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CORONARIANA
AGUDA E
DIAGNÓSTICOS
DIFRENCIAIS
CASO CLÍNICO 1
Paciente FGR, 66 anos, gênero masculino, negro, casado, trazido pela SAMU
à unidade de emergência, acompanhado pelo sua esposa, queixando-se de
algia no peito com irradiação para o membro superior esquerdo, sudorese,
fadiga e falta de ar. A dor é descrita como forte e compressiva. Relatou que
estava sentindo algia na região epigástrica, enjoo e algia torácica ao realizar
esforço físico há 2 meses, pelo menos uma vez na semana sentia esses
sintomas, fazendo uso de Ibuprofeno assim que começava o desconforto. O
quadro durava cerca de 20-30minutos. Hoje cursando com quadro álgico há
cerca de 60 minutos, sem melhora. Paciente informa HAS + DLP
HPF: Seu pai teve IAM aos 50 anos, e, consequentemente, veio a óbito
HIPÓTESE
DIAGNÓSTICA
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
CLASSIFICAÇÃO IAM
• Sintomas sugestivos de isquemia miocárdica aguda
• Nova alteração isquêmica no ECG
• Nova onda Q patológica no ECG
• Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável consistente com etiologia isquêmica
• Identificação de trombo intracoronário por angiografia ou necrópsia (apenas para o tipo 1)
Tabela 1.2 – Classificação do infarto agudo do miocárdio (IAM) de acordo com fatores desencadeantes
Classificação
Descrição
(tipos)
IAM espontâneo relacionado com isquemia miocárdica secundária a evento coronariano como ruptura ou erosão de placa
1
aterosclerótica coronariana
IAM secundário à isquemia por desequilíbrio de oferta/ demanda de oxigênio pelo miocárdio, não relacionado diretamente à
2
aterotrombose coronariana
Morte súbita na presença de sintomas sugestivos de isquemia acompanhada por novas alterações isquêmicas no ECG ou fibrilação
3
ventricular e que ocorre antes de os biomarcadores serem coletados ou de sua elevação. Ou IAM confirmado por necrópsia
IAM associado à intervenção coronariana percutânea 48h – definido pelo aumento de troponina maior que 5 vezes do percentil 99 do
limite da normalidade ou 20% de níveis basais já aumentados, associado a um dos achados a seguir:
• Nova alteração isquêmica no ECG
4a • Nova onda Q patológica no ECG
• Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável de padrão consistente com isquemia miocárdica
• Achados angiográficos com complicações que levem à limitação do fluxo coronário (dissecção, oclusão de vaso epicárdico, perda de
circulação colateral e embolização distal)
4b IAM associado à trombose de stent documentada por angiografia ou necrópsia
4c IAM relacionado à reestenose intrastent ou pós-angioplastia na ausência de outras lesões ou trombo intracoronário que o justifiquem
IAM associado à cirurgia de revascularização miocárdica 48h – definido pelo aumento maior que 10 vezes do percentil 99 do limite da
normalidade ou 20% de níveis basais já aumentados, associado a um dos achados a seguir:
5 • Nova onda Q patológica no ECG
• Exame de imagem evidenciando nova alteração de contratilidade ou perda de miocárdio viável com padrão de etiologia isquêmica
• Achado angiográfico que evidencie oclusão de novo enxerto ou artéria coronária nativa
Fonte: adaptada de Thygesen K et al.4 ECG: eletrocardiograma.
altamente trombogênico, levando à formação de um trombo sobrejacente. Este proces
também conhecido por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestaç
clínicas da aterosclerose. Por fim, essa sequencia de alterações decorrentes do processo
FISIOPATOLOGIA aterosclerose pode ser melhor sintetizada na Figura 2 (SANZ; FAYAD, 2008; FALUDI et
2017).
Paciente FGR, 66 anos, gênero masculino, negro, casado, trazido pela SAMU
à unidade de emergência e acompanhado pelo sua esposa, queixando-se de
algia no peito com irradiação para para o MSE, sudorese, fadiga e falta de ar.
A dor é descrita como forte e compressiva. Relatou que estava sentindo algia
na região epigástrica, enjoo e algia torácica ao realizar esforço físico há 2
meses, pelo menos uma vez na semana sentia esses sintomas, fazendo uso
de Ibuprofeno assim que começava o desconforto. O quadro durava cerca de
20-30minutos. Hoje cursando com quadro álgico há cerca de 60 minutos,
sem melhora. Informa HAS e dislipidemia.
