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Pericardite Aguda
Carolina Correia Menezes Fonseca – R1 de Clínica Médica
Lavine dos S. Souza - Interna de Medicina
Itabuna
2023
O Pericárdio
Classificação
• Aguda x Crônica
• Benigna e autolimitada
- Súbita
- Região anterior do tórax
- Pleurítica
- Piora: inspiração, decúbito, tosse
- Melhora: sentado e inclinado para frente
Derrame pericárdico
Diagnóstico Clínico
Tamponamento cardíaco :
Pericardite constritiva :
• Quando elevados costumam estar presentes nos casos de comprometimento miocárdico associado
(Miopericardite)
• A troponina tem pico em geral no segundo dia após inicio dos sintomas e seus níveis se mantém
elevados por mais tempo que os de CKMB
• Apesar de auxiliar no diagnóstico, tem baixa especificidade e sensibilidade, estando presente em
apenas 27% dos casos de pericardite aguda, no caso da Troponina
Marcadores Laboratoriais
• Marcadores de atividade inflamatória aguda como VHS e PCR costumam estar elevados em 75%
dos casos
• A ausência desses marcadores em uma avaliação inicial não afasta o diagnostico
• Tendem a normalizar dentro de 2 semanas
• Servem como marcadores prognósticos, sendo que valores persistentemente elevados indicam a
necessidade de terapêutica anti-inflamatória prolongada e maior risco de recorrência
• A dosagem seriada de PCR pode ser útil para avaliação da resposta ao tratamento
Marcadores Laboratoriais
• Os níveis de peptídeo natriurético atrial do tipo B (BNP) e da fração N terminal do BNP (NT-
PROBNP) podem estar elevados em doenças do pericárdio, porém não há evidencias suficientes
para justificar seu uso rotineiro no diagnóstico da pericardite aguda.
Marcadores Laboratoriais
• O ECG dos pacientes com pericardite costuma estar alterado em 94% dos casos, sendo estes
quando a inflamação se estende ao epicárdio (pericárdio visceral), já que o pericárdio parietal não
apresenta atividade elétrica.
• Ocorrem alterações nos segmentos PR, ST e no ritmo, variando de acordo com a fase da
pericardite.
• As alterações eletrocardiográficas tendem a ocorrer em um padrão evolutivo e acontecem em 4
estágios
Eletrocardiograma
• Estágio III: Nem sempre está presente, pode-se observar o desenvolvimento de inversões difusas
da onda T, simulando isquemia miocárdica, após normalização do segmento ST.
Eletrocardiograma
• Estágio IV: Geralmente o ECG normaliza semanas após a resolução do quadro, em alguns casos a
inversão de onda T se mantem, levando à denominação de “pericardite crônica”.
• Alterações de ritmo podem ocorrem em qualquer estágio e variam de taquicardia sinusal a arritmias
atriais diversas.
• Outras alterações:
o ECG de baixa voltagem/ baixa amplitude de QRS: Ocorre no derrame pericárdico e pode ser
observado como QRS de no máximo 5mm no plano frontal e no máximo 10mm no plano horizontal.
o Alternância de morfologia no QRS: Pode ocorrer na pericardite com derrame pericárdico volumoso e
sinais de tamponamento cardíaco.
Eletrocardiograma
• O supra de ST da pericardite geralmente possui concavidade voltada para cima, ao contrário do IAM
• Na pericardite é comum o infradesnivelamento do intervalo PR, o que não ocorre no IAM
• Na normalização do ECG da pericardite a inversão de onda T só ocorre quando o ST já voltou à linha de base
• O supra de ST da pericardite não evolui com formação de onda Q de necrose ao ECG.
Eletrocardiograma
IAM PERICARDITE
Distribuição do supra Território de 1 artéria Difuso + infra de ST de aVR e V1
Pericardite recorrente
Pericardite piogênica
• Associada a febre alta, calafrios e prostração, com menor preponderância de dor torácica.
• O diagnostico pode ser retardado pela apresentação atípica, tendo por isso pior prognostico, com
até 70% de mortalidade.
• Costuma ocorrer por infecção contígua (pneumonia, empiema pleural, mediastinite)
• O diagnóstico é feito com pericardiocentese e o tratamento com antibioticoterapia empírica,
inicialmente para estafilococo, e drenagem do liquido pericárdico.
Particularidades
Pericardite urêmica
Lupus
• A pericardite é a manifestação cardiovascular mais frequente do LES, ocorrendo em até 45% dos
casos, estando associada às demais manifestações de atividade de doença.
• Inicialmente pode ser feito o tratamento habitual, caso não haja resposta, pode ser feito corticoide.
Relacionadas ao IAM
• Os pacientes com IAM também podem se apresentar com pericardite, sendo um importante
diagnostico diferencial com nova isquemia miocárdica
Particularidades
• Sua causa é o próprio trauma da pericardiotomia. Geralmente ocorre na primeira semana de pós-
operatório.
Pericardite tuberculosa
Montera M.W., Mesquita E.T., Colafranceschi A.S., Oliveira Junior A.M., Rabischoffsky A., Ianni B.M., et al.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Miocardites e Pericardites. Arq Bras Cardiol
JATENE, Ieda B.; FERREIRA, João Fernando M.; DRAGER, Luciano F.; et al. Tratado de cardiologia