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ENFERMAGEM
Resenha Crítica:
“O Ser humano como sujeito psicossomático”
KELVYSON TEIXEIRA DE OLIVEIRA
Manaus-AM
2023.1
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O SER HUMANO COMO SUJEITO PSICOSSOMÁTICO
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que são sintomas complexos que podem moderar em sintomas leves e até mesmo
mais graves. Entretanto um dos aspectos em destaque é o indivíduo não conseguir
conciliar pensamentos e ações, e acaba deixando dominar-se pelos pensamentos
negativos auxiliando a falta de motivação da vida, assim afetando os órgãos. Por
isso Durante a Idade Média, Fava (2000) coloca que a doença era atribuída ao
pecado, sendo o corpo o locus dos defeitos e pecados, e a alma, o dos valores
supremos, como espiritualidade e racionalidade. Exemplo desta concepção é
apontado por Ramos (1994) quando cita a visão bíblica do caso de Míriam, irmã de
Moisés, que é castigada com uma doença de pele e curada após um período de
sacrifício e arrependimento. Ainda no período medieval, Santo Agostinho referia que
o homem era constituído por substâncias racionais, resultantes de alma e corpo,
ambos criados por Deus. Santo Tomás de Aquino, um dos representantes desse
período, escreveu sobre a unidade do composto humano. Doenças são entendidas
como manifestações do inconsciente, e que necessitam sinalizar questões mal
resolvidas que sobrecarregam o interior. Quase sempre, o problema está associado
à deficiência ou ao excesso de emoções mal canalizadas para a solução dos
conflitos. O transtorno somatoforme prejudica a saúde e o bem-estar do indivíduo
em diferentes aspectos. Contudo, ainda que o afetado tenha consciência de que
seu problema é de caráter emocional, ele se sente incapaz ou não crê na
possibilidade de reverter o problema. Por conseguinte, o quadro só tende a piorar e,
em alguns casos, esse desequilíbrio mental pode até levar ao suicídio. Se torna
difícil a d missão é ter uma visão unificada do paciente e da doença, sem parecer
fazê-lo de uma maneira que vá à frente da capacidade que o paciente tenha de
alcançar integração em uma unidade. Com frequência, com muita frequência, temos
de nos contentar em deixar o paciente ter e manipular a sintomatologia, em uma
relação de alternância com nossos colegas correspondentes, sem tentar curar a
doença real, que é a cisão de personalidade do paciente organizada a partir da
debilidade do ego e mantida como defesa contra a ameaça de aniquilamento no
momento da integração. (Winnicott, 1966d[1964]/1994, p. 90, itálicos do autor)
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meio de um trabalho completo e multidisciplinar. Quando o indivíduo fica dominado
pelos efeitos da somatização, ele se torna frágil emocionalmente e, com isso, essa
instabilidade psicológica pode gerar quadros cada vez mais agravantes. Por isso, o
ideal é buscar ajuda especializada o quanto antes.