício: dupla: Daniela Yumi Yoshimoto exercício 1:
Proposta de espaço para exposições dentro do Caminho da exercício: Proposta de espaço artístico em residência antiga no bairro
Serpente Encantada em Morro Reuter, Rio Grande do Sul. Proposta de núcleo de habitação, trabalho e comércio Bom Fim em Porto Alegre.
inserido na Cidade Baixa em Porto Alegre. exercício 2:
Proposta de apartamento residencial no centro de Porto
Alegre para cineasta.
etapa i | anexos - portfólio aluno

PROJETO V PROJETO VI PROJETO VII


professores: professores: professores:
Sérgio Marques, Betina Martau e Luis Carlos Macchi. Nicolás Sica Palermo, Carlos bahima e Sílvia Morel Nicolás Sica Palermo, Carlos bahima e Sílvia Morel
exercício: dupla: Lucas Skrsypcsak Kirchner dupla: Camila Bellaver Alberti
Proposta de estação intermodal de metrô + terminal de exercício: exercício:
ônibus para FIERGS em Porto Alegre. Proposta de edifício empresarial para nova sede da ADVB Proposta de residência sustentável dentro dos padrões do
em Porto Alegre. concurso Solar Decathlon.
etapa i | anexos - portfólio aluno

URBANO I URBANO II URBANO III


professores: professores: professores:
Lívia Piccinini, Paulo Reyes, Clarice Maraschin e Martina Júlio Celso Vargas, Joel Outtes e Alice Gonçalves Leandro Andrade e João Farias Rovati
Lersch grupo: Daniela Yumi Yoshimoto, Júlia da Silva Osório e grupo: Mariana Mincarone e Camila Alberti
grupo: Daniela Yumi Yoshimoto e Pedro pan Áurea Cristina Jung exercício:
exercício: exercício: Proposta de sistema de centralidades para cidade de
Proposta de integraçãi da rua Otávio Rocha com a Praça XV Proposta de loteamento e adequação de terreno no bairro Tapes, Rio Grande do Sul.
de Novembro no Centro de Porto Alegre. Passo das Pedras em Porto Alegre.

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