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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

CRÔNICA

Dr. Marcelo Cruz Oliveira


Definição
1- Falência do coração em propiciar suprimento
sanguíneo adequado as necessidades metabólica
tissulares, na presença de retorno venoso normal, ou
fazê-lo somente as custas de elevadas pressões de
enchimento. (Braunwald E.)
2- É uma síndrome clínica complexa, caracterizada
por anormalidades da função ventricular esquerda e
da regulação neurohormonal acompanhadas de
intolerância ao esforço, retensão hidrica e redução da
longevidade. (Parcker M.)
Epidemiologia
 É um problema epidêmico em progressão

 As doenças cardiovasculares são importante


causa de internamento hospitalar no SUS

 ICC é a causa mais frequênte de


internamentos por doenças cardiovasculares
Epidemiologia
 Idade média dos pacientes é > 70anos
 48% são do sexo masculino
 50% dos pacientes tem FEVE preservada
-Mulheres, idosas, Hipertensas
 50% dos pacientes tem FEVE reduzida
-Homens, coronarianos, história prévia de IC
 A mortalidade intra-hospitalar varia com a
idade maior em >60anos e < 20anos
Etiopatogenia
 Distúrbio do enchimento ventricular
 Distúrbio da contratilidade
 Sobrecarga de pressão
 Sobrecarga de volume
Etiopatogenia
Distúrbio do enchimento ventricular
1-Anormalidades do relaxamento 3-Interferência mecânica ao
-Hipertrofia ventricular desempenho diastólico
-Miocardiopatia hipertrófica ventricular
-Isquêmia miocárdica -Estenose mitral
-Pericardite
2-Redução da complacência -Tamponamento cardíaco
-Processos infiltrativos -Mixoma atrial
-Endomiocardiofibrose
-cardiopatia isquêmica
-Cardiopatia do idoso
Etiopatogenia
 Distúrbio da contratilidade ventricular
-Miocardite
-Cardiopatia isquêmica
-Cardiopatia idiopática
-Cardiopatias específicas
Etiopatogenia
 Sobrecarga de pressão
-HAS
-Coartação da aorta
-Estenose aórtica
-Estenose pulmonar
-Miocardiopatia hipertrófica
Etiopatogenia
 Sobrecarga de volume
-Lesões congênitas com shunt
-Insuficiências valvulares
-Sindromes hipercinéticas, hipervolêmicas
Fisiopatologia
 Alterações neurormonais
-Sistema nervoso autônomo
-Sistema renina-angiotensina-aldosterona
-Sistema vasopressina arginina
-Citocinas pró-inflamatória
-Endotelina
-Peptídeos natriuréticos
 Remodelamento miocárdico
Fisiopatologia
PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS

SNA
SRAA
SAV
Endotelina
Citocinas
Quadro clínico

 Sinais e sintomas atribuíveis diretamente ao


coração
 Sinais e sintomas indicativos de insuficiência
ventricular esquerda
 Sinais e sintomas indicativos de insuficiência
ventricular direita
Quadro clínico
 Sinais e sintomas atribuíveis diretamente ao coração
-Pulso alternante
-Alterações de Ictus cordis
-Impulsão sistólica de mesocardio
-Hiperfonese de B2
-Presença de B3
-Ritmo de galope
-Sopros sitólicos
Quadro clínico
 Sinais e sintomas indicativos de IVE
-Tosse expectoração
-Dispneia aos esforços
-Ortopneia
-Dispneia paroxística noturna
-Estertores pulmonares
-Edema agudo de pulmão
-Derrame pleural
Quadro clínico
 Sinais e sintomas indicativos de IVD
-Turgência de jugular
-Hepatomegalia
-Refluxo hepato jugular
-Ascite
-Edema de membros inferiores
-Anorexia, dor abdominal, constirpação,
empachamento pós prandial
-Caquexia cardíaca
Diagnóstico
(Critérios de Framingham)
Critérios maiores Critérios menores
 Dispneia paroxística noturna  Tosse noturna
 Aumento da PVC (>16  Dispneia aos esforços ordinários
cmH2O no AD)  Taquicardia (FC> 120bpm)
 Turgência de Jugular  Hepatomegalia
 Refluxo hepato jugular  Edema de tornozelo bilateral
 Crepitações pulmonares  Derrame pleural
 Edema agudo de pulmão  Diminuição da capacidade
 Terceira bulha (galope) funcional em 1/3 da máxima
 Cardiomegalia ao Rx tórax registrada previamente
 Perda de peso > 4,5Kg em 5 dias
em resposta ao tratamento
Diagnóstico
(Critérios de Framingham)

