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Angina e Infarto do

Miocárdio

PROF. ESP. ELIZETE S. LARA RANGEL


ANGINA

 Angina de peito é uma síndrome clinica, caracterizada


por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na região
anterior do tórax.
 Etiologia:
fluxo sanguíneo coronário insuficiente,
resultando em suprimento diminuído de oxigênio quando
existe uma demanda aumentada de oxigênio do
miocárdio em resposta ao esforço físico ou estresse
emocional.
ANGINA

 A necessidade de oxigênio ultrapassa o seu suprimento.


 Fisiopatologia: causada por doença aterosclerótica.
 Associada a uma obstrução significativa de pelo menos
uma artéria coronária principal.
O miocárdio extrai uma grande quantidade de oxigênio a
partir da circulação coronárias precisa aumentar.
 Quando há um bloqueio em uma artéria coronária, o fluxo
não pode ser aumentado, resultando em isquemia.
Os tipos de angina:

Angina estável Dor previsível e consistente que ocorre ao esforço, mas que
é aliviada pelo repouso ou pelo uso de nitroglicerina

Angina Instável Denominada angina pré-infarto, os sintomas aumentam de


frequência e gravidade, podem não ser aliviados com o
repouso nem com o uso de nitroglicerina.

Angina intratável ou Dor torácica intensa e incapacitante.


refratária

Angina variante Angina de Prinz-metal, dor em repouso, com elevação


reversível do segmento ST, acredita-se que seja causada por
vasospasmo da artéria coronária.

Isquemia silenciosa Evidência objetiva de isquemia (como alterações


eletrocardiográficas na prova de esforço, porém o paciente
não relata nenhuma dor.
Fatores associados a dor anginosa
típica:

 Esforço
físico: pode precipitar um ataque ao
aumentar a demanda de oxigênio do miocárdio;
 Exposição ao frio: causa vasoconstrição e pressão
arterial elevada, com aumento da demanda de
oxigênio;
Fatores associados a dor anginosa
típica:
 Ingerir
uma refeição pesada: aumenta o fluxo sanguíneo
para a área mesentérica para a digestão, reduzindo o
suprimento sanguíneo para o musculo cardíaco, o desvio
de sangue pode causar a angina.
 Estresse- emoção: liberação de catecolaminas, o que
aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a
carga de trabalho do miocárdio.
ANGINA

 Manifestações clinicas:
 Dor irradiada para pescoço, ombros e a face interna dos
braço (esquerdo);
 Indigestão;
 Sensação de sufocação;
 Peso na parte superior do tórax;
Angina
 Manifestações clinicas:
 Desconforto;
 Dor agonizante e intensa apreensão e sensação de
morte iminente;
 Palidez, fraqueza, sudorese, tonturas, náuseas e
vômitos;
 Dormência nos braços, punhos e mãos;
 Dispneia
Angina
 Exames para diagnóstico:
 Anamnese do paciente;
 ECG (alterações que indicam isquemia, inversão da onda
T).
 PCR;
 Ecocardiograma;
 Cintigrafia nuclear;
Angina

 Tratamento clínico:
 Diminuir
a demanda de oxigênio do miocárdio e
aumentar o suprimento de oxigênio;
 Terapia farmacológica:
 Nitroglicerina(vasoativo), para reduzir o consumo
de oxigênio, diminui a isquemia e alivia a dor;
Angina
 Tratamento clínico:
 Agentes
bloqueadores Beta-adrenérgicos: reduzem o
consumo de oxigênio do miocárdio: atenolol.
 Agentes bloqueadores dos canais de cálcio:
(antagonista do íon cálcio), resultando em frequência
cardíaca mais lenta e diminuição na força de
contração do miocárdio. Felodipina
Angina
 Tratamento clínico:
 Antiplaquetários e anticoagulantes;
 Acido acetilsalicílico;
 Clopidogrel;
 Agentes que atuem na glicoproteína, indicada para angina
instável.
 Oxigenoterapia;
Processo de Enfermagem

 Histórico;
 Diagnósticos de enfermagem:
 Perfusão ineficaz do tecido cardíaco secundário, conforme
evidenciado pela dor torácica ou outros sintomas
prodrômicos.
 Ansiedade de morte relacionado com sintomas cardíacos.
Avaliação da Angina

 Onde se localiza a dor


 Você pode apontar
 Você sente dor em outro local
 Como você descreveria a sua dor
 Você pode quantificar a sua dor em uma escala de 0 a 10
 Quando começou a sua dor
 Quanto tempo ela dura
 O que provoca a dor
 O que provoca a dor
 O que ajuda aliviar a dor
 Você tem qualquer outro sintoma com a dor
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 A SCA é uma situação de emergência, caracterizada


pelo inicio agudo de isquemia miocárdica, que resulta
em morte do miocárdio.
 Sinônimos:
 Oclusão coronária;
 Ataque cardíaco;
 Infarto do miocárdio;
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

