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FISIOPATOLOGIA DA DOR - ANESTESIO

● O QUE É DOR?
Dor é uma experiência sensorial e/ou emocional desagradável frente á um potencial
lesivo, a questão emocional, trauma, dor não tratada, o animal sofre o estresse e
interpreta de uma maneira aversiva e pode desencadear situações iguais de dor -
liberação de catecolaminas. Dor e sofrimento são clinicamente importantes que
afetam a qualidade de vida do paciente a curto e longo prazo, uma vez que são
incapacitantes; nosso dever é tratá-la em qualquer espécie e situação...

A dor é uma função biológica de proteção, é o quinto sinal vital, e caso não haja
controle e modulação ela tende a se tornar patológica (cornica). Cada animal vai
responder de sua forma a agressão lesiva, cada um tem seu limiar de dor, e traz
muita complicação no seu diagnóstico. A ausência de dor faz parte das cinco
liberdades.
Se não modular a dor fisiológica ela pode se tornar crônica.
A dor é o quinto sinal vital e por isso está garantido por ética que devemos
controlá-la, sendo um dos fundamentos da liberdade dos animais.

● FISIOPATOLOGIA DA DOR
Mesmas vias de nocicepção do homem é do animal → receptores, via eferente,
aferente…
Por mais que nossos pacientes não verbalizem, é fundamental caracterizar, que tudo
que é possível trazer dor para nós, pode trazer para nosso paciente.
Na periferia, o estimulo vai ser trasduzido em estimulo eletrico, transmitido das vias
aferentes ate a medula espinhal. Da medula espinhal, em consciencia, o estimulo vai
fazer a ativação do arco reflexo. Ele é interpretado na medula e na via eferente
estimula a retirada daquele membro. Mecanismo de proteção.
Sob anestesia geral o arco reflexo n é preservado, o animal n movimenta, então o
estimulo vai ser projetado ao encéfalo. A modulçaõa é abolido e a percepção
também não acontece.
A nocicepção é toda essa modificação do estimulo neural. E como o indivíduo reage
a essa situação.
Sabendo todas as etapas, vao haver diferentes alvos terapeuticos analgesicos, e
uma dor não muito bem suprimidas vao levar alterações fisiologicas, como pro
exemplo, a liberação de catecolaminas, que vao imussuprimir, reduzindo a
capacidade devez do paciente, e risco de infecção. Ale´m do mais todos os balancos
de hormonios levam ao processo catabolico, consumindo glicose e mobilizando
outras fontes de energia, ficando caquetico, perdendo peso, compromeitmento da
perfusão renal, ativação do Sistema Renina AA, podendo levar lesão renal. Alem da
adrenalina, podendo causar taquicardia, taquiarritmia… Um gatilho para
descompensação cardiovascular.
Ex.: poodle que fez cirugiua de fêmur que naõ teve uma boa anelgsia na anestesia,
predispoe a areas de infarto, ate parada cardiaca no pos operatorio, tendo muitas
complicações.
A questão é monitorar cada paciente
Alterações de comportamento é o que iremos mais notar, alterações de sono,
padrão de comportamento de banho diário em felinos, em alimentação… Tem que
saber identificar em cada espécie.
Em grandes animais, ex. peq ruminantes, eles ficam isolados, como presas.
Equino cavalo atleta vai ficar arredio e perder desempenho, tudo isso vai ter q ser
avaliado.
Vaca leiteira→ vai reduzir produção

Se a dor não devidamente tratada as fibras nociceptivas alteram as sensibilidades e


percepção dolorosa levando a hiperalgesia e dor crônica. ​Hiperalgesia​ → animal
que teve trauma e n tratar direito com analgesico e modulação da dor, as
substâncias algogênicas - potássio, subst p, glutamato; sensibilizam os neurônios
periféricos e alteram a condição das fibras e elas se tornam mais sensíveis. Os
neurônios se despolarizam muito mais facilmente, diminuindo o limiar da dor. Se ela
não for tratada, pode entrará em ​alodinia ​→ estímulo que não é nocivo, mas só de
passar um objeto próximo, já é suficiente para causar uma sensibilidade de dor.
E no SNC chega e faz a liberação de substâncias compensatórias, e por isso
devemos tratar, pq estímulos que antes não eram lesivos e agora podem ser,
reduzindo limiar nociceptivo… Vai evoluindo até chegar em dor crônica.
Isso acontece quando o animal não recebeu tratamento analgesico ideal no pré e
pós operatório.
Dor não tratada pode acabar desenvolvendo repercussões no pos operatorio, ex.:
paciente oncológico, pode dar recidiva ou metástase por sua imunidade baixar, além
da sua recuperação ser mais prolongada.
O principais benefícios ao controle da dor, o tempo de internação é reduzido, além
dos outros, além de elevar a moral da equipe.
Só que para diagnosticar a dor cada um tem comportamento específico variado,
essa alteração é imensa. Cada um tem a sua resposta fisiológica totalmente
variável. E independente se é aguda ou crônica.