 2 Critérios maiores

 1 Critério maior e 2 menores


Diagnóstico
(Critérios de Boston)
Categoria I: História Pontos Categoria II: Exame Físico Pontos
Dispneia em repouso 4 Frequência cardíaca:
91>FC< 110bpm 1
Ortopneia 4
FC > 110bpm 2
Dispneia paroxística noturna 3
Turgência de jugular:
Dispneia ao caminhar no 2 < 6cmH2O 2
plano > 6cmH2O 3
Dispnéia ao subir escadas 1 Crepitantes pulmonares:
Em bases 1
Categoria III: Rx de tórax Pontos Mais que nas bases 2
Edema pulmonar alveolar 4 Sibilos 3
Edema pulmonar intersticial 3 Terceira bulha 3
Derrame pleural bilateral 3
Índice cardiotorácico > 0,5 3 Máximo de 4 pontos para cada categoria
Redistribuição de fluxo 2
Diagnóstico
(Critérios de Boston)

 Definitivo: 8 a 12 pontos

 Possível: 5 a 7 pontos

 Improvável: < 4 pontos


Classificação funcional
 Classe I
Assintomáticos em suas atividades físicas habituais
 Classe II
Assintomáticos em repouso, sintomáticos em suas
atividades físicas habituais
 Classe III
Assintomático em repouso, sintomático em
atividades físicas menores que as habituais
 Classe IV
Sintomático aos mínimos esforços e mesmo em
repouso
Classificação baseada em estágios
evolutivos
 Estágio A
Pctes com alto risco de desenvolver IC
 Estágio B
Pctes com cardiopatia estrutural mas são assintomático
 Estágio C
Pctes com cardiopatia estrutural e sintomáticos
 Estágio D
Pctes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados em
repouso apesar de terapia clínica máxima
Classificação hemodinâmica
Sinais/sintomas congestivos
Sinais/sintomas
de hipoperfusão Ausentes Presentes

Ausentes Perfil A Perfil B


(Quente e seco) (Quente e úmido)
Presentes Perfil L Perfil C
(Frio e seco) (Frio e úmido)
Classificação de acordo com a
fração de ejeção
 Insuficiência cardíaca com FE preservada (ICFEP)
-FE ≥ 50%

 Insuficiência cardíaca com FE Intermediária (ICFEI)


-FE entre 40% e 49%

 Insuficiência cardíaca com FE reduzida (ICFER)


