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Módulo: ASE 4 – Funções biológicas

PROBLEMA 2: MERGULHANDO FUNDO

Abertura: Sem abertura Fechamento: 25/09/2023

Tutor: Amanda Silveira Sabbá

Coordenador (a): Leonardo Felix Ataíde

Secretário (a): Felipe Silva Borges

Integrantes do Grupo:

Abimael do Nascimento Silva

Andréa dos Santos Araújo

Beatriz Carminati Pedroso

Bruno Luiz Farias Borges

Denílson Oliveira Júnior

Eliesio Bastos Ataíde

Erivelton Silva Pinto Júnior

Maria Eduarda de Souza

ABERTURA DO PROBLEMA
A. Termos técnicos ou desconhecidos

B. Questões-problema, palavras chave ou pontos de atenção

C. Descritores da Árvore Temática

D. Hipóteses / Possíveis explicações para o(s) problema(s)/ conhecimentos prévios

E. Objetivos propostos

1. Definir anatomicamente a medula espinhal e os componentes do sistema


nervoso periférico.
2. Descrever o sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).
3. Descrever os tipos e funções das terminações nervosas (sensitivas e motoras).
4. Identificar os 12 pares de nervos cranianos e sua importância.
5. Identificar os 31 pares de nervos espinais e sua importância.

FECHAMENTO DO PROBLEMA

Objetivos resolvidos

1. Definir anatomicamente a medula espinhal e os componentes do


sistema nervoso periférico

Nesse tópico foi discutido sobre o sistema nervoso que é dividido em


duas partes: Central e Periférico. O sistema nervoso Central é composto pelo encéfalo
e a medula espinal. Já o sistema nervoso periférico é composto pelos neurônios que
saem do sistema nervoso central, ou seja, do encéfalo e da medula espinal e seguem
para a periferia, como as mãos, os pés, órgãos e tecidos.

Alguns desses neurônios liberam sinais químicos, que são os


neurotransmissores, mas algumas vezes eles se comunicam diretamente através das
junções comunicantes, na qual os sinais elétricos vão diretamente de uma célula para
outra.

O sistema nervo periférico capta as informações, como dor, calor, olfato,


cócegas, tato, pressão, vibração, estado de contração muscular, visão, entre outros, o
SNC processa e determina uma resposta caso seja necessária.
Os Neurônios aferentes recebem e mandam informações para SNC e os
neurônios eferentes (neurônio motor ou motoneurônio) executam a determinada
resposta. Os neurônios eferentes podem ser divididos em neurônios motores
somáticos, que controlam a musculatura esquelética, e os neurônios autonômicos, que
controlam os tecidos que não temos controle consciente, como músculo cardíaco,
musculo liso, glândula e parte do tecido adiposo.

Os neurônios autonômicos podem ser divididos em simpáticos e


parassimpáticos, que são classificados de acordo com sua divisão anatômica e pelas
substâncias que usam para se comunicar com a célula-alvo. Muitos órgãos recebem
inervação dos dois, nos quais agem de forma antagônica.

Assim, o SNC manda informação para os neurônios motores para


controlar a musculatura esquelética (realizar uma marcha, pegar objeto, chutar uma
bola) ou para os neurônios autonômicos (para secretar uma glândula, realizar
movimentos peristálticos, contração cardíaca). Após a resposta do tecido (Resposta
tecidual), os receptores sensoriais vão captar essas informações e encaminhar esse
estímulo para os neurônios sensoriais aferentes, os quais vão levar para o SNC. Assim,
quando queremos levantar um objeto, o SNC manda informação por meio do neurônio
motor, o qual vai gerar a resposta tecidual de contração que, por retroalimentação, os
receptores sensoriais detectam a contração e mandam esse estímulo para os
neurônios sensoriais (aferentes), fazendo o SNC perceber que a contração aconteceu.

Um sinal pode ser enviado para o cérebro por meio de estímulo externo,
como por exemplo um estímulo de dor, que são captados pelos receptores sensoriais
vão estimular os neurônios aferentes a levar essa informação para o SNC.

Uma terceira divisão do sistema nervoso, que é uma divisão mais


recente, é a Sistema nervoso Entérico, composto por neurônios na parede do sistema
digestório, controlado frequentemente pelo SNA, mas pode atuar de forma
independente, como seu próprio sistema integrador.

