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Lesão miocárdica não isquêmica pode acontecer em diversas patologias cardíacas, como a
miocardite, ou mesmo não cardíacas, como a insuficiência renal.
Angina Instável
Fisiopatologia de IM
Pode levar horas para que necrose miocárdica seja identificada post-mortem em humanos;
Marcadores cardíacos
Troponina cardíaca I e T são componentes do aparato contrátil das células miocárdicas e são
expressas quase exclusivamente no coração. Aumentos da troponina I não estão associados a
lesão de outros tecidos não miocárdicos. A situação é mais complexa com a troponina T. Dados
bioquímicos indicam que os músculos esqueléticos expressam proteínas que são detectadas
como troponina T.
Embora a elevação de troponina reflita a lesão das células miocárdicas, isto não indica o
mecanismo fisiopatogênico subjacente, e pode ser secundário a um alongamento de fibras
miocárdicas induzidas por aumento de pré-carga ou estresses fisiológicos em corações
normais.
Etiologia
Embolismo coronariano
Dissecção coronariana
Bradiarritmia sustentada
Hipotensão ou choque
Insuficiência respiratória
Anemia grave
Taquiarritmia sustentada
Condições cardíacas:
Insuficiência cardíaca
Miocardite
Síndrome de takotsubo
Choques de desfibrilação
Contusão cardíaca
Condições sistêmicas:
Sepse, infecção
Agentes quimioterápicos
Doentes críticos
Exercício extenuante
Manifestações clínicas
IM pode ocorrer com sintomas atípicos como palpitação, parada cardiorrespiratória ou mesmo
sem sintomas.
O quadro clínico de angina pode ser definido por quatro características principais da dor:
localização, característica, duração e fatores de intensificação ou alívio.
• Tipo: o desconforto geralmente é descrito como pressão, aperto ou peso. Por vezes, como
uma sensação de estrangulamento, compressão ou queimação. Pode ser acompanhado por
dispneia, sudorese, náuseas ou síncope.
• Duração: o tempo de duração do desconforto anginoso estável geralmente é curta (< 10min);
episódios ≥ 10min sugerem SCA. Contudo, duração contínua prolongada (horas ou dias) ou
efêmera (poucos segundos) tem menor probabilidade de SCA.
IM tipo 1
IM causado por doença arterial coronariana (DAC) aterotrombótica e usualmente precipitada
pela rotura ou erosão de uma placa aterosclerótica.
Critérios:
Detecção de um aumento e queda de troponina com pelo menos um valor acima do percentil
99 do LSN e pelo menos um dos seguintes:
IM tipo 2
A maior parte dos estudos mostram uma frequência mais alta de infarto tipo 2 em mulheres.
As taxas de mortalidade a longo e curto prazo são geralmente mais altas no infarto tipo 2 do
que no infarto tipo 1 na maioria dos estudos.
. Perfusão miocárdica reduzida devido a lesões ateroscleróticas estáveis sem rotura de placa
. Espasmo coronariano
. Embolismo coronário
. Dissecção coronária com ou sem hematoma intramural ou outros mecanismos que reduzem
a suprimento de oxigênio, como: bradicardia grave, insuficiência respiratória com hipoxemia
grave, anemia grave, e hipotensão ou choque; ou aumento de demanda por oxigênio devido a
taquicardia sustentada ou hipotensão grave com ou sem hipertrofia ventricular.
Critérios
Detecção de um aumento e/ou queda de troponina com pelo menos um acima do percentil 99
do limite superior da normalidade, e evidência de um desbalanço entre suprimento de
oxigênio miocárdico e demanda não relacionada a aterotrombose coronária, requerendo ainda
um dos seguintes:
IM tipo 3
Pacientes podem ter uma manifestação típica de isquemia/infarto miocárdico, incluindo novas
mudanças de ECG isquêmicas ou fibrilação ventricular, mesmo que falte marcadores para
determinar o IM.
Critérios
Pacientes que sofrem morte cardíaca, com sintomas sugestivos de isquemia miocárdica,
acompanhando de novas mudanças isquêmicas presumidas nos ECG ou fibrilação ventricular,
porém vão à óbito antes que biomarcadores possam ser coletados ou antes que aumento nos
biomarcadores possa ser identificado, ou que IM seja identificado em um exame de autópsia.
ECG
Metade das derivações são chamadas de precordiais, pois estão em um plano horizontal “em
frente” ao coração. Todas elas são monopolares (V1, V2, V3, V4, V5 e V6). As outras seis
derivações são as periféricas, divididas em monopolares (aVR, aVL e aVF) e bipolares (D1, D2 e
D3).
Positivas quando o vetor da ddp é visto se aproximando e negativas quando o vetor é visto se
afastando da derivação em questão.
V3: entre V2 e V4