- FE < 40%
Exames laboratoriais
 Identifica condições clínicas associadas
 Ajudam na avaliação prognóstica
 Recomenda-se de rotina:
-Hemograma, glicemia de jejum, função renal,
função hepática, eletrólitos, TSH
 Exames adicionais podem ser solicitados de
acordo com a necessidade clínica
BNP / NT pro-BNP
 Tem elevado valor preditivo negativo
 Útil para estratificação prognóstica
 Pode ser utilizado para guiar terapêutica
 Interpretação de valores:
-IC provável
BNP > 400pg/ml NT pro-BNP > 2000pg/ml
-IC incerta
BNP 100 e 400pg/ml NT pro-BNP 400 e 2000pg/ml
-IC improvável
BNP < 100pg/ml NT pro-BNP < 400pg/ml
Eletrocardiograma
 Achados mais comuns são: Fibrilação atrial,
sobrecarga atrial e/ou ventricular esquerda
 ECG normal tem elevado valor preditivo negativo
para excluir disfunção sistólica
 BRE e área eletricamente inativa anterior são bons
preditores de disfunção sistólica
 Denuncia bradiarritmias e taquiaritmias
 Pode ajudar no diagnóstico etiológico
 Tem algum valor prognóstico
Radiografia de tórax
 É comum encontrarmos: Cardiomegalia
(ICT>0,5) associado a sinais de congestão
pulmonar
 Os achados dependem da gravidade e duração
da IC
 Pode sugerir etiologias
 Ajuda a identificar a presença de doenças
pulmonares
Ecocardiograma
 Tem indicação rotineira
 Consiste na utilização do Ultrassom como
método diagnóstico em cardiologia
 Ajuda na confirmação diagnóstica
 Define o modelo hemodinâmico
 Sugere etiologias
 Avalia prognóstico
 Indica possíveis alternativas terapêuticas
Ecocardiograma de estresse
 Avalia a presença e extensão da isquemia
miocárdica em pacientes com IC e disfunção
ventricular de etiologia isquêmica
 Utiliza estresse físico ou estresse
farmacológico (dobutamina)
 Avalia viabilidade miocárdica
Holter
 Útil na suspeita de cardiomiopatia secundária a
taquiarritmias
 Investigação diagnóstica de arritmias cardíacas
de caráter intermitente
 A presença de arritmias complexas tem valor
prognóstico
 Documentar arritmias em candidatos a estudo
eletrofisiológico
Imagens por medicina nuclear
 SPECT(single photon emission tomograrhy)
-Avalia a perfusão miocárdica
(isquemia e viabilidade miocárdica)
-Avalia a função ventricular
(ventrículo esquerdo e direito)
 PET(positron emission tomography)
-Avalia isquemia miocárdica
-Avalia viabilidade miocárdica
-Disponibilidade limitada
Tomografia computadorizada
cardíaca
 Tem elevado valor preditivo negativo para
exclusão de DAC significativa
 Útil nos pacientes com disfunção ventricular
de etiologia desconhecida
 Útil na avaliação da função ventricular direita
e esquerda quando outras metodologias não
são possíveis
Ressonância magnética
 É o método de imagem não invasivo de mais elevada
resolução espacial
 Permite análise morfológica e funcional detalhada do
coração saco pericárdico e dos grandes vasos
 Avalia a anatomia orovalvar
 Avalia a função global e segmentar do VD e VE
 Analisa a perfusão miocárdica regional e viabilidade
miocárdica
 Analisa o sincronismo da contração ventricular
Cineangiocoronáriografia
 Indicado nos pacientes que tem angina pectoris e
disfunção ventricular sistólica
 Indicado em pacientes com IC sem angina mas com
história prévia de IAM ou fatores de risco para DAC
 Cineangiocoronáriografia seletiva
 Cineventriculografia esquerda
 Mensuração direta das pressões intracardíacas e
intravasculares
 Mensuração dos fluxos pulmonares e sistêmicos
Biopsia endomiocárdica
 Diagnóstico de cardiopatias específicase
controle de rejeição em transplantados
 Diagnóstico do comprometimento miocárdico
nas amiloidoses, hemocromatose, sarcoidose
 Não deve ter uso indiscriminado
 Requer laboratório de patologia capacitado
epatologista esperientes
Prognóstico
 Mortalidade de 37% para H e 38% para M em 2 anos
após o diagnóstico
 Mortalidade de 82% para H e 67% para M em 6 anos
após o diagnóstico
 A mortalidade é 4 a 8 vezes maior que a população
em geral de mesma idade
 40% morrem de morte súbita
 40% por falência de bomba
 20% de outras formas de morte
Prognóstico
 Fatores preditores de pior prognóstico
-Idade>65anos
-Intensidade dos sintomas (CF III/IV-NYHA)
-Diabete melitus
-Doença pulmonar associada
-Caquexia
-Anemia (Hb<11g%)
-Creatinina plasmática >2,5mg%
-Sódio plasmático <130mEq/l
-Níveis elevados de BNP
-Níveis elevados de interleucina-6 e TNF-alfa
Prognóstico
-Fibrilação atrial
-Arritmias complexas (TV sustentada ou não)
-Bloqueio de ramo esquerdo
-Cardiomegalia acentuada (IC>0,55)
-Fração de ejeção< 30%
-Dilatação progressiva do VE
-Diminuição acentuada da tolerância a exercício
-Falta de aderência ao tratamento
-Multiplas internações hospitalares
Tratamento
 Tratamento não farmacológico

 Tratamento farmacológico

 Estimulação cardíaca artificial

 Tratamento cirúrgico
Tratamento não farmacológico
 Dieta
 Prevensão de fatores agravantes
 Suporte psicolólico ao paciente e família
 Planejamento familiar e medidas anti-estresse
 Reabilitação cardíaca
 Clínicas de ICC
Dieta
 Cota calórica
-28Kcal/kg Estado nutricional adequado
-32Kcal/kg estado nutricional depletado
 Composição da dieta
-Carboidrato: 50 a 55%
-Lipídio: 30 a 35%
-Proteina: 15 a 20%
Dieta
 Sódio
2 a 3g/dia
 Líquido

De acordo com a condição clínica


1000 a 1500ml nos sintomáticos com risco de
hipervolemia
 Álcool

Completa abstinência
Dieta
 Suplemento nutricional
-Casos selecionados
 Monitorização do peso corporal

