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Laringite

Estridor

É o som gerado pela turbulência do ar durante a passagem por sítio parcialmente obstruído.

Definição

Caracterizada por inflamação e estreitamento da região subglótica da laringe, resposta local a


dano tecidual.

Acomete principalmente crianças de 3 meses a 6 anos, com pico aos 2 anos e maior incidência
nos meninos.

Faz parte da síndrome de crupe: grupo de doenças que variam em relação à etiologia e ao
comprometimento anatômico, cuja sintomatologia inclui: rouquidão, tosse ladrante, estridor
inspiratório e desconforto respiratório, de acordo com a gravidade de cada caso.

Etiologia

- laringotraqueobronquite viral: parainfluenza 1, 2 e 3, influenza A e B, adenovírus e VSR

- traqueítes bacterianas: S.aureus, S.pneumoniae e H. influenzae

- Laringite espasmódica: resposta alérgica ou viral

Fisiopatologia

Vírus +citoxicidade – tropismo ao epitélio ciliado – região Subglótica.

Resposta inflamatória – congestão vascular e edema – associação com espasmo muscular


laríngeo

Resultado: Obstrução das vias aéreas

Crianças: tamanho reduzido da via aérea e da cartilagem aritenóide, grau de edema de mucosa
e exsudato formado, a evolução da doença costuma ser bem mais rápida.

Classificação:

Aguda: ocorrem durante um período de até sete dias, com febre e comprometimento das vias
aéreas, sendo mais prevalente na infância

Crônica: persiste durante semanas, dor e a rouquidão, a doença sistêmica é um fator


importante, e ocorre mais frequentemente em adultos.

Quadro Clínico

. Incialmente quadro de IVAS (congestão nasal, rinorreia), início após 12- 48 horas,

. Surgimento de tosse rouca (ou ladrante), estridor inspiratório, que pode progredir para
expiratório. Pode haver agitação, sudorese e cianose.

Diagnóstico

Não são recomendados exames etiológicos laboratoriais ou radiológicos. Considerar, na


suspeita de complicações e diagnósticos diferenciais (epiglotite e aspiração de corpo estranho)

Exames complementares:
- Hemograma

- Hemocultura

Bacterioscopia

. Escore de risco

Tratamento

. Leve/Moderada: Dexametasona 0,6 mg/kg (VO, IM,EV), dose única; Manutenção( uso
domiciliar): 0,15mg/Kg/dia, dividido de 06/06horas

Alternativas: Prednisolona VO 1 -2 mg/kg, 3 dias

Budesonida inalatória 2 mg 12/12h, durante 5 dias.

. Grave:

- Dexametasona 0,6 mg/kg

- Adrenalina inalatória 1:1000, Dose: 1 a 3ml diluído em 3 a 5ml de SF a 0,9%, 0,5 ml/kg
(máximo de 5 ml repetir), 1 em 1 h (Mecanismo de ação: estimulação receptores alfa,
vasoconstrictor na mucosa da região subglótica e, dessa forma, diminui o edema).

. Se piorar:

- Internação em UTI

- Adrenalina inalatória 2 x/hora • Oxigênio (se sat O2 <92%)

- IOT

Critérios para internação

• Laringite moderada com pequena resposta ou que não respondeu às medidas iniciais.

• Laringite grave com melhora parcial após medidas iniciais.

• Laringite grave com melhora parcial após 4 horas de observação no pronto socorro.

Medidas Gerais:

. Nebulização com solução fisiológica

. Administração de oxigênio e hidratação adequada

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