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INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO APRESENTACOES DA DOR

TORÁCICA
DOR TORÁCICA

Uma das causas mais comuns de procura de


assistência médica na sala de emergência,
mas somente 10 a 15% dos pacientes que
chegam com dor no peito apresentam IAM.
Conhecida popularmente como dor no
peito, a dor torácica pode ser causada por
várias condições clínicas que podem ser de
contraturas musculares à infarto do - ANGINA
miocárdio. Caracterizada por crises de dor ou
sensação de pressão na região anterior do
Geralmente os pacientes nem sempre tórax. Sua causa é devido ao fornecimento
admitem ter "dor" no peito. São comuns insuficiente de sangue para as coronárias,
descrições como sensação de reduzindo o oxigênio enviado para o
estrangulamento, constrição, peso, dor miocárdio que acaba exacerbando sua força
profunda, aperto, pressão, indigestão, em busca de oxigenação. Sua fisiopatologia
queimação. se da através da formação de uma placa
coronariana estável ou instável. Se não
A dor torácica sugestiva de isquemia pode tratada pode evoluir para IAM
manifestar-se no meio ou no lado esquerdo
do tórax, sendo que essa sensação pode TIPOS:
irradiar-se para o braço esquerdo, direito ou - ANGINA ESTAVEL- angina
para ambos ou até para a região epigástrica. desencadeada aos esforços, que piora
Há ainda pessoas que referem sentir dor na gradualmente e que melhora com o repouso
mandíbula confundindo-se com dor de ou com o uso de nitratos. Sua duração
dente. média é de 5 minutos, nunca maior que 10
minutos. Pode ser ocasionada também por
desequilíbrio de demanda (aumento do
consumo de oxigênio. Os sinais e sintomas
da angina estável são geralmente que
começa frequentemente lenta e pode durar
alguns minutos acompanhada de um grande
mal-estar, palidez e sudorese, podendo ser
causada por esforço físico e estresse.

_ ANGINA INSTÁVEL

Se caracteriza pela dor desencadeada em


repouso ou aos mínimos esforços. A
fisiopatologia é semelhante ao que ocorre
no Iam, com a diferença de que não existem
sinais eletrocardiográficos, ou alterações
das enzimas cardíacas e nem oclusão total
do vaso coronariano. A angina instável
geralmente dura entre 10 e 30 minutos e é
acompanhada de desconforto geral.

Os sinais e sintomas são: Dor persistente,


geralmente não cessa com o fim do
exercício físico por exemplo e pode ocorrer
também com a perda da resposta da dor em CLASSIFICACAO DO IAM
relação aos medicamentos.

OBS: Existe um grupo de pessoas que


mesmo sem os sintomas devem estar
atentas: os fumantes, os diabéticos, idosos
com mais de 65 anos, hipertensos,
indivíduos que apresentam colesterol com
nível elevado e mulheres pós menopausa.
Devem ser considerados os antecedentes
familiares. MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS

-IAM - A diabetes e a idade são os maiores


fatores relacionados a isquemia
O infarto acontece quando o tecido assintomática. Isso é explicado devido
miocárdico é destruído em regiões do maior limiar de dor relacionado as
coração por onde o fluxo sanguíneo não é alterações nociceptivas.
suficiente para sua irrigação devido a
redução do fluxo sanguíneo coronariano Quando ocorre um episódio de redução do fluxo
O diagnóstico é feito pelo ECG e de acordo sanguíneo coronariano, a primeira alteração é o
sofrimento do miócito, seguindo-se alteração de
com o resultado O IAM é classificado da
relaxamento miocárdico e infradesnivelamento
seguinte maneira: IAM com supra do segmento ST. A dor é a última manifestação
desnivelamento de segmento ST (IAM com da isquemia miocárdica.
SST) e sem supra desnivelamento de
segmento ST (IAM sem SST
Os sintomas são: dor ou forte pressão no
peito, dor no peito refletindo nos ombros,
FATORES DE RISCO:
braço esquerdo, pescoço e maxilar, dor
abdominal, suor, palidez, falta de ar, perda
temporária da consciência, sensação de
morte iminente, náuseas e vômitos. E os
fatores de risco são: histórico familiar de
doença coronariana, idade ( a partir dos 60
anos), colesterol alto, triglicérides elevado,
hipertensão arterial, obesidade, diabetes,
fumo, estresse e sedentarismo. A prevenção
está relacionada com uma alimentação
balanceada, manter o peso sob controle,
praticar exercícios físicos, realizar exames
de prevenção (Eletrocardiograma,
Hemograma, glicose colesterol, etc
FISIOPATOLOGIA
Mas qual a diferença entre o IAM
com supra de ST e o IAM sem supra
A causa mais frequente é a redução da
de ST? perfusão miocárdica devido a ruptura de
A oclusão total da artéria pelo trombo uma placa aterosclerótica, com a formação
leva à lesão transmural da parede de um trombo não oclusivo. A ruptura da
ventricular, consequentemente causando placa acarreta a exposição de fatores
um supradesnivelamento de ST no trombogênicos responsáveis pela formação
ECG. No IAM sem elevação do do trombo na artéria acometida.
segmento ST, o trombo formado não
oclui totalmente a artéria acometida.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