-Diariamente
-Perda de peso acima de 6% em 6meses →
Caquexia cardíaca
-Aumento repentino de peso 2Kg ou mais em
3dias→ Retensão hídrica
Prevensão de fatores agravante
(Vascinação)
 Influenza
-Anualmente
 Pneumococcus

-A cada 5 anos
-A cada 3 anos IC mais avançada
Prevensão de fatores agravante
(Tabagismo)
 Suprimir o uso de tabaco ativo e passivo
 Todos os intrumentos disponíveis devem ser

utilizados:
-Abordagem breve/mínima ou PAAP
-Terapia cognitiva comportamental
-Suporte medicamentoso
Prevensão de fatores agravante
(AINE)
 Devem ser evitados
 Promovem retenção hidrossalina
 Elevam a pressão arterial
 Os inibidores da Cox 2 possuem efeito pró-
trombótico
 Quando for inevitável indica-se o naproxeno
Prevensão de fatores agravante
(Drogas ilícitas)

 Abstinência total sem exceções


Prevensão de fatores agravante
(Orientações para viagens)
 Pctes com CF IV devem evitar viagens aéreas
ou dirigir veículos
 Profilaxia para TVP independente da CF

-Estimular movimentação periódica


-Meias de média compressão viagens < 4h
-Considerar HBPM quando duração > 4h
Suporte psicológico ao paciente e
família
 É uma doença grave e progressiva
 Pode gerar frustrações e desestruturação psicológica
para o paciente e sua família
 A adaptação a restrição funcional é sempre difícil
 As mudanças no estilo de vida vem cercada de
ansiedade, angústia, medos, questionamentos e
dúvidas
 O envolvimento familiar e a motivação do paciente
são imprescindíveis para o tratamento
Planejamento familiar e medidas
anti-estresse
 Orientar sobre planejamento familiar e
métodos contraceptivos
 A orientação deve ser individualizada
 Pctes com CF III e IV devem ser
desaconselhadas a engravidar
 Deve ser estimulado a adoção de medidas anti-
estresse como técnicas de relaxamento,
meditação, biofeedbacK
Reabilitação cardíaca
 Treinamento físico regular e contínuo
 Indicado em pacientes estáveis CF II, III
 Orientação sexual deve ser feita de rotina
 Inibidores da PDE5 podem ser usados para
tratar disfunção erétil em pacientes
compensados
 A atividade laborativa deve ser individualizada
e levar em consideração a classe funcional
Clínicas de insuficiências
cardíaca
 Clínicas específicas
 Corpo multidisciplinar:

-Cardiologista -Psicólogo -Nutricionista


-Enfermeiro -Educador físico -Cirurgião
-Farmacêutico -Assistente social
 Assistência integral
Tratamento farmacológico
 Digital
 Diuréticos
 Inibidores da enzima de conversão da angiotensina
 Bloqueadores dos receptores da angiotensina II
 Beta-bloqueadores
 Antagonistas da aldosterona
 Vasodilatadores diretos
 Inibidores dos receptores da neprilisina
 Antagonistas dos canais de calcio
 Antiarritmicos
 Anticoagulantes
Digitálicos
 Indicação
-Pctes sintomáticos com disfunção sistólica (FE<45%) e
terapêutica otimizada com BB e IECA
(Ritmo sinusal ou Fibrilação atrial com FC elevada)
 Droga e dose

-Digoxina 0,25mg/dia (0,125 a 0,25mg/dia)


 Contra-indicações

-Doença do nó sinusal
-BAV de 2°grau Mobitz II e 3°grau
-Síndrome de pré-excitação
 Reações adversas

-Intoxicação digitálica
Diuréticos
 Indicação
-Pctes sintomáticos com sinais e sintomas de congestão
 Droga e dose

-Furosemida 20-240mg/dia
-Hidroclorotiazida 25-100mg/dia
-Espironolactona 25-50mg/dia
 Reações adversas

-Ativação adicional do SRAA


-DHE (hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia)
-Metabólicos (hiperglicemia, hiperlipemia, hiperuricemia)
-Hipovolemia e ototoxidade
Inibidores da enzima de conversão
da angiotensina (IECA)
 Indicação
-Pctes assintomáticos e sintomáticos com disfunção sistólica
 Droga e dose

-Captopril 6,25mg 3x/dia 50mg 3x/dia


-Enalapril 2,5mg 2x/dia 20mg 2x/dia
 Contra-indicações

-Potássio sérico > 5,5mEq/l


-Hipotensão arterial sistêmica sintomática
-Estenose de artéria renal bilateral
-História de angioedema documentado com uso prévio de IECA
-Estenose aórtica grave
 Reações adversas