CLASSIFICAÇÃO
Aguda → ​ dor inflamatoria, que apos o trauma cirurgiuco por exemplo, se instala em
48 a 72h e eé resolvida se adm um alagesico. Mais fácil de se tratada, pq se tiver o
tratamento certo, não vai haver alterações na sua condução. Mas se o paciente não
receber o tratamento adequado no procedimento cirurgico, tornando os receptores
mais sensiveis, ela pode se prolongar , tornando crônica. A percepção da dor é
amplificada. Muito mais difícil ser tratada.

Varias situações que acontecem e a gente subjuga. Ex.: acesso vascular no animal
de forma repetida, trazendo uma flebite… Cão que chega para fazer RM/TC com
discopatia toracolombar, tem que fazer uma anestesia geral, na hora de posicionar o
animal, só o fato de alinhar o animal vai doer demais a area comprimida. Então é
preciso o usa de analgesico. Vai apresentar taquicardia e alterações. Na horav da
anestesia ele não vai apresentar sinais de dor clinica, mas na hora da recuperação
anestesica o animal vai estar prostado, sem locomover, podendo ficar uma a tres
dias com dor sem se locomover, porque o procedimento vai causar dor.
MULTIFATORIAL → ​avaliar comportamento, parâmetros fisiológicos…
FC, FR E PA → associando que o paciente possa estar com dor, dependendo da
espécie só de chegar perto já pode causar estresse e a liberação de catecolaminas,
e mascarando-os. Então nem sempre são fidedignos. Utilizadas associadas ao
comportamento e principalmente ao paciente anestesiado, em que o animal não tem
arco reflexo, monitoramos pelo monitor com a liberação de catecolaminas, que
imediatamente dobram ou triplicam os parâmetros fisiológicos. Tem que
correlacionar com o que o cirurgião está fazendo. Associando se está com
superficial ou profundidade da dor e anestesia.
Catecolaminas são instáveis na coleta e muito caro para análise bioquímica sérica.
Fígado libera glicose em situações de dor e estresse → HIPERGLICEMIA → da dor
e estresse → resposta endócrina que conseguimos mensurar nos pacientes de
forma rápida e barata.
Alterações comportamentais → espécie específica. O posicionamento do animal nos
dirá onde ele está sentindo dor. Comportamentos clássicos. Diferentes escalas
específicas para cada animal, comportamentos mais evidentes e associados às
caracteristicas.
Escalas unidimensionais → para quantificar a dor, de 0 a 10, mas são muito
influenciáveis pela experiência do profissional que está avaliando, cada um tem um
maior conhecimento e vivência em uma espécie, isso traz muitas complicações de
falhas. Ela não precisa chegar perto do animal.
Multidimensionais → além de avaliar comportamento , leva os parâmetros
fisiológicos e a interação do indivíduo com o médico veterinário… Apetite, interação
com o observador, palpação da ferida cirúrgica… Comportamento isolado e quando
acompanhado. Leva pelo menos 30 minutos por paciente, mas são mais
especificas… E vai remater a um procedimento medicamentoso.

Espécies mais tratados e diagnosticados de dor → , animais de companhia. Porque


animais de produção não são levados a tratamento de dor, os proprietários preferem
eliminar estes animais.