Neurônios eferentes: Mandam a informação para nível medular ou


espinal (medula espinal), áreas Subcortical ou encefálico inferior (bulbo, cerebelo,
ponte) e para o nível cortical ou encefálico superior (córtex cerebral).

2. Descrever o sistema nervoso autônomo (simpático e


parassimpático)

O sistema nervoso autônomo é controlado principalmente por centros localizados lá no


tronco cerebral e no hipotálamo, que mandam sinal através de neurônios eferentes para
diferentes órgãos. Esse sistema nervoso autonômico se divide em simpático e parassimpático.
Simpático: Mais ativa, ou seja, é para situações que demandam mais de energia, como correr,
lutar, fugir.

Parassimpática: Mais ativada quando estamos em repouso.

Divisão da resposta de estresse

Alarme ou alerta: fase de ruptura do equilíbrio interno da homeostase (susto)

Resistência: Organismo está pronto para enfrentar agente estressor (seja pra lutar ou
fugir). O ideal seria a remoção do agente estressor para o retomar o equilíbrio. No geral a
adaptação a fase de resistência é muito boa.

Exaustão: Entretanto, quando isso não ocorre, ou seja, o corpo continua sob a
atuação do sistema nervoso simpático (muita adrenalina, muito cortisol, excesso de treino), o
corpo entra em um estado de exaustão que se caracteriza com a falta de energia. Anatomia e
fisiologia do sistema nervoso autônomo.

O caminho entre o SNC e o órgão efetor é composto por dois neurônios que fazem
sinapse em um gânglio autonômico, o neurônio pré-gangionar e o pós-ganglionar.

O Parassimpático utiliza ACh (acetilcolina) tanto na primeira sinapse (que se liga ao


receptor nicotínico) quanto na segunda sinapse (que se liga aos receptores muscarínicos). Já o
simpático utiliza a ACh apenas na primeira sinapse (que se liga ao receptor nicotínico) á na
segunda sinapse, utiliza o neurotransmissor Noradrenalina (que se liga a receptores
adrenérgicos).

Uma das diferenças fisiológicas entre o simpático e o parassimpático é que este tem
ações sempre localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto as ações do simpático,
embora possam ser também localizadas, tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos.

3. Descrever os tipos de terminações nervosas (sensitivas e motoras)

Classificação sensitiva ou aferente

As terminações nervosas aferentes dão origem a um impulso nervoso que segue para
o Sistema Nervoso Central, ou seja, para o cérebro, o qual vai ser interpretado para
proporcionar diferentes formas de sensibilidade.

Classificação morfológica dos receptores sensitivos

Receptores especiais: relaciona-se com um neuroepitélio (retina órgão de corte etc.) e


fazem parte dele os órgãos especiais dos sentidos: órgão da visão, da audição do equilíbrio, da
gustação, da olfação e todos localizam-se na cabeça.
Receptores gerais: Estão por todo corpo, mas estão mais localizada na pele. A maioria
apresenta uma estrutura mais simples que a dos receptores especiais. Podem ter uma capsula
de tecido conjuntivo ou serem livres.

Receptores gerais livres: São os mais comuns, estão presente em toda pele, emergem
de rede nervosa subepitelial e ramifica-se entre as células da epiderme. As fibras nervosas
terminais ao se tornarem receptores gerais livres, elas perdem sua bainha de mielina, ficando
seu envoltório de schwann até as proximidade da ponta do axônio. Algumas terminações
nervos envolvem o folículo piloso ou entram em contato com células epiteliais especiais
formando o disco de merkel. Os receptores gerais livre possuem função de tato, sensibilidade
ao calor e a dor.