HPF: Seu pai teve IAM aos 50 anos, e, consequentemente, veio a óbito
FATORES DE RISCO
üTabagismo
üObesidade
üSedentarismo ü Idade > 55 anos H
üDieta Não ü Idade > 65 anos M
Modificáveis ü História Familiar
Modificáveis
üHAS
ü Etnia Negra
üDiabetes ü Gênero masculino
Mellitus
üDislipidemia
QUADRO CLÍNICO
• Náuseas e vômitos
• Diaforese
• Dispneia
• Sensação de morte eminente
EXAME FÍSICO
• Taquicardia
• Hipotensão
• Congestão pulmonar
• B3
• Rebaixamento do nível de consciência
• Edema Agudo de Pulmão / Choque Cardiogênico
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
História Clínica
Marcadores de
(sintomas, fatores ECG
necrose miocárdica
de risco)
DIAGNÓSTICO
ECG
BRE novo
Ausência supra-ST
mantida
Elevação transitória do
segmento ST
Infra-ST transitório ou
persistente
Inversão onda T ou
alterações inespecificas
• Primeira escolha
• Alta sensibilidade e especificidade
• Elevação 4-6horas do evento
• Ultrassensível < 3horas
• Curva à repetir 3-6h / 1-2h
• 7 dias
OUTROS EXAMES
• ECOtranstorácico
Ø Alteração de motilidade segmentar
Ø Complicações (ruptura de parede livre, insuficiência
mitral, comunicação intraventricular)
Ø Diagnóstico diferencial
OUTROS EXAMES – IAM SSST
• Cintilografia miocárdica
• Angio-TC de coronárias
• Teste ergométrico
MANEJO
MANEJO
• Monitorização multiparamétrica
• ECG em 10 minutos
• Coleta de marcadores de necrose miocárdica
• Diagnóstico diferencial
MANEJO – AAS
• 162 a 325mg
• Automedicação
• Reduz 23% mortalidade
• Primeiro atendimento
• Contra-indicações
MANEJO
MONABCH
TRATAMENTO
TRATAMENTO
• Cineangiocoronariografia (CATE)
• Intervenção coronária percutânea primária
üCateter duplo-balão com ou sem implante STENT
üRestabelecer o fluxo coronariano de forma mecânica
üIAM CSST à 90 minutos
coronárias não culpadas pelo evento índice durante
B IIb B
a realização da ICP primária pode ser considerada
em pacientes selecionados
INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA – IAM CSST
em pacientes com isquemia miocárdica persistente
B IIa C
na qual a ICP primária do vaso-culpado não pode
I A
C
reperfusão devem ter suspenso o anticoagulante e • Infarto relacionado à oclusão d
serem preferencialmente submetidos à ICP primária. responsáveis pela irrigação de
FIBRINÓLISE
mostrava, desde a década de 1990, que a cada minuto que rotina de corticoides não é indicada.
se retarda a instituição da terapia de reperfusão, reduz-se
a expectativa de vida em 11 dias 309. Comparando-se
o tratamento fibrinolítico na primeira hora, em que 5.1.6. Comparação entre os fibrinolíticos
65 vidas são salvas por mil pacientes tratados, com os Os estudos GISSI-2 310 e o ISIS-3219 não encontraram
pacientes tratados entre 6 e 12 horas, em que apenas dez diferenças na mortalidade entre o uso de SK e Alteplase (tPA).
5.1.7. Regimes de tratamento dos fibrinolíticos FIBRINÓLISE selecionados apenas pacientes que não tivessem condições
de realizar ICP dentro de 60 minutos do primeiro contato
Os regimes de administração para o tratamento do IAMCST médico. O grupo da terapêutica fármaco-invasiva deveria
e a necessidade de terapia coadjuvante estão apresentados se submeter a uma cinecoronariografia imediata, caso não se
no quadro 12. comprovasse reperfusão coronária ou de forma eletiva entre
SK - Sim
tPA ++ Não
TNK-tPA +++ Não
SK: estreptoquinase; tPA: alteplase; TNK-tPA: tenecteplase. Adaptado de: Goodman e cols.313.