O espectro da SCA abrange


 Angina instável;
 IM sem elevação do segmento ST;
 IM com elevação do segmento ST;
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 Fisiopatologia:
 A angina instável ocorre aa redução do fluxo
sanguíneo em uma artéria coronária, devido a ruptura
de uma placa aterosclerótica, porem a artéria não está
totalmente ocluída.
 Trata-se de uma situação aguda que é algumas vezes
designadas como angina pré-infarto, visto que o
paciente provavelmente irá sofrer de um infarto.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 NoIM ocorre destruição permanente de uma área do miocárdio,


devido a ruptura de uma placa e formação subsequente de
trombo, resultando em oclusão completa da artéria.
 Causas:
 Vasospasmo (constrição ou estreitamento súbitos) de uma
artéria coronária, diminuição do suprimento de oxigênio.
 Demanda aumentada de oxigênio (frequência cardíaca rápida).
 Esses
processos existe o desequilíbrio entre o aporte e a
demanda de oxigênio do miocárdio.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 A área
de infarto desenvolve-se no decorrer de
poucos minutos a varias horas.
 Ascélulas ficam privadas de oxigênio, ocorrem
isquemia e lesão celular e a falta de oxigênio resulta
no infarto ou morte das células.
Avaliação da síndrome Coronária Aguda (SCA) e do Infarto do Miocárdio (IM)- Sinais e
Sintomas

Cardiovasculares Gastrintestinais
 Dor e desconforto torácicos que não são Náuseas e vômitos;
aliviados em repouso, nem pela nitroglicerina
 Aumento da distensão venosa jugular quando o Geniturinários
IM causou IC. Diminuição do debito urinário pode indicar
 A pressão arterial pode estar elevada, devido a choque cardiogênico.
estimulação simpática, choque cardiogênico
iminente ou medicamentos. Cutâneos
 Pulso irregular; Pele fria, pegajosa e pálida, sudurose.
 Alterações no segmento ST e na onda, o ECG,
pode revelar taquicardia, bradicardia ou outras
arritmias.
Respiratórios Neurológicos
 Falta de ar, dispneia, taquipneia e estertores, se Ansiedade, inquietação e as tonturas.
IM tiver causado congestão pulmonar;
Psicológicos
Medo com sensação de morte
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 Diagnostico deve ser obtido dentro de 10 minutos, a partir


do momento da queixa de dor.
 Baseia-se nos sintomas;
 Ecocardiograma:
 para avaliar a função ventricular.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio
 Exames laboratoriais:
 Biomarcadores cardíacos que incluem:
 Mioglobina: é uma proteína heme que ajuda transporta o
oxigênio, encontrada no musculo cardíaco e no musculo
esquelético, não é especifico, mas resultado negativo, parâmetro
para excluir o IM.
 Troponina:uma proteína encontrada no miocárdio, regula o
processo de contração do miocárdio, marcadores confiáveis
para detectar lesão do miocárdio.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 Três isoenzimas da creatinoquinase CK.


 CK-MM (musculo esquelético);
 CK-BB (músculo cerebral).
 CK-MB (musculo cardiaco): é a isoenzima cardíaca
específica, é encontrada na células cardíacas, aumenta
somente quando há lesão dessas células, é um indicador
de IM agudo, o nível começa aumentar dentro de poucas
horas e atinge o valor máximo em 24 horas após IM.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 Ao monitorar as alterações do ECG com decorrer do


tempo é possível identificar e monitorar a localização, a
evolução e resolução de um IM, as alterações clássicas
consistem em inversão da onda T, elevação do segmento
ST e desenvolvimento de uma onda Q anormal.
O ECG como evolui com o passar do tempo e se
modificar.
Diretrizes para o tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio
 Usa o caminho mais rápido;
 ECG;
 Exames dos biomarcadores;
 Intervenções médicas de rotina:
 Oxigenio suplementar;
 Nitroglicerina e Morfina;
 Acido acetilsalicílico, 162 a 325 mg;
 Betabloqueadores;
 Inibidar da enzima conversora de angiotensina dentro de 24h.
 Anticoagulação heparina ou inibidores das plaquetas.
 Intervenções coronária percuntanea;
 Terapia trombolítica;
 Continuar a terapia quando indicado:
 Heparina intravenosa,
 clopidogrel (plavix);
 Inibidor de glicoproteína;
Repouso no leito por um perido mínimo de 12 a 24 horas;.
Síndrome Coronária Aguda e Infarto do
Miocárdio

 Tratamento Clínico:
 Minimizara lesão do miocárdio, preservar a função
miocárdica e evitar as complicações.
 Terapia farmacológica:
 Analgésicos;
 Inibidores de enzima conversora de angiotensina;
 Trombolíticos;
Processo de enfermagem

 Diagnóstico:
 Perfusãoineficaz do tecido cardíaco relacionada com a
redução do fluxo sanguíneo;.
 Risco de desequilíbrio do volume de líquidos;
 Risco de perfusão ineficaz do tecido periférico relacionado
com o debito cardíaco diminuído devido a disfunção
ventricular esquerda.
Processo de enfermagem

 Prescrição de enfermagem:
 Alivio da dor e de outros sinais e sintomas de isquemia;
 Melhora da função respiratória;
 Promoção da perfusão tecidual adequada;
 Redução da ansiedade;
 Monitoramento e tratamento das complicações potenciais.

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