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Definição
é uma doença de sintomas ou déficits que afetam funções motoras ou sensoriais voluntárias,
sugerindo outra condição clínica, mas que aparenta ser causada por fatores psicológicos, pois
é precedida por conflitos ou outros estressores.
Etiologia
Fatores psicanalíticos
Teoria da aprendizagem
Fatores biológicos
Os sintomas podem ser causados por uma excitação cortical excessiva que desencadeia
circuitos de retorno negativo entre o córtex cerebral e a formação reticular do tronco
encefálico. Por sua vez, níveis elevados de débito corticofugal inibem a consciência do paciente
da sensação corporal, o que pode explicar os déficits sensoriais observados em alguns
indivíduos afetados.
Epidemiologia
. Os sintomas são mais comuns no lado esquerdo do que no lado direito do corpo em mulheres
. O início do transtorno se dá geralmente no fim da infância até o início da idade adulta, sendo
raro antes dos 10 anos de idade ou após os 35 anos. Quando os sintomas sugerem um
transtorno conversivo com início na meia-idade ou na velhice, a probabilidade de uma
condição neurológica ou outra condição clínica oculta é alta. Sintomas conversivos em crianças
com menos de 10 anos costumam estar limitados a problemas com a marcha ou convulsões.
. Mais comum entre as populações rurais, pessoas com baixo grau de instrução, com baixo
quociente de inteligência, em grupos com nível socioeconômico baixo e em militares que
foram expostos a situações de combate.
Manifestações
- Sintomas motores:
- Déficits sensoriais:
Assim, os clínicos podem ver a característica anestesia tipo meia-e-luva das mãos ou dos pés
ou a hemianestesia do corpo começando precisamente ao longo da linha média.
- Sintomas viscerais:
- Sintomas convulsivos:
Pseudoconvulsão, Morder a língua, incontinência urinária e lesões após uma queda podem
ocorrer em pseudoconvulsões.
- Ganho primário
Os pacientes obtêm ganho primário ao manter os conflitos internos fora de sua consciência
- Ganho secundário
- La belle indifférence
Diagnóstico
Critérios Diagnósticos
C. O sintoma ou déficit não é mais bem explicado por outro transtorno mental ou médico.
Especificar se: Episódio agudo - Sintomas presentes há menos de seis meses ou Persistente-
Sintomas ocorrendo há seis meses ou mais.
Especificar se: Com estressor psicológico (especificar estressor) ou sem estressor psicológico
Diagnóstico diferencial
Distúrbios neurológicos (p. ex., demência e outras doenças degenerativas), tumores cerebrais
e doença dos gânglios da base.
Prognóstico
Os sintomas ou déficits são, em geral, de curta duração, e cerca de 95% dos casos agudos têm
remissão espontânea, geralmente em duas semanas em pacientes hospitalizados. Se os
sintomas estão presentes há seis meses ou mais, o prognóstico para sua resolução é menos do
que 50% e vai diminuindo conforme o tempo que estiverem presentes. Um episódio é um
preditor de episódios futuros.
Paralisia, afonia e cegueira estão associadas a bom prognóstico, enquanto tremor e convulsões
são fatores para mau prognóstico.
Tratamento
Terapia comportamental.
Narcoanálise (p. ex., entrevista com amobarbital): o amobarbital ou outro agente sedativo-
hipnótico, como lorazepam, é administrado por via intravenosa ao ponto de sonolência. Às
vezes, isso é seguido pelo uso de uma substância estimulante como metanfetamina. O
paciente é, então, estimulado a discutir estressores e conflitos. Não foi demonstrado que esse
procedimento seja especialmente eficaz com sintomas conversivos mais crônicos.
Hipnose: os sintomas podem ser removidos durante um estado hipnótico, com a sugestão de
que eles melhorarão de forma gradual após a sessão. A informação sobre estressores e
conflitos também pode ser explorada. Acredita-se que a hipnoterapia seja particularmente
efetiva nos sintomas motores.
Existem relatos informais de resposta positiva a tratamentos somáticos como fenotiazinas, lítio
e mesmo eletroconvulsoterapia (ECT).