Receptores encapsulados: são mais complexos que os receptores gerais livres, pois
possuem várias ramificações na extremidade do axônio, porém estão envolvidas por uma
cápsula conjuntiva. Estão localizados nos corpúsculos sensitivos da pele, nos fusos
neuromusculares e neurotendíneos. Os mais comuns são:

a) Corpusculo de Meissner: Estão localizadas nas papilas dérmicas e são responsáveis


pelo tato e pressão. Estão muito concentradas nas peles grossas das mãos e nos pés.

b) Corpúsculo de Ruffini: Estão localizados na na mão e nos pés, mas também em pele
pilosa do restante do corpo. São responsáveis pelo tato e pressão.

c) Corpúsculo de Valter-Paccini: Localizado em vários locais, como tela subcutânea das


mãos e dos pés, mas também nos septos musculares e periósteo. São responsável por
reconhecer a vibração, ou seja, estímulo rápidos e repetitivos.

d) Fuso neuromuscular: Localizada no ventre dos músculos estriados esqueléticos, tem


formato de fuso e ficam paralelos a fibra muscular. Os neurônios gama envolve as fibras
musculares do fuso (fibras intrafusais) e esse conjunto é envolvido por uma capsula conjuntiva.
Eles são responsáveis pela contração quando o músculo sobre um estiramento

e) Órgãos tendinosos de golgi (OTG): São receptores encontrados na junção dos


músculos estriados com seu tendão, com uma capsula conjuntiva que os envolve. São ativados
com o estiramento do tendão. Logo, quando o músculo contrai, o tendão é estirado, fazendo
com que esses receptores mandem essa informação para o SNC para que o músculo relaxe

Classificação fisiológica dos receptores sensitivos

Quimiorreceptores: Sensíveis a estímulos químicos (olfação, gustação, teor de


oxigênio no sangue); Osmorreceptores: Sensíveis a pressão osmótica no sangue;
Fotorreceptores: Sensíveis a luz, como os cones e bastonetes da retina;

Termorreceptore: Receptores capazes de detectar frio e calor (são terminações nervosas


livres)

Nociceptores: Ativados quando há lesão no tecido causando a dor


Mecanorreceptores: São sensíveis a estímulos mecânicos, como: barorreceptores (é um
receptor carotídeo sensíveis a mudança da pressão arterial), os fusos neuromusculares e
neurotendíneos, os receptores da audição e equilíbrio do ouvido interno.

Classificação quanto a sua localização

Exteroceptores: estão localizados na superfície externa do corpo e são sensíveis a agentes


externos, como calor, frio, tato, pressão, luz e som.

Proprioceptores: são localizados mais profundamente, nos músculos, tendões, ligamentos e


capsulas articulares. Os impulsos nesses receptores podem partir de forma consciente ou
inconsciente. O inconsciente não gera nenhuma sensação, mas regula o reflexo miotático ou
os vários centros relacionados com atividades motora, principalmente o cerebelo. Os impulsos
conscientes atingem o córtex cerebral e permite o indivíduo se localizar no espaço, localizar
suas partes e ter percepção de suas atividades musculares e movimentos de articulações,
mesmo de olhos fechados.

Interoceptores (ou visceroceptores): Localizados nas vísceras e vasos sanguíneos e dão origem
a diversas formas de sensações viscerais, como a fome, a sede o prazer sexual e a dor visceral

Classificação motora ou eferente

As terminações nervosas motores ficam nas fibras terminais nervosa, são elementos
de ligação entre as fibras e os órgãos (músculos ou glândulas)

São divididas em Terminações Nervosas Motoras Somáticas e Terminações Nervosas


Motoras viscerais

Terminações Nervosas Motoras Somáticas: Os terminais axônicos apresentam botões


sinápticos, ou seja, um fino ramo com uma dilatação na extremidade. Esses botões sinápticos
formam a junção neuromuscular.

Terminações Nervosas Motoras Viscerais: Podem ser colinérgicas e adrenérgicas, não


possui uma placa motora. Seus neurotransmissores são lançados em um espaço bastante
longo das fibras terminais e não apenas em um espaço curto, assim elas podem fazer conexões
com um grande número de fíbras musculares ou células glândulas.

4. Identificar os 12 pares de nervos cranianos e sua importância

Nesse tópico foram discutidos os 12 pares de nervos cranianos, o qual 11 pares dos de
nervos cranianos estão ligadas ao trono encefálico.
5. Identificar os 31 pares de nervos espinais e sua importância

O subgrupo debateu os 31 pares de nervos espinais que estão associados à medula


espinal e como todos os nervos do sistema nervoso periférico.
REFERÊNCIAS:

1. Silverthon
2. Neuroanatomia-machado
3. Tortora
4. Moore
5. Guyton

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