FIBRINÓLISE
• Transferência precoce
• ICP após 2-3horas
REVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA
Tabela 2.1 – Seleção da estratégia de tratamento da SCASSST de acordo com a estratificação de risco inicial
Avaliação invasiva na SCASSST
Muito alto risco Alto risco Risco intermediário
Instabilidade hemodinâmica ou choque
Troponina positiva DM ou insuficiência renal
cardiogênico
Angina recorrente ou persistente refratária ao
Alteração dinâmica ST/T ICC ou FEVE < 40%
tratamento clínico
Arritmia ventricular maligna ou PCR GRACE >140 Angina pós-IAM
Complicações mecânicas ICP ou CRVM prévios
GRACE 109-140 ou sintomas recorrentes ou
IC aguda
teste funcional positivo
Alterações dinâmicas ST/T recorrentes
• Contraindicado Fibrinólise
• Cineangiocoronariografia
• ICP ou Revascularização Cirúrgica
• Momento ideal
TRATAMENTO LONGO PRAZO
• Aumento da incidência
• Brasil 4,44 por 100.000
• Mortalidade 6 a 15%
• Homens
• Idade avançada
• Estainas, exercícios regulares e um baixo índice de
massa corporal podem reduzir a incidência
CLASSIFICAÇÃO TEMPORAL
üTabagismo
üObesidade
ü + 50 fatores de
üCirurgia recente risco
üTrauma ü Fator V de Leiden
Adquiridos üImobilização Genéticos ü Mutação gene
üCâncer ativo protrombina
üInício terapia ü Deficiência
hormonal proteína S, C
üGravidez
QUADRO CLÍNICO
• Variável e inespecífica
• Dispneia súbita seguida de dor torácica pleurítica à
clássico
• Tosse
• Sintomas de TVP
EXAME FÍSICO
QUADRO CLÍNICO
Official reprint from UpToDate®
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Frequency
Symptom
Dyspnea 73 percent
Cough 37 percent
Hemoptysis 13 percent
Sign
Tachypnea 70 percent
Rales 51 percent
Tachycardia 30 percent
Hemoptysis 1.0
Malignancy 1.0
Probability Score
Traditional clinical probability assessment (Wells criteria)
High >6.0
Low <2.0
PE likely >4.0
PE unlikely 4.0
• D-dímero
Ø Não específico e nem diagnostico
Ø Risco Baixo à D-dímero normal exclui
Ø Risco Intermediário à exclui com ressalvas
Ø Alto Risco à não solicitar
DIAGNÓSTICO
• Cintilografia Pulmonar
• USG doppler MMII
• Angiografia pulmonar por cateter
• Angio-RM do Tórax
• ECOcardiograma
OUTROS ACHADOS
• Hipoxemia
• Alcalose respiratória e hipocapnia
• Troponina elevada à sem curva, até 40horas
• ECG à padrão S1Q3T3, novo bloqueio incompleto do
ramo direito
MANEJO
• Monitorização multiparamétrica
• Oxigenação
• Suporte ventilatório e hemodinâmico
Ø Ressuscitação volêmica
Ø Noradrenalina
Ø Dobutamina
TRATAMENTO
TRATAMENTO
• Anticoagulação
Ø 3 meses a indefinida
• Filtro de veia cava
• Trombólise, embolectomia
CASO CLÍNICO 3
DISSECÇÃO AGUDA
SCA TEP
DE AORTA
EXAME FÍSICO
• Monitorização multiparamétrica
• Oxigenação
• Suporte ventilatório e hemodinâmico
• ECG nos primeiros 10 minutos
• AAS
EVOLUÇÃO
• Angio-TAC de coronárias
ØDissecção aguda de aorta extensa de aorta torácica
desde junção sinotubular até a abdominal infrarrenal.
Cirurgia cardíaca de urgência. Reconstrução com tubo
de Dacron + reconstrução de ramos supra-aórticos
DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA
Degenerativa/ Geneticamente
Traumática
esporádica mediada
CLASSIFICAÇÃO
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
FATORES DE RISCO
ü Distúrbios do
üHipertensão
tecido conjuntivo
üAneurisma pré- • Marfan
existente
• Ehlers-Danlos
üTrauma ü Turner
Gerais üVasculites Genéticos ü Dissecção de
üCirurgia aórtica aorta torácica
üGravidez e parto familiar
ü Válvula aórtica
üFluorquinolona
bicúspide
QUADRO CLÍNICO
Ascendente Descendente
• ECG
• Rx de Tórax à alargamento da silhueta aórtica
• D-dímero < 500ng/mL
• Angio-TC
DIAGNÓSTICO – ANGIO-TC
DIAGNÓSTICO – ANGIO-TC
DIAGNÓSTICO
• ECO Transesofágico
• Angio-RM
• Arteriografia
MANEJO
• Monitorização multiparamétrica
• Oxigenação
• Suporte ventilatório e hemodinâmico
• Controle de PA: betabloqueador / bloqueadores de
canais de cálcio
• Analgesia
TRATAMENTO
• Raio X de tórax
• Elevação de biomarcadores cardíacos
• Leucocitose, elevação PCR e VHS
• ECG
DIAGNÓSTICO – ECG
DIAGNÓSTICO
• ECO
• TC ou RM de tórax
• Adicionais: PPD, FAN, Hemoculturas, Testes Virais
• Pericardiocentese e biópsia pericárdica:
tamponamento, derrames refratários, suspeita
bacteriana ou neoplásica
DIAGNÓSTICO