-Tosse seca, Hipotensão arterial, Angioedema, Insuf. Renal


Bloqueadores dos receptores da
angiotensina II (BRA)
 Indicação
-Pctes com disfunção sistólica intolerantes a IECA(exceto insuf. renal)
-Pctes que persistam sintomático apesar terapia otimizada(IECA,BB)
 Droga e dose

-Losartan 25mg 1x/dia 50mg a 100mg 1x/dia


-Valsartan 40mg 2x/dia 320mg 2x/dia
-Candesartan 4 a 8mg 1x/dia 32mg 1x/dia
 Contra-indicações

-Semelhante aos IECAs


 Reações adversas

-Hipotensão arterial - Angioedema e tosse (-frequente que IECA)


-Piora da função renal
-Hiperpotassemia
Beta-bloqueadores
 Indicação
-Pctes assintomáticos e sintomáticos com disfunção sistólica
 Droga e dose

-Caverdilol 3,125mg 2x/dia 25mg(<85kg) 50mg/dia(>85kg)


-Succinato de Metoprolol 12,5 a 25mg 1x/dia 200mg 1x/dia
-Bisoprolol 1,25mg 1x/dia 10mg 1x/dia
-Nebivolol 1,25mg 1x/dia 10mg 1x/dia*
 Reações adversas

-Agravamento da ICC no periodo inicial do tratamento


Antagonistas da aldosterona
 Indicação
-Espironolactona- sintomáticos com disfunção sistólica CF III e IV
-Eplerenone- assintomáticos com disfunção sistólica CF I e II
 Droga e dose

-Espironolactona 12,5 a 25mg/dia 50mg/dia


-Eplerenone 25mg 50mg/dia
 Contra-indicação

-Cr > 2,5mg/dl e/ou K > 5,0mEq/l


 Reações adversas

-Hiperpotassemia
-Ginecomastia
-Mastodinia(ginecomastia dolorosa)
Vasodilatadores diretos
 Indicação
-Afrodescendentes CF III ou IV em uso de terapêutica otimizada
-Qualquer etnia CF I a IV c/ contraindicação a IECA ou BRA
-Qualquer etnia refratário ao tratamento otimizado
 Droga e dose

-Hidralazina 25mg 3 a 4x/dia


-Dinitrato de isossorbida 10mg 7-12-17-22h
-Mononitrato de isossorbida 20mg 8-17h
 Reações adversas

-Cefaléia vascular
-Rubor facial
-Hipotensão postural
-Síndrome semelhante ao LES
Inibidor específico e seletivo da
corrente ”f”
 Indicação
-Pctes ritmo sinusal FC > 70bpm e CF II a IV com
disfunção sistólica em uso de IECA ou BRA e
Betabloqueador em doses máxima tolerada
 Droga e dose

-Ivabradina 5mg 2x/dia 7,5mg 2x/dia


 Reações adversas

-Bradicardia sintomática
-Fenômenos luminoso (fosfenos)
Inibidores da neprilisina
 Indicação
- IC com FE reduzida, CF II a IV
 Droga e dose
- Sacubitril-Valsartana
- 24mg/26mg > 49mg/51mg > 97mg/103mg 2x ao dia
 Reações adversas
-Angioedema -Hipercalemia
-Hipotensão -Disfunção renal

Obs- Não usar associado ao IECA e iniciar somente 36h após a suspensão
Inibidores da SGLT2*
 Indicação
- IC com FE reduzida, CF II a IV
 Droga e dose
- Dapaglifozina 10mg/dia
- Empaglifozina 10mg/dia
 Reações adversas
-Aumento do risco de ITU -Insuficiência renal aguda
-Cetoacidose diabética -Maior risco de amputação

Obs- Lembrar de ajustar dose do diurético


Bloqueadores dos canais de
cálcio
 Indicação
-Drogas de 2⁰ geração em pctes com HAS persistente ou
angina apesar da otmização terapêutica
-Uso restrito
 Droga e dose

-Anlodipino 2,5mg 1x/dia a 10mg 1x/dia


-Felodipino 5mg 1a 2x/dia a 20mg 1 a 2x/dia
 Reações adversas

-Cefaléia, Tontura, Rubor facial, Edema maleolar


Antiarrítmicos
 Indicação
-Betabloqueador são os principais fármacos na redução de MSC
-Amiodarona
Prevensão de choque recorrentes em portadores de CDI
Arritmias ventriculares complexas na doença de Chagas
Prevensão de TPSV sintomático com tto otimizado
 Droga e dose