Escala Mais eficaz → aquela que toda a equipe tiver mais experiência, todos da
equipe têm q estar familiarizado.
AVALIAR DOR
pos operatorio - dentro de 6h , a cada 1- 2 h . O que vai determinar é o fármaco
utilizado. Ex.: uso do tramadol. Vai que o indivíduo é mais sensivel, ou metavbolizou
mais rápido, e tem que fazer a bolus mais rápido. Analisar a janela terapêutica,
reavilizar o paciente se está confortavel ou se tem que antecipar a medicação. Ex.:
morfina que dura 6 horas, e nas 4h reavalia o conforto… E assim sucessivamente, e
começa a espassar a janela terapeutica e adequando as doses dos farmacos.
Nosso alvos terapêuticos embasados na fisiopatologia, cada segmento é um alvo
terapêutico. Alguns fármacos são mais eficazes em um ponto. Fármacos que
bloqueiam as prostaglandinas e leucotrienos → bloqueiam a cadeia do ácido
aracdônico em PG’s → os AI’s. Eles são de excelente função.
Saindo da transdução, AIE E AINE’s os famarcos que bloquio as
Farmacros que bloqueiam transcrição (condução), farmacos locais, e alfa dois
adrenergiocs, bloqu a condução nervosa, quando proximos da inervarção;
A nível medular → modulação → todos os receptores opióides
Modular e controlar a percepção da dor → além dos opioides e hipoalangseicos, os
fármacos ansiolíticos (benzodiazepínicos e fenotiazínicos) → n produzem analgesia,
mas reduzem estresse e modulam a percepção; associados a outros fármacos que
tem propriedades analgesicas vão possuir efeito sinérgico, a dose é reduzida e com
isso os efeitos adversos também. Analgesia multimodal → não basta apenar usar
diferentes fármacos, mas tem que focar em diferentes alvos terapêuticos..
O cargo chefe para controle da dor são os opióides, de rápida ação, que
conseguimos controlar e modular a dor, adequando a dose. Porém têm vários efeitos
adversos. Gato e cavalo apresentam mais alteração comportamental, menos reativo
ou hiperreativo. Na égua, uso de metadona, da uma reação esterotipada, de troca
de apoio, movimentação de cabeça e matisgação.
Animais com uso de opióides, principalmente mi totais, podem apresentar
comportamentos estereotipados, excitação quando há um excesso de uso ou
quando não há dor.
Morfina
Equinos são mais sensíveis, às doses são mais reduzidas quando comparadas a
cães e gatos. Cavalo sem dor e com morfina, ele vai excitar. Doses elevadas o
cavalo pode até pular do tronco. Euforia, agitação são doses muito acima.
Morfina e equinos → pode predispor ou agravar a cólica; Cavalos com cólica tem
que ponderar risco e benefício na terapêutica para dar uma recuperação mais
rápida, efeitos adversos pode usar doses menores e associar com outros fármacos e
monitorar a motilidade gastrointestinal. Estudos mostram que o uso de morfina em
tratamento de cavalos mostraram que tiveram menos tempo de recuperação e
melhor desempenho na recuperação, recebendo alta mais rápido.
Ruminantes → sensíveis, podendo ter desenvolvimento do timpanismo. Tendo que
monitorar mais atentamente àqueles parâmetros. Uso de outros fármacos e
terapêutica.
Metadona
Farmaco opioide mi total, ele bloq os receptores do glutamato, q é um dos prinicpais
receptores excitatorios.
3x mais analgesica que a morfina.
Vantagens: não produz vomito e não libera histamina,
Efeitos cardiovasculares mais evidentes → bradicardia e bradiarrtimia.
Equinos → mais sensiveis
FENTANIL
Analgesia transoperatória
100x mais q a morfina
em 30 s tem efeito clínico
Consegue modular/titular o requerimento analgesico
o que mais produz efeito cardiorrespiratório
tem q ter monitorização mais intensa , principalmente em pequenos animais.
Caprinos → mais resistentes.
Cavalos adultos → controverso. Ativam diferentes áreas do SNC, levando a
incoordenação. Manutenção anestésica: a tendência é superficializar a anestesia,
tendo que fornecer a mais um anestésico geral, sendo uma caixinha de surpresa.
Potro → mais sensíveis.
vantagem: pets → adesivos transcutâneos → cuidados: tricotomia ampla; colocar o
colar no indivíduo para que ele não engula, além das crianças da casa; A liberação
é lenta, então ate atingir a concentração plasmática efetiva, precisa de outro controle
analgesico para fazer efeito 12 a 16h antes. Ou colocar durante a cirurgia.
TRAMADOL
agonista mi total, inibe a serotonina.
Dor leve à moderada, mas para pós operatório e não intra.
Cavalo→ controverso ; muito baixa a metabolização e convertida.
AI’S
cox1 e cox2, preferenciais cox2 para ter menos efeito diversos.
Bloq a produção de PG’S.
mais usado → ​meloxicam ​→ o custo é um entrava em grandes animais. Muito bom
principalmente articulares. Efeitos clínicos muito bom, mas é muito mais caro para
cavalos.
CAPTOFENO ​→ menos efeitos gastrointestinais, efeitos bons articulares, pode ser
usado por até 20-25 dias. Mas podem levar alterações gástricas. Cuidar com a dose
terapêutica, e monitorar as funções fisiológicas. Pode associar a outros farmacos
que diminuem o efeito adverso.
Septofreno → melhores AI para muscula e articulação, mas nem um pouco seletivo
para cox2. Ex.: Rotweiller que vai mexer na articulação , predisposto para IR, tem q
ponderar o risco e benefícios, o efeito antiinflamatorio com os efeitos de alteração. ..
Animais hígidos são mais tranquilos.
Não pode usar mais de 3 dias.

FENILBUTAZONA → ​ cuidado com as ulcerações. Tem que ser intravascular,


cuidado pq pode causar necrose se for feito fora do leito vascular, já que seu ph é
alcalino
DIPIRONA → ​ atuam em cox2, menos cox1, e mais cox3 → atuação do SNC.
Metabolização hepática. Associada a outros farmacos tem mt propriedade
analgesica. Equinos e ruminantes → 2 a 3x por dia. Felinos → cuidado devido à sua
metabolização hepática, usar de 12 em 12 horas.

Atuar em todas os sítios, então tem que associar vários fármacos para ter uma
eficiência na analgesia.
Cetamina →
Lidocaina sem VC → propriedades anlagesicas → principalmente me fusão
continua, principalmente visceral (cavalo com colica), prócinético → reduz o efeito
inflamatório, tanto no trans e pós operatório.
Diferentes ações em sítios terapêuticos. FLK e MLK → três fármacos com sitio de
ação diferente que vão fornecer uma ótima analgesia. Modulando e melhorando a
qualidade de alangesia e recuperação.
F.L.K.: fentanil, lidocaína, cetamina ■ M.L.K.: morfina, lidocaína, cetamina
Fármaco que promove analgesia e relaxamento muscular → a intensidade da
estimulação da dor é reduzida.
Bloqueios regionais
35’

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