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01/06/2022

Recepção e avaliação
primária do paciente
felino na urgência
Dr. Nuno Paixão
Hospital Veterinário Central – Portugal
Ontario Veterinary College – Canada
Unidade Especial de Medicina Táctica – Médio Oriente

Anestesia

 Anestesia balançeada

 Técnicas anestésicas gerais e loco-regionais

 Epidurais

 Ventilação assistida

Avaliação primária

 Identificação e tratamento das lesões que põem em risco a vida do paciente


 Rápida --- Não mais de 60 s
 Realizada pelo chefe de equipa
 Baseada nos clássicos:
• A – Via aérea
• B – Respiração
• C – Circulação
• D – Déficit neurológico
 Permite classificação dos pacientes

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Avaliação primária

Objectivo
Investigação da perfusão e
oxigenação do
tecidos corporais

Oxigênio

 Células activas necessitam de oxigénio cada 3 segundos


 Melhora a ressuscitação do cérebro, coração e tracto gastro-intestinal
 Minoriza a lesão por reperfusão
 Menor aptose celular
 Menor infecção de feridas
 Excelente vasodilatador pulmonar diminuindo o stress

Suplementação de oxigénio

 Fluxo frente ás narinas e/ou boca


 Sacos; Colares e máscaras
 Cateter nasal de oxigénio
 Cateter naso faríngeo
 Cateter trans-traqueal
 Jaulas de oxigénio / Incubadoras
 Entubação endo-traqueal

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A – Via Aérea

 Deve ser assegurada a todo o custo e é prioritária


 Os fins justificam os meios
 Aspiração da boca e pós-boca
 Exame da laringe e traqueia, com particular atenção à sua posição.
 Caso o paciente esteja inconsciênte, a entubação endotraqueal é
mandatória.

 Adminstração de OXIGÉNIO sempre !!!!

Não Respira/ Inconsciente

Intubação imediata!!!!

B - respiração

 Presença ou ausência de respiração


• Freq. Respiratória
• Padrão respiratório:
• Dispneia Inspiratória
• Dispneia Expiratória
• Dispneia Ins/Exp
 Esforço respiratório:
• Ortopneia
• Comissuras labiais em esforço
• Ruídos respiratórios
• Cabeça extendida

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B - respiração

 Simetria da caixa toráxica

 Procurar feridas toráxicas

 Feridas penetrantes, devem ser imediatamente tamponadas

 Auscultação pulmonar:
• Bilateral sempre

Exame físico de Urgência

Sopro cardíaco Insuficiência


cardíaca/
Arritmias
edema
Taquicardia pulmonar

 Feridas e evidências de trauma


 Selar todas as feridas abertas

Procedimentos de urgência

 Toracocentese:
• Simples de executar
• Sempre que se notar sons abafados á auscultação
• Na maior parte das vezes deve ser feito antes de procedimentos
radiográficos
• Procedimento de diagnóstico e terapêutico

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Toracocentese

 Spray → lidocaína na pele


 Infiltração local:
• Pele
• Tecidos subcutâneos
• Musculo
• Pleura
 Lidocaína: → 2 a 5 mg/kg
 Mini-cut down
 Para se evitar hipóxia →sedação com opioides

Tubo de drenagem torácica

 Indicações:
• Quando não se consegue atingir pressão negativa com toracocentese

• Necessita-se de toracocentese mais do que duas vezes

• Execução de lavagens frequentes do espaço pleural

Tubo de drenagem torácica

 Analgesia e sedação:
• Morfina: 0.1 a 0.3 mg/kg IM ou SC
• Metadona: 0.1 a 0.3 mg/kg IM ou SC

 Infiltração local como na toracocentese

 Geralmente em gatos, é necessária anestesia geral!

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C - Circulação

 Avaliação de:
• Mucosas
• Tempo replecção capilar
• Auscultação cardíaca
• Frequência cardíaca
• ECG →Arritmias
 Temperatura:
• Rectal
• Periférica

Pressão Sanguínea Arterial

 Força exercida pelo fluxo sanguíneo nas paredes das artérias

BP = CO x PR

CO → Débito cardíaco / PR →Resistência periférica

Pressão Sanguínea Arterial

 Esfigmomanometro oscilométrico:
• Detecta oscilações produzidas por alteração do diâmetro das artérias
• Menos precisa, principalmente em situações de vasoconstrição e
hipotensão severa

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Doppler

Terapêutica geral de shock

Equação de Fick

VO2 = Q x Hg x 13,14 x (Saa-Sav)


P
HR SV A Fluidos

C Vasopressores

Inotropos

Contractibilidade Cardíaca

 A contracção do músculo cardíaco depende:


• Patologias anteriores do próprio músculo
• Aporte de O2 ao músculo
• Arritmias
• Alterações electrolíticas
• Distúrbios ácido-base

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Contractibilidade Cardíaca

 Aporte de O2 ao miocárdio:
• Feito pelas coronárias
• Feito durante a diástole
 Importante o tratamento de arritmias:
• Taquicardia
• Contracções Ventrículares Prematuras

Contractibilidade Cardíaca

Corrigir e manter os níveis de:


 Sódio
 Potássio
 Cálcio
 pH
 Correcção da ac. respiratória →melhorar
ventilação
 Correcção da ac. Metabólica→melhorar perfusão
tecidular

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Hipotermia / Hipertermia

D – déficits neurológicos

 Nível de consciência
• Traumatismo craneoencefálico grave
• Traumatismo facial
• Hipóxia
• Hipovolémia
 Escala de Coma de Glasgow
 Tamanho e simetria pupilar
 Reflexo pupilar

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TRAUMA ABERTO vs TRAUMA FECHADO

Avaliação primária

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Avaliação primária

Avaliação secundária

 Exame rápido mas completo


 Ocorre após a identificação e a resolução de situações que poêm em
risco a vida de forma imediata

 Identificam-se as lesões e realizam-se os meios diagnósticos necessários


para os confirmar

Avaliação secundária
A – Via aérea

C – Cardio-vascular
R - Respiração
A - Abdomen
S – Coluna vertebral
H – Cabeça

P - Pélvis
L - Membros
A – Artérias e veias
N - Nervos

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Reavaliação e monitorização

 Pacientes em constante mutação

 Fundamental uma reavaliação periódica e intensa

Triagem em cuidados intensivos

 Atribuição de códigos com acções pré determinadas

 Permite uma fácil passagem de turnos

 Uniformidade nos tratamentos e acções

Classificação de pacientes por


códigos

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Monitorização

 Permite manter os pacientes vivos

 Deve ser adaptada ao caso concreto e consoante a sua gravidade

Comunicação

 Fundamental para o sucesso de relação com cliente


 Quanto mais grave o paciente mais frequente
 Acompanhamento constante

 Recomendamos:
• Um contacto por cada 12h em pacientes estáveis
• Um contacto por cada 6h em pacientes instáveis
• Contacto sempre que houver resultados de exames

Registo e requisição

 Tudo o que se faz e diz deve ser registado

• Tudo o que se usa,


• deve ser requisitado

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TLC – Carinho e dedicação

DUVIDAS
???

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