-Amiodarona 100- 200mg/dia


 Reações adversas

-Microdepósitos na córnea -Pneumonite intersticial


-Hipertireoidismo -Fotosensibilidade
-Hipotireoidismo
Anticoagulantes e
Antiagregantes plaquetários
 Indicação
-Cumarínico
FE<35% em FA (Parox., Pers.,Perm.) 1 fator de risco adicional
Trombos intracavitários e embolias prévias
Cardiomiopatia chagásica com aneurisma de ponta VE
-Aspirina
Cardiomiopatia de etiologia isquêmica com risco de eventos
Contraindicação ao uso de anticoagulantes orais por risco sangramento
-Cumarinico ou Aspirina
Pctes com FE < 35% em FA (Parox., Pers.,Perm.) S/ fator de risco adicional
-Inibidor competitivo da trombina ou inibidor fator X ativado
Alternativa ao cumarínico em pctes com FE<35% em FA persistente ou
permanente, >75a, ou entre 65 e 74a com DM ou HAS ou DAC
Anticoagulantes e
Antiagregantes plaquetários
 Droga e dose
-Heparina 5000U Sc 12/12h
-Vafarina 5mg/dia
 Reações adversas

-Fenômenos hemorrágicos
-Trombocitopenia
Resumindo
Estimulação cardíca artificial
 É feita através do uso de marcapasso cardíaco
 Contribui de 2 formas para a compensação
hemodinâmica:
-Controle da frequência cardíaca
-Ressincronização das câmaras cardíacas
Controle da frequência cardíaca
 Correção das bradiarritmias
 Tratamento das taquiarritmias

-Prevensão da FA
-Ablação do NAV + MP
-Marcapasso desfibrilador implantável
Ressincronização das câmaras
cardíacas
 Interatrial
-Previne a fibrilação atrial
-Melhora hemodinâmica (questionável)
 Atrioventricular

-Extremamente útil nas bradiarritmias


-Previne a síndrome do marcapasso
 Ventricular

-Biventricular
-Bifocal direita
Marcapasso desfibrilador
implantável
 Está indicado nos pctes com IC e FE reduzida
que apresentem taquiarritmias graves:
-Pctes com FV ou TV revertido de PCR
-Pctes com TV sustentada em que a maioria dos
antiarritmicos tem mal resultado ou são contra
indicados
-Pctes com TV não sustentada após estudo
eletrofisiológico em casos selecionados
Tratamento Cirúrgico
 Transplante cardíaco
 Assistência circulatória mecânica
 Cardiomioplastia dinâmica
 Ventriculectomia parcial esquerda
 Correção da insuficiência valvar mitral
Transplante cardíaco
 É o tratamento cirúrgico mais eficaz
 Está indicado para pctes sintomáticos CF III ou IV,
apesar de terapêutica medicamentosa otimizada, com
expectativa de vida inferior a 1ano e sem perspectiva
de outro tratamento alternativo clínico ou cirúrgico
convencional
 Índices de Sobrevida de :
-80% em 1 ano
-70% em 5 anos
-50% em 10anos
 Tem resultado excelente
Assistência circulatória mecânica
 Consiste na utilização de dispositivos de
assistência circulatória mecânica
 Tem indicação como:
-Ponte para recuperação miocárdica
-Ponte para transplante
-Terapia de destino(ainda em aprovação)
Cardiomioplastia dinâmica
 Consiste na utilização de enxertos musculares
esqueléticos, estimulados eletricamente, para
substituir parcialmente ou reforçar o músculo
cardíaco
 Os índices de sobrevida variam de :
-72 a 78% no primeiro ano
-57 a 60% no segundo ano
-38 a 42% aos cinco anos
 Se encontra em desuso
Ventriculectomia parcial esquerda
 Consiste na ressecção de um segmento do
ventrículo esquerdo em pctes com
miocardiopatia dilatada
 Índice de sobrevida variam de:
-46 a 64% em 3anos
-30 a 40% em 5anos
 Se encontra em desuso
 Recentemente vem se estudando novos
procedimentos menos agressivo
Correção da insuficiência valvar
mitral
 Consiste na correção da insuficiência mitral
através da anuloplastia e até mesmo a troca da
valva mitral por prótese biológica
 Índices de sobrevida

-70 a 87% em 2 anos


-57 a 75% em 5 anos
 Necessita de melhor avaliação dos resultados a

longo prazo
MitraClip

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