SCA
A síndrome coronariana aguda
(SCA) é um processo que ocorre devido
à desproporção entre oferta e
demanda de oxigênio ao miocárdio,
geralmente em consequência de
ruptura de uma placa de ateroma
presente nas artérias coronárias e
trombose secundária.
CAUSAS O processo de ruptura da placa
- Obstrução dinâmica por espasmo da
aterosclerótica pode resultar na
artéria epicárdica (angina de
formação de um trombo oclusivo da luz
Prinzmetal)
- Estimuladores adrenérgicos, como a do vaso, tipicamente produzindo
cocaína, que induzem vasoconstrição supradesnivelamento do segmento ST
coronariana, hipertensão, trombose e no eletrocardiograma (ECG). No caso
efeito tóxico direto no miocárdio desses pacientes, define-se o
- Inflamação e isquemia secundária diagnóstico de síndrome coronariana
relacionada ao aumento da demanda com supradesnível do seguimento ST
miocárdica (febre, taquicardia, (SCACSST). Entretanto, quando o
hipotensão, anemia) mesmo processo de ruptura de placa
- Dissecção de aorta resulta na formação de um trombo não
oclusivo, mas que obstrui a luz do vaso,
 Quadro clínico: reproduzindo (ou não) infradesnível de
Característica da dor torácica no IAM: ST ou inversão de onda T no ECG, tem-
Localização: retroesternal, precordial se o diagnóstico de angina instável ou
com irradiações. de infarto do miocárdio sem
Irradiação: braço esquerdo e direito, supradesnível do seguimento ST,
mandíbula, costas e epigástrio. ambos diagnósticos de síndrome
Tipo: aperto, peso, queimação. coronariana aguda sem supradesnível
Intensidade: variável. do seguimento ST (SCASSST). Esse
Duração: 5 – 20 minutos. conceito é fundamental para definir a
Sintomas acompanhantes: sudorese, estratégia terapêutica dos pacientes.
pele fria, palidez, náusea, vômitos. Análises do estudo ISIS-2, clássico
Fatores desencadeantes: esforço ensaio clínico de trombolíticos e ácido
físico, fortes emoções. acetilsalicílico em infarto do miocárdio,
Fatores de melhora: repouso. observaram a eficácia de trombolíticos
SINAL DE LEVINE- mao fechada sobre o
coração em infarto com supradesnível do
segmento ST, mas não em infarto sem
supradesnível do segmento ST. Dessa
forma, pacientes que se apresentam
com supradesnível persistente são
candidatos à terapia de reperfusão
imediata, enquanto os demais, sem
supradesnível do seguimento ST, não
devem ser submetidos a essa terapia,
devendo receber tratamento anti-
isquêmico intenso associado a outras
terapias antitrombóticas.
O processo de trombose induz a
isquemia, podendo causar lesão
miocárdica e necrose com EXAME FISICO
extravasamento de substâncias para a
corrente circulatória, como as
troponinas, sendo a presença desses
marcadores o critério utilizado para a
diferenciação entre angina instável e
IAM 

PERICARDITE

A pericardite é um processo inflamatório do


pericárdio e apresenta múltiplas causas,
Esquema ilustrativo de uma artéria coronária sendo a infecção viral a mais comum.
normal; artéria coronária com processo de Geralmente, está associada a episódio
trombose parcial (SCASSST), que compreende recente infeccioso, mas tal associação ainda
tanto os quadros de angina instável (troponina não está totalmente comprovada.
negativa) quanto os de IAM sem supradesnível
do seguimento ST (troponina positiva); artéria Na pericardite, os biomarcadores, como as
coronária com trombose completa – IAM com
troponinas, podem estar alteradas, assim
supradesnível do seguimento ST.
como em outras manifestações patológicas
CAUSAS que causam lesão cardiológica. As
PLACAS ATEROMATOSAS ESTAVEIS E alterações eletrocardiográficas clássicas
INSTAVEIS incluem elevação côncava alargada do
segmento ST sem inversões de onda T ou
ondas Q recíprocas, bem como a elevação
do segmento ST como ocorre no infarto
agudo do miocárdio (IAM) com elevação
do segmento ST.Isso culmina, por vezes, no
diagnóstico errado, que pode ser evitado
com a análise minuciosa do
eletrocardiograma (ECG) e
ecocardiograma(ECO).

TEP
O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma DHL em tecidos extrapulmonares, pois, há
síndrome clínica e fisiopatológica que resulta da aumento maior do isômero hepático em relação
oclusão da circulação arterial pulmonar por um ao pulmonar.
ou mais êmbolos.

QUADRO CLINICO

Hemoptise, dor e atrito pleural, febre, flebite e


taqui- cardia ocorrem com freqüência. A tríade
dor torácica, hemoptise e doença venosa
periférica é encontrada em apenas 13% dos
casos. Nos pacientes com TEP agudo e maciço
(área arteri- al pulmonar acometida em mais de
50%), pode ocorrer síncope e colapso
cardiovascular, devido a súbita redução do
débito cardíaco e do fluxo sangüíneo cerebral.

A presença de dor retroesternal está presente em  CONDUTA IAM


30% dos casos, provavelmente relacionada a  História clínica:
hipoperfusão coronariana, podendo, também,
ser originada do pericárdio parietal, da distensão É muito importante colher todas as
súbita da artéria pulmonar ou, ainda, de informações necessárias com o
isquemia da parede do VD. Os sinais clínicos do
TEP agudo e maciço devem-se principalmente a paciente ou acompanhante.
falência aguda do VD, baixo débito cardíaco e Ao colher a história se atente a
distúrbio da relação venti- lação/perfusão. caracterizar a dor, todas as
Cianose, taquicardia, pressão venosa cen- tral medicações em uso, inclusive se
elevada e ritmo de galope audível no bordo utilizou medicamentos para
esternal es- querdo são encontrados em 75% dos
casos. disfunção erétil; questione sobre
alergias e medicamentos que
O eletrocardiograma tem-se mostrado previamente levaram a efeitos
decepcionante, do ponto de vista diagnóstico. O adversos graves; questione sobre
aspecto mais característico é a transitoriedade histórico de asma ou
das alterações observadas. Assim, em pacientes broncoespasmo, pois isso
sem doença cardiopulmonar prévia, o apareci-
mento de sobrecarga aguda do VD correlaciona-
contraindica o uso de
se com as alterações hemodinâmicas. betabloqueadores; realização de
Classicamente, temos desvio do eixo do do cirurgias recentes, história de
complexo QRS para a direita, além do apare- sangramento, coagulopatia,
cimento de onda S em D ,onda Q emD e plaquetopenia, pois tudo isso
inversão da onda T em D (S Q T ou sinal de
McGuin e White). Outras alerações podem estar
aumenta o risco de sangramento.
presentes como infra ou supradesni- velamentos  Exame Físico:
do segmento ST, inversão da onda T na pare- de
anterior, distúrbio de condução do ramo direito Avalie se há palidez, sudorese,
e arritmias supra e/ou ventriculares. cianose, turgência de jugular e o
nível de consciência.
A gasometria arterial em ar ambiente pode Afere-se a PA em ambos os braços,
revelar a presença de hipoxemia e hipocarbia visando diagnosticar hipertensão ou
secundária a hiperventilação. Nos pacientes com
TEP grave, pode haver hipoxemia acentuada
hipotensão. Palpa-se os pulsos de
(PaO <50mmHg) A tríade de Wacker, ou seja, MMII, MMSS e carótidas.
elevação da desidrogenase láctica (DHL) e da Realize a ausculta cardíaca
bilirrubina com níveis de transaminase glutamo- avaliando se o ritmo é regular.
oxalacética (TGO) normal é observada em Isquemia aguda pode cursar com
apenas 4% dos pacientes. O aumento do DHL,
freqüentemente observado nos portadores de
B4, ou um novo sopro de
TEP, deve-se principalmente à liberação do regurgitação mitral. Ictus deslocado
ou B3 apontam para insuficiência DEVE SER FEITO ATE EM 10 MIN
cardíaca. DPOIS Q O PACIENTE CHEGOU AO
Na ausculta pulmonar, detectar se há PS.
congestão e sua distribuição e a
ausculta de sibilos contraindica o O diagnóstico do IAMSST é, aliado à
uso de betabloqueadores (lembra clínica compatível, eminentemente
que lá em cima falamos que eletrocardiográfico, não necessitando que
pacientes com asma ou seja aguardada a dosagem sérica da
broncoespasmos não podiam utilizar troponina, uma vez que essa pode demorar
a se elevar (lembre-se de que TEMPO É
tais fármacos?).
MÚSCULO!). Sendo assim, a presença do
 Exames Complementares: supradesnive- lamento do segmento ST é
suficiente para que o paciente seja elencado
1 – Eletrocardiograma: deve ser
como de tratamento urgente.
realizado em até 10 minutos da
entrada do paciente no DE. A realização desse é fundamental, pois,
2 – Radiografia de tórax; além de ser um divisor de águas quanto à
3 – Marcadores de necrose: CPK, classificação, revela a situação da perfusão
CKMB e TROPONINA cardíaca, bem como iden- tifica maior ou
A troponina é padrão ouro. Sua menor gravidade do quadro, podendo
coleta é recomendada na chegada e configurar situação de urgência. Ao realizar
após 1 hora. o exame, de- verá ser observado se existe
O princípio básico é avaliar 2 itens: supra de ST em alguma derivação e, na
- O valor absoluto de Troponina: ausência desse, procura-se achados
menor que 5ng/L afasta IAM e diferenciais como o infra do mesmo
segmento eletrocardiográfico. Re-
maior ou igual a 52ng/L sugere
lembrando, o supra de ST é tão grave
IAM. porque ele consiste no sinal elétrico de um
- Quantificação da Troponina na 2° coração cujo ramo coronário esteja
coleta: Delta de 1 hora maior ou obstruído por completo (geralmente),
igual a 5ng/L é sugestivo de IAM. configurando o chamado infarto com
O protocolo de 1 hora deve ser supra de ST. A ausência desse, mesmo que
utilizado juntamente com a coleta da a presença de infra de ST, quando
história clínica e o ECG. compatível com a SCA, configura dois
Outros exames complementares que possíveis quadros: o infarto sem supra de
podem ser solicitados: ST e a angina instável.
4 – Hemograma
5 – Perfil lipídico
6 – Coagulograma
7 – Eletrólitos ECGNORMAL

8 – Glicemia

EXAMES
DIAGNÓSTICOS

ECG-
▪ PAREDES E DERIVAÇÕES DO ELETRO

O que iremos esperar do ECG?


 ECG em IAM com supra de
ST:
1 – Elevação do segmento ST: >
1mm em duas ou mais derivações
contíguas.
▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 2 – De acordo com as derivações
acometidas, é possível classificar a
parede ventricular acometida.
3 – Sempre que houver elevação de
ST em derivações periféricas, deve-
se rotineiramente obter o traçado de
derivações precordiais direitas, V3R
e V6R.
Obs: a artéria mais acometida no
IAM geralmente é a circunflexa
esquerda.
É importante localizar as derivações
que possuem alterações isquêmicas,
para identificar a artéria doente.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
ECG

OUTROS EXAMES:

Além do eletrocardiograma, deve-se


realizar um acesso venoso calibro- so no
paciente. Isso porque medica- ções Avalia tanto a FC, PA
necessitarão ser administradas e exames
deverão ser colhidos. No momento de sua CINTILOGRAFIA
chegada, devem ser dosados os níveis
séricos dos mar- cadores de necrose do A cintilografia de perfusão do miocárdio (CM) possui
miocárdio. O mais específico utilizado é a alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de
tro- ponina, que consiste em um marca- doença corona-riana aterosclerótica obstrutiva
dor biológico de lesão e de necrose (DAC), fornecendo informações valiosas como a
estratificação de risco e avaliação prognóstica em
miocárdica, tendo os seus níveis san- pacien- tes com angina estável, após infarto agudo do
guíneos aumentados quando de um miocárdio, no acompa- nhamento após
acometimento ao músculo cardíaco. Essa revascularização miocárdica e na investigação de is-
substância possui uma cinéti- ca quanto à quemia na dor torácica aguda, dentre outras
finalidades
sua elevação, sendo que o início do
aumento é percebido no sangue após 3
Permitem avaliar o coração com enfoque nos
horas do início da dor anginosa, com um aspectos de perfusão miocárdica, integridade celular,
pico atingido entre 18 e 24 horas, podendo metabolismo e contratilidade miocárdica, além da
persistir por até 10 dias em níveis elevados
na corrente sanguínea do paciente

função ventricular global ou segmentar

ANGIOTOMOGRAFIA (CTA)

A Angiotomografia de coronárias é o
exame não invasivo a que visualiza as
artérias coronárias. A outra forma de
-RADIOGRAFIA DE TORX visualizar as artérias coronárias é através do
Auxiliar na diferenciação das causas cateterismo, porém trata-se de um método
de dor torácica, como fraturas, invasivo.
pneumotórax e de grande
importância para pacientes com Permite visualizar presença de placas
calcificadas nas artérias coronárias, com o
suspeita de doença coronariana com
grau de evolução da Doença aterosclerótica
sinais/ sintomas sugestivos de e probabilidade de evento cardíaco no
insuficiência cardíaca, além de período de 5 a 10 anos, dessa forma pode-se
auxiliar nos casos com possível intervir naqueles pacientes com maior
doença pulmonar associada. probabilidade de complicações cardíacas
nos próximos anos, com tto intensivo de
TESTE ERGOMÉTRICO modo a evitar complicações cardíacas
futuras.
Método de escolha para
confirmação do diagnostico de A calcificação da parede coronariana se
DAC. É utilizado tanto para o relaciona fortemente com a existência de
diagnostico quanto para aterosclerose, isto é, diante de um Escore
de Cálcio (EC) elevado, é certo que existem
estratificação do risco de pacientes
placas de ateroma naquela coronária...
com DAC, é um método não Todavia, apesar de identificar a
invasivo mais comumente aplicado.
aterosclerose com elevada sensibilidade,  Avaliação de stents
não possui uma boa correlação com a coronarianos;
presença de lesões OBSTRUTIVAS, quer  Avaliação de enxertos nos
dizer, a mera presença de calcificação pacientes com antecedentes de
não garante a existência de estenose revascularização do
luminal. miocárdio.
 AVALIACAO das variações
Logo, o escore de cálcio NÃO é útil na anatômicas das aa coronárias
inves- tigação de pacientes  Malformacoes cardíacas
SINTOMÁTICOS, pois, apesar de detectar congênitas
a aterosclerose coronariana, não confirma a
existência de estenose luminal e isquemia

TRATAMENTO
A angiotomografia de coronárias
(AngioTC) é uma ferramenta diagnóstica
acurada, com elevada sensibilidade (72-
Mudança dos Hábitos de Vida
98%), especificidade de 86-98% na
avaliação da doença arterial coronariana,
fornecendo dados diagnósticos e Os pacientes com doença aterosclerótica
prognósticos que se correlacionam coro- nariana devem tomar várias medidas
diretamente com os dados fornecidos pela quanto ao seu estilo de vida, visando
cineangiocoronariografia.  reduzir a progressão da aterosclerose:
No contexto da sala de emergência, o
papel da AngioTC é tentar reduzir as -Parar de fumar;
altas indevidas e internações -Fazer dieta;
desnecessárias, promovendo desfecho - Emagrecer;
seguro para o paciente e redução de -Exercício físico regular – aumenta o HDL-
custos hospitalares.
-colesterol e a reserva coronariana; -
Controlar a pressão arterial;
Indicações: -Controlar os níveis de LDL-colesterol (<
70

mg/dl para pacientes de alto risco, e < 100


mg/dl para pacientes de risco
intermediário); e de HDL-C (manter acima
de 50 mg/dl);

-Controlar o diabetes mellitus; -Reduzir a


obesidade; -Vacinação contra influenza.

* Medidas Gerais:
 Pacientes com quadro clínico e 1) AAS: Aspirina em dose de 162 a
exames complementares 325 mg deve ser administrada na
conflitantes, quando permanece a
admissão.
dúvida diagnóstica mesmo após
realização de exames funcionar
para avaliação de isquemia do
miocárdio;
2) Analgesia: A morfina é o
analgésico de escolha, na dose
de 2mg e pode ser repetida a Heparina não fracionada é a dose de
cada 15 minutos. escolha no paciente que chega ao
3) Nitratos: Está contraindicado DE e vai direto para angiografia.
no infarto de parede inferior e Fondaparinux (2,5 mg, SC, 1X/dia)
é considerado hoje o anticoagulante
suspeita de infarto de VD.
com melhor perfil
(Detalhe MUITO importante) eficácia/segurança. Recomendado
como primeira escolha pelo
4) Betabloqueadores: diminuem a Guideline de 2015 da sociedade
dor isquêmica, o tamanho do europeia de cardiologia. Porém, não
infarto e o risco de arritmias usar se o clearence de creatinina for
malignas. menor que 20mL/min.
Enoxaparina (1mg/kg, SC, 12/12h)
deve ser usado caso não haja
Tratamento do IAM sem supra de fondaparinux, indicado tanto na
ST: estratégia conservadora quanto na
A base do tratamento do IAM sem invasiva.
supra é com os 4 As: Contraindicações do uso de
Aspirina betabloqueador:
Antagonista do ADP - História de broncoespasmo;
Anticoagulante - Achados clínicos de hipoperfusão;
Angiografia coronariana percutânea - Insuficiência cardíaca;
1 – Medidas gerais: repouso, - Bloqueio atrioventricular de 2° e
monitorização contínua, O2 se Sat < 3° graus;
90% e acesso venoso. - Pacientes de risco para choque
2 – Terapia anti-isquemia: nitratos e cardiogênico (idade>70, PA
betabloqueadores (cuidado com as sistólica <120mmHg, FC> 110bpm
contraindicações e o risco em ou <60bpm, longo tempo entre o
pacientes com choque início dos sintomas e a chegada no
cardiogênico). hospital).
Nitroglicerina: 1 ampola (25mg) +
245 ml de SG5%. Dose inicial:
6ml/hora em bomba de infusão
contínua (BIC). Aumentar a dose
em 5 a 10 mcg/min a cada 5
minutos, até que a dor passe, o
paciente chegue em PA sistólica de
100mmHg ou apresente sinais de
hipoperfusão.
NÃO USAR nitrato em paciente
com IAM de ventrículo direito
(VD).
3 – Terapia antiplaquetária: AAS +
Clopidogrel (comp de 75mg; dose
de ataque com CATE: 600mg via
oral; dose de ataque em estratégia
conservadora: 300mg via oral).
4 – Terapia anticoagulante:
fondaparinux, enoxaparina ou
heparina não fracionada.












Tratamento do IAM com supra de 
ST: P/ pacientes tratados com
1 – Sala de emergência com fibrinolítico: enoxaparina é a
monitorização e desfibrilador escolha, mas fondaparinux causa
imediatamente disponível. menos sangramento.
2 – Medidas gerais: repouso, O2 em 6 – Reperfusão coronariana:
cateter nasal, oxímetro, monitor
cardíaco, acesso venoso, coleta de
exames complementares  ICP primária: melhor opção se o
(hemograma, coagulograma, sódio, tempo entre o primeiro contato
potássio, magnésio, ureia, médico e o procedimento for <
creatinina, glicemia, solicitação de 90 minutos.
ECG e RX de tórax.  No pré-hospitalar ou em centros
3 – ASS: solicitar que o paciente sem hemodinâmica, considere
mastigue 165-325 mg. levar ou transferir o paciente
4 – Antagonistas de ADP: para um centro com ICP se o
 Trombólise farmacológica: tempo entre o primeiro contato
clopidogrel (ataque de 300mg, médico e o início da intervenção
manutenção de 75 mg 1x/dia) for de
5 – Anticoagulação: heparina não < 120 minutos
fracionada, enoxaparina,  Trombolíticos: rtPA deve ser
fondaparinux ou bivalirudina. prescrito em <30 min da
chegada do paciente ao DE
(departamento de emergência)

 Trombolíticos:
O trombolítico é efetivo nas primeiras
12 horas do início dos sintomas
(especialmente nas primeiras 3 horas).
Indicações:
 Sintomas isquêmicos iniciados
há < 12 horas;
 Para ICP: heparina não  Entre 12 – 24 horas se houver
fracionada ou bivalirudina. isquemia persistente;
Contraindicações:
- Relativas:
 AVC isquêmico com > 3 meses
do evento;
 HAS grave à chegada na
emergência;
 Uso atual de anticoagulantes;
 RCP prolongada;
 Sangramento interno nas ultimas
2 a 4 semanas;
 Gravidez;
 Cirurgia grande nas últimas 3
semanas;
 Úlcera péptica ativa;
 Demência;

- Absolutas:
 AVC hemorrágico prévio;
 AVC isquêmico nos últimos 3
meses;
 Presença de lesão estrutural em MUDANÇA NO TTO IAM COM
SNC; SUPRA ST
A prioridade continua o rápido
 Suspeita de dissecção de aorta;
atendimento (time is muscle!) pelo
 Sangramento ativo;
protocolo de dor torácica, no qual o
 TCE grave nos últimos 3 meses; paciente deve realizar, em 10 minutos,
 HAS grave; avaliação clínica direcionada, ECG de 12
derivações e administração de MONA –
morfina, oxigênio, nitrato e AAS –
Doses dos trombolíticos:
conforme condições hemodinâmicas.
1 – Estreptoquinase (SK):
1.500.000 U em infusão em 30-60
minutos. Aqui, entram 3 novidades:
2 – rtPA: 10 U infundida em 2
minutos, após 30 minutos prescrever  ECG com bloqueio de
mais 10 U. ramo: deve-se considerar
angioplastia primária no
paciente com dor precordial e
bloqueio de ramo novo ou
presumivelmente novo, seja
BRE ou BRD. A diretriz
enfatiza, ainda, a importância
da estratificação invasiva com
coronariografia para
pacientes com dor típica e
BRE ou BRD, mesmo que
antigo.
 Oxigênio suplementar: deve
ser reservado para pacientes ANGIOGRAFIA CORONARIANA
com hipoxemia, definida
como oximetria de pulso < A angiografia coronariana , na maioria
90%. das vezes, combina diagnóstico e ICP
 Paciente instável: em um
(angioplastia, implantação de stent).
cenário de instabilidade
Quando possível, angiografia
clínica, entendida como
congestão pulmonar coronária de emergência e IPC são
importante, instabilidade realizadas o mais rápido possível após
hemodinâmica e arritmias o início do infarto agudo do miocárdio
ventriculares malignas, a (IPC primária). Em muitos centros
estratégia de coronariografia terciários, essa abordagem reduziu
precoce em até 2 horas deve
significativamente a morbidade e
ser realizada mesmo que não
mortalidade e melhorou os resultados
haja supra-ST no ECG inicial. A
ideia é contemplar casos a longo prazo. Frequentemente, o
como o IAM posterior e a infarto é realmente evitado quando o
obstrução da Cx, nos quais tempo entre a dor e a IPC é curto (< 3
um ECG de 12 derivações a 4 h).
pode não apresentar supra- A angiografia é obtida urgentemente
ST.
para os pacientes com IMCST, dor
FMC, first medical contact. PCI, torácica persistente apesar de terapia
angioplastia primária medicamentosa máxima, e pacientes
Na opção da fibrinólise, há com complicações (p. ex., marcadores
leve preferência pela tenecteplase cardíacos acentuadamente elevados,
em bolus, com recomendação de dose
presença de choque cardiogênico,
reduzida em idosos ≥ 75 anos. Após o
regurgitação mitral aguda, CIV
tratamento farmacológico, há duas
opções: arritmias instáveis). Os pacientes com
 Não houve critérios de IMSST sem complicação, cujos
reperfusão -> angioplastia de sintomas foram resolvidos,
resgate imediata normalmente se submetem a
 Houve critérios de reperfusão -> angiografia nas primeiras 24 ou 48 h
angioplastia em todos os de hospitalização para detectar lesões
pacientes. A novidade é que a que podem requerer tratamento.
diretriz recomenda que seja
entre 2 e 24h após início do Achados do infarto do miocárdio
quadro, mas deixa claro que por RM
ainda há pouca evidência por
trás dessa recomendação de
tempo. O que é definitivo: © 2017 ELLIOT K. FISHMAN, MD.
todos os pacientes com IAM Após avaliação e terapêutica iniciais, a
com supra-ST trombolisados angiografia coronária pode ser usada
devem ir para
em pacientes que apresentam
coronariografia.
isquemia em evolução (resultados do
ECG e sintomas), instabilidade
hemodinâmica, taquiarritmias “porta-agulha”) não deve ultrapassar 30
minutos, recomendando-se por isso que o
ventriculares recorrentes e outras
seu uso seja feito na própria unidade de
anormalidades que sugerem a emergência15. Em pacientes com SCA sem
recorrência de eventos isquêmicos. supra-ST esta forma de tratamento não está
Alguns especialistas também indicada13. A tabela 1 descreve os
recomendam que a angiografia deve principais fibrinolíticos utilizados e suas
respectivas doses e a tabela 2 apresenta as
ser feita antes da alta hospitalar para
principais contra-indicações ao seu uso.
os pacientes com IMCST com isquemia
induzida por teste de esforço por A angioplastia primária é um método
imagem ou fração de ejeção < 40% invasivo e mecânico de abertura da artéria
coronária agudamente ocluída com
excelente eficiência, em especial quando
associada à colocação de um stent
TERAPIAS DE RECANALIZAÇÃO intracoronário (taxa de fluxo TIMI-3 maior
CORONÁRIA que 90%). Seus grandes problemas são a
atual baixa disponibilidade, o retardo
A utilização imediata da terapia de excessivo de tempo na transferência do
recanalização coronária só tem sido paciente para um centro com
demonstrada como eficaz em termos de disponibilidade do método e o custo do
redução da mortalidade nos pacientes com procedimento. A favor desta modalidade
IAM com supra-ST, em particular naqueles terapêutica estão os diversos ensaios
com um delta T (tempo “início dos clínicos randomizados que demonstraram
sintomas - início da terapia”) menor do que melhor resultado em termos de redução de
12 horas13. eventos cardíacos e complicações quando
comparados com a terapêutica
Como a maioria dos pacientes com IAM 16
fibrinolítica . Por isso, sua utilização deve
com supra-ST apresentam a artéria culpada ser priorizada naquelas instituições que
ocluída (fluxo sanguíneo denominado TIMI dispõem de um laboratório de intervenção
0 ou 1)14, torna-se imperativo abrir este coronária eficiente e experiente10-12.
vaso o mais rápido e completamente
possível. O objetivo principal desta A angioplastia primária continua a oferecer
estratégia é o de conter a progressão da melhores resultados do que os
onda de necrose e, em conseqüência, salvar fibrinolíticos, mesmo nas situações em que
áreas do miocárdio agudamente isquêmico. o paciente precisa ser transferido de
hospital para a realização do
Duas formas terapêuticas para recanalizar 17
procedimento , desde que o tempo para o
uma artéria coronária agudamente ocluída transporte até o laboratório de intervenção
estão disponíveis: a farmacológica, por coronária que fará o procedimento não
meio dos fibrinolíticos de uso endovenoso,
ultrapasse 90 minutos18. Retardos mais
e a mecânica, pela angioplastia percutânea
longos levam à perda da vantagem ou
intracoronária.
mesmo a uma desvantagem da angioplastia
Os fibrinolíticos (ou trombolíticos) são primária sobre os fibrinolíticos18,19.
substâncias com o poder de lisar a fibrina,
componente do trombo intracoronário. Pacientes com SCA sem supra-ST não têm
Estudos clássicos demonstraram que seu indicação de angioplastia primária.
uso é tanto mais eficaz quanto mais curto Entretanto, conduta invasiva
for o intervalo entre o início dos sintomas e (cinecoronariografia com ou sem
o início de sua infusão. É preciso ressaltar, revascularização miocárdica) nas primeiras
entretanto, que o tempo para o início da 48 horas de evolução para pacientes de
administração do fibrinolítico (tempo médio/alto risco é fundamentada por alguns
estudos20,21 e uma metanálise22, apesar de
ensaio clínico recente não mostrar benefício
em relação à conduta conservadora
(invasiva somente para aqueles com
isquemia miocárdica espontânea ou
estresse-induzida)23.

Em pacientes com SCASSST, a ICP é


usualmente reali- zada no mesmo
procedimento, sucedendo a coronariografia
diagnóstica (ICP ad hoc). O alvo primário
da ICP deve ser a lesão “culpada”,
reconhecida pelos critérios angiográficos já
citados, pelas alterações
eletrocardiográficas apresentadas ou pelos
achados da ventriculografia esquerda. A
ICP de outras lesões coronárias porventura
identificadas pode ser executada no
procedimento índice ou postergada,
conforme a situação clínica do paciente, a
complexidade da doença coronária, o
volume de contraste utilizado e preferência
do cardiologista. O emprego de stents
farmacológicos de última geração em
SCASSST é seguro, e associa-se à redução
de complicações tardias, sobretudo
